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UNIVERSIDADE VALE DO RIO DOCE - UNIVALE

Faculdade de Engenharia - FAENG


Engenharia Civil e Ambiental

BEATRIZ OLIVEIRA FREITAS

DIÊGO COELHO DE QUEIROZ

FILIPE PAIVA ALMEIDA

PAULO JUNIO FERREIRA ERNESTO

ANÁLISE DA EFICIÊNCIA DA CAIXA SEPARADORA DE ÁGUA E ÓLEO

Governador Valadares, 15 de Junho de 2015.


UNIVERSIDADE VALE DO RIO DOCE - UNIVALE
Faculdade de Engenharia - FAENG
Engenharia Civil e Ambiental

BEATRIZ OLIVEIRA FREITAS

DIÊGO COELHO DE QUEIROZ

FILIPE PAIVA ALMEIDA

PAULO JUNIO FERREIRA ERNESTO

ANÁLISE DA EFICIÊNCIA DA CAIXA SEPARADORA DE ÁGUA E ÓLEO

Pré TCC apresentado ao curso de


Engenharia da Universidade Vale do
Rio Doce como requisito básico para
apresentação do Trabalho de
Conclusão de Curso.

Orientador: Hernani Ciro Santana

Governador Valadares, 15 de Junho 2015


RESUMO

A questão do meio ambiente tem sido discutida, nas mais diversos setores
(econômicos , sociais , ambientais ), e com visão crítica e racional do assunto , damos
destaque aos fundamentos da questão ambiental identificando itens ambientais aos
postos de combustíveis. Os postos de combustíveis não comercializam apenas
combustíveis e seus derivados, incorporou-se outros valores comerciais ao seu espaço
territorial, onde vários outros serviços são oferecidos aos consumidores, tendo como
consequência dessa nova função econômica, uma complexidade ambiental mais ampla
na geração de mais resíduos sólidos, efluentes líquidos, entre outros, mantendo
atividades de alto potencial de poluição e de grande utilização de recursos naturais.

Palavras chaves: Meio Ambiente; Postos de Combustíveis; Resíduos; Caixa


Separadora de Água e Óleo.
Sumário

1. INTRODUÇÃO CONTEXTUALIZAÇÃO E PROBLEMATIZAÇÃO......................1

2. JUSTIFICATIVA..........................................................................................................4

3. OBJETIVOS..................................................................................................................5

3.1. OBJETIVO GERAL.................................................................................................

3.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS...................................................................................

4. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA......................................................................................7

5. MATERIAIS E MÉTODOS..........................................................................................9

5.1. CSAO CONSTRUÍDA IN LOCO..........................................................................10

6. CRONOGRAMA........................................................................................................12

7. RESULTADOS ESPERADOS...................................................................................13

8. RECURSOS DISPONÍVEIS.......................................................................................14

9. ANEXOS E APÊNDICES:.........................................................................................15

9.1.Tabela 1....................................................................................................................16

9.2. Gráfico 2.................................................................................................................17

9.3. LAUDO TÉCNICO................................................................................................18


1. INTRODUÇÃO CONTEXTUALIZAÇÃO E
PROBLEMATIZAÇÃO

         A preservação do meio ambiente é hoje a maior preocupação em toda a extensão


do planeta, e em especial estão os recursos hídricos, é evidente a grande diferença de
proporção de agua com relação à terra. Porem, não se pode deixar enganar com essa
informação, segundo estudos realizados pelo setor de pesquisa da MRV engenharia
sustentável aproximadamente 70% do planeta é coberto pelos oceanos, cuja média de
profundidade é de cerca de mil metros. Isso representa, mais ou menos, 98% da água da
Terra, que, em razão da sua quantidade de sal, não é própria para o consumo. Dos 2%
restantes, a maior parte está no gelo polar e nas suas geleiras. Outra parte está no
subsolo, em aquíferos e poços e cerca de 0,036% está em lagos e rios. Por muitos anos,
o homem vem explorando o planeta e retirando dele de forma abusiva e irracional o
subsídio para manter as relações sociais tal como elas são hoje, afetando sem a menor
preocupação o solo, as águas e o ar, bem como as demais formas de vida que habitam o
planeta. Com a destruição cada vez maior e mais abrasiva do patrimônio natural da
humanidade, os governos estão tomando partido nessa questão na tentativa de remediar
e reduzir o perigo iminente em que o planeta se encontra.

