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Índice
Introdução ........................................................................................................................................ 4
1. Objectivos .................................................................................................................................... 5
2.1. Reacção de magnésio metálico com uma solução aquosa de um ácido ................................... 7
2.4. Determinação da velocidade específica de uma reacção de 2ª ordem e da sua variação com a
temperatura .................................................................................................................................... 24
3. Electroquímica ........................................................................................................................... 29
4. Conclusão .................................................................................................................................. 42
Introdução
As presentes notas resultaram de textos de apoio aos trabalhos das disciplinas de Química-Física,
na área de Laboratórios, tendo-se introduzido pequenas alterações para adaptação à disciplina de
Laboratório de Química Física (Q224).
Os trabalhos seleccionados inserem-se em duas grandes áreas da Química-Física: Cinética e
Electroquímica. No âmbito da Cinética e Electroquímica são efectuados dois trabalhos de factores
que afectam a velocidade química (Cinética), realiza-se o estudo de um efeito de superfície de
contacto, catálises, o estudo em solução por potenciométrica (Electroquímica) e o estudo de um
equilíbrio de adsorção (Química-Física de Superfícies).
A escolha destes trabalhos prendeu-se com critérios de optimização de recursos laboratoriais
existentes versus temas desenvolvidos na unidade curricular Química-Física (Q223). Estas notas
constituem uma introdução à preparação das experiências a realizar no laboratório, sendo
indispensável a consulta da bibliografia indicada em cada trabalho.
1. Objectivos
1.1.1. Geral
1.1.2. Específicos
1.2. Metodologia
Para a realização do presente trabalho, recorreu-se ao método de pesquisa e também foram usadas
consultas bibliográficas, estes itens devem como objectivos fornecer informação com precisão de
modo que permite ao leitor identificar todas as fontes bibliográficas consultadas na elaboração do
trabalho.
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2. Cinética Química
Introdução
Cinética Química é o ramo da Química - Físico que estuda a velocidade das reações e os fatores
que afectam a velocidade. Estes fatores são: temperatura, pressão, concentração dos reagentes,
catalisador, superfície de contato entre os reagentes, luz e eletricidade. Além destes, constituem
também fatores influentes na velocidade das reações químicas, os parâmetros que controlam os
vários processos de transportes físicos, tais como as condições de fluxo, o grau de mistura e os
parâmetros envolvidos na transferência de calor e massa. Enquanto a termodinâmica está
interessada apenas nos estados inicial e final de um processo, a cinética química está interessada
nos detalhes da transformação do sistema de um estado a outro, bem como no tempo necessário
para essa transformação.
Algumas reações são tão rápidas que parecem ser instantâneas, outras são mais lentas, levando
horas, dias ou até vários anos para se completarem (CONSTANTINO, 2014).
O estudo da cinética química é bem complexo, pois envolve uma grande quantidade de variáveis.
Devido a isto, para cada caso, é necessário recorrer às experiências laboratoriais e na maioria das
vezes é necessário realizá-las para todo intervalo possível de condições operacionais, sendo
raramente possível extrapolar dados em bases puramente teóricas.
Introdução
Os metais chamados de não nobres, isto é, aqueles que aparecem na fila de reatividade dos
metais à esquerda do H, reagem com substâncias de caráter ácido. Isso ocorre porque são mais
reativos que o hidrogênio e, assim, deslocam o hidrogênio dos ácidos, formando o cátion H + ou
H3O+.
Por exemplo, se colocarmos uma fita de magnésio metálico em uma solução de ácido clorídrico,
veremos a formação de bolhas (conforme mostrado na imagem do início do texto), o que indica a
formação do gás hidrogênio:
Quando o magnésio metálico entra em contato com ácido clorídrico (HCI) ocorre uma reação com
liberação de um gás.
Avaliar a velocidade da reacção química entre o ácido clorídrico e o magnésio a partir do volume
de hidrogénio molecular libertado em função do tempo. Verificar que a velocidade da reacção entre
o magnésio e o ácido clorídrico aumenta com o aumento da concentração de ácido.
Verificar que a velocidade das reacções químicas diminui ao longo do tempo.
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Material e Reagentes
Suporte universal
Bureta de 25 mL
Gobelé de 500 mL
Kitasato de 25 mL
Rolha
Tesoura
Lixa para polir
Cronometro Ilustração 1 Material e reagentes.
