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ELETRICIDADE
GUARULHOS – SP
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 4
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10.1 Teorema de Thevenin ..................................................................................... 81
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1 INTRODUÇÃO
Prezado aluno!
Bons estudos!
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2 CARGAS ELÉTRICAS E FORÇAS
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Na Grécia Antiga, os filósofos se deparavam com alguns fenômenos até então
inexplicáveis. Por exemplo, quando friccionavam um pedaço de âmbar e o
aproximavam de pedaços de palhas, estes eram atraídos. A partir dessas
observações e da curiosidade de alguns pensadores, a eletricidade começou a ser
desenvolvida independentemente, em diversos lugares, por muitos séculos. Hoje
sabemos que essa atração é consequência de uma propriedade elétrica intrínseca à
matéria, conhecida como carga elétrica.
Existem dois tipos de carga elétrica: as positivas e as negativas. Os seus
valores absolutos são iguais e de sinais contrários, anulando-se quando são somados.
Portanto, um sistema composto pela mesma quantidade de cargas positivas e
negativas é chamado de carga nula.
Segundo Alexander e Sadiku (2013), a carga de um único elétron foi definida
como o valor negativo de aproximadamente 1,602 × 10−19. O valor absoluto desse
número normalmente é representado pela letra “e” e é medido em Coulomb (C), em
homenagem a Charles-Augustin de Coulomb (1736–1806). Portanto,
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onde qe e qp é o valor da carga de um elétron e um próton, respectivamente, em
Coulomb.
A escolha convencional dos sinais das cargas se deve ao cientista e inventor
Benjamin Franklin (1706–1790), um dos pioneiros no estudo da eletricidade. Veio dele
também o princípio de conservação da carga, que diz que a carga elétrica total de
um sistema isolado é conservada. Em outras palavras, a carga não é criada ou
destruída: é simplesmente movida de um objeto para outro.
Você viu que um átomo consiste, internamente, de um núcleo contendo
prótons e nêutrons e, externamente, de elétrons. Cada próton possui uma carga
positiva de valor “e”, que é anulada pela carga negativa de cada elétron. Os nêutrons
possuem carga nula e estão fortemente ligados aos prótons, com uma interação que
até hoje gera dúvidas aos cientistas. Todos os materiais possuem carga, uma vez que
os átomos e as moléculas são formados por partículas carregadas. Contudo,
dificilmente notamos os efeitos da carga elétrica, porque a maioria dos objetos é
eletricamente neutra, ou seja, possui a mesma quantidade de cargas positivas e
negativas.
Portanto, quando um material é dito carregado negativamente, é porque ele
possui mais cargas negativas do que positivas, ou seja, mais elétrons do que prótons.
De forma análoga, um material carregado positivamente possui mais cargas positivas
do que negativas, ou seja, mais prótons do que elétrons. O carregamento (ou
descarregamento) de um material é geralmente ocasionado por um processo de
eletrização, em que não ocorre a modificação da estrutura nuclear do átomo. Isso
significa que um átomo nunca perde prótons nesse processo, apenas recebe (ou
perde) elétrons. Veja a representação desse fenômeno na Figura 2.
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Esses conceitos e as observações dos fenômenos elétricos já haviam sido
vistos pelos gregos e pelos mais antigos Homo sapiens, que observavam
confusamente raios partindo o céu. A partir disso, foi fundamentado o princípio mais
crucial da eletricidade: a lei das cargas elétricas. Essa lei diz que cargas de mesmo
sinal se repelem, e as de sinais oposto se atraem (Figura 3).
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balão eletrizado do seu cabelo eletricamente neutro, as cargas do balão vão atrair as
cargas opostas do seu cabelo, criando uma força de atração entre os materiais e
fazendo o seu cabelo “grudar” no balão, como mostra a Figura 5.
Na prática, os átomos dos objetos adquirem carga positiva não por ganharem
prótons, mas por perderem elétrons. Os prótons estão extremamente firmes e ligados
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ao interior do núcleo, e não podem ser adicionados ou removidos do átomo. Por outro
lado, os elétrons estão ligados mais frouxamente ao núcleo e podem ser removidos
com maior facilidade. O processo de remoção de um elétron do átomo é chamado de
ionização e, quando isso acontece, o átomo é chamado de íon positivo, com carga
líquida de q=+e. Alguns átomos podem acomodar um elétron extra e, assim, tornarem-
se um íon negativo, com uma carga líquida q=–e.
Conforme Knight (2009), as forças de atrito geradas pela fricção de dois
materiais quebram as ligações moleculares das suas superfícies. As moléculas
desses materiais, que até então eram eletricamente neutras por natureza, tornam-se
um montante de íons positivos e negativos. Dessa forma, íons positivos permanecem
em um material, e íons negativos no outro, de modo que um dos objetos friccionados
fica com uma carga líquida positiva e o outro, com uma carga líquida negativa (Figura
6).
