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Novo Hamburgo
2019
CELSO ANDERSON LEMES
NOVO HAMBURGO
2019
2
RESUMO
3
ABSTRACT
The present work had as central proposal the study of the process of clarification
of the water treatment plant of the municipality of São Sebastião do Caí. To this end,
it was extremely important to analyze the treatment method employed, the products
used, the operational control bulletins and the unit operations performed at each stage.
The station currently operates with hydraulic overload, a fact that sometimes
compromises the efficiency of the process. Thus, to reduce the effects caused by the
reduction in the holding times of each hydraulic block, the possibility of replacing the
coagulant used in the process was evaluated. By means of bench tests carried out
with the Jar Test equipment, the coagulant aluminum polychloride proved to be much
more efficient compared to aluminum sulphate, considerably reducing the clarification
times as well as the dosages required to carry out the referred clarification process.
Thus, it is possible to infer that the application of aluminum polychloride coagulant
would increase the quality and efficiency of the water treatment of the station.
4
LISTA DE FIGURAS
5
LISTA DE QUADROS
6
LISTA DE TABELAS
7
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................ 9
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .......................................................................... 11
2.1. A água e a história humana ................................................................. 11
2.2. A importância da água ......................................................................... 12
2.3. Caracterização da água ....................................................................... 15
2.4. Tecnologias de tratamento ................................................................... 19
2.5. Estações de tratamento convencionais ................................................ 23
2.6. A ETA de São Sebastião do Caí .......................................................... 31
2.7. A escolha do coagulante ...................................................................... 35
3. METODOLOGIA ............................................................................................ 37
3.1. Caracterização da água bruta ............................................................. 37
3.2. Teste de clarificação (Jar Test) ............................................................ 37
3.3. Metodologias de análise ...................................................................... 39
3.4. Determinação dos tempos de detenção ............................................... 47
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES ................................................................... 48
4.1. Execução dos testes de clarificação ................................................... 48
4.2. Determinação dos tempos de detenção .............................................. 55
4.3. Custos dos coagulantes ...................................................................... 56
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................... 58
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................. 59
8
1. INTRODUÇÃO
9
estudo do processo de clarificação da estação de tratamento de água com a finalidade
de diminuir os efeitos causados pela sobrecarga hidráulica de operação do sistema.
10
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
11
Em contrapartida, o crescimento desenfreado da industrialização causou uma
rápida degradação não só das águas, mas do meio ambiente como um todo. A
industrialização, que inicialmente era concentrada na Europa e na América do Norte,
espalhou-se rapidamente para todos os continentes, levando consigo grandes
avanços tecnológicos e notável progresso para diversas nações. Porém, toda ação
gera uma reação e a perspectiva futura dos recursos hídricos é preocupante e muitos
dos problemas já relatados aparentam estar em um ponto irreversível (PINTO-
COELHO, 2015)
Uma das maiores reservas de água doce está localizada aqui no Brasil,
representando quase 13% das águas do planeta. Todavia, sua distribuição é
desproporcional em relação à densidade demográfica, além de muitos mananciais
estarem com padrões de qualidade e quantidade ameaçados. Nos grandes centros
urbanos ocorre uma redução considerável na qualidade da água, em decorrência da
elevada densidade populacional e da forte demanda pelos recursos hídricos. Na
Figura 1, tem-se a representação da disparidade entre a distribuição das bacias
hidrográficas e a distribuição da população em nosso país, destacando-se a Bacia
Hidrográfica do Amazonas, que possui 73% da reserva de água nacional e, em
contrapartida, somente 4% dos habitantes (AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS, 2018).
12
Figura 1: Regiões hidrográficas do Brasil e distribuição da população.
14
A preservação da água potável exclusivamente para o atendimento de
necessidades que exijam a sua potabilidade tem um papel essencial para a
manutenção deste recurso, bem como a redução do volume de esgoto descartado e
a redução dos custos com água e energia elétrica. O reúso de água pode ocorrer de
forma indireta ou direta: no modo indireto, a água utilizada em alguma atividade
humana é descartada no meio ambiente e novamente utilizada em sua forma diluída;
no modo direto, os efluentes após serem tratados, são encaminhados diretamente de
seu ponto de descarga até o local onde serão reutilizados, não sendo descarregados
no meio ambiente (LEGNER, Reúso de água e seus benefícios para a indústria e meio
ambiente, 2013).
