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Fernando Rodrigues António

Termodinâmica
(Licenciatura em ensino de Biologia com Habilitação em ensino de Química)

Universidade Rovuma
Extensão de Niassa
2020
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Fernando Rodrigues António

Termodinâmica

(Licenciatura em ensino de Biologia com Habilitação em ensino de Química)

Trabalho elaborado na Cadeira de Química física I


a ser apresentado ao Departamento da FCNM de
Lichinga, sob orientação do Docente da mesma
Cadeira, para fins avaliativos no curso de Química.
MSc; Estevão Clável

Universidade Rovuma

Extensão de Niassa

2020
Índice
Pág.
Conteúdos
1. Introdução ............................................................................................................................. 3
1.1. Objetivos ....................................................................................................................... 3
1.1.2. Geral ................................................................................................................................ 3
1.2. Específico ...................................................................................................................... 3
2. Metodologia ...................................................................................................................... 3
3. Termodinâmica...................................................................................................................... 4
4. Trabalho a pressão e volume constantes ............................................................................... 5
5. Aplicação da primeira lei da termodinâmica nos gases ideais e reais ................................... 6
5.1. Fator de compressibilidade............................................................................................ 6
6. Termoquímica ....................................................................................................................... 7
6.1. Transformações físicas .................................................................................................. 7
6.2. Variação da entalpia com outras propriedades do sistema ............................................ 7
6.3. A entalpia de uma mudança química ............................................................................ 7
7. Entalpia de vaporização ........................................................................................................ 8
7.1. Entalpia de fusão ........................................................................................................... 8
7.2. Entalpia de solidificação ............................................................................................... 8
7.3. Entalpia de sublimação.................................................................................................. 8
8. Entalpia de reação ................................................................................................................. 9
8.1. Entalpia de neutralização .............................................................................................. 9
9. Entalpia padrão de reação ................................................................................................... 10
9.1. Entalpia padrão de formação ....................................................................................... 10
10. Entalpia de ligação .......................................................................................................... 11
10.1. Lei de Hess .............................................................................................................. 11
11. Conclusão ........................................................................................................................ 12
12. Referências bibliográficas ............................................................................................... 13
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1. Introdução
O presente trabalho da cadeira de química física 1, versa aspecto contundentes como
aplicação da lei de termodinâmica nos gases ideais e reais. A ciência que trata da
energia e suas transformações é conhecida como termodinâmica. A termodinâmica foi a
mola mestra para a revolução industrial, portanto o estudo e compreensão dos processos
termodinâmicos eficientes sofreram, neste período, um grande impulso. Nas
engenharias o uso da termodinâmica se dá principalmente no funcionamento dos
motores. Na química, contudo, a termodinâmica tem outras aplicações também
importantes tal como a explicação dos processos energéticos envolvidos nas reações e
transformações químicas. Em química, veremos que a direção na qual uma reação se
processa é determinado por dois fatores: as variações energéticas e entrópicas. Nesta
seção, trataremos os processos e transformações energéticas, em particular na forma de
calor, que pode ser obtido nas reações químicas. O estudo quantitativo das variações
energéticas (calor) associadas com as reações químicas é denominada de termoquímica.
Neste sentido, a termoquímica é uma parte de um assunto maior que é a termodinâmica.
A primeira Lei da Termodinâmica diz: a energia interna de um sistema isolado é
constante. E a energia interna é uma função de estado. a entalpia é uma função de
estado, logo, a variação de entalpia ΔH considera apenas o estado inicial e o estado
final, independente da trajectória.

1.1. Objetivos

1.1.2. Geral
Compreender a aplicação da primeira lei da termodinâmica nos gases ideais e reais

1.2. Específico
Descrever os princípios da termoquímica

2. Metodologia
A metodologia usada para a realização do presente trabalho, foi a consulta bibliográfica,
que resultou na consulta de várias obras e irá obedecer a seguinte estrutura: Introdução,
desenvolvimento onde abordar-se-ão aspectos ligados ao tema em referencia e
conclusão que é a parte do desfecho do tema e está organizado em título, e subtítulos.
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3. Termodinâmica
A termodinâmica descreve o comportamento de sistemas macroscópicos, para grandes
colecções de moléculas. É um sistema lógico baseado em poucas generalizações,
conhecidas como as leis da termodinâmica, que descrevem de modo universal o
comportamento macroscópico.(ATKINS,2010).