Solução aquosa de ácido
clorídrico 1,00 moldm-3
Solução aquosa de ácido clorídrico 0,75 moldm-3
Procedimentos
Montagem
Ilustração 2 Montagem
Nesta actividade laboratorial avalia-se a velocidade da reacção entre o magnésio com ácido
clorídrico de diferentes concentrações, através do volume de hidrogénio molecular libertado em
função do tempo. Para tal procederam-se a três ensaios diferentes, cada um com uma concentração
diferente de ácido clorídrico.
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Nesta parte do experimento iremos observar o efeito do grau de exposição do magnésio, em uma
solução ácida, na taxa de produção de hidrogênio. Um conceito importante que você já deve ter
visto diz respeito à série ou fila electroquímica, uma lista em ordem crescente de reatividade
química de diversas espécies químicas. Esta série é organizada com base nos potenciais padrões
de redução, ou seja, uma listagem de espécies químicas ordenadas de acordo com uma tendência
crescente a se oxidarem. No caso específico dos metais, os que se encontram no topo da lista (Pt,
Au, etc.) são os menos reativos, já os que se encontram na parte inferior são os mais reativos, ou
seja, com maior tendência a se oxidarem.
O magnésio, devido a sua posição na série, irá se oxidar rapidamente no meio ácido. Assim,
somente após certo tempo algumas bolhas de hidrogênio serão liberadas, juntamente com uma
coloração amarela decorrente da formação do cloreto de magnésio.
Materiais e reagentes
Erlenmeyers de 250 ml;
Proveta de 10 ml e de 50 ml;
Termômetro;
Cronômetro;
Bastão de vidro;
Procedimento
Efeito do catalisador
a) Numere dois erlenmeyers;
b) A cada um adicionar 50 ml de água destilada, 10 mL da solução 1 (HCl) e 5 mL da solução 2
(ác. oxálico).
c) Ao erlenmeyer 1 adicionar 4 ml da solução 3 (permanganato). Agitar e anotar o tempo de
mudança de coloração para incolor.
d) Ao erlenmeyer 2 adicionar 4 ml da solução 3 (permanganato) e em seguida adicionar 5 gotas de
solução 4 (MnCl2). Agitar e anotar o tempo de mudança de coloração para incolor (tabela 1).
2.2.3. Bibliografia
ATKINS, P. W.; Físico-Química, vol. 1, 8ed., Editora LTC, São Paulo, 2008. CASTELLAN, G.;
Fundamentos de físico-química, Editora LTC, São Paulo, 1972.
MOORE, W. J.; Físico-química, vol. 1, Editora Edgar Blacher, São Paulo, 1976.
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2.3. Catalisador
Introdução
A velocidade de muitas reações químicas aumenta na presença de um catalisador, substancia que
sem ser consumida durante a reação, aumenta a sua velocidade. Catalisadores são espécies
químicas que possuem a propriedade de aumentar a velocidade de uma reação sem que esta sofra
alterações permanentes, tanto no que diz respeito à composição química como à quantidade.
Catálise é o nome dado a estas reações que acontecem na presença de catalisadores. [1]
O catalisador é uma substancia usada numa etapa do mecanismo da reação e é regenerada na etapa
posterior, pois agem provocando um novo caminho reacional, no qual tem uma menor energia de
ativação.
Ao contrário do que se possa imaginar, a temperatura não funciona como catalisador, apesar de, o
aumento desta acelerar a reação. Porém, entende-se por catalisador, aquele composto que acelera
a reação e diminui a energia de ativação da mesma, o que não ocorre com a elevação da
temperatura, que propicia um aumento da energia do meio reacional e não uma diminuição da
energia de ativação.
Alguns catalisadores, por exemplo, ácidos e bases, exibem efeito catalítico sobre uma grande
diversidade de reações químicas. Os mais apreciados, entretanto são os catalisadores específicos,
que aceleram apenas uma determinada reação, sem afetar as outras. Na presença de um catalisador,
uma reação química pode ocorrer ate um milhão de vezes mais rápidas e reações extremamente
lentas tornam-se viáveis, podendo ser obtidos altos rendimentos dos produtos em curto tempo.
Geralmente, basta adicionar uma pequena quantidade de um catalisador ao sistema reacional para
obter um efeito significativo.
Portanto, nesses casos, os catalisadores não participam estequiometricamente nas reações químicas
catalisadas.
