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Campo Elétrico
Corrente Elétrica
Associação de Resistências
Discentes:
Alex dos Santos
Amílcar Salimo
Erick Sumane
Hodaifo Xavier
Ianick Malique
Samira Neila
Docente:
Eng⁰. Elias Guente
Nampula, 2019
Índice
Introdução ......................................................................................................................... 1
1.2.2. Campo Produzido por uma Carga Pontual/ Campo Elétrico Produzido por
uma Carga Pontual .................................................................................................... 9
1.2.3. Campo Produzido por um Dipolo Elétrico/ Campo Elétrico Produzido por
um Dipolo Elétrico .................................................................................................. 10
1.2.4. Campo Produzido por uma Distribuição Contínua de Cargas/ Campo Elétrico
Produzido por uma Linha de Cargas ....................................................................... 10
1.2.5. Força Exercida por um Campo Elétrico sobre uma Carga Pontual/ Uma
Carga Pontual em um Campo Elétrico .................................................................... 11
Conclusão ....................................................................................................................... 26
Bibliografia ..................................................................................................................... 27
Introdução
O presente trabalho de pesquisa tem como tema fundamental o Campo Eléctrico,
Corrente Eléctrica, e Associação de Resistências. De acordo com TIPLER e MOSCA, O
campo elétrico é uma função vectorial da posição.
1
1. Campo Elétrico
1.1. Cargas Elétricas
Segundo HALLIDAY & RESNICK (2008: pág. 1-2), A carga elétrica é uma
propriedade intrínseca das partículas fundamentais de que é feita a matéria; em outras
palavras, é uma propriedade associada à própria existência das partículas.
Fig. 1: O acúmulo de cargas elétricas, um fenômeno que acontece quando o ar está seco,
faz com que esses pedacinhos de papel sejam atraídos pelo pente.
Esses exemplos revelam que existem cargas elétricas no corpo humano, nos suéteres,
nos tapetes, nas maçanetas, nas torneiras e nos microcircuitos. Na verdade, todos os
corpos contêm muitas cargas elétricas.
A grande quantidade de cargas que existem em qualquer objeto raramente pode ser
observada porque a maioria dos objetos contém quantidades iguais de dois tipos de
cargas: cargas positivas e cargas negativas. Quanto existe igualdade (ou equilíbrio) de
cargas, dizemos que o objeto é eletricamente neutro, ou seja, a carga total do objeto é
zero. Quando as quantidades dos dois tipos de cargas são diferentes, a carga total do
objeto é diferente de zero e dizemos que o objeto está eletricamente carregado. A
diferença entre as quantidades dos dois tipos de cargas é sempre muito menor do que as
quantidades de cargas positivas e de cargas negativas contidas no objeto.
2
Cargas de mesmo sinal se repelem e cargas de sinais opostos se atraem.
Condutores e Isolantes
Segundo HALLIDAY & RESNICK (2008: pág. 3), Os materiais podem ser
classificados de acordo com a facilidade com a qual as cargaselétricas se movem no seu
interior. Nos condutores, como o cobre dos fios elétricos,o corpo humano e a água de
torneira, as cargas elétricas se movem com facilidade.Nos não condutores, também
conhecidos como isolantes, como os plásticos doisolamento dos fios, a borracha, o vidro
e a água destilada, as cargas não se movem.Os semicondutores, como o silício e o
germânio, possuem propriedades elétricasintermediárias entre as dos condutores e as
dos não condutores. Os supercondutoressão condutores perfeitos, materiais nos quais as
cargas se movem sem encontrarnenhuma resistência.
3
em que 𝑟 é um vetor unitário na direção da reta que liga as duas partículas, 𝑟 é a
distância entre as partículas e 𝑘 é uma constante. (Como qualquer vetor unitário, 𝑟 tem
módulo 1 e é adimensional; sua única função é indicar uma orientação no espaço.) Se as
partículas têm cargas de mesmo sinal, a força a que a partícula 1 é submetida tem o
sentido de 𝑟̂ ; se as partículas têm cargas de sinais opostos, a força tem o sentido oposto
ao de 𝑟̂ .