Assim sendo, o reúso da água tem se tornado cada vez mais importante para
preservar este bem, além de se mostrar como uma oportunidade de negócio.
Entretanto, o Brasil ainda não dispõe de normatização técnica específica para os
sistemas de reaproveitamento de água e, em geral, são adotados padrões referenciais
internacionais ou orientações técnicas produzidas por instituições privadas. Este é um
fator que tem dificultado a aplicação desta prática no país, pois a falta de legislação e
normatização específica dificulta o trabalho dos profissionais e pode colocar em risco
a saúde da população devido à falta de orientação técnica para a implantação dos
sistemas de reúso das águas servidas e a respectiva fiscalização de tais sistemas
(AQUINO, 2014).
16
organismos são microscópicos, sendo comumente denominados plâncton,
destacando-se os seguintes grupos: algas, protozoários, rotíferos, crustáceos, vermes
e larvas de insetos. Quando feitos regularmente, esses exames constituem elemento
auxiliar na interpretação de outras análises, principalmente no que se refere à poluição
das águas e possibilitam a adoção de medidas de controle para prevenir o
desenvolvimento de organismos indesejáveis do ponto de vista do tratamento de água
(DI BERNARDO & DANTAS, 2005).
Por outro lado, os gostos e odores são características de difícil avaliação por
serem de sensações subjetivas. Normalmente, decorrem de matéria excretada por
algumas espécies de algas e substâncias dissolvidas. Odores e sabores não devem
ser objetáveis (HELLER & PÁDUA, Abastecimento de água para consumo humano,
2010).
17
2.3.3. Características químicas
A seleção final dos processos mais adequados deve ser baseada na segurança
do processo, na facilidade de construção, na existência de equipamentos adequados,
facilidade de operação e manutenção, e custos de construção e operação (RICHTER,
2009).
19
Segundo Ferreira Filho (2017), a transição da qualidade da água bruta para a
tratada está diretamente relacionada aos padrões de potabilidade fixados pelas
autoridades competentes: padrões mais restritivos e rigorosos tendem a fomentar a
sofisticação das técnicas e dos equipamentos utilizados. Vale ainda ressaltar que as
estações de tratamento de água do tipo convencional não possuem a capacidade de
remoção de compostos inorgânicos (metais pesados), orgânicos e agrotóxicos. Caso
haja a necessidade de assegurar a remoção destes compostos, outras tecnologias
não convencionais devem ser incorporadas ao sistema, destacando-se a adsorção
em carvão ativado e processos de membrana.
21
Os processos de separação por membranas apresentam-se hoje como as mais
modernas tecnologias para tratamento de água e efluentes, possibilitando dispensar
as unidades de coagulação, floculação, sedimentação e filtração. Estes métodos
podem ser combinados para a produção de água potável e também de processos
industriais, inclusive de mananciais com a qualidade degradada, de águas salobras
ou salinas. Entre eles, destacam-se: micro, ultra e nanofiltração, osmose reversa,
eletrodiálises, pervaporação e processos de oxidação fotoquímica (STOVER, 2018).
Outro método de tratamento que não utiliza produtos químicos e possui alto
grau de eficiência é a eletrodeionização. Essa técnica de desmineralização remove
os minerais, íons e metais pesados contidos na água, fazendo-a passar por uma ou
mais câmaras cheias de resina de troca iônica, em que os íons da água serão
substituídos por H+ e OH-, sob influência de campos elétricos. Por fim, os íons
resultantes desta câmara são eliminados, resultando em uma água de alta
pureza, sem que seja necessária a adição de produtos químicos (LEGNER, Como
funciona o processo de Osmose Reversa, 2019).
22
2.5. ESTAÇÕES DE TRATAMENTO CONVENCIONAIS
23
A vida útil de uma estação de tratamento se situa entre 30 e 50 anos e esta tem
de ser capaz de trabalhar com as variações e mudanças da qualidade da água bruta
ao longo do tempo, principalmente em decorrência das influências antrópicas.