De um modo geral, o catalisador forma uma espécie intermediária ativada com a molécula de um
dos reagentes, aumentando a sua reatividade, e após a formação do produto final, o catalisador após
ser regenerado pode atuar novamente com outras moléculas do reagente:
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Onde A e B são reagentes; C o produto; Cat catalisador; cat.A* espécie ativada. [2]
A figura 1.1 compara o caminho de uma reação não-catalisada com o da catalisada. Observe que o
∆H da reação é independente do mecanismo da reação e depende somente da identidade dos
reagentes e produtos. Entretanto a energia de ativação da reação catalisada é menor do que a da
não-catalisada, ou seja, numa dada temperatura, um maior número de moléculas reagentes possui
a energia de ativação necessária para a reação catalisada do que para a não-catalisada, assim o
mecanismo catalisado predomina, pois mais moléculas seguirão o novo mecanismo. [3]
2.3.1. Catálise
A catálise é a mudança de velocidade de uma reação química devido à adição de uma substância
(catalisador) que praticamente não se transforma ao final da reação. Os aditivos que reduzem a
velocidade das reações se chamam inibidores. Os catalisadores agem provocando um novo
caminho reacional, no qual tem uma menor energia de ativação.
A catálise homogênea diz respeito a processos nos quais um catalisador está em solução com
pelo menos um dos reagentes.
Exemplo:
A reação entre o hidrogênio (gás) e o etileno (gás) forma-se o etano, sob a ação catalítica de
alguns metais sólidos, como a platina e o níquel.
Procedimento
Catálise Homogênea
Repetimos este mesmo procedimento, embora ao invés de gotas da solução B adicionamos gotas
da soluções C, das soluções C + D, das soluções C + E, e das soluções C + F.
Catálise Heterogênea
Em um tubo de ensaio adicionamos alguns miligramas de Dióxido de manganês (MnO2)
juntamente com 2,0 mL da solução A e observamos o ocorrido.
Nos experimentos realizados referente a catálise homogênea, nos dois primeiros procedimentos
não foi observada nenhuma mudança no sistema, pois as substancias B e C não catalisam a
decomposição do peróxido de hidrogênio, ou seja, não aumentam a velocidade da reação, fazendo
com que ela ocorra naturalmente como se estas substâncias não estivessem presentes, a qual é uma
reação lenta de aproximadamente 0,05 % por ano.
Podemos observar nos esquemas adotados abaixo, a figura 2 mostra uma comparação desta reação
com a presença de catalisadores e sem sua presença, e na figura 2.1 um gráfico representando os
mecanismos e a rapidez da reação.
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Lenta
0,05% por ano
E
(3)
Reação lenta
(1) (2)
IO–
Figura 2.1 Gráfico representativo da reação de Peróxido de hidrogênio sem e com a presença de catalisadores
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No primeiro procedimento, no ensaio entre o H2O2 e MnO2, houve uma reação rápida
com desprendimento de gás e calor, resultando em um sobrenadante incolor e um precipitado
preto.
Entretanto o MnO2 não reage com o H2O2, pois o dióxido de manganês (MnO2) não participa da
reação ele é utilizado como catalisador, ele apenas acelera a reação do peróxido de hidrogênio
(H2O2), ao adicionamos o MnO2 no tubo contendo H2O2, nota-se facilmente a liberação de
oxigênio pelas borbulhas que a reação faz, e o tubo fica bem quente.
O que resta no tubo após a reação é apenas água resultante da decomposição e MnO2 da mesma
forma da qual foi adicionado no inicio, pois se evaporamos essa água, e pesarmos apenas o
precipitado, notaremos que a massa MnO2 continua a mesma, portanto MnO2.
No ensaio seguinte entre o H2O2 e o Al2O3, não houve nenhuma reação visivelmente, embora termos
a consciência e sabermos que o Al2O3 é uma substancia catalítica, (e que atua perfeitamente no
aumento da velocidade de reação de oxidação de alcanos), neste ensaio não há ocorrência da reação,
justamente por ela não aumentar a velocidade de reação de decomposição do peróxido, a qual
ocorrera em seu tempo natural, onde a reação se processa de maneira muito lenta.
2.3.4. Bibliográfica
2.3.5. Autocatálise
Autocálise é uma reação na qual um dos produtos da reação atua como catalisador da própria
reação. Inicialmente, a reação é lenta, e conforme o catalisador (produto) vai se constituindo, a
velocidade vai se elevando.
Exemplo:
Seja a reação:
Mn++ é um produto autocatalisador, pois ele aumenta a velocidade da própria reação em que é
formado.
Existem três condições fundamentais para a vida. Uma delas é que o organismo vivo deve ser capaz
de se auto-replicar; a segunda, que o mesmo organismo deve também possuir a capacidade de
catalisar reações químicas de forma eficiente e seletiva. Todos os sistemas vivos requerem uma
enorme variedade de reações bioquímicas para se sustentar, e quase todas elas são mediadas por
uma série de notáveis catalisadores biológicos conhecidos pelo nome de enzimas. Sem esses
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agentes, as reações necessárias para a manutenção da vida simplesmente não ocorreriam em uma
escala de tempo útil [1-3].
