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1. INTRODUÇÃO...................................................................................................................................2
1.1 Objectivos Gerais.....................................................................................................................3
1.2. Objectivos específicos.............................................................................................................3
1.3. Metodologia de pesquisa..............................................................................................................3
2.1. Conceitos fundamentais sobre o calor..........................................................................................4
2.1.1. Calor..............................................................................................................................................4
2.2.1.Condução....................................................................................................................................5
2.2.2.Convecção..................................................................................................................................5
2.2.3.Radiação.....................................................................................................................................5
2.2.4.Evaporação.................................................................................................................................5
3.1. Factores que influenciam nas trocas térmicas entre o meio ambiente e o organismo...................5
3.1.1. Humidade relativa do ar.......................................................................................................6
3.1.2. Velocidade do ar........................................................................................................................6
3.1.3. Calor radiante............................................................................................................................6
3.1.4. Tipo de actividade......................................................................................................................6
4. Mecanismos de defesa do organismos frente ao calor – doencas do calor...........................................6
5. Legislação aplicável............................................................................................................................8
6. Limites de tolerância...........................................................................................................................9
6.1. Limites de exposição........................................................................................................................9
6.2. Trabalho e descanso no mesmo local................................................................................................9
6.3. Trabalho e descanso em outro local (local de descanso).............................................................10
7. Instrumentos de medição...................................................................................................................12
7.1. Medidas de controlo na fonte, no meio (trajectória) e nas pessoas humanas (trabalhador/a)..........12
7.3. Exposição ocupacional ao frio e seus efeitos no organismo. Doenças do frio.................................13
8. Conclusão..............................................................................................................................................15
9. Referências Bibliográficas.....................................................................................................................16
1. INTRODUÇÃO
Os seres humanos tem a capacidade fisiologica de regular a temperatura interna do seu
organismo, que se mantem a uns 37º c. se a temperatura interna se eleva ou cai dastricamente o
corpo reage originando enfermidades que podem derivar em morte.
As temperaturas tèrmicas agradáveis do local de trabalho , dependem principalmente dos
factores relacionados á temperatura ambiente , a umidade do ar e a mobilidade do ar.
O ambiente no qual o trabalho decorre pode influenciar na execucao desse trablho. As
condicoes de trabalho extremamente quentes ou extremamente frias vao influenciar na forma
como o trabalho e levado avante.
No nosso pais e no mundo existem leis que regulam as condicoes de saude e trabalho dos
trabalhadores, como por exemplo a OIT (organizacao internacional do trabalho ), o Occupational
Safety and Health Act (Lei da Seguranca Ocupacional e Saude), nos Estados Unidos. Em
Mocambique existe a lei 23 2007 lei do trabalho, o Dlegislativo n48.1973 – regulamento de
higiene e seguranca no trabalho, entre outros documentos e leis que regem as condições de
trabalho.
Lida (2000) afirma que quando uma pessoa é obrigada a suportar altas temperaturas, seu
rendimento cai significativamente. A velocidade do trabalho diminui, as pausas se tornam
maiores, a propensão á acidentes aumenta (principalmente a partir de 30ºC) e a concentração
diminui.O organismo adapta-se ao trabalho em altas temperaturas, com várias transformações
fisiológicas que ocorrem durante semanas. Tal transformação ocorre gradualmente em um
período de até seis meses. (Couto (1978) apud Gallois, 2002).
No trabalho pode se dar situacoes que ponham em risco os mecanismos do nosso corpo
responsaveis pelo controle da temperatura. Estas situacoes estao relacionada com a exposicao a
temperaturas extremas, por exemplo em fabricas com grandes fornos de fundicao, os
trabalhadores estao sujeitos a a altas temperaturas e por outro lado, em trabalhos relacionados
com cameras frigorificas , os trabalhadores estao exposto a temperaturas muito baixas. Estas
situacoes podem provocar extresse termicoecertas condicoes medicas negativas.
1.1 Objectivos Gerais
Este presente trabalho tem como enfoque ou objetivo situacoes de trabalho onde existem
riscos de que o trabalhador desenvolva condições medicas negativas e desconforto causado
pelo calor e pelo frio extremo no local de trabalho. Porem cabe evidenciar que estas
condições medicas são mais graves que o mal estar que muitas pessoas possuem no local de
trabalho durante o verão ou o inverno.
