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CURITIBA
2023
ANA PAULA CRISTINA DOS SANTOS OJEA
CURITIBA
2023
LISTA DE FIGURAS
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microorganismos patogênicos, atração de vetores e odor, precisa ser estabilizado
para a disposição final acontecer de forma segura e não causar impactos ao meio
ambiente, ou à saúde da população (JORDÃO E PESSÔA, 2014).
A digestão anaeróbia é um processo de estabilização biológica que ocorre por
meio da oxidação biológica do conteúdo volátil, no qual, microorganismos convertem
compostos orgânicos complexos, de elevado peso molecular, em produtos mais
simples, são eles matéria orgânica estabilizada, metano e gás carbônico (CAMPOS
et al.,1999).
Dentre as vantagens da digestão anaeróbia, estão a redução do volume dos
resíduos, a estabilização dos resíduos sólidos afluentes, o abatimento de
microorganismos patogênicos, e a possibilidade da utilização do subproduto sólido no
solo, para fins agrícolas ou recuperação de solos degradados (JORDÃO E PESSÔA,
2014). Também, o gás metano, componente do biogás, subproduto da digestão
anaeróbia, possui poder calorífico, o que possibilita a geração de energia a partir do
biogás. O metano tem o poder calorífico inferior de 35,9 MJ. Nm-3 e o do Biogás é de
21,5 MJ. Nm-3, aproximadamente 67% do poder calorífico inferior do gás natural
(SILVEIRA et al.,2015). De acordo com Andreoli et al. (2014), a produção de biogás é
estimada em 0,8 m³/kg de sólidos voláteis destruídos, e na composição típica do
biogás o percentual de metano está na faixa de 60 a 70%.
A codigestão de resíduos sólidos orgânicos para produção de biogás apresenta
vantagens em relação a digestão de um único substrato, como melhor rendimento do
biogás (SUKSONG et al., 2017). Com isto, a codigestão anaeróbia do lodo,
proveniente de estações de tratamento de esgoto, juntamente com resíduos
orgânicos, tem se apresentado como uma opção promissora para a estabilização do
lodo, o gerenciamento dos resíduos orgânicos, e fonte alternativa e renovável para
produção de energia. Diversos trabalhos abordam a digestão anaeróbia de resíduos
sólidos orgânicos, tais como lodo de esgotos, resíduos vegetais (Miki, 2017; Edwiges,
2017; Xu; Gong; Dai, 2020), estabelecendo relações entre concentração de sólidos,
fração volátil, composição química dos resíduos afluente aos digestores, eficiência da
digestão, produção, medição e composição do biogás.
O sistema de codigestão anaeróbia integrante da Usina, objeto do estudo, tem
como premissa o tratamento sustentável e ambientalmente correto de resíduos
orgânicos provenientes, tanto de estação de tratamento de esgotos, na forma de lodo
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sanitário, quanto de geradores comerciais e industriais na forma de resíduas
orgânicos sólidos ou líquidos. A Usina e a ETE estão localizadas em Curitiba, com isto
surgiu a oportunidade do trabalho conjunto, constituindo a busca da integração
Empresa – Escola. O início de operação se deu no ano 2019 e a o empreendimento
tem por finalidade a geração de energia a partir do biogás, através da conversão da
energia química para energia mecânica, pelo processo de combustão, ativando um
gerador para produzir energia elétrica.
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2. OBJETIVOS
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3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
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sólidos urbanos, resíduos industriais e lodos provenientes de estações de tratamento
de esgoto doméstico.
Os resíduos orgânicos apresentam um percentual de umidade superior a 50%,
leve acidez, pH próximo a 5,0, e relação C/N com variação de 20 a 30 (PROSAB,
2003).
Dados disponibilizados pelo PROSAB (2003) indicam a composição dos
resíduos sólidos urbanos de cinco cidades brasileiras diferentes, estes dados estão
dispostos na tabela 1 apresentada a seguir.
Tabela 1. Composição gravimétrica dos resíduos sólidos urbanos de algumas cidades brasileiras
Belo Campina
Cidade/ Vitória Caxias do Sul Porto
Horizonte Grande
Componente (ES) (RS) Alegre (RS)
(MG) (PB)
Matéria orgânica
65,4% 56,8% 53,1% 58,8% 41,9%
putrescível
Tabela 2. Caracterização físico-química da fração putrescível dos resíduos de cinco cidades brasileiras
Belo Campina
Cidade/ Vitória Caxias do Sul Porto
Horizonte Grande
Parâmetro (ES) (RS) Alegre (RS)
(MG) (PB)
pH Ácido 4,9 5,4 5,5 4,5
Umidade (%) 60,0 80,0 53,7 70,6 89,8
ST (%) - 20 46,3 29,4 10,2
STV (%) 75 a 80 69,0 47,2 72,4 -
COT (%) - 38,3 26,2 40,2 43,0
NTK (%) - 1,3 1,2 - 2,0
DQO (%) - 26,7 - - -
C/N - 29,4 21,8 - 21,5
Fonte: PROSAB, 2003.