Frente à essa degradação pode-se perceber vários eventos incluindo catástrofes


naturais, escassez de recursos, agravamento do efeito estufa que ocasiona o
aquecimento global. Com a aprovação da Política Nacional de Recursos Hídricos ( Lei
9.433 – 1997 ), criou-se uma nova e importante estrutura para a gestão deste recursos,
com processos participativos e novos instrumentos econômicos para promover o uso
eficiente da água. Em 2000, o Governo Federal instituiu a Agência Nacional de Águas
(ANA), responsável, entre outras coisas, por implementar a nova lei. Mediante a isso
surge no planeta, um anseio de sustentabilidade com o objetivo de viver em forma mais
harmoniosa com o Meio Ambiente e diante dessa nova tendência mundial, as empresas
começam a se adaptar, interagindo com o meio ambiente de forma mais responsável,
tentando sempre reduzir os níveis de poluição e emissão de resíduos de sua empresa

1
com o objetivo de recuperar o meio ambiente, com a intenção, não somente, da
manutenção da natureza, mas principalmente para melhorar a visão da sociedade com
relação a seu trabalho no objetivo atrair e não afastar clientes e investidores, pois a
gestão ambiental, em função dessas novas tendências, apresenta-se como uma excelente
ferramenta não somente para melhorar as condições ambientais, mas também como
forma de concorrência, uma vez que o público consumidor apoiará as empresas que
estiverem mais engajadas com a proteção do meio ambiente.

Uma preocupação com relação aos recursos hídricos é a questão do tratamento


de esgoto e efluentes, um estudo realizado pela rede de comunicação Globo pelo portal
G1 de comunicação indica que o tratamento de água e esgoto vai demorar 20 anos para
chegar a todos os brasileiros, nas duas maiores cidades do país, por exemplo, metade da
população ainda não tem saneamento, e em muitas capitais não chega nem a isso. Em
minas por exemplo, dos 853 municípios do estado, 92% tem coleta de esgoto, mas
apenas 23% tem tratamento dos dejetos (pesquisa realizada pela jornalista Denise
Motta).

No Brasil existem muitos postos de combustível e grande parte deles oferece o


serviço de lavagem de automóveis. A água destinada a esse fim, de um modo geral, é a
mesma destinada ao consumo da população, com grandes custos de tratamento. Por
outro lado, os efluentes gerados nessa atividade estão contaminados principalmente por
óleos, graxas, sabões e material argiloso em suspensão que recebem em alguns casos
apenas o tratamento preliminar.

A poluição da água pela presença de hidrocarbonetos oleosos é especialmente


danosa a vida aquática porque reduz a penetração de luz na água e perturba o
mecanismo normal de transferência de oxigênio. Seu lançamento no meio ambiente um
aspecto importante no controle de poluição em muitos campos da indústria sendo
regulamentada a nível federal, estadual e municipal.

2
A legislação pertinente à atividade de armazenamento e distribuição de
combustível datado ano 1997, com a edição da Resolução do Conselho Nacional do
Meio Ambiente (CONAMA) nº. 237/97, que cita a atividade como sendo sujeita ao
licenciamento ambiental. Mais recente o Conselho Nacional do Meio Ambiente-
CONAMA, no uso das competências que lhe foram conferidas pela Lei nº 6.938, de 31
de agosto de 1981, regulamentada pelo Decreto nº 99.274, de 6 de julho de 1990, e
tendo em vista o disposto na Resolução CONAMA nº 273, de 29 de novembro de 2000
e em seu Regimento Interno, e considerando que toda instalação e sistemas de
armazenamento de derivados de petróleo e outros combustíveis, configuram-se como
empreendimentos potencialmente ou parcialmente poluidores e geradores de acidentes
ambientais;

