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PRÉ – PROJECTO

SISTEMA DE MONITORAMENTO DO CONSUMO DE ÁGUA


EM UMA RESIDÊNCIA

Autores: António Gomes Augusto


Felisberto Francisco Senga
Licenciatura: Engenharia Industrial e sistemas elétricos
Cadeira: Seminario I

Luanda, 2024
PRÉ – PROJECTO

SISTEMA DE MONITORAMENTO DO CONSUMO DE ÁGUA


EM UMA RESIDÊNCIA
ÍNDICE GERAL

INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 1
IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA ........................................................................................ 1
OBJECTIVOS DO ESTUDO ..................................................................................................... 2
Objectivo Geral........................................................................................................................... 2
Objectivos Específicos ............................................................................................................... 2
HIPÓTESES ............................................................................................................................... 2
IMPORTÂNCIA DO ESTUDO ................................................................................................. 2
DELIMITAÇÃO DO ESTUDO ................................................................................................. 3
DEFINIÇÃO DE CONCEITOS ................................................................................................. 3
CAPÍTULO I - FUNDAMENTAÇÃO TÉCNICO/CIENTÍFICA ............................................. 4
1.1 CONCEITOS GERAIS E CONTEXTO .............................................................................. 5
1.1.1 Água .................................................................................................................................. 5
1.1.2 Internet das Coisas ............................................................................................................. 6
1.1.3 Medidores de consumo de água......................................................................................... 8
1.1.4. Medidor tipo turbina ......................................................................................................... 8
1.2 COMPONENTES UTILIZADOS PARA O DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA DE
MONITORAMENTO ................................................................................................................ 9
1.2.1 Microcontroladores ............................................................................................................ 9
1.2.2 Plataforma – Arduino UNO............................................................................................... 9
Figura 1 - Arduino Uno ............................................................................................................ 11
1.2.3 Programação .................................................................................................................... 11
1.2.4 Sensor de Fluxo de Água ................................................................................................. 12
Figura 2: Sensor de Fluxo de água ¾, ...................................................................................... 12
1.2.5 Comunicação SPI ............................................................................................................ 12
CAPÍTULO II – METODOLOGIA DO ESTUDO .................................................................. 13
2.1 MODO DE INVESTIGAÇÃO ........................................................................................... 14
2.2 VARIÁVEIS ....................................................................................................................... 14
2.2.1 Variável Dependente ....................................................................................................... 14
2.2.2 Variável Independente ..................................................................................................... 14
2.3 POPULAÇÃO E AMOSTRA ............................................................................................ 14
2.4 INSTRUMENTO DE INVESTIGAÇÃO .......................................................................... 14
2.5 PROCESSAMENTO E TRATAMENTO DE DADOS ..................................................... 15
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................... 16
INTRODUÇÃO

Angola, uma nação marcada pela diversidade geográfica e pelas complexidades


ambientais, enfrenta desafios significativos na gestão de seus recursos naturais. Entre esses
desafios, destaca-se a necessidade premente de otimizar o uso da água, um recurso essencial
para a vida cotidiana e o desenvolvimento sustentável.

O contexto angolano apresenta uma dinâmica única, exigindo abordagens específicas


para otimizar o uso desse recurso precioso. Nesse cenário, a Engenharia Industrial e sistemas
elétricos assume um papel fundamental, promovendo soluções inovadoras por meio do
desenvolvimento de sistemas avançados de monitoramento.

Este estudo se propõe a investigar de maneira aprofundada o "Sistema de


Monitoramento do Consumo de Água em Residências Angolanas". Em um momento em que a
conscientização sobre a escassez de recursos hídricos se torna imperativa, a implementação de
tecnologias inteligentes de monitoramento ganha destaque como ferramenta essencial para
promover o uso sustentável da água.

IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA

A água é um recurso natural essencial para a vida. Sua escassez traz consequências para
toda a sociedade. O consumo excessivo de água em residências é um desafio crescente, com
potenciais impactos ambientais e financeiros. Identificar as razões por trás desse consumo
elevado é crucial para a gestão eficiente dos recursos hídricos.

No entanto, em países tropicais como o nosso (Angola), o aumento no consumo de água


em residências é um desafio que enfrentamos. Compreender a origem desse aumento é crucial
para desenvolver estratégias eficazes de conservação. Tal aumento de consumo verificado
muitas vezes é resultado de práticas inadequadas, falta de conscientização sobre a importância
da conservação ou até mesmo vazamentos despercebidos.