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Edwiges (2017), em sua pesquisa sobre a biodigestão anaeróbia de resíduos
vegetais provenientes de central de abastecimento do paraná, realizou a
caracterização físico-química de resíduos de frutas e hortaliças, os resultados desta
caracterização estão apresentados na tabela 3.
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O tratamento preliminar tem por objetivo a remoção de sólidos grosseiros,
gorduras e areia. Estes são removidos no início no início da fase líquida de tratamento,
e os resíduos separados para disposição final (não misturados com lodo).
O lodo primário, é o lodo gerado em tanque séptico e decantador primário,
composto por sólidos sedimentáveis do esgoto bruto. O lodo biológico ou secundário,
é produzido na etapa biológica do tratamento, e consiste na própria biomassa gerada
por meio do esgoto afluente. Quando o lodo primário é enviado para tratamento a
jusante junto com o lodo secundário ele é denominado de lodo misto. Há ainda, em
sistemas que incorporam a etapa físico-química no processo de tratamento,
resultando assim no lodo químico (ANDREOLI, et al. 2014).
De acordo com Ferreira (2017) a composição típica dos lodos bruto e digerido
esta apresentada na tabela 4.
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Nitrogênio (N) (% ST) 1,5 - 4,0 2,5 1,6 - 6,0 3,0 2,4 - 5,0
Fósforo (P2O5 ) (% ST) 0,8 - 2,8 1,6 1,5 - 4,0 2,5 2,8 - 11,0
Potássio (K2O) (% ST) 0 - 1,0 0,4 0,0 - 3,0 1,0 0,5 - 0,7
Celulose (% ST) 8,0 - 15,0 10,0 8,0 - 15,0 10,0 -
Fonte: Metcalf e Eddy (1991)
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Figura 1. Grupos microbianos e rotas metabólicas da digestão anaeróbia.
Fonte: (adaptado de CHERNICHARO, 2007).
No primeiro estágio ocorre a hidrólise, conversão de compostos orgânicos
complexos (carboidratos, proteínas e lipídeos) em compostos orgânicos mais simples
(açucares, aminoácidos e ácidos graxos) a partir da digestão realizada por bactérias
hidrolíticas fermentativas.
As bactérias facultativas anaeróbias, são responsáveis pelo segundo estágio,
a acidogênese, caracterizado pela conversão de compostos orgânicos mais simples
em compostos de menor massa molecular, como ácidos orgânicos, ácidos graxos
voláteis, etanol, gás carbônico, hidrogênio e amônia.
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O terceiro estágio, denominado acetogênese, é realizado por bactérias
sintróficas acetogênicas. Neste estágio ocorre a oxidação de compostos orgânicos
intermediários (propionato, butirato) em substrato (acetato, hidrogênio e dióxido de
carbono) próprio para os microorganismos metanogênicos.
O quarto estágio é efetuado por microorganismos metanogênicos, atualmente
classificados como Arqueas metanogênicas. Neste estágio ocorre a conversão do
acetato, 𝐻2 e 𝐶𝑂2 em metano 𝐶𝐻4 e 𝐶𝑂2.
As arqueas metanogênicas podem ser subdivididas em dois subgrupos em
função de sua fisiologia. O grupo de arqueas metanogênicas acetoclásticas realizam
a produção de 𝐶𝐻4 a partir do acetato, enquanto isto o grupo de arqueas
metanogênicas hidrogenotróficas realizam a produção de 𝐶𝐻4 a partir do 𝐻2 .
O processo de digestão anaeróbia pode compreender, ainda, a etapa de
redução de sulfetos (sulfetogênese), dependendo da presença e concentração de
sulfato na composição química do substrato. As bactérias sulforedutoras realizam o
metabolismo dissimilatório do sulfeto sob condições precisas de anaerobiose. Estas
bactérias são capazes de utilizar uma ampla gama de substratos como ácidos
orgânicos voláteis, hidrogênio, metanol, etanol, açucares, aminoácidos, e outros
compostos fenólicos.
Em relação as bactérias metanogênicas, as bactérias sulforedutoras são
agentes competidores de substrato, devido a capacidade de utilizar o acetato e o
hidrogênio em suas reações metabólicas, alterando assim as rotas metabólicas
anteriormente apresentadas (CHERNICHARO, 2007).