A Equação 1 tem a mesma forma que a equação de Newton para a força gravitacional
entre duas partículas de massas 𝑚1 e𝑚2 separadas por uma distância 𝑟:
𝑚 𝑚
𝐹⃗ = 𝐺 𝑟1 2 2 𝑟̂ (Equação 2) (Lei de Newton)
A Lei De Coulomb resistiu a todos os testes experimentais; até hoje não foi encontrada
nenhuma exceção. A lei é válida até mesmo no interior dos átomos, onde descreve
corretamente a força de atração entre o núcleo positivo e os elétrons negativos, enquanto
a mecânica newtoniana deixa de ser válida nesse contexto e deve ser substituída pela
mecânica quântica.
A unidade de carga do SI é o coulomb. Por motivos práticos, que têm a ver com a
precisão das medidas, o coulomb é definido a partir da unidade do SI para a corrente
elétrica, o ampere.
1 |𝑞1 ||𝑞2 |
𝐹 = 4𝜋𝜀 𝑟2
(Equação 3) (Lei de Coulomb)
0
4
1
As constantes das Equações 1 e 3 têm o valor: 𝑘 = 4𝜋𝜀 = 8,99 × 109 𝑁 ∙ 𝑚2 ∕
0
2
𝐶 (Equação 4).
em que, por exemplo, 𝐹⃗14 é a força que age sobre a partícula 1 devido à presença da
partícula 4. Uma expressão idêntica pode ser aplicada à força gravitacional.
Finalmente, aos teoremas das cascas, que se revelaram tão úteis em nosso estudo da
gravitação, também correspondem teoremas análogos na eletrostática:
- ''Uma casca com uma distribuição uniforme de cargas atrai ou repele uma partícula
carregada situada do lado de fora da casca como se toda a carga estivesse no centro
da casca. ''
Essa força de repulsão ou atração associada à carga elétrica dos objetos é chamada de
força eletrostática. A lei que permite calcular a força exercida por partículas
carregadas é chamada de lei de Coulomb em homenagem a Charles-Augustin
deCoulomb, que a propôs em, 1785, com base em experimentos de laboratório.
- ''Se uma partícula carregada está situada no interior de uma casca com uma
distribuição uniforme de cargas, a casca não exerce nenhuma força eletrostática sobre
a partícula. ''
(No primeiro teorema, supomos que a carga da casca é muito maior que a carga da
partícula, o que permite desprezar qualquer redistribuição da carga da casca devido à
presença da partícula.)
5
1.1.2. A Carga É Quantizada
Segundo HALLIDAY & RESNICK (2008: pág. 11), Na época de Benjamin Franklin,
a carga elétrica era considerada um fluido contínuo, uma ideia que foi útil para muitos
propósitos. Hoje, porém, sabemos que mesmo os fluidos "clássicos", como a água e o
ar, não são contínuos e sim compostos de átomos e moléculas; a matéria é quantizada.
Os experimentos revelam que o "fluido elétrico" também não é contínuo e sim
composto de unidades elementares de carga. Todas as cargas positivas e negativas 𝑞são
da forma:
𝑞 = 𝑛𝑒, 𝑛 = ±1, ±2, ±3, . .. , (1)
em que e, a carga elementar, tem o valor aproximado: 𝑒 = 1,602 𝑋 10−19 𝐶. (2)
A carga elementar 𝑒é uma das constantes mais importantes da natureza. Tanto o elétron
como o próton possuem uma carga cujo valor absoluto é 𝑒. Algumas expressões de uso
corrente, como "a carga contida em uma esfera", "a quantidade de carga que foi
transferida" e "a carga que um elétron possui" podem dar a impressão de que a carga é
uma substância. Na verdade, a carga não é uma substância e sim uma propriedade
das partículas, como a massa. Quando uma grandeza física pode assumir apenas certos
valores, dizemos que é quantizada; a carga elétrica é uma dessas grandezas.
6
Para HALLIDAY& RESNICK (2008: pág. 22-23), O campo elétrico é um campo
vetorial, já que consiste em uma distribuição devetores, um para cada ponto de uma
região em tomo de um objeto eletricamente carregado, como um bastão de vidro.
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Assim, o módulo do campo elétrico𝐸⃗⃗ no ponto 𝑃 é𝐸⃗⃗ =𝐹⃗ /𝑞𝑜 e a orientação de 𝐸⃗⃗ é a da
força 𝐹⃗ que age sobre a carga de prova (que supomos ser positiva). Como mostra a Fig.
l-(b), representamos o campo elétrico no ponto 𝑃 como um vetor cuja origem está em P.
Para definir o campo elétrico em uma região do espaço, definimos o campo em todos os
pontos da região.
