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TERMOLOGIA FÍSICA
2020
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 4
3 CALORIMETRIA ................................................................................................... 8
12 ENTROPIA.......................................................................................................... 44
15 ENTALPIA........................................................................................................... 60
16 REFERÊNCIAS .................................................................................................. 66
1 INTRODUÇÃO
Prezado aluno!
Bons estudos!
2 CONCEITO DE TERMOLOGIA
2.1 Temperatura
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Apesar da existência do Kelvin, outras escalas usuais, baseadas em outras
substâncias, como Celsius e Fahrenheit, continuam sendo usadas no mundo. A figura
abaixo mostra três termômetros graduados nas escalas mais comuns existentes:
Celsius, Kelvin e Fahrenheit:
→ Escala Celsius
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Esses valores são utilizados até os dias atuais. Vale ressaltar que a escala
Celsius é utilizada hoje em quase todos os países.
→ Escala Fahrenheit
→ Escala Kelvin
A escala Kelvin foi proposta em 1864 pelo físico e engenheiro irlandês William
Thomson, o qual também era conhecido como Lord Kelvin. Ele acreditava que era
necessária uma escala termométrica que pudesse atribuir a um material uma total
ausência de movimentação de suas partículas, o que ele chamou de zero absoluto.
Assim, para Lord Kelvin, sua escala não poderia apresentar valores negativos
para a temperatura. Assim como Celsius e Fahrenheit, ele utilizou como referência os
seguintes pontos de fusão e ebulição da água:
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Segundo Helerbrock (2019), como as três escalas termométricas são utilizadas
em lugares diferentes, é interessante saber a forma de converter uma em outra. Para
isso, basta utilizar a seguinte relação:
Tc = Tf-32 = Tk-273
5 9 5
Dessa forma:
Tk = Tc + 273
Tc = Tk-273
Tc = Tf-32
5 9
Tf-32 = Tk-273
9 5
Para transformar a temperatura 150 K (Kelvin) para graus Celsius, basta utilizar
a expressão:
7
Tc = Tk - 273
Tc = 150 – 273
Tc = - 123o C
Tc = Tf-32
5 9
Tc = 75-32
5 9
9.Tc = 5.43
9Tc = 215
Tc = 215
9
Tc = 23,88oC
3 CALORIMETRIA
Calor é uma forma de energia em trânsito que flui sempre do corpo mais quente para o corpo mais
frio.
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Fluxo de calor
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Seja Q a quantidade de calor que passa por uma superfície S num intervalo de
tempo Δt. Definimos fluxo de calor (ɸ) como sendo o quociente entre Q e Δt:
ϕ= Q
Δt
3.2.1 Condução
3.2.2 Convecção
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colocarmos um pó fino, como serragem, no interior do líquido. A convecção apresenta
uma série de aplicações e situações práticas:
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3.2.3 Irradiação
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verificando-se que quanto maior a temperatura maior a frequência e maior a
intensidade de energia irradiada.
As ondas eletromagnéticas podem se apresentar sob diversas formas: luz
visível, raios X, raios ultravioletas, raios infravermelhos etc. Dessas, as que
apresentam efeitos térmicos mais acentuados para o corpo humano são os raios
infravermelhos.
Essa forma de transferência de calor difere das demais, pois as ondas
eletromagnéticas conseguem se propagar no vácuo, não necessitando de um meio
material, o que não acontece na condução e na convecção. Logo, essa é a forma de
transmissão de calor do Sol até nós, por exemplo.
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As juntas de dilatação servem para que as barras dos trilhos de trem não se dilatem e,
consequentemente, não entortem.
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Considere, por exemplo, uma barra de metal sendo aquecida numa chama,
como mostra a figura ao abaixo. Verifica-se que, à medida que é aquecida, a barra
tem seu comprimento aumentado. O aumento do volume de um material provocado
pelo aquecimento se chama dilatação térmica. (Sears, 2002)
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quando sua temperatura diminui é denominada contração térmica. Se a barra for
colocada na geladeira, continuará a resfriar e sofrer contração térmica.
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3.4 Termodinâmica
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responsável pelo estabelecimento de leis que regem todas as transformações que
podem ser sofridas pela matéria, como a lei da conservação da energia, também
conhecida como primeira lei da Termodinâmica. (ÇENGEL; GHAJAR, 2012).
Lei zero da Termodinâmica: é a lei do equilíbrio térmico. Essa lei fala que
todos os corpos tendem a trocar calor até atingirem o equilíbrio térmico.