- Considerando que os vazamentos de derivados de petróleo e outros


combustíveis podem causar contaminação de corpos d'água subterrâneos e superficiais,
do solo e do ar;

- Considerando os riscos de incêndio e explosões, decorrentes desses


vazamentos, principalmente, pelo fato de que parte desses estabelecimentos localizam-
se em áreas densamente povoadas;

-Considerando que a ocorrência de vazamentos vem aumentando


significativamente nos últimos anos em função da manutenção inadequada ou
insuficiente, da obsolescência do sistema e equipamentos e da falta de treinamento de
pessoal;

- Considerando a ausência e/ou uso inadequado de sistemas confiáveis para a


detecção de vazamento; - considerando a insuficiência e ineficácia de capacidade de
resposta frente a essas ocorrências e, em alguns casos, a dificuldade de implementar as
ações necessárias, resolve:

3
Art. 1 A localização, construção, instalação, modificação, ampliação e operação
de postos revendedores, postos de abastecimento, instalações de sistemas retalhistas e
postos flutuantes de combustíveis dependerão de prévio licenciamento do órgão
ambiental competente, sem prejuízo de outras licenças legalmente exigíveis.

2. JUSTIFICATIVA

A água representa, sobretudo, o principal constituinte de todos os organismos


vivos. No entanto, nas últimas décadas, esse precioso recurso vem sendo ameaçado
pelas ações indevidas do homem, o que acaba resultando em prejuízo para a própria
humanidade (SERRA, 2002). Diante deste quadro é primordial que quaisquer atividades
geradoras de resíduos que possam contaminar os corpos hídricos, especialmente os que
permeiam grandes centros urbanos, precisam ser rigorosamente controladas pelos
órgãos ambientais com relação ao tratamento e descarte destes resíduos. (SADOCK,
2013)

De acordo com a Resolução Nº 273 de 29 de novembro 2000, do Conselho


Nacional do Meio Ambiente - CONAMA, toda instalação e sistemas de armazenamento
de derivados de petróleo e outros combustíveis, configuram-se como empreendimentos
potencialmente ou parcialmente poluidores ou geradores de acidentes ambientais.
Segundo DIAS (2012) define-se postos de combustíveis, os estabelecimentos que
realizam a atividade varejista de combustíveis líquidos derivados de petróleo,
combustível álcool, bem como outros combustíveis automotivos, dispondo de
equipamentos e sistemas para armazenamento de combustíveis automotivos e
equipamentos medidores. Esse mesmo autor afirma que os estabelecimentos de postos
de combustíveis costumam ofertar serviços complementares, como lavagem de carros,
troca de óleo.

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Dentro desse contexto, o envolvimento direto dos postos de combustível com a
poluição da água confirma a extrema relevância da abordagem do assunto tema ,
tratamento de efluentes em postos de combustível , e de como os postos de Governador
Valadares , com ênfase Cherokee e Planalto II, estão trabalhando para uma atividade
econômica sustentável e com compromisso com o meio ambiente.

3. OBJETIVOS

3.1. OBJETIVO GERAL

Esse trabalho tem como objetivo, um estudo de caso sobre a forma de tratamento
de efluentes provindos do derramamento de óleos nas atividades dos postos de
combustíveis. Sabemos que o tratamento mais comum e mais utilizado é a Caixa
Separadora de Água e Óleo, e o estudo consistirá na análise do funcionamento da caixas
existente no posto Planalto II e na verificação de trabalhabilidade por meio de cálculos
de dimensionamento da nova instalada no Posto Cherokee construída depois de uma
reprovação em Abril de 2014 (Laudo Técnico 3, ANEXO) e posteriormente aprovada
logo depois da construção, provando a sua eficácia mediante projetos, memórias de
cálculos da microdrenagem pluvial, captação de água nos diferentes setores que são
direcionados para a SAO e o dimensionamento da mesma perante a vazão recebida.
Além disso o dimensionamento de um modelo em menor escala para apresentação da
funcionalidade da caixa SAO (Separadora de Água e Óleo).