2.1.1. Calor
O calor (energia calorífica) é caracterizado pela transferência de energia térmica que flui de
um corpo (com maior temperatura) ao outro (de menor temperatura) quando há diferença de
temperatura entre ambos. Dessa forma, o equilíbrio térmico ocorre quando os dois corpos, por
meio da transferência de calor, atingem a mesma temperatura.
A propagação de calor pode ocorrer de três maneiras: condução, convecção e irradiação.
Na condução térmica, a transferência de calor é dada pela agitação das moléculas, por
exemplo, ao segurar uma barra de ferro e aquecer a outra extremidade, em pouco tempo, a barra
inteira se aquecerá.
Na convecção térmica, a transferência de calor ocorre entre líquidos e gases; é o que acontece
com o aquecimento de água numa panela, donde criam-se "correntes de convecção" e a água que
está próxima do fogo sobe, enquanto a que está fria desce.
Por fim, na irradiação térmica, o calor é propagado por meio de ondas eletromagnéticas, sem
que seja necessário o contacto entre os corpos, por exemplo, se aquecer perto de uma lareira.
Note que, no Sistema Internacional de Unidades (SI) o calor é medido em calorias (cal)
ou joules (J).
3.1. Factores que influenciam nas trocas térmicas entre o meio ambiente e o
organismo
Entre os inúmeros factores que influenciam nas trocas térmicas, cinco principais devem ser
considerados na quantificação da sobrecarga térmica:
Temperatura do ar;
Humidade relativa do ar;
Velocidade do ar;
Calor radiante;
Tipo de atividade;
Temperatura do ar.
Como foi observado anteriormente, é necessário que haja um gradiente de temperatura para
que possibilite os mecanismos de troca térmica: condução, convecção e radiação. Desse modo, o
sentido de transmissão de calor dependerá de defasagem positiva ou negativa entre a temperatura
do ar e a temperatura da pele. Se a temperatura do ar for maior do que a da pele, o organismo
ganhará calor por condução __ convecção, e se a temperatura do ar for menor do que a da pele, o
organismo perderá valor por condução __ convecção. A quantidade de calor ganha ou perdida é
diretamente proporcional a defasagem entre as temperaturas.
3.1.1. Humidade relativa do ar
Este parâmetro influi na troca térmica entre o organismo e o ambiente pelo mecanismo de
evaporação. Desse modo, a perda de calor no organismo por evaporação dependerá da umidade
relativa do ar, isto é, da quantidade de água presente em uma determinada quantidade de ar.
Sabe-se que o organismo humano perde em média 600 Kcal/h pela evaporação do suor, isso se
a umidade relativa for de 0%. Quanto maior a umidade relativa ( maior saturação de água do ar),
menor será a perda de calor por evaporação.
3.1.2. Velocidade do ar
A velocidade do ar no ambiente pode alterar as trocas tanto na condução e na convecção
quanto na evaporação.
Quando houver aumento de velocidade do ar no ambiente, haverá aceleração da troca de
camadas de ar mais próximas ao corpo, aumentando, desse modo, o fluxo de calor entre esse
corpo e o ar. Se houver maior velocidade do ar, haverá substituição mais rápida das camadas de
ar mais saturadas com água e substituição por outras menos saturadas, favorecendo, então, a
evaporação.
No caso de evaporação, o aumento de velocidade do ar sempre favorecerá a evaporação.
Muita gente pensa que o calor excessivo so causa mal estar , porem, as doencas causadas pelo
calor são um problema de saude grave. Se não tomarmos asprecaucoes a tempo, elas podem
afetar a saude dos trabalhadores seriamente e inclusive causar a morte.
O corpo humano possui diversos mecanismos de defesa frente ao calor extremo,
primeiramente, para prevenir as doencas causadas pelo calor , eh necessario entender como o ser
humano se esfria quando esta sobreaquecido.