Lamentavelmente, há um grande número de mananciais em nosso país cuja
qualidade da água tem sofrido contínuas alterações ao longo do tempo, exigindo
assim a adequação tecnológica dos processos de tratamento. Portanto, ainda que
antigas, as instalações devem oferecer todas as condições de segurança e plena
operação, a fim de que todos os processos possam ocorrer de modo seguro e
confiável (FERREIRA FILHO, 2017).
A mistura rápida nas ETAs pode ser realizada por sistemas hidráulicos,
mecanizados ou dispositivos especiais. As primeiras estações de tratamento de água
não dispunham de dispositivos especiais para a dispersão de produtos químicos,
sendo que os primeiros utilizados para essa finalidade foram os ressaltos hidráulicos.
Felizmente, dispositivos de mistura tão simples e de baixo custo como esse têm
demonstrado uma excelente eficiência na maioria das aplicações. Na Figura 4, tem-
se a representação do ressalto hidráulico (RICHTER, 2009).
24
De acordo com Libânio (2008), a coagulação consiste essencialmente na
desestabilização das partículas coloidais e suspensas realizada pela conjunção de
ações físicas e reações químicas, com duração de poucos segundos, entre o
coagulante, a água e as impurezas presentes. Visa, principalmente, a remoção de
turbidez, matéria orgânica coloidal, substâncias tóxicas de origem orgânica e
inorgânica, e outras que possam conferir odor e sabor, além de microrganismos em
geral. Sua importância ainda é fundamental no contexto sanitário, visto que a remoção
de partículas de dimensões microscópicas associa-se a de microrganismos
patogênicos.
25
A coagulação depende fundamentalmente das características da água e das
impurezas presentes, conhecidas por meio de parâmetros como pH, alcalinidade, cor
verdadeira, turbidez, temperatura, condutividade elétrica, tamanho e distribuição das
partículas em estado coloidal e em suspensão, entre outros (DI BERNARDO &
DANTAS, 2005).
27
saindo do equipamento pela zona superior, através da calha vertedora, conforme
ilustrado a seguir na figura 7 (DI BERNARDO & DANTAS, 2005) / (RICHTER, 2009).
Areia
Areia
Granada
30
2.5.4. Desinfecção e fluoretação
31
cidade possuía aproximadamente 4.000 habitantes. Operava inicialmente com uma
vazão de 30 L/s, sendo projetada para uma vazão máxima de 45 L/s. De lá para cá
muita coisa mudou: a cidade, a população e as indústrias cresceram muito e, em
contrapartida, as instalações permanecem praticamente as mesmas. Nas figuras 10
e 11, o comparativo da ETA no ano de construção e nos dias atuais.
32
A ETA de São Sebastião do Caí é uma estação de tratamento convencional,
composta por um floculador de chicanas de fluxo horizontal, um decantador de seção
circular com paredes concêntricas, dois filtros e uma câmara de mistura. A cadeia de
processos inclui a coagulação, floculação, decantação, filtração, desinfecção e
fluoretação. A captação de água bruta é realizada no Rio Caí a uma vazão de
aproximadamente 60 L/s (CORSAN, 2018).
33
Posteriormente, a água floculada segue para o decantador circular, onde
ocorre a deposição do material particulado no fundo do tanque. Na figura 13, tem-se
a representação do sentido do fluxo de água no decantador e, no centro do mesmo, o
círculo representa o tubo de saída para os filtros (CORSAN, 2018).
A água decantada então é distribuída entre dois filtros rápidos de areia de fluxo
descendente, que fazem a retenção das partículas menores que não sedimentaram
no decantador. O leito filtrante é composto por uma camada de areia de 60 cm, no
qual o diâmetro efetivo da areia situa-se entre 0,45 e 0,60 mm. O leito de sustentação
possui uma altura de 60 cm e é constituído de uma série de camadas de diâmetros
decrescentes, de baixo para cima, de seixos rolados (CORSAN, 2018).
