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REPÚBLICA DE ANGOLA

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
COMPLEXO ESCOLAR BETÂNIA

TRABALHO DE FORMAÇÃO DE ATITUDOS


INTEGRADORAS (F.A.I)

TEMA:
A DELIQUENCIA JUVENIL

Grupo nº V
Sala nº 19
Classe: 10º
Turno: Tarde
Turma: A
Curso: Técnico de Informática
Docente

Luanda aos 17/05/2022


INTEGRANTES

Arikleine Catate nº 35
ÍNDICE

INTRODUÇÃO.........................................................
DESENVOLVIMENTO............................................
1. O que é a delinquência juvenil
2. Causas da delinquência juvenil
3. Consequências da delinquência juvenil
4. Tipos de delinquência juvenil
5. Tipos de delinquentes juvenis
6. Fatores que influenciam a delinquência juvenil
7. Como prevenir a delinquência juvenil
CONCLUÇÃO...........................................................
BLIBIOGRAFIA........................................................

Índice
INTRODUÇÃO

A delinquência não se produz de forma aleatória, parte da cultura, dos valores, dos conflitos
econômicos, políticos, sociais... nos quais todos nós estamos imersos. Muitos jovens carecem de
planos ou projetos de vida e são considerados incapazes de se adaptar ao meio social e assim, aos
poucos, tomam a delinquência como caminho alternativo de comportamento. Neste artigo,
abordaremos o fenômeno da Delinquência Juvenil. Veremos o que é, quais são as suas causas e
consequências, assim como os tipos de jovens delinquentes que podemos encontrar e como este
fenômeno pode ser prevenido.

DESENVOLVIMENTO

O que é a delinquência juvenil


A delinquência juvenil se refere a todos aqueles delitos que as crianças que ainda são menores
de idade cometem. Utilizando uma definição jurídica, nos concentraríamos nas idades
compreendidas entre os 14 e os 18 anos, de acordo com a Lei de Responsabilidade do Menor. Uma
definição mais criminológica contemplaria não somente os comportamentos constitutivos de
infrações penais, mas também outras como o alcoolismo, o vício em drogas, a evasão escolar... E
até mesmo seria possível ampliar a faixa de idade, incluindo pessoas que estão abaixo dos 25 anos,
não dos 18.
Este fenômeno foi estudado durante décadas, sobretudo as causas que podem levar um menor a
cometer delitos, já que normalmente se trata de um fenômeno multicausal como veremos mais
adiante. Quase todos os países contam com jurisdições específicas para tratar deste tipo de
delinquência (Juizado de Menores), assim como centros de detenção destinados unicamente a
menores de idade.
Causas da delinquência juvenil
Dentro das causas da delinquência juvenil podemos encontrar diversas teorias que procuram
explicar o fenômeno reunindo diferentes fatores. As teorias se dividem em:
Teorias psicobiológicas
Estas teorias sustentam que a origem do comportamento criminoso se encontra na presença de
diversos fatores genéticos, psicobiológicos e psicofisiológicos que influenciam o impulso do
indivíduo em cometer o delito tanto de forma isolada, como relacionando-se entre si. Alguns
exemplos: excesso de agressividade, estados patológicos, anomalias genéticas...
Teorias psicomorais
Presença de fatores biofisiológicos, psicológicos, sociológicos ou morais são comuns na formação
do indivíduo com uma personalidade que tem tendência à delinquência. Por exemplo, fatores
como o egocentrismo, a agressividade, a indiferença afetiva, a labilidade afetiva...
Teorias psicossociais
Estas explicações teóricas se concentram no fato da delinquência ser resultado da interação entre
diferentes estímulos individuais, sociais e situacionais. Aqueles sujeitos que carecem de recursos
pessoais adequados serão mais vulneráveis a praticar delitos quando o estímulo em questão estiver
presente.
Teorias do conflito
Nesse caso são as contradições internas das sociedades modernas que provocam o desencadeamento
do ato delituoso. A frustração, a instabilidade social da época em que vivemos e o ressentimento
diante de um futuro incerto podem provocar agressividade e condutas criminosas.
Teorias críticas ou radicais
Concebem a delinquência como uma mera etiqueta que foi imposta de forma social às classes mais
baixas e pobres, por parte de todos que exercem o controle formal e informal. A delinquência
passaria a não ser algo real, mas sim artificial.