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O processo de eletrização por atrito pode acontecer entre diversos tipos de
materiais, mas há materiais com maior facilidade em fornecer elétrons (resultando em
um corpo positivamente carregado), e outros que são melhores receptores de elétrons
(tornando-se corpos negativamente carregado). Para descobrir, entre dois materiais
friccionados, qual será o receptor e qual será o doador de elétrons, utiliza-se a tabela
da série triboelétrica (Quadro 1), que lista materiais de forma ordenada, conforme a
sua tendência em doar ou receber elétrons.
Por exemplo, no caso da fricção entre um bastão de vidro e pelo de gato,
sabemos que o vidro ficará carregado positivamente e o pelo do gato, carregado
negativamente. Isso se dá porque o vidro está posicionado mais acima da tabela e,
portanto, é um material com maior capacidade de liberar elétrons do que o pelo de
gato.
Existem outros processos de eletrização de materiais, como a eletrização por
indução. Essa eletrização ocorre, por exemplo, ao aproximar um bastão de âmbar
negativamente carregado a um material condutor neutro, como uma esfera metálica.
Nesse caso, essa aproximação gera um movimento dos elétrons da esfera, devido à
lei das cargas elétricas, os quais buscam um distanciamento do pedaço de âmbar —
mesmo que não ocorra o contato nenhum entre os materiais. Quando isso ocorre, diz-
se que a esfera sofreu uma polarização de cargas, como você pode ver na Figura 8.
Esse é um estado momentâneo do material neutro e, conforme o bastão é afastado,
as suas cargas se distribuem como eram originalmente, e o material continua
eletricamente neutro.
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Agora, analise o exemplo mostrado na Figura 9.
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Segundo Hewitt (2015), em (a) são apresentadas duas esferas metálicas em
contato, ambas suspensas necessariamente por um material isolante, formando um
único condutor inicialmente neutro. Em (b), ao aproximar um bastão negativamente
carregado da esfera A, as cargas negativas das duas esferas, seguindo a lei das
cargas elétricas, movem-se para a esfera B, na tentativa de se distanciarem do bastão.
As duas esferas de metal estão agora polarizadas.
Em seguida, as esferas em (c) são separadas, e ainda há a presença do
bastão. As cargas que estavam polarizadas permanecem nas suas respectivas
esferas, ou seja, a esfera A está carregada positivamente, e a esfera B,
negativamente. Por fim, em (d), ao distanciar o bastão das esferas, as suas cargas
permanecem como em (c), e é dito que as esferas sofreram um processo de
eletrização por indução.
Caso o bastão negativamente carregado entre em contato com uma esfera
metálica inicialmente neutra, como mostra a Figura 10, os elétrons carregados do
bastão serão divididos entre os dois materiais, buscando um equilíbrio eletrostático.
Assim, ambos se tornam energizados negativamente. Diz-se, nesse caso, que a
esfera sofreu um processo de eletrização por contato.
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Para compreender realmente a eletricidade e o seu vasto universo, não se
pode deixar de lado a importância das propriedades elétricas dos materiais utilizados
tanto para o seu transporte quanto para a sua proteção e geração. O comportamento
físico de um material diante de uma carga elétrica pode classificá-lo em quatro
famílias: condutores, isolantes, semicondutores e supercondutores.
Condutores e isolantes
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Os condutores mais utilizados são os metais, sendo o ouro, a prata e a platina
os melhores condutores. No entanto, em função do seu custo alto, são pouco
utilizados na transmissão de energia elétrica. Por outro lado, o cobre e o alumínio, são
muito utilizados, porque apresentam boa condutividade e baixo custo.
Como exemplos de bons isolantes, temos a borracha, o vidro, os plásticos, os
materiais cerâmicos, a madeira seca, entre outros. Na prática, os isolantes são muito
utilizados para isolar os materiais condutores transmissores de grandes quantidades
de carga, como no caso dos cabos utilizados para conectar qualquer aparelho elétrico.
Internamente, esses materiais são compostos por condutores — na grande maioria,
por fios de cobre — e, externamente, esses fios são encapados por um isolante
(Figura 13). Este impede que qualquer usuário ou objeto entre em contato com o
condutor, sofrendo a descarga da carga que passa pelo fio, o que pode resultar em
grandes choques ou até em morte.
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Semicondutores
Supercondutores
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existentes, bem como a qualquer substituição de componentes que implique alteração
de circuito.
As concessionárias de energia, por sua vez, fornecem a energia elétrica para
os consumidores de acordo com a carga (kW) instalada e em conformidade com a
resolução normativa nº 414 de 9 de setembro de 2010 da ANEEL que estabelece as
Condições Gerais de Fornecimento de Energia Elétrica de forma atualizada e
consolidada. Uma vez determinada a maneira de fornecimento de energia elétrica pela
concessionária, o que vai depender da carga instalada (kW), especifica-se o padrão
de entrada de energia elétrica.
O padrão é composto por poste com isolador, roldana, bengala, caixa de
medição e haste de aterramento (Figura 16-30). A instalação desses componentes
deve seguiras especificações da concessionária de energia elétrica. Depois de pronto
o padrão de energia, a concessionária faz uma inspeção e, se a instalação estiver
correta, instala e liga o medidor e o ramal de serviço disponibilizando a energia para
o consumidor.
