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INTRODUÇÃO

Neste presente trabalho vamos abordar sobre a delinquência juvenil suas causas,
prevenções e suas consequências.

O presente trabalho de pesquisa, ilustra realmente, que a delinquência juvenil como


tema, são todos atos criminosos cometidos por um grupo de jovens e de forma isolada, estes
são influenciados pelo uso excessivo de bebidas alcoólicas, drogas, que maioritariamente
fazem parte de grupo devidamente organizado.

E com base as pesquisas podemos constatar que em grande parte está relacionado
com o abandono familiar, maus tratos, a falta de atenção dos familiares.

Em outros casos a influência dos grupos em que se está inserido muitas vezes
influencia os comportamentos que temos. Nem sempre as decisões ou atitudes que os
adolescentes tomam, são por vontade própria, na maioria dos casos são influenciadas pelos
amigos. Existem, também, casos em que estas decisões ou atitudes são obrigadas.

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DELINQUÊNCIA JUVENIL – DEFINIÇÃO E CONCEITO

A delinquência juvenil refere-se aos atos criminosos cometidos por menoresde


idade. Muitos países possuem procedimentos legais e punições diferentes (no geral mais
atenuados) aos delinquentes juvenis, em relação a criminosos maiores de idade.

A delinquência juvenil também refere-se a todos aqueles delitos de crianças que ainda


são menores de idade, que já cometeram. Utilizando uma definição jurídica, nos
concentraríamos nas idades compreendidas entre os 14 e os 18 anos, de acordo com a Lei de
Responsabilidade do Menor. Uma definição mais criminológica contemplaria não somente
os comportamentos constitutivos de infrações penais, mas também outras como o
alcoolismo, o vício em drogas, a evasão escolar. E até mesmo seria possível ampliar a faixa
de idade, incluindo pessoas que estão abaixo dos 25 anos, não dos 18.

A delinquência não se produz de forma aleatória, parte da cultura, dos valores, dos
conflitos econômicos, políticos, sociais nos quais todos nós estamos imersos. Muitos jovens
carecem de planos ou projetos de vida e são considerados incapazes de se adaptar ao meio
social e assim, aos poucos, tomam a delinquência como caminho alternativo de
comportamento. 

Este fenômeno foi estudado durante décadas, sobretudo as causas que podem levar um
menor a cometer delitos, já que normalmente se trata de um fenômeno multicausal como
veremos mais adiante.

Quase todos os países contam com jurisdições específicas para tratar deste tipo de
delinquência (Juizado de Menores), assim como centros de detenção destinados unicamente a
menores de idade.

Nesta linha de raciocínio, e segundo o Decreto-Lei nº 401/82 de 23/9, é considerado


jovem, para efeitos criminais, o indivíduo entre os 16 e os 20 anos, com o qual se estabelece
uma regulamentação peculiar de correção. Podemos assim estabelecer uma associação entre os
jovens autores de crimes cujas idades se compreendem na referida faixa etária e a Lei Tutelar
Educativa, que anui ao adolescente com idade compreendida entre os 12 e os 16 anos, a prática
de um “facto qualificado pela lei como crime”2 .
Assim, a nosso ver, e com base na revisão da literatura, consideraremos delinquência juvenil um
conjunto de actos ou comportamentos sociais desviantes, cometidos por um jovem de idade
compreendida entre os 12 e os 21 anos, susceptíveis de serem criminalizados por lei.

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CAUSAS DA DELINQUÊNCIA JUVENIL

Dentro das causas da delinquência juvenil podemos encontrar diversas teorias que procuram
explicar o fenômeno reunindo diferentes fatores. As teorias se dividem em:

Teorias psicobiológicas
Estas teorias sustentam que a origem do comportamento criminoso se encontra na presença de
diversos fatores genéticos, psicobiológicos e psicofisiológicos que influenciam o impulso do
indivíduo em cometer o delito tanto de forma isolada, como relacionando-se entre si. Alguns
exemplos: excesso de agressividade, estados patológicos, anomalias genéticas.

Teorias psicomorais
Presença de fatores biofisiológicos, psicológicos, sociológicos ou morais são comuns na
formação do indivíduo com uma personalidade que tem tendência à delinquência. Por exemplo,
fatores como o egocentrismo, a agressividade, a indiferença afetiva, a labilidade afetiva.

Teorias psicossociais
Estas explicações teóricas se concentram no fato da delinquência ser resultado da interação
entre diferentes estímulos individuais, sociais e situacionais. Aqueles sujeitos que carecem de
recursos pessoais adequados serão mais vulneráveis a praticar delitos quando o estímulo em
questão estiver presente.

Teorias do conflito
Nesse caso são as contradições internas das sociedades modernas que provocam o
desencadeamento do ato delituoso. A frustração, a instabilidade social da época em que vivemos
e o ressentimento diante de um futuro incerto podem provocar agressividade e condutas
criminosas.

