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LIMITE DE FUNÇÕES
DEFINIÇÃO: Diz-se que b é ponto de acumulação de um conjunto A de números reais se em qualquer vizinhança
de b existe pelo menos um elemento de A que seja distinto de b.
Neste caso, 3 não é ponto de acumulação de { 2, 3, 4, 5 } , pois o conjunto em causa é composto por pontos
isolados.
Obs: Um ponto de acumulação pode, ou não, pertencer ao conjunto. Este é também chamado ponto limite.
Consideremos uma função f (x) = 2 – x de domínio R e seja x = 1 um ponto de acumulação do domínio. A partir do
gráfico, pretende-se verificar o comportamento da função na vizinhança do ponto x = 1.
Do gráfico pode-se ver que:
6
Quando x tende a 1 pela esquerda, isto é em
5
f(x) = 2 - x valores menores que 1 a função f(x) tende
4 para 1.
3 Simbolicamente temos:
x → 1− , f ( x ) → 1.
2
lim f ( x ) = lim (2 −x ) = 2 − 1 =1
1 Ou x → 1− x→1
−
.
Em geral, consideremos f(x) uma função real de variável real de domínio D e a um ponto de acumulação de D.
DEFINIÇÃO: Diz-se que f(x) tem limite b, quando x tende para a, quando a toda sucessão x 1, x2, …, xn de valores do
domínio tendente para a corresponde uma sucessão de valores de f(x) tendente para b.
lim f ( x) = b .
: x→ a
Escrevemos
lim f ( x )
1.Quando existe x→ a , este é único. ⇒ Teorema da unicidade do limite.
18.4.LIMITES LATERAIS
DEFINIÇÃO: Diz-se que b é limite de f (x), à esquerda, no ponto a se e somente, se toda sucessão de valores de x
tendentes para a, em valores menores que a, corresponde uma sucessão de valores de f(x) tendente para b.
lim f ( x ) = b .
Escrevemos, simbolicamente: x → a−
DEFINIÇÃO: Diz-se que c é limite de f(x), à direita, no ponto a se e somente, se toda sucessão de valores de x
tendentes para a, em valores maiores que a, corresponde uma sucessão de valores de f(x) tendente para c.
lim f ( x ) = c .
Escrevemos simbolicamente: x → a+−
NOTA: É condição necessária e suficiente para que uma função f(x) tenha limite num ponto a, que existam e
sejam iguais os limites laterais da função no ponto a. Isto é
EXEMPLOS: Determine os limites laterais das funções que se seguem e diga se existe limite no ponto considerado.
1.
f (x) = ¿ {3 x − 2, se x ≤ 2¿¿¿
Resolução: Visto que f(x) = 3x – 2 está definida para valores de x inferiores ou iguais a 2, teremos:
lim ( 3 x − 2 ) = 3⋅ 2 − 2 = 4
x → 2−
lim ( x 2 + 1 ) = 22 + 1 = 5
2 x → 2+
f(x) = x + 1 está definida para valores superiores que 2, teremos:
x
f (x ) =
2. 4 − x2 nos pontos x = -2 e x = 2.
Resolução:
x −2 −2 x 2 2
x→−2
{
Se x=−2 ¿ lim 2 =
− 4−x
=
2 −
4− (−2) 0
=+∞ ¿ Se x =2¿ lim 2 = 2 = + = +∞ ¿ ¿¿
¿¿
x→2− 4− x 4−2 0
{
3.
f(x)= ¿ {5 x2 −1, se x ≤ 0 ¿ ¿¿ em x = 0.
2
lim f ( x ) = lim ( 5 x − 1 ) = −1 e lim f ( x ) = lim ( 3 x − 1 ) = −1
2
Resolução: x → 0− −
x→ 0 x →0
+
x→0
lim f ( x ) = −1
Assim, x →0
EXERCÍCIOS
1.Para as funções que se seguem, calcule os limites laterais nos pontos indicados:
2
a)
f(x)=¿ {x + 1, se x ≤ 3 ¿ ¿¿ b)
f (x) = ¿ {3 x + 1 , se x ≠2¿¿¿
x+4
f (x ) = , em x = −1 d ) f (x ) = | x + 3 | em x = −3
c) x2 − 1
1 1
e ) lim 1/x
f ) lim 1/ x
x →0− 1 + e x→ 0 1 + e
+
No cálculo do limite depararemos com algumas das formas indeterminadas que a seguir veremos:
0
1.Tipo
[]
0
x ( 2 x − 1 ) 1 ( 2⋅1 − 1 ) 1
= lim = = =∞
x→1 x − 1 1−1 0
0
Obs: Quando temos a forma indeterminada
[]
0
, tendo no numerador e no denominador expressões
polinomiais, o passo seguinte consiste em factorizar as expressões para permitir a simplificação da função. Depois
substituímos o valor para o qual x tende.