Em 1897, o químico Eduard Büchner, laureado com o prêmio Nobel de Química no ano de 1907
[4], mostrou que extratos de leveduras eram capazes de fermentar o açúcar a álcool, evidenciando
que esse processo se deve à presença de moléculas que continuam a exercer a sua função mesmo
após a remoção das células. O termo enzima foi cunhado pelo fisiologista alemão Wilhelm
Friedrich Kühne.
A nomenclatura das enzimas, frequentemente, encontra-se associada ao tipo de reação que ela
catalisa mais o sufixo -ase. Por exemplo, enzimas responsáveis por catalisar reações de hidrólise
são chamadas de hidrólases. Devido ao fato de o número de enzimas que são descobertas estar em
constante crescimento é necessário utilizar um critério que permita a classificação destas em grupos
específicos. A União Internacional de Bioquímica e Biologia Molecular (IUBMB) [5] classifica e
dá nome às enzimas de acordo com a natureza da reação química que elas catalisam. A Tabela 1
apresenta um panorama geral dos diferentes tipos existentes.
Ao atuar dessa maneira, a estrutura da enzima é resguardada após uma determinada reação. A
enzima forma um complexo molecular com um substrato específico, o qual irá sofrer a reação.
Após a formação desse complexo, um estado de transição é gerado, o qual geralmente possui uma
afinidade pelo sítio enzimático sendo, portanto, mais estável na presença da enzima do que em sua
ausência (Figura 1).
knon
E+S E + (S )‡ E+P
KM kcat
E+S E .S ( E . S )‡ E.P E+P
GES GES‡
Figura 1: Representação do caminho reacional na ausência (não catalisado) e na presença da enzima (catalisado)
(esquerda) e esquema representativo do processo de catálise enzimática (direita).
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Introdução
Determinação da velocidade específica da reacção. A reacção traduzida pela equação química:
I2 + I- → I3 (rápida)
A primeira reacção, muito mais lenta do que qualquer das outras, determina a velocidade da
reacção global; esta reacção é simples, elementar, de 2ª ordem tipo II, o que explica que a reacção
global seja simples (mas não elementar) de 2ª ordem tipo II, isto é, que a respectiva equação de
velocidade seja:
𝑑|𝐻2 𝑂2 |
= −𝑘𝐻2𝑂2 |𝐻2 𝑂2 ||𝐼 − |
𝑑𝑡
O objectivo da primeira parte do trabalho é determinar a velocidade específica da reacção à
temperatura ambiente. Esta determinação é efectuada em condições tais que a concentração de I-
se mantém constante surgindo, então, a reacção degenerada em 1ª ordem
𝑑|𝐻2 𝑂2 | 𝑎𝑝
= −𝑘𝐻2 𝑂2 |𝐻2 𝑂2 |
𝑑𝑡
𝑎𝑝
em que a respectiva velocidade específica (aparente), 𝑘𝐻 𝑂 , depende da concentração de I-
2 2
𝑎𝑝
𝑘𝐻2 𝑂2 = 𝑘𝐻2 𝑂2 |𝐼 − |
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O estudo cinético experimental da reacção é efectuado de um modo tal que permite manter quer a
concentração de I constante, quer determinar a quantidade de 𝐼3− formado (igual à quantidade de
H2O2 que reagiu) e o respectivo tempo de formação. Para este fim, adiciona-se previamente à
solução cozimento de amido (que, quando existir 𝐼3− em solução, dará a esta uma intensa cor azul)
e, enquanto a reacção prossegue, sucessivas fracções de S2O32-. Este reduz o I3 que se vai formando,
de acordo com a reacção traduzida pela seguinte equação química:
Regenerando-se o I, pelo que a concentração deste se mantém constante (usa-se um grande volume
de solução para não haver, praticamente, efeito de diluição provocado pela adição de S2O32-).
Por outro lado, quando cada fracção de S2O32- se esgota, o 𝐼3− que se forma não é reduzido,
surgindo, como consequência, cor azul intenso que desaparece pela subsequente adição de S2O32-.
Medem-se os tempos que demoram os sucessivos aparecimentos de cor azul (a partir do início da
reacção), bem como os correspondentes volumes totais de S2O32- adicionado. A quantidade de
𝐼3− formado em cada um destes intervalos de tempo é proporcional à quantidade de S2O32-
adicionado até então.
