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CETEC SENAI RIO VERDE “LUIZ CLAUDIO SABEDOTTI FORNARI”

NATHÁLIA MIRANDA COENE

ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE EFLUENTES –


ESGOTO DOMÉSTICO

RIO VERDE DE MATO GROSSO/MS


2015
NATHÁLIA MIRANDA COENE

ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE EFLUENTES –


ESGOTO DOMÉSTICO

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado ao curso de Técnico em
Química do CETEC SENAI Rio Verde
requisito parcial à obtenção do título de
Técnico em Química.
Orientadora: Larisse Salazar

RIO VERDE DE MATO GROSSO/MS


2015
Dedico a presente pesquisa
primeiramente a Deus por ter me ajudado
a chegar ao fim desta longa caminhada e
aos meus familiares pela compreensão,
apoio e contribuição pela minha formação
Técnica..
AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus que me sustentou, dando força e coragem durante esta


longa jornada para superar os desafios impostos e por ter-me dado condições para
elaborar a presente pesquisa e chegar à conclusão do curso de Técnico em
Química.
A esta Instituição, que deu a oportunidade de vislumbrar um horizonte
superior para a busca e realização de novos sonhos e conquistas.
A minha orientadora Instrutora Larisse Salazar, pelo suporte no pouco tempo
que lhe foi proporcionado, pelas suas correções e encorajamento.
Aos meus Instrutores que deram aula em todo o decorrer do curso, por
auxiliar-me, compartilhando suas experiências e dedicando o seu tempo sempre
com um olhar crítico e construtivo que me ajudou a superar os desafios desta
pesquisa.
Aos meus queridos familiares pelo apoio de forma incondicional no decorrer
desses períodos de estudos, incentivando na continuação do curso, se doando por
inteiros e renunciando os seus sonhos para que, pudessem realizar os meus
sonhos.
Aos meus amigos e colegas pelas sábias palavras nas horas difíceis, pelo
auxílio nos trabalhos e dificuldades e principalmente, por estarem comigo nesta
caminhada tornando-a mais fácil e agradável.
E a todos que direta e indiretamente fizeram parte dessa formação, fazendo
com que as orações fossem a arma para a minha vitória.
“Tu estarás sobre a minha casa, e por tua
boca se governará todo o meu povo.
Somente no seu trono eu serei maior do
que tu. Então tirou Faraó o anel da sua
mão e o pôs na mão de José e o fez vestir
de roupas de linho fino, e pôs um colar de
ouro no seu pescoço.”

(Gênesis 41: 40 - 42)


RESUMO

Esgoto, efluente ou águas servidas são todos os resíduos líquidos provenientes de


indústrias e domicílios e que necessitam de tratamento adequado para que sejam
removidas as impurezas e assim possam ser devolvidos à natureza sem causar
danos ambientais e à saúde humana. Geralmente a própria natureza possui a
capacidade de decompor a matéria orgânica presente nos rios, lagos e no mar. No
entanto, no caso dos efluentes essa matéria é em grande quantidade exigindo um
tratamento mais eficaz em uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) que,
basicamente, reproduz a ação da natureza de maneira mais rápida. É importante
destacar que o tratamento dos efluentes pode variar muito dependendo do tipo de
efluente tratado e da classificação do corpo de água que irá receber esse efluente,
de acordo com a Resolução CONAMA 20/86. Quanto ao tipo, o esgoto industrial
costuma ser mais difícil e caro de tratar devido à grande quantidade de produtos
químicos presentes. Quanto à classificação, o efluente deve ser devolvido ao rio tão
limpo ou mais limpo do ele próprio, de forma que não altere suas características
físicas, químicas e biológicas. Em alguns casos, como por exemplo, quando a bacia
hidrográfica está classificada como sendo de classe especial, nenhum tipo de
efluente pode ser jogado ali, mesmo que tratado. Isso porque esse tipo de classe se
refere aos corpos de água usados para abastecimento.

Palavras-Chave: Efluente. Tratamento. Esgoto.


LISTA DE ILUSTRAÇÕES

FIGURA 1 – Sistema de Tratamento de Esgoto....................................................15


LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ETE – Estação de Tratamento de Esgoto


CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente
DNA – Ácido Desoxirribonucléico
RAFA – Reator Anaeróbio de Fluxo Ascendente
DBO – Demanda Biológica de Oxigênio
PH – Potencial Hidrogeniônico
DQO – Demanda Química de Oxigênio
CO2 – Dióxido de Carbono
NBR – Norma Brasileira
ISO – Organização Internacional para Padronização
IEC – Comissão Eletrotécnica Internacional
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO....................................................................................................10
2 SANEAMENTO AMBIENTAL.............................................................................11
2.1 Conceito, Importância, Objetivos e Campos de Ação..................................11
3 HISTÓRICO DO TRATAMENTO DE ESGOTO..................................................12
3.1 As Primeiras Leis..........................................................................................12
3.2 Esgotamento no Brasil..................................................................................13
4 SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO DA HIDRONERO.......................15
5 TRATAMENTO DE ESGOTO.............................................................................16
5.1 Conceito Básico............................................................................................16
5.2 Característica dos Esgotos...........................................................................16
5.3 Coleta e Transporte do Esgoto Sanitário.....................................................17
5.4 Tratamento do Esgoto..................................................................................18
5.5 Níveis de Tratamento de Esgotos................................................................19
5.6 Sistemas de Tratamento de Esgoto.............................................................21
5.7 Disposição Final de Esgotos Sanitários.......................................................22
6 CONTROLE DO TRATAMENTO DE ESGOTO..................................................23
6.1 Análises Físico-Químicas e Bacteriológicas................................................24
7 LEGISLAÇÃO PARA ETE HIDRONERO...........................................................26
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................28
REFERÊNCIAS.......................................................................................................29
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1. INTRODUÇÃO

No Brasil, 49% do esgoto produzido é coletado através de rede e somente


10% do esgoto total é tratado. O resultado é que as Regiões Metropolitanas e
grandes cidades concentram grandes volumes de esgoto coletado que é despejado
sem tratamento nos rios e mares que servem de corpos receptores. Como
consequência disso, a poluição das águas que cercam nossas maiores áreas
urbanas é bastante elevada, dificultando e encarecendo, cada vez mais, a própria
captação de água para o abastecimento.
A implantação de uma estação de tratamento de esgotos tem por objetivo a
remoção dos principais poluentes presentes nas águas residuárias, retornando-as
ao corpo d’água sem alteração de sua qualidade.
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2. SANEAMENTO AMBIENTAL

2.1 Conceito, Importância, Objetivos e Campos de Ação

Saneamento Ambiental é o conjunto de ações socioeconômicas que tem por


objetivo alcançar níveis crescentes de saúde pública, por meio do abastecimento de
água potável, coleta e disposição sanitária dos resíduos líquidos, sólidos e gasosos,
promoção de disciplina sanitária do uso e ocupação do solo, drenagem urbana,
controle de vetores e reservatórios de doenças transmissíveis e demais serviços e
obras especializados, tudo com a finalidade de proteger e melhorar as condições de
vida, tanto nos centros urbanos, quanto nas comunidades rurais e propriedades
rurais mais carentes. É, portanto, o conjunto de atividades institucionais formadas
por: abastecimento de água, esgotamento sanitário, drenagem urbana, resíduos
sólidos e controle de vetores. Até algum tempo atrás, era chamado de Saneamento
Básico e compunha-se apenas das duas primeiras atividades.
Dessas atividades, é incumbência de uma ETE, por Lei, o desempenho dos
serviços de esgotamento sanitário, assim decomposto:
 Esgotamento sanitário – os serviços de esgotamento sanitário abrangem as
atividades, com respectivas infraestruturas e instalações operacionais, de:
coleta, afastamento, transporte, tratamento e disposição final de esgotos
sanitários.
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3. HISTÓRICO DO TRATAMENTO DE ESGOTO

Muito antes das redes de fornecimento de água potável surgiram os primeiros


sistemas de esgoto doméstico criados pelo homem, cujo objetivo era apenas
dificultar que as chuvaradas espalhassem seus dejetos nas terras mais próximas de
onde vivia. Bem diferente de muitos balneários e dos interiores de Floripa em pleno
século XXI, escavações arqueológicas indicam que mais de três mil anos antes de
Cristo já existiam ruas alinhadas e ligadas entre si, pavimentadas e drenadas. Já
havia, inclusive, canalizações de esgoto em dutos subterrâneos, construídos de
tijolos com argamassa primitiva, a não menos do que 50 centímetros abaixo do nível
da rua. Mesmo nas residências mais modestas foram constatadas salas de banho
cujo esgoto era canalizado em manilhas cerâmicas com rejunte de gesso. Sistemas
de esgoto e drenagem de áreas susceptíveis de alagamento, nas cidades dos povos
de língua quíchua da América do Sul, surgiram das suas ruínas, comprovando que
eles detinham bons conhecimentos em engenharia sanitária.