O sistema de distribuição a três fios refere-se ao método de fiação empregado
para operar o sistema elétrico em uma instalação residencial. Trata-se de um sistema
monofásico de 60 Hz, consistindo em três fios, que fornece tensões de 120 e 240V. O
sistema fornece 120VCA para a operação de lâmpadas e pequenos aparelhos
portáteis. Além disso, ele fornece 240VCA para operar aparelhos pesados, como fornos
elétricos, máquinas de secar roupas e aquecedores de água.
O diagrama de um sistema de distribuição a três fios é mostrado na Figura 16-
31. A tensão primária está na faixa de kV. No caso da Figura 16-31, a tensão é
abaixada para 240V, a qual aparece entre os dois terminais externos do enrolamento
secundário do transformador. Um fio de derivação central divide essa tensão ao meio,
fornecendo 120V entre a derivação central e os terminais externos. Os dois fios
externos são chamados fios fase e têm geralmente isolação preta ou vermelha. O fio
da derivação central é aterrado (conectado à terra) na base do transformador e é
conhecido como fio neutro. O neutro possui isolação geralmente azul. Por razões de
segurança, os fios fase são controlados por interruptores e têm fusíveis ou disjuntores
ligados em série com eles. O fio neutro é aterrado no transformador e no padrão
elétrico da casa ou edificação.
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Através do circuito de distribuição, a energia é levada do medidor (ponto de
entrega) até o quadro de distribuição de circuitos, também conhecido como quadro de
luz (veja a Figura 16-32). O Quadro de Distribuição de Circuitos (QDC) é o centro de
distribuição de energia de toda a instalação elétrica de uma residência. O
dimensionamento do QDC deve prever eventuais ampliações futuras e ser compatível
com a quantidade e o tipo de circuitos previstos inicialmente. Para determinar a carga
de uma instalação elétrica residencial, devem ser soma de todas as cargas elétricas
previstas para as tomadas de uso geral e a potência das lâmpadas e dos demais
equipamentos elétricos.
O dimensionamento dos condutores que vão do padrão de energia até o QDC,
em geral através de um eletroduto embutido na parede, é definido pela NBR 5410 e
vai depender do número de circuitos e da carga instalada.
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É importante que a proteção de uma instalação seja coordenada de forma que
atuem em primeiro lugar as proteções mais próximas às cargas. Assim, os disjuntores
instalados no QDC devem ter corrente nominal inferior ao disjuntor geral instalado no
padrão de entrada (as correntes dos disjuntores do QDC são definidas de acordo com
o circuito que cada um protege; já a corrente do disjuntor geral é determinada pela
corrente associada a todos os circuitos do QDC ou pela corrente total da instalação).
A Figura 16-33 mostra conexões típicas de disjuntores em um QDC. Para
conectar um circuito de 127V, o fio fase deve ser alimentado a partir de qualquer
disjuntor unipolar e o fio neutro é alimentado a partir do barramento de neutro. Para
circuitos de 220V, recomenda-se utilizar disjuntores bipolares, de modo que ambos os
fios fase sejam protegidos e abertos e fechados juntos.
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Nas instalações residenciais são usados disjuntores de caixa moldada fixados
no QDC por meio de um clipe de fixação (Figura 16-34). A moldura do QDC possui
espaços para acomodar cada disjuntor (o número de espaços vai depender do modelo
de quadro). Apenas remova os espaços da moldura necessários para o número de
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disjuntores a serem instalados. Os espaços não utilizados podem ser empregados
futuramente, quando um outro circuito for instalado. Alguns modelos de QDC
acompanham tampas cegas de PVC, encaixadas por pressão, para cobrir os espaços
da moldura não ocupados por disjuntores (no caso de o espaço ter sido removido
acidentalmente ou por outra razão qualquer).
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A caixa quadrada usada para tomadas residenciais de equipamentos de
potência mais elevada ou como caixa de ligação ou derivação para sistemas
de fiação de superfície e ocultos.
São fornecidos orifícios para proporcionar um meio de entrada na caixa e para
a fixação de conectores de cabos ou condutores. Um orifício é um buraco parcialmente
perfurado, que pode ser removido facilmente com uma pancada.
4 CIRCUITOS ELÉTRICOS
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Para entendermos de forma mais clara o comportamento do circuito elétrico,
torna-se necessária a compreensão das suas grandezas elétricas.
Corrente elétrica
Onde:
I = corrente em Ampères (A);
q = carga em Coulombs (C);
t = tempo em segundos (s).
Tensão elétrica
Onde:
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V = tensão em volts (V);
w = trabalho em joules (J);
q = carga em coulombs (C).
Resistência elétrica
Onde:
R = resistência elétrica em ohms (Ω);
V = tensão em volts (V);
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I = corrente em ampères (A).
Potência elétrica
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Agora, apresentaremos as definições de tensão contínua e alternada. A
tensão contínua é aquela em que não há variação ao longo do tempo. Já a tensão
alternada é definida como uma tensão periódica variável. Para entender melhor,
observe a Figura 2, a seguir.