Foi tendo em vista esses diferentes factores e tendo em perspectiva a gestão eficiente
dos recursos hídricos que procuramos responder a seguinte questão:

De que forma a implementação de um sistema de monitoramento do consumo de água


em uma residência pode contribuir para uma melhor utilização dos recursos hídricos?

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OBJECTIVOS DO ESTUDO

Objectivo Geral

Desenvolver um sistema de monitoramento do consumo de água em uma residência

Objectivos Específicos

 Oferecer a população uma tecnologia de racionalização para a água


 Reduzir os custos operacionais e melhorar a prestação de serviços à comunidade.
 Descrever os dados de consumo armazenados no sistema de captação em um display,

HIPÓTESES

1. A falta de consciência sobre práticas eficientes de uso da água pode contribuir para o
aumento do consumo.

2. Comportamentos cotidianos, como deixar torneiras abertas desnecessariamente,


podem ser um fator significativo no consumo excessivo.

IMPORTÂNCIA DO ESTUDO

A justificativa deste estudo fundamenta-se na contínua busca de práticas, ferramentas e


métodos que ajudem a monitorar em tempo real de forma eficiente o uso dos recursos hídricos
nos consumidores. Esta melhoria pode trazer inúmeras vantagens para consumidores.

Além de representar uma ameaça ao equilíbrio ambiental, o aumento do consumo de


água em residências acarreta custos financeiros substanciais para os consumidores. A
compreensão aprofundada desse problema é crucial para orientar práticas mais sustentáveis,
reduzir despesas individuais e contribuir significativamente para a conservação global dos
recursos hídricos, promovendo uma coexistência mais equilibrada entre as necessidades
humanas e a preservação ambiental.

A conservação dos recursos hídricos é essencial para mitigar a escassez em muitas


regiões. Além disso, a redução do consumo beneficia diretamente os consumidores, diminuindo
custos associados às contas de água. Em última instância, contribuir para a sustentabilidade
ambiental é um objetivo fundamental do estudo.

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DELIMITAÇÃO DO ESTUDO

O estudo se concentrará especificamente no contexto residencial, analisando o consumo


de água em domicílios. Fatores externos, como políticas governamentais ou questões
industriais, não serão abordados neste escopo, permitindo uma análise mais focada e aplicável
ao ambiente doméstico.

DEFINIÇÃO DE CONCEITOS

Sistema de monitoramento
“Um Sistema de Monitoramento refere-se a uma estrutura organizada e integrada de
componentes, tecnologias e processos projetados para coletar, analisar e interpretar dados
específicos em tempo real”. (Lemos, 2011, p. 23)

Consumo

“Consumo é o acto de utilizar um produto ou serviço para satisfazer uma necessidade


pessoal ou de um grupo”. (Bezerra, 2022, p. 1)

Água

“A água é um recurso natural abundante no planeta, essencial para a existência e


sobrevivência das diferentes formas de vida”. (Baptista, 2020, p. 1)

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CAPÍTULO I - FUNDAMENTAÇÃO TÉCNICO/CIENTÍFICA

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1.1 CONCEITOS GERAIS E CONTEXTO

Atendendo a natureza da nossa pesquisa, achei conveniente contextualizar os dados


referente a água no mundo, como é sua distribuição e seu consumo, os principais problemas
enfrentados com a escassez de água e conceito de Internet das Coisas que foi utilizado para
auxiliar na criação de uma solução para amenizar o desperdício de água, demostrando o seu
consumo para o usuário.

Tendo em vista que o conceito de internet das coisas é sutilmente desconhecido por
alguns mesmo os que fazem uso dela, conclui que deveria ser um aspecto a ter em atenção no
inicio da minha fundamentação para que a posterior possa ser fácil de perceber os demais
conceitos.

1.1.1 Água

A água encontrada na natureza é essencial para a vida no nosso planeta, mas o volume
de água potável para o consumo está se tornando cada vez mais escasso. O crescimento
populacional desordenado e o desperdício de água são os fatores que mais influenciam no
consumo de água das cidades. (May, 2009).

