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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ


FACULDADE DE ENGENHARIA QUIMICA
TRATEMENTO DE EFLUENTES LIQUIDOS

DOCENTE: PROF. DENILSON DA SILVA

PARÂMETROS UTILIZADOS NA AVALIAÇÃO E CONTROLE DE


EFLUENTES LÍQUIDOS.

DISCENTES: LUISE DE MOURA PALHA LIMA

RAPHAELA SANTOS DE CASTRO

WANEISE CAROLINE OLIVEIRA DE SOUZA

Matrículas: 201907540021
201907540025
201807540052

BELÉM-PA
2021
Sumário
RESUMO ..................................................................................................... 3
INTRODUÇÃO ........................................................................................... 4
DESENVOLVIMENTO ............................................................................. 5
2.1 ETAPAS DO TRATAMENTO DE EFLUENTES INDUSTRIAIS . 5
2.2 TRATAMENTO PRELIMINAR ........................................................ 5
2.3 TRATAMENTO PRIMÁRIO.............................................................. 5
2.4 TRATAMENTO SECUNDÁRIO ........................................................ 5
2.5 TRATAMENTO TERCIÁRIO............................................................ 6
TEMPERATURA........................................................................................ 6
PH ................................................................................................................. 6
SÓLIDOS (TOTAIS, SEDIMENTADOS E EM SUSPENSÃO) ............ 6
DEMANDA QUÍMICA DE OXIGÊNIO (DQO) ..................................... 8
DEMANDA BIOQUÍMICA DE OXIGÊNIO (DBO) .............................. 8
ÓLEOS E GRAXAS.................................................................................... 9
OXIGÊNIO DISSOLVIDO ........................................................................ 9
NITROGÊNIO TOTAL ............................................................................. 9
ADSORÇÃO .............................................................................................. 10
PRECIPITAÇÃO ...................................................................................... 11
COR ............................................................................................................ 11
FÓSFORO.................................................................................................. 11
METAIS PESADOS.................................................................................. 11
TURBIDEZ ................................................................................................ 12
CONCLUSÃO ........................................................................................... 13
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS .................................................... 14
RESUMO

Durante a evolução dos meios de produção a quantidade de rejeitos fabris vem se


tornando cada vez maior, sendo a poluição dos efluentes um ponto de grande destaque.
Tendo em vista que grande parte dos rejeitos é despejada diretamente em mananciais,
prejudicando a vida marítima e de todos que dependem deste meio para sobreviver. Logo,
é indubitável o manejo correto dessas substâncias estranhas ao meio natural, sendo as
metodologias de analise importante par a contenção e gerenciamento desse fluxo.
INTRODUÇÃO

A necessidade em gerenciar o fluxo de rejeitos nos mananciais faz com que a analise de
seus parâmetros de qualidade seja indispensável. Sendo assim, métodos e técnicas foram
desenvolvidos para auxiliar o manejo correto desses compostos. Tais ferramentas são
úteis para indústrias que tenham rejeitos despejados em efluentes, vide a possibilidade do
gerenciamento destes para com os padrões estabelecidos pela legislação ambiental
vigente.
DESENVOLVIMENTO

A estação de tratamento de água é a unidade do sistema de abastecimento de água


responsável pelo enquadramento da água a ser fornecida a população nos padrões de
potabilidade. O tratamento pode ser: primário, secundário e terciário. O Primário
normalmente caracteriza-se por processos físicos que, podendo também receber auxilio
de processos químicos, constituem-se de: flotação; decantação; e neutralização. O
tratamento secundário consiste em otimizar, sob condições artificiais, o fenômeno de
degradação de matéria orgânica e de alguns compostos inorgânicos que ocorrem na
natureza. Os microrganismos (bactérias, algas, protozoários e fungos) degradam a matéria
orgânica. Quando os tratamentos primários e secundários não são suficientes, utiliza-se o
tratamento terciário. Os tratamentos terciários são mais caros que os demais por
utilizarem produtos químicos e técnicas mais arrojadas. Nessa etapa, por filtração, são
removidos os sólidos em suspensão, remanescentes da etapa secundária. Por fim, o
efluente já tratado se junta ao inorgânico e é conduzido para lagoas de estabilização e, em
série, para o polimento final, em que alcança a qualidade requerida pelos padrões de
proteção ambiental.

