INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

DEPARTAMENTO DE ECONOMIA E GESTÃO

LICENCIATURA EM GESTÃO AMBIENTAL

NÍVEL. IV

GESTÃO E TRATAMENTO DE EFLUENTES

Processo de gestão e tratamento de efluentes domésticos no distrito de

Mecanhelas

Latifo Ramos

Lichinga, aos 3 de Março 2023

INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
DEPARTAMENTO DE ECONOMIA E GESTÃO
LICENCIATURA EM GESTÃO AMBIENTAL

Processo de gestão de tratamento de efluentes domésticos no distrito de

Mecanhelas

O Estudante O Tutor

Latifo Ramos Msc. Eliote Mujui

Msc: Hélio Divage

Lichinga, aos 3 de Março 2023

Índice
1.Introdução ........................................................................................................................ 4

1.1.Problematização ............................................................................................................ 4

1.2.Justificativas .................................................................................................................. 4

1.3.Objectivos ..................................................................................................................... 4

1.3.1.Geral ........................................................................................................................... 4

1.3.2.Especifico ................................................................................................................... 5

1.4.Metodologia .................................................................................................................. 5

1.4.1.Métodos...................................................................................................................... 5

1.4.2.Técnicas de colecta de dados ..................................................................................... 5

2.Contextualização .............................................................................................................. 6

2.1.Tipos de efluentes encontrados no distrito de Mecanhelas ........................................... 6

2.2.Importância de gestão e tratamento de efluentes domésticos ....................................... 6

2.3.Processos de produção, gestão e níveis de tratamento .................................................. 7

2.4.O impacto de efluentes sem tratamento no meio ambiente .......................................... 7

3.Conclusão......................................................................................................................... 7

Referências Bibliográficas .................................................................................................. 8

1.Introdução
Segundo Mierzwa & Hespanhol, (2005, p. 22), a ocupação urbana e o adensamento
populacional desordenado tem intensificado a demanda e a poluição dos recursos hídricos
disponíveis. Uma das principais preocupações nos grandes centros urbanos está
relacionada aos efluentes domésticos que na maioria das cidades Moçambicanos não são
tratados da maneira adequada.

A disposição do esgoto doméstico sanitário sem o devido tratamento pode provocar a

proliferação de organismos patogênicos e doenças, devido à poluição do solo e dos corpos
de água; o excesso de substância como o fósforo (P) e o nitrogênio (N) podem provocar o
processo de eutrofização dos recursos hídricos ao impactar, de maneira direta, nos
parâmetros físicos, químicos e biológicos das águas, impossibilitando seu uso para
consumo e lazer (Philippi Jr., 2005).

1.1.Problematização
A atividade humana tem provocado alterações nos recursos ambientais e a gravidade dessa
situação ressalta a necessidade de que o homem modifique sua forma de agir, procurando
compatibilizar as alterações provocadas com a capacidade de recuperação da natureza.

1.2.Justificativas
Torna-se, portanto, evidente a importância de se estudar o papel dos esgotos sanitários na
transmissão de diversos organismos patogênicos, via contaminação de águas utilizadas
para recreação, fontes de abastecimentos para o consumo humano, irrigação entre outros,
ressaltando os diversos tipos de tratamento e formas de melhor uso da água através das
novas tecnologias e conceitos de Educação Ambiental.

1.3.Objectivos

1.3.1.Geral
 Análise de gestão no tratamento de efluentes domésticos no distrito de Mecanhelas,
Província do Niassa.
1.3.2.Especifico
 Identificar os tipos de efuentes domésticos encontrados no distrito;
 Caracterizar a Importância de gestão e tratamento de efluentes domésticos;
 Descrever O impacto de efluentes sem tratamento no meio ambiente.

1.4.Metodologia
A presente pesquisa, será realizada no distrito de Mecanhelas, Província do Niassa, num
período compreendido entre Janeiro a Agosto do ano 2023. A presente pesquisa será
aplicada num raio de 3km da sede do distrito de Mecanhelas.

1.4.1.Métodos
Segundo Aleciana (2017). São conjuntos de alternativas usadas para alcançar um certo
objectivo em determinada actividade, neste caso do trabalho em referência, constitui um
método, este que em certa medida facilitarão o processo no seu todo (p.15). Quanto ao
objectivo a pesquisa é classificada como Descritiva e Exploratória. Quanto a abordagem é
uma pesquisa Qualitativa, isto é, o pesquisador vai colectar os dados e posteriormente fazer
a sua análise, depois vai tirar as respectivas conclusões. O método que vai se usar será, o
hipotético dedutivo.

1.4.2.Técnicas de colecta de dados

 Entrevista

Na entrevista se obtêm toda informação pretendida junto ao entrevistado

independentemente do seu nível académico; oferece dados em profundidade; os dados
adquiridos podem ser quantificados e classificados.