Nota-se que, na Figura 2a, o valor da tensão não muda e nem o sinal, ou seja,
permanece todo o tempo com um valor positivo. Na Figura 2b, há modificações. O
valor da tensão e o seu sinal variam durante um determinado tempo, denominado de
período. Podemos afirmar que o período é o tempo necessário para realizar um ciclo
completo, ou seja, o valor da tensão parte de zero até um valor máximo positivo;
retorna novamente a zero, atingindo um valor máximo negativo, e termina o seu ciclo
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novamente em zero. A letra T representa o período, e a sua unidade de medida é em
segundos.
Para análise de circuitos elétricos, é necessário conhecermos a frequência,
definida como o inverso do período. A sua unidade é o hertz (Hz), e a sua equação é
a seguinte:
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dois exemplos. O exemplo 1 mostra um circuito CC composto de uma fonte e
resistores: como analogia, relacionamos a fonte a uma bateria, e o resistor a uma
lâmpada. Calcularemos o valor da potência elétrica desse circuito.
Exemplo 1
O circuito da Figura 3 representa uma fonte em série com um resistor. O valor
da fonte e a corrente do circuito são conhecidos. Determine o valor da resistência
elétrica R.
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Vamos analisar o circuito da Figura 4, a seguir.
Portanto:
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Então:
6 LEI DE OHM
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de diferentes leis para circuitos elétricos, conseguimos prever o que vai acontecer em
um circuito, ou diagnosticar por que as coisas não estão funcionando como deveriam.
A lei de Ohm pode ser resumida da seguinte forma:
A corrente (I) em um circuito é diretamente proporcional à tensão aplicada (E)
e inversamente proporcional à resistência do circuito (R). Isso quer dizer que a lei de
Ohm estabelece que a corrente em um circuito elétrico depende de duas coisas:
Da tensão aplicada ao circuito;
Da resistência no circuito.
Se você comparar os circuitos da Figura 1 será mais fácil entender a relação
entre tensão e corrente. Os três circuitos têm a mesma resistência fixa (10 Ω). Note
que, quando a tensão é aumentada ou diminuída (25 ou 10V), há um aumento ou uma
redução diretamente proporcional no valor de fluxo de corrente (de 3 para 1 A). A
corrente, portanto, é diretamente proporcional à tensão.
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Os três circuitos têm a mesma tensão fixa (25V). Veja que, quando a
resistência é aumentada de 10 para 20 Ω, a corrente reduz de 2,5 para 1,25 A. Do
mesmo modo, quando a resistência é reduzida de 10 para 5 Ω, a corrente aumenta
de 2,5 para 5 A. A corrente, portanto, é inversamente proporcional à resistência.
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É importante usar corretamente as unidades de medida ao aplicar as
equações matemáticas da lei de Ohm a um circuito. A mistura inadequada de
unidades resultará em respostas incorretas.
Veja algumas combinações comuns de unidades que podem ser usadas para
diferentes tipos de circuitos:
Circuitos elétricos
I = corrente em ampères (A)
E = tensão em volts (V)
R = resistência em ohm (Ω)
Circuitos eletrônicos
I = corrente em miliampères (mA)
E = tensão em volts (V)
R = resistência em ohm (Ω)
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Circuitos microeletrônicos
I = corrente em microampères (μA)
E = tensão em volts (V)
R = resistência em megaohm (MΩ)
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Conforme Petruzella (2013), os circuitos eletrônicos e microeletrônicos
operam em valores de corrente bem mais baixos do que os circuitos elétricos. Isso
ocorre principalmente porque eles, em geral, possuem valores de resistência muito
maiores. Se a resistência destes circuitos é expressa em quilohms ou megaohms, e a
tensão em volts, é possível calcular a corrente diretamente em miliampè res ou
microampères:
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res ou microampères. Quando esse for o caso, a resistência é encontrada usando a
combinação comum de:
7 RESISTORES
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No resistor, a tensão sobre ele é proporcional à corrente que flui através dele
(HAYT JR.; KEMMERLY; DURBIN, 2014). A resistência de qualquer material inclui
quatro aspectos:
1. Propriedade do material: cada material se opõe ao fluxo de corrente.
2. Comprimento (l): quanto maior for o comprimento, maior será a
resistência.
3. Área seccional (A): quanto maior for a área, menor será a resistência.
4. Temperatura: em geral, para os metais, quanto maior for a temperatura,
maior será a resistência.
A resistência pode ser determinada por meio de (1):
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O físico alemão Georg Simon Ohm ficou conhecido por conseguir relacionar
corrente, tensão e resistor. Essa relação ficou conhecida como Lei de Ohm. Vale
ressaltar que apenas os resistores lineares obedecem à Lei de Ohm. A resistência
pode ser determinada por meio da Lei, dada por:
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A constante G é a condutância do resistor, medida em Siemens (S), e pode
ser calculada por meio da seguinte equação:
Os valores dos resistores podem ser encontrados por meio das cores das
faixas estampadas no seu exterior. Cada faixa de cor e a posição onde estão no
resistor representam um número, conforme o Quadro 2.
Entretanto, a quarta faixa nem sempre existe e, de modo geral, fica afastada
das outras três. Essa faixa é chamada de faixa de tolerância e é expressa em
porcentagem, pois indica a precisão do valor real em relação ao valor lido pelo código
de cores. A maioria dos resistores apresenta a faixa de tolerância na cor prata.