3.1 As Primeiras Leis

As primeiras legislações públicas sobre instalação, controle e uso dos


serviços de água e esgoto surgiram no século XIV. O abastecimento de água nas
cidades da Alemanha teve um rápido desenvolvimento no século seguinte, com o
emprego de bombas a vapor em redes de canos de ferro fundido. A formação de
empresas fornecedoras espalhou o benefício pelo mundo.
Em 1854 o médico inglês John Snow - fundador da Epidemiological Society -
comprovou que a causa da cólera era um organismo vivo, que a transmissão da
infecção podia ocorrer de pessoa para pessoa ou através de alimento contaminado
e que a origem da grande epidemia inglesa de 1831 estava na contaminação da
água pelas fezes: ficara evidente que a epidemia havia sido mais intensa nas áreas
mais pobres, poluídas por excrementos e lixo. A adoção das recomendações
sanitárias preventivas de Snow eliminou a cólera da Inglaterra. Seus estudos, em
conjunto com o movimento iluminista, a revolução industrial e as mudanças agrárias,
são responsáveis por uma revolução na vida das cidades no final do século XVIII e,
por consequência, no grande desenvolvimento das instalações sanitárias. No século
XIX ocorreu a propagação dos sistemas de tratamento pelo mundo, menos nas
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regiões tropicais e equatoriais, enquadradas em duas situações adversas: índice de


chuvas muito elevado e condições econômicas desfavoráveis.

3.2 Esgotamento no Brasil

Perante os riscos de contaminação das tripulações, as nações européias


ameaçaram retirar os portos brasileiros das suas rotas de atracação. No Brasil
dependente do comércio internacional não foi difícil convencer o imperador D. Pedro
II de que os prejuízos econômicos seriam infinitamente maiores do que os custos
elevados das obras de construção das enormes galerias transportadoras com
vazões máximas para os dejetos. Ele contratou técnicos ingleses para elaborar e
implantar sistemas de esgotamento sanitário para os dois principais portos: Rio de
Janeiro e São Paulo. As peculiares condições climáticas e urbanísticas das duas
cidades, bem diferentes da Europa, surpreenderam os projetistas, que acabaram
criando o inovador Sistema Separador Parcial, cuja finalidade prática era baratear os
custos de implantação e as tarifas a serem pagas pelos usuários: o sistema
conduzia às galerias somente os dejetos domésticos e as vazões pluviais
provenientes das áreas pavimentadas interiores aos lotes, como telhados e pátios.
O Sistema Separador Absoluto, tal como o conhecemos, com a característica
principal de uma rede coletora exclusiva para os esgotos sanitários e outra para
águas pluviais, foi criado em 1879 por um militar engenheiro norte-americano.
Contratado para projetar um sistema de esgotos para os moradores de uma região
rural relativamente pobre de Memphis, capital do Tenesse, George Edwin Waring foi
confrontado pelos altos custos do sistema convencional da época. Contrariando a
opinião maciça dos sanitaristas de então, ele resolveu a equação projetando um
sistema exclusivo para coleta e remoção do esgoto doméstico, excluindo os custos
dos condutos para as águas pluviais.
O sistema rapidamente difundiu-se no mundo todo. No Brasil foi adotado
obrigatoriamente em 1912, depois que o engenheiro civil fluminense Francisco
Saturnino Rodrigues de Brito - considerado por muitos como o mais notável
sanitarista nacional - solucionou o saneamento de Santos, construindo e
modernizando os sistemas de abastecimento de água e de coleta de esgotos. Ele
replanejou toda a cidade, projetando as avenidas principais e os canais de
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drenagem. Ao mesmo tempo em que aterrou pântanos, Brito construiu parques


litorâneos e inúmeras outras obras de proteção ambiental.
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4. SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO DA HIDRONERO

Constitui-se no conjunto de obras, instalações e serviços, destinados a


coletar, tratar e afastar os esgotos (águas usadas), tendo como principal objetivo a
disseminação da saúde pública e a conservação do meio ambiente natural.
Tecnicamente, podemos descrever o sistema como sendo formado pelas seguintes
etapas: coleta, afastamento, transporte, tratamento e disposição final de esgotos
sanitários.

FIGURA 1: SISTEMA DE TRATAMENTO DE ESGOTO


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5. TRATAMENTO DE ESGOTO

5.1 Conceito Básico

Esgoto: a palavra esgoto costumava ser usada para definir tanto a tubulação
condutora das águas servidas de uma comunidade, como, também, o próprio líquido
que flui por estas canalizações. Hoje, este termo é usado quase que apenas para
caracterizar os despejos provenientes das diversas modalidades do uso e da origem
das águas, tais como as de uso doméstico, comercial, industrial, as de utilidade
pública, de áreas agrícolas, de superfície, de infiltração, pluviais, etc. Os esgotos
costumam ser classificados em três grupos principais:
a) Esgotos sanitários: São constituídos, essencialmente, de despejos
domésticos, uma parcela de águas pluviais, águas de infiltração e,
eventualmente, uma parcela não significativa de despejos industriais, tendo
características bem definidas. Os esgotos domésticos ou domiciliares provêm,
principalmente, de residências, edifícios comerciais, instituições ou quaisquer
edificações que contenham instalações de banheiros, lavanderias, cozinhas
ou qualquer dispositivo de utilização da água para fins domésticos.
Compõem-se, essencialmente, da água de banho, urina, fezes, papel, restos
de comida, sabão, detergentes e águas de lavagem;
b) Esgotos pluviais: São constituídos de água provinda das chuvas, que é
coletada pelos sistemas urbanos de saneamento básico nas chamadas
galerias de águas pluviais ou esgotos pluviais e que pode ter tubulações
próprias (sendo chamadas, neste caso, de sistema separador absoluto, sendo
posteriormente lançadas nos cursos d’água, lagos, lagoas, baías ou no mar).
c) Esgotos industriais: Extremamente diversos, provêm de qualquer utilização
da água para fins industriais e adquirem características próprias em função do
processo industrial empregado. Assim sendo, cada indústria deverá ser
considerada isoladamente.