34
2.7. A ESCOLHA DO COAGULANTE
35
Por sua vez, o policloreto de alumínio, também conhecido como PAC, é um sal
de alumínio polimerizado que geralmente apresenta maior eficiência no processo de
coagulação se comparado aos demais coagulantes inorgânicos. Isso se deve ao seu
estado pré-polimerizado, à característica de sua estrutura molecular condensada com
ligações de oxigênio entre os átomos de alumínio e, principalmente, pela maior
concentração do elemento ativo (Al2O3). Na eliminação de substâncias coloidais, sua
eficácia, em média, é 2,5 vezes superior em igualdade de dosagem ao íon Al3+ à dos
outros sais de alumínio habitualmente utilizados. (SANTOS, 2011).
36
3. METODOLOGIA
37
O aparelho Jar Test é um floculador elétrico que realiza a dispersão do
coagulante e demais produtos, com a regulagem de velocidade de rotação das pás,
permitindo assim a formação e o crescimento dos flocos. Este equipamento pode
realizar até seis testes ao mesmo tempo, o que possibilita uma comparação imediata
e avaliação da melhor dosagem de coagulante a ser usada no processo, podendo-se
ainda considerar o tempo de decantação e a qualidade do líquido clarificado em
relação ao parâmetro turbidez. Na Figura 14, é apresentado o aparelho Jar Test
utilizado, modelo Floc Control da marca Policontrol (DECA/CORSAN, 2018).
39
Figura 15: Filtração da água decantada.
3.3.1. Alcalinidade
40
resultado foi determinado multiplicando-se o volume gasto na bureta por 10, obtendo-
se assim o valor da alcalinidade, expressa em mg/L de CaCO3. Na figura 16, é
apresentado o registro ao término da análise de alcalinidade.
41
A execução do ensaio foi realizada utilizando-se provetas de vidro, pipetas
graduadas e cronômetro. Após homogeneização da amostra, mediu-se 50 mL da
amostra em uma proveta e, em outra, mediu-se o mesmo volume de água destilada,
que serviu como prova em branco. Adicionou-se, então, 1 mL de solução de
bicarbonato de amônio e 1 mL de alizarina em ambas as provetas. Aguardou-se o
tempo de 10 minutos e, por fim, adicionou-se 1 mL de solução de ácido acético 30%.
A leitura foi realizada observando-se a coloração desenvolvida, olhando por cima das
provetas e em fundo branco. Os resultados foram registrados conforme os padrões
adotados pela Corsan:
O excesso de íons Al3+ na água tratada pode revelar uma dosagem inadequada
de coagulante e, desse modo, provocar precipitações e consequente elevação da
turbidez e incrustações nas redes de distribuição. Segundo a classificação
apresentada acima, referente à concentração de alumínio, o único que é considerado
fora do padrão é a designação de Positivo Forte (P.F.), resultado que ultrapassa o
valor máximo permitido pela portaria nº 2914 do Ministério da Saúde, que estabelece
o valor máximo permitido de 0,2 mg/L.
Na figura 17, têm-se na primeira proveta água destilada, na segunda uma das
amostras filtradas acrescida de bicarbonato de amônio e alizarina, e, na terceira, a
mesma amostra acrescida de bicarbonato de amônio, alizarina e ácido acético.
42
Figura 17: Análise de alumínio residual.
3.3.3. Cor
43
Figura 18: Aqua-tester.
44
Na sequência, deixou-se a amostra esfriar por um minuto e então foi adicionado
10 mL de solução de ácido oxálico. Titulou-se com solução de permanganato de
potássio até a primeira coloração rósea persistente. O volume gasto na titulação, em
mL, corresponde ao resultado da análise, expresso em mg/L de O2. Tomando-se como
exemplo o volume de 4,5 mL gastos na titulação, tem-se o resultado de 4,5 mg/L de
O2.
3.3.5. pH
46
3.4. DETERMINAÇÃO DOS TEMPOS DE DETENÇÃO
47
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Temperatura: 25° C
pH: 6,8
Cor: 100 mg/L Pt/Co
Turbidez: 45 UT
DQO: 3,4 mg/L O2 cons.
