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BELO HORIZONTE
OTUBRO – 2012
AMANDA GURGEL BRAGA
BRUNO HENRIQUE DE PAULA
CAROLINA ARAÚJO MOREIRA
FELIPE GREGORY DE AGUIAR
LORENA MINGOTE MARQUES
MAGNO SCHEDER DE ALMEIDA
THIAGO VISCONTI PEREZ
THULIO YVO PEDROSA SANTOS
BELO HORIZONTE
OUTUBRO - 2012
LISTAS DE ABREVIATURAS E SIGLAS
1 INTRODUÇÃO
A reutilização de água não é um conceito novo e tem sido praticado em todo o mundo há
muitos anos. Existem relatos de sua prática na Grécia Antiga, com a disposição de esgotos e
sua utilização na irrigação. No entanto, a demanda crescente por água tem feito do reuso
planejado da água um tema atual e de grande importância.
O Esgoto, efluente ou águas servidas são todos os resíduos líquidos provenientes de indústrias
e domicílios e que necessitam de tratamento adequado para que sejam removidas as
impurezas e assim possam ser devolvidos à natureza sem causar danos ambientais e à saúde
humana. Geralmente a própria natureza possui a capacidade de decompor a matéria orgânica
presente nos rios, lagos e no mar. No entanto, no caso dos efluentes essa matéria é em grande
quantidade exigindo um tratamento mais eficaz em uma Estação de Tratamento de Esgoto
(ETE) que, basicamente, reproduz a ação da natureza de maneira mais rápida. É importante
destacar que o tratamento dos efluentes pode variar muito dependendo do tipo de efluente
tratado e da classificação do corpo de água que irá receber esse efluente, de acordo com a
Resolução CONAMA 20/86. Quanto ao tipo, o esgoto industrial costuma ser mais difícil e
caro de tratar devido à grande quantidade de produtos químicos presentes. (COPASA,
CETESB, 2007).
Ao liberar as fontes de água de boa qualidade para abastecimento público e outros usos
prioritários, o uso de esgotos contribui para a conservação dos recursos e acrescenta uma
dimensão econômica ao planejamento dos recursos hídricos.
penalidades financeiras, são a principal motivação das empresas para iniciar seus projetos de
tratamento de seus efluentes e, em especial, do reuso da água.
Após todo o processo de tratamento, utiliza-se a água para irrigação do jardim, e lavagem do
asfalto, ambos pertencentes à empresa, porém em pequenas quantidades, deposita-se a maior
parte no rio Itabirito.
Logo, pretende-se estudar a viabilidade econômica e física para que a água não vá para o rio,
e seja reutilizada nos vasos sanitários da mesma.
1.2 Objetivos
Discutir uma melhor distribuição e reutilização da água tratada de uma E.T.E (Estação de
Tratamento de Esgoto).
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• Identificar uma alternativa para a reutilização das águas resultantes do tratamento de esgoto;
• Fazer um levantamento de dados e checar o quanto seria viável ou não esta alternativa;
• Criar uma maquete que possibilite uma melhor visualização do processo indicado.
1.3 Justificativa
Atualmente, a sustentabilidade tem sido alvo de grandes discussões, devido a sua relevância
na sociedade, pois é através da mesma em que busca-se a saída para os problemas em que
encontra-se o meio ambiente.
Partindo-se desta ideia, inovar com um intuito e pensamento empreendedor fez com que o
grupo pesquisasse novas tecnologias, novos processos para melhorar uma ETE(Estação de
Tratamento de Efluentes), localizada em uma empresa na cidade de Itabirito-MG.
Logo, projetou-se de acordo com as análises efetuadas, uma maneira para reutilizar a água
tratada, que é depositada em um rio que passa nas margens da empresa nos vasos sanitários da
mesma. Acredita-se que é possível minimizar despesas econômicas e impactos gerados ao
meio ambiente.
Pode-se relacionar o trabalho com o Cálculo Diferencial uma vez que o grupo irá fazer o
dimensionamento da ETE e também o cálculo estrutural para reaproveitamento da água em
vasos sanitários. A contribuição desta disciplina encontra-se no tópico resultados e discussão.
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Será feito um algoritmo que mostrará o cálculo da área de um vestiário feminino, assim como
masculino. Esse algoritmo encontra-se em anexo.
A discussão com a matéria Desenho Técnico Computacional será feita através da construção
de uma planta da ETE com representações também do futuro direcionamento da água para os
vasos sanitários. Essa contribuição encontra-se em resultado e discussão e anexo.