As experiências são efectuadas em meio fortemente ácido (pH = 0.5) que proporciona um certo
poder tampão, necessário pois a reacção consome H+ (aq) e, como a velocidade da reacção global
depende da concentração de H+ (aq), é necessário manter essa concentração constante.
Titule com solução de Na2S2O3 0.25 mol dm-3, repetindo a titulação até obter volumes
concordantes.
Para obter o valor de 𝑉∞ deve dividir o valor assim determinado por cinco: 𝑉∞ = Vexp / 5.
mol dm-3 e 5 gotas de eosina) com solução padrão de AgNO3 0.1 mol dm (viragem: solução
avermelhada ± precipitado púrpura floculado). Repita a titulação até obter volumes concordantes.
Realização experimental
Experiência 1
Numa célula de paredes duplas coloque sucessivamente 100 cm3 de H2O, 5 cm3 de H2SO4 1:2 e 1
cm3 de cozimento de amido e adicione 4.00 cm3 de KI a 20%.
Aguarde que a temperatura estabilize e adicione 3.00 cm3 da solução diluída de H2O2 (início da
contagem dos tempos ± meia adição de H2O2). A solução torna-se instantaneamente corada de azul-
escuro.
Adicione rapidamente, com uma micropipeta, 0.500 cm3 de Na2S2O3 0.25 mol dm3, o que provoca
o desaparecimento da cor azul. Registe o volume de Na2S2O3 adicionado e o tempo decorrido até
reaparecer a cor azul.
Repita estas operações efectuando adições de aproximadamente 0.200 cm3 de Na2S2O3 até que a
reacção ultrapasse metade do seu curso teórico, isto é, até que o volume total de Na2S2O3
adicionado ultrapasse metade do valor de Vf atrás determinado.
Tenha em atenção que deve ler o tempo imediatamente após reaparecer a cor azul e não quando
faz a adição de Na2S2O3, mas que esta deve ser feita, tanto quanto possível, logo em seguida.
No fim do ensaio, registe a temperatura da solução e calcule a média das temperaturas inicial e
final.
Experiência 2
Experiência 3
Experiência 4
Repita a experiência 2, isto é, usando 2.00 cm3 de KI a 20% mas a uma temperatura de cerca de
15 oC.
Experiência 5
Repita a experiência 4, isto é, usando novamente 2.00 cm3 de KI a 20% mas a uma temperatura
de cerca de 35 oC.
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2.4.2. Cálculos
Ajuste uma recta a cada um dos conjuntos de pontos e relacione a posição relativa das rectas
obtidas com as condições experimentais.
𝑎𝑝
Calcule o valor de𝑘𝐻 𝑂 para cada uma das experiências.
2 2
Calcule os valores de Ea e A.
2.4.3. Bibliografia
R. Livingston Physic - Chemical Experiments, Macmillan, 1957, exp. 24, page. 175.
R. A. Alberty, R. J. Silbey, Physical Chemistry, 1st edition, John Wiley & Sons Ltd, Chichester
(England), 1992, cap. 19.
P. W. Atkins, Physical Chemistry, 6th edition, Oxford University Press, Oxford (England), 1999,
cap. 25
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3. Electroquímica
Introdução
O processo da electrólise e uma reacção oxirredução oposta aquela que corre numa célula galvânica
(mais conhecida como pilha ou bateria), constituindo um fenómeno físico-químico não espontâneo.
A reacção que ocorre numa pilha ou bateria e espontânea, a electrólise e um processo antinatural,
isto e não e espontâneo; sua ocorrência só se dará garantido uma corrente eléctrica seja aplicada no
sistema. Entre3 seus usos esta a carga de bateria e a produção industrial de elementos como o
alumínio e o cloro, bem como a confecção de pecas extremamente refinadas e de auto rendimento
como aquelas usadas na industria aeronáutica ou aeroespacial.
Define-se como sendo um ramo da química responsável pelo estudo de relações químicas que
ocorrem em uma solução envolvendo um condutor, podendo ser um metal ou um semicondutor e
um condutor iónico, que é um electrólito.
30
Introdução
A reatividade química dos metais varia com a eletropositividade, logo quanto mais eletropositivo
for o elemento, mais reativo será o metal. Os metais mais reativos são aqueles que possuem grande
tendência de perder electrões, logo, formam iões positivos com mais facilidade.
Por exemplo: colocando-se uma lâmina de ferro em uma solução de sulfato de cobre (II) (coloração
azul), verifica-se que a lâmina de ferro fica recoberta por uma camada de metal vermelho (o cobre).
Por outro lado, a solução fica amarela [solução de sulfato de ferro (II)].