De acordo com Alves (2015, p. 19):

Cerca de três quartos da superfície do planeta Terra é ocupada por água, mas deste total
apenas 3% são de água doce, mas 80% desta água se encontra congelada nas calotas polares
do Oceano Ártico, na Antártida e em lençóis subterrâneos profundos. Então somente 20%
da água doce do planeta se encontra disponível para consumo humano.
Segundo os autores acima mencionados, percebe-se que apenas temos acesso a uma
pequena quantidade de agua disponível, mesmo que a ¾ da agua cobre a superfície da Terra,
assim, realçasse a relevância deste elemento tão precioso e necessário pra nós.

Segundo Fernandes (2007) cit. por Alves (2015) umas das principais fontes de consumo
de água nas grandes cidades são as residências que podem atingir até 50% do consumo total de
água potável disponível na cidade. Uma redução significativa desse consumo (de 30% até 40%)
pode ser atingido nas residências através de técnicas racionalizadoras, como por exemplo 21
utilizar equipamentos que auxiliam na redução de consumo e a utilização de fontes alternativas,
como águas de chuva ou água de reuso.

(...) em 2012, 40% da população do planeta já sofria as consequências da falta de água.


Além do aumento da sede no mundo, a falta de recursos hídricos já tem graves implicações

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econômicas e políticas para os países. Em países menos desenvolvidos, a situação é mais
dramática, falta acesso a água potável e saneamento para a maioria dos cidadãos. Só o
tempo perdido por uma pessoa para conseguir água de mínima qualidade pode chegar a 2
horas por dia em várias partes da África. Um estudo desenvolvido na escola de negócios
Cass Business School, ligada à City University, de Londres, indica que um aumento de
10% no número de pessoas com acesso a água potável nos países do Bric (Brasil, Rússia,
Índia e China) conseguiriam elevar o crescimento do PIB per capita do bloco em cerca de
1,6% ao ano. Segundo este estudo o avanço econômico depende da disponibilidade de
níveis elevados de água potável (Segala, 2012, p. 15).
No paragrafo acima, o autor traz em evidencia as consequências da falta de água,
trazendo-nos a dura realidade de que embora temos a agua amplamente distribuída pelo planeta
ainda há a dificuldade de distribuição entre as populações a nível mundial.

1.1.2 Internet das Coisas

A Internet das Coisas (IoT) é um conceito de que objetos em nossa volta sejam
conectados entre si e à Internet, permitindo a criação de uma grande rede de comunicação entre
os objetos e humanos. (Alves, 2015)

“O conceito de IoT possui suas origens antes mesmo da Internet, estando relacionado
à tecnologia RFID (Radio Frequency Identification - identificação por radiofrequência), que
tem suas raízes nos sistemas de radares usados durante a segunda guerra mundial”. (Maciel.
et. al. 2020, p. 4)

Ao analisar as palavras dos autores supracitados, podemos perceber que a internet das
coisas é um conceito que fala sobre a capacidade de objetos serem inteligentes e interagirem
entre si, criando assim uma rede de comunicação.

A Internet das Coisas (IoT) veio para estabelecer uma relação entre os objetos e os
humanos. Através da IoT, é possível haver uma comunicação entre o mundo físico e o virtual,
onde pode se realizar transmissão de dados, processos e redes de pessoas, conforme abordado
por (Dornelas & Oliveira, 2017).

No artigo de Dornelas e Oliveira (2017), foi apresentado um protótipo. Nele, foi


desenvolvido um sistema de monitoramento de consumo de água utilizando o próprio Arduino
com um sensor de fluxo, mas a plataforma de comunicação para acompanhamento em tempo
real do consumo foi desenvolvida utilizando se um Raspberry Py e um rádio nRF24L01+, que
fazem a coleta dos dados e enviam para o software desenvolvido em KNoT, onde o usuário
possui acesso em tempo real às informações.

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Em outra aplicação semelhante,Oliveira, Santos e Rodrigues (2014) utilizou um Arduino
Mega 2560, um sensor de pressão MPX5010dp e um módulo bluetooth RS 232 HC-05 para
monitorar o nível de água de uma caixa. O sensor de pressão é responsável pela leitura dos
dados e envio ao Arduino. No programa do microcontrolador, um software foi
desenvolvido para fazer a leitura da pressão recebida e por meio de cálculos transformá-la
em volume de água. Esse volume é enviado para um aplicativo desenvolvido em plataforma
Android, através da conexão do dispositivo com o módulo Bluetooth, que está interligado
ao controlador. (Garibalde, 2021, p. 20)
Acima, encontramos o exemplo de um projecto de sistema de monitoramento que
demonstra como a internet das coisas existe e funciona, sendo que os autores do projecto acima
tiveram como plataforma o Arduino.