Os resistores que são constituídos de filme de metal utilizam, com frequência,
uma faixa com cinco cores, sendo que as três primeiras faixas coloridas são para os
dígitos, a quarta faixa, para o multiplicador, e a última faixa, para a tolerância.
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Nesta seção, foi introduzido o que é um resistor e as formas de se determinar
a resistência por meio da lei de Ohm e da resistividade e da área. Também vimos que
é possível determinar o valor do resistor sem nenhum equipamento por meio de uma
tabela de cores. Na próxima seção, serão apresentados os vários tipos de resistores
e como eles são utilizados.
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Os resistores fixos normalmente são especificados por meio de três
parâmetros: o valor da resistência elétrica, a tolerância e a máxima potência elétrica
dissipada. A potência dissipada por um resistor pode ser calculada de várias
maneiras. Vamos partir da seguinte equação:
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Reostatos
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Os magnetorresistores (MRE, magneto resistive element) são dispositivos
em que a resistência muda de acordo com a intensidade do campo magnético (DUNN,
2013). Os detectores de velocidade, por exemplo, utilizam magnetorresistores. A
Figura 5, a seguir, apresenta o símbolo de um magnetorresistor.
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de MΩ. O LDR é ativado ou desativado quando energia luminosa incidir sobre ele. A
sensibilidade desse componente depende do tipo de material com o qual a célula é
formada, da área em que ficará exposta à luz, da potência de dissipação e da fonte
de alimentação do circuito. Algumas aplicações do LDR são: controle automático de
porta, controle de iluminação em uma casa, acionamento de relés, controle remoto de
dispositivos, entre outros. A Figura 6, a seguir, apresenta os símbolos de um
fotorresistor e de um fotorresistor comercial (BALBINOT; BRUSAMARELLO, 2011).
NTC e PTC
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Já na associação de resistores em paralelo, a tensão é a mesma em cada
resistor, de modo que a corrente elétrica que flui pelo circuito é a soma das correntes
elétricas que passam por cada um dos resistores. A resistência equivalente dos
resistores em paralelo é calculada conforme a Figura 9.
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calcula-se o valor total dos resistores em paralelo e, depois, soma-se esse valor aos
resistores que estão em série. A Figura 10, a seguir, apresenta uma associação mista.
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O primeiro passo é resolver o que está em paralelo. Então:
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O terceiro passo é resolver o que está em paralelo:
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O último passo é somar as três resistências que estão em série. Portanto:
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8.1 Características de um circuito série em corrente contínua
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Em circuitos elétricos, os componentes básicos são as fontes de tensão e os
resistores, ilustrados pelos seus símbolos nas Figuras 3a e 3b, respectivamente, com
um circuito série composto por uma bateria V e dois resistores, R1 e R2 , como
mostrado na Figura 3c. As fontes de tensão, por sua vez, podem ser de duas
naturezas: independentes (Figura 3a), aquelas em que a tensão fornecida depende
apenas de seus parâmetros internos; e dependentes, que utilizam outras grandezas
do circuito como referência para a tensão fornecida.
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Em uma fonte de tensão, há, em todos os momentos, uma diferença de
potencial elétrico entre seus terminais, medida em Volt (V) e que pode ser originada
de diversas formas, como máquinas elétricas rotativas, processos químicos e até
mesmo interações com a luz solar. Uma fonte é dita de corrente contínua (CC) quando
a diferença de potencial entre seus terminais tem o mesmo valor em todos os instantes
de tempo. Um resistor é um componente construído utilizando materiais condutores.
Esses materiais têm como característica certa quantidade de cargas livres em seus
átomos. A resistência desse componente é medida em Ohm (Ω). Para fazer a ligação
entre os componentes de um circuito, são utilizados fios, construídos de material
condutor (TIPLER; MOSCA, 2012; WALKER, 2016).
Quando um resistor é ligado em um circuito elétrico série a uma fonte de
tensão, a diferença de potencial faz com que as cargas livres do resistor tendam a se
locomover do potencial mais alto para o potencial mais baixo, sentido conhecido como
sentido convencional de condução. O movimento dessas cargas ao longo do tempo é
definido como a corrente elétrica de um circuito, grandeza esta medida em ampère
(A). Adicionalmente, a corrente elétrica I que circula em um circuito pode ser dada
pela razão entre a diferença de potencial V pela resistência R, como mostra a equação
(1), conhecida como lei de Ohm.
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Um circuito série composto por n resistores de diferentes resistências pode
ser comparado a um circuito série composto por apenas uma resistência, denominada
equivalente. A resistência equivalente Req de uma associação em série de resistores
é dada pelo somatório dessas resistências, como mostra a equação (2).
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A circulação de corrente se dá em razão do movimento das cargas livres nos
materiais, que faz com que essas cargas acabem colidindo umas com as outras
gerando calor nos condutores e resistores — esse calor é conhecido como efeito
Joule. A potência P (em W) dissipada na forma de calor pelo efeito Joule em um
componente de resistência R, sob uma diferença de potencial V e circulando uma
corrente I pode ser dado por uma das três expressões da equação (4) (TIPLER;
MOSCA, 2012; WALKER, 2016).