1.4.4 Economia
Como o grupo pretendia analisar além da viabilidade física, também a viabilidade econômica
para a construção de novas instalações hidráulicas para a reutilização de água da ETE, foi
executado um planejamento financeiro para a construção das mesmas. Essa contribuição
encontra-se em resultado e discussão.
Com a construção de um novo sistema hidráulico para a ETE já existente na empresa situada
em Itabirito, será despejada uma menor quantidade de litros de água no Rio Itabirito. Sendo a
água já tratada, com o reaproveitamento quase total da mesma, a empresa mostra seu respeito
e preocupação com o meio ambiente e a população da cidade, uma vez que é um exemplo a
ser seguido por todos os moradores. Essa contribuição encontra-se em resultado e discussão.
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2 REFERENCIAL TEÓRICO
Segundo a NBR 9648 (ABNT, 1986) esgoto sanitário é o despejo líquido constituído de
esgotos doméstico e industrial, água de infiltração e água pluvial parasitária.
Ainda segundo a mesma norma, esgoto doméstico é o despejo líquido resultante do uso da
água para higiene e necessidades fisiológicas humanas; esgoto industrial é o despejo líquido
resultante dos processos industriais, respeitando os padrões de lançamento estabelecidos; água
de infiltração é toda água proveniente do subsolo, indesejável ao sistema separador e que
penetra nas canalizações; contribuição pluvial parasitária é a parcela do deflúvio superficial
inevitavelmente absorvida pela rede de esgoto sanitário.
Segundo Von Sperling (1996), o esgoto sanitário é formado por esgoto doméstico, águas de
infiltração e despejos industriais, sendo que:
• As águas de infiltração são as que entram na rede coletora de esgoto através de juntas
defeituosas das tubulações, paredes de poços de visita, etc. A taxa de infiltração depende
muito das juntas das tubulações, do tipo de elementos de inspeção, do tipo de solo e da
posição do lençol freático. Os valores médios são de 0,3 a 0,5 L/s.km;
Os autores Silva e Mara (1979) afirmaram que a matéria sólida corresponde 0,1% dos esgotos
sanitários, sendo que a água é responsável pelos 99,9% restantes. A contribuição “percapita”
diária de DBO5 no Brasil pode ser de até 50g.
Tanto Gonçalves e Souza (1997), como Jordão e Pessoa (1995), afirmaram que a matéria
sólida representa apenas 0,08% dos esgotos sanitários, sendo que a água é responsável pelos
99,92% restantes. A diferença da composição em relação à proposta de Silva e Mara, (1979) –
99,9% e 0,1% - não é significativa.
Segundo Braga et al (2002), o esgoto contém inúmeros organismos vivos, tais como bactérias,
vírus e protozoários que, em sua maioria, são liberados com os dejetos humanos. Alguns são
de ampla importância para o próprio tratamento biológico dos efluentes, pois são responsáveis
pela decomposição da matéria orgânica complexa em compostos orgânicos mais simples e
estáveis, possibilitando a separação das fases sólida e líquida, e, gerando com isso um efluente
tratado assimilável pelo meio ambiente sem efeitos negativos.
De acordo com FUNASA (2004), as principais características dos esgotos são: temperatura,
variação de vazão, matéria orgânica, matéria inorgânica, indicadores de poluição, coloração,
turbidez, odor, microrganismos. A seguir encontra-se a explicação de cada característica.
2.3.1 Temperatura
Cerca de 70% dos sólidos no esgoto são de origem orgânica, com maior frequência esses
compostos orgânicos são uma combinação de carbono, hidrogênio e oxigênio, e algumas
vezes com nitrogênio.
São muitos os organismos cuja presença num corpo d´água indica uma forma qualquer de
poluição. Para indicar a contaminação de origem humana adotam-se os organismos do grupo
coliformes como indicadores. As bactérias coliformes são típicas do intestino humano e de
outros animais de sangue quente. Estão presentes nas fezes humanas (100 a 400 bilhões de
coliformes/hab. dia) e são de simples determinação.
2.3.5 Coloração
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2.3.6 Turbidez
Assim como a coloração, a turbidez igualmente revela o estado em que o esgoto se encontra.
