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Departamento de Engenharia Química

LABO V

Estudo da adsorção de um corante


em carvão ativado

27/09/2022
Docente: Paula Cristina Silva
Cristiana Oliveira, 1200856
Daiane Oliveira, 1201569
Joana Ribeiro, 1200845
João Gomes, 1190707

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Sumário

Os principais objetivos desta atividade consistem na determinação da capacidade do carvão


ativado na remoção do corante alaranjado de metilo por meio do processo de adsorção. Para o
estudo deste fenómeno recorreu-se ao traçado de isotérmicas, ajuste das diferentes isotérmicas
experimentais tendo em conta diferentes pH’s e massas de carvão e a caracterização do carvão
ativado pela determinação do número de iodo.
Para se determinar a capacidade do carvão ativado na remoção do corante alaranjado de
metilo por meio do processo de adsorção, foram utilizados dois pH’s diferentes (ácido e básico),
além do pH normal da solução-mãe de 6,42. Para tal, traçam-se isotérmicas para os dois tipos de ph,
ácido com um valor de 3,06 e básico a 10,00.
De modo a proceder ao ajuste das diferentes isotérmicas experimentais, trabalhou-se a uma
temperatura de 20ºC, e teve-se em conta os modelos de Langmuir e de Freundlich, baseados na
suposição de que as moléculas são adsorvidas e aderem à superfície do adsorvente. Assim, através
da determinação do valor do somatório do quadrado dos resíduos para os dois modelos concluiu-se
que para todos os tipos de pH’s, o modelo mais apropriado seria o de Freundlich.
Para cada uma das soluções com diferentes pH’s obteve-se valores máximos de adsorção
diferentes, tendo-se obtido um máximo de 1,53; 1,95 e 2,38 g de corante adsorvido por g de
adsorvente pesado, para um pH normal, ácido e básico, respetivamente. Com isto, conclui-se que
houve uma maior adsorção para a solução de maior pH (básico), no entanto, com os resultados
obtidos não é possível afirmar que com o aumento do pH a adsorção aumenta, uma vez que no pH
ácido e no normal a adsorção manteve-se aproximadamente constante. Assim, conclui-se que
apenas para pH’s elevados se pode observar um aumento significativo de adsorção.
Foi ainda necessária a determinação do número de iodo para posteriormente se poder estudar a
forma como o carvão atua na adsorção da solução de corante. O carvão em estudo apresenta um
número de iodo de 1010,7, que comparando com o valor de referência teórico de 650 é possível
observar que se obteve um valor em excesso.
Relativamente ao tempo de equilíbrio, foi considerado um total de 7 dias, para se cumprir o
prazo estabelecido, contudo o verdadeiro valor teria de ser superior, o que desencadeou possíveis
erros experimentais. Para alem disso, realizou-se inúmeras diluições para que se conseguisse
determinar a absorvância das soluções, numa gama de valores inferiores a 2,podendo também dado
origem a erros.

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Índice geral
1. Introdução.....................................................................................................................................6
1.1 Adsorção..................................................................................................................6
1.2 Fatores que Influenciam a Adsorção.......................................................................6
1.3 Tipos de Adsorção...................................................................................................6
1.4 Isotérmicas de Equilíbrio de Adsorção....................................................................6
1.4.1 Modelos de Adsorção..........................................................................................................7
1.5 Carvão Ativado........................................................................................................8
2. Parte experimental........................................................................................................................9
2.1 Reagentes............................................................................................................9
2.2 Material....................................................................................................................9
2.3 Procedimento experimental.....................................................................................9
2.3.1 Preparação da curva de calibração......................................................................................9
2.3.2 Determinação do tempo de equilíbrio...............................................................................10
2.3.3 Análise do efeito da massa de carvão no processo de adsorção a 20ºC para o pH normal
da solução...................................................................................................................................10
2.3.4 Análise do efeito da massa de carvão no processo de adsorção a 20ºC para diferentes
pH's.............................................................................................................................................10
2.3.5 Determinação do número de iodo e da área específica.....................................................11
3.Resultados e Discussão...................................................................................................................12
3.1. Isotérmica experimental para pH normal..............................................................12
3.2. Isotérmica experimental para pH ácido................................................................13
3.3. Isotérmica experimental para pH básico...............................................................14
3.4.Comparação dos modelos adequados a cada pH...................................................15
3.5. Número de Iodo....................................................................................................15
Conclusões e propostas de trabalho futuro.........................................................................................16
Nomenclatura.....................................................................................................................................17
Bibliografia.........................................................................................................................................18
Anexos................................................................................................................................................19

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Índice de figuras
Figura 1-Representação gráfica de q, em mg adsorvato/g adsorvente, em função da concentração,
ppm fluido. [4]......................................................................................................................................7
Figura 2-Representação gráfica da curva de calibração para determinação da concentração da
solução de alaranjado de metilo.........................................................................................................19
Figura 3-Representação gráfica do modelo de Langmuir para pH normal........................................21
Figura 4-Representação gráfica do modelo de Freundlich para pH normal.......................................22
Figura 5-Representação gráfica do modelo de Langmuir para pH ácido...........................................24
Figura 6-Representação gráfica do modelo de Freundlich para pH ácido.........................................25
Figura 7-Representação gráfica do modelo de Langmuir para pH básico.........................................26
Figura 8-Representação gráfica do modelo de Freundlich para pH básico........................................27
Figura 9- Tabela para a determinação da constante normalidade filtrado residual............................28