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3.3.2.1. PH
3.3.2.2. ALCALINIDADE
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3.3.3. CARACTERÍSTICAS DOS DIGESTORES ANAERÓBIOS
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O processo de digestão pode ser conduzido em um, dois ou mais estágios,
sendo o usualmente aplicado digestores anaeróbios de simples estágio (um estágio).
Em digestores de um estágio, todas as fases de digestão anaeróbia acontecem
simultaneamente em um mesmo digestor.
Nos digestores projetados para dois ou mais estágios as reações metabólicas
de hidrólise, acidogênese, acetogênese e metanogênese ocorrem em digestores
separados. Podem ser alcançados, nestes sistemas, níveis mais elevados de
degradação para menores tempos de detenção, otimizando assim, as etapas do
processo. Entretanto, os sistemas multi estágios demandam maior investimento
econômico e apresentam maior complexidade de manutenção e controle.
Em específico, nos sistemas de dois estágios, as etapas de hidrólise e
acidogênese acontecem separadas da metanogênese, apresentando assim, melhor
desempenho na etapa da metanogênese em relação ao sistema de simples estágio,
nos sistemas de um único estágio. (RODRIGUES, 2005).
Blank e Hoffmann (2011), realizaram o estudo de dois processos de digestão
anaeróbica, o primeiro compreendendo 2 estágios, e o segundo compreendendo
apenas 1 único estágio. Os resultados obtidos no processo estão apresentação na
tabela 11.
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Em digestores com aquecimento, o aquecimento pode ser realizado
internamente, por circulação de água em trocador de calor. A temperatura deve ser
monitorada para que a água não ultrapasse 54,4ºC, na qual podem ocorrer
incrustações do conteúdo digestor (BENICASA et al., 1991).
O formato dos digestores anaeróbios e sua configuração de operação, são
determinados em função da disponibilidade de área, a necessidade de manutenção
do regime de mistura, remoção de areia e escuma. Os formatos típicos mais aplicados
na construção dos digestores são o cilíndrico e ovalado, conforme apresentado na
figura 2 (ANDREOLI, et al. 2014).
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direção ao topo, movimento que promove a mistura do lodo e a quebra da
camada de escuma superior.
b) Recirculação de lodo: Bombas, colocadas externamente ao digestor, realizam
a sucção do lodo no fundo do digestor, direcionando-o para o topo, promovendo
com este movimento de massa a mistura do lodo.
c) Agitador Mecânico: Instalado no topo do digestor, de baixa rotação, pode ser
combinado com outro sistema de mistura.
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Ferreira (2017) indicou em seu estudo que a digestão anaeróbia do lodo,
quando combinada com cossubstratos orgânicos de alta concentração, como resíduos
alimentares, glicerol bruto (indústria do biodiesel) e resíduos agrícola, a digestão da
matéria orgânica e produção do biogás podem ser otimizadas, sem desencadear a
desestabilização do digestor.
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Os resultados obtidos na caracterização físico-química dos resíduos RFH,
para os parâmetros sólidos totais (ST), sólidos voláteis (SV), Carbono orgânico total
(COT), nitrogênio total (NTK), relação carbono nitrogênio (C/N), proteína (PT), lipídio
(LP), carboidratos totais (CT) e poder calorífico superior (PCS), estão apresentados
na tabela 12 a seguir:
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Tabela 13. Principais resultados dos estudos da codigestão de diferentes misturas binárias e
ternárias.