A unidade de campo elétrico no SI é o Newton por Coulomb (N/C).
Embora seja usada uma carga de prova para definir o campo elétrico produzido por um
objeto carregado, o campo existe independentemente da carga de prova. O campo no
ponto 𝑃 da Fig. l-(b) existia antes de ser introduzida a carga de prova da Fig. 1-a e
continua a existir depois que a carga de prova é introduzida.
Segundo TIPLER e MOSCA (pág. 36), A Lei de Coulomb diz que o campo elétrico dE
em um ponto P devido a este elemento de carga é:
𝑘 𝑑𝑞
𝑑𝐸 = 𝑑𝐸, 𝑟 = 𝑟
𝑟2
Onde 𝑟 é um vector unitário que aponta do elemento de carga 𝑑1 para o ponto 𝑃, 𝑑𝐸, (a
componente 𝑑𝐸 na direção 𝑟) é dada por 𝑘 𝑑𝑞 ∕ 𝑟 2.
O campo total 𝐸⃗⃗ em P é calculado integrando esta expressão sobre toda distribuição de
cargas. Isto é:
𝑘𝑟
𝐸 = ∫ 𝑑𝐸 = ∫ 𝑑𝑞
𝑟2
8
1.2.1. Linhas de Campo Elétrico
SegundoHALLIDAY& RESNICK (2008: pág. 23), O cientista inglês Michael
Faraday, que introduziu a ideia de campos elétricos no século XIX, imaginava que o
espaço nas vizinhanças de um corpo eletricamente carregado era ocupado por linhas de
força. Embora não se acredite mais na existência dessas linhas, hoje conhecidas como
linhas de campo elétrico, elas são uma boamaneira de visualizaros campos elétricos.' A
relação entre as linhas de campo e os vetores de campo elétrico é a seguinte:
1. Em qualquer ponto, a orientação de uma linha de campo retilínea ou a orientação
da tangente a uma linha de campo não retilínea é a orientação do campo elétrico
𝐸⃗⃗ nesse ponto;
2. As linhas de campo são desenhadas de tal forma que o número delinhas por
unidade de área, medido em um plano perpendicular às linhas, é proporcional ao
módulo de 𝐸⃗⃗ .
Assim, 𝐸⃗⃗ tem valores elevados nas regiões em que as linhasde campo estão mais
próximas e valores pequenos nas regiões em que as linhas decampo estão mais
afastadas.
1.2.2. Campo Produzido por uma Carga Pontual/ Campo Elétrico Produzido por
uma Carga Pontual
SegundoHALLIDAY& RESNICK (2008: pág. 24-25) Para determinar o campo elétrico
produzido a uma distância 𝑟 de uma carga pontual 𝑞, colocamos uma carga de prova 𝑞0
nesse ponto. De acordo com a lei de Coulomb o módulo da força eletrostática que age
sobre 𝑞0 é dado por:
1 𝑞𝑞0
𝐹⃗ = 𝑟̂ (Equação 1)
4𝜋𝜀𝑜 𝑟 2
produzido por uma carga pontual 𝑞 a uma distância 𝑟 da carga é dado por:
𝐹⃗ 1 𝑞𝑞0 1 𝑞
𝐸⃗⃗ = = 𝑟̂ ou𝐸⃗⃗ = 𝑟̂ (Equação 2)
𝑞0 4𝜋𝜀𝑜 𝑟2 4𝜋𝜀𝑜 𝑟 2
O sentido de 𝐸⃗⃗ é o mesmo que o da força que age sobre a carga de prova: para longe da
carga pontual se 𝑞 é positiva e na direção da carga pontual se 𝑞 é negativa.
O campo elétrico total na posição da carga de prova é dado por:
9
𝐹⃗0 𝐹⃗01 𝐹⃗02 𝐹⃗𝑖 𝐹⃗𝑛
𝐸⃗⃗ = = + + ⋯ + ⋯ + = 𝐸⃗⃗01 + 𝐸⃗⃗02 + ⋯ + 𝐸⃗⃗𝑖 + ⋯ + 𝐸⃗⃗𝑛
𝑞0 𝑞0 𝑞0 𝑞0 𝑞0
em que 𝐸⃗⃗𝑖 é o campo elétrico que seria criado somente pela carga pontual 𝑖.