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Índice de tabelas
Tabela 1-Valores relativos à solução mãe..........................................................................................19
Tabela 2-Valores relativos aos padrões realizados.............................................................................19
Tabela 3-Valores para determinação do tempo de equilíbrio.............................................................20
Tabela 4-Valores dos ensaios do carvão para pH normal..................................................................20
Tabela 5-Valores dos ensaios do carvão para pH normal ajustados ao modelo de Langmuir...........21
Tabela 6-Valores dos ensaios do carvão para pH normal ajustados ao modelo de Freundlich.........22
Tabela 7-Valores dos ensaios do carvão para pH ácido.....................................................................23
Tabela 8-Valores dos ensaios do carvão para pH ácido ajustados ao modelo de Langmuir..............23
Tabela 9-Valores dos ensaios do carvão para pH ácido ajustados ao modelo de Freundlich............24
Tabela 10-Valores dos ensaios do carvão para pH básico.................................................................25
Tabela 11-Valores dos ensaios do carvão para pH básico ajustados ao modelo de Langmuir..........26
Tabela 12-Valores dos ensaios do carvão para pH básico ajustados ao modelo de Freundlich.........27
Tabela 13-Valores determinados para o cálculo do nº de iodo..........................................................28

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1. Introdução

Este trabalho tem como principal objetivo o estudo da adsorção de um corante em carvão
ativado. Para tal determinam-se tempos e isotérmicas de equilíbrio para várias condições
experimentais e ajustam-se modelos da literatura aos dados experimentais. Determina-se
também a área específica do carvão ativado.

1.1 Adsorção

A adsorção é um processo de separação no qual certos componentes de uma solução são


transferidos para a superfície de um adsorvente sólido. Geralmente, as pequenas partículas
adsorventes são mantidas em um leito fixo e o fluido passa continuamente pelo leito até que o
sólido esteja quase saturado e a separação desejada deixa de ser alcançada. O fluxo é então
comutado para um segundo leito até que o adsorvente saturado possa ser substituído ou
regenerado.[1]

1.2 Fatores que Influenciam a Adsorção

A adsorção pode ser influenciada por diversos fatores, tais como:


 pH da solução;
 Concentração do adsorvato;
 Temperatura;
 Natureza do adsorvato e do adsorvente;
 Área superficial específica do adsorvente;
 Tempo de contacto entre o adsorvato e o adsorvente.

1.3 Tipos de Adsorção

As moléculas adsorvidas por uma superfície são mantidas por forças que provêm da
superfície. Estas forças podem ser físicas, sendo conhecidas por forças de Van der Waals, dando
origem à adsorção física ou então forças químicas, tendo por base ligações electroestáticas ou que
envolva a partilha de um eletrão, tratando-se de um processo de quimissorção (adsorção química).
No caso da adsorção física (fisissorção), a entalpia da adsorção está contida no intervalo - [10, 20]
kJ/kmol[2] e, neste caso, as moléculas são atraídas para todos os pontos da superfície. No caso da
adsorção química, esta baseia-se na formação de ligações químicas, geralmente covalentes, quando
as moléculas ou átomos são adsorvidos numa superfície sólida. A entalpia de adsorção ativa é
normalmente maior do que na adsorção física, sendo aproximadamente 40 kJ/kmol [2].

1.4 Isotérmicas de Equilíbrio de Adsorção


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A isotérmica de adsorção é a relação de equilíbrio
entre a concentração de adsorvato e a concentração de adsorvato nas partículas adsorventes a uma
dada temperatura. Como é possível verificar na figura 1, após a explicação dos modelos de
adsorção. Para os líquidos, a concentração é frequentemente expressa em unidades de massa, como
partes por milhão. A concentração de adsorvato no sólido é dada como massa adsorvida por unidade
de massa do adsorvente original.

1.4.1 Modelos de Adsorção

No modelo de Langmuir as hipóteses subjacentes à derivação são as seguintes:


i) as superfícies do adsorventes são homogéneas, todos os sítios ativos têm igual
afinidade pelo soluto e não ocorrem interações entre as moléculas adsorvidas;
ii) forma-se uma camada unimolecular de moléculas do soluto e a adsorção é um
fenómeno reversível. O modelo tem uma base teórica e este é representado pela
equação 1:[2]

qmax . K 1 .C
q= (equação 1)
1+ K 1 . C
Em que:
q: quantidade de soluto adsorvido por unidade de adsorvente;
qmax: capacidade de adsorção na monocama+da;
C: concentração no equilíbrio da solução;
Kl: constante de equilíbrio de adsorção.

O modelo de Freundlich é utilizada para sistemas com superfície heterogênea, onde ocorre
adsorção em multicamadas com interação entre as moléculas de adsorvato. É representado pela
equação 2:[2]
1
q=K F .C n (equação 2)
Em que:
KF e n são constantes determinadas experimentalmente.

Figura 1-Representação gráfica de q, em mg adsorvato/g adsorvente, em função da concentração, ppm fluido. [4]
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1.5 Carvão Ativado

O carvão ativado foi um dos primeiros adsorventes conhecidos e é um dos mais utilizados
atualmente. Geralmente é produzido a partir da decomposição térmica controlada de material
carbonáceo (casca da madeira, de coco, de arroz, carvão, ossos de animais, etc.), a temperaturas
inferiores a 600ºC, seguida pela ativação que visa submeter o material carbonizado a reações
secundárias, tendo como finalidade o aumento da área superficial. A ativação física é feita com
vapor de água, ar ou outro agente oxidante, enquanto a ativação química envolve a impregnação de
agentes desidratantes como ácido fosfórico, hidróxido de potássio e cloreto de zinco a temperaturas
superiores a 300 ºC. [4]
O carvão ativado é um material de carbono com uma porosidade bastante
desenvolvida. Para caracterizar o carvão ativado tem de se ter em consideração o valor do número
iodo, o qual consiste num indicador da área especifica do carvão ativado. Este índice pode ser usado
como uma aproximação da área de superfície específica para certos tipos de carvões ativado. As
aplicações mais comuns são elaboração de filtros para adsorção de gases e no tratamento de águas,
visto que este é capaz de filtrar cloro, cloroamina, taninos, fenol, algumas drogas, sulfato de
hidrogênio e alguns outros compostos voláteis que causam odores.

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2. Parte experimental

2.1Reagentes

• Carvão solido;
• Alaranjado de metilo;
• Ácido clorídrico 5%;
• Solução de 0,1 N de iodo;
• Solução de 0,1 N de tiossulfato de sódio;
• Água desionizada.