2.1 ETAPAS DO TRATAMENTO DE EFLUENTES INDUSTRIAIS

Para se conseguir boas eficiências de remoção e/ou ajuste de cada um dos


parâmetros, as técnicas de tratamento são divididas nos seguintes níveis: pré-tratamento,
tratamento primário, tratamento secundário e tratamento terciário.

2.2 TRATAMENTO PRELIMINAR

Tem como objetivo principal a redução de sólidos grosseiros em suspensão.


Consiste na preparação do efluente para o tratamento posterior, evitando
obstruções e danos em equipamentos da planta de tratamento. Os mecanismos
de remoção são de ordem física.

2.3 TRATAMENTO PRIMÁRIO

Basicamente, esta etapa de tratamento é constituída por processos físico-


químicos, onde ocorre à passagem do efluente por uma unidade de
sedimentação, colaborando para melhorar a remoção de sólidos sedimentáveis.
A credita-se, que somente com esses tratamentos, consiga-se remover cerca de
60 a 70% de sólidos em suspensão, de 20 a 45% da DBO e 30 a 40% de
coliformes.

2.4 TRATAMENTO SECUNDÁRIO

O termo tratamento secundário engloba todos os processos biológicos de


tratamento de efluentes, tanto os de natureza aeróbia quanto os de natureza anaeróbia,
e visam essencialmente converter a matéria orgânica biodegradável dos efluentes
em gases e sólidos inorgânicos e material biológico sedimentável, que podem ser
separados por efluente por sedimentação.

2.5 TRATAMENTO TERCIÁRIO

Também conhecido como tratamento avançado, consiste numa série de processos


destinados a melhorar a qualidade de efluentes provenientes dos tratamentos
anteriores. Nem sempre está presente nas ETEs. Geralmente, este processo
pode ser empregado na redução de: sólidos em suspensão, carga orgânica
biodegradável e não biodegradável, micropoluentes, cor, sais minerais e nutrientes.

TEMPERATURA

A temperatura é a medida de intensidade de calor, sendo considerada um


importante parâmetro, pois influência direta mente nas propriedades da água e
seu aumento provoca alterações, acelerando reações químicas, reduzindo a
solubilidade dos gases e acentuando as sensações de sabor e odor. (MOTA, 2003)
Variações de temperatura são parte da natureza climática normal, e corpos de
água naturais apresentam variações sazonais e diurnas, bem como estratificação vertical.
A temperatura superficial é influenciada por fatores tais como latitude, altitude,
estação do ano, período do dia, taxa de fluxo e profundidade. A elevação da temperatura
em um corpo d'água geralmente é provocada por despejos industriais (indústrias
canavieiras, por exemplo) e usinas termoelétricas. (FELDKIRCHER, 2014).

PH

A influencia direta do PH nos ecossistemas aquáticos é exercida por seus efeitos sobre a
fisiologia das diversas espécies (PARRON; PEREIRA, 2011)
A análise de PH pode ser feita por meio do processo de Potenciometria, onde é utilizado
principalmente para determinação de PH. Este método consiste em ter dois eletrodos, um
de referência e um indicador, além de um dispositivo de medida potencial.
O valor obtido quando os dois eletrodos são submersos na solução, neste caso a água, é
mostrado em milivolts e convertido para PH, deste modo, sabemos que quanto mais
próximo do valor 7, a solução é mais neutra.

SÓLIDOS (TOTAIS, SEDIMENTADOS E EM SUSPENSÃO)