Este parâmetro está relacionado com a concentração dos sólidos em suspensão. Esgotos mais
frescos ou mais concentrados possuem geralmente maior turbidez. (VON SPERLING, 1996)
2.3.7 Odor
• odor intolerável, típico do esgoto velho ou séptico, que se procede da formação de gás
sulfídrico oriundo da decomposição do lodo contido nos despejos;
• odores variados, de produtos podres como de repolho, peixe, legumes; de fezes; de produtos
rançosos; de acordo coma predominância de produtos sulfurosos, nitrogenados, ácidos
orgânicos, etc.
2.3.8 Microrganismos
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Segundo Nuvolari (2003), as bactérias na sua grande maioria são unicelulares procariontes se
reproduzem por divisão celular, possuem tamanho de 0,5 a 1, são filamentosas e sua absorção
de nutrientes se da pela membrana celular.
Segundo o último autor, os fungos sob certas condições aparecem, mas, são indesejáveis e a
maioria é filamentosa. É estritamente aeróbio o que permite seu controle por anaerobiose
temporária.
A maior parte do esgoto gerado tem como destino final um corpo d’água. O lançamento
destes efluentes em quantidades superiores à capacidade de assimilação do corpo receptor,
gerando a poluição das águas, pode acarretar além de danos ao meio ambiente, prejuízos à
saúde pública. No que se refere a questão da preservação do meio ambiente, o lançamento de
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Dentre as principais doenças relacionadas às fezes e, portanto, aos esgotos, estão a disenteria
bacilar, a cólera, a leptospirose, a salmonelose, a febre tifoide, a disenteria amebiana, a
giardíase, a hepatite, a gastroenterite e a poliomielite. (BENENSON, 1985)
Von Sperling (1996) cita que os aspectos importantes na seleção de sistemas de tratamento de
esgotos são: eficiência, confiabilidade, disposição do lodo, requisitos de área, impactos
ambientais, custos de operação, custos de implantação, sustentabilidade e simplicidade. Cada
sistema deve ser analisado individualmente, adotando-se a melhor alternativa técnica e
econômica.
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O tratamento de esgoto é usualmente classificado através dos seguintes níveis, segundo Von
Sperling (1996):
3 METODOLOGIA
As entrevistas com profissionais responsáveis pela ETE na empresa modelo serão decisivas
para o norteamento da pesquisa. Com o auxílio dos mesmos será possível ter ampla ideia e
referência em relação à aplicação e reaproveitamento de água.
Durante visita à empresa modelo que já faz uso constante de águas provenientes de ETEs será
possível elaborar novas estratégias para o uso das águas da ETE com base na Norma
12209/92.
4 CRONOGRAMA
Resultados e discussões
MATERIAIS E MÉTODOS
Uma alternativa criativa para o problema pode ser o reuso da água estação de tratamento de
esgoto, mostrado na no projeto em anexo, que utiliza materiais baratos e um sistema simples
para o reaproveitamento da água da E.T.E no vaso sanitário. O projeto consiste de um
reservatório terrestre para receber a água tratada da estação de tratamento, uma peneira com
sistema de filtro de areia para retirar a sujeira da água, uma bomba centrifuga de água de
¼CV, Bivolt que eleva a água para o reservatório superior e este por sua vez interligado ao
vaso sanitário.
O projeto tem como objetivo proporcionar uma economia de cerca de 30% no consumo, uma
vez que, conforme a o projeto em anexo, boa parte da água tratada (aproximadamente
27,28m³) pode ser utilizada no vaso sanitário.
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SAVING = R$24.688,00
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Conclusão
5 REFERÊNCIAS
MELLO, Edson José Rezende de. Tratamento de esgoto sanitário, avaliação da estação de
tratamento de esgoto do bairro Novo Horizonte na cidade de Araguari – MG. Disponível
em: <http://pt.scribd.com/doc/91747323/23/Processos-de-tratamento-de-esgoto>. Acesso em:
15 de setembro de 2012.
PAULINO, Márcio Cesar. Avaliação da eficiência global e dos reatores UASB da ETE
Monjolinho – São Carlos – SP. Disponível em:
<http://pt.scribd.com/doc/76508097/3/Definicao-de-esgoto>. Acesso em: 15 de setembro de
2012.
SOUZA, Luís César da Cruz de. Alternativa paralela para o tratamento de esgoto no
município de ijuí/rs: estudo de caso, campus da unijuí - ijuí/rs. Disponível em:
<http://www.projetos.unijui.edu.br/petegc/wp-content/uploads/2010/03/TCC-Lu%C3%ADs-
C%C3%A9sar-da-Cruz-de-Souza.pdf>. Acesso em: 15 de setembro de 2012.