2.2 Material

• Balança digital, KERN, ±0,0001 g;


• Espetrofotómetro UV/Vis, SHIMADZU, PharmaSpec UV-1700;
• Agitador CERTOMAT H;
• Medidor de pH digital, HANNA instruments, pH 340;
• Balões volumétricos de 10 e 50 mL;
• Frascos de armazenamento de 100 mL;
• Micropipeta volumétrica de 0,01-1 e de 1-5 mL;
• Matrazes de 250 mL;
• Bureta de 50 mL;
• Almofariz e pilão;
• Pipeta volumétrica de 4, 5, 10 e 50 mL;
• Placa de aquecimento;
• Cuvetes de plástico;
• Material recorrente de laboratório.

2.3 Procedimento experimental

2.3.1 Preparação da curva de calibração

1. Pesou-se 0,0070g de alaranjado de metilo para um balão volumétrico de 50mL;


2. Mediu-se a absorvância correspondente e anotou-se o máximo de absorvância de
465nm;
3. Prepararam-se 6 soluções padrão, a partir da solução mãe de alaranjado de metilo;
4. Leram-se as absorvâncias dessas soluções, a 465nm;
5. Elaborou-se a curva de calibração.
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2.3.2 Determinação do tempo de equilíbrio

Para a determinação do tempo de equilíbrio, foram preparadas duas soluções:

1. Preparou-se a solução: pesou-se 0,25g de carvão granulado para um matraz de 250mL e


transferiram-se 300mL da solução mãe para o mesmo matraz;
2. Colocaram-se as soluções no agitador;
3. Durante uma semana, foram retiradas amostras de solução a cada 24 horas, de modo a
determinar, através da leitura da absorvância num espectrofotômetro UV-Visível, o tempo
ao fim do qual o carvão deixa de adsorver, ou seja, o tempo de equilíbrio.

2.3.3 Análise do efeito da massa de carvão no processo de adsorção a 20ºC


para o pH normal da solução

1. Os ensaios de adsorção foram realizados pesando-se 16 amostras de diferentes massas de


carvão ativado num intervalo compreendido entre [0,0105-0,12] g.
2. De seguida, foi adicionado em cada frasco, 50 mL de solução aquosa de alaranjado de
metilo. Os frascos foram levados ao agitador.
3. Passado o tempo previsto (uma semana), já com o equilíbrio estabelecido, as amostras foram
filtradas, tendo sido retirada uma pequena quantidade de cada uma das amostras para leitura
da absorvância em espectrofotômetro UV-Visível no comprimento de onda de 465 nm.
4. Procedeu-se assim até a obtenção de pontos suficientes para a construção das isotérmicas.
Por fim, foram construídas as isotérmicas de adsorção com os valores de q (g de corante
adsorvido/ g de carvão) em função de C (concentração de adsorvato).

2.3.4 Análise do efeito da massa de carvão no processo de adsorção a 20ºC


para diferentes pH

1. Começou-se por acidificar a solução-mãe, com a ajuda de uma solução de HCl até um pH de
3,06.
2. Os ensaios de adsorção foram realizados pesando-se 14 a 16 amostras, para o pH ácido e
básico, respetivamente, de diferentes massas de carvão ativado num intervalo compreendido
entre [0,0062-0,0411] g.
3. De seguida, foi adicionado em cada frasco, 50 mL de solução aquosa de alaranjado de
metilo. Os frascos foram levados ao agitador.
4. Passado o tempo previsto (uma semana), já com o equilíbrio estabelecido, as amostras foram
filtradas, tendo sido retirada uma pequena quantidade de cada uma das amostras para leitura
da absorvância em espectrofotômetro UV-Visível no comprimento de onda de 465 nm.
5. Procedeu-se assim até a obtenção de pontos suficientes para a construção das isotérmicas.
Por fim, foram construídas as isotérmicas de adsorção com os valores de q (g de corante
adsorvido/ g de carvão) em função de C (concentração de adsorvato).

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6. Repetiu-se o processo para o estudo do efeito da massa de carvão no processo de adsorção a


20ºC para ph básico, começando-se por alcalinizar a solução-mãe com a ajuda de uma
solução de NaOH até um pH de 10.

2.3.5 Determinação do número de iodo e da área específica

Para a determinação do número de iodo, seguiram-se os seguintes passos:

1. Moeu-se uma amostra representativa de carvão;


2. Secou-se a amostra na estufa, a 110ºC, durante uma semana;
3. Pesou-se 3,008g de amostra seca para um matraz de 250 mL com tampa;
4. Adicionaram-se 10mL de HCl a 5% e agitou-se, de forma que todo o carvão ficasse
molhado;
5. Colocou-se o matraz numa placa de aquecimento e deixou-se ferver durante 30s;
6. Deixou-se arrefecer à temperatura ambiente;
7. Adicionaram-se 100mL de solução de iodo 0,1N;
8. Fechou-se o matraz e agitou-se;
9. Filtrou-se a solução;
10. Agitou-se com a vareta e pipetaram-se 50 mL para um matraz de 250 mL;
11. Procedeu-se à titulação, com uma solução padronizada de tiossulfato de sódio 0,1N, até
que a cor amarela desaparecesse;
12. Adicionou-se o cozimento de amido;
13. Registou-se o volume gasto até o titulado ficar incolor.

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3.Resultados e Discussão

3.1. Isotérmica experimental para pH normal:

A figura 2 representa as curvas das isotérmicas teóricas e experimentais para a adsorção do


alaranjado de metilo pelo carvão, para um pH normal de 6,42.

1.80
1.60
1.40
1.20
1.00
0.80 Experimental
q

Modelo Langmuir
0.60
Modelo Freundlich
0.40
0.20
0.00
0.0000 0.0200 0.0400 0.0600 0.0800 0.1000 0.1200
Concentração (g/L)

Figura 2-– Representação gráfica de q, em g de adsorvido (adsorvato) /g sólido (adsorvente) em função da concentração
de adsorvato (mg/L), para o carvão ativado.