5.2 Características dos Esgotos

As características dos esgotos variam quantitativa e qualitativamente de


acordo com sua utilização. Os esgotos industriais são de difícil caracterização, em
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vista da grande amplitude de utilização da água para fins industriais, sendo que cada
processo gera um efluente de características diferentes. Já nos esgotos domésticos
(sanitário) podem-se caracterizar os esgotos de comunidades providas de costumes
semelhantes, em vista da similaridade dos despejos. As principais características
dos esgotos doméstico-sanitários podem ser subdivididas em:
a) Físicas: teor de matéria sólida, temperatura, odor, cor, turbidez, variação da
vazão;
b) Químicas: subdividem-se em orgânicas (proteínas, carboidratos, gorduras,
óleos e outros em menos quantidade) e inorgânicas (areia e substâncias
minerais dissolvidas);
c) Biológicas: microorganismos, tais como bactérias, fungos, protozoários,
vírus, algas e outros.

5.3 Coleta e Transporte do Esgoto Sanitário

Nas casas, comércios ou indústrias, ligações com diâmetro pequeno formam


as redes coletoras. Estas redes são conectadas aos coletores troncos (tubulações
instaladas ao lado dos córregos), que recebem os esgotos de diversas redes.
Dos coletores troncos, o esgoto corre em direção aos interceptores:
tubulações maiores assentadas ao lado dos mananciais que levam o esgoto até as
ETE.
Após sair dos interceptores o material coletado segue até a estação de
tratamento, mas não sem antes passar por uma série de ramais residenciais e por
tubulações maiores, nos quais recebe um volume cada vez maior de resíduos
sólidos. Para atingir as estações de tratamento, a rede de esgoto conta em grande
parte com a força da gravidade, que age naturalmente levando água e resíduos. Em
alguns momentos, no entanto, é necessário que haja o bombeamento desse
conteúdo pela tubulação.
Essas unidades de bombeamento são as chamadas estações elevatórias de
esgoto e existem para bombear a água e os resíduos de tubulações muito
profundas, que exigem a necessidade de um equipamento para transpor essa
profundidade, ou ainda quando existe uma baixa declividade ou porção elevada do
terreno para assim permitir que a gravidade volte a atuar no transporte do esgoto até
chegar às estações nas quais ele será tratado.
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Uma estação elevatória de esgoto também age na retirada de parte desses


resíduos sólidos. Isso porque, em um dado momento, a quantidade de sólidos atinge
um volume capaz de provocar entupimentos e causar outros danos às tubulações.
Por isso toda a rede de esgoto está equipada com dispositivos que permitem a
retirada de sólidos do sistema. A estação elevatória de esgoto funciona como uma
espécie de filtro e geralmente está equipada com dispositivos de pré-tratamento
como grades, barras ou cestos.

5.4 Tratamento do Esgoto

Os processos de tratamento de esgoto são formados por uma série de


operações unitárias, que são empregadas para a remoção de substâncias
indesejáveis ou para a transformação destas substâncias em outras de forma
aceitável. As mais importantes operações unitárias, empregadas no sistema de
tratamento de esgoto são:
a) Gradeamento: Operação pela qual o material flutuante e a matéria em
suspensão, que for maior em tamanho que as aberturas das grades, são
retidos e removidos;
b) Desarenação: Etapa na qual ocorre a remoção da areia por sedimentação.
Este mecanismo ocorre da seguinte maneira: os grãos de areia, devido às
suas maiores dimensões e densidade, vão para o fundo do tanque, enquanto
a matéria orgânica, de sedimentação bem mais lenta, permanece em
suspensão, seguindo para as unidades seguintes.
c) Reator Anaeróbio de Fluxo Ascendente (RAFA): É um reator fechado. O
tratamento biológico ocorre por processo anaeróbio, isto é, sem oxigênio. A
decomposição da matéria orgânica é feita por microorganismos presentes
num manto de lodo. O esgoto sai da parte de baixo do reator e passa pela
camada de lodo que atua como um filtro. A eficiência atinge de 65% a 75% e,
por isso, é necessário um tratamento complementar.
d) Decantação Primária: Ainda no RAFA ocorre a decantação primária. Esta
etapa consiste na separação do efluente em sólido (lodo), líquido (efluente
bruto) e gasoso (metano), sendo que a parte líquida segue para a próxima
etapa, a sólida para o tanque de lodo e a gasosa para a central de
queimadores de gases.
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e) Tanques de Aeração: Pela adição de oxigênio, as bactérias encontradas no