A presença de sólidos no efluente, leva a um aumento da turbidez do líquido,


assim influenciando diretamente na entrada de luz e diminuindo o valor de saturação de
oxigênio dissolvido. Para o recurso hídrico, os sólidos podem causar danos aos peixes e
à vida aquática. Eles podem se sedimentar no leito dos rios destruindo
organismos que fornecem alimentos, ou também danificar os leitos de desova
de peixes. Os sólidos podem reter bactérias e resíduos orgânicos no fundo
dos rios, promovendo decomposição anaeróbia. (NUNES, 2004).
Um efluente contém uma grande variedade de materiais sólidos, geralmente
proveniente de material coloidal. O s sólidos mais grosseiros são retirados antes
mesmo da coleta de amostra para análise de sólidos. Normalmente, cerca de 60% dos
sólidos em suspensão em um efluente doméstico são sedimentáveis. (FELDKIRCHER,
2014). Define-se o parâmetro Sólidos totais como sendo o resíduo que
permanece após evaporação da amostra (bem homogeneizada) e secagem a uma
temperatura definida. Enquanto Sólidos não filtráveis ou em suspensão referem-
se ao resíduo retido após a filtração. Sólidos sedimentáveis são determinados
para controlar o assoreamento dos corpos hídricos. Consiste no material em
suspensão que sedimenta após um tempo definido.
Segue alguns métodos que se destacam no tratamento dos sólidos em um
efluente:

Gradeamento

O gradeamento é composto por barras de ferro ou aço que são disposta


paralelamente para reter os sólidos grosseiros presentes nos esgotos sanitários.
Com a retenção dos sólidos, é possível evitar abrasão nos equipamentos e tubulações;
eliminar ou reduzir a possibilidade de obstrução em tubulações, tanques, orifícios,
sifões e facilitar o transporte do líquido. A escolha do espaçamento entre as barras da
grade é feita em função do diâmetro dos sólidos que se pretende reter. Por isso,
as barras podem ser classificadas em grosseiras, médias, finas e ultrafinas.
(CARVALHO, 2011)

Caixa de areia ou desarenador:

Com a caixa de areia, é possível reter areia com características indesejáveis


ao efluente ou corpo receptor; armazenar o material retido durante o período
entre a limpeza, remoção e transferência do material retido. A separação é feita
por operação unitária de sedimentação dos grãos de areia de maior dimensão e
densidade. (JORDÃO, E.; PESSÔA C. A., 2005)

Flotação por ar dissolvido

A flotação é um processo para a separação de sólidos ou de líquidos de


baixa densidade de partículas a partir de uma fase líquida, onde a separação é
provocada pela introdução de bolhas de gás nessa fase. Segundo Waelkens
(2010), o processo de flotação convencional consiste das seguintes etapas:
geração das bolhas de gás (normalmente utiliza-se ar atmosférico) no interior
do efluente; colisão entre as bolhas de gás e as partículas em suspensão,
sólidas ou oleosas; adesão das bolhas de gás nas partículas e ascensão dos
agregados partículas/bolhas até a superfície, onde são removidas.
Os processos de flotação podem ser classificados de acordo com o método
de geração de bolhas, sendo a flotação por ar dissolvido (FAD) um dos métodos
convencionais. A FAD utiliza bolhas de dimensões micrométricas (30 - 100Xm),
o que possibilita a remoção de partículas coloidais e ultrafinas (< 5Xm). No
processo FA D, o ar é dissolvido em água em um s aturador sob pressão
maior do que a atmosférica, através de uma válvula no tanque contendo o
efluente que se deseja tratar. Quando a pressão no fluxo de água saturada
é reduzida, o líquido fica supersaturado e o ar em excesso é liberado sob a
forma de pequenas bolhas que aderem à fase em suspensão (partícula 6 ou
gotícula), flotando-as à superfície. (MARCHETTI, 2014)

DEMANDA QUÍMICA DE OXIGÊNIO (DQO)

Sabe-se que a demanda química de oxigênio é um importante parâmetro de comparação


na velocidade e quantificação do consumo de oxigênio em determinado efluente. A
velocidade de sintetização durante o teste de DQO é maior em relação ao teste de DBO,
devido à assimilação de carbono, uma vez que parte dele será reutilizada para criação de
novas células bacterianas aeróbicas. Na metodologia usual, um oxidante forte é posto em
mistura com a água, Esta mistura é posta em um balão de refluxo, titulando as soluções
em normalmente 2 horas, na qual a subtração da quantidade final e inicial do agente
oxidante é utilizada como forma de calcular o DQO.

