Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ENGENHARIA CIVIL
MANAUS-AM
2020
FRANCISCO QUITÉRIO ANDRADE PICANÇO
MANAUS-AM
2020
FRANCISCO QUITÉRIO ANDRADE PICANÇO
Effluent treatment has gained a new bias with water scarcity, intensified by the
concern shown by major global organizations regarding sustainability and the
environment, so that several standards and guidelines have been established, in
order to prioritize and standardize water treatment and sanitation in countries around
the globe. Thus, in addition to the requirements to meet the patterns of effluent
release in aquatic bodies (increasingly restrictive), it has also been invested in
treatment technologies targeting the practices of on-site reuse or marketing of reuse
water. In this sense, among the technologies widely disseminated and already
consolidated in the country, are highlighted septic tanks and biological filters, being
the filters filled with filling material, those that have gained the most space in the
application in the treatment of domestic sewers centralized and individual, because
of their advantages its numerous advantages. In fact, the anaerobic filter has
received great emphasis, still, because of its ability to retain the solids and to recover
from qualitative and quantitative overloads, giving high operational safety to the
system and greater stability to the effluent, producing little sludge, simple operation
and low cost. In view of the above, the present study aimed to evaluate the efficiency
of an anaerobic filter model, where its filter medium was made from the fillet of the
PET bottle, designed for an Effluent Treatment Station (ETE), located in the city of
Manaus, aiming to demonstrate the advantages of using anaerobic treatment for the
treatment of effluents, by collecting aqueous tributary analysis data in the field, and
verify that the samples of the output and entry of the effluent found in the ETE are
within the normality standards standardized by the National Council of the
Environment (CONAMA), together with the bibliographic research, to consubstantiate
the results found.
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 11
2 REFERENCIAL TEÓRICO..................................................................................... 14
2.1 GESTÃO AMBIENTAL E SANEAMENTO BÁSICO............................................................. 14
2.1.1 Saneamento básico e esgoto sanitário no Brasil .............................................. 15
2.1.1.1 Principais definições acerca de saneamento básico ..................................... 20
2.1.1.2 Esgotamento sanitário ................................................................................... 22
2.2 ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO (ETE) .......................................................... 23
2.2.1 Processos envolvidos em uma ETE ................................................................. 26
2.3 TRATAMENTO ANAERÓBIO ....................................................................................... 30
2.3.1 Filtro anaeróbio: características e propriedades ............................................... 34
2.3.2 Normas técnicas e resoluções voltadas para a construção de um filtro
anaeróbio .................................................................................................................. 36
2.3.2.1 NBR 13969/1997 ........................................................................................... 36
2.3.2.2 Resolução Nº 430/2011 ................................................................................. 39
2.3.3 Gerenciamento do lodo gerado no filtro anaeróbio .......................................... 41
2.3.4 A utilização de materiais alternativos como meio suporte de filtros anaeróbios
.................................................................................................................................. 44
2.4 ETE DO COMANDO MILITAR DA AMAZÔNIA ............................................................... 45
3 OBJETIVOS ........................................................................................................... 49
3.1 OBJETIVO GERAL ................................................................................................... 49
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ........................................................................................ 49
4 MATERIAIS E MÉTODOS ..................................................................................... 50
4.1 ÁREA DE ESTUDO ................................................................................................... 50
4.2 COLETA E ANÁLISE DE DADOS .................................................................................. 50
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................. 54
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 59
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 61
8 ANEXO................................................................................................................... 63
11
1 INTRODUÇÃO
2 REFERENCIAL TEÓRICO
controle e com total desrespeito com um bem tão precioso: o meio ambiente. A
preocupação está voltada para a acumulação e o crescimento econômico sem levar
em consideração o modo que este está sendo feito. Um exemplo é o aumento da
geração de resíduos sólidos típico do mundo atual e do processo capitalista no qual
estamos inseridos. Neste processo capitalista, o consumo é incentivado como forma
de fomentar o desenvolvimento econômico (PEREIRA & CURI, 2012).
Dessa forma, seria possível fazer com que cada ser humano soubesse da
responsabilidade que tem pelo meio em que vive, passando de agente passivo, que
só observa o que acontece ao seu redor, para agente ativo, contribuindo para a
preservação do meio ambiente (PEREIRA & CURI, 2012).
Segundo Tucci (2013), são duas as principais motivações para o tratamento
de efluentes, são elas: a preservação do meio ambiente e a proteção à saúde
pública, sendo, os efluentes industriais e os esgotos domésticos, os principais
responsáveis pela redução do oxigênio em corpos hídricos, aporte na contribuição
de sólidos, nutrientes e micro-organismos patogênicos.