𝑞𝓏
→= 2⁄
𝐸 4𝜋𝜀𝑜 (𝓏 2 + 𝑅2 ) 3
(anel carregado)
ou
10
1 𝑝
→=
𝐸 4𝜋𝜀𝑜 𝓏 2
(anel carregado a grandes distâncias).
1.2.5. Força Exercida por um Campo Elétrico sobre uma Carga Pontual/ Uma
Carga Pontual em um Campo Elétrico
SegundoHALLIDAY& RESNICK (2008: pág. 134), Quando uma carga pontual q é
submetida a um campoelétrico externo Ê produzido por outras cargas, a força
eletrostáticaF que age sobre a carga pontual é dada por:
𝐹⃗ = 𝑞 ∙ 𝐸⃗⃗
em que 𝑞 é a carga da partícula (incluindo o sinal) e 𝐸⃗⃗ é o campo elétrico produzido
pelas outras cargas na posição da partícula.
''A força eletrostática 𝐹⃗ que age sobre uma partícula carregada submetida a um campo
elétrico 𝐸⃗⃗ tem o mesmo sentido que 𝐸⃗⃗ se a carga 𝑞 da partícula for positiva e o sentido
oposto se a carga 𝑞 for negativa.''
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trajetória. Para fazer com que o dipolo ou o pêndulo assuma qualquer outra orientação, é
preciso usar um agente externo.
A energia potencial𝑈do dipolo depende da orientação do dipoloem relação ao campo:
𝑈 = − 𝑝⃗. 𝐸⃗⃗
A energia potencial é definida como nula (𝑈 = 0) quando 𝑝⃗ é perpendicular a Ê; ela é
mínima (𝑉 = −𝑝𝐸) quando p e Ê estão alinhados e apontam no mesmo sentido e
máxima (𝑈 = 𝑝𝐸) quandop e Ê estão alinhados e apontam em sentidos opostos.
Quando um dipolo gira de uma orientação 𝜃𝑖 para uma orientação 𝜃𝑓 , o trabalho 𝑊
realizado pelo campo elétrico sobre o dipolo é dado por:
𝑊 = − ∆𝑈 = −(𝑈𝑓 − 𝑈𝑖 )
em que 𝑈𝑓 e 𝑈𝑖 podem ser calculadas usando a equação de energia potencial 𝑈do dipolo
2. Corrente Elétrica
Segundo TIPLER e MOSCA (pág. 145), Corrente Elétricaé a taxa de fluxo de carga
através de uma superfície tipicamente a secção transversal de um fio condutor.
ParaHALLIDAY & RESNICK (2008: 133-135), Embora uma corrente elétrica seja um
movimento de partículas carregadas, nem rodas as partículas carregadas que se movem
produzem uma corrente elétrica. Para que exista uma corrente elétrica através de uma
dada superfície, é preciso que haja um fluxo líquido de cargas através da superfície.
Dois exemplos deixarão claro o que queremos dizer:
1. Os elétrons livres (elétrons de condução) que existem no interior de um fio de cobre
se movem em direções aleatórias com uma velocidade média da ordem de 106 m/s. Se
fizermos passar um plano imaginário perpendicularmente a um fio de cobre, elétrons de
condução passarão pelo plano nos dois sentidos bilhões de vezes por segundo, mas não
haverá um fluxo líquido de cargas e, portanto, não haverá uma corrente elétrica no fio.
Se ligarmos as extremidades do fio a uma bateria, porém, o número de elétrons que
atravessam o plano em um sentido setomará ligeiramente maior que o número de
elétrons que atravessam o plano no sentido oposto; em consequência, haverá um fluxo
líquido de cargas e, portanto,uma corrente elétrica no fio.
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2. O fluxo de água em uma mangueira representa um movimento de cargas positivas (os
prótons das moléculas de água) da ordem de milhões de coulombs porsegundo.
Entretanto, não existe um fluxo líquido de cargas, já que existe tambémum movimento
de cargas negativas (os elétrons das moléculas de água) que compensaexatamente o
movimento das cargas positivas. Em consequência, a corrente elétrica associada ao
movimento da água no interior de uma mangueira é zero.