O trabalho realizado por um gás ideal `a temperatura constante Suponha que o gás ideal
seja introduzido em um cilindro com um. Suponha que mantemos a temperatura do gás
ideal fixa, usando o reservatório térmico, e fazemos seu volume variar desde um valor
inicial Vi a um valor final Vf. Este tipo de processo a temperatura constante ´e chamado
de expansão isotérmica (ou compressão isotérmica no caso inverso). O processo
isotérmico ´e representado por uma curva chamada isoterma no diagrama p–
V.(ATKINS,2012).

Calor de Reação - Entalpia. Uma reação que ocorre com liberação de calor é
denominada de exotérmica e pode ser representada por:

O calor liberado ou absorvido numa reação química é denominado calor de reação. O


calor de reação provém da diferença do conteúdo energético interno dos reagentes
(estado inicial) e produtos (estado final.(ATKINS,2001).
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4. Trabalho a pressão e volume constantes


A energia total de um sistema é definida como energia interna simbolizada por U. A
energia interna é composta de energia de diferentes fontes, como as energias química,
eletrônica, nuclear, e cinética. A energia interna total absoluta de qualquer sistema não
pode ser conhecida, porque não podemos medir completamente todos os tipos de
energia em nenhum sistema. Mas todos os sistemas têm alguma energia total. A energia
interna, o calor e o trabalho medem-se, todos, na mesma unidade SI, o joule (J).
Variações de energia interna molar medem-se, comumente, em quilojoules por mol (kJ
mol-1). Observa-se experimentalmente que a energia interna de um sistema pode ser
alterada seja pelo trabalho efetuado sobre o sistema seja pelo aquecimento do sistema.
Embora saibamos como a transferência de energia.(ATKINS,2010).

As propriedades de um sistema podem ser intensivas ou extensivas. As primeiras são


propriedades que definem o estado do sistema – por exemplo, temperatura e pressão; as
segundas dependem da extensão do sistema – como a massa e o volume. Propriedades
intensivas podem ser obtidas a partir de variáveis extensivas quando seu valor é
dividido por alguma medida de extensão do sistema; assim, a massa específica de uma
substância é uma grandeza intensiva. Por definição, uma variável intensiva não depende
da extensão do sistema. As principais grandezas de interação, para a Termodinâmica,
são o calor e o trabalho. Dá-se o nome de trabalho à interação cujo efeito é equivalente à
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aplicação direta de uma força capaz de produzir movimento, e calor à interação que
resulta na aproximação da temperatura de dois corpos inicialmente a temperaturas
diferentes quando colocados em contato.(ATKINS,2001).

5. Aplicação da primeira lei da termodinâmica nos gases ideais e reais


Os gases reais não obedecem às leis dos gases ideais, previamente estudadas.
Apresentam desvios em relação à lei dos gases perfeitos devido às interações
intermoleculares, os quais são importantes em elevadas pressões e baixas temperaturas.
A expansão desses gases é resultado das forças repulsivas entre as moléculas e a
compressão é oriunda das forças atrativas. (ATKINS,2010).

Os gases reais, quando em baixas temperaturas, apresentam um movimento mais


devagar de suas moléculas. Neste caso, as moléculas estão mais próximas devido às
forças atrativas. Portanto, quanto maior a atração, mais fácil será a compressão desse
gás. Idem

5.1. Fator de compressibilidade


O fator de compressibilidade (Z) é uma maneira de avaliar os desvios de
comportamento dos gases reais em relação aos gases ideais, mede a força e o tipo de
força intermolecular e é a razão entre o volume molar de um gás real pelo volume molar
de um gás ideal, em condições iguais:

Onde: Z = 1; gás ideal. Z = 1; pressões muito baixas, os gases comportam-se como


ideais. Z > 1; pressões elevadas, torna-se mais difícil a compressão dos gases em
comparação aos gases reais, devido à predominância das forças repulsivas. Z < 1;
pressões intermediárias, torna-se mais fácil a compressão dos gases, devido à
predominância das forças atrativas. (ATKINS,2001).

O gás perfeito ou também chamado de gás ideal pode ser definido como o gás teórico
onde suas partículas são consideradas pontuais, ou seja, não se movimentam, além
disso, elas não trocam energia e nem momento (não interagem entre si). É importante
perceber que o gás ideal, é apenas um modelo criado para facilitar o estudo da mecânica
dos fluidos.
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Como toda teoria física, o gás ideal também respeita algumas leis observadas e
equacionadas de maneira compacta, mas antes é importante conhecer as grandezas
físicas necessárias para o estudo dos gases. Tais grandezas são:

Volume;
Pressão;
Temperatura.