Primeira lei da Termodinâmica: é a lei da conservação da energia. Essa lei
afirma que todo o calor recebido por um sistema durante um processo
termodinâmico pode ser convertido em trabalho ou em aumento de sua energia
interna.
Segunda lei da Termodinâmica: é a lei da entropia. Essa lei afirma que todos
os sistemas que recebem calor tendem a alcançar níveis cada vez menores de
organização.
Terceira lei da Termodinâmica: é a lei do zero absoluto. Essa lei nos diz que
o zero absoluto é, na verdade, inatingível. Por mais frio que esteja um corpo,
ele nunca estará a 0 K.
Q = τ + ΔU
Onde,
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Q: calor
τ: trabalho
ΔU: variação da energia interna
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Desta forma, seu fundamento é: o calor (Q) resulta da soma de trabalho (τ) com
a variação da energia interna (ΔU). Ela também pode ser encontrada da seguinte
forma:
ΔU = Q - W
Onde,
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Se o calor trocado com o meio for maior do que 0, o sistema recebe calor.
Se o calor trocado com o meio for menor do que 0, o sistema perde calor.
Se não há troca de calor com o meio, ou seja, se ele é igual a 0, o sistema não
recebe nem perde calor.
Potter e Somerton (2017), concluiu que a temperatura pode ser aumentada com
calor ou com trabalho.
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sistemas gasosos. Contudo, ela pode ser aplicada em quaisquer sistemas que
envolvam calor, trabalho e variação da energia interna.
4.1 Exemplo
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de calor. Caso contrário, chama-se parede adiabática, pois não permitirá o fluxo de
calor e não ocorrerá, dessa forma, o contato térmico.
Diante das definições apresentadas, há três tipos de ambientes em que os
objetos em estudo podem estar:
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Para isso, é colocado o corpo A em contato com o corpo C, nota-se que ambos
estão em equilíbrio térmico entre si. Posteriormente, é colocado o corpo C em contato
com o corpo B e também se nota que ambos estão em equilíbrio térmico entre si.
Desta forma, se A e C estão em equilíbrio térmico, então a temperatura de A (T A) é
igual a temperatura de C (TC) e, se C e B estão em equilíbrio térmico, então a
temperatura de C (TC) é igual a temperatura de B (TB). Ou seja,
TA = T C
E
TC = TB
Logo,
TA = TC = TB
T A = TB
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6.1 Transformações físicas
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Observe que:
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O exemplo mais comum que temos para as transformações físicas são os
estados físicos da água. (Potter, 2017)
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De acordo com Ieno (2006), novas substâncias são criadas quando a matéria
passa por uma transformação química. Reagentes são transformados em produtos
por meio de reações. As reações fazem com que ligações químicas sejam quebradas
ou formadas, mas os átomos que participam da reação são os mesmos, só que
rearranjados.
Percebemos a ocorrência de uma transformação química por aparecimento de
luz, surgimento de bolhas de um gás, formação de partículas sólidas, mudança de cor
e percepção de cheiro. Vejamos esse exemplo:
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A reação entre sódio e água origina o hidróxido do metal e libera gás hidrogênio.
(Ieno, 2006)
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Dessa forma, o ferro não pode mais ser separado, pois foi transformado em
outra substância. Chegamos à conclusão que: uma mistura é um fenômeno físico, já
uma reação é um fenômeno químico. (Wylen, 1995)
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Por se tratar de um composto iônico e solúvel em água, o cloreto de sódio sofre
uma alteração, rompendo-se em seus íons. Trata-se de um fenômeno químico.
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7 ENERGIA CINÉTICA
Onde:
Ec: energia cinética, também pode ser representada pela letra K (J).
m: massa do corpo (kg)
v: velocidade do corpo (m/s)
Exemplo:
Qual a energia cinética de uma pessoa com 60 kg e que está numa velocidade
de 10 m/s?
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Segundo Netz (2014), para que um corpo sofra uma variação na sua
velocidade, é necessário que um trabalho seja realizado sobre ele. Essa variação na
velocidade do corpo faz com que sua energia cinética varie. O teorema da energia
cinética indica que a variação da energia cinética é igual ao trabalho, ou seja:
T = ∆Ec
Onde,
T: trabalho (J)
∆Ec: variação da energia cinética (J)
Exemplo:
Qual o trabalho que deverá ser realizado sobre um corpo de massa igual a 6
kg, para que sua velocidade passe de 4 m/s para 20 m/s?