Remoção
Tipo de Produção de CH4 /
Referência Substrato de STV /
reator Biogás
DQO
Esterco suíno 35% CSTR
Abalde-Rodriguez et al. 640 mL CH4/g
+ resíduo de abate (TDH 21-33 --
(2016) STVaplicados
47% + glicerol 18% d)
Esterco
Batelada 432 mL
Amon et al. (2006) suíno+silagem de --
(TDH 45 d) CH4/gSTVaplicados
milho+glicerol
37%Resíduos de
Andriamanohiarisoamanana carne com osso Batelada 480 mL CH4/g
--
et al. (2017) +50% esterco suíno (35°C) STVaplicados
+ 13%glicerol
Batelada
Esterco suíno 80% STV: 78; 215 mL CH4/g
Astals et al. (2011) (35°C, TDH
+ glicerol 20% DQO: 62 DQOaplicada
30 d)
CSTR
Esterco suíno 96%
Astals et al. (2012) (TDH 20 d, STV: 62,3 5,44 L metano/d
+ glicerol 4%
36°C)
ILR contínuo
Esterco bovino 94% 590 mL CH4/g
Castrillón et al. (2013) (TDH 18 d, DQO: 88
+ glicerol 6% DOQremovida
55°C)
Lodo de esgoto CSTR
Grosser et al. (2017) 40% + gordura 30% (TDH 20 d, -- 13 L biogás/dia
+ FORSU 30% 37°C)
Batelada
Lodo + lixiviado de 176 mL CH4/g
Kim e Kang (2015) (TDH 40 d, --
RA + microalgas STVaplicados
35°C)
Esterco bovino 70% Batelada 268 mL CH4/g
Lehtomäki et al. (2007) STV: 43
+ silagem 30% (TDH 30 d) STVaplicados
UASB
Água residuária de
Ma et al. (2008) (TDH 20 h, DQO: 85 --
batata + glicerol
33 °C)
CSTR
Lodo 95% +
Maragkaki et al. (2016) (TDH 24 d, STV: 40% 185 L biogás/d
Glicerol Bruto 5%
35 °C)
Esterco bovino 70%
CSTR 603 mL CH4/g
Marañón et al. (2012) + RA 20% + lodo STV: 54
(36 °C) STVaplicados
esgoto 10%
50%Casca de
Batelada 385 mL CH4/g
Martín et al. (2013) laranja + --
(TDH 30 d) STVaplicados
50%glicerol
Esterco suíno 84%
CSTR
+ resíduo de peixe
Regueiro et al. (2012) (TDH 20 d, DQO: 78,5 0,55 L/L.d
5% + glicerol 11%
35 °C)
(m/m)
Esterco bovino 90% CSTR 825,7 mL biogás/g
Robra et al. (2010) --
+ glicerol 10% (37 °C) STVaplicados
Resíduo de
Batelada 121 mL CH4/g
Serrano et al. (2013) morango + resíduo STV: 87
(37 °C) STVaplicados
de peixe
Resíduos laticínios Batelada
234,7 mL CH4/g
Wang et al. (2012) + esterco de frango (TDH 30 d, STV: 62,3
STVaplicados
+ palha de milho 35 °C)
Fonte: Adaptado de FERREIRA, 2017.
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3.4. BIOGÁS
32
3.4.1. CARACTERÍSTICAS DO BIOGÁS
Figura 4. Composição típica de biogás em reatores anaeróbios tratando esgoto sanitário e digestores
de lodo
Fonte: SILVEIRA, 2015
33
O teor inferior de dióxido de carbono no biogás, preconiza sua maior parte
mantem-se no efluente como íons de carbonato (AGRAWAL, et al., 1997).
Pode acontecer o caso de o biogás conter siloxanos, produtos provenientes
da degradação anaeróbia de materiais frequentemente encontrados em cosméticos e
produtos de higiene. No processo de combustão do biogás é possível de ocorrer
depósitos compreendendo sílica, silicatos, cálcio, enxofre, zinco e fósforo. Estes
acarretam incrustações com vários milímetros de espessura, que devem ser
removidas com meios físicos, químicos ou mecânicos (CHERNICHARO, et al., 2008)
A quantidade de metano que compõe o biogás é um fator determinando do
seu potencial calorífico. O metano tem o poder calorífico inferior de 35,9 MJ. Nm-3 e
o do Biogás com 60% de metano é de 21,5 MJ. Nm-3, 67% do poder calorífico inferior
do gás natural (SILVEIRA, B.; et al.,2015)
A existência de substâncias não combustíveis no biogás, como gás carbônico
e água, dificulta a processo de queima, diminuindo sua eficiência energética, devido
ao fato de que estas substâncias absorvem parte da energia gerada. Desta forma,
conforme a maior concentração destas impurezas, menor o poder calorífico do biogás
(PECORA, 2006). Na figura 5 abaixo está representada em um gráfico a relação entre
o poder calorífico do biogás e a composição em volume percentual de metano neste
biogás.
Figura 5. Relação entre o poder calorífico do biogás e o volume percentual de metano que o compõe
Fonte: ALVES, 2000
34
3.4.2. PRODUÇÃO DO BIOGÁS
35
do substrato, o esgoto sanitário com carga orgânica em contato com a biomassa
(lodo).
No estágio da manta de lodo o efeito de floculação da biomassa favorece a
sedimentação e possibilita sua permanência no reator com elevado tempo de retenção
celular, para estabilização da biomassa formada.