EXERCÍCIOS
3 2 2 3 2 2
x − 3x x −4 x −8 3 x +10 x − 8 x −5 x+6
1. lim 2 2 . lim 2 3 . lim 2 4 . lim 2 5 . lim 2
x→0 −x + 2 x x→2 x − 5 x + 6 x→2 x − 4 x →4 4 x + 25 x + 36 x→ 2 x −12 x+20
3
x 3 −3 x+ 2 ( x+ h ) −x3 y 3 +3 y 2 +2 y x 2 −( a+1 ) x+ a x 3 −2 x2 −4 x+ 8
6 . lim 4
7 . lim 8 . lim 2
9. lim 10 , lim
x → 1 x −4 x +3 h→0 h y → 2 y − y−6 x →a x3 −a3 x →2 x 4 −8 x 2 + 16
x − 2 √4 − 2 0
lim √
EXEMPLO 2: x →4 x − 4
=
4−4
=
0 []
Neste caso, multiplicamos o numerador e o denominador pelo conjugado do numerador, teremos:
2
( √ x − 2) (√ x + 2) ( √ x ) − 22 x−4 1 1 1
lim = lim = lim = lim = =
x→4 ( x − 4 ) ( √ x + 2 ) x→4 ( x − 4 ) ( √ x + 2 ) x→4 ( x − 4 ) ( √ x + 2 ) x→4 √ x + 2 √4 + 2 4
√x + 9 − 3 = 0
EXEMPLO 3:
lim
x→0 √ x + 4 − 2 0 []
Neste caso, multiplicamos o numerador e o denominador pelos
conjugados do numerador e do denominador, e teremos:
2
lim √ x +9−3
= lim
( √ x+9 −3 ) ( √ x+9 +3 ) ( √ x+4+2 )
= lim
[ ( √ x+9 ) − 32 ] ( √ x+4 +2 )
⇒
2
x→0 √ x + 4 − 2 x→0 ( √ x+4 −2 ) ( √ x+4+2 ) ( √ x+9 +3 ) x→0 [ ( √ x+4 ) − 22 ] ( √ x+9 +3 )
7. lim
√2 x+1−3 8. lim √ x 2−2 x+6 − √ x 2 +2x−6 9. lim x 10 . lim
√ x +13 − 2 √ x+1
2 2
x→ 4 √ x−2−√ 2 x→3 x −4 x+3 x→0 √ x+1 − 1 x→3 x − 9
x− x 2 x+1 − 3 x −x
11. lim 3 √ 12. lim √ 13 . lim √3
x→1 x x→ 4 √ x−2 − √ 2 x→1 x + x−2
3
√ x− 2 0
Exemplo 4 :lim =
x→8 x −8 []
0
Neste caso temos que fazer a mudança de variável na função de modo a torná-la racional, isto é sem radical. Para
isso, substituímos o radicando por uma potência cujo expoente é divisível pelo índice do radical. Assim, teremos:
Seja x = t3 , sabendo que x tende a 8, substituímos na igualdade anterior para obter valor de t.
3
Veja: t 3 = 8 ⇒ t = √8 ⇒ t = 2. Significa que , quando x → 8 , t → 2.
3 3 3
= lim √ 3
x−2 t −2 t−2 0 t−2
lim √ = lim 3 = ⇒ lim [] =
Substituindo no limite, teremos: x →8 x−8 t→2 t −8 t →2 t −8 0 t→2 ( t−2 ) ( t 2 +2t +4 )
1 1 1 1
= lim = = =
2
t →2 t +2 t+4 22 +2⋅2+4 4+4+4 12
EXERCÍCIOS
Calcule os seguintes limites:
3 3 3
√ x 2 −2 √ x+1 x−8 √ x−1 1+ x−1 x −1
1. lim 2
2 . lim √ 3
3 . lim 4
4 . lim √
3
5. lim √
3
x→1 ( x−1 ) x →64 √ x−4 x →1 √ x−1 x →0 √ 1+ x−1 x→ 1 √ x −1
II.Tipo
[ ∞∞ ]
2 2
2 x +x+3 2∞ + ∞ + 3
lim = lim 4
= [∞
∞]
4 4
EXEMPLO 1: x→∞ x +1 x →∞√ ∞ +1 √ Neste caso, pomos em evidência a variável com
maior expoente, no numerador e no denominador, teremos:
1 3 1 3
lim
2
2 x + x+ 3
= lim
x2 2 +
( +
x x2 ) = lim ( x2 2 + +
x x2 ) = lim 2 + 1x + x3 = 2 + ∞1 + ∞3
2 2
√ x 4 +1 1 1 1 1
x →∞ x →∞
√ (
x4 1 +
x4 )
x →∞
x
2
√ 1+
x4
x →∞
√ 1+
x4 √ 1+
∞4
2
1 3 1 2x + x + 3 2
∞ →0 , 2 →0 e 4 →0 resulta lim = =2
∞ ∞ x →∞ √ x 4 + 1 √1
Obs: Podemos optar por dividir o numerador e o denominador por x 2, que ao meter no radical resultaria em x4.