Estaremos focados em dois postos da Rede HG de Combustíveis Ltda, são eles


os citados a cima. Com base nos dados e levantamentos feitos in loco, analisaremos a
eficácia da caixa SAO(separadora de água e óleo) e se necessário, projetaremos uma
solução para corrigir e melhorar o tratamento.

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3.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

I) Estudar sobre o problema de efluentes e a forma de tratamento, focando na caixa


separadora de água e óleo.

II) Levantar informações e análises sobre a demanda dos efluentes em postos de


gasolina, no nosso caso, especificamente do Posto Cherokee e Posto Planalto II .

a. Projetar uma solução para executar de forma correta e eficaz o tratamento


desse problema, caso haja necessidade.

III) Provar eficácia da Caixa Separadora de Água e Óleo.

IV) Confecção do protótipo do modelo, em menor escala, da Caixa Separadora de Água


e Óleo.

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4. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Barros et al (2007, p. 06): poluição é “[...] é uma alteração indesejável nas


características físicas, químicas ou biológicas da atmosfera, litosfera ou hidrosfera que
cause ou possa causar prejuízo à saúde, à sobrevivência ou as atividades dos seres
humanos e outras espécies ou ainda deteriorar materiais”.

Conforme Lima (2004, p. 1), “no Brasil existem aproximadamente 31 mil postos
de combustíveis, sendo que um número significativo deles foi construído na década de
1970. Como a média de vida útil dos tanques subterrâneos é de 25 anos, supõe-se que
eles já estejam comprometidos”.

A Portaria 1.469/2000, do Ministério da Saúde estabelece os seguintes limites


permitidos para os hidrocarbonetos em água potável: 5 microgramas por litro no caso do
benzeno, 170 microgramas/l para o tolueno, 200 microgramas/l para o etilbenzeno e 300
microgramas/l para o xileno. De acordo com a literatura, os hidrocarbonetos afetam o
sistema nervoso central, apresentando toxidade crônica mesmo em pequenas
concentrações. O benzeno é comprovadamente carcinogênico, podendo causar
leucemia. Em caso de ingestão ou inalação em altas concentrações, esses compostos
podem causar a morte. (SUGIMOTO, 2004)

7
A Lei de crime Ambiental nº 9605, promulgada em 12 de fevereiro de 1998,
dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas lesivas ao meio
ambiente, responsabilizando, inclusive criminalmente as pessoas jurídicas, bem como,
seus representantes legais. A pena pode chegar a quatro anos de reclusão, além de
multas. (BRASIL, 1998).

No Brasil as novas normas que protegem o meio ambiente são extremamente


severas, e a tendência é que se tornem cada vez mais rigorosas. Atualmente já são 4
determinadas multas que podem chegar a R$ 50 milhões, além do compromisso de
recuperação do passivo ambiental (SANDRES, 2004).

DN (Deliberação Normativa) 74/2004 – Estabelece critérios para classificação


quanto ao porte poluidor do posto de combustível. Os postos que analisamos estão
classificados da seguinte forma:

Listagem = F-06-01-17 - Postos revendedores, postos de abastecimento, instalações de


sistemas retalhistas e postos flutuantes de combustíveis (Serviço e comércio atacadista /
Outros serviços)

Pot. Poluidor/Degradador: Ar: P / Água: G / Solo: M / Geral: M

Capacidade de armazenagem > 150 m³ (Grande Porte)

Classe 5 = Grande porte e médio potencial poluidor ou médio porte e grande potencial
poluidor.