Os produtos da degradação anaeróbia da matéria orgânica são: efluente
tratado, biogás, e biomassa gerada. No interior do reator a maior parte da biomassa
é retida devido a adesão nos flocos (pallets) e sedimentação. O restante da biomassa
pode seguir com o efluente, em conjunto com as bolhas de gás, até a seção superior
do UASB, local onde está situado o separador trifásico.
O compartimento de decantação encontra-se no entorno e acima do
separador trifásico, neste local a biomassa de maior peso é extraída do efluente
líquido e retomada ao compartimento de digestão. Na interface líquido-gás são
encontradas as bolhas que sobem da fase líquida, esta interface está locada no
interior do separador trifásico, neste local as bolhas se desprendem formando a fase
gasosa, o biogás.
O fluxo de saída do gás acontece por meio de tubulações, que conduzem o
biogás a um tratamento / aproveitamento (SILVEIRA, 2015).
Segundo Possetti el al. (2013) a produção do biogás nos reatores anaeróbios
segue um comportamento temporal variável, periódico e não-estacionário, o qual
depende criticamente das variações na vazão, e da concentração do esgoto no
decorrer do dia.
b) Produção do biogás em digestores anaeróbios de lodo
Posterior ao processo de tratamento da fase líquida, deve-se iniciar o
processo de tratamento da fase sólida, o tratamento do lodo. Este é realizado com o
objetivo de possibilitar o manuseio e destino do lodo. O processo de tratamento
bioquímico do lodo, assim como na fase líquida, também pode acontecer em função
da presença de oxigênio, por digestão anaeróbia ou digestão aeróbia.
A digestão anaeróbia, como tratamento do lodo proveniente do processo
líquido, resulta na estabilização da matéria orgânica, e substâncias instáveis
compreendidas no lodo fresco, a redução do volume de lodo, a partir dos fenômenos
de liquefação, adensamento e gaseificação, e com a remoção dos microorganismos
36
patogênicos, a possibilidade do uso e reaproveitamento do lodo para finalidades
agrícolas ou recuperação de solos degradados (JORDÃO e PESSÔA, 2014).
O processo de estabilização, realizado na digestão anaeróbia, oportuniza o
aproveitamento da energia bioquímica, convertida em biogás (SILVEIRA, 2015).
O gás produzido na digestão anaeróbia, é realizado a partir da produção
aproximada de 15 a 20 l/hab.d (lodo primário), e de 25 a 30 l/hab.d para lodo misto
(primário + secundário), referente ao lodo misto, a produção de gás é da ordem de 0,8
a 1,1 m³ por kg de SV removido, conforme a característica e configuração do digestor,
e principalmente e temperatura em que ocorre o processo (JORDÃO e PESSÔA,
2014).
A tabela 14, apresenta a composição aproximada característica do biogás
produzido no digestor:
Tabela 14. Composição aproximada do gás produzido por digestão anaeróbia de lodo.
Metano (CH4) 65 a 70 %
37
Figura 6. Típico balanço de massa de um digestor anaeróbio de lodo.
Fonte: Silveira, 2015.
Para o correto dimensionamento das plantas de aproveitamento de biogás, é
importante obter os volumes diários de produção deste biogás.
A fração de matéria orgânica biologicamente degradável e as demais
substâncias que compõe o esgoto (efluentes industriais, taxa de infiltração), interferem
na formação do lodo a ser digerido. Outros fatores são vazão do afluente, carga de
matéria orgânica, dimensões e distribuição em um ou mais reatores, sendo as
variáveis preponderantes volume e distribuição. É possível, muitas vezes, obter
resultados melhores a partir de reatores maiores (SILVEIRA, 2015).
3.4.3. INSTRUMENTAÇÃO
38
obstáculo posicionado no conduto pelo qual passará o fluido (ex. tubo Pitot, bocal,
placa de orifício, tubo Venturi). O Fluxo volumétrico médio é proporcional a frequência
de vórtices formados na região na qual está posicionado o obstáculo.
Os medidores de vazão, de forma geral, são compostos por dois elementos,
um elemento denominado primário, que está associado a própria tubulação, fator que
interfere no escoamento e promove a diferença de pressão, e um elemento
denominado secundário, o qual tem a função de medir a pressão diferencial.
O princípio dos medidores de vazão do tipo vórtice é a detecção, a partir de
sensores, das ondas formadas pelos vórtices, e a emissão de um sinal de frequência
correspondente a vazão.
Outro modelo utilizado para medir a vazão é o medidor de vazão por dispersão
térmica, que consiste em um conjunto de transmissor e sonda com sensores de
temperatura. A medida da temperatura é realizada por um dos medidores, enquanto
o outro é aquecido a uma temperatura superior à que foi medida. A velocidade do gás
é correspondente a quantidade de corrente elétrica (energia) necessária para manter
o sensor quente a uma temperatura constante, assim a partir da medida da energia
pode-se obter a velocidade do gás (Hernandez, 2021).