2 x2 + x + 3 1 3 1 3
lim
2
2 x +x+3
= lim
x 2
= lim
2+ + 2
x x
= lim
(
2+ + 2
x x
=
1
2 +∞ + 2
3
∞ =2
)
x →∞ √ x 4 +1 4
√x + 1 4
x +1 1 1
Assim,
x →∞
x 2
x→ ∞
x 4
x →∞
1+ 4
x √ 1+ 4
∞ √ √
EXERCÍCIOS
3
x 2 + 5 x −3 ( 2x − 1 ) √ 4 x − 3 + √9 x + 2 e x − e−x
5. lim 6 . lim 3 7 . lim 8. lim x −x
x →+∞ 7 x − 4 x →∞ 2 x + 4 x +5 x→+∞ √x x→−∞ e + e
III.Tipo [ 0⋅ ∞ ]
x +1 2 4
EXEMPLO 1:
lim
x→3 [ x−3 0 ]
⋅( x − 6 x + 9) = ⋅ 0 = [ ∞ ⋅ 0]
Neste caso, multiplicando as duas expressões
EXERCÍCIOS
1 3 1
x→ 3 [
1. lim ( x2 −3 x ) ⋅ 2
x −5 x +6 ] 2. lim
x →2 [ 2
x −3 x+ 2
⋅ ( x−2 )
] 3 . lim
x →+∞ [ 2
x +3 x
⋅ ( x2 +5 x+1 )
]
x +1
4 . lim
x→∞ [ x−3
⋅ ( x 2 −6 x +9 ) ] 5. lim
x →1 ( x −2x +4x +1 ⋅ x−1
2 x+ 2 ) x→0 [
6 . lim ( x 4 +3 x 2 + x ) ⋅
1
2
x +3 x ]
IV.Tipo [∞ − ∞]
lim ( √ x2 +2 x−1 − √ x 2 +5 x ) = [∞ − ∞ ]
EXEMPLO 1: x →+∞ Neste caso multiplicamos e dividimos a expressão
pelo conjugado da mesma.
( √ x 2 + 2 x−1 − √ x 2 + 5 x ) ( √ x 2 + 2 x−1 + √ x2 +5 x )
lim ( √ x2 +2 x−1 − √ x 2 +5 x ) = lim ⇒
x→+∞ x → +∞ √ x 2+2 x−1 + √ x 2 + 5 x
2 2
( √ x 2+2 x−1 ) − ( √ x2 +5 x ) x 2 +2 x−1−x 2 −5 x −3 x−1
lim 2 2
= lim 2 2
= lim
x →+∞ √ x +2 x−1 + √ x +5 x x →+∞ √ x +2 x−1 + √ x +5 x x →+∞ √ x +2 x−1 + √ x 2+5 x
2
1 1
−3− −3− 1
x x −3− ∞ 3 3
lim = lim = =− =−
x 2 + 2 x−1 x 2 +5 x 2 1 5 2 1 5 √1 + √1 2
x →+∞
√ x2
+
√ x2
x →+∞
√ 1+ − 2 + 1+
x x x √ √ 1+ ∞ − 2 + 1+ ∞
∞
√
EXERCÍCIOS
1 1 1 1
EXEMPLO 2: x→ 3
lim
( − 2
x −3 x −5x +6
= − = [ ∞ − ∞]
0 0 )
Neste caso, reduzimos os termos da expressão ao mesmo denominador (m.m.c) e, para isso , devemos factorizar
as expressões no denominador para acharmos o m.m.c. Assim, x 2 – 5x + 6 = (x-3)(x-2) e teremos:
1 1 1 1 x−2 −1 x −3
lim
x→ 3 ( − 2
x −3 x −5x +6
= lim
x→3 x − 3
−
) ( = lim = lim
)
( x − 3 ) ( x − 2 ) x→3 ( x − 3 ) ( x − 2 ) x→3 ( x − 3 ) ( x − 2 )
⇒
1 1
⇒ lim = =1
simplificando x→ 3 x − 2 3−2 .