Alcalinidade: 26 mg/L CaCO3
49
Quadro 3: Testes de clarificação PAC - 1ª Série.
50
Quadro 4: Características da água in natura - 2ª Série.
Temperatura: 28° C
pH: 7,0
Cor: 70 mg/L Pt/Co
Turbidez: 28 UT
DQO: 4,0 mg/L O2 cons.
Alcalinidade: 28 mg/L CaCO3
51
A análise dos resultados obtidos novamente revelou uma diferença significativa
nas dosagens aplicadas de cada coagulante: para o sulfato de alumínio, foi
encontrada como dosagem ideal a quantidade de 16 ppm; o coagulante PAC
apresentou como dosagem econômica apenas 3 ppm. Os copos 1 e 2 dos testes
realizados com o sulfato de alumínio, assim como os copos 1 e 6 dos testes realizados
com o PAC, apresentaram valores de turbidez fora de padrão. Todos os demais
parâmetros avaliados se mantiveram dentro dos padrões estabelecidos. Para estas
amostras, foi ainda realizada a análise de DQO, as quais apresentaram valores de 1,9
mg/L de O2 consumido, para o sulfato de alumínio, e 1,5 mg/L de O2 consumido para
o PAC.
Temperatura: 23° C
pH: 6,9
Cor: 350 mg/L Pt/Co
Turbidez: 132 UT
DQO: 7,1 mg/L O2 cons.
Alcalinidade: 23 mg/L CaCO3
52
Quadro 8: Testes de clarificação Al2(SO4)3 - 3ª Série.
A partir dos dados explanados nos quadros anteriores foi possível ratificar a
eficiência do PAC frente ao sulfato de alumínio também para amostras visivelmente
mais turvas e contaminadas. Sua aplicação necessitou de quantidades muito
inferiores para promover a clarificação das amostras, além de causar pequena
interferência no pH das mesmas. A remoção de matéria orgânica também apresentou
ótimos resultados, com valores médios de 1,2 mg/L de O2 consumido.
53
Além disso, ainda é relevante salientar sobre os tempos de floculação e
sedimentação, que foram reduzidos consideravelmente para todas as amostras
analisadas: o sulfato de alumínio apresentou tempos médios de 12 minutos para a
floculação e de 10 minutos para a sedimentação, enquanto o PAC obteve tempos de
floculação e sedimentação de 5 e 4 minutos, respectivamente. Na figura 21 é
apresentada a execução de teste de clarificação com o coagulante PAC.
2 ppm
3 ppm
4 ppm
5 ppm
6 ppm
7 ppm
54
Figura 22: Sulfato de alumínio x PAC.
55
Tabela 1: Tempos de detenção hidráulica ETA.
Consumo trimestral 15 t 3t
Embora possua um custo por quilo bem mais elevado que o sulfato de alumínio,
o PAC, além de mostrar-se mais eficiente na remoção das partículas, necessita de
quantidades muito inferiores para o desenvolvimento da clarificação. Dessa forma, a
relação custo-benefício é corroborada pela diferença expressiva requerida de cada
coagulante para o tratamento da água, apresentando, para um período de três meses,
uma redução de R$ 4.250,00. Assim sendo, pode-se inferir que a utilização do PAC
seria viável financeiramente, diminuindo os custos envolvidos no processo, uma vez
que sua utilização ainda reduz consideravelmente a aplicação de alcalinizantes.
57
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Analisando-se os dados obtidos com o teste de jarros foi possível inferir que,
para diversas amostras de água bruta com as mais variadas características, o
coagulante PAC mostrou-se mais eficiente quando comparado ao sulfato de alumínio.
A etapa de coagulação ocorreu de forma quase instantânea, de maneira que os flocos
tornaram-se aparentes em poucos segundos e rapidamente foram adquirindo
consistência e um tamanho uniforme. Logo, os tempos de floculação e sedimentação
foram reduzidos satisfatoriamente, cerca de 2,5 vezes, obtendo-se ótimos resultados
na remoção de cor, turbidez e matéria orgânica.
58
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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59
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Alumínio, como coagulantes no tratamento de água para consumo humano. 2009.
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61