DEMANDA BIOQUÍMICA DE OXIGÊNIO (DBO)

A demanda bioquímica de Oxigênio é o método comumente utilizado para identificar


indiretamente a quantidade de matéria orgânica degradável presente em efluentes. Tal
técnica faz uso de microrganismos aeróbicos e condições parecidas às apresentadas no
ambiente natural, logo, torna-se possível estimar a demanda necessária para a digestão
desses compostos. A metodologia laboratorial de referência presente na obra Standards
Methods for the Examination of Water and Wastewater (Eaton et AL., 2005) é feita com
frascos com água diluída com inóculos de microrganismos aeróbicos.
A diluição é necessária, pois o oxigênio disponível deve estar somente na água (DAVIS;
MASTEN, 2016). Sabendo que a quantidade limite de oxigênio diluído é 9 mgxL^-1, a
faixa da diluição deve estar entre 2 mgxL^-1 e 6mgxL^-1 e tal diluente precisa ser
especial, contendo, também, inóculos de bactérias, além de ter condições boas para a
manutenção desses organismos. O fator de diluição dessa solução pode ser calculado pela
divisão entre o volume da água residuária pelo volume desta água somado a água de
diluição.
Após tal realização, uma amostra da água diluente é posta em um frasco e selada, sendo
indispensável para verificação da demanda dos inóculos sem a presença da amostra do
efluente. Concomitantemente é realizada a vedação dos frascos de DBO com a amostra,
os quais ficam no escuro e em uma temperatura padrão de 20°C, normalmente o tempo
de incubação é de 5 dias. Depois do período de incubação, os frascos são retirados e é
medido o a concentração de oxigênio nas soluções.
ÓLEOS E GRAXAS

A presença de óleos e graxas em efluente não é natural, na maioria das situações, sendo
normalmente encontradas em efluentes próximos de indústrias, sendo estes uns dos
rejeitos de tais setores fabris. A crescente quantidade desses compostos tem rejudicado o
ambiente natural, uma vez que a presença dos óleos na superfície de ambientes aquáticos
favorece a diminuição do oxigênio diluído na água, podendo causar a morte de diversos
seres vivos. Logo, faz-se necessária o manejo correto e a contenção dos rejeitos
produzidos, sendo uma das formas a identificação e tratamento destas substâncias
estranhas ao ecosistema. O método gravimetria é comunmente aplicado, o qual realiza a
extração das graxas e óleos da amostra, inicialmente solubilizada mediante um solvente
apropriado, sendo a acidificação posterior do material necessária para que as substâncias
não polares fiquem retidas no filtro. Tal filtro é posto em estufa e seco, no qual o solvente
é evaporado e o teor dos óleos e graxas mensurado por gravimetria (SMEWW, 2012).

OXIGÊNIO DISSOLVIDO

O oxigênio dissolvido (OD) é um componente essencial para o metabolismo dos


microorganismos aeróbicos presentes em águas naturais, sendo indispensável para os
seres vivos (KEGLEY; ANDREWS, 1988).
Para análise de oxigênio dissolvido, normalmente se usa o método de Winkler que é um
método baseado na propriedade oxidante do OD.

NITROGÊNIO TOTAL

Segundo Feldkircher 2014, o nitrogênio pode estar presente na água sob a forma
molecular, amônia, nitrito e nitrato. Assim como o fósforo, é um elemento indispensável
para o crescimento de microrganismos e algas, mas em excesso também causa
a eutrofização. Para o tratamento biológico de efluentes é necessário que o
nitrogênio esteja presente; caso a quantidade seja insuficiente, é necessário inseri-
lo para uma maior eficiência no tratamento.
De acordo com Von Sperling (1996), diferentes fatores ambientais influenciam
diretamente na taxa de crescimento dos organismos nitrificantes, como temperatura, pH,
oxigênio dissolvido e outras substâncias.
A remoção biológica do nitrogênio presente em efluentes líquidos é possível
através de uma série de reatores, onde ocorrem os processos de nitrificação
e desnitrificação (DERKS, 2007)

Nitrificação Biológica

De acordo com Derks (2007), o nitrogênio se altera de várias formas e


estados de oxidação durante o seu ciclo na biosfera. Em efluentes (domésticos
ou agroindustriais), as formas mais comuns de nitrogênio são: nitrogênio
orgânico, amoniacal e, em menor quantidade, nitrato e nitrito.
A nitrificação é um processo biológico no qual ocorre a conversão de amônia em nitrito
e posteriormente em nitrato, exigindo o suprimento suficiente de oxigênio
dissolvido para manter as condições adequadas ao desenvolvimento de bactérias
nitrificantes (DERKS, 2007).
Dessa forma, a nitrificação ocorre em duas e tapas sequenciais: nitritação, com
oxidação da amônia em nitrito pela ação de bactérias oxidadoras de amônia
(BOA), e nitratação, com a oxidação do nitrito em nitrato, pela ação de bactérias
oxidadoras de nitrito. Esses dois grupos de microrganismos são filogeneticamente
distintos, não podendo realizar a oxidação de ambas as formas nitrogenadas.
(FLECK, L.; TAVARES M. H. F.; EYNG, E., 2015)