Da mesma forma que um resistor dissipa uma potência, esta deve ser
fornecida pelo circuito. Assim, o elemento que fornecerá a potência dissipada pelos
resistores de um circuito será a fonte. Como os circuitos elétricos também obedecem
às leis de conservação de energia, a potência fornecida por uma fonte ligada a
diversos resistores será igual ao somatório das potências dissipadas por cada resistor
ou, então, pelo produto de sua tensão V e pela corrente I que fornece ao circuito
(TIPLER; MOSCA, 2019; WALKER, 2016).
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Uma fonte independente ideal é aquela que sempre fornece sua grandeza de
forma constante, sem nenhuma variação, em que as demais grandezas variam para
que essa condição seja obedecida. Assim, uma fonte de tensão independente fornece
uma tensão constante variando a corrente de acordo com a carga ligada nela. Fontes
de tensão em CC devem respeitar a polaridade de seus terminais, situação em que
um terá potencial elétrico maior que outro em todos os instantes e de forma invariável.
Assim, é possível associar fontes em série a fim de obter tensões maiores ou menores,
mostradas na Figura 5.
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Na Figura 5a, as fontes estão ligadas de modo que o terminal positivo da fonte
V1 está ligado ao terminal negativo da fonte V2, fazendo com que a tensão entre os
terminais a e b seja o somatório das tensões dessas duas fontes.
Já na Figura 5b, as fontes estão ligadas para que o terminal positivo da fonte
V1 está ligado ao terminal positivo da fonte V2, fazendo com que a tensão entre os
terminais a e b seja a subtração da tensão da fonte V2 da tensão da fonte V1.
Em aplicações reais, as fontes de tensão CC têm comportamento diferente
quando há uma carga conectada a elas ou não. Quando não há uma carga ligada a
seus terminais, é dito que a fonte está em aberto ou em vazio e a tensão em seus
terminais é sua tensão de circuito aberto. Quando essa fonte fornece energia para
uma carga resistiva, a tensão em seus terminais abaixa. Isso ocorre em virtude das
perdas pelos materiais empregados desde a geração até os terminais utilizados para
ligação. Todos esses componentes apresentam uma resistência que, quando sob
circulação de corrente, apresentarão uma queda de tensão. Assim, uma fonte de
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tensão real deve ser representada por uma fonte de tensão ideal associada em série
com um resistor r, representando a resistência interna.
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Aplicando o ponto 2 ao circuito da Figura 3c, é possível obter uma equação
para a potência do circuito — do lado esquerdo aquela fornecida pela fonte e do lado
direito aquela dissipada pelos resistores, como visto na equação (5).
Entretanto, para essa lei ser válida, além da polaridade de tensão da fonte,
deve-se estabelecer uma polaridade para a queda de tensão em resistores. Em
fontes, foi estabelecido que a corrente sai do terminal com maior potencial elétrico.
Para um resistor, essa polaridade é invertida, com a corrente entrando no terminal
com maior potencial elétrico. A Figura 6 mostra as polaridades de tensão e o sentido
de corrente para (a) uma fonte e (b) um resistor, com (c) exemplificando como essas
polaridades seriam aplicadas a um circuito com uma fonte e dois resistores.
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Após determinadas as polaridades dos elementos do circuito, deve-se montar
a equação de acordo com o sentido da corrente. Se a corrente entra no terminal cujo
potencial é negativo, esse termo terá sinal positivo na equação. Assim, se a corrente
entrar no terminal cujo potencial é positivo, esse termo terá sinal negativo na equação.
Para o circuito da Figura 6c, a lei de Kirchhoff das tensões pode ser então escrita
como a equação (8).
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8.3 Solução de problemas em um circuito série em CC
Um circuito resistivo real pode ser dado em função de uma fonte de tensão (p.
ex., uma bateria com sua resistência interna r), uma carga resistiva R e os condutores
que ligarão esses dois componentes. Esses condutores terão, cada um, uma
resistência Rfio. Dessa forma, esse circuito pode ser esquematizado como mostra a
Figura 7.
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O curto-circuito ocorre quando uma corrente elevada é detectada pelo circuito.
Em geral, nesse caso, há algum problema na carga R, a qual não é sentida pelo
circuito, fazendo com que a resistência equivalente do circuito diminua e provocando,
assim, uma maior corrente no circuito e, consequentemente, uma maior potência
dissipada pelos condutores. Além do aumento da corrente, provoca-se uma
diminuição da tensão entre os dois pontos em que se deu o problema, fazendo com
que ambos fiquem no mesmo potencial elétrico.