Consequências da delinquência juvenil

As consequências da delinquência juvenil englobam tanto questões administrativas, quanto


psicológicas e sociais.
Consequências jurídicas
 Internamento terapêutico
 Assistência ao centro durante o dia
 Permanência no centro durante o fim de semana
 Tratamento ambulatório
 Trabalho voluntário em benefício da comunidade
 Realização de tarefas socioeducativas
 Convivência com outra pessoa, familiar ou grupo educativo
 Perda da permissão para dirigir ou do direito de tê-la
 Proibição de assumir cargos públicos
 Advertências
Consequências para o indivíduo e para a sociedade
As consequências mais comuns são:
 Desequilíbrio mental
 Desintegração familiar ou deterioramento do núcleo familiar
 Promiscuidade sexual e falta de valores morais
 Doenças sexuais comuns
 Mortes prematuras em brigas de rua
 Perda de valores
Tipos de delinquência juvenil

A delinquência juvenil pode aparecer em diferentes circunstâncias. É possível classificar os atos de


delinquência juvenil da seguinte maneira:
 Comportamentos de ocasião: comportamentos que o jovem adota ao ter que se acostumar à
vida social e à normas com as quais não está familiarizado. Geralmente são os delitos
menores, de grau mais baixo.
 Comportamentos de transição: engloba comportamentos criminosos mais severos durante
um período de tempo limitado. Normalmente são respostas a mudanças na escola, na
família...
 Comportamentos de condição: associados aos jovens que persistem em manter seu
comportamento antissocial, afetando de forma mais grave seu estilo de vida e
desenvolvendo o que se conhece como carreira criminal.

Fatores que influenciam a delinquência juvenil

Além das causas da delinquência juvenil, existem muitas circunstâncias que podem favorecê-la e
mantê-la, ou o oposto. A seguir veremos estes fatores:
Fatores de risco
Encontramos, por um lado, os fatores de risco. Estes podem afetar de forma negativa no
desenvolvimento do comportamento dos jovens, podendo dar lugar a situações de maior tensão, de
falta de controle emocional, condutas criminais...
 Fatores individuais: baixa inteligência, temperamento difícil na infância, impulsividade,
hiperatividade, baixo autocontrole, relações ruins com os pares, traços cognitivos como a
tendência de atribuir a responsabilidade de seu comportamento a agentes externos,
comportamentos hostis em nível social, etc...
 Fatores familiares: estresse familiar, abuso, negligência, estilo parental hostil, crítico e
punitivo.
 Fatores ligados ao grupo de iguais: participação de grupos de pares envolvidos em delitos.
 Fatores sociais ou comunitários: residir em áreas com baixo compromisso comunitário, alta
taxa de desemprego, falta de oportunidades legítimas, falta de confiança nos vizinhos e
baixos níveis de participação comum.
 Fatores socioeconômicos e culturais: pobreza e desemprego juvenil.
Fatores de proteção
Por outro lado, aparecem os fatores de proteção, que são todas aquelas variáveis que atenuam o
efeito dos fatores de risco presentes nos indivíduos, se encarregando de diminuir a probabilidade de
desenvolver os problemas já mencionados.
 Fatores individuais: gênero feminino, alta inteligência, habilidades sociais, controle interno
e temperamento resistente.
 Vínculos sociais: afetividade, apoio emocional e boas relações familiares.
 Crenças saudáveis e modelos de comportamento sólidos: aprendizado de normas e valores
sólidos, compromisso com valores morais e sociais, bons modelos de referência.