Através da análise da figura 2, é possível comparar a curva experimental obtida com as


curvas ajustadas aos modelos de Langmuir e Freundlich à temperatura de 20ºC. Comparando os
modelos, verifica-se que o modelo de Freundlich, tendo em conta o valor obtido no somatório dos
resíduos (anexo C) é o menor, e por esse motivo seria o mais adequado para se fazer uma
comparação com os valores experimentais. Para além disso, tendo em conta que o n correspondente
a este modelo é superior a 1 (n = 2,78), pode-se concluir que a curva correspondente a este modelo
é favorável (figura 1).
Ao comparar os valores experimentais com os teóricos do modelo de Freundlich verifica-se
que ambos apresentam o mesmo tipo de isotérmica (favorável), podendo-se por isso considerar que
experimentalmente se obtiveram valores relativamente próximos do esperado. Já analisando o
modelo de Langmuir, apesar de ser extremamente favorável a soma dos resíduos é superior à do
outro modelo, como tal um maior erro, não sendo por isso um modelo mais adequado.

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3.2. Isotérmica experimental para pH ácido:


A figura 3 representa as curvas das isotérmicas teóricas e experimentais para a adsorção do
alaranjado de metilo pelo carvão para um pH ácido de 3,06.

2.5000

2.0000

1.5000

1.0000 Experimental
q

Modelo langmuir
0.5000 Modelo Freundlich

0.0000
00 00 00 00 00 00 00 00 00
00 01 02 03 04 05 06 07 08
0. 0. 0. 0. 0. 0. 0. 0. 0.
Concentração (g/L)

Figura 3-– Representação gráfica de q, em g de adsorvido (adsorvato) /g sólido (adsorvente) em função da concentração
de adsorvato (mg/L), para o carvão ativado.

Através do estudo da figura 3, é possível comparar a curva experimental obtida com as


curvas ajustadas aos modelos de Langmuir e Freundlich à temperatura de 20ºC. Comparando os
modelos, verifica-se que o modelo de Freundlich, tendo em conta o valor obtido no somatório dos
resíduos (anexo D) é o menor, e por esse motivo seria o mais adequado para se fazer uma
comparação com os valores experimentais. Para além disso, tendo em conta que o n correspondente
a este modelo é superior a 1 (n = 2,46), pode-se concluir que a curva correspondente a este modelo
é favorável (figura 1).
Ao comparar os valores experimentais com os teóricos do modelo de Freundlich verifica-se
que apresentam diferentes tipos de isotérmicas, sendo esta não favorável e favorável,
respetivamente. Apesar dos dois modelos terem o mesmo tipo de isotérmicas (favorável) há uma
menor discrepância entre o modelo Freundlich e o experimental.

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3.3. Isotérmica experimental para pH básico:

A figura 4 representa as curvas das isotérmicas teóricas e experimentais para a adsorção do


alaranjado de metilo pelo carvão para um pH básico de 10,00.

7.0000

6.0000

5.0000

4.0000

Experimental
q

3.0000
Modelo de Langmuir
2.0000 Modelo de Freundlich

1.0000

0.0000
0.0000 0.0500 0.1000 0.1500 0.2000 0.2500
Concentração (g/L)

Figura 4-– Representação gráfica de q, em g de adsorvido (adsorvato) /g sólido (adsorvente) em função da concentração
de adsorvato (mg/L), para o carvão ativado.

Pela observação da figura 4, é possível comparar a curva experimental obtida com as curvas
ajustadas aos modelos de Langmuir e Freundlich à temperatura de 20ºC. Comparando os modelos,
verifica-se que o modelo de Freundlich, tendo em conta o valor obtido no somatório dos resíduos
(anexo E) é o menor logo, seria o mais correto para se fazer uma comparação com os valores
experimentais. Além disso, tendo em conta que o n correspondente a este modelo é superior a 1
(n=1,98), pode-se concluir que a curva correspondente a este modelo é favorável (figura 1).
Ao comparar os valores experimentais com os teóricos do modelo de Langmuir e Freundlich
verifica-se que apresentam tipos de isotérmicas iguais.

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3.4. Comparação dos modelos adequados a cada pH

Modelo de Freundlich
1.6
1.4
1.2
1
básico
0.8
q mol

ácido
0.6 normal
0.4
0.2
0
0.0000 0.0200 0.0400 0.0600 0.0800 0.1000 0.1200
Concentração (g/L)

Figura 5- Comparação do modelo de Langmuir para os diferentes pH’s

Experimental
1.8000
1.6000
1.4000
mabsorvida/mpesada

1.2000
1.0000 básico
0.8000 ácido
normal
0.6000
0.4000
0.2000
0.0000
0.0000 0.0200 0.0400 0.0600 0.0800 0.1000 0.1200
Concentração (g/L)

Figura 6- Comparação dos valores experimentais para os diferentes pH’s.

Relativamente aos modelos escolhidos para cada Ph como o modelo mais apropriado foi o
de Freundlich, no sentido de se comparar as isotérmicas para cada pH, juntou-se todas as
isotérmicas e respetivos valores experimentais na representação gráfica. Com isto, concluiu-se que
depois de adaptado os pontos experimentais ao modelo escolhido, apenas se observa uma diferença
significativa na adsorção de corante para uma solução de pH básica, aumentando significativamente
a adsorção com o aumento do pH. Já para um pH ácido e normal a adsorção é praticamente a
mesma. Com isto, concluiu-se que apenas para pH’s elevados há um aumento significativo de
adsorção.

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3.5. Número de Iodo

O número de iodo representa uma medida da porosidade do carvão ativado relativa à


adsorção de iodo de uma solução.
Com o intuito de calcular o seu número de iodo, realizaram-se 4 ensaios para massas de
1,000g, 1,500g, 2,000g e 3,000g, deste modo, pelo cálculo das constantes (Anexo F.1), apenas
foi possível determinar um valor dentro dos parâmetros, obtendo-se um número de iodo de
1010,7 (Anexo F.2). Tendo em conta o valor de referência teórico de 650 [5], é possível observar
que se obteve um valor em excesso.