O corpo humano, funciona de forma eficaz se mantendo a uma temperatura constante de 37º
c, quando a temperatura do corpo excede os 37º c, ocorrem mecanismos internos para eliminar o
excesso de calor:
Aumento da circulacao sanguinea, atraves do aumento dos batimentos de coracao e
bombeamento mais rapido do sangue;
Mais suor, evapora-se suor e se libera calor do nosso corpo.
6. Limites de tolerância
1. Em função do índice obtido, o regime de trabalho intermitente será definido este Quadro
Tabela-2.
Regime de Trabalho TIPO DE ATIVIDADE
Intermitente com Descanso no
Próprio Local de Trabalho (por MODERAD
LEVE PESADA
hora) A
QUADRO Nº 2
M (Kcal/h) MÁXIMO IBUTG
175 30,5
200 30,0
250 28,5
300 27,5
350 26,5
400 26,0
450 25,5
500 25,0
Onde:
M é a taxa de metabolismo média ponderada para uma hora, determinada pela seguinte fórmula:
M= Mt x Tt + Md x Td
60
Sendo:
Mt– taxa de metabolismo no local de trabalho.
Tt – soma dos tempos, em minutos, em que se permanece no local de trabalho.
Md – taxa de metabolismo no local de descanso.
Td – soma dos tempos, em minutos, em que se permanece no local de descanso.
IBUTG é o valor IBUTG médio ponderado para uma hora, determinado pela seguinte fórmula:
IBUTG= IBUTGt x Tt + IBUTGd x Td
60
Sendo:
IBUTGt = valor do IBUTG no local de trabalho.
IBUTGd = valor do IBUTG no local de descanso.
Tt e Td = como anteriormente definidos.
Os tempos Tt e Td devem ser tomados no período mais desfavorável do ciclo de trabalho,
sendo Tt + Td = 60 minutos corridos.
3. As taxas de metabolismo Mt e Md serão obtidas consultando-se a tabela-3.
4. Os períodos de descanso serão considerados tempo de serviço para todos os efeitos legais.
Tabela-3
TAXAS DE METABOLISMO POR TIPO DE ATIVIDADE
TIPO DE ATIVIDADE Kcal/h
SENTADO EM REPOUSO 100
TRABALHO LEVE 125
Sentado, movimentos moderados com braços e tronco (ex.: datilografia). 150
Sentado, movimentos moderados com braços e pernas (ex.: dirigir). 150
De pé, trabalho leve, em máquina ou bancada, principalmente com os braços.
TRABALHO MODERADO 180
Sentado, movimentos vigorosos com braços e pernas. 175
De pé, trabalho leve em máquina ou bancada, com alguma movimentação. 220
De pé, trabalho moderado em máquina ou bancada, com alguma 300
movimentação.
Em movimento, trabalho moderado de levantar ou empurrar.
TRABALHO PESADO 440
Trabalho intermitente de levantar, empurrar ou arrastar pesos (ex.: remoção 550
com pá).
Trabalho fatigante
Onde:
tbn- temperatura de bulbo húmido natural
tg = temperatura de globo
A NR-15 em seu Anexo 3 (Limites de Tolerância para Exposição ao Calor) indica que para
ambientes internos com carga solar deve-se usar a seguinte equação
IBUTG= 0,7 tbn + 0,1 tbs + 0,2 tg
Onde:
tbn =temperatura de bulbo húmido natural
tg = temperatura de globo
tbs = temperatura de bulbo seco.
7. Instrumentos de medição
Termómetro de bulbo húmido natural (usado para medir o calor influenciado pela
humidade do ar), composto de termómetro de mercúrio com escala mínima de + 10 ºC a + 50 ºC
e precisão mínima de leitura de + 0,1 ºC, erlenmeyer de 125 ml, pavio de tecido branco de
algodão, de alto poder de absorção de água com comprimento mínimo de 100 mm, e água
destilada;
Termómetro de globo (usado para o calor do radiante existente no ambiente de trabalho)
Composto de esfera oca de cobre de 1 mm de espessura, com 152,4 mm de diâmetro, pintada
exatamente de preto fosco, e termômetro de mercúrio com escala mínima de +10 ºC a + 150 ºC,
com precisão mínima de leitura de + 0,1 ºC;
Termómetro de mercúrio comum (usado para medir a temperatura do ar), com escala
mínima de + 10 ºC a + 100 ºC e precisão mínima de leitura de + 0,1 ºC.