A implantação de uma ETE em uma organização para o tratamento de seus
efluentes é extremamente importante e requer o conhecimento de todo o sistema de
tratamento de efluentes e o que integra uma rede de lançamentos de resíduos, a fim
de proporcionar uma gestão eficaz e eficiente.
Verifica-se, assim, que a região Norte, que possui uma densidade de apenas
4,12 habitantes para cada quilômetro quadrado, concentra quase 70% de todos os
recursos hídricos disponíveis no Brasil. A maior parte desses recursos encontra-se
nos rios da Bacia do Amazonas e, principalmente, no Aquífero Alter do Chão,
exclusivo dessa região e com um volume de água superior ao Aquífero Guarani, que
se distribui entre as demais áreas (exceto o Nordeste).
O Nordeste, em contrapartida, com uma densidade de 34,15 pessoas para
cada quilômetro quadrado, ao passo em que detém apenas 3,3% de todos os
recursos hídricos do país, o que seria mais do que suficiente se houvesse políticas
públicas de combate à seca nessa área. Vale lembrar que apenas uma parte do
Nordeste – a região do Polígono das Secas – é que eventualmente sofre com a falta
d'água, e não a região nordestina como um todo.
A região Centro-Oeste apresenta um melhor equilíbrio, com uma densidade
demográfica média de 8,75 habitantes para cada quilômetro quadrado, e sua
população total representa pouco mais que 6% do total da população brasileira. A
região possui cerca de 15,7% dos recursos hídricos do país, relativamente bem
distribuídos em seu interior, embora o Pantanal mato-grossense detenha a maior
parte.
17
drenagem e manejo das águas pluviais urbanas, incluindo, ainda, a limpeza urbana
e o manejo dos resíduos sólidos.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), entende-se por
saneamento básico o manejo de todos os elementos do meio físico do homem, que
atuam ou podem atuar prejudicialmente afetando o bem-estar físico, social e mental
do meio em que se encontram. Pode-se entender o saneamento como um grupo de
ações socioeconômicas objetivando a salubridade ambiental, essa salubridade pode
ser definida como a condição normal no que se diz a respeito a vivência da
população, tanto na técnica de inibir e prevenir, quanto na tática de impedir a
incidência de epidemias e endemias associadas ao meio ambiente (RIBEIRO E
ROOKE, 2010).
Diante do exposto, é necessário que exista uma mudança paradigmática no
que concerne ao comportamento do ser humano diante da problemática ambiental
instaurada, como destaca Sorrentino (apud Pereira, 2012, p. 19), ao afirmar que “é
preciso despertar em cada indivíduo o sentimento de ‘pertencimento’, participação e
responsabilidade na busca de respostas locais e globais que a temática do
desenvolvimento sustentável nos propõe”.
O saneamento básico é fundamental para a qualidade de vida da população,
evita a contaminação dos recursos hídricos, a poluição visual, a proliferação de
doenças, e assim diminui índices importantes para o país como a mortalidade
infantil.
De acordo com dados do IBGE, de 2010, doenças relacionadas ao
saneamento básico ineficiente foram responsáveis, em média, por 13.449 óbitos por
ano ao longo do período de 2001 a 2009, 1,31% dos óbitos ocorridos no período.
Todos esses agravados levaram a uma despesa total de 2,141 bilhões de reais no
período de 2001 a 2009, ou seja, 2,84% do gasto total do SUS com consultas
médias e internações hospitalares”. (TEIXEIRA et al., 2014).
Segundo dados divulgados pela OMS, as doenças oriundas da falta
de saneamento básico são decorrentes tanto da quantidade como da qualidade das
águas de abastecimento, do afastamento e destinação adequada dos esgotos
sanitários, do afastamento e destinação adequada dos resíduos sólidos, da ausência
de uma drenagem adequada para as águas pluviais e, principalmente, pela falta de
uma educação sanitária.
22
Estações de Tratamento de Esgoto (ETE’s) são unidades onde o esgoto, após sair
das nossas residências e passar pela rede coletora por meio de um longo sistema
de tubos subterrâneos, é levado para ser tratado, podendo assim, ser devolvido ao
meio-ambiente e lançado em rios, lagos ou no mar. Tem como principal objetivo
reproduzir, em menor espaço de tempo, a capacidade dos cursos d’água de
decompor naturalmente a matéria orgânica. Os processos de tratamento do esgoto
podem ser físicos, químicos e biológicos.