A Internet das coisas utiliza-se de objetos inteligentes que, por definição, são
componentes munidos de um elemento sensor e outro atuador, responsáveis pela interação com
o mundo físico, um pequeno microprocessador, que transforma os dados capturados dos
sensores, um dispositivo de comunicação que envia e recebe informações de outros
dispositivos, e uma fonte de alimentação, comumente uma bateria, que fornece a energia
elétrica necessária para o objeto realizar o seu trabalho (Vasseur & Dunkels, 2010).

As “coisas” ou objetos farão uso de interfaces na forma de serviços que possibilitem as


interações com a Internet, consultar e modificar seus estados ou qualquer informação
relacionados aos mesmos, considerando questões de segurança e privacidade. Prevê-se
também que os objetos serão integrantes ativos do mundo dos negócios, dos processos
informacionais e sociais nos quais serão capazes de interagir e comunicar-se entre si e com
o ambiente por meio da troca de dados e informações coletadas sobre o mesmo, à medida
que reagem de modo autônomo aos eventos do mundo físico/real provocam processos que
desencadeiam ações e geram serviços com ou sem intervenção humana direta.
O trecho aborda a integração cada vez mais profunda de objetos e dispositivos no
ambiente digital, destacando a transição para um cenário em que esses "objetos" farão uso de
interfaces, na forma de serviços, para interagir com a Internet. Essas interações permitirão que
os objetos consultem e modifiquem seus estados, além de acessar informações relacionadas a
eles. A ênfase é colocada nas considerações de segurança e privacidade, indicando a
necessidade de garantir proteção adequada durante essas interações.

As aplicações IoT vão muito além da comunicação máquina a máquina (M2MMachine


to Machine), pois são conceitos com significados diferentes. Em M2M, a comunicação acontece
entre dispositivos do mesmo tipo, geralmente fazendo uso de tecnologias proprietárias. São
feitos para resolver um problema específico e atender a uma única aplicação também específica.
Por isso são utilizados diversos sistemas para diversas aplicações, o que torna as soluções M2M
silos verticalizados. (Höller et al., 2014)

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A relevância da Internet das Coisas prende-se com o fato de o objeto não estar apenas
relacionado com o indivíduo, estando também ligado a outros objetos ao seu redor,
tornando-se assim, participante ativo, partilhando informação com outros membros da sua
rede ou com quaisquer outros agentes, tendo a capacidade de detectar e identificar
alterações no ambiente que o rodeia podendo reagir de forma autônoma a estas alterações
- Torna-se um Smart Object (Mota et al, 2013, p. 21).
A capacidade do objeto de detectar e identificar alterações no ambiente ao seu redor é
ressaltada como um aspecto significativo. Essa capacidade permite que o objeto reaja
autonomamente a essas alterações, tornando-se o que é comumente chamado de "Smart Object"
(Objeto Inteligente). Em outras palavras, o objeto não é apenas um dispositivo passivo, mas
pode agir de forma autônoma com base nas informações que coleta do ambiente.

Com base nessas informações, este trabalho apresenta um sistema que se enquadra no
conceito de Internet das Coisas. Ele é uma solução de monitoramento de consumo de água
residencial, capaz de captar os dados de consumo de água em diversos pontos consumidores de
água da residência, enviando esses dados para a Internet e apresentando essas informações para
o usuário através de gráficos visíveis em computadores, proporcionando um melhor controle
do consumo de água ao usuário.

1.1.3 Medidores de consumo de água

Medidores de consumo de água são equipamentos utilizados para calcular a vazão de


água dentro de um cano. Numerosos dispositivos têm sido inventados ou adaptados para realizar
este propósito. Eles podem ser divididos entre aqueles que empregam meios de medidas diretos
“quantitativos” e aqueles que são indiretos, que são chamados de medidores de “taxa”. (Alves,
2015)

Os medidores quantitativos medem o volume de líquido que passa pelo cano, já os


medidores de taxa consistem em dois componentes, a parte primária está em contato com o
líquido e a parte secundária que converte a reação da parte primária em uma quantidade
mensurável. (Alves, 2015)

1.1.4. Medidor tipo turbina

Este tipo de medidor consiste em uma hélice montada dentro de um tubo, que é girada
quando passa líquido entre ela.