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Conclusões e propostas de trabalho futuro


Nesta atividade estudou-se a capacidade do carvão ativado na remoção do corante alaranjado
de metilo por meio do processo de adsorção através do traçado de isotérmicas, tendo-se constatado
que dependendo do pH da solução consegue-se uma melhor ou pior adsorção de corante. Para esse
mesmo estudo, ao longo da atividade, manteve-se o tipo de carvão e a temperatura, tendo-se
considerado 20ºC para todas experiências envolvidas.
Para a análise das representações gráficas experimentais de q (g/g) em função da C (mg/L),
para todos os tipos de pH recorreram-se a dois modelos teóricos diferentes para o seu ajuste, dos
quais o modelo de Langmuir e o modelo de Freundlich. Para essas representações, chegou-se à
conclusão de que o modelo mais adequado foi o de Freundlich, para todas as soluções, uma vez que
os valores obtidos no somatório dos quadrados dos resíduos nesse mesmo modelo é sempre menor
comparando com o modelo de Langmuir.
No que diz respeito à comparação dos resultados experimentais com o modelo escolhido, é
de ressaltar que tanto para um pH normal como para um pH básico, tanto os valores experimentais
como os teóricos ajustados ao modelo de Freundlich apresentam o tipo de isotérmica favorável. Por
outro lado, a solução de pH ácido, os valores experimentais e os obtidos deram origem a diferentes
tipos de isotérmicas, sendo esta não favorável e favorável, respetivamente.
Para cada uma das soluções com diferentes pH’s obteve-se valores máximos de adsorção
diferentes, tendo-se obtido um máximo de 1,53; 1,95 e 2,38 g de corante adsorvido por g de
adsorvente pesado, para um pH normal, ácido e básico, respetivamente. Com isto, conclui-se que
houve uma maior adsorção para a solução de maior pH (básico), no entanto, com os resultados
obtidos não é possível afirmar que com o aumento do pH a adsorção aumenta, uma vez que no pH
ácido e no normal a adsorção diminuiu ligeiramnete. Isto pode ser justificado por alguns erros
experimentais, que poderão ter tido por base o facto de a solução de alaranjado de metilo não ter
estado em contacto com o carvão ativado tempo suficiente para que se tivesse atingido o tempo de
equilíbrio e também as inúmeras diluições realizadas, para que se conseguisse determinar a
absorvância das soluções, numa gama de valores inferiores a 2, poderão ter levado à introdução de
vários erros experimentais.
Comparando as isotérmicas dos diferentes pH’s depois de adaptado os pontos experimentais ao
modelo escolhido, apenas se observa uma diferença significativa na adsorção de corante para uma
solução de pH básica, aumentando significativamente a adsorção com o aumento do pH. Já para um
pH ácido e normal a adsorção é praticamente a mesma. Com isto, concluiu-se que apenas para pH’s
elevadas há um aumento significativo de adsorção.
Em termos do número de iodo, obteve-se um valor experimental de 1010,7 que comparando
com o valor de referência teórico de 650 é possível observar que se obteve um valor em excesso.
No sentido de melhorar estudos seguintes sugere-se um melhor controlo do tempo de
equilíbrio, e modificações de outros fatores tal como o tipo de carvão, granulometria do carvão,
temperatura, o corante ou o adsorvente, de modo a melhorar a eficiência do processo de adsorção.

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Nomenclatura
q- Capacidade de adsorção do carvão ativado (mg corante adsorvido/mg adsorvente pesado)

m- Massa (g)

K1- Constante de Langmuir

KF- Constante de Freundlich

n- Constante empírica do modelo de Freundlich

qmax – capacidade máxima de adsorção do carvão ativado (mg/mg)

C – Concentração de adsorvato (mg/m3)

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LABO V

Bibliografia
[1] McCabe, W.L., Smith, J.C., Harriot, P. 2005. Unit Operations of Chemical Engineering,
seventh edition. McGraw-Hill International Edition.

[2] Coulson, J.M., Richardson, J.F. 1983. Tecnologia Química Vol lll. Fundação Calouste
Gulbenkian.

[3] Ruthven, D.M., “Principles of adsorption and adsorption processes”, John Wiley & Sons,
1984

[4] Equipamento. Adsorventes e resinas permutadoras de iões mais comuns


http://labvirtual.eq.uc.pt/siteJoomla/index.php?Itemid=450

[5] Merck. Activated charcoal Activated charcoal DARCO, particle size 20-40mesh, granular
7440-44-0 (sigmaaldrich.com)

19
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4. Anexos

Anexo A – Curva de Calibração

Primeiramente, apresenta-se a tabela para os valores obtidos para a solução mãe e,


consecutivos padrões realizados. Seguidas da representação gráfica da curva de calibração para
determinação da concentração da solução de alaranjado de metilo.

Tabela 1-Valores relativos à solução mãe.

V (solução de C
m (pesada) C (nova)
alaranjado de (arbitrada)
(g) (g/L)
metilo) (mL) (g/L)
Solução
50 0,1 0,0070 0,14
mãe

Tabela 2-Valores relativos aos padrões realizados.

Solução
F.D Absorvância Concentração (g/L) Absorvância média
padrão
P1 40 0,031 0,031 0,032 0,0000 0
P2 20 0,745 0,746 0,745 0,0070 0,745
P3 10 1,301 1,300 1,299 0,0140 1,300
P4 5 2,197 2,198 2,196 0,0280 2,197

2.5

f(x) = 82.5374149659864 x
2 R² = 0.991254205129276

1.5
Absorvância

0.5

0
0.0000 0.0050 0.0100 0.0150 0.0200 0.0250 0.0300
Concentração (g/L)

Figura 2-Representação gráfica da curva de calibração para determinação da concentração da


solução de alaranjado de metilo.

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Anexo B – Tempo de equilíbrio

Segue-se a tabela com os valores das absorvâncias e concentrações, no período de uma


semana, para a obtenção do tempo de equilíbrio.

Tabela 3-Valores para determinação do tempo de equilíbrio.