24
ser tratado. Esta definição de tecnologia para remover a carga orgânica do efluente
é necessária para a caracterização físico-química desse efluente.
A caracterização é realizada através da análise de sólidos totais, temperatura,
cor, odor, turbidez, Demanda Química de Oxigênio (DQO), Demanda Bioquímica de
Oxigênio (DBO), Potencial Hidrogeniônico (pH), Oxigênio Dissolvido (OD), entre
outros de indicadores qualidade. Os parâmetros de qualidade indicam as
características dos esgotos ou dos corpos hídricos receptores. Os parâmetros
importantes no tratamento de efluentes são aqueles previstos nas exigências legais,
demanda de projeto, operação e análise de desempenho das ETE (JORDÃO &
PESSOA, 2011).
Conforme José Backes (2016), a cor e turbidez se referem principalmente ao
aspecto estético do esgoto. A presença de sólidos dissolvidos é indicativa da
condição de chegada dos esgotos e causa a cor no efluente que chega à ETE. Já a
turbidez se deve ao conteúdo de sólidos em suspensão, microrganismos e algas,
que conferem nebulosidade ao líquido.
A temperatura é de grande importância no tratamento de efluente, por
exemplo, em esgotos domésticos, é superior à das águas de abastecimento, e os
valores variam de acordo com as estações do ano. O pH também é outro parâmetro
importante no controle de ETE, principalmente em processos anaeróbios de
oxidação, pois em pH menor que 5,0 ocorre a inibição da velocidade de nitrificação
(SANT’ANNA JR., 2010).
Dependendo da característica do efluente a ser tratado, podem-se empregar
sistemas de tratamento por processos químicos, físicos ou biológicos. Os processos
físicos incluem o uso de tanques, caixas de areia, grades, peneiras, decantadores,
entre outros. Os processos biológicos empregam microrganismos para a redução da
carga orgânica do efluente. Em processos químicos, por exemplo, pode-se utilizar
hipoclorito de sódio, hidróxido de cálcio ou outros agentes químicos para a redução
e oxidação da matéria orgânica. Geralmente, processos biológicos aeróbios
englobam lodos ativados, filtro biológico, lagoas aeradas e processos anaeróbios
(GUIMARÃES & NOUR, 2001; VON SPERLING, 2005).
A partir desses fatores, observa-se a necessidade de uma ETE que funcione
de maneira correta, para que o efluente não acarrete problemas ambientais e
sociais, visto que a matéria orgânica presente nos efluentes pode ocasionar a
26
Além disso, ao passar por esse processo de tratamento de efluentes, a mistura dos
efluentes que será tratada nos processos seguintes fica condicionada e, finalmente,
os processos biológicos constituem o último passo no tratamento de efluentes.
Nesse processo, são reproduzidos fenômenos da natureza, para que a
matéria orgânica em suspensão seja dissolvida, ou para que essa matéria se
transforme em sólidos sedimentáveis, por exemplo. A diferença é que o tempo para
que esses processos aconteçam é menor que o tempo que a natureza leva, pois,
esses processos acontecem em ambientes controlados.
Em um sistema convencional de tratamento de esgoto, centralizado e de
grande porte, o processo de tratamento dos efluentes consiste no direcionamento de
todo o esgoto doméstico coletado para uma estação (ETE), podendo abranger até
quatro níveis de tratamento: preliminar, primário, secundário e terciário, conforme
mostra a Figura 1, incluindo-se as etapas físicas, químicas e biológicas.
O tratamento preliminar refere-se basicamente à remoção de sólidos
grosseiros, como pedaços de madeira, tecidos, areia, plástico, papel e cabelo. A
remoção ocorre por meio de grades e desarenadores. Depois de separados do
esgoto, esses sólidos devem ser dispostos de maneira adequada, devendo ser
direcionados preferencialmente a um aterro sanitário.
O tratamento primário tem como objetivo a remoção de sólidos sedimentáveis
por meio de decantadores. Esses sólidos que se acumulam no fundo dos
decantadores são denominados lodo primário e, depois de separados, são
direcionados para outras unidades de tratamento responsáveis pelo seu
adensamento, digestão biológica, secagem e disposição final adequada.
causar impacto ambiental e nem oferecer risco de contaminação das águas a serem
utilizadas pela população.