esgoto reproduzem-se em grande quantidade e alimentam-se da matéria
orgânica nele presente, formando os flocos biológicos (floculação). Os
microrganismos convertem a matéria orgânica em gás carbônico, água e
material celular (crescimento e reprodução dos microrganismos).
f) Decantação Secundária: Etapa responsável pela separação dos sólidos em
suspensão presentes no tanque de aeração, permitindo a saída de um
efluente 90% livre de impureza, e pela sedimentação dos sólidos em
suspensão no fundo do decantador, permitindo o retorno do lodo em
concentração mais elevada. O efluente do tanque de aeração é submetido à
decantação, onde o lodo ativado é separado, voltando para o tanque de
aeração.
g) Desinfecção Ultravioleta: Neste ponto o efluente é exposto a raios
ultravioletas. Ao entrar em contato com luz germicida as bactérias presentes
no esgoto têm seu DNA alterado. O objetivo é deixá-las estéreis e, portanto,
inofensivas.
h) Adensamento: Etapa em que acontece a redução do volume do lodo. O
adensamento é o processo para aumentar o teor de sólidos do lodo e,
consequentemente, reduzir o seu volume. Desta forma, as unidades
subsequentes, tais como, a desidratação e secagem, beneficiam-se desta
redução. Ainda nos adensadores ocorre a digestão anaeróbica, isto é,
estabilização de substâncias instáveis e da matéria orgânica presente no lodo
fresco.
i) Desidratação: Etapa na qual é feita a remoção de umidade do lodo, com o
uso de equipamentos tais como: centrífuga ou filtro prensa.
j) Secagem: A secagem térmica do Lodo é um processo de redução de
umidade através de evaporação de água para a atmosfera com a aplicação
de energia térmica, podendo-se obter teores de sólidos da ordem de 90 a
95%.

5.5 Níveis de Tratamento de Esgotos

O tratamento dos esgotos é usualmente classificado através dos seguintes


níveis:
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a) PRELIMINAR: Objetiva apenas a remoção dos sólidos grosseiros em


suspensão (materiais de maiores dimensões e areia); os mecanismos básicos
de remoção são de ordem física, como peneiramento e sedimentação. A
remoção dos sólidos grosseiros é feita por meio de grades, onde o material
de dimensões maiores do que o espaçamento entre as barras é retido e sua
remoção pode ser manual ou mecanizada; a remoção da areia contida no
esgoto é feita através de unidades especiais denominadas desarenadores,
cujo mecanismo de remoção é simplesmente o de sedimentação, onde os
grãos de areia, devido às suas maiores dimensões e densidade, vão para o
fundo do tanque, enquanto a matéria orgânica, sendo de sedimentação bem
mais lenta, permanece em suspensão, seguindo para as unidades de jusante.
b) PRIMÁRIO: Visa à remoção de sólidos sedimentáveis em suspensão e DBO
em suspensão (matéria orgânica componente dos sólidos sedimentáveis em
suspensão); os esgotos, após passarem pelas unidades de tratamento
preliminar, contêm, ainda, os sólidos em suspensão não grosseiros, os quais
podem ser parcialmente removidos em unidades de sedimentação, onde os
esgotos fluem vagarosamente através dos decantadores, permitindo a que os
sólidos em suspensão, possuindo uma densidade maior do que a do líquido
circundante, sedimentem gradualmente no fundo, formando o lodo primário
bruto.
c) SECUNDÁRIO: Visa à remoção de DBO em suspensão (matéria orgânica em
suspensão fina, não removida no tratamento primário), DBO solúvel (matéria
orgânica na forma de sólidos dissolvidos) e, eventualmente, nutrientes
(fósforo e nitrogênio); objetiva o aceleramento dos mecanismos de
degradação que ocorrem naturalmente nos corpos receptores; assim, a
decomposição dos poluentes orgânicos degradáveis é alcançada, em
condições controladas, em intervalos de tempo menores do que nos sistemas
naturais; sua essência é a inclusão de uma etapa biológica, onde a remoção
da matéria orgânica é efetuada por reações bioquímicas, realizadas por
microrganismos, tais como bactérias, protozoários, fungos, etc.; a base de
todo o processo biológico é o contato efetivo entre esses organismos e o
material orgânico contido nos esgotos, de tal forma que esse possa ser
utilizado como alimento pelos microorganismos, convertendo a matéria
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orgânica em gás carbônico, água e material celular (crescimento e