Condutores reais, utilizados nas instalações de circuitos elétricos, são
compostos por uma parte condutiva (de cobre, em geral) e uma capa isolante (com
frequência de PVC). Essa capa isolante existe para que diversos condutores possam
ser instalados juntos sem que um provoque um curto-circuito no outro, embora, sob
excessivas temperaturas, possa vir a perder suas propriedades isolantes. Como a
dissipação de potência por efeito Joule provoca um aumento de temperatura, os
condutores são classificados por sua capacidade máxima de corrente. Assim, um
curto-circuito poderá trazer danos ao circuito, fazendo uma alta corrente circular por
um condutor e elevando sua corrente de maneira excessiva de modo a provocar o
rompimento da camada isolante não somente dele, mas também com o tempo dos
condutores que estejam fisicamente próximos a ele, podendo causar problemas até
mesmo em circuitos sem problemas.
Para proteger as instalações, existem dispositivos que detectam a corrente
que circula e, caso esta ultrapasse um valor-limite estabelecido, ou seja, estejam sob
um estado de sobrecorrente, o circuito é interrompido. Para esse fim, podem ser
empregados fusíveis ou disjuntores. A vantagem de um disjuntor em relação a um
fusível está no fato de que pode ser religado após sanar o problema; já o fusível é
descartável após aberto. Na Figura 8, você pode observar um circuito com proteção
contra sobrecorrente.
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Outro problema pode surgir quando não houver passagem de corrente pelos
condutores, não permitindo que potência alguma seja dissipada pelos componentes.
Isso pode ser causado pela ação de um disjuntor, sendo necessário corrigir o
problema que causou a sobrecorrente para, então, rearmar o circuito.
Mais um problema acontece quando os condutores são rompidos, causando
interrupção no circuito e, por não haver mais um caminho para o movimento das
cargas, a falta de circulação de corrente. Nesse caso, o condutor deve ser substituído
por um em perfeitas condições de funcionamento.
Esses dois problemas estão relacionados diretamente à resistência naquele
trecho de circuito, o que possibilita sua análise pela lei de Ohm (equação (1) com os
prognósticos evidenciados. Como um curto-circuito se caracteriza por um aumento de
corrente quando a fonte de tensão se mantém constante, a resistência elétrica do
circuito tende a diminuir, ou seja, um curto-circuito é definido pela presença de uma
resistência nula entre dois pontos de um circuito. Já no circuito aberto, por se
caracterizar por uma corrente nula circulando quando a fonte de tensão se mantém
constante, a resistência elétrica do circuito tende a aumentar, ou seja, um circuito
aberto é definido por uma resistência infinita entre dois pontos de um circuito. O
Quadro 2 mostra um resumo dessas características, ilustradas pelos circuitos e curvas
tensão versus corrente da Figura 9.
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9 MÉTODO DE ANÁLISE: NODAL E MALHAS
Para o estudo de circuitos mais complexos, que contam com mais de uma
fonte de tensão, utiliza-se os métodos de análise nodal e de malhas em detrimento do
método da análise das correntes. Temos como principal ponto da análise dos nós a
verificação das tensões nas junções dos circuitos (nós) a partir da corrente que
percorre o circuito, e, da análise de malhas, a verificação das correntes conforme o
sentido adotado nas malhas, a partir das tensões dos resistores. Ambos os métodos
são derivações que implementam as leis de Kirchhoff
A maioria dos circuitos é analisada por meio da fonte de tensão, que fornece
energia para o sistema. No entanto, a análise de determinados circuitos é mais fácil
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quanto trabalhamos com a corrente em vez da tensão. Diferentemente da fonte de
tensão, a fonte de corrente mantém a corrente em seu ramo do circuito,
independentemente da maneira como os componentes estão ligados externamente à
fonte.
Sabemos que a magnitude e a direção da corrente em uma fonte de tensão
variam de acordo com o tamanho das resistências do circuito e com a maneira como
outras fontes de tensão estão conectadas ao circuito. Já nas fontes de corrente, a
tensão depende do modo como os outros componentes estão ligados. Assim, no caso
de fontes de corrente colocadas em paralelo, o circuito pode ser simplificado se
combinarmos as fontes em uma única fonte de corrente. Determinam-se a magnitude
e a direção dessa fonte resultante pela soma das correntes em uma direção e pela
subtração das correntes na direção oposta.
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Usamos as leis de Kirchhoff para realizar a análise de circuitos com uma única
fonte de tensão, calculando a corrente em cada ramo de um circuito. No entanto, aqui
estamos lidando com circuitos com mais de uma fonte de tensão. Ainda que o uso das
leis de Kirchhoff seja simples, é inconveniente utilizá-las em um cenário com várias
fontes de tensão, uma vez que seria necessário resolver um número excessivo de
equações, o que aumentaria a complexidade de circuitos relativamente simples,
conforme esclarece Robbins e Miller (2010). Com base nisso, surgiu a análise de
malhas, que é uma abordagem mais prática e uma das mais utilizadas na análise de
circuitos lineares bilaterais.
A análise de malhas, apesar de ser uma técnica parecida com a análise de
correntes nos ramos, apresenta um número de equações lineares menor. A principal
diferença entre a análise de malhas e a análise de correntes nos ramos é que apenas
precisamos aplicar a lei de Kirchhoff das tensões ao redor das malhas, sem haver a
necessidade de aplicar a lei de Kirchhoff das correntes.