Solução:
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Portanto, o trabalho necessário para mudar a velocidade do corpo, será igual a
1152 J.
Com exceção dos gases nobres, os gases são compostos moleculares que
estão muito presentes em nosso cotidiano e dos quais as vidas animais e vegetais
dependem. (Netz, 2014)
Uma vez que não é possível ver os gases em ação, é preciso entender seu
comportamento habitual. Para tal, criou-se, a partir de vários experimentos com gases,
um modelo de comportamento das partículas dos gases ou uma teoria cinética dos
gases, também denominada teoria do gás ideal. (HALLIDAY, 1996)
Gás ideal
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Segundo KNIGHT (2009), é importante saber que a altas temperaturas e baixas
pressões, o comportamento dos gases reais se assemelha bastante ao dos gases
ideais. Desse modo, vejamos as características gerais dos gases, segundo a teoria
cinética:
Grande compressibilidade e capacidade de expansão. Por não apresentarem
um volume fixo, os gases ocupam o volume do recipiente em que estão
confinados. Além disso, o gás se dilata quando aquecido e se contrai quando
resfriado.
Os gases são miscíveis entre si em qualquer proporção, ou seja, apresentam
grande difusibilidade;
Os gases são formados por partículas minúsculas que apresentam grande
liberdade de movimentação. De modo desordenado e contínuo, elas se chocam
umas com as outras e com as paredes do recipiente, exercendo uma pressão
uniforme sobre ele. Essa pressão é a intensidade da força de colisão com as
paredes por unidade de área. As partículas de um gás não se depositam no
solo pela ação da gravidade, uma vez que se movimentam velozmente;
Quanto maior for o número de choques realizado pelas partículas do gás em
um recipiente, maior será a pressão exercida por ele;
O choque realizado entre as partículas do gás ideal deve ser elástico, ou seja,
sem perda de energia cinética;
Todo gás tem massa;
O aumento da temperatura provoca um aumento na energia cinética das
partículas do gás, que faz com que elas se movimentem mais rápido;
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As forças de atração intermolecular são consideradas desprezíveis;
As três variáveis de estado dos gases são: volume, temperatura e pressão.
9 GASES IDEAIS
Gases são fluidos que apresentam baixa interação entre suas moléculas.
Apresentam a forma e o volume do recipiente que os contém. (Ieno, 2006)
Dentro do estudo dos gases, a Teoria Cinética inicia-se com o conceito de gás
ideal ou perfeito. O comportamento dos gases reais aproxima-se, em certas
condições, do comportamento dos gases ideais, obedecendo à lei dos gases (relação
entre pressão, volume e temperatura). Os postulados da teoria cinética dos gases
estabelecem que as moléculas do gás ideal ou perfeito:
2º) não exercem ação mútua, isto é, não interagem, exceto durante as colisões.
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estabelecida para que o gás real tenha comportamento próximo do ideal. No entanto,
a baixa pressão é possível desde que a quantidade de moléculas no recipiente seja
pequena. Em outros termos, podemos dizer que a referida condição exige que se
tenha um gás real rarefeito em alta temperatura. O gás real nessa situação se
comporta de modo aproximado como ideal porque, havendo poucas moléculas em
temperatura elevada, a distância média entre as moléculas é muito grande, sendo
pequena a intensidade das forças de ação entre elas. A quantidade pequena de
moléculas faz com que o volume próprio delas seja desprezível quando comparado
com o volume total ocupado pelo gás. (KNIGHT, 2009)
CNTP:
p = 1 atm = 76 cmHg = 760 mmHg (milímetros de mercúrio)
T = 273 K (0ºC)
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R é a constante universal dos gases perfeitos, não dependendo da natureza do
gás. Seu valor depende das unidades usadas na medida da pressão e do volume. Os
valores usuais são:
R = 0,082 atm.l/mol.K
R = 8,31 J/mol.K
R = 2,0 cal/mol.K
Exemplo:
Se Nitrogênio e Oxigênio encontram-se à 1 atm. num recipiente de 22,4 l e a
0°C (273,15 K), o número de moles (mols) de ambos será igual a 1. A partir daí,
Avogadro conseguiu explicar como os gases se combinavam facilmente quando os
respectivos volumes obedeciam a proporções simples entre si; além de, algum tempo
depois, descobrir que os gases se apresentam na Natureza em formas diatômicas.