Absorvância
Solução F.D Absorvância média Concentração (g/L)
1 10 0,761 0,765 0,761 0,761 0,0922
2 1 1,434 1,434 1,434 1,434 0,0174
3 1 0,21 0,21 0,21 0,21 0,0025
4 1 0,079 0,076 0,08 0,079 0,0010
5 1 0,027 0,027 0,027 0,027 0,0003

Anexo C – Ensaios carvão para a isotérmica a pH normal.


Posteriormente, a tabela 4 indica os valores dos ensaios do carvão para o pH normal.

Tabela 4-Valores dos ensaios do carvão para pH normal.

Soluçã Absorvância Concentração Massa


F.D m (g) Absorvância q
o media (g/L) adsorvida
1 1 0,040 0,504 0,504 0,505 0,504 0,0061 0,02589 0,65
2 1 0,071 0,21 0,21 0,21 0,210 0,0025 0,02607 0,37
3 1 0,090 0,079 0,076 0,080 0,079 0,0010 0,02615 0,29
4 1 0,12 0,027 0,027 0,027 0,027 0,0003 0,02618 0,22
5 10 0,0139 0,809 0,810 0,811 0,810 0,0981 0,02129 1,53
6 10 0,0169 0,623 0,624 0,625 0,624 0,0756 0,02242 1,33
7 5 0,0229 0,921 0,920 0,922 0,921 0,0558 0,02341 1,02
8 5 0,0215 1,089 1,087 1,088 1,088 0,0659 0,02290 1,07
9 2 0,0340 0,900 0,901 0,900 0,900 0,0218 0,02511 0,74
10 1 0,0349 1,050 1,050 1,049 1,050 0,0127 0,02556 0,73
11 3,33 0,0251 0,891 0,890 0,891 0,891 0,0359 0,02440 0,97
12 10 0,0105 0,693 0,693 0,693 0,693 0,0840 0,01495 1,42
13 5 0,018 0,750 0,751 0,750 0,750 0,0454 0,01688 0,94
14 1 0,0267 1,554 1,555 1,556 1,555 0,0188 0,01821 0,68
15 1 0,0304 0,779 0,779 0,779 0,779 0,0094 0,01868 0,61
16 1 0,0345 0,543 0,543 0,544 0,543 0,0066 0,01882 0,55

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Seguidamente, apresenta-se a tabela para os valores teóricos do modelo de Langmuir para o


pH normal e respetiva representação gráfica.

Tabela 5-Valores dos ensaios do carvão para pH normal ajustados ao modelo de Langmuir.

Modelo de Langmuir
qmol qmax C K1 resíduos
4,54E-01 0,00611 0,0376
2,31E-01 0,00254 0,0184
9,68E-02 0,00096 0,0376
3,46E-02 0,00033 0,0337
1,27E+00 0,09814 0,0688
1,23E+00 0,07560 0,0101
1,16E+00 0,05579 0,0201
1,20E+00 0,06591 0,0180
1,4416 75,1823
8,95E-01 0,02181 0,0246
7,05E-01 0,01272 0,0008
1,05E+00 0,03595 0,0064
1,24E+00 0,08396 0,0322
1,12E+00 0,04543 0,0315
8,45E-01 0,01884 0,0266
5,98E-01 0,00944 0,0003
4,77E-01 0,00658 0,0047
soma 0,3714

Modelo de Langmuir
1.40E+00

1.20E+00

1.00E+00

8.00E-01
qmol

6.00E-01

4.00E-01

2.00E-01

0.00E+00
0.0000 0.0200 0.0400 0.0600 0.0800 0.1000 0.1200
Concentração

Figura 3-Representação gráfica do modelo de Langmuir para pH normal.

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Agora, seguem-se a tabela dos valores teóricos para o modelo de Freundlich e respetiva
representação gráfica para o pH normal.

Tabela 6-Valores dos ensaios do carvão para pH normal ajustados ao modelo de Freundlich.

Modelo de Freundlich
qmol KF C n resíduos
0,51248147 0,0061 0,02
0,373874572 0,0025 0,00
0,262898224 0,0010 0,00
0,178582714 0,0003 0,00
1,393475905 0,0981 0,02
1,268494547 0,0756 0,00
1,136994538 0,0558 0,01
1,20732951 0,0659 0,02
3,2154 2,7762
0,810610193 0,0218 0,01
0,66756752 0,0127 0,00
0,970495109 0,0359 0,00
1,317332008 0,0840 0,01
1,055915322 0,0454 0,01
0,768996153 0,0188 0,01
0,599507409 0,0094 0,00
0,526426326 0,0066 0,00
soma 0,1194

Modelo de Freundlich
1.6
1.4
1.2
1
0.8
qmol

0.6
0.4
0.2
0
0.0000 0.0200 0.0400 0.0600 0.0800 0.1000 0.1200
Concentração (g/L)

Figura 4-Representação gráfica do modelo de Freundlich para pH normal.

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Anexo D – Ensaios carvão para a isotérmica a pH ácido

A seguir, a tabela 7 indica os valores dos ensaios do carvão para o pH ácido.

Tabela 7-Valores dos ensaios do carvão para pH ácido.

m Abs Concentração Massa


Solução F.D Abs q
pesada média (g/L) adsorvida
1 16,67 0,0064 0,373 0,375 0,373 0,374 0,0755 0,0054 0,8471
2 5 0,0102 0,709 0,709 0,71 0,709 0,0430 0,0070 0,6908
3 5 0,0206 0,254 0,253 0,254 0,254 0,0154 0,0084 0,4091
4 1 0,0411 0,027 0,026 0,026 0,026 0,0003 0,0092 0,2233
5 10 0,0034 0,42 0,421 0,421 0,421 0,0510 0,0066 1,9549
6 10 0,0044 0,41 0,409 0,408 0,409 0,0496 0,0067 1,5267
7 5 0,0056 0,707 0,707 0,706 0,707 0,0428 0,0071 1,2597
8 5 0,0086 0,603 0,605 0,605 0,604 0,0366 0,0074 0,8563
9 5 0,0115 0,44 0,44 0,44 0,440 0,0267 0,0079 0,6837
10 5 0,0176 0,18 0,181 0,181 0,181 0,0109 0,0086 0,4914
11 1 0,0231 0,256 0,256 0,257 0,256 0,0031 0,0090 0,3913
12 1 0,0274 0,159 0,16 0,16 0,160 0,0019 0,0091 0,3321
13 1 0,0333 0,036 0,036 0,036 0,036 0,0004 0,0092 0,2755
14 1 0,0385 0,02 0,02 0,021 0,020 0,0002 0,0092 0,2385

Imediatamente, apresenta-se a tabela para os valores teóricos do modelo de Langmuir para o


pH ácido e respetiva representação gráfica.
Tabela 8-Valores dos ensaios do carvão para pH ácido ajustados ao modelo de Langmuir.