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∆𝑄
𝑖=
∆𝑡
ParaHALLIDAY & RESNICK (pág. 2008:134-135), No regime estacionário, a corrente
é a mesma nos planos 𝑎𝑎′,𝑏𝑏′ e 𝑐𝑐′ e em qualquer outro plano que intercepte totalmente
o condutor, seja qual for a localização ou orientação desse plano. Isso é uma
consequência do fato de que a carga é conservada. No regime estacionário, para cada
elétron que passa pelo plano 𝑐𝑐′, um elétron deve passar pelo plano 𝑎𝑎′. Da mesma
forma, quando um fluxo contínuo de água está passando por uma mangueira, uma gota
de água deve sair pelo bico damangueira para uma gota entrar na outra extremidade; a
quantidade de água na mangueira também é uma grandeza conservada.
A unidade de corrente no SI é o Coulomb por Segundo (𝐶/𝑠), ou Ampere (𝐴), pois:1
Ampere = 1 𝐴 =1 coulomb por segundo = 1 𝐶/𝑠.
𝑑𝑞
A corrente elétrica definida pela equação𝑖 = é uma grandeza escalar, já que a cargae
𝑑𝑡
Um condutor percorrido por uma corrente 𝑖0 se dividindo em dois ramos. Como a carga
é conservada, a soma das correntes nos dois ramos é igual à corrente inicial:
𝑖0 = 𝑖1 + 𝑖2
Aequação acima escrita continua a ser válida mesmo que os fios sejamretorcidos. No
caso da corrente, as setas indicam apenas o sentido em que as cargasestão se movendo
em um condutor e não urna direção no espaço.
O Sentido da Corrente
Segundo HALLIDAY & RESNICK, (2008: pág. 135), O campo elétrico faz essas
partículas se moverem no sentido oposto ao indicado pelas setas, do terminal negativo
para o terminal positivo. Por motivos históricos, porém, usa-se a seguinte convenção:
''A seta da corrente é desenhada no sentido em que portadores de carga positivos se
moveriam, mesmo que os portadores sejam negativos e se movam no sentido oposto.''
𝑖 = ∫ 𝐽⃗ 𝑑𝐴 = 𝐽 ∫ 𝑑𝐴 = 𝐽𝐴
donde:
𝑖
𝐽 = 𝐴(Equação 2)
Velocidade de Deriva
Segundo HALLIDAY & RESNICK (2008: pág. 136-137), Quando um condutor não
está sendo percorrido por corrente, os elétrons de condução se movem aleatoriamente,
sem que haja uma direção preferencial. Quando existe uma corrente, os elétrons
continuam a se mover aleatoriamente, mas tendem a derivar comuma velocidade de
deriva 𝑣𝑑 no sentido oposto ao do campo elétrico que produziu a corrente. A velocidade
de deriva é muito pequena em relação à velocidade com aqual os elétrons se movem
aleatoriamente.
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Figura 1. Fonte: Fundamentos da Física, Vol. 3, 9ª ed.
Fig. 1: Portadores de carga positivos se movem com velocidade de deriva 𝑣𝑑 na direção
do campo elétrico aplicado𝐸⃗⃗ . Por convenção, o sentido da densidade de corrente 𝐽⃗ é o
mesmo da corrente.
Podemos usar a Fig. 1 para relacionar a velocidade de deriva 𝑣𝑑 dos elétrons de
condução em um fio ao módulo 𝐽⃗ da densidade de corrente no fio. Por conveniência, a
Fig. 1 mostra a deriva equivalente de portadores de carga positivos na direção do campo
elétrico aplicado 𝐸⃗⃗ . Vamos supor que todos esses portadores de carga se movem com a
mesma velocidade de deriva 𝑣𝑑 e que a densidade de corrente 𝐽 é a mesma em toda a
seção reta A do fio. Vamos supor ainda que a seção reta do fio é constante. Nesse caso,
o número de portadores em um pedaço do fio de comprimento 𝐿 é 𝑛𝐴𝐿; onde:𝑛 é o
número de portadores por unidade de volume. Como cada portador possui uma carga e,
a carga total dos portadores nesse pedaço do fio é dada por:
𝑞 = (𝑛𝐴𝐿)𝑒
Como os portadores estão todos se movendo com velocidade 𝑣𝑑 , essa carga atravessa
uma seção reta do fio em um intervalo de tempo:
𝐿
𝑡=
𝑣𝑑
𝑑𝑞
De acordo com a equação 𝑖 = , a corrente 𝑖 é a taxa de variação com o tempo do fluxo
𝑑𝑡
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2.2. Resistência e Resistividade
Segundo HALLIDAY & RESNICK (2008: pág. 139-140), Quando aplicamos a mesma
diferença de potencial às extremidades de barras de mesmas dimensões feitas de cobre e
de vidro, os resultados são muito diferentes. A característica do material que determina
a diferença é a resistência elétrica. Medimos a resistência entre dois pontos de um
condutor aplicando uma diferença de potencial 𝑉entre esses pontos e medindo a
corrente 𝑖resultante. A resistência 𝑹é dada por:
𝑉
𝑅= (Equação 1)
𝑖
𝑉
Quando escrevemos a equação da resistência na forma: 𝑖=𝑅 ;vemos que
"resistência" é um nome bem escolhido. Para uma dada diferença de potencial, quanto
maior a resistência (à passagem de corrente), menor a corrente.