A equação do gás ideal é: • R = 0,08206 L atm mol-1 K -1

6. Termoquímica
Para (ATKINS,2001), A termoquímica é o ramo da termodinâmica que investiga o calor
produzido ou consumido nas transformações químicas ocorridas em uma reação
química, bem como as transformações físicas que ocorrem quando uma substância
muda seu estado físico.

6.1. Transformações físicas


Nesta etapa do nosso estudo aprenderemos como a transição de fase, ou seja, a mudança
do estado físico de uma substância influi na variação da entalpia e, essa variação de
entalpia pode ser explicada pela energia requerida pelos átomos ou moléculas se
rearranjarem após uma mudança de fase.(ATKINS,2010).

6.2. Variação da entalpia com outras propriedades do sistema


Pode-se calcular a ∆H pela mudança de estado a partir dos valores de ∆E que por sua
vez são determinados em função de W e Q, ou seja, por seus efeitos nas vizinhanças.
Entretanto uma mudança de estado implica na variação de propriedades do sistema, tais
como P e T, as quais são facilmente mensuráveis nos estados inicial e final e podem ser
relacionadas com ∆H. (ATKINS,2001).

6.3. A entalpia de uma mudança química


As variações de entalpia acompanham mudanças físicas, tais como a vaporização.
Vamos agora ver como estes mesmos princípios se aplicam a mudanças químicas e às
variações de energia e da entalpia que as acompanham. (FELTRE,2004).
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7. Entalpia de vaporização
É a energia fornecida na forma de calor, com pressão constante, por mol de moléculas
no processo de vaporização. A vaporização de um líquido, como por exemplo, a
ebulição da água em uma chaleira a 100°C é um processo endotérmico, pois, para que a
mudança de fase ocorra, deve-se fornecer calor. A entalpia de uma dada substância é
maior no estado gasoso em relação ao estado líquido, na mesma temperatura. A
diferença de entalpia molar entre os estado líquido e vapor de uma substância é dado
pela fórmula. (ATKINS,2001).

7.1. Entalpia de fusão


É a variação de entalpia por mol de substância no processo de fusão. A maioria dos
processos de fusão ocorre através de um processo endotérmico. Por exemplo: para
derreter 1 mol de H2O(s), a 0°C e pressão constante, é necessário fornecer 6kJ de energia
na forma de calor. (ATKINS,2010).
A variação de entalpia molar para a fusão é dada pela seguinte fórmula:

7.2. Entalpia de solidificação


É a variação de entalpia molar para a transformação de um líquido em sólido, ou seja, é
o processo inverso a fusão. Com isso, a variação de entalpia do processo de
solidificação é o negativo da entalpia de fusão, pois calor é liberado quando ocorre a
solidificação, ou seja, é um processo exotérmico. (ATKINS,2012).

7.3. Entalpia de sublimação


É a variação da entalpia molar quando um sólido sublima. Um exemplo de sublimação é
o gelo seco, pois o dióxido de carbono sólido sublima a vapor.
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A entalpia de sublimação de uma substância será a mesma se ela passar diretamente do


estado sólido para o gasoso ou, se passar primeiramente de sólido para líquido e depois
de líquido para gás, por isso, a variação da entalpia de sublimação, em uma mesma
temperatura. (FELTRE,2004).

8. Entalpia de reação
Nas reações químicas ocorre a transferência de energia na forma de calor. Por exemplo:
na reação de combustão de 1mol de CH4(g) é produzido 890kJ na forma de calor, a uma
temperatura de 298K (25°C) e pressão de 1 bar (aproximadamente 1 atm) e, sua
equação termoquímica, que associa a reação química a variação de entalpia.
(ATKINS,2001).

Segundo (ATKINS,2010), Como a reação de combustão é um processo exotérmico, a


variação de entalpia apresenta sinal negativo. Se dobrarmos a quantidade de metano em
combustão, ou seja, passarmos de 1 mol para 2 moles, a variação de entalpia dobraria
também, como podemos ver na reação a seguir:

Nas reações químicas ocorre o mesmo processo inverso que ocorre nas transformações
físicas estudadas anteriormente, ou seja, a variação de entalpia da reação inversa é o
negativo da reação direta, ou seja, se a reação direta apresenta ΔH negativo, a reação
inversa apresentará ΔH +..Idem

8.1. Entalpia de neutralização


É a quantidade de calor liberada na reação de neutralização originando um mol de
água, considerando as substâncias envolvidas em solução diluída, nas condições padrão
(25oC e 1 atm.).(FELTRE,2004).
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9. Entalpia padrão de reação


A entalpia, ou seja, o calor liberado ou absorvido em uma reação, depende dos estados
físicos dos reagentes e produtos, bem como da temperatura e pressão em que ocorre a
reação. (SALVADOR,2002).