Como prevenir a delinquência juvenil

Os especialistas concordam que as intervenções preventivas devem se iniciar na infância, e devem


ser oferecidas em todos os lugares e populações e, além disso, envolvendo não somente os jovens,
mas também as pessoas que se encontram ao redor e no entorno próximo. Todos os setores da
sociedade devem se envolver na prevenção da delinquência juvenil para obter resultados ótimos.
Os profissionais também enfatizam que a forma de prevenção mais adequada não é a primária, a
partir de um nível mais geral, mas sim a secundária e a terciária, porque permitem ver mudanças
diretas nas pessoas menores de idade. Por outro lado, a intervenção primária deve ser constante no
tempo para pode gerar algum tipo de resultado.
Fatores importantes a ter em conta para a prevenção por parte dos indivíduos: o controle de
impulsos e o nível de autoimagem e autoavaliação. Muitos jovens se esforçam para serem
valorizados socialmente com comportamentos prejudiciais e/ou criminosos, é neste ponto que se
deve trabalhar.
Medidas reconhecidas pela UNICEF
 A prevenção da delinquência juvenil é uma parte essencial da prevenção dos delitos na
sociedade.
 Toda a sociedade deve procurar um bom desenvolvimento dos adolescentes.
 É preciso se concentrar no bem-estar dos jovens desde a primeira infância.
 Elaborar medidas que evitem criminalizar e penalizar a criança por um comportamento
que não causa graves prejuízos, nem prejudica os outros.
 A família é a unidade central encarregada da integração social da criança. É
necessário preservar a integridade familiar tanto por parte dos governos, como pela
própria família.
 Políticas que permitam às crianças crescerem em ambientes de estabilidade e bem-estar
familiar.
 Serviços e programas de caráter comunitário que respondam as necessidades, problemas,
interesses e anseios dos jovens, assim como garantir o apoio às famílias.
 Reforçar medidas de apoio comunitário, assim como instalações adequadas a todos aqueles
jovens que não possuam um ambiente propício para viver.

CONCLUSÃO

Recomendamos que você consulte um psicólogo para que ele te aconselhe sobre o seu caso em
particular. A delinquência juvenil refere-se aos atos criminosos cometidos por menores de idade.
Muitos países possuem procedimentos legais e punições diferentes (no geral mais atenuados) aos
delinquentes juvenis, em relação a criminosos maiores de idade. A delinquência juvenil, só pelo fato
de ter como base os jovens, também vê-se como causas, o abandono dos familiares. Os jovens por
não encontrarem o que no seio familiar não têm, partem para a rua procurando coisas que no qual
irão se apoderar. Em alguns casos eles acabam por prejudicar a sociedade. Por favor de ver um
jovem que se encontra a estar perto de ser um jovem delinquente, ajudio a sair desse mundo, fale
com ele, porque até a conversa é virtude de um bom comportamento social com a melhor educação
possível.

BLIBIOGRAFIA
1. https://br.psicologia-online.com/ (https://br.psicologia-online.com/delinquencia-juvenil-
tipos-causas-e-consequencias-505.html#:~:text=A%20delinqu%C3%AAncia%20juvenil
%20se%20refere%20a%20todos%20aqueles,acordo%20com%20a%20Lei%20de
%20Responsabilidade%20do%20Menor.)
2. DefiniciónABC. Definición de Delincuencia Juvenil.
3. Saludemia. Delincuencia juvenil - lo fundamental - formas de aparición de la delincuencia
juvenil.
4. Anónimo. Prevención de la Delincuencia Juvenil. La bitácora, Eduso.
5. Araos, C. Tipos de Delincuentes Juveniles (Perfiles Delincuencia Juvenil).
6. Lexmarie, N. & Serrano, I. (2016). Prevención de delincuencia juvenil: ¿Qué deben tener los
programas para que sean efectivos? Revista Interamericana de Psicología,1(50), 117-127.
7. Martínes Alonso, S. Las consecuencias de la delincuencia juvenil en España a
debate. Revista Digital INESEM.
8. Menárguez, M. (2016). Delincuencia Juvenil, Crimipedia.

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