Em vez de lidar com a corrente 𝑖 no resistor, lidamos com a densidade de corrente 𝐽⃗ no
ponto em questão. Em vez de falar da resistência 𝑅 de um dispositivo, falamos da
resistividade𝜌de um material:
𝐸
𝜌 = 𝐽 (Equação 2)
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mesmo. A constante a que aparece na Equação 1, conhecida como coeficiente de
temperatura da resistividade, é escolhida para que a concordância da resistividade
calculada com a resistividade medida experimentalmente seja a melhor possível na faixa
de temperaturas considerada.
- ''A lei de Ohm é a afirmação de que a corrente que atravessa um dispositivo é sempre
diretamente proporcional à diferença de potencial aplicada ao dispositivo.''
- ''Um dispositivo obedece à lei de Ohm se a resistência do dispositivo não depende do
valor absoluto nem da polaridade da diferença de potencial aplicada.''
- ''Um material obedece à lei de Ohm se a resistividade do material não depende do
módulo nem da direção do campo elétrico aplicado.''
Podemos expressar a lei de Ohm de modo mais geral se nos concentrarmos nos
materiais e não nos dispositivos. Nesse caso, a relação relevante passa a ser (𝐸⃗⃗ = 𝜌𝐽⃗)
em vez de 𝑉 = 𝑖𝑅.
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da realidade é a de que os elétrons de condução em um metal se movem com uma única
velocidade efetiva 𝑣𝑒𝑓 e que essa velocidade não depende da temperatura.
Quando aplicamos um campo elétrico a uma amostra metálica, os elétrons modificam
ligeiramente seus movimentos aleatórios e passam a derivar lentamente, no sentido
oposto ao do campo, com uma velocidade de deriva 𝑣𝑑 . A velocidade de deriva em um
condutor metálico típico é da ordem de 5 𝑋 10−7 𝑚/𝑠, muito menor, portanto, que a
velocidade efetiva (1,6 𝑋 106 𝑚/𝑠).
A Equação 1pode ser considerada uma demonstração de que os metais obedecem à lei
de Ohm se for possível provar que, no caso dos metais, a resistividade p não depende
da intensidade do campo elétrico aplicado. Considere as grandezas que aparecem na
Equação 1. A não ser em casos extremos, podemos supor que 𝒏, o número de elétrons
de condução por unidade de volume, não depende da intensidade do campo aplicado .
Como 𝒎 e 𝒆 são constantes, resta apenas mostrar que 𝝉, o tempo médio entre
colisões(ou tempo livre médio), também não depende da intensidade do campo
aplicado. Acontece que 𝜏 é inversamente proporcional à velocidade efetiva 𝑣𝑒𝑓 dos
elétrons, que, como vimos, é muito maior que a velocidade de deriva 𝑣𝑑 causada pelo
campo. Isso significa que 𝜏praticamente não é afetado pela intensidade do campo
aplicado.
𝑚
𝜌 = 𝑒 2𝑛𝜏 (Equação 1)
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recarregável, a energia se transforma na energia química armazenada na bateria. Se o
componente é um resistor, a energia se transforma em energia térmica e tende a
provocar um aumento da temperatura do resistor.
De acordo com a Equação 2, a unidade de potência elétrica é o Volt-Ampere (V·A),
𝐽 𝐶 𝐽
mas a potência elétrica também pode ser escrita na forma: 1𝑉 ∙ 𝐴 = (1 𝐶 )(1 𝑠 ) = 1 𝑠 =
1𝑊.
Quando um elétron atravessa um resistor com velocidade de deriva constarnte, sua
energia cinética média permanece constante e a energia potencial elétrica perdida é
convertida em energia térmica do resistor. Em escala microscópica, essa conversão de
energia ocorre através de colisões entre os elétrons e as moléculas do resistor, o que
levam a um aumento de temperatura do resistor. A energia mecânica assim convertida
em energia térmica é dissipada (perdida), já que o processo não pode ser revertido.