Modelo de Langmuir
qmol qmax C K1 residuos
1,324198275 0,0755 0,2276
1,099436264 0,0430 0,1670
0,643683348 0,0154 0,0550
0,020476419 0,0003 0,0412
1,171908714 0,0510 0,6131
1,160185939 0,0496 0,1343
1,097803392 0,0428 0,0262
1,81 35,77
1,028968855 0,0366 0,0298
0,885732039 0,0267 0,0408
0,510560026 0,0109 0,0004
0,181439909 0,0031 0,0441
0,117444717 0,0019 0,0461
0,027877609 0,0004 0,0613
0,015851659 0,0002 0,0496
soma 1,5364

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LABO V

Modelo de Langmuir
1.4

1.2

0.8
qmol

0.6

0.4

0.2

0
0.0000 0.0100 0.0200 0.0300 0.0400 0.0500 0.0600 0.0700 0.0800
Concentração

Figura 5-Representação gráfica do modelo de Langmuir para pH ácido.

De seguida, segue-se a tabela dos valores teóricos para o modelo de Freundlich e respetiva
representação gráfica.

Tabela 9-Valores dos ensaios do carvão para pH ácido ajustados ao modelo de Freundlich.

Modelo de Freundlich
qmol KF C n resíduos
1,339503941 0,0755 0,2424
1,065336762 0,0430 0,1403
0,701292792 0,0154 0,0854
0,145105027 0,0003 0,0061
1,141889442 0,0510 0,6610
1,128904954 0,0496 0,1582
1,063706452 0,0428 0,0384
3,83 2,46
0,998153598 0,0366 0,0201
0,877317033 0,0267 0,0375
0,610900867 0,0109 0,0143
0,366046798 0,0031 0,0006
0,301954115 0,0019 0,0009
0,164777909 0,0004 0,0123
0,130623425 0,0002 0,0116
soma 1,4292

25
Departamento de Engenharia Química
LABO V

Modelo de Freundlich
1.6
1.4
1.2
1
0.8
qmol

0.6
0.4
0.2
0
0.0000 0.0100 0.0200 0.0300 0.0400 0.0500 0.0600 0.0700 0.0800
Concentração

Figura 6-Representação gráfica do modelo de Freundlich para pH ácido.

Anexo E – Ensaios carvão para a isotérmica a pH básico

Por último, a tabela 10 indica os valores dos ensaios do carvão para o pH básico.

Soluçã Abs Concentração Massa


F.D m pesada Abs q
o média (g/L) adsorvida
1 12,5 0,0038 1,361 1,362 1,362 1,362 0,2062 0,0146 3,8524
2 12,5 0,0063 1,314 1,314 1,313 1,314 0,1990 0,0150 2,3813
3 12,5 0,0072 1,025 1,022 1,022 1,023 0,1549 0,0172 2,3894
4 10 0,0196 0,893 0,890 0,890 0,891 0,1080 0,0196 0,9976
5 1 0,0400 1,112 1,114 1,111 1,112 0,0135 0,0243 0,6069
6 1 0,0712 0,289 0,286 0,289 0,288 0,0035 0,0248 0,3480
7 1 0,0902 0,074 0,077 0,076 0,076 0,0009 0,0249 0,2761
8 1 0,115 0,033 0,032 0,031 0,032 0,0004 0,0249 0,2168
9 1 0,1303 0,02 0,019 0,018 0,019 0,0002 0,0249 0,1914
10 1 0,1509 0,04 0,0401 0,0401 0,040 0,0005 0,0249 0,1652
11 12,5 0,0084 0,579 0,580 0,581 0,580 0,0878 0,0206 2,4474
12 12,5 0,0110 0,515 0,514 0,514 0,514 0,0779 0,0211 1,9141
13 10 0,0150 0,754 0,754 0,754 0,754 0,0914 0,0204 1,3588
14 5 0,0211 0,839 0,839 0,838 0,839 0,0508 0,0224 1,0621
15 5 0,0291 0,79 0,791 0,791 0,791 0,0479 0,0226 0,7751
Tabela 10-Valores dos ensaios do carvão para pH básico.

26
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LABO V
De seguida, apresenta-se a tabela 11 para os valores
teóricos do modelo de Langmuir para o pH básico e
respetiva representação gráfica.

Tabela 11-Valores dos ensaios do carvão para pH básico ajustados ao modelo de Langmuir.

Modelo de Langmuir
qmol qmax C K1 resíduos
3,06E+00 0,2062 0,6249
2,99E+00 0,1990 0,3702
2,51E+00 0,1549 0,0153
1,91E+00 0,1080 0,8378
2,93E-01 0,0135 0,0983
7,78E-02 0,0035 0,0730
2,06E-02 0,0009 0,0653
8,72E-03 9,00 0,0004 2,50 0,0433
5,18E-03 0,0002 0,0347
1,09E-02 0,0005 0,0238
1,62E+00 0,0878 0,6835
1,47E+00 0,0779 0,1998
1,67E+00 0,0914 0,0990
1,01E+00 0,0508 0,0023
9,63E-01 0,0479 0,0351
Soma 3,2062

Figura 7-Representação gráfica do modelo de Langmuir para pH básico.

27
Departamento de Engenharia Química
LABO V
Para finalizar, segue-se a tabela 12 dos valores
teóricos para o modelo de Freundlich e respetiva
representação gráfica.
Tabela 12-Valores dos ensaios do carvão para pH básico ajustados ao modelo de Freundlich.