O fluxo de água movimenta a hélice, que tem materiais magnéticos. Um sensor envia um
pulso quando ela gira completamente, cuja frequência é proporcional à velocidade do
líquido. Os pulsos podem ser contados e totalizados por um circuito e o resultado dado
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diretamente em unidade de vazão. A precisão, em geral, é boa. Este tipo é apropriado para
líquidos de baixa viscosidade como a água. (Alves, 2015, p. 27)
Esse tipo de medidor de vazão é adequado para líquidos como a água e opera com base
no movimento de uma hélice magnética. A medição é realizada contando pulsos gerados pelo
movimento da hélice, e a precisão é considerada boa, proporcionando uma maneira eficaz de
medir a vazão de líquidos de baixa viscosidade.

1.2 COMPONENTES UTILIZADOS PARA O


DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA DE
MONITORAMENTO

1.2.1 Microcontroladores

Desenvolvidos por diversos fabricantes e famílias diferentes, os microcontroladores são


muito utilizados na área da eletrônica. Os microcontroladores são chips contendo núcleo de
processamento, memórias RAM, ROM e FLASH, periféricos de I/O, conversores de sinal e
geradores de clock. Embora se pareçam muito com microcomputadores, possuem limitações
em relação a eles, com memórias e frequências de clock menores, por exemplo. (Garibalde,
2021)

Os microcontroladores são amplamente utilizados em aplicações de controle e


monitoramento de processos, desenvolvimento de pequenos robôs e automação em geral.
A escolha do chip ideal para uma aplicação qualquer, se da através de uma análise das suas
características construtivas, preço agregado e disponibilidade no mercado, haja visto a
grande variedade de famílias de placas de desenvolvimento existentes, como Arduino, ESP
e PIC, as mais utilizadas em aplicações de pequena escala eletrônica. (Garibalde, 2021,p.
20)
O texto destaca a versatilidade dos microcontroladores em várias aplicações e sublinha
a importância de considerar características construtivas, preço e disponibilidade ao escolher um
microcontrolador específico. Além disso, menciona algumas das famílias de placas de
desenvolvimento mais populares, indicando sua prevalência em projetos de pequena escala
eletrônica.

1.2.2 Plataforma – Arduino UNO

A plataforma Arduino teve seu início no Interaction Design Institute na cidade de Ivrea,
na Itália, em 2005, quando o professor, Massimo Banzi procurava um meio fácil e barato para
ensinar eletrônica e programação para os seus alunos de Design. Ele discutiu a ideia com David

9
Guartielles, que era um pesquisador visitante da Universidade de Mälmo, na Suécia, que estava
procurando uma solução semelhante. Após conversa, eles decidiram criar a sua própria placa.
David Guartielles desenhou a placa e um aluno de Massimo, David Mellis, programou o
software necessário para executar a placa (Martin, et. al., 2013)

Em termos práticos, um Arduino é um pequeno computador que você pode programar para
processar entradas e saídas entre o dispositivo e os componentes externos conectados a ele.
O Arduino é o que chamamos de plataforma de computação física ou embarcada, ou seja,
um sistema que pode interagir com seu ambiente por meio de hardware e software
(Mcroberts, 2011,cit. por Alves, 2015, p. 29).
Com o Arduino é possível automatizar e desenvolver novos equipamentos ou melhorar
alguns já existentes. Nele podem ser acoplados vários tipos de sensores e componentes
eletrônicos. Grande parte destes materiais são disponibilizados em módulos, que são pequenas
placas que contém o sensor desejado e outros componentes que auxiliam no seu funcionamento.
Existem diferentes versões de placa Arduino.

Contando com uma interface livre e programável por computador, o Arduino é Capítulo 2.
Revisão Teórica 21 uma placa baseada no ATmega328, um microcontrolador de arquitetura
RISC AVR da Atmel, com ótimo desempenho e eficiente para compiladores (PéREZ,
2019). O Arduino Uno possui catorze pinos de entrada e saída digital, sendo seis podendo
ser utilizados como saídas PWM e dois podendo ser utilizados como interrupção, contém
6 entradas analógicas, um cristal de quartzo de 16 MHz e um conector USB, utilizado na
comunicação com o computador para a programação e gravação dos códigos na placa
(Garibalde, 2021, p. 21)
O autor supracitado fornece uma visão geral das especificações e características do
Arduino Uno, incluindo detalhes sobre seu microcontrolador, capacidades de entrada/saída,
entradas analógicas, frequência de operação e a presença de um conector USB para
programação. Essas informações são úteis para aqueles que desejam entender as capacidades
dessa placa para projetos de eletrônica e automação.