39
3.4.3.2. MEDIDOR DE QUALIDADE DO BIOGÁS
41
3.4.5. USO DO BIOGÁS COMO FONTE DE ENERGIA
43
4. MATERIAIS E MÉTODOS
44
Figura 9. Fluxograma do processo de tratamento original da ETE
Fonte: Aisse, 1985.
45
Desde a sua implantação a ETE passou por algumas mudanças, e, no ano de
2022, migrou do processo de lodos ativados com aeração prolongada, para o de lodos
ativados convencional.
No presente, a estação atende aproximadamente 1.300.000 (um milhão e
trezentos mil) habitantes, com vazão média de tratamento de 2.520 L/s, e eficiência
superior a 90% (noventa porcento) na remoção de DBO.
46
4.1.1. FLUXOGRAMA DE PROCESSO DE TRATAMENTO ATUAL DA
ETE
47
Figura 11. Fluxograma de processo - Estação de Tratamento de Esgoto – ETE Belém
Fonte: Autor
ORGÂNICOS
48
4.2.1. FLUXOGRAMA DE PROCESSO DA USINA DE BIODIGESTÃO
49
O digestato, efluente do tanque de pós digestão, é encaminhado ao segundo
sistema de desague, composto por prensa desaguadora. Após o segundo
desaguamento o digestato sai da prensa com um teor de sólidos de aproximadamente
20%. Após o desague o digestato é encaminhado ao sistema de secagem, composto
por secador tipo rotativo, após a secagem ele sai com o teor de sólidos na faixa de
80% a 90%.
Seco o digestato, já no caminhão, é pesado novamente em balança
rodoviária, e encaminhado para o uso em coprocessamento, realizado normalmente
em fábricas de cimento.
Todo o processo da usina é automatizado e controlado por uma central,
gerenciada pela equipe técnica de operação. A equipe acompanha o funcionamento
dos equipamentos, dados e informações pertinentes ao processo.
O fluxograma simplificado do processo da usina, está apresentado na figura
12 a seguir.
4.3. MÉTODOS
50
interferem diretamente no processo, será um dos elementos que subsidiarão a
avaliação do sistema de biodigestão e a identificação dos possíveis agentes inibidores
das etapas de digestão anaeróbia, principalmente da metanogênese, etapa da
responsável pela fração de metano no biogás.
Tabela 18. Tabela a ser preenchida com os dados selecionados para análise do lodo de ETE afluente
a usina de biodigestão
Descrição Unidade Lodo Primário Lodo Secundário
Vazão (Q) m³/dia - -
Sólidos Totais (ST) kg - -
Sólidos Voláteis Totais (SVT) kg - -
pH - - -
Nitrogênio (N) mg/L - -
Fósforo (P) mg/L - -
Carbono (C) mg/L - -
Enxofre (S) mg/L - -
51
Assim, para subsidiar a análise, serão utilizados os valores característicos
obtidos da literatura técnica.
ANAERÓBIOS
Tabela 19. Tabela a ser preenchida com os dados selecionados para análise dos resíduos afluentes a
usina de biodigestão
Dado Unidade Resíduos Orgânicos
Peso kg -
Umidade % -
Sólidos Voláteis Totais (SVT) kg -
52
pH - -
Nitrogênio (N) mg/L -
Fósforo (P) mg/L -
Carbono (C) mg/L -
Enxofre (S) mg/L -
ANAERÓBIOS
53
b) Lodo misto proveniente da ETE
O lodo de esgoto gerado na ETE vizinha, caracterizado como lodo misto, tem
sua vazão medida por medidores de vazão, posicionados na entrada da usina de
biodigestão. São registrados dados diários do volume de lodo encaminhado para a
usina de biodigestão.
c) Vazão e qualidade do biogás
O biogás produzido no processo de biodigestão, tem sua vazão medida antes
de adentrar o sistema de conversão de biogás em energia. O equipamento com função
de medir a vazão do biogás é o medidor tipo Vortex - Höntzsch (UVA-Ex-d -VA40-E-
10).
O levantamento da composição e qualidade do biogás é realizado quatro
vezes ao dia. O equipamento utilizado para o levantamento qualitativo do biogás é
medidor multigases - Sewerin (Multitec 560).
Figura 13. Gráfico de peso dos Sólidos Voláteis - Afluentes aos Biodigestores Anaeróbios
Fonte: Autor e Usina de Biodigestão (2022)
55
os dados característicos do processo de digestão anaeróbia apresentados na ABNT
NBR 12.209 (2011), e literaturas correlatas.
