Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Lubrificação em si, quer dizer menos esforço, menor atrito, menos desgaste
(Tribologia), enfim, diminuição no consumo de energia.
Aqui veremos como este ato é possível a partir dos diversos meios de executá-lo.
Copo com agulha ou vareta (óleo) - há uma agulha cônica normalmente metálica
que fica instalada com folga em uma sede. Esta agulha toca o eixo e este, ao girar,
provoca uma vibração na agulha que então libera o óleo, por gravidade, presente no
depósito acima. A regulagem possível, mas complexa, está no ajuste da folga entre
a agulha e a sede: quanto maior a folga, mais lubrificante passará pelo espaço no
mesmo tempo. Para esta regulagem, sede, agulha ou ambos, devem ser
substituídos.
Figura 39. Copo com agulha ou vareta
Por Colar (óleo) - neste dispositivo, um colar é posto fixo em volta do munhão, no
eixo. Este girando, arrasta o colar que assim carrega o óleo, continuamente,
existente num reservatório para o mancal. Esta condição é possível devido ao atrito
do lubrificante com o colar.
Figura 41. Mancal lubrificado por colar
5.1.3 AUTOMATIZADOS
Nos sistemas automatizados, desde os mais simples aos mais sofisticados sistemas
de lubrificação centralizados, os custos se elevam e o homem passa a ser mais
exigido em seu conhecimento técnico. As ferramentas e equipamentos, muitos de
controle digital, exigem treinamento e pessoal especializado. A lubrificação
automatizada pode ser de dois tipos:
Com reaproveitamento de lubrificante – circulatório.
Sem reaproveitamento de lubrificante - perda total.
Um Sistema Circulatório simples consiste em um circuito fechado contendo um
reservatório onde o óleo é recolhido e armazenado, uma bomba que o faz circular
sob pressão em condutos que o leva aos pontos de lubrificação. Motores,
compressores e máquinas industriais usam este sistema. A manutenção está no
controle do nível e no funcionamento da bomba.
Figura 44. Sistema Circulatório Figura 45. Sistema de Lubrificação Forçado com bomba
A principal característica do sistema tipo Linha Simples está nos seus dosadores que
são volumétricos e a cada acionamento (da bomba) enviam uma quantidade precisa
de lubrificante que pode ser óleo ou graxa fluída. Quando a bomba é acionada, a
pressão da linha principal é transmitida para todas as válvulas, provocando a
movimentação dos pistões (A) no sentido dos mancais, os quais injetam o seu
volume deslocado sob pressão da bomba. Essa, por sua vez, possui um mecanismo
de alivio ajustado para uma pressão teoricamente suficiente para vencer a contra
pressão de todos os pontos.
Figura 51. Dosadores para Sistema paralelo – linha simples (Soned)
Condições Operacionais
Temperaturas Máximas Faixas de Viscosidade SSU a 100°F
Rotação Pressão
(rpm) (Kgf/cm2)
60°C 900 / 960
Até 50 Até 15
100°C 4300 / 4600
60°C 600 / 650
50 – 200 Até 15
100°C 2200 / 2500
60°C 250 / 350
200 – 2000 Até 15
100°C 1600 / 1800
60°C 140 / 200
2000 - 5000 Até 15
100°C 900 / 960
60°C 55 / 65
> 5000 Até 15
100°C 250 / 350
60°C 1600 / 1800
Até 50 15 - 80
100°C 4300 / 4600
60°C 900 / 9600
50 – 200 15 - 80
100°C 3600 / 4000
60°C 600 / 650
200 - 800 15 - 80
100°C 2200 / 2500
Rotações baixas e
Qualquer Cálcio 1
temperaturas até 60°C
bomba, copo ou 1 ou
Temperaturas de – 30°C a 180°C Múltipla aplicação
engraxadeira manual. 2
5.3.2.2 A Graxa
Apesar dos mancais de rolamento poderem ser lubrificados a óleo, as graxas são as
mais utilizadas na maioria das aplicações por possuir algumas vantagens sobre o
óleo. Ela é retida mais facilmente no rolamento, particularmente em eixos inclinados
ou verticais e também contribui para vedação contra contaminantes, umidade e
água.
Um cuidado importante com a lubrificação desse tipo de mancal é o excesso de
lubrificante, pois este causará um rápido aumento na temperatura de trabalho,
particularmente nas altas temperaturas.
Algumas recomendações:
Do not switch from one brand / grade of grease to another without
checking if the greases can be mixed;
To avoid contamination use only grease guns with replaceable cartridges;
Clean the grease nipple before applying the grease gun;
Keep supply pipes to lubrication points as short as possible. Fill the pipes
with grease as part of the mounting operation. Make sure that the supply pipes
are not broken from the vibration;
Make sure that the grease gun delivers the requested quantity of grease to
the bearings. The rate of grease discharged from the grease gun can vary
between brands and also deteriorate between applications;
Relubricate bearings when they are rotating, never relubricate during
standstill. Wait until the machine has reached its operating temperature
before relubricating the bearing. To improve the corrosion protection, it is
recommended to relubricate the bearing just before the machine is to be shut
down.
Para um funcionamento correto do mancal, é importante determinar a quantidade (%
do espaço livre) de graxa a ser usada na sua lubrificação. Para isso, podemos
utilizar o método a seguir:
Dado o diâmetro externo (D) e o diâmetro interno (d) do rolamento – tomado em
milímetro (mm) e a velocidade de sua rotação de trabalho (n) – tomada em rptaçoes
por minuto (rpm), podemos calcular o “Fator Velocidade” (n x d m) dado por
dD
Fator _ Velocidade n
2
Uma vez encontrado o “Fator de Velocidade”, encontra-se a quantidade (%) de graxa a
ser utilizada, observando a tabela abaixo.
Velocidade n x dm % de preenchimento
Baixa Velocidade < 2000.000 90% a 100%
Média Velocidade 300.000 – 500.000 30%
Alta Velocidade > 600.000 15%
Outra forma de avaliar a quantidade de graxa a utilizar e por massa, dado pela
equação abaixo, lembrando que o percentual de preenchimento deve ser respeitado.
Q = D x B x 0,005
Onde: Q = quantidade de graxa (em gramas)
D = diâmetro externo do rolamento (em mm)
B = largura do rolamento (mm)
Observações:
As graxas de cálcio podem ser usadas para rolamentos que funcionem
sob temperaturas moderadas (máximo 60°C) e rotações baixas.
As graxas de sódio são adequadas para rolamentos que operem sob
condições isentas de umidade.
5.4 DE ENGRENAGENS
5.4.1 Características das engrenagens
Os dentes de engrenagens operam em três condições de lubrificação: plena, mista e
limite. A lubrificação limite geralmente ocorre durante o período de partida e parada
do equipamento. As propriedades químicas do lubrificante (aditivo EP) é importante
para prevenir arrastamento de material devido ao contato metálico.
Se as engrenagens operam continuamente sob condição de lubrificação limite,
desgastes severos irão ocorrer, afetando drasticamente sua vida útil. Neste caso,
aditivos especiais ou lubrificantes de alto desempenho pode ser uma solução.
Solução definitiva só poderá ocorrer com a eliminação da sobre-carga ou
dimensionamento de outro sistema de engrenagens.
Com o aumento da velocidade, as engrenagens trabalham na condição mista - as
irregularidades superficiais se tocam porque o filme lubrificante não é
suficientemente espesso; o atrito é alto e desgastes severos e rápidos também
podem ocorrer.