Desnitrificação Biológica

O oxigênio é o aceptor de elétrons nos processos de respiração aeróbia.


Entretanto, na ausência de oxigênio, passam a predominar organismos que têm
a capacidade de utilizar outros ânions inorgânicos como aceptores de elétrons,
como os nitratos, sulfatos e carbonatos. Será utilizado primeiramente aquele que
estiver disponível no meio e cuja reação libere a maior quantidade de energia.
Para o tratamento de efluentes, ambos os requisitos podem ser satisfeitos pelos
nitratos, oriundos do processo de nitrificação. (VON SPERLING, 1997)
Diante disso, na ausência de oxigênio, os nitratos são utilizados por
microorganismos heterotróficos como aceptores de elétrons na respiração, sendo
reduzidos a nitrogênio gasoso (N 2). A desnitrificação resulta em efetiva
remoção de nitrogênio da massa líquida, uma vez que, o nitrogênio gasoso é
liberado para a atmosfera (VON SPERLING, 2007). Como já existe uma elevada
quantidade desse gás na atmosfera, sua liberação pelo processo de desnitrificação
não representa um problema ambiental. (FLECK, L.; TAVARES M. H. F.; EYNG, E.,
2015)

ADSORÇÃO

O processo de adsorção refere-se à transferência de um soluto em fase


líquida para um adsorvente em fase sólida (Aguiar, 2002). Para a remoção de
nitrogênio, a adsorção é um processo bastante eficiente, entretanto a utilização de
materiais de resinas trocadoras iônicas para o tratamento de efluentes é
economicamente inviável. Por isso, cada vez mais estuda-se o desempenho
alguns minerais naturais, como as zeólitas e algumas argilas, que possuem
grande capacidade de troca catiônica. Estudos recentes têm demonstrado a efi
ciência de adsorventes naturais na remoção de amônia de diferentes efluentes
brutos, tais como esgotos domésticos e sintéticos, chorume de aterros sanitários,
efluentes de laticínios e dejetos suínos. (REISMANN, H.; VIEIRA, B.;
RODRIGUES, T., 2017)
PRECIPITAÇÃO

O método de precipitação química (também conhecido como cristalização) em


efluentes envolve a adição de um sal de um metal bivalente ou trivalente,
causando a precipitação de um fosfato de metal insolúvel, que é separado por
sedimentação, na forma de um ortofosfato de metal (Rittmannet al., 2011).
A técnica possui como principais vantagens a sua flexibilidade de aplicação,
agilidade do processo, facilidade de controle operacional e tolerância a
compostos biologicamente tóxicos. Embora seja a técnica mais empregada na indústria
atualmente, a alta demanda por insumos químicos e a produção de lodo com
alta concentração de metais pesados encarecem o processo (Maroneze et al., 2014).
Em geral, o sulfato de alumínio é considerado o melhor precipitante, seguido de
ferro (III), ferro (II), cálcio e magnésio. O ferro e o alumínio têm sido os s
ais mais utilizados para a precipitação de fósforo, em virtude do custo e
eficiência de remoção (cerca de 95%) (Yeomanet al., 1988). Entretanto, o lodo
gerado dificilmente poderá ser reutilizado, e o destino mais comum são os
aterros sanitários. Já os sais de cálcio e magnésio surgem como alternativa
por possuírem também baixo custo de aquisição, além de facilidade de manuseio.

COR

Geralmente, a cor dá água é um sinal das características dela, em geral, rios de água claras
possuem um PH mais básico e de água escura possuem um PH mais ácido.
A determinação de cor é feita por um colorímetro e comparando a amostra, com uma
amostra padrão de cobalto-platina.