reprodução dos microrganismos);
d) TERCIÁRIO: visa à remoção de poluentes específicos ou, ainda, a remoção
complementar de poluentes não suficientemente removidos no tratamento
secundário. São eles: nutrientes, patogênicos, compostos não
biodegradáveis, metais pesados, sólidos inorgânicos dissolvidos e sólidos em
suspensão remanescentes.
e) DESINFECÇÃO: grande parte dos microorganismos patogênicos foi
eliminada nas etapas anteriores, mas não a sua totalidade. A desinfecção
total pode ser feita pelo processo natural - lagoa de maturação, por exemplo -
ou artificial - via cloração, ozonização ou radiação ultravioleta. A lagoa de
maturação demanda grandes áreas, pois necessita pouca profundidade para
permitir a penetração da radiação solar ultravioleta. Entre os processos
artificiais.

5.6 Sistemas de Tratamento de Esgoto

No tratamento físico-químico há a remoção de sólidos em suspensão,


enquanto que no tratamento biológico a remoção de material orgânico com
características biodegradáveis se dá através da sua metabolização por bactérias,
que ocorre por meio de dois processos distintos:
 Aeróbio: Caracteriza-se pela presença de oxigênio livre no processo de
tratamento. A implantação de sistemas com processos aeróbios exige
pequenos riscos de investimentos. Porém, alguns equipamentos necessários
para o sistema, tais como aeradores, demandam energia. O lodo gerado
como subproduto ainda é passível de decomposição biológica e necessita de
tratamento complementar. Nesse sistema, a degradação biológica, com a
consequente conversão em CO2, gira em média de 40 a 50%, verificando-se
uma enorme incorporação de matéria orgânica como biomassa microbiana
(cerca de 50 a 60%), que vem a constituir o lodo excedente do sistema. O
material orgânico não convertido em gás carbônico ou em biomassa deixa o
reator como material não degradado (5 a 10%). Vários são os tipos de
instalações utilizadas: lagoas, lodo ativado, filtros, entre outros.
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 Anaeróbio: caracteriza-se pela ausência de oxigênio livre no processo de


tratamento. Um subproduto obtido desse processo é o gás metano (biogás),
que pode ser utilizado como fonte de energia. A produção de lodo em menor
quantidade e já estabilizado é a característica mais valorizada nesse
processo. Com o desenvolvimento dos reatores anaeróbios de alta taxa,
esses processos tornaram-se atraentes, pois propiciam menor tempo de
retenção hidráulica, tornando as unidades mais compactas e reduzindo os
custos de implantação. Nesse sistema, verifica-se que a maior parte do
material orgânico biodegradável presente no despejo é convertida em biogás
(cerca de 70 a 90%), que é removido da fase líquida e deixa o reator na forma
gasosa. Apenas uma parcela do material orgânico é convertido em biomassa
microbiana (cerca de 5 a 15%), vindo a constituir o lodo excedente do
sistema. Além da pequena quantidade produzida, o lodo excedente
apresenta-se, em geral, mais concentrado e com melhores características de
desidratação.

5.7 Disposição Final de Esgotos Sanitários

Nas estações de tratamento, o esgoto passa pelo gradeamento, desarenação


e depois segue para um reator, que tem a função de retirar a matéria orgânica
(tratamento biológico) e formar um sub-produto de lodos e gases. Os gases são
transformados em energia, através do armazenamento desse gás em biodigestores,
que depois é encaminhado por compressores até um gerador, que transforma o gás
em energia elétrica, abastecendo a própria estação, e o lodo é desidratado e
utilizado como condicionador de solo no viveiro de mudas da empresa. O efluente,
que é a parte líquida do esgoto, ainda passa pelo processo de tratamento físico-
químico e só depois é lançado nos córregos, obedecendo às normas ambientais.
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6. CONTROLE DO TRATAMENTO DE ESGOTO

Para que os processos do tratamento de esgoto ocorram de forma adequada,


faz-se necessário o acompanhamento através do que chamamos de Controles de
Processo, sendo que todos estão às normas, de acordo com a Resolução nº 430, de
13 de Maio de 2011, que complementa e altera a Resolução nº 357, de 17 de março
de 2005, do Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA. Aqui, estão
elencados os controles comumente utilizados em uma Estação de Tratamento de
Esgoto. São eles:

a) Controle Operacional
O controle operacional compreende todas as ações necessárias ao bom
andamento do processo de tratamento do esgoto. Abaixo estão elencadas as
principais atividades relativas à operação da estação de tratamento de esgoto:
 Limpeza do gradeamento e dos desarenadores;
 Medição de vazão;
 Medição de temperatura do ar e do afluente e efluente;
 Coletas de amostras do afluente e efluente para análise;
 Descarte do lodo, e
 Limpeza dos leitos de secagem.

