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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
LICEU NZINGA MBANDE
A FUNDAÇÃO DA COLÔNIA
“OS IMBANGALAS”
GRUPO Nº: 02
CLASSE: 10ª
TURMA: A
PERÍODO: MANHÃ
PROFESSORA: ANABELA KIDIACA
A FUNDAÇÃO DA COLÔNIA
“OS IMBANGALAS”
GRUPO Nº: 02
MEMBROS DO GRUPO:
Pedro C. Muquixi;
Adelaide C. C. Waya;
Gaspar M. Victorino;
Júlio S. Céu.
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ÍNDICE
1 INTRODUÇÃO............................................................................................................4
A FUNDAÇÃO DA COLÔNIA...........................................................................................5
2.1. Os Imbangalas.....................................................................................................6
2.1.1. Historia..........................................................................................................6
2.1.2. Costumes......................................................................................................8
3. CONCLUSÃO............................................................................................................10
2 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................................11
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1 INTRODUÇÃO
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2. A FUNDAÇÃO DA COLÔNIA
2.1. Os Imbangalas
2.1.1. Historia
Os imbangalas são, possivelmente, originários da África Central. Invadiram o atual
território angolano no início do século XVII. Estabeleceram-se na Baixa de Cassange,
ou seja, entre os rios Cuango e Cuanza.
Suas origens ainda são controversas. Geralmente estão incluídos entre os jagas, que
atacaram o reino do Congo durante o reinado de Álvaro I.
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o século XVII. Outra teoria sugere que os imbangalas se originaram no Planalto Central
de Angola ou na região litorânea subjacente.
O primeiro registro escrito sobre os imbangalas foi feito pelo navegante inglês Andrew
Battell, que viveu com eles por dezesseis meses por volta de 1600-1601. O relato
localiza os imbangalas no litoral e no planalto angolanos, ao sul do rio Cuanza. Os
líderes imbangalas teriam dito a Battell que eles teriam vindo de um lugar chamado
Elembê. A história de Battell foi publicada por Samuel Purchas parcialmente em 1614 e
integralmente em 1625. Os portugueses se interessaram pelos imbangalas mais ou
menos na mesma época em que Battell viveu inicialmente entre eles. Battell foi para o
território bangala em companhia de comerciantes portugueses que compravam
os prisioneiros de guerra dos imbangalas para vendê-los como escravos. Nessa época,
os imbangalas atuavam como saqueadores, pilhando o país em busca de vinho de
palma.
2.1.2. Costumes
Os Imbangalas eram uma sociedade completamente militarizada, baseada inteiramente
em ritos de iniciação, ao contrário dos demais grupos étnicos africanos, que se baseiam
em ritos de parentesco. Para impedir que o parentesco tomasse o lugar da iniciação,
todas as crianças nascidas numa aldeia eram assassinadas. As mulheres podiam
deixar suas aldeias para terem seus filhos, mas, quando voltavam, as crianças só eram
consideradas imbangalas após terem participado dos ritos de iniciação. De modo
semelhante ao da antiga Esparta, as crianças eram treinadas diariamente em combate
individual e em grupo.
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madeira. Cada quilombo tinha doze portõesː um para cada esquadrão.
O exército imbangala entrava no campo de batalha com uma formação de três dentes
similar à famosa formação zulu de touro e chifre. A formação era composta pelo chifre
direito (mutanda), o chifre esquerdo (muya) e a vanguarda (muta ita) no centro. Suas
armas principais eram o porrete e a machadinha, mas também incluíam o arco e flecha,
a faca e a espada.[1]
Os imbangalas não permitiam que suas mulheres dessem, à luz, crianças. Para
recompor sua população, eles capturavam adolescentes e forçavam-nos a lutar em seu
exército. Em método semelhante ao utilizado com as atuais crianças-soldados, os
jovens cativos eram forçados a matar e comer pessoas e consumir bebidas alcoólicas,
e somente eram admitidos como membros plenos após matar alguém em uma batalha.
Antropofagia, sacrifício humano ritual e tortura faziam parte do que observadores
do século XVII chamaram de "leis da quixila" (do quimbundo kixila, "proibição").
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3. CONCLUSÃO
Portanto, os Imbangala mostram que a luta pela sobrevivência e, mais do que isso, a
luta pela permanência em um ambiente que impunha seus desafios, seja por meio da
presença de povos inimigos, seja pela falta de matéria-prima para uma vida sedentária,
teve um impacto gigantesco no modo com o qual organizaram sua estrutura social. Foi
dessa forma, aliás, que essas sociedades guerreiras conseguiram contornar as
principais adversidades e garantir sua existência por mais de um século, como também
considera Jan Vansina. Assim, o fato de terem havido diferentes atuações dos
Imbangala em relação aos portugueses representa não só a grande diversidade desses
grupos, mas também evidencia sobretudo que cada qual buscou as melhores
ferramenta possíveis e disponíveis para continuar existindo, sobrevivendo em um
determinado lugar. Em outras palavras, os Imbangala procuraram produzir e reproduzir
seu próprio espaço geográfico.
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2 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
https://pt.wikipedia.org/wiki/Imbangalas#
https://www.trabalhosfeitos.com/categoria/os-povos-imbangalas/1463709/0.html
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