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Universidade Politécnica – A Politécnica

Escola Superior de Estudos Universitários de Nampula


ESEUNA
Licenciatura em Engenharia Informática e Telecomunicações
Física Aplicada

Campo Elétrico
Corrente Elétrica
Associação de Resistências

Discentes:
Alex dos Santos
Amílcar Salimo
Erick Sumane
Hodaifo Xavier
Ianick Malique
Samira Neila

Docente:
Eng⁰. Elias Guente

Nampula, 2019
Índice

Introdução ......................................................................................................................... 1

1. Campo Elétrico ............................................................................................................. 2

1.1. Cargas Elétricas ..................................................................................................... 2

1.1.1. Lei de Coulomb ............................................................................................... 3

1.1.2. A Carga É Quantizada ..................................................................................... 6

1.1.3. A Carga é Conservada ..................................................................................... 6

1.2. Campo Elétrico ...................................................................................................... 6

1.2.1. Linhas de Campo Elétrico ............................................................................... 9

1.2.2. Campo Produzido por uma Carga Pontual/ Campo Elétrico Produzido por
uma Carga Pontual .................................................................................................... 9

1.2.3. Campo Produzido por um Dipolo Elétrico/ Campo Elétrico Produzido por
um Dipolo Elétrico .................................................................................................. 10

1.2.4. Campo Produzido por uma Distribuição Contínua de Cargas/ Campo Elétrico
Produzido por uma Linha de Cargas ....................................................................... 10

1.2.5. Força Exercida por um Campo Elétrico sobre uma Carga Pontual/ Uma
Carga Pontual em um Campo Elétrico .................................................................... 11

1.2.6. Um Dipolo em um Campo Elétrico............................................................... 11

1.2.7. Energia Potencial de um Dipolo Elétrico/ Força Exercida por um Campo


Elétrico sobre um Dipolo ........................................................................................ 11

2. Corrente Elétrica ......................................................................................................... 12

2.1. Densidade de Corrente ......................................................................................... 14

2.2. Resistência e Resistividade .................................................................................. 17

2.2.1. Cálculo da Resistência a partir da Resistividade ........................................... 18

2.2.2. Variação da Resistividade com a Temperatura ............................................. 18

2.3. Lei de Ohm .......................................................................................................... 19

2.4. Potência em Circuitos Elétricos/Energia e Potênia Elétrica ................................ 20


2.1. Circuitos Elétricos Simples .................................................................................. 21

3. Associação de Resistências ........................................................................................ 23

3.1. Associação em Série ............................................................................................ 24

3.2. Associação em Paralelo ....................................................................................... 24

3.3. Associação Mista ................................................................................................. 25

Conclusão ....................................................................................................................... 26

Bibliografia ..................................................................................................................... 27
Introdução
O presente trabalho de pesquisa tem como tema fundamental o Campo Eléctrico,
Corrente Eléctrica, e Associação de Resistências. De acordo com TIPLER e MOSCA, O
campo elétrico é uma função vectorial da posição.

Abordando um pouco sobre o Campo Elétrico, nele destacam-se as Cargas Eléctricas


(positivas, negativas e neutras); Os condutores e Isoladores; as Leis de Coulomb e
Newton; e as Cargas Quantizadas e/ou Conservadas, ou seja, as cargas podem ser
Quantizadas gerando assim uma Carga Elementar, e também podem ser Conservadas.

Para além do Campo Eléctrico, abordamos também o Campo Eléctrico simples, a


Corrente Eléctrica, que Segundo TIPLER e MOSCA, é a taxa de fluxo de carga através
de uma superfície tipicamente a secção transversal de um fio condutor.

E por fim a Associação de Resistências, que Segundo HALLIDAY & RESNICK, a


Resistência é a combinação de resistências/resistores em Série, em Paralelo e/ou Mista.

No entanto, o Trabalho apresenta equações no seu desenvolvimento dos sumários acima


citados, para a aplicação e experimento das diversas leis no mesmo encontrado.

1
1. Campo Elétrico
1.1. Cargas Elétricas
Segundo HALLIDAY & RESNICK (2008: pág. 1-2), A carga elétrica é uma
propriedade intrínseca das partículas fundamentais de que é feita a matéria; em outras
palavras, é uma propriedade associada à própria existência das partículas.

Quando o ar está seco, é possível produzir fagulhas esfregando os pés em um tapete e


aproximando a mão de uma maçaneta, de uma torneira ou mesmo de uma pessoa.
Também podem surgir centelhas quando você despe um suéter ou remove as roupas de
uma secadora. As centelhas e a "atração eletrostática" (como a da Fig. 1) são, em geral,
consideradas mera curiosidade. Entretanto, se você produz uma centelha elétrica ao
manipular um microcircuito, o componente pode ser inutilizado.