Cabe mencionar, ainda, que esses sistemas devem passar por manutenção
adequada e na frequência necessária, para que funcionem conforme o planejado e
possam produzir um esgoto tratado de boa qualidade. Em algumas situações, a
simples associação do Tanque Séptico ao Filtro Anaeróbio atenderia a quase todas
as exigências para o lançamento de esgotos tratados em corpos hídricos, faltando
apenas um polimento final para o aumento do oxigênio dissolvido (OD) até os níveis
mínimos que não prejudiquem o corpo hídrico receptor.
No caso de unidades menores, como comunidades isoladas e indústrias de
pequeno porte, principalmente do ramo de alimentos e bebidas, o tratamento
biológico, precedido do tratamento físico é uma das alternativas mais econômicas e
eficientes para a degradação da matéria orgânica de efluentes biodegradáveis.
Nesse processo ocorre a ação de agentes biológicos como bactérias, protozoários e
algas. Essa degradação pode ocorrer por meio do tratamento biológico aeróbio e
anaeróbio.
Assim, com mecanismos de remoção de ordem física, o tratamento preliminar
é composto basicamente por unidades de remoção de sólidos grosseiros, como
grades e peneiras; unidades de remoção de areia, como desarenadores; unidades
de medição da vazão, como calhas de dimensões padronizadas, vertedores e
tubulações fechadas. Como principais finalidades para remoção de sólidos
grosseiros estão a proteção aos dispositivos de transporte dos esgotos (bombas e
tubulações), proteção das unidades de tratamento subsequentes e proteção dos
corpos receptores. (VON SPERLING, 2014).
Em seguida, é realizado o tratamento secundário, de forma mais rápida e
controlada o que naturalmente ocorre em corpos receptores através da
autodepuração, consistindo na remoção da matéria orgânica, principal poluente em
sistemas hídricos por consumir oxigênio na sua degradação e ocasionar a
mortandade de animais, proliferação de algas e desequilíbrio ambiental. Para
realizar este processo é necessário que estes micro-organismos estejam em contato
com o material orgânico presente no esgoto que servirá como alimento para os
mesmos.
Os organismos presentes no esgoto variam de acordo com o processo de
tratamento. Em tratamentos aeróbios a presença de bactérias e protozoários é
30
é removido da fase líquida e deixa o reator na forma gasosa. Apenas uma pequena
parcela do material orgânico é convertida em biomassa microbiana (cerca de 5 a
15%), vindo a se constituir o lodo excedente do sistema.
Além da pequena quantidade produzida, o lodo excedente apresenta-se via
de regra mais concentrado e com melhores características de desidratação. O
material não convertido em biogás ou biomassa deixa o reator como material não
degradado (10 a 30%), (NUNES, 2012).
A Figura 2 possibilita uma visualização mais clara de algumas das vantagens
da digestão anaeróbia em relação ao tratamento aeróbio, notadamente no que se
refere à produção de gás metano e à baixíssima produção de sólidos.
Fonte: Internet
aquisição. (Ex: brita, seixo, conduíte picado, anéis de plástico, cacos de tijolos ou
telhas).
O material mais utilizado para enchimento de filtros anaeróbios no Brasil é a
pedra britada N° 4, que é um material muito pesado e relativamente caro, devido ao
custo da classificação granulométrica. Ademais, a brita N° 4 tem um índice de vazios
muito baixo, em torno de 50%, o que acarreta necessidade de maior volume do
reator e menor capacidade de acumular lodo ativo por unidade de volume.
Entretanto, no intuito de potencializar, ainda mais, seu caráter ecológico e
sustentável, alguns filtros anaeróbios já estão sendo preenchidos com materiais
alternativos, como bambu e cascas de coco, ou ainda, como é o caso do projeto
desenvolvido neste estudo, utilizando-se garrafas recicláveis.
Para tratamento de esgotos sanitários em regiões de clima quente, o uso de
sistemas totalmente anaeróbios, compostos com filtro anaeróbio antecedido de
decanto-digestor ou reator de manta de lodo, é perfeitamente viável, tanto do ponto
de vista tecnológico como do econômico, e pode propiciar efluentes com
concentrações médias de DBO abaixo de 60 mg/L e de sólidos suspensos abaixo de
20 mg/L, que facilita a desinfecção, com ótimo aspecto visual e sem problemas de
maus odores.
Portanto, estações de tratamento de esgotos totalmente anaeróbias, com o
filtro anaeróbio assegurando eficiência satisfatória na remoção de matéria orgânica e
sólidos suspensos, pode ser a solução viável para grande parte dos problemas
causados por esgotos sanitários no Brasil, pelo menos, como um passo importante
na busca da preservação do meio e da proteção da saúde pública.