O Arduino Uno é um microcontrolador muito utilizado na eletrônica. Possuidor de uma


IDE simples para desenvolvimento de software, modelada na linguagem de programação
“Wiring”, baseada nas linguagens C e C++, basta conectar a placa ao computador e apertar o
botão carregar que o código é transmitido para o compilador do microcontrolador. Além do
fácil desenvolvimento de software, o Arduino Uno possui baixo valor de mercado, é
desenvolvido em uma pequena dimensão, se comunica com diversos componentes de
monitoramento físico e possui os periféricos bem identificados e de fácil conexão, (Souza,
2013).

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Figura 1 - Arduino Uno

Fonte: (Arduino, 2015, p. 35)

A placa Arduino Uno tem como uma de suas principais características o uso de um
micro controlador baseado no micro controlador ATmega328, que dispõe de 14 pinos digitais
de entrada e saída, dos quais 6 podem ser utilizados como entradas e saídas analógicas. Ela
conta com 32 KB de memória flash, 2 KB de SRAM, 1 KB de EEPROM e sua velocidade de
clock é de 16 MHz. Sua tensão operacional de trabalho é de 5V, mas a mesma pode ser
alimentada com até 12V. Para alimentação desta placa no projeto será utilizado uma fonte de
5V (Arduino, 2015)

1.2.3 Programação

O Arduino possui uma IDE (Ambiente Integrado de Desenvolvimento) própria,


mostrada na Figura 10, que precisa ser baixado e instalado no computador, com seu ambiente
de programação. Ela é composta por um editor, um compilador, um carregador de códigos e
um monitor serial. Para o desenvolvimento de uma aplicação para Arduino é utilizada a
linguagem C/C++ e a biblioteca Wiring, que é um framework de programação open source para
micro controlador (Arduino, 2015).

Micro controlador é um circuito integrado, composto por um microprocessador e


dispositivos essenciais para o seu funcionamento, como memória e interfaces de entrada e
saída. Sua principal utilização é em sistemas embarcados, nestes sistemas o micro
controlador é programado para cumprir determinadas funções (Alves, 2015, p. 33).
O texto acima oferece uma breve explicação sobre o que é um microcontrolador,
destacando sua composição, principal aplicação em sistemas embarcados e a capacidade de ser
programado para cumprir funções específicas. Esses dispositivos desempenham um papel

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crucial em uma variedade de aplicações, desde eletrodomésticos até automóveis e sistemas
industriais.

As funcionalidades do Arduino também podem ser extensíveis com o uso de bibliotecas,


podendo o programador importá-las, criá-las ou usar as que vêm com a IDE padrão. O site
oficial disponibiliza uma lista completa das bibliotecas criadas para o Arduino (Arduino, 2015).

1.2.4 Sensor de Fluxo de Água

Segundo Rocha et al (2014), conforme o fluxo de água passa pelo sensor, ele movimenta
as pás do rotor e este sensor detecta através de um sensor de efeito hall quando o rotor girou
completamente e manda um pulso elétrico de 5V no cabo de saída do sensor. Quando maior a
velocidade em que a água passa pelo sensor, maior é a velocidade que o rotor gira.

Concernente aos sensores, temos como exemplo Sensor de Fluxo de água ¾,


representado na figura 2, este modelo de sensor foi apresents um bom custo-benefício, 37
devido ao seu baixo custo em relação aos outros existentes no mercado. Sua margem de erros
é de aproximadamente 3%. É possível definir a quantidade de água que passou pelo cano,
através da quantidade de voltas que o rotor executou em um determinado tempo (Alves, 2015)

Figura 2: Sensor de Fluxo de água ¾,

Fonte: (Alves, 2015, p. 36)

1.2.5 Comunicação SPI

Para a comunicação dos Arduinos com o módulo de comunicação sem fio, será utilizado
a comunicação SPI. Segundo Filho e Barbosa (2012), cit. por Alves (2015), “SPI, ou Serial
Peripheral Interface bus, é um padrão de comunicação serial síncrono criado pela Motorola que
opera em full-duplex - o que implica que a comunicação pode ser feita em duas direções”.