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DN (Deliberação Normativa) 108/2010 = Estabelece os procedimentos para o
licenciamento ambiental de postos revendedores, postos de abastecimento, instalações
de sistemas retalhistas e postos flutuantes de combustíveis e dá outras providências.

5. MATERIAIS E MÉTODOS

Inicialmente será verificado se os efluentes lançados no corpo d’água, após


passagem pela caixa separadora de água e óleo dos postos Cherokee e
Planalto II, ambos da empresa Rede HG Combustíveis, localizados respectivamente na
BR-116 Km 399 e BR-116 Km 412,Governador Valadares, atendem as definições de
lançamento de efluentes determinados pela Deliberação Normativa Conjunta
COPAM/CERH-MG nº 01, de 05 de maio de 2008, que adota como parâmetros os
seguintes critérios:

 Demanda Química de Oxigênio DQO: valor na amostra ≤ 180 mg/L.

 Óleos e Graxas: Óleos minerais ≤ 20, óleos vegetais e gorduras animais ≤ 50.

 pH: entre 6,0 e 9,0.

 Sólidos sedimentáveis: ≤ 1,0.

 Sólidos suspensos totais ≤ 100.

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 Surfactantes: ≤ 2.

Caso seja provado a não eficiência da caixa separadora de água e óleo, através de
amostras coletadas in loco e comparadas com os parâmetros delimitados pelo
COPAM/CERH-MG nº 01, de 05 de maio de 2008, realizaremos as correções
necessárias para que a caixa trabalhe corretamente.

No desenvolvimento do trabalho serão utilizadas as seguintes ferramentas:

 Software Plúvio – através da cidade que o posto se localiza será definido


o coeficiente da intensidade pluviométrica, que auxiliará no cálculo da
vazão.

 Software AutoCad – essa ferramenta será utilizada para possíveis


modificações nas dimensões das caixas separadoras de água e óleo.

 NBR 10844 – essa norma será utilizada para adquirir a vazão produzida
pelos dois postos.

 Análise Laboratorial de Água – a análise irá avaliar a qualidade da água


que o corpo d’água está recebendo das caixas separadoras.

Todas as formas de caixa separadora e todos seus derivados consistem em


separar água dos demais efluentes poluentes, ou seja, possuem a mesma finalidade
apesar do mais variados tipos de modelo, forma e fabricante.

Os postos estudados utilizam caixas separadoras que são construídas in loco.

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5.1. CSAO CONSTRUÍDA IN LOCO

A caixa separadora de água e óleo construída in loco, normalmente é construída


de concreto e sua dimensão é de acordo com a demanda de vazão exigida pelo projeto,
segue a mesma concepção da pré-fabricada, porém por ser feita de acordo com a
necessidade do projeto, fornece maiores condições de moldagem e dimensionamento.

Os Separadores Água/Óleo (SAO) são usados para tratar águas contaminadas


com óleos e graxas em áreas de manutenção e lavagem de veículos e máquinas, em
oficinas mecânicas, em águas de lavagem de piso de fábrica, aeroportos e ferrovias,
estacionamentos e áreas de circulação intensa de veículos, armazenamento de petróleo,
etc. Seu princípio de funcionamento é dar tempo à separação e aumentar o tamanho da
gota oleosa para separa-la da água mais facilmente. De acordo com a Lei de Stokes uma
gota com 100 micra demora 12 vezes menos que uma gota de 20 micra para ascender a
uma mesma altura em um corpo líquido. Para ajudar a formar gotas maiores usam-se
placas coalescentes ou outro tipo de mídia liofílica que aderem o óleo se agrupando em
gotas maiores flutuando no meio aquoso mais facilmente. O tamanho da gota e
densidade do óleo, vazão, turbulência e o tamanho das partículas óleo/contaminantes
afetam o funcionamento do separador. O Separador Água/Óleo convencional usa três
compartimentos: um de recepção que retém o lodo mais pesado, um segundo
compartimento de contato com placas coalescentes e o último estágio de separação que
normalmente retira a agua limpa do fundo do tanque e o óleo da superfície.