b) Controle Analítico
A realização de análises físicas, químicas e bacteriológicas, durante as várias
etapas do tratamento dos esgotos, possibilita o acompanhamento da eficiência do
mesmo e determina a necessidade, ou não, de implementação de medidas
preventivas e/ou corretivas. Além disso, o controle analítico serve para caracterizar e
monitorar o efluente tratado. As análises usualmente realizadas são: pH,
alcalinidade total, acidez volátil, sólidos suspensos totais, sólidos suspensos
voláteis, DBO5, DQO, sulfetos, sulfatos, coliformes fecais, coliformes totais.
25

6.1 Análises Físico-Químicas e Bacteriológicas

Abaixo estão listadas as principais análises realizadas no processo de


tratamento de esgoto.
 pH –Os valores de pH para os esgotos em processo de tratamento podem
variar entre 6,5 a 7,5. Nessa faixa de neutralidade, o sistema químico que
controla o pH é o dióxido de carbono/bicarbonato. O controle do pH no
tratamento do esgoto é um dos fatores mais importantes a ser mantido para
se obter uma boa eficiência do processo. O pH geralmente é medido em
equipamentos específicos para este fim, através do método potenciométrico.
 Alcalinidade Total: a alcalinidade de um digestor anaeróbio é a medida da
capacidade de tamponamento dos componentes do digestor. É através dessa
medida que se tem noção da capacidade do sistema impedir diminuições
bruscas do pH. A alcalinidade na digestão anaeróbia é devida,
principalmente, à presença de sais de bicarbonato, como o bicarbonato de
amônio e sais de ácidos voláteis. A alcalinidade total é medida efetuando-se a
titulação do centrifugado, como no caso da determinação dos ácidos voláteis,
até pH 4,0. Essas duas determinações são realizadas simultaneamente. O
volume de ácido gasto na titulação até pH 4,0 fornece a alcalinidade, e o
volume de hidróxido gasto entre pH 4,0 e 7,0 fornece os ácidos voláteis.
 Acidez Volátil: a medida dos ácidos voláteis é o parâmetro que fornece,
juntamente com a medida do volume de gases produzidos, a indicação mais
imediata do funcionamento do processo. Os valores de alcalinidade e ácidos
voláteis variam com o tipo de resíduo que está sendo digerido, com as
condições operacionais e com o tipo de reator. A determinação da acidez
volátil pode ser efetuada através de Cromatografia Gasosa ou por métodos
simplificados.
 Sólidos Suspensos Totais e Sólidos Suspensos Voláteis: a determinação
dos sólidos suspensos fornece uma estimativa da matéria orgânica presente
no resíduo.
 DBO5 e DQO: a demanda bioquímica de oxigênio e a demanda química de
oxigênio são parâmetros que representam indiretamente o conteúdo de
matéria de um resíduo através da medida de oxigênio necessária para oxidar
26

quimicamente (DQO) ou bioquimicamente (DBO) a matéria orgânica. No


processo de digestão anaeróbia, a medida da DBO e DQO é importante para
representar o conteúdo de matéria orgânica do resíduo a ser digerido,
especialmente para resíduos líquidos que contenham baixos teores relativos
de sólidos em suspensão e para verificar a eficiência de remoção de matéria
orgânica do processo, no caso em que os efluentes devam ser lançados em
corpos d’água. A DQO é determinada realizando-se uma oxidação, em meio
ácido, com dicromato de potássio. O excesso de dicromato, que não reagiu
com a matéria orgânica, é, posteriormente, titulado com sulfato ferroso
amoniacal ou determinado colorimetricamente. A DBO é determinada
inoculando-se uma amostra por um período de cinco dias à temperatura de
20°C. A diferença entre o oxigênio dissolvido inicial e o final fornece a DBO 5.
 Sulfatos e Sulfetos: os sulfetos, na digestão anaeróbia, podem resultar da
sua entrada junto com o efluente e/ou da redução de sulfatos e outros
compostos do enxofre introduzidos no digestor. Os sulfatos são determinados
através de turbidímetro e os sulfetos através do método colorimétrico.
 Coliformes fecais e totais: são indicadores da contaminação da água por
agentes patogênicos. A medida desse item é importante para verificar o grau
de remoção de patogênicos do esgoto a ser lançado no corpo d’água, pós-
tratamento. A determinação dos coliformes fecais e totais é realizada através
da técnica de substrato enzimático.
27