Vejamos o passo-a-passo para resolver um circuito utilizando a análise de
malhas:
1. Arbitrariamente, estabeleça uma corrente no sentido horário para cada
malha interna no circuito. Embora a corrente assinalada possa apontar para qualquer
direção, utiliza-se o sentido horário para simplificar o trabalho posterior.
2. Usando as correntes determinadas para a malha, indique as polaridades da
tensão em todos os resistores do circuito. Para um resistor comum a duas malhas, as
polaridades da queda de tensão ocasionada pela corrente em cada malha devem ser
identificadas no lado adequado do componente.
3. Aplique a lei de Kirchhoff das tensões e escreva as equações das malhas
para cada malha na rede. Não se esqueça de que os resistores comuns às duas
malhas ocasionarão duas quedas de tensão, uma para cada malha.
4. Resolva as equações lineares simultâneas.
5. As correntes nos ramos são determinadas pela combinação algébrica das
correntes na malha que são comuns aos ramos.
Confira o exemplo a seguir.
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9.2 Características do método de análise nodal
Como vimos, pode-se aplicar a lei de Kirchhoff das tensões para encontrar as
correntes nas malhas em uma rede, conforme leciona Boylestad (2012). Já no caso
da análise nodal, outra forma de abordagem para circuitos com mais de uma fonte de
tensão, aplicaremos a lei de Kirchhoff das correntes para determinar a diferença de
potencial (tensão) em qualquer nó, em relação a algum ponto de referência arbitrário
em um circuito. Como os potenciais de todos os nós são conhecidos, é fácil determinar
outras grandezas, como a corrente e a potência no interior de um circuito.
São esses os passos que seguiremos para resolver um circuito pela análise
nodal:
1. Arbitrariamente, determine um nó de referência no circuito e indique-o como
o aterramento. Geralmente, o nó de referência está localizado na parte de baixo do
circuito, embora possa estar situado em qualquer lugar.
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2. Converta cada fonte de tensão na rede para uma fonte de corrente
equivalente. Ainda que não seja absolutamente necessário, esse passo facilitará a
compreensão de futuros cálculos.
3. De forma arbitrária, assinale as tensões (V1, V2, ..., Vn) para os nós
restantes no circuito. (Lembre-se de que você já determinou um nó de referência, logo,
essas tensões serão determinadas em relação à referência escolhida.)
4. Arbitrariamente, determine uma direção da corrente para cada ramo no qual
não haja fonte de corrente. Usando as direções assinaladas da corrente, indique as
polaridades correspondentes das quedas de tensão em todos os resistores.
5. Com exceção do nó de referência (aterramento), aplique a lei de Kirchhoff
das correntes em cada um dos nós. Se um circuito tiver um total de n+1 nós (incluindo
o de referência), haverá n equações lineares simultâneas.
6. Reescreva cada uma das correntes determinadas de forma arbitrária
quanto à diferença de potencial em uma resistência conhecida.
7. Resolva as equações lineares simultâneas para as tensões (V1, V2, ..., Vn).
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9.3 Comparando os métodos de análise nodal e de malhas
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10.1 Teorema de Thevenin
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10.2 Teorema de Norton
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11 INTRODUÇÃO AOS CAMPOS MAGNETOSTÁTICOS
Você vai conhecer os princípios básicos por trás do magnetismo. Com uma
história que vem desde a antiguidade, as grandezas magnéticas já eram conhecidas
pela humanidade. Entretanto, não se conhecia com precisão como elas se
relacionavam. Foi apenas em 1820, com as descobertas de grandes cientistas, que
finalmente foram propostas leis relacionando corrente elétrica e campo magnético.
A definição da lei de Biot-Savart foi fundamental para a descrição vetorial dos
campos magnéticos gerados por uma corrente, mas que eram de difícil aplicação em
certas geometrias. A lei de Ampére foi responsável por simplificar esses cálculos,
utilizando simetrias dos sistemas de coordenadas. A formulação de ambas as leis da
magnetostática mostrou diversas similaridades entre as grandezas elétricas e
magnéticas, como os campos vetoriais, as densidades de campo e até as
propriedades dos materiais envolvidos.
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intensidade descritos pela Equação (2) no ponto do espaço onde se encontra
inicialmente a carga q (HAYT JR.; BUCK, 2013).
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magnéticos 𝐵⃗ , uma carga imersa nele sofrerá força devido a ambos os campos,
unindo os efeitos da lei de Coulomb da Equação (1) com a força magnética da
Equação (4) e resultando na equação da força de Lorentz, representada pela Equação
(6) (SADIKU, 2015).
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similaridade entre as Equações (3) e (4), bem como por suas unidades (ELLIOT, 1979,
1981).
A amplitude de áreas do eletromagnetismo é claramente dividida em duas
partes: uma representada pelas grandezas elétricas e outra pelas grandezas
magnéticas. Essa divisão ocorreu por diversos motivos, tanto físicos como
matemáticos ou, até mesmo, históricos, e persiste até hoje. Com isso, diversas
analogias entre ambas podem ser feitas, dependendo do ponto de vista utilizado. Com
a definição das principais grandezas do magnetismo, é possível apresentar suas leis
fundamentais para construção dessa área do conhecimento.
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BIBLIOGRAFIA BÁSICA
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
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