O esquema escolhido é um exemplo de modelo para construção de um CSAO,


não necessariamente deve ser projetada dessa forma, mas a visualização será importante
para introduzir melhor o conceito dessa forma de execução.

A figura abaixo esquematiza uma CSAO Construída in loco :

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Caixa Coletora 1 – É a camada de recepção inicial do efluente, que chega em
situação crítica com a mistura de água, óleo, sólidos e etc.

Caixa Coletora 2 – Nesta camada, podemos ver que antes existe uma parede,
normalmente construída de concreto, que tem função de “amortecer” a chegada da água,
onde o líquido misturado já começa a separar, ficando nesse recipiente o líquido mais
denso, enquanto o restante passa para as próximas.

Caixa de Detenção – É a parte em que acontece o direcionamento do óleo para a


caixa coletora 3. Para acontecer esse processo, a caixa deve estar no nível da tubulação
que passa na caixa de detenção, essa tubulação tem um corte na parte superior, onde o
óleo que fica por cima da água vai entrando por ela e é levado para a caixa coletora 3.

Caixa Coletora 3 – A terceira camada, é o local onde fica depositado o óleo


recolhido da Caixa de detenção, este óleo é posteriormente recolhido e colocado em um
recipiente para ser tratado.

Caixa de Sedimentação – Camada final da caixa separadora de água e óleo, nela


basicamente a água deve estar dentro dos padrões de pureza exigidos pela DN
COPAM/CERH 01/2008, e é recolhida por uma tubulação que a despeja na rede de
esgoto.

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6. CRONOGRAMA

MÊS MA MA JU
ABR JUN AGO SET OUT NOV
R I L
ETAPAS
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA X X X X X X X X  
VISITA NOS POSTOS DE COMBUSTÍVEL   X   X     X    
COLETA DE DADOS NOS POSTOS   X   X     X    
REAVALIAÇÃO DO CRONOGRAMA     X     X      
LISTA DE MATERIAL ULTILIZADO NA
      X X        
CONFECÇÃO DA CAIXA SEPARADORA
ORÇAMENTO DO QUANTITATIVO E
        X X      
QUALITATIVO DO PROJETO
VISITA PARA COLETA DE EFLUENTE     X   X        
ENVIA DA COLETA PARA ANÁLISE EM
    X   X        
LABORATÓRIO
CONFECÇÃO DA CAIXA SEPARADORA           X X X  
TESTE DE ENFICIÊNCIA FÍSICA E VISUAL
            X X  
DA CAIXA
TESTE DE ENFICIÊNCIA QUÍMICA EM
              X  
LABORATÓRIO
COMPARATIVO DE DADOS COLETADOS
              X X
PELOS DOIS TESTES

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ANALISE DA AVALIAÇÃO DOS
              X X
RESULTADOS OBTIDOS
CONCLUSÃO DA EFICIÊNCIA DO
              X X
PROCESSO SEPARADOR

LEGENDA

EXECUÇÃO DA ETAPA X
NÃO CONTEMPLA  

7. RESULTADOS ESPERADOS

Quanto ao estudo sobre o tratamento de efluentes pela caixa separadora de água


e óleo, esperamos aprender sobre o assunto pois, a importância desse problema é muito
relevante para nosso futuro como engenheiros civil e ambiental.

Especificamente sobre as caixas separadoras que analisaremos, esperamos


encontrar um projeto bem executado e eficaz pois, essa forma de tratamento de efluente,
por mais que seja simples, requer um projeto bem elaborado e depende de uma
manutenção adequada sobre mesmo.

Sobre o protótipo, faremos o projeto e construiremos com a intenção de mostrar


a forma em que o tratamento é feito, de maneira que possa ficar bem esclarecido tanto
para quem entende sobre o assunto, quanto para quem é leigo sobre o assunto.