O cálculo da taxa de aplicação de sólidos voláteis (Txa) foi realizado a partir
da divisão do peso médio diário de sólidos voláteis (SV) afluente ao biodigestor pelo
volume útil do digestor, de acordo com a equação 01:
𝐒𝐕 (𝐤𝐠)
𝐓𝐱𝐚 = 𝐕𝐨𝐥𝐮𝐦𝐞 𝐝𝐨𝐬 𝐃𝐢𝐠𝐞𝐬𝐭𝐨𝐫𝐞𝐬 (𝐦𝟑 ) equação (01)
Sendo, a vazão:
𝐌
𝐐 = 𝟏𝟎𝐓𝐒 equação (03)
Em que:
56
𝐕𝐨𝐥𝐮𝐦𝐞 𝐝𝐞 𝐠á𝐬 𝐦𝐞𝐭𝐚𝐧𝐨 (𝐍𝐦𝟑 .𝐝)
𝐈𝐧𝐝𝐢𝐜𝐚𝐝𝐨𝐫 𝐝𝐞 𝐩𝐫𝐨𝐝𝐮çã𝐨 𝟎𝟏. 𝐛: equação (05)
𝐒𝐕 𝐝𝐞𝐬𝐭𝐫𝐮í𝐝𝐨 (𝐤𝐠)
ANAERÓBIOS
57
Serão coletados os dados quantitativos dos componentes afluentes aos
biodigestores, assim como dados do digestato e biogás efluentes do sistema de
digestão, durante o período de aproximadamente 5 meses.
Os resultados obtidos das taxas e índices de produção correspondentes ao
processo serão parametrizados com os dados apresentados na literatura e na norma
regulamentadora ABNT NBR 12.209 (2011).
A tabela 21 (a ser preenchida) contém a descrição dos dados que subsidiarão
a análise de desempenho do sistema de biodigestão, está apresentada na sequência.
58
Figura 14. Medidor de biogás Vortex - Höntzsch (UVA-Ex-d -40-E-10)
Fonte: Höentzsch,2023.
59
Tabela 22. Quadro de resultados de produção e composição do biogás a ser preenchido
Descrição Unidade Dado
Produção de Biogás (mínimo, médio, máximo) Nm³/d -
Produção de Gás 𝐶𝐻4 (mínimo, médio, máximo) Nm³/d -
Produção de Gás 𝐶𝑂2 (mínimo, médio, máximo) Nm³/d -
Produção de Gás 𝑂2 (mínimo, médio, máximo) Nm³/d -
Produção de Gás 𝐻2 𝑆 (mínimo, médio, máximo) Nm³/d -
BIOGÁS
60
Tabela 23. Quadro de indicadores de produção de energia a partir do biogás
Descrição Unidade Dado
Indicador de produção de energia a partir do biogás W/Nm³biogás -
Indicador de produção de energia a partir do gás 𝐶𝐻4 W/Nm³𝐶𝐻4 -
61
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
PRELIMINAR DO SISTEMA
Tabela 24. Resultados obtidos para taxas de aplicação e tempo de detenção hidráulica dos digestores
Descrição Unidade Dado
ST afluente (mínimo) kg/d 18.462,27
ST afluente (médio) kg/d 28.175,16
ST afluente (máximo) kg/d 38.517,82
SV afluente (mínimo) kg/d 13.794,43
SV afluente (médio) kg/d 20.198,81
SV afluente (máximo) kg/d 28.139,93
Volume efetivo (por digestor) m³ 5.080,00
Número de digestores und 2
Volume efetivo total m³ 10.160,00
Temperatura dos Digestores ºC 37
Taxa de aplicação (mínimo) kgSV/m³. d 1,36
Taxa de aplicação (médio) kgSV/m³. d 1,99
Taxa de aplicação (máximo) kgSV/m³. d 2,77
SV Destruídos na digestão (Aprox. 50%) kg/d 10.099,40
Tempo de Detenção Hidráulica (TDH) real Dias 19
Tempo de Detenção Hidráulica (TDH) Dias 21
calculado
Fonte: Autor, 2022
62
de alta taxa, pois se processa com taxa de aplicação de SV sobre o digestor na faixa
de 1,2 kg/m³. d e 4,8 kg/m³.d.