Teorias críticas ou radicais


Concebem a delinquência como uma mera etiqueta que foi imposta de forma social às classes
mais baixas e pobres, por parte de todos que exercem o controle formal e informal. A
delinquência passaria a não ser algo real, mas sim artificial

CONSEQUÊNCIAS DA DELINQUÊNCIA JUVENIL

As consequências da delinquência juvenil englobam tanto questões administrativas, quanto


psicológicas e sociais.

Consequências jurídicas:

 Internamento terapêutico
 Assistência ao centro durante o dia

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 Permanência no centro durante o fim de semana
 Tratamento ambulatório
 Trabalho voluntário em benefício da comunidade
 Realização de tarefas socioeducativas
 Convivência com outra pessoa, familiar ou grupo educativo
 Perda da permissão para dirigir ou do direito de tê-la
 Proibição de assumir cargos públicos
 Advertências

CONSEQUÊNCIAS PARA O INDIVÍDUO E PARA A SOCIEDADE

As consequências mais comuns são:


 Desequilíbrio mental;
 Desintegração familiar ou deterioramento do núcleo familiar;
 Promiscuidade sexual e falta de valores morais;
 Doenças sexuais comuns;
 Mortes prematuras em brigas de rua;
 Perda de valores;

TIPOS DE DELINQUÊNCIA JUVENIL

A delinquência juvenil pode aparecer em diferentes circunstâncias. É possível classificar os atos


de delinquência juvenil da seguinte maneira:

 Comportamentos de ocasião: comportamentos que o jovem adota ao ter que se


acostumar à vida social e à normas com as quais não está familiarizado. Geralmente são os
delitos menores, de grau mais baixo.

 Comportamentos de transição: engloba comportamentos criminosos mais severos


durante um período de tempo limitado. Normalmente são respostas a mudanças na escola, na
família.

 Comportamentos de condição: associados aos jovens que persistem em manter seu


comportamento antissocial, afetando de forma mais grave seu estilo de vida e desenvolvendo o
que se conhece como carreira criminal.

TIPOS DE DELINQUENTES JUVENIS

Segundo uma classificação baseada em aspectos cognitivo-comportamentais, que analisa o tipo


de criação parental vs tipologia delituosa, os delinquentes juvenis foram classificados em:

O insolente

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Apresenta uma estrutura psicológica e um padrão comportamental condicionados por um
transtorno da função socializadora e educativa do vínculo paterno.

E o delinquente mais comum de todos é o impulsivo, possuidor de uma auto-imagem pobre,


hablidades interpessoais mal desenvolvidas e uma atitude de oposição às normas sociais.

É o que apresenta uma maior probabilidade de reinserção social, visto que sua resiliência se
encontra estagnada, mas com possibilidades de mudança.
O tipo de violência geralmente não tem uma motivação fixa nem um padrão, é bem mais
impulsivo e instrumental e algumas vezes, sob os efeitos das drogas e do álcool. Alguns
exemplos de delito são:

 Delitos menores contra a propriedade


 Furtos em casa
 Furtos no comércio
 Furtos de veículos
 Golpes
 Desrespeito às normas sociais

O indolente
Apresenta uma estrutura psicológica e padrões comportamentais condicionados pelo transtorno
da função nutritiva, o "vínculo materno".

Mostra transtornos de apego e de empatia, os quais deterioram sua capacidade para manter
vínculos interpessoais através do tempo, além de serem incapazes de reconhecer necessidades
e sentimentos de outras pessoas. Baixo controle de impulsos, podendo alcançar altos níveis de
agressividade. A possibilidade de reabilitação é baixa, pois seus níveis de resiliência são
mínimos.
Alguns exemplos de delitos que podem cometer são:

 Delitos maiores contra as pessoas


 Abusos sexuais
 Violações
 Homicídios simples
 Roubo com violência
 Agressões com lesões graves
 Sequestros

O incorrigível
O tipo menos comum de todos. Apresenta um nível maior de reincidência violenta e geralmente
agem sozinhos. São os mais perigosos quanto à sua expressividade e potencial criminoso.

O nível de psicopatologia é global e geralmente apresentam transtornos agudos tanto em


funções socializadoras como em educativas e nutritivas. Geralmente não sentem remorso e
apresentam violência extrema, chegando a sentir prazer com o sofrimento alheio.

Suas possibilidades de reabilitação são escassas, já que é provável que quando eram mais novos
estes indivíduos não desenvolveram processos psicológicos associados à empatia e à resiliência.
Alguns exemplos de delitos:

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 Delitos maiores e crimes
 Violações em série
 Sequestros com tortura
 Roubo com homicídio
 Homicídios em série
 Canibalismo
 Agressões fatais

FATORES QUE INFLUENCIAM A DELINQUÊNCIA JUVENIL

Além das causas da delinquência juvenil, existem muitas circunstâncias que podem favorecê-la
e mantê-la, ou o oposto. A seguir veremos estes fatores:
Fatores de risco
Encontramos, por um lado, os fatores de risco. Estes podem afetar de forma negativa no
desenvolvimento do comportamento dos jovens, podendo dar lugar a situações de maior tensão,
de falta de controle emocional, condutas criminais.