Sendo assim, a entalpia padrão de reação (ΔH°) é a entalpia de reação quando os


reagentes são transformados nos produtos, ambos no seu estado padrão.

Para compreendermos melhor, vamos interpretar a equação termoquímica a seguir:

9.1. Entalpia padrão de formação


É definida como a entalpia padrão por mol de uma substância, para a sua formação,
partindo dos seus elementos no seu estado de referência, ou seja, sua forma mais
estável. A entalpia padrão de formação surgiu a partir da impossibilidade de se obter as
entalpias padrões de reação para todas as reações. (ATKINS,2001).

Logo, a entalpia padrão de formação para o etanol é: ΔfH° = - 277,69 kJ mol-1.


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10. Entalpia de ligação


Para (FELTRE,2004), É definida como a variação de entalpia ou quantidade de calor
absorvida necessária para quebrar uma ligação entre dois átomos a pressão constante.
Por exemplo:

A variação de entalpia total pode ser encontrada através da seguinte fórmula:

10.1. Lei de Hess


A lei de Hess diz que a entalpia total de uma reação é resultante da soma das entalpias
de reação das etapas em que a reação pode ser dividida. Essa aplicação é importante
porque muitas vezes a reação que desejamos não tem sua entalpia tabelada e, com isso,
é possível calculá-la partindo de reações intermediárias, hipotéticas ou não, mas desde
que as reações estejam devidamente balanceadas.(ATKINS,2012).

Logo temos:
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11. Conclusão
Conclui-se que na elaboração deste trabalho, foi feito com base nas pesquisas
envolvente ao tema que corresponde de carácter bibliográficas, onde forram consolidada
informações sobre o tema em visão de vários autores destacados. As transformações de
energia durante as reações são estudadas pela termodinâmica. A energia interna de um
sistema pode mudar por causa da energia transferiada entre o sistema e a vizinhança. A
primeira lei da termodinâmica interpreta que a variação de energia interna de um
sistema é uma função termodinâmica que relaciona o calor e o trabalho realizado no ou
pelo sistema. A entalpia de um sistema, à pressão constante, aumenta com a elevação da
temperatura e é sempre maior que a energia interna, essa diferença tende a ser maior
com o aumento da temperatura. A vaporização de um líquido, como por exemplo, a
ebulição da água em uma chaleira a 100°C é um processo endotérmico, pois, para que a
mudança de fase ocorra, deve-se fornecer calor. A entalpia de uma dada substância
transição de fase, ou seja, a mudança do estado físico de uma substância influi na
variação da entalpia e, essa variação de entalpia pode ser explicada pela energia
requerida pelos átomos ou moléculas se rearranjarem após uma mudança de fase é
maior no estado gasoso em relação ao estado líquido, na mesma temperatura.
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12. Referências bibliográficas


1. ATKINS, P. W. Físico-Química, v. 1, 6 ed. Rio de Janeiro: LTC, 1999.
2. ATKINS, P. W. Físico-Química. Vol. 1. 6a Ed. Rio de Janeiro: L. T. C. Editora
S.A., 1999. 252 p.
3. ATKINS, P. W. Físico-Química. Vol. 2. 6a Ed. Rio de Janeiro: L. T. C. Editora
S.A., 2010. 382 p.
4. ATKINS, P. W. Físico-Química. Vol. 3. 6a Ed. Rio de Janeiro: L. T. C. Editora
S.A., 2001. 159 p.
5. ATKINS, P. W.; JONES, L. Princípios de Química: questionando a vida moderna
e o meio ambiente. 3 ed. Porto Alegre: Bookman, 2006.
6. BALL, D. W. Físico-Química. v. 1. São Paulo: Thomson, 2005.
7. MACEDO, H. Físico-Química I. Rio de Janeiro: Guanabara Dois, 1981.
8. PILLA, L. Físico-Química. v. 1. Rio de Janeiro: LTC, 1982.
9. SMITH, E. B. Basic Chemical thermodinamics. 4 ed. New York: Oxford, 1990.

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