O volume útil do leito filtrante (Vu), em litros, é obtido pela equação: V u = 1,6
NCT onde:
N é o número de contribuintes;
C é a contribuição de despejos, em litros x habitantes/ dia;
T é o tempo de detenção hidráulica, em dias
NOTA - O volume útil mínimo do leito filtrante deve ser de 1 000 L.
(ABNT, 1997)
confecção do filtro anaeróbio alvo deste estudo, foram utilizadas 2400 unidades de
garrafas PET, recortadas em filetes (Figura 5).
(a) (b)
Fonte: próprio autor
47
C D E
3 OBJETIVOS
4 MATERIAIS E MÉTODOS
o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito, dito ou filmado
sobre determinado assunto. (MARCONI; LAKATOS, 2010, p. 182)
A pesquisa qualitativa, por sua vez, tem o ambiente natural como fonte
direta de dados e o pesquisador como seu principal instrumento. Segundo
os autores, a pesquisa qualitativa supõe o contato direto e prolongado do
pesquisador com o ambiente e a 25 situação que está sendo investigada
geralmente, por meio do trabalho intensivo de campo. (OLIVEIRA, 2011, p.
16)
52
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Janeiro Março
Resolução Entrada da Saída da Entrada da Saída da
Parâmetros
CONAMA ETE ETE ETE ETE
pH 5,0 a 9,0 6,44 5,97 6,87 6,31
663 mg/L. Pt 42 mg/L. Pt 446 mg/L. Pt 30 mg/L. Pt
cor Sem Referência
Co Co Co Co
Temperatura Inferior à 40 °C 24,9 °C 28,6 °C 29,2 °C 31 °C
Turbidez (UH) Até 100 NTU 105 NTU 21,40 NTU 138 NTU 4,57 NTU
Fonte: elaborado pelo próprio autor.
resíduos sólidos captado correspondeu à 471 mg/L, dos quais 396 mg/L foram
retidos (84%), de modo que o percentual filtrado permaneceu, praticamente, o
mesmo, na cada dos 85%.
No que tange aos resíduos químicos, os principais elementos encontrados
foram: nitrato, nitrito, sulfato, fósforo, fosfato e nitrogênio amoniacal, conforme
demonstrado na Tabela 4, de modo que, referente à filtragem do nitrato, portanto,
em ambos os meses de coleta, a taxa permaneceu na casa dos 80%, sendo
79,69,31% para o mês de janeiro e 80,00% para o mês de março, ou seja, uma
diferença irrisória. Por outro lado, a eficiência da filtragem de nitritos, foi na ordem de
21,25%, em janeiro, subindo para 87% em março.
No entanto, o melhor índice encontrado, dentre os resíduos químicos filtrados,
foi no mês de março, relativo à filtragem de fósforo total, de 98%. Em contrapartida,
a filtragem do fosfato, em ambos os meses, esteve na faixa dos 71 e 72%,
respectivamente.
Em relação ao nitrogênio amoniacal, a eficiência do filtro anaeróbio da ETE se
mostrou excelente, filtrando 92% do material inicial, no mês de janeiro e, por sua
vez, 94%, no mês de março.
Por fim, no que diz respeito aos materiais flutuantes e coliformes totais, foram
analisados os volumes de óleos e graxas de origem animal e vegetal, além de
medidos os índices de DQO e OD, sendo obtidos os seguintes valores, referentes às
duas datas de coleta (Tabela 5):
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
não causar impacto ambiental junto ao meio hídrico receptor, conforme determina a
Resolução N° 430 do CONAMA, em seus artigos 16 e 21.
61
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
NBR 8160: Sistemas prediais de esgoto sanitário - Projeto e execução. Rio de Janeiro:
ABNT, 1999. 74 p.
ALMEIDA JUNIOR, Marcio Antônio Bezerra de; ALMEIDA, Rodrigo de Sousa; SILVA,
Genilson Oliveira Costa. Diagnóstico dos impactos ambientais provocados pelo
lançamento de esgotos no rio Piancó em Pombal-PB. Revista GeoSertões
(Unageo/CFP-UFCG). vol. 2, nº 3, jan./jun. 2017.
http://cidades.ibge.gov.br/xtras/perfil.php?lang=&codmun=251210&search=||infogr%
E1ficos :-informa%E7%F5es-completas. Acesso em: 12 de setembro de 2020.
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas,
2010.
8 ANEXO
Figura 9. Dados de Coleta e Análise da Qualidade Físico-química e Biológica do Efluente -
janeiro 2019 – Pagina 1 de 2.