 Questionário

O questionário facilita interrogar um grande número de indivíduos em pouco tempo; não

tem um momento limitado para responder as perguntas solicitados; não oferece espaço
de comentário por parte do pesquisado.
2.Contextualização
Efluentes são os resíduos provenientes das indústrias, dos esgotos e das redes pluviais, que
são lançados no meio ambiente, na forma de líquidos ou de gases (BERTONCINI, 2008,
p. 13). Os efluentes domésticos ou esgotos sanitários são os dejetos produzidos na cozinha
ou banheiro das casas, edifícios e indústrias, composto de 99,9% de água, e o restante de
sólidos orgânicos e inorgânicos e de micro-organismos.

O tratamento de efluentes industriais funciona de acordo com as características físicas,

químicas e biológicas, conforme a natureza dos poluentes a serem removidos e das
operações unitárias utilizadas para o tratamento (SILVA & MARA, 1979, p. 10).

2.1.Tipos de efluentes encontrados no distrito de Mecanhelas

 Efluente oleoso

São mais comuns na indústria automobilística, pois trabalham com combustíveis,

lubrificantes e graxas, porém, podem ser gerados a partir da lavagem de peças, tanques e
veículos (BERTONCINI, 2008, p. 17).

 Efluente com contaminantes emergentes

Segundo BertoncinI (2008, p. 18), alguns contaminantes são fármacos, hormônios,

pesticidas, entre outros. Esse tipo de efluente pode ser gerado em indústrias, residências e
hospitais.

2.2.Importância de gestão e tratamento de efluentes domésticos

A água possui diversas utilizações das quais uma média de 80% resulta em esgoto (SILVA
& MARA, 1979, p. 11), seja ele de origem doméstica, hospitalar ou industrial. Tal como
diz PhiIippi JR. (2005, p. 11), a poluição dos recursos hídricos pelo lançamento de esgoto
doméstico pode impactar os indicadores de agravo ao bem-estar humano, aumentando a
demanda por serviços de saúde e absentismo da força de trabalho.
2.3.Processos de produção, gestão e níveis de tratamento
Os resíduos são submetidos à degradação biológica natural, envolvendo principalmente
bactérias e algas (SILVA e MARA, 1979). Esses sistemas são considerados entre os
métodos de tratamento de águas residuárias e industriais como sendo mais fáceis,
econômicos e eficientes

2.4.O impacto de efluentes sem tratamento no meio ambiente

O lançamento de efluentes líquidos não tratados, provenientes das indústrias e esgotos
sanitários, em rios, lagos e córregos provocam um sério desequilíbrio no ecossistema
aquático. O esgoto doméstico, causa a mortalidade de peixes (DIAS & PEREIRA, 1999).
As doenças com maiores incidências devido à exposição a ambientes sem saneamento são
leptospirose, disenteria bacteriana, esquistossomose, febre tifoide, cólera e parasitoides.

3.Conclusão
Os tipos de efluentes detectados no distrito de Mecanhelas são: Efluente oleoso e Efluente
com contaminantes emergentes. O esgoto doméstico ou efluente sanitário contém cerca de
99,9% de água e 0,1% de sólidos orgânicos e inorgânicos, sendo comum a presença de
microrganismos patogênicos, responsáveis por algumas doenças de veiculação hídrica. O
tratamento de águas pode proporcionar o abastecimento residenciais e industriais, e ainda,
conforme o grau de poluição, inviabiliza o uso para fins de agricultura e processos
industriais, com reflexos negativos para o desenvolvimento da região.

O lançamento de efluentes líquidos não tratados, provenientes das indústrias e esgotos

sanitários, em rios, lagos e córregos provocam um sério desequilíbrio no ecossistema
aquático.

3.1.Recomendações
 Para comunidade: Que se arranje os mecanismos, para reduzir a emissão massiva
dos efluentes domésticos na atmosfera;
 Para Governo: Aumentar a vigilância e controlo de emissão dos efluentes
domésticos, para que haja garantia da redução dos mesmos no ambiente terrestre.
4.Referências Bibliográficas
ALECIANA, V. O. (2017). Metodos e Tecnicas de Pesquisa. Rio de Janeiro: ISSN: 0486-
6266.

BERTONCINI, E. I. (2008). Tratamento de efluentes e reúso da água no meio agrícola.

Rio de Janeiro: Revista Tecnologia & Inovação Agropecuária, p. 152-169, jun.

DIAS, M. C., & PEREIRA, M. (1999). Manual de impactos ambientais: orientações

básicas sobre aspectos ambientais de atividades produtivas. . Fortaleza: Banco do
Nordeste do Brasil, 297p.

MIERZWA, J. C., & HESPANHOL, I. (2005). Água na Industria - Uso Racional e Reuso.
1. ed. . São Paulo: Oficina de textos, 144p.

PhiIippi JR., A. (2005). Saneamento, saúde e ambiente: fundamentos para um

desenvolvimento sustentável. São Paulo: Manole, 850 p.

SILVA, S. A., & MARA, D. D. (1979). Tratamentos biológicos de águas residuárias:

lagoas de estabilização.: . Rio de Janeiro: ABES, 139p.

Anexos

Figure 1. Poluição da agua do canal que desagua no rio Muchimaze