Ocorre, pois, uma reação química que pode ser representada pela seguinte equação:
Conclui-se que o ferro é mais reativo do que o cobre, pois o desloca de seu composto.
Por meio de reações deste tipo, colocam-se os metais em ordem crescente de reatividade química.
Li, K, Rb, Cs, Ba, Sr, Ca, Na, Mg, Al, Mn, Zn, Fe, Co, Ni, Pb, H, Cu, Ag, Pd, Pt, Au
Adicionar NaOH 6,0 mol L-1 (aproximadamente 2,0 mL) sobre aparas de zinco metálico.
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Pb2+(aq) + Cu →
Em um tubo de ensaio colocar solução de sulfato de cobre (aproximadamente 2,0 mL). Adicionar
zinco metálico, aguardar 5 minutos, agitar e observar.
Cu2+(aq) + Zn →
Em um tubo de ensaio colocar solução de sulfato de zinco (aproximadamente 2,0 mL). Adicionar
aparas de cobre, agitar e observar.
Zn2+(aq) + Cu →
Em um tubo de ensaio colocar solução de nitrato ou acetato de chumbo (aproximadamente 2,0
mL). Adicionar zinco metálico, aguardar 5 minutos, agitar e observar.
Pb2+(aq) + Zn →
Zn2+(aq) + Pb →
Introdução
Na última década assistiu-se a um aumento da demanda de aparelhos eletro-eletrônicos, ficando
difícil imaginarmos a civilização moderna sem o conforto e as facilidades da energia elétrica.
Mas quando foi que o Homem aprendeu a gerar corrente elétrica (fluxo contínuo de cargas
elétricas)? Será que a pilha elétrica teve alguma importância no desenvolvimento da ciência da
eletricidade ou foi apenas uma consequência de uma ciência já estabelecida? E o que é que a
química tem a ver com a eletricidade?
O desenvolvimento da eletricidade foi iniciado por Giuseppe Volta (1745-1827), professor de física
na universidade de Pávia (Itália), cujos estudos originaram-se de uma controvérsia entre ele e seu
compatriota Luigi Galvani (1737-1798), professor de anatomia na Universidade de Bolonha
(Itália). Este último havia descoberto, que quando se tocava simultaneamente as extremidades de
uma perna dissecada de uma rã, com dois metais diferentes, o músculo da perna se contraía,
concluindo então que tal efeito era devido ao músculo, que possuía “eletricidade animal”.
Entretanto, em 1793, Volta percebeu que se a placa e o metal fossem constituídos de mesmo
material os músculos da rã não se contraíam. Então, Volta descarta a hipótese de estímulo mecânico
e propõe a ideia de circuito formado a partir de uma solução eletrolítica em contato com dois
eléctrodos.
Em 1800, Volta construiu a primeira pilha elétrica, atualmente a pilha galvânica ou voltaica, que
era constituída de uma série de discos de zinco e cobre empilhados e separados alternadamente por
pedaços de feltro embebido em ácido sulfúrico diluído que possibilitava o movimento de cargas
elétricas através de um condutor.
Em 1836, o químico inglês John Frederic Daniell (1790-1845) modificou a pilha de Volta,
utilizando, ao invés de soluções ácidas, soluções de sais, tornando assim a experiência menos
perigosa. A pilha de Daniell funciona a partir de dois eléctrodos interligados onde cada eléctrodo
é um sistema constituído por um metal imerso em uma solução aquosa de um sal formado pelos
catiões desse metal.
Daniell percebeu que se fizesse uma interligação entre dois eléctrodos de metais diferentes, o metal
mais reativo, iria transferir seus electrões para o catião do metal menos reativo em vez de transferi-
los para seus próprios catiões em solução.
Sempre que metais de reatividades diferentes são imersos em soluções que contêm iões, é possível
observar que no sistema se estabelece um circuito elétrico e o sentido da movimentação dos
electrões é do metal mais reativo – o redutor - para o menos reativo - o oxidante.
Como o zinco metálico é mais reativo que o cobre, se os eléctrodos de zinco e de cobre forem
interligados através de um fio condutor, o zinco metálico irá transferir seus electrões para o catião
cobre, Cu2+ (aq), em vez de transferi-los para o catião zinco, Zn2+ (aq).
33
Deste modo se estabelece uma passagem de corrente elétrica pelo fio condutor que poderá ser
detectada ao adaptar uma lâmpada a este fio e interligarmos os eléctrodos.
Material e reagentes
Montar a pilha de Daniel da seguinte maneira: Colocar a lâmina de zinco no interior do béquer de
100 mL. A seguir, o recipiente cerâmico no interior da lâmina de zinco e finalmente a lâmina de
cobre dentro do recipiente cerâmico. O sistema obtido deve estar de acordo com a figura a seguir.