Atendendo também ao preconizado em norma para digestores de alta taxa,
os biodigestores deste estudo operam com misturador tipo hélice de agitação interna
O tempo de digestão praticado na rotina de operação da usina é de 19 dias,
este tempo atende o preconizado em norma, que determina para digestores
aquecidos, tempo de digestão maior ou igual (≥) a 18 dias. O tempo de digestão
equivalente calculado para o digestor foi de 21 dias, ficando muito próximo do
praticado na operação real do sistema.
Na tabela 25, a seguir, estão apresentados os resultados obtidos no cálculo
dos indicadores de produção de biogás e gás metano.
Tabela 25. Resultados obtidos para os indicadores de produção de biogás e gás metano
Descrição Unidade Dado
Produção de Biogás (mínimo) Nm³/d 1.971,00
Produção de Biogás (médio) Nm³/d 7.271,80
Produção de Biogás (máximo) Nm³/d 14.028,00
Produção de Gás 𝐶𝐻4 (mínimo) Nm³/d 1.196,08
Produção de Gás 𝑪𝑯𝟒 (médio) Nm³/d 4.312,31
Produção de Gás 𝐶𝐻4 (máximo) Nm³/d 8.346,66
Indicador 01.a de produção de biogás Nm³/kgSV.d 0,72
Indicador 01.b de produção de gás 𝑪𝑯𝟒
calculado Nm³/kgSV.d 0,43
Indicador
calculado 02.a de produção de biogás Nm³/ m³digestor 0,72
calculado 02.b de produção de gás 𝑪𝑯𝟒
Indicador Nm³/ m³digestor 0,42
Fonte: Autor, 2022
calculado
63
algum componente afluente que resulta em um fator de inibição da rota metanogênica
no processo bioquímico de digestão.
64
6. CRONOGRAMA DE TRABALHO
65
CRONOGRAMA DE TRABALHO 2021 2022 2023
V0
ANA PAULA CRISTINA S. OJEA 1º TRIM. 1º TRIM. 2º TRIM. 3º TRIM. 1º TRIM. 2º TRIM. 3º TRIM.
1 Disciplinas do programa 1 1 1
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0
1.1 Operações e processos de tratamento iii 1 1 1 1
1.2 Sistema de recursos hídricos 1 1 1 1
1.3 Seminários i 1 1 1 1
1.4 Química ambiental 1 1 1 1
1.5 Operações e processos de tratamento i 1 1 1 1
1.6 Operações e processos de tratamento ii 1 1 1 1
1.7 Seminários ii 1 1 1 1
1.8 Operações e processos de tratamento iv 1 1 1 1
1.9 Seminários iii 1 1 1 1
1.10 Matemática aplicada 1 1 1 1 1
2 Desenvolvimento do projeto 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0
2.1 Visitas locais 2 2 2 2
2.2 Coleta de dados (dados preliminares) 1 1 1 1
2.3 Revisão bibliográfica e metodologia 1 1 1 1 1 1 1 1
3 Artigo ABES 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0
3.1 Desenvolvimento 1 1 1 1 1
3.2 Submissão do resumo 2
3.3 Resultado 1
3.4 Envio da versão final 1
3.5 Apresentação no congresso 2
4 Defesa - qualificação 01 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0
4.1 Envio da versão para banca 1
4.2 Apresentação 2
4.3 Resultado da Quali 01, revisões 1
5 Coleta de dados e análises 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 1 0 0
5.1 Coleta de dados 1 1 1
5.2 Resultados 1 1
5.3 Análise e conclusões 1
6 Dissertação final 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 0
6.1 Revisão geral do trabalho 1
6.2 Defesa da dissertação 2
1 1 1 Realizado
1 1 1 Futuras atividades
66
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2011: ABNT NBR 12.209: Projeto
de Estações de Tratamento de Esgoto Sanitários, Rio de Janeiro, 2011.
67
Bittencourt, S. Gestão do processo de uso agrícola de lodo de esgoto no estado do
Paraná: Aplicabilidade da Resolução Conama 375/06. 220 f. Tese (Doutorado em
Engenharia de Recursos Hídricos e Ambiental), UNIVERSIDADE FEDERAL DO
PARANÁ. Curitiba, 2014.
68
CHERNICHARO, C.A.L. Reatores anaeróbios: Princípios do tratamento biológico de
águas residuárias. 1. ed. Belo Horizonte: DESA/UFMG, 1997, 246 p.
69
García-Delgado, M.; Rodríguez-Cruz, M. S.; Lorenzo, L. F.; Arienzo, M.; Sánchez-
Martín, M.J. Seasonal and time variability of heavy metal content and of its chemical
forms in sewage sludges from different wastewater treatment plants. Science of the
Total Environment, v.382, n.1, p.82-92, 2007. Disponível em:
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73
ANEXOS E APÊNDICES
74