No caso de um resistor ou outro dispositivo de resistência 𝑅, podemos combinar as
equações: (𝑅 = 𝑉/𝑖) e (𝑃 = 𝑖𝑉) para obter, para a taxa de dissipação de energia
elétrica devido à resistência, as seguintes expressões:
𝑉2
𝑃 = 𝑖 2 𝑅(Equação 3) e 𝑃= (Equação 4)
𝑅
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Corrente Elétrica- Determinados materiais, quando são submetidos a uma fonte de
força eletromotriz, permitem uma movimentação sistemática de elétrons de um átomo a
outro, e é este fenômeno que é denominado de corrente elétrica. Pode-se dizer, então
que cargas elétricas em movimento ordenado formam a corrente elétrica, ou seja,
corrente elétrica é o fluxo de elétrons em um meio condutor. É definido por: 𝑖 =
∆𝑄 / ∆𝑡 [ Coulomb / segundo (𝐶/𝑠) = ampère (𝐴) ].
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• Comprimento;
• Área da sua seção transversal;
• Temperatura.
Todos estes fatores irão caracterizar a resistência elétrica do material.
𝑉
𝑉 = 𝑅 . 𝐼 , ou seja, 𝑅 = 𝐼
3. Associação de Resistências
Associação de resistores é a combinação/ junção de dois ou mais resistores num
circuito.
Segundo FILHO et all..., (2010: pág. 2), Ao montar um circuito elétrico com resistores,
estes componentes podem ser ligados em várias configurações. O circuito se comporta
como se fosse constituído de apenas um resistor 𝑅𝑒𝑞 equivalente à configuração
utilizada.
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3.1. Associação em Série
Segundo FILHO et all..., (2010: pág. 2-3), A configuração na qual a corrente elétrica
passa através de todos os resistores em um único percurso é chamada associação em
série, representado Figura 1.
Em uma associação em série, a corrente elétrica que circula em cada resistor tem a
mesma intensidade, apresentando uma queda de potencial que depende do valor de cada
resistor, de acordo com a Lei de Ohm:𝑉1 = 𝑅1 . 𝑖 ;𝑉2 = 𝑅2 . 𝑖; 𝑉3 = 𝑅3 . 𝑖.
𝜀 = 𝑉1 + 𝑉2 + 𝑉2 = (𝑅1 + 𝑅2 + 𝑅3 ) ∙ 𝐼 = 𝑅𝑒𝑞 ∙ 𝑖
𝑅𝑒𝑞 = 𝑅1 + 𝑅2 + 𝑅3
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Figura 2. Fonte: Catálogo de Experimentos do Laboratório Integrado de Física Geral.
𝜀 𝜀 𝜀
𝑖 = 𝑖1 + 𝑖2 + 𝑖3 = + +
𝑅1 𝑅2 𝑅3
Igualando a corrente total com a soma das correntes individuais de cada resistor, é
possível obter o valor da resistência equivalente do circuito:
1 1 1 1
𝑖 =𝜀∙( + + )=𝜀∙
𝑅1 𝑅2 𝑅3 𝑅𝑒𝑞
1 1 1 1
= + +
𝑅𝑒𝑞 𝑅1 𝑅2 𝑅3
O uso de resistores em circuitos eletrônicos é bem mais complicado do que uma simples
associação emsérie ou em paralelo. Geralmente as associações em série e paralelo são
utilizadas de forma mista, ou seja, parte do circuito pode apresentar uma associação em
paralelo cuja resistência equivalente está em série com outros resistores. Ou ainda uma
associação em série, onde a resistência equivalente faz parte de uma associação em
paralelo.
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Figura 3. Fonte: https://www.todamateria.com.br/associacao-de-resistores/
Conclusão
Após o termino do trabalho, pode-se concluir que: o Campo Eléctrico é um campo
vectorial, que consiste em uma distribuição de vetores (um para cada ponto de uma
região em tomo de um objeto eletricamente carregado); a Corrente Eléctrica é o
movimento ordenado de cargas elétricas dentro de um fio condutor; e Associação de
Resistências que é uma combinação de resistores num circuito.
26
Bibliografia
Eletricidade Básica- http://algol.dcc.ufla.br/~giacomin/Com145/Eletricidade.pdf.
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