Na fonte:
Alterar as características da fonte geradora de calor variando a potência;
Utilizar instrumentação e automatização do processo.
No meio (trajetória):
Utilizar barreiras entre a fonte e o trabalhador;
Aumentar a distância entre o local de trabalho e a fonte de calor;
Ventilar ar fresco no ambiente de trabalho;
Reduzir a humidade através da exaustão do vapor da água proveniente do processo.
Nas pessoas humanas:
Limitar o tempo de exposição através de revezamento de pessoas ou tarefas, otimizando
os ciclos de trabalho na execução de tarefas;
Utilizar EPI, principalmente óculos com lentes especiais, luvas, aventais e capuz de
material isolante;
Monitorar o trabalhador a realizando exames médicos periódicos;
Aclimatar o trabalhador e garantir a hidratação por reposição de sais minerais;
Conscientizar os trabalhadores sobre os riscos da exposição ao calor.
7.3. Exposição ocupacional ao frio e seus efeitos no organismo. Doenças do
frio.
FATORES PREDISPONENTES:
1- DO PACIENTE: alteração do estado mental, idade, vestimentas
inadequadas, roupas húmidas, imobilidade
2- AMBIENTAIS: baixas temperaturas, vento
3- CONDIÇÕES CLÍNICAS: encefalopatia, desnutrição, mixedema,
hipoglicemia, uremia, cirurgia prolongada, demência, fenómeno de
Raynaud
4- DROGAS: anestésicos, antidepressivos, narcóticos, bloqueadores
musculares, antitireoideanos.
V- GELADURA
1- áreas acrais (dedos dos pés e das mãos, orelhas e nariz)
2- temperatura do tecido <0ºc
3- acometimento superficial, intermediário ou profundo
4- superficial com pele branca, redução da sensibilidade e prurido
5- intermediária com acometimento de pele e subcutâneo. pele branca, pegajosa,
anestesiada e com redução do enchimento capilar
6- comprometimento profundo até músculo (3º grau) ou tendões e ossos (4º grau).
tecido endurecido e sem enchimento capilar. pode evoluir para amputação.
exposição > 7 horas a temperatures < 6,7ºc
VI –HIPOTERMIA
graus de hipotermia (temperatura retal ):
► leve > 33ºC
► moderada a severa < 33ºC
1- anestesia no local da exposição (temperatura do tecido <10ºc) com pele rosada
2- vasoconstricção periférica, diurese de frio, vasoconstricção generalizada
3- taquicardia, aumento da pressão arterial média, aumento do débito cardíaco
4- broncorreia e broncoespasmo
5- irritabilidade, confusão, reflexos pupilares e profundos lentificados
6- laboratório: acidose metabólica, hipercalemia, hiponatremia, hiperglicemia,
hiperfosfatemia.
8. Conclusão
Neste trabalho de pesquisa abordou-se o seguinte tema "Temperaturas Extremas", e
concluiu-se que as temperaturas extremas estão relacionadas com as condições climáticas num
determinado local, nesse caso no local de trabalho. A temperatura, por sua vez, é uma grandeza
física a qual designa a energia cinética (movimento ou agitação) das moléculas e o estado
térmico de um corpo (quente ou frio), e a sua unidade no SI è dada por graus Célsius (°C),
Fahrenheit (F) ou Kelvin (K).
O calor (energia calorífica) é caracterizado pela transferência de energia térmica que flui de
um corpo (com maior temperatura) ao outro (de menor temperatura) quando há diferença de
temperatura entre ambos. Dessa forma, o equilíbrio térmico ocorre quando os dois corpos, por
meio da transferência de calor, atingem a mesma temperatura.
9. Referências Bibliográficas
Ministério do Trabalho (Brasil) (1978), NR15 Actividades e operações insalubres,
Anexo 3 - Limites e tolerância para exposição ao calor. Brasília, Ministério do
Trabalho.