Substituir a lâmpada pela calculadora, conectando o fio vermelho ao pólo positivo e o fio preto ao
pólo negativo da calculadora.
3.2.2. Resultados e conclusões
Um dos eletrodos era formado por uma placa de zinco metálico (Zn (s)) mergulhada em uma solução
que continha cátions zinco (Zn2+ (aq)), como uma solução de sulfato de zinco (ZnSO4 (aq)).
Já o segundo eletrodo era formado por uma placa de cobre metálico (Cu(s)) mergulhada em uma
solução que continha cátions cobre (Cu2+(aq)), como uma solução de sulfato de cobre (CuSO4(aq)).
Esses dois eletrodos eram interligados por um circuito externo, com uma lâmpada, cujo
acendimento indicaria a passagem de corrente elétrica.
Além da lâmpada realmente acender, com o passar do tempo, ocorreram outras mudanças no
sistema, que foram:
3.2.3. Bibliografia
https://www.manualdaquimica.com/fisico-quimica/pilha-daniell.htm
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Introdução
No processo em caso, a Pilha de Limão, os metais Cobre e Zinco respetivamente cátodo e ânodo,
inseridos na fruta, e mantidos em contacto por um fio, por um processo de transferência de electrões
que geram corrente eléctrica.
E importante frisar também, que os ácidos constituintes do suco de limão, tais como ácido cítrico,
e ácido ascórbico funcionam como electrólito, isto e, a solução constituinte que conduz
electricidade, favorecendo a ocorrência das reacções.
Materiais e reagentes
Limões
Moeda (cobre) e parafuso (zinco)
Voltímetro
Fontes de baixo potencial (pilhas)
LED
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Procedimento
Para iniciar o experimento introduz-se no limão a moeda de cobre, como cátodo, e o parafuso de
zinco, que age como ânodo. Posteriormente a isso, a fim de medir a diferença de potencial (DDP)
existente entre os metais, pontas de prova de um voltímetro são colocadas com cada metal,
separadamente.
Observa-se então, se há possibilidade de haver DDP suficiente no sistema para acender uma luz de
LED. Com isso, para comprovar o teste, conectam-se os fios do LED separadamente em cada metal
com o intuito de acende-lo. Ao fim do experimento, faz-se teste com pilhas em paralelo e em serie
para verificar a possível iluminação do LED nos casos.
O limão é insuficiente para provocar a DDP necessária para acender um LED como o utilizamos
no experimento. Isso se deve a baixa qualidade de electrólitos, que e o responsável pela transmissão
dos electrões entre os metais introduzidos no limão. Já com duas pilhas colocadas em serie foi
possível a iluminação do LED, uma vez que a conservação da corrente eléctrica é a soma das
voltagens tornaram concreta a acção. Em constante, o mesmo não foi possível com o alimento em
paralelo das pilhas, visto que a voltagem, nesse caso, permanece constante. Logo, foi possível
comprovar experimentalmente, a eficiência, mesmo que mínima da Pilha de Limão, e da
capacidade condutora dos ácidos componentes de seu suco, além da influência de diversos factores,
com dimensão e quantidade da fruta, e disposição em série ou em paralelo, que influíram
substancias nos resultados.
3.3.3. Bibliografia
ROZENBERG, I.M. (2002), Química Geral,1ª Edição São Paulo: Editora Edgard Blucher LTDA.
GENTIL, Vicente (2011), Corrosão, 6ª Edição São Paulo: LTC.
Hilaroad. Lemon Battery. Disponível em:
http://www.hilaroad.com/camp/projects/lemon/lemon_battery.html. Acessado em 30/ 05/2023.
Fabiano, Leandro, Mariel. PILHA DE LIMAO. Disponível em:
http://www.fisica.ufpb.br/~pet/Experimentoteca/pilha_de_limao. html. Acessado em :
30/05/2023
37
Na eletrólise em meio aquoso a água participa do processo, portanto, ela passa a ser um
componente que deve ser considerado quando se faz a análise da descarga dos iões. É
necessário saber a ordem de descarga dos iões frente a água, uma vez que essa interfere na
descarga.
A ordem de descarga dos iões é mostrada na Tabela 2.
4 3
2
Alumínio (Al
, Ag
, Br
2005)
38
No cátodo forma-se gás hidrogênio, assim sabe-se que ou H+ ou H2O sofreu uma redução.