1 UMA ≈ 1,66x10-24g
NA ≈ 6,022x1023
Sendo uma molécula de dióxido de carbono (CO2) constituída por dois átomos
de Oxigênio e um átomo de Carbono, a massa molar dessa molécula é dada pela
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soma das massas atômicas do Carbono e dos dois átomos de Oxigênio multiplicando-
se pela constante de Avogadro e pela constante UMA:
Por isso que as massas molares de uma molécula, íon, átomo ou radical
sempre coincidem com as respectivas massas moleculares, massas-fórmulas (para
os íons) e massas atômicas dos mesmos. (Netz, 2014)
10 DISTRIBUIÇÃO DE MAXWELL-BOLTZMANN
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velocidades vetoriais. Podemos escrever a raiz da velocidade quadrática média
matematicamente como:
Pode parecer que essa técnica de encontrar um valor médio é
desnecessariamente complicada, já que elevamos todas as velocidades vetoriais ao
quadrado somente para tirar a raiz quadrada depois.
Você pode pensar, "Por que não podemos simplesmente tirar uma média das
velocidades vetoriais?", mas lembre-se de que a velocidade vetorial é um vetor e tem
uma direção.
A velocidade vetorial média das moléculas de gás é zero, já que há tantas
moléculas de gás indo para a direita (velocidade vetorial +) quanto para a esquerda
(velocidade vetorial -). É por isso que primeiro elevamos as velocidades vetoriais ao
quadrado, para torná-las positivas. Isso garante que tirar a média (isto é, o valor
médio) não resultará em zero. Os físicos geralmente usam esse truque para encontrar
valores médios de grandezas que podem receber valores positivos e negativos (por
exemplo, a tensão e a corrente em um circuito de corrente alternada). (Wylen, 1995)
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10.2 O que a área abaixo de uma distribuição de Maxwell-Boltzmann
representa?
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Conforme o gás fica mais frio, o gráfico fica mais alto e mais estreito. Da mesma
forma, conforme o gás fica mais quente, o gráfico fica mais baixo e mais largo. Isso é
necessário para que a área sob a curva (por exemplo, o número total de moléculas)
permaneça constante. (FERNANDES; PIZZO; MORAES JR., 2006)
Se mais moléculas fossem inseridas na amostra, a área total sob a curva
aumentaria. Da mesma forma, se moléculas fossem retiradas da amostra, a área total
sob a curva diminuiria.
Exemplos resolvidos envolvendo a distribuição de Maxwell-Boltzmann:
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Onde,
η: rendimento
QA: calor fornecido por aquecimento
QB: calor não transformado em trabalho
12 ENTROPIA
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12.1 Significado de Entropia
A “desordem” não deve ser compreendida como “bagunça” e sim como a forma
de organização de sistema. O conceito de entropia às vezes é aplicado em outras
áreas de conhecimento com esse sentido de desordem, que mais se aproxima do
senso comum. (Almeida, 2011)
Por exemplo, vamos imaginar três potes, um com pequenas bolinhas amarelas,
outro com o mesmo tipo de bolinhas só que vermelhas e o terceiro vazio.
Pegamos o pote vazio e colocamos por baixo todas as bolas amarelas e por
cima todas as bolas vermelhas. Neste caso, as bolas estão separadas e organizadas
pela cor.
Ao balançar o pote, as bolinhas começaram a se misturar de forma que num
dado momento não existe mais a separação inicial.
Mesmo que continuemos a balançar o pote, dificilmente as bolinhas voltarão a
ficar na mesma organização inicial. Ou seja, o sistema ordenado (bolinhas separadas
por cor) se tornou um sistema desordenado (bolinhas misturadas).
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Desse modo, a tendência natural é de aumentar a desordem de um sistema, o
que significa um aumento da entropia. Podemos dizer então que nos sistemas: ΔS >0,
onde S é entropia.
Sendo,
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ΔS: variação da entropia (J/K)
Q: calor transferido (J)
T: temperatura (K)
12.2.1 Atividade
A atividade proposta abaixo tem por finalidade levar para dentro da sala de aula
algo simples e que ajude os alunos a compreenderem de forma mais clara o assunto
estudado até o momento. Dessa forma, podemos dizer que a atividade é bastante
simples e bem interessante, principalmente porque mostra um aspecto moderno da
física, oriundo da termodinâmica. (Marques, 2019)
Realizando a atividade
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Inicialmente, coloque os vinte feijões marrons numa gaveta, deixando a outra
vazia, como mostra a figura abaixo. (Marques, 2019)
Podemos ver na figura acima que os feijões estão em ordem, ou seja, todos os
feijões estão dispostos em uma só gaveta. Dessa forma, podemos dizer que a entropia
do sistema é pequena. Agora feche as gavetas com as caixas correspondentes e agite
o conjunto.