EXERCÍCIOS
1 3 1 1
1. lim
x→ 1 ( −
1 − x 1 − x3 ) 2. lim
x→3 ( − 2
x − 3 x − 7 x + 12
3. )
18.6.LIMITES NOTÁVEIS
sen kx
lim =1
1.TIPO x→ 0 kx
sen( 2 x) sen (2⋅0 ) 0
EXEMPLO 1: x→0
lim
x
=
0
=
0 []
Para transformar o limite no tipo 1, basta multiplicarmos o
denominador por 2, mas para obtermos uma expressão equivalente à primeira, multiplicamos também o
numerador por 2, teremos:
Recorde-se que 1 - cos2 x = sen2 x. Do mesmo modo 1 - cos2 (kx) = sen2 (kx). Assim teremos:
2 2
sen 2 ( 2 x ) sen ( 2 x ) 1 sen ( 2 x ) 1 1
lim 2
x →0 x ( 1+ cos 2 x )
= lim
x →0 x [ ⋅ lim ]
x →0 1 + cos 2 x
= lim
x →0 2x [ ⋅2 ⋅ ]
1 + cos 0
= 22 ⋅ = 2
2
sen (2 x)
lim =1
Pois, x→0 2 x .
EXERCÍCIOS
x
1−sen
3−3 cos x 3−x senx−sena cos x−cosa 2 1−2 cos x
12. lim 2 13 . lim 14 . lim 15 . lim 16 . lim 17 . lim
x →0 2 x x →3 sen(3−x ) x →a x−a x→ a x−a x → π π −x π π −3 x
x→
3
tg πx arcsenx senx−sen2 x √ 2+sen3 x − √ 2−sen3 x
18 . lim 19 . lim x ctg 3 x 20. lim 21. lim 22 . lim
x →−2 x +2 x →0 x→0 x x →0 sen 3 x x→0 x
k x k
2.TIPO a)
lim 1 +
x →∞
( ) x
=e
b) x →0
1
lim ( 1 + kx ) = ek
x
lim [ f ( x ) − 1 ] ⋅ g( x )
g( x )
lim [ f ( x ) ] = 1∞ ⇒ e x→∞
Se x→ ∞ e procede-se da mesma forma com b).
ln ( 1 − 2 x ) ln ( 1 − 2 ⋅ 0 ) ln1 0
lim = = =
EXEMPLO 1: x→0 3x 3⋅0 0 0
1 1 1 −2 x
[ ]
2
lim
x →0
ln ( 1 − 2 x )
3x
[ ] lim (1− 2 x −1 ) ⋅
= lim ln ( 1 − 2 x ) 3 x = ln lim ( 1 − 2 x ) 3 x = ln e x→0
x→ 0 x →0
3x
lim
= ln e x→0
3x −
3
= ln e = −
2
3
lim x [ ln ( x + 1 ) − ln x ] = [ ∞ − ∞ ]
EXEMPLO 2: x→ +∞
x +1 x x +1 x 1x
lim x [ ln ( x + 1 ) − ln x ] = lim ln
x→ +∞ x→ +∞ x
= ln lim ( )
x→ +∞ x
= ln lim 1 +
x→ +∞ x ( )
= ln e = 1 ( )
EXERCÍCIOS
x x+2 3
2 x −1 lg ( 1 + 10 x )
1. lim 1 −
x→∞
( )
x
2. lim
x→∞ x − 3
( ) 3. lim ( 1 − sen x ) 4. lim
x→0
x
x→0 2x
5. lim x [ ln ( 2 x + 1 ) − ln ( 2x −3 ) ]
x→ +∞
1 x2 2
ln ( 1 − 2 x ) 2 x−3 3−3sen
6. lim (1 + sen x )
x→0
sen 3 x
7. lim
x→ 0 3x
8. lim
x→∞ 2 x+1
( ) 9. lim x [ ln ( x + 1 ) − ln x ] 10. lim
x → +∞ x→ 0 3 ( ) x
1 1 2x 1 x2
2 x+4 x 2 +3
x→0
x
11. lim (1−sen5 x ) 12. lim ( 1+3 x )
x→0
sen2 x
13. lim( )
x→∞ 2 x−1
3
−1
14 . lim ( 1−sen3 x )
x→ 0
sen 2 x
15. lim 2( )
x→∞ x +2
2