A concentração de moléculas H2O na solução aquosa de NaCl é muito maior que a dos
iões H+ (aproximadamente 560 milhões de vezes maior), portanto a reação catódica pode
ser representada por:
2e- + 2H2O → H2 (g) + 2OH- (aq)
Mesmo que H+ seja a espécie que está sendo reduzida, na realidade a reação electrolítica
anterior representa melhor a transformação global, pois pode ser considerada como sendo
a combinação de:
Materiais
Três placas de Petri, que tinha 10cm de diâmetro, também eléctrodos de aço inox, uma fonte de
corrente geradora, dois conectores do tipo jacaré e dois fios de conexão.
Reagentes
Procedimentos
Na placa de Petri, dentro dela colocou-se opostamente os eléctrodos de aço inox como realizado
no procedimento anterior.
Electrólise da H2O
Se o eléctrodo ficasse por um longo período mergulhado na solução, a colaboração iria adquirir um
tom mais escuro devido o cloro ser o causador da corrosão do eléctrodo, já cátodo houve formação
de bolhas de hidrogénio. Como agua tem mais facilidade descarregar que um ião sódio Na+, logo
ela reduziu formando gás hidrogénio (H2) e hidroxilas (OH-), de acordo com a seguinte semi-
reacção catódica:
2H2O+2e- H2+2OH-
A coloração da solução mudou de cor indo para o local onde se encontrava o eléctrodo negativo,
quando se adicionou a fenolftaleína, pois a mesma adquire coloração rosa em meio básico, devido
a formação de hidroxilas (OH-) no cátodo.
41
2H2O O2+4H++2e-
No cátodo, aconteceu a formação de bolhas de hidrogénio deixando o meio com coloração azul.
Como a água tem mais facilidade de descarregar que o ião potássio (K+), ela reduziu formando gás
hidrogénio (H2) e hidroxilas (OH-), houve uma mudança de cor se deve ao indicador azul de
brotimol que fica de coloração azul em meio ácido.
3.4.3. Bibliografia
Site: http://www.mundoeducacao.bol.vol.com.br/quimica/eletrolise.htm.
42
4. Conclusão
Com base dos temas abordados de Química-Física I na área Laboratorial em que houve a
necessidade de destacar da Cinética e da Electroquímica. Na cinética abordei da reacção de
magnésio metálico com uma solução aquosa, efeito de superfície de contacto, catalises
(homogénea, heterogénea, auto e enzimática) e por fim a determinação da velocidade específica de
uma reacção de 2ª Ordem e a sua variação com a temperatura. E na electroquímica abordei antemão
da serie de reactividade de metais, pilhas (Daniell e de Limão) e por fim a electrólise de uma
solução aquosa de cloreto de sódio.
As tais temas acima citados, tem uma mera importunância no nosso dia-a-dia de salientado das
experiencias de laboratório.
43
5. Referências bibliográficas
ATKINS, P. W.; Físico-Química, vol. 1, 8ed., Editora LTC, São Paulo, 2008. CASTELLAN, G.;
Fundamentos de físico-química, Editora LTC, São Paulo, 1972.
MOORE, W. J.; Físico-química, vol. 1, Editora Edgar Blacher, São Paulo, 1976.
[1] Portal mundo educação – Acessado em 29-05-23 e disponível em:
(http://www.mundoeducacao.com.br/quimica/catalise.htm).
[2] Roteiro de Pratica n°9. Físico-Química Experimental.
R. Livingston Physic - Chemical Experiments, Macmillan, 1957, exp. 24, page. 175.
R. A. Alberty, R. J. Silbey, Physical Chemistry, 1st edition, John Wiley & Sons Ltd, Chichester
(England), 1992, cap. 19.
P. W. Atkins, Physical Chemistry, 6th edition, Oxford University Press, Oxford (England), 1999,
cap. 25
ROZENBERG, I.M. (2002), Química Geral,1ª Edição São Paulo: Editora Edgard Blucher LTDA.
GENTIL, Vicente (2011), Corrosão, 6ª Edição São Paulo: LTC.
Hilaroad. Lemon Battery. Disponível em:
http://www.hilaroad.com/camp/projects/lemon/lemon_battery.html. Acessado em 30/ 05/2023.
Fabiano, Leandro, Mariel. PILHA DE LIMAO. Disponível em:
http://www.fisica.ufpb.br/~pet/Experimentoteca/pilha_de_limao. html. Acessado em :
30/05/2023
Site: http://www.mundoeducacao.bol.vol.com.br/quimica/eletrolise.htm.
Https://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/reatividade-metais-com-acidos.htm
https://www.manualdaquimica.com/fisico-quimica/pilha-daniell.htm