7. LEGISLAÇÃO PARA ETE HIDRONERO

Para que uma ETE entre em operação, deve ser emitida pelo órgão ambiental
local a licença de operação. Nesta licença, constam todos os parâmetros legais a
serem seguidos, para o descarte do efluente tratado, seja para reuso ou para
descarte em corpo receptor, além de algumas normas e resoluções que visam
fornecer melhor qualidade de serviço.
Tem-se como referência a Resolução 430 do CONAMA e algumas normas
brasileiras de qualidade.
 NBR 12209 - fixa as condições exigíveis para a elaboração de projeto
hidráulico-sanitário de estações de tratamento de esgoto sanitário (ETE),
observada a regulamentação específica das entidades responsáveis pelo
planejamento e desenvolvimento do sistema de esgoto sanitário.
 NBR 9648 - apresenta as condições exigíveis no estudo de concepção de
sistemas de esgoto sanitário do tipo separador, com amplitude suficiente para
permitir o desenvolvimento do projeto de todas ou qualquer das partes que o
constituem, observada a regulamentação específica das entidades
responsáveis pelo planejamento e desenvolvimento do sistema de esgoto
sanitário.
 NBR 9649 - Determina as condições exigíveis na elaboração de projeto
hidráulico-sanitário de redes coletoras de esgoto sanitário, funcionando em
lâmina livre, observada a regulamentação específica das entidades
responsáveis pelo planejamento e desenvolvimento do sistema de esgoto
sanitário.
 NBR 12207 – Esta Norma fixa as condições exigíveis para a elaboração de
projeto hidráulico sanitário de interceptores de esgoto sanitário, observada a
regulamentação específica das entidades responsáveis pelo planejamento e
desenvolvimento do sistema de esgoto sanitário.
 NBR 12208 – Apresenta as condições exigíveis para a elaboração de projeto
hidráulico sanitário de estações elevatórias de esgoto sanitário
 NBR ISO/IEC 17025 – Especifica os requisitos gerais para a competência em
realizar ensaios e/ou calibrações, incluindo amostragem (métodos
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normalizados, não-normalizados e desenvolvidos). É aplicável a todas as


organizações que realizam ensaios e/ou calibrações.
 RESOLUÇÃO Nº 430, DE 13 DE MAIO DE 2011 - Esta Resolução dispõe sobre
condições, parâmetros, padrões e diretrizes para gestão do lançamento de efluentes em
corpos de água receptores, alterando parcialmente e complementando a Resolução nº
357, de 17 de março de 2005, do Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA.
.
29

8. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A instalação de uma Estação de Tratamento de Esgoto – ETE, para o


tratamento de águas residuais é de grande viabilidade para a população local, na
qual uma ETE se instala, pois além de gerar a melhoria da saúde publica uma ETE
promove o cuidado com o meio ambiente através do cumprimento das legislações
vigentes.
30

REFERÊNCIAS

SAMAE, Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto -. OPERADOR DE


ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA E ESGOTO. Disponível em:
<http://www.samaecaxias.com.br/documents/50537/0/Apostila Operador ETAE.pdf>.
Acesso em: 20 jan. 2015.

GARIROBA, Águas. Esgotamento Sanitário. Disponível em:


<http://www.aguasguariroba.com.br/>. Acesso em: 20 jan. 2015.

BRASIL. RESOLUÇÃO Nº 430, DE 13 DE MAIO DE 2011. Dispõe sobre as


condições e padrões de lançamento de efluentes. Diário Oficial da União.
Disponível em:
<http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res11/propresol_lanceflue_30e31mar11.pd
f>. Acesso em: 03 fev. 2015.

BRASIL. LEI Nº 12.305, DE 2 DE AGOSTO DE 2010. Institui a Política


Nacional de Resíduos Sólidos. Diário Oficial da União. Brasília, DF, 02 ago. 2010.

SÃO PAULO (estado). DECRETO Nº 8.468, de 08 DE SETEMBRO DE 1976.


Aprova o Regulamento da Lei nº 997, de 31 de maio de 1976. Diário Oficial da
União. São Paulo, SP, 08 set. 1976.

SPERLING, Marcos Von. Introdução à qualidade das águas e ao


tratamento de esgotos. Vol. 1. Principio do Tratamento Biológico de Águas
Residuárias. 3 ed. Belo Horizonte: UFMG, 2000. 241 p.

OPERSAN. Legislação sobre tratamento de efluentes é rigorosa.


Disponível em: <http://info.opersan.com.br/blog/bid/179669/Legisla
%C3%A7%C3%A3o-sobre-tratamento-de-efluentes-%C3%A9-rigorosa>. Acesso em
04 Fev 2015.
31

SABESP. Tratamento de Esgotos. Disponível em:


<http://site.sabesp.com.br/site/interna/Default.aspx?secaoId=49>. Acesso em 10 mar
2015.

CAERN. Tratamento de Esgoto. Disponível em:


<http://www.caern.rn.gov.br/Conteudo.asp?
TRAN=ITEM&TARG=12037&ACT=null&PAGE=0&PARM=null&LBL=null>. Acesso
em 18 mar 2015.

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