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CAPÍTULO II – METODOLOGIA DO ESTUDO

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2.1 MODO DE INVESTIGAÇÃO

O modo de investigação adotado neste trabalho prático de Engenharia de Eletricidade


baseia-se em uma abordagem mista, combinando métodos quantitativos e qualitativos. Será
realizado um levantamento detalhado do sistema de monitoramento do consumo de água em
uma residência, integrando análises estatísticas e observações práticas para obter uma
compreensão abrangente do desempenho e eficácia do sistema.

2.2 VARIÁVEIS

2.2.1 Variável Dependente

A variável dependente neste estudo é o consumo de água em uma residência. Serão


analisados dados relacionados ao volume de água utilizado ao longo de um período específico,
considerando diferentes condições e cenários.

2.2.2 Variável Independente

A variável independente é o sistema de monitoramento do consumo de água


implementado na residência. Este sistema incorpora tecnologias de medição, sensores e
dispositivos eletrônicos para registrar e analisar o consumo de água.

2.3 POPULAÇÃO E AMOSTRA

A população deste estudo consiste em residências que implementam sistemas de


monitoramento de consumo de água. A amostra será selecionada de forma representativa,
considerando diferentes localidades, tamanhos de residências e perfis de consumo, garantindo
a diversidade necessária para uma análise abrangente.

2.4 INSTRUMENTO DE INVESTIGAÇÃO

O instrumento principal de coleta de dados será um conjunto de sensores de fluxo de


água conectados ao sistema de monitoramento. Além disso, questionários estruturados serão
aplicados aos moradores para obter informações sobre comportamentos relacionados ao
consumo de água e percepções sobre o sistema.

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2.5 PROCESSAMENTO E TRATAMENTO DE DADOS

Os dados coletados serão processados e analisados utilizando técnicas estatísticas, como


médias, desvios padrão e análise de variância. Ferramentas de software especializado serão
empregadas para garantir a precisão e confiabilidade dos resultados. A apresentação dos dados
seguirá as diretrizes da norma APA (American Psychological Association) para formatação e
citação em trabalhos acadêmicos, garantindo consistência e rigor metodológico.

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REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Alves, R. (2015). Solução de monitoramento de consumo de água residencial. Marília, SP:


Centro Universitário Eurípides De Marília – UNIVEM

Arduino. (2015). Arduino Board Pro Mini (Online). Disponível em: http://www.arduino.cc/e
n/Main/ArduinoBoardUno . Acessado em: 04/01/2024

Baptista, C. (2020) Água. Toda-Matéria. Disponível em:https://www.todamateria.com.br/


consumo/. Acesso em: 04/01/2024

Bezerra, J. (2022) Consumo. Toda-Matéria. Disponível em:https://www.todamateria.com.br/


consumo/ Acesso em: 04/01/2024

Garibalde, H. (2021). Automatização E Monitoramento De Sistema De Abastecimento De


Água. Ouro Preto: Universidade Federal de Ouro Preto – UFOP

Höller, J., et. al.. (2014). M2M to IoT – An Architectural Overview. In A. Press (Ed.), From
Machine-To-Machine to the Internet of Things Disponível em: https://doi.org/10.1016/b97 8-
0-12-407684-6.00004-8. Acesso em: 04/01/2024

Lemos II, D. (2011). Tecnologia da informação / Dalton Luiz Lemos II. – 2. ed. Florianópolis
: Publicações do IF-SC.

Maciel, K. et. al. (2020). Protótipo de aplicação doméstica para o monitoramento de sistemas
de distribuição de água baseado em internet das coisas. Brasil: Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia do Ceará

Mota, C. et. al. (2013).. Internet das coisas– Smart Objects. Seminário de Sistemas e Tecnologia
de Informação. Universidade Atlântica. Barcarena, Portugal.

Vasseur, J. & Dunkels, A. (2010). Interconnecting Smart Objects with IP: The Next Internet.
In Morgan Kaufmann. Elsevier. Disponível em: https://doi.org/10.1016/B978-0-12-375165-
2.00022- 3 Acesso em: 04/01/2024

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