FÓSFORO

Segundo CHAO (2006) o fósforo é apontado como o principal responsável pelo


enriquecimento nutricional de mananciais de abastecimento público, desencadeando por
meio de fenômeno de eutrofização, a floração de grupos algais tóxicos.
O fósforo também é considerado um grande poluente de cursos de água, especialmente
as águas superficiais, já que pouco ocorre percolação deste elemento. O excesso de
fósforo causa a eutrofização que é o enriquecimento excessivo da água, sendo assim os
nutrientes estimulam o crescimento de algas e plantas, que prejudicam a utilização da
água, o crescimento excessivo de algas pode consumir o oxigênio e causar mortandade
de peixes. (KLEIN, 2012). Ademais, a determinação de fósforo em água pode ser feita
por meio do método de Molibdanovanadato.

METAIS PESADOS

Dentre os resíduos introduzidos nos corpos d’água, estes são considerados uns
dos mais perigosos por apresentarem alta toxidade, podendo causar sérios
problemas à saúde humana. Os metais pesados, prejudicam a capacidade
autodepurativa das águas, pois também têm ação tóxica sobre os microrganismos
responsáveis por essa regeneração, através da decomposição dos materiais
orgânicos. Uma elevada concentração de oxigênio na água nem sempre significa
um indício de condições aeróbias saudáveis; pode indicar também um
envenenamento com metais pesados. Assim, para avaliação concreta da qualidade
da água, é necessária uma análise da concentração de metais pesados. Este
processo apresenta algumas dificuldades, pois a quantidade de metal detectável
na água não corresponde obrigatoriamente às verdadeiras proporções da
contaminação, uma vez que o conteúdo de metais pesados é muitas vezes
maior nos sedimentos de rios e lagos do que nas suas águas. (ALVES, A. C. M. et al.,
2007)
Os efluentes líquidos industriais, dependendo do tipo de indústria, possuem
características muito específicas e variadas, podendo ser corrosivos, patogênicos,
inflamáveis, etc. Devido a estas características, cada efluente requer um tipo
específico de tratamento ou uma combinação, de modo a se obter melhores resultados.

TURBIDEZ

A promoção de coloração ou o aumento da turbidez, podem reduzir a penetração da luz


solar na água, afetando a fotossíntese de algas e plantas aquáticas submersas,
estimulando o processo de eutrofização. (ZANITH, 2016)
A turbidez de uma amostra de água é o grau de atenuação de intensidade que um
feixe de luz sofre ao atravessá-la (e esta redução se dá por absorção e
espalhamento, uma vez que as partículas que provocam turbidez nas águas
são maiores que o comprimento de onda da luz branca), devido à presença
de sólidos em suspensão, tais como partículas inorgânicas (areia, silte, argila)
e de detritos orgânicos, algas e bactérias, plâncton em geral, etc. Os esgotos
sanitários e diversos efluentes industriais também provocam elevações na
turbidez das águas. Alta turbidez reduz a fotossíntese vegetação enraizada
submersa e algas. Esse desenvolvimento reduzido de plantas pode, por sua vez,
suprimir a produtividade de peixes. Logo, a turbidez pode influenciar nas comunidades
biológicas aquáticas. Além disso, afeta adversamente os usos doméstico, industrial
e recreacional de uma água. (RICHTER, 2007) Richter (2007) ressalta que a erosão
das margens dos rios em estações chuvosas é um exemplo de fenômeno que resulta
em aumento da turbidez das águas e que exigem manobras operacionais, como
alterações nas dosagens de coagulantes e auxiliares, nas estações de tratamento de
águas.

Determinação da Turbidez

A turbidez é medida por meio do turbidímetro ou nefelômetro. Esses equipamentos


comparam o espalhamento de um feixe de luz ao passar pela amostra com um feixe de
igual intensidade ao passar por uma suspensão (amostra) padrão. Existem ainda
outras formas que podem ajudar a determinar as causas da turbidez, como é o caso de
análises microscópicos e observações in loco do manancial.
CONCLUSÃO

Pose-se observar que existem diversos parâmetros para gestão de qualidade dos efluentes,
logo, os métodos de quantificação desses são uma forma de facilitar tal gerenciamento.
Vide a possibilidade em identificar não alinhamentos entre os padrões exigidos por lei e
a adequação a essas normas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

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