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As Infecções sexualmente transmissíveis, ou IST`s como são vulgarmente designadas,

são infeções que passam de umas pessoas para as outras durante as relações sexuais.
São provocadas por bactérias, vírus e parasitas que estão no sangue, sémen e outros líquidos
corporais ou à superfície, na pele e mucosas da zona genital.
As IST mais conhecidas 
COMO SE TRANSMITEM?
São transmitidas durante as relações sexuais, quando fazes sexo vaginal, anal ou oral.
Algumas, como o herpes genital e o HPV, também se transmitem por contacto pele com pele
(sem penetração ou “sexo completo”).
A transmissão é facilitada se não usares preservativo e se tiveres vários parceiros
sexuais ao longo do tempo, mesmo que sejas fiel e tenhas apenas um/a parceiro/a de cada vez.
Também é mais fácil contraíres uma IST, por exemplo VIH, se já tiveres outra, por exemplo
sífilis.
QUEM PODE SER INFETADO/A POR UMA IST?
Qualquer pessoa sexualmente activa, seja homem ou mulher, pode ser infetada por
uma ou mais IST`s. A transmissão dá-se do homem para a mulher e da mulher para o homem.
Podes ficar infetado/a com uma IST se tiveres relações sexuais com alguém que esteja
infetado.
Quem tem um único parceiro sexual, ao longo de toda a vida, poderá ficar com uma
IST se esse parceiro tiver relações sexuais com outra(s) pessoa(s) e se infetar.
AS IST`S SÃO FREQUENTES?
Sim, as infecções sexualmente transmissíveis são frequentes e constituem um
problema de saúde pública, pelas doenças que provocam e pelas complicações que podem
ocasionar.
A organização mundial de saúde (OMS) calcula que no mundo, em cada ano, mais de
250 milhões de pessoas adquirem uma nova IST. Nos Estados Unidos são infetadas
anualmente cerca de 20 milhões de pessoas e destas cerca de metade têm entre 15 e 24 anos.
Os/as jovens têm risco elevado de contrair infeções sexualmente transmissíveis por
várias razões:
Devido à imaturidade do seu corpo, têm maior suscetibilidade para adquirir IST`s,
sobretudo as mulheres jovens.

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Muitos têm dificuldade em aceder aos serviços de saúde, em expor as suas queixas ou
dúvidas aos/às técnicos/as de saúde, ou mesmo no pagamento das taxas moderadoras para a
realização das análises recomendados.
Alguns têm vários parceiros/as sexuais e muitos/as não usam o preservativo
COMO SE MANIFESTAM AS IST NA MULHER E NO HOMEM?
Habitualmente as infeções sexualmente transmissíveis não dão queixas durante meses
ou mesmo anos, e as pessoas ignoram que estão infetadas e sentem-se saudáveis. Mas podem
transmitir as infeções aos/às seus/suas parceiros/as sexuais.
Quando há sintomas, estes podem aparecer logo após o contacto sexual, ou levar
semanas a meses a surgir. Por vezes os sintomas desaparecem mesmo sem qualquer
tratamento, mas a infeção permanece no organismo (não há cura).
ALGUNS SINAIS E SINTOMAS DE IST`S:
 Corrimento anormal da vagina, pénis ou ânus;
 Ardor ou dor ao urinar;
 Feridas, bolhas ou outras lesões na área genital e/ou anal;
 Comichão ou irritação na área genital e/ou;
 Dor na parte inferior do abdómen ou durante a relação sexual.
O QUE PODEM CAUSAR?
Algumas destas infeções, se não forem tratadas a tempo, podem provocar doenças ou
complicações graves: cancro do colo do útero, do pénis ou do ânus, doença inflamatória
pélvica (DIP), infertilidade, orquite (doença dos testículos), epididimite (doença do
epidídimo).
Nas mulheres grávidas, algumas IST`s podem passar para o feto e provocar
malformações graves, aborto, parto prematuro ou doença no recém-nascido.
O diagnóstico e tratamento no início da infeção são fundamentais, para a cura sem
complicações.