Ao realizar a atividade é importante que a caixa de fósforos esteja sobre uma
mesa, de forma que a caixa não se incline para que a simetria do sistema não seja
alterada.
A figura abaixo nos mostra a simulação da forma como deve ser feita a agitação
térmica da caixa de fósforos sobre a mesa. As setas vermelhas indicam as direções
nas quais o movimento deve ser realizado.
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Em seguida, abra as caixas de fósforos e veja como ficou a distribuição dos
feijões dentro das caixas. É a mesma? O que mudou?
Agite um pouco e observe, repetindo o procedimento várias vezes. O que
acontece com a entropia do sistema? Se você agitar mais vigorosamente, o que
acontece? O que significa, em física, “agitar mais vigorosamente”? Se você aumentar
ou diminuir a abertura entre as caixinhas, ou fizer a substituição dos feijões por grãos
menores, como por exemplo, lentilhas, o que ocorrerá? Qual o significado físico
dessas alterações?
Em um momento seguinte, distribua 20 feijões pretos de um lado e 20 feijões
marrons de outro lado. (Marques, 2019)
Observe que há uma ordem novamente no sistema: cada cor em uma caixinha.
Vejamos a figura abaixo:
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13 MÁQUINAS TÉRMICAS
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passaram a ser utilizadas na indústria e em larga escala, o que foi de enorme
contribuição para a Revolução Industrial.
Foi em 1804 que as máquinas a vapor passaram a ser utilizadas para
locomoção. A locomotiva a vapor, construída por Richard Trevithick, era capaz de
transportar 450 pessoas a uma velocidade de 24 km/h, velocidade bem menor que a
que estamos acostumados atualmente. Depois da locomotiva, vieram os carros, o
primeiro foi produzido em 1885, pelo Engenheiro Alemão Karl Benz, e possuía motor
a gasolina.
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13.2 Rendimento das máquinas térmicas
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Na equação apresentada acima, Tf é a temperatura da fonte fria, também
chamada de resfriadouro ou sorvedouro, e Tq é a temperatura da fonte quente. É
importante ressaltar que as temperaturas envolvidas nesses cálculos devem sempre
estar expressas em Kelvin.
14 CICLO DE CARNOT
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Diagrama do Ciclo de Carnot
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14.2 Fórmula
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Sendo,
R o rendimento da máquina de Carnot.
T1 a temperatura da fonte quente em Kelvin (K)
T2 a temperatura da fonte fria em Kelvin (K)
14.3 Refrigeração
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14.4 Eficiência de uma máquina térmica cíclica
O refrigerador é uma máquina térmica que usa um ciclo fechado. Desta forma
pode operar continuamente retirando calor dos alimentos e dissipando este calor para
o lado de fora.
É sabido que nem todas as máquinas e motores térmicos apresentam a mesma
eficiência e o mesmo rendimento. Alguns fatores podem fazer com que se
diferenciem. Por exemplo, fatores como o atrito, perdas de calor, detalhes de
construção dos motores, etc., tudo isso pode leva-los a ter diferentes consumos de
energia para realizar o mesmo trabalho. (TIPLER, 2009)
Para que possamos diferenciar as máquinas térmicas podemos calcular fração
do calor recebido transformado em trabalho, ou seja, basta calcularmos a eficiência
de cada máquina térmica.
Chamamos de eficiência da máquina à razão do trabalho efetuado (Τ) pelo
calor da fonte quente Q1.
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15 ENTALPIA
H = U + PV
Qp = ΔH
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Para as reações endotérmicas, o valor de ΔH será sempre positivo (ΔH > 0):
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X+Y→Z ΔH1
Z+W→A+K ΔH2
K→Y+B ΔH3
X+W→A+B ΔH4
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15.4 Entalpia de Formação (ΔH°f)
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Germain Henri Hess (1802 – 1850) foi um químico Suíço que aprofundou seus
conhecimentos no campo da termoquímica, com a criação de uma lei que afirma que
a mudança na entalpia de uma reação é igual a somatória das mudanças nas entalpias
em suas etapas individuais.
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16 REFERÊNCIAS
Bibliografia
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https://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/entropia-segunda-lei-
termodinamica.htm. Acesso em: 4 nov. 2020.
SEARS, F. et al. Física: termodinâmica e ondas. 10.ed. Rio de Janeiro: LTC, 2002.
v. 2.
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