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8. RECURSOS DISPONÍVEIS

Para dar início ao nosso estudo, utilizaremos as resoluções Conama 237/1997 e


273/2000, as DN’s(deliberações normativas) 74/2004, 108/2007, 01/2008. Utilizaremos
também artigos, dissertações e bibliografias específicas, já ressaltadas durante o decorrer
do trabalho. Através desse material que nos basearemos para levantar informações e
parâmetros, que nos auxiliarão a fazer a avaliação sobre desempenho e eficácia da Caixa
Separadora de água e Óleo. Quanto a parte prática, serão fornecidos pelo próprio Posto,
os laudos laboratoriais das caixas separadoras de água e óleo para avaliação do
tratamento. Teremos também o acompanhamento do Engenheiro Civil responsável pela
empresa, que disponibilizará o projeto das caixas e fará o acompanhamento do estudo. O
protótipo que será construído, será um investimento do próprio grupo, tanto na parte de
compra do material, quanto na parte de montagem. A intenção dessa iniciativa é fazer
com que o público entenda o processo do tratamento e facilite a visualização no momento
da explicação do trabalho.

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9. ANEXOS E APÊNDICES:

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9.1.Tabela 1

Distribuição Percentual dos postos


revendedores de combustíveis
automotivos
Outras no Brasil segundo a
10% bandeira BR
18%

Ipiranga
11%

Bandeira Branca Chevron


43% 6%
Shell
Esso5%
Alesat
3% 4%

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9.2. Gráfico 2

Quantidade de postos revendedores de combustíveis automotivos


Grandes Regiões e
Unidades da Federação Bandeira
Total BR Ipiranga Shell Cosan Alesat Outras2
Branca1

Brasil 37,973 6,786 5,722 2,178 1,495 1,348 16,616 3,828

Região Norte 2,564 430 249 26 14 41 1,308 496

Rondônia 476 44 55 6 1 - 270 100

Acre 140 49 7 2 - - 58 24

Amazonas 532 84 15 5 - - 193 235

Roraima 102 37 - 1 - - 50 14

Pará 862 143 99 8 12 21 465 114

Amapá 107 28 34 1 - - 44 -

Tocantins 345 45 39 3 1 20 228 9

Região Nordeste 8,149 1,515 588 313 186 379 4,005 1,163

Maranhão 990 104 51 2 15 64 661 93

Piauí 663 126 28 2 13 15 444 35

Ceará 1,211 277 96 44 32 59 477 226

Rio Grande do Norte 522 111 27 18 10 87 208 61

Paraíba 619 77 62 18 6 24 329 103

Pernambuco 1,235 230 131 80 27 37 489 241

Alagoas 468 135 56 20 12 10 209 26

Sergipe 256 70 20 15 13 8 60 70

Bahia 2,185 385 117 114 58 75 1,128 308

Região Sudeste 15,994 2,853 2,341 1,373 875 760 7,210 582

Minas Gerais 4,330 926 546 207 157 281 1,962 251

Espírito Santo 656 128 120 50 56 66 202 34

Rio de Janeiro 2,191 384 363 220 151 136 917 20

São Paulo 8,817 1,415 1,312 896 511 277 4,129 277

Região Sul 8,033 1,325 2,195 362 380 109 2,367 1,295

Paraná 2,882 364 590 157 161 27 1,316 267

Santa Catarina 2,098 309 562 66 96 68 529 468

Rio Grande do Sul 3,053 652 1,043 139 123 14 522 560

Região Centro-Oeste 3,233 663 349 104 40 59 1,726 292

Mato Grosso do Sul 572 197 83 3 7 - 170 112

Mato Grosso 1,001 139 74 16 - 2 645 125

Goiás 1,341 177 150 45 14 51 849 55

Distrito Federal 319 150 42 40 19 6 62 -

Fonte: ANP/SAB, conforme as Portarias ANP n° 116/2000 e n° 32/2001.

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9.3. LAUDO TÉCNICO

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