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COMO SE TRATAM AS IST?
As infecções sexualmente transmissíveis não se curam sem tratamento, por isso, deves
procurar a ajuda do/a teu/tua médico/a de família, uma consulta de IST ou de um centro de
rastreio se pensas que estás infetado/a. As análises para o diagnóstico ou rastreio das IST`s
são fáceis, seguras e confidenciais.
À excepção do herpes genital, das verrugas genitais (ou condilomas) e da infeção pelo
VIH (vírus da SIDA), a maioria das IST`s é facilmente curada com injeções ou comprimidos,
O herpes deve ser tratado para reduzir a frequência e duração dos surtos, mas não tem cura.
As verrugas podem ser removidas, embora o vírus responsável pela doença possa permanecer
na pele ou nas mucosas muito tempo. O VIH tem tratamento que controla a infeção, impede a
evolução para formas graves da doença (SIDA) e diminui a transmissão aos/às parceiros/as,
mas não tem cura.
QUE DEVO FAZER SE TIVER UMA IST?
Procura o/a médico/a, faz as análises que ele/a recomendar e completa os tratamentos
indicados, pois a infeção pode permanecer, mesmo que os sintomas desapareçam, se não
completares o tratamento.
Evita as relações sexuais enquanto estiveres a fazer o tratamento, para não transmitires
a infeção e não te infetares de novo.
Informa a(s) pessoa(s) com as quais tiveste sexo de que podem estar infetadas e que devem ir
ao médico e fazer análises, mesmo que se sintam saudáveis e não tenham sintomas.
 
O QUE POSSO FAZER PARA TORNAR O SEXO MAIS SEGURO?
A forma mais segura de te protegeres é não ter sexo, seja vaginal, anal ou oral
(abstinência).
Só deves ter sexo quando decidires e deves dizer “não” se não queres fazê-lo. Deves
conversar com o/a teu/tua parceiro/a sobre o que podem ou não fazer durante as práticas
sexuais, de forma a sentirem-se ambos confortáveis e seguros.
Se tiveram parceiros sexuais anteriores devem fazer as análises de rastreio das IST`s
antes de iniciar qualquer contacto sexual (sexo vaginal, anal ou oral).
Devem obter previamente preservativos e aprenderem a colocá-los e retirá-los
corretamente.

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O preservativo (masculino ou feminino) ou o dental dam (barra de latex), devem ser
usados sempre que tiverem sexo (vaginal, anal ou oral), do princípio ao fim do contacto e
devem colocar um preservativo novo se tiverem novo contacto.
Os casais heterossexuais devem ter cuidados adicionais para prevenir uma eventual
gravidez, escolhendo e utilizando de forma correta e consistente um método contraceptivo,
associado ao uso de preservativo.
Ambos/as os/as parceiros/as devem manter-se monogâmicos, sem contactos sexuais
com outras pessoas que podem ser fonte de contágio de uma infeção sexualmente
transmissível.
Devem evitar o consumo de álcool e outras drogas que podem induzir
comportamentos de risco (não recurso ao preservativo, sexo com outros/as parceiros/as).
Certifica-te de que fizeste as vacinas disponíveis, que te protegem de algumas IST`s – a
vacina contra o HPV e as vacinas das Hepatites.
 
O QUE DEVES SABER SOBRE O PRESERVATIVO EXTERNO
(MASCULINO)?
Utiliza o preservativo sempre que tiveres relações sexuais, logo no início, antes de
qualquer contacto.
Para o sexo oral usa os preservativos mais finos.
Para o sexo anal usa sempre os mais fortes.
Em cada novo contacto sexual usa um novo preservativo.
Coloca o preservativo com o pénis em erecção, certifica-te de que não ficou ar na parte
terminal e, no final, retira-o com cuidado, dá um nó e deite-a no lixo.
Abre a embalagem com cuidado, não utilizes as unhas, os dentes ou objectos cortantes.
Utiliza lubrificantes de base aquosa (à venda nas farmácias). A vaselina e os produtos
oleosos podem danificar o látex dos preservativos, retirando-lhes eficácia.
Guarda os preservativos num locai seco e fresco, não exposto ao sol.
Tem atenção ao prazo de validade, inscrito na embalagem.  
Revisão cientifica dos conteudos:  Dra Irene Santo
Data da revisão: Fevereiro de 2020

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