Modelo de Freundlich
qmol KF C n resíduos
0,206
3,852359941 2 0,0000
0,199
3,850095577 0 2,1572
0,154
3,834353108 9 2,0880
0,108
3,811723603 0 7,9194
0,013
3,683974013 5 9,4684
0,003
3,603313232 5 10,5973
0,000
3,525263507 9 10,5571
0,000
3,95 61,04
3,475907185 4 10,6219
0,000
3,446347002 2 10,5947
0,000
3,488733108 5 11,0460
0,087
3,798869953 8 1,8265
0,077
3,791398906 9 3,5242
0,091
3,801311789 4 5,9657
0,050
3,764946223 8 7,3055
0,047
3,761312573 9 8,9175
Soma 102,58943

28
Departamento de Engenharia Química
LABO V

Figura 8-Representação gráfica do modelo de Freundlich para pH básico.

Anexo F – Número de iodo

Anexo F.1 – Constante de normalidade filtrado residual

29
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LABO V

Figura 9- Tabela para a determinação da constante normalidade filtrado residual.

Anexo F.2 – Determinação do número de iodo

Finalmente, procedeu-se à determinação do número de iodo, apresentado na tabela 13.

Tabela 13-Valores determinados para o cálculo do nº de iodo.

mpesada (g) 3,0008


N1 0,1
N2 0,1
A 1269,3
B 12,693
C 0,0334
D 0,925
X/M 1092,608
nº iodo 1010,662
V(gasto) 16,709

Anexo G– Exemplos de cálculo

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LABO V
Anexo G.1 – Construção da Curva de Calibração

1.1 – Cálculo da concentração estimada de acordo com


a massa de alaranjado de metilo pesada.

7,0× 10−3
C (nova) = =0,14 g /L
0,050

1.2 – Determinação das concentrações dos padrões.


Após se ter arbitrado os volumes de alaranjado de metilo que se iria colocar em cada balão
volumétrico, tendo em conta a capacidade das pipetas volumétricas existentes, procedeu-se ao
seguinte cálculo para a determinação da concentração em cada balão volumétrico.
Tendo em conta o terceiro padrão (P3) da tabela 2 do Anexo A.
V (balão volumétrico) = 20 mL
V (toma de solução mãe) = 2 mL

20
fd = =10
2
C ( nova ) 0,14
C (final do padrão) = = =0,014 g / L
fd 10

1.3 – Cálculo da concentração da amostra a analisar


Equação da reta (Anexo A, figura.2): ABS = 82,537C

0,865
C (amostra) = × 50 = 0,524 g/L
82,537

Sendo 50 o fator de diluição usado para diluir a amostra a analisar para que fosse possível medir
a sua absorvância.

Anexo G.2 – Ensaios carvão para os diferentes pH´s

2.1 – Cálculo da concentração do carvão ativado (tabela 4, anexo C, ensaio 1)


m carvão = 0,040g
ABS = 0,504
Equação da curva de calibração: ABS = 82,537C
fd =1
C = 0,504 /82,537×10 = 0,0061 g/L

2.2– Cálculo da massa presente no balão volumétrico (tabela 4, anexo C, ensaio 1)

C = 0,0061 g/L
V balão volumétrico = 0,050 L
m = C × V = 0,061× 0,050 = 0,00305 g

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2.3 – Cálculo da massa adsorvida (tabela 4, anexo C,
ensaio 1)

m amostra = 0,0262g
m balão volumétrico = 0,000305 g
m adsorvida = m amostra- m balão volumétrico = 0,0262-0,000305 = 0,02589 g

2.4 – Cálculo do q (tabela 4, anexo C, ensaio 1)

m adsorvida = 0,02589 g
m carvão = 0,040 g
madsorvida 0,02589
q= = =0,65
mcarvão 0,040

Anexo G.3 – Determinação do número de iodo

X
3.1 – Cálculo de (anexo F)
m
V titulante = 16,709 mL
m carvão = 3,0008 g
N1 = 0,1 N
N2 = 0,1 N
A = N1 ×12693,0=1269,3
B = N2 ×126,93=12,693

X A−(2,2× B × Vtitulante) 1269,3−( 2,2× 12,693× 16,709)


= = = 1092,6
m mcarvão 3,0008

3.2 – Cálculo de C (anexo F)

N 2 ×Vtitulante 0,1× 16,709


C= = =¿0,0334 g/mL
50 50

3.3 – Cálculo do número de iodo (anexo F)

C= 0,0334 g/mL
Pela tabela disponível no laboratório de Tecnologia do ISEP, com a concentração de
0,02838 g/mL obtêm-se um valor de D de 0,925.
X
Nº iodo = × D = 1092,6 × 0,925=1010,7
m

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Anexo G.4 – Modelos isotérmicos

4.1 – Determinação do qmol para o modelo de Langmuir para os diferentes pH’s

O cálculo é idêntico para todos os pH’s, exemplificou-se o cálculo para o pH normal.


Para determinar as constantes da fórmula de Langmuir (K1 e q m á x ¿foi necessário usar a
função solver do Excel.
q m á x =1,44
K1=75,18
Tendo obtido os valores de K1 eq m á x a partir da equação (1), foi possível determinar qmol
para a primeira linha tabela 5 do Anexo C.

qmáx × K 1 ×C 1,44 ×75,18 × 0,00611 −1


qmol ( carvão )= = =4,54 ×10
1+ K 1× C 1+ 75,18× 0,00611

4.2 – Determinação do qmol para o modelo de Freundlich para os diferentes pH’s

O cálculo é idêntico para todos os pH’s, exemplificou-se o cálculo para o pH normal.


Para a determinação das constantes da fórmula de Freundlich (KF e n¿foi necessário usar a
função solver do Excel.
n=2,776
KF=3,21
Obteu-se os valores de KF e n a partir da equação (2) foi possível determinar qmol para a
primeira linha tabela 6 do Anexo C.

1 1
n
qmol ( carvão )=K F × C =3,2154 ×0,0061 2,776
=¿ 0,512

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