 Fatores individuais: baixa inteligência, temperamento difícil na infância,


impulsividade, hiperatividade, baixo autocontrole, relações ruins com os pares, traços
cognitivos como a tendência de atribuir a responsabilidade de seu comportamento a agentes
externos, comportamentos hostis em nível social, etc...

 Fatores familiares: estresse familiar, abuso, negligência, estilo parental hostil, crítico e
punitivo.

 Fatores ligados ao grupo de iguais: participação de grupos de pares envolvidos em


delitos.

 Fatores sociais ou comunitários: residir em áreas com baixo compromisso


comunitário, alta taxa de desemprego, falta de oportunidades legítimas, falta de confiança nos
vizinhos e baixos níveis de participação comum.

 Fatores socioeconômicos e culturais: pobreza e desemprego juvenil.

Fatores de proteção
Por outro lado, aparecem os fatores de proteção, que são todas aquelas variáveis que atenuam o
efeito dos fatores de risco presentes nos indivíduos, se encarregando de diminuir a
probabilidade de desenvolver os problemas já mencionados.

 Fatores individuais: gênero feminino, alta inteligência, habilidades sociais, controle


interno e temperamento resistente.

 Vínculos sociais: afetividade, apoio emocional e boas relações familiares.

 Crenças saudáveis e modelos de comportamento sólidos: aprendizado de normas e


valores sólidos, compromisso com valores morais e sociais, bons modelos de referência.

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COMO PREVENIR A DELINQUÊNCIA JUVENIL

Os especialistas concordam que as intervenções preventivas devem se iniciar na infância, e


devem ser oferecidas em todos os lugares e populações e, além disso, envolvendo não
somente os jovens, mas também as pessoas que se encontram ao redor e no entorno próximo.
Todos os setores da sociedade devem se envolver na prevenção da delinquência juvenil para
obter resultados ótimos.

Os profissionais também enfatizam que a forma de prevenção mais adequada não é a primária, a
partir de um nível mais geral, mas sim a secundária e a terciária, porque permitem ver mudanças
diretas nas pessoas menores de idade. Por outro lado, a intervenção primária deve ser constante
no tempo para pode gerar algum tipo de resultado.

Fatores importantes a ter em conta para a prevenção por parte dos indivíduos: o controle de
impulsos e o nível de autoimagem e autoavaliação.

Muitos jovens se esforçam para serem valorizados socialmente com comportamentos


prejudiciais e/ou criminosos, é neste ponto que se deve trabalhar.

MÉTODOS PARA REDUZIR A DELIQUÊENCIA JUVENIL

1.Gerar empregos para os jovens

2.Investir em educação

3.Melhorar o tratamento de viciados em drogas

4.Bolsa Formação

5.Apoiar a família

6.Melhorar a reinserção social de menores infratores

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AGRADECIMENTO

Primeiramente agradecemos a Deus por nos ter dado a vida, agradecemos ao professor
por nos ter dado a oportunidade de fazer este presente trabalho para que podessimos adiquirir
mais conhecimento sobre o tema. Também agradecemos aos nossos pais pelo incentivo que
deram para podermos terminar este trabalho e pela ajuda financeira, e também agradecemos à
nos mesmos pelo nosso esforço.

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CONCLUSÃO

Após a elaboração deste trabalho, chegamos a conclusão que a delinquência juvenil,


em sua maior parte é causada pela forma com que os jovens são tratados no seio familiar, o
desemprego e também por se sentirem menospresados pela sociedade ou seja, por sentirem-
se incapazes de realizar algumas funções na sociedade e uma das formas de evitarmos a
delinquência juvenil é gerando mais emprego para os jovens e cuidar bem das crianças no
agregado familiar evitando que cresçam em ambientes violentos. Pois como já disse uma vez
o grande Nelson Mandela, “Devemos educar as crianças para que não seja necessário
punir os adultos”.

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BIBLIOGRAFIA

Para a realização deste trabalho, utilizamos as seguintes fontes de pesquisa para


obter informações:

https://comum.rcaap.pt/bitstream/10400.26/24460/1/Tese %28delinqu%C3%AAncia_juvenil
%29.pdf https://pt.wikipedia.org/wiki/Delinqu%C3%AAncia_juvenil
https://bdigital.ufp.pt/bitstream/10284/3362/3/T_21283.pdf
https://repositorio.ual.pt/bitstream/11144/2651/1/WESLEY_Tese final_MAR%C3%87O_16.pdf
http://tpa.sapo.ao/noticias/sociedade/principal-causa-de-deliquencia-juvenil-e-o-desemprego

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