Figura 1.Fonte: Fundamentos da Física, Vol. 3, 9ª ed.

Fig. 1: O acúmulo de cargas elétricas, um fenômeno que acontece quando o ar está seco,
faz com que esses pedacinhos de papel sejam atraídos pelo pente.

Esses exemplos revelam que existem cargas elétricas no corpo humano, nos suéteres,
nos tapetes, nas maçanetas, nas torneiras e nos microcircuitos. Na verdade, todos os
corpos contêm muitas cargas elétricas.

A grande quantidade de cargas que existem em qualquer objeto raramente pode ser
observada porque a maioria dos objetos contém quantidades iguais de dois tipos de
cargas: cargas positivas e cargas negativas. Quanto existe igualdade (ou equilíbrio) de
cargas, dizemos que o objeto é eletricamente neutro, ou seja, a carga total do objeto é
zero. Quando as quantidades dos dois tipos de cargas são diferentes, a carga total do
objeto é diferente de zero e dizemos que o objeto está eletricamente carregado. A
diferença entre as quantidades dos dois tipos de cargas é sempre muito menor do que as
quantidades de cargas positivas e de cargas negativas contidas no objeto.

2
Cargas de mesmo sinal se repelem e cargas de sinais opostos se atraem.

Os objetos eletricamente carregados interagem exercendo uma força sobre outros


objetos. Para observar essa força, podemos carregar um bastão de vidro friccionando
uma das extremidades com um pedaço de seda. Nos pontos de contato entre o bastão e a
seda, pequenas quantidades de carga são transferidas de um material para o outro,
rompendo a neutralidade elétrica de ambos. (Friccionamos a seda no bastão para
aumentar o número de pontos de contato e, portanto, a quantidade de cargas
transferidas.)

Condutores e Isolantes
Segundo HALLIDAY & RESNICK (2008: pág. 3), Os materiais podem ser
classificados de acordo com a facilidade com a qual as cargaselétricas se movem no seu
interior. Nos condutores, como o cobre dos fios elétricos,o corpo humano e a água de
torneira, as cargas elétricas se movem com facilidade.Nos não condutores, também
conhecidos como isolantes, como os plásticos doisolamento dos fios, a borracha, o vidro
e a água destilada, as cargas não se movem.Os semicondutores, como o silício e o
germânio, possuem propriedades elétricasintermediárias entre as dos condutores e as
dos não condutores. Os supercondutoressão condutores perfeitos, materiais nos quais as
cargas se movem sem encontrarnenhuma resistência.

1.1.1. Lei de Coulomb


Segundo HALLIDAY & RESNICK (2008: pág. 4-6):

Figura 1.Fonte: Fundamentos da Física, Vol. 3, 9ª ed.


Fig. 1: A força eletrostática a que a partícula 1 está submetida pode ser descrita em
termos de um vetor unitário 𝑟⃗ na direção da reta que liga as duas partículas.
Em termos das partículas da Fig. 1, onde a partícula 1 tem uma carga 𝑞1 e a partícula
2 tem uma carga 𝑞2 , a força a que está submetida a partícula 1 é dada por:
𝑞 𝑞
𝐹⃗ = 𝑘 𝑟1 2 2 𝑟̂ (Equação 1) (Lei de Coulomb).

3
em que 𝑟 é um vetor unitário na direção da reta que liga as duas partículas, 𝑟 é a
distância entre as partículas e 𝑘 é uma constante. (Como qualquer vetor unitário, 𝑟 tem
módulo 1 e é adimensional; sua única função é indicar uma orientação no espaço.) Se as
partículas têm cargas de mesmo sinal, a força a que a partícula 1 é submetida tem o
sentido de 𝑟̂ ; se as partículas têm cargas de sinais opostos, a força tem o sentido oposto
ao de 𝑟̂ .

A Equação 1 tem a mesma forma que a equação de Newton para a força gravitacional
entre duas partículas de massas 𝑚1 e𝑚2 separadas por uma distância 𝑟:

𝑚 𝑚
𝐹⃗ = 𝐺 𝑟1 2 2 𝑟̂ (Equação 2) (Lei de Newton)

em que 𝐺 é a constante gravitacional.

A constante k da Equação 1, por analogia com a constante gravitacional G da Equação


2, é chamada de constante eletrostática. As duas equações descrevem leis do tipo
inverso do quadrado que envolvem uma propriedade das partículas envolvidas, massa
em um caso, carga no outro. Entretanto, as forças gravitacionais são sempre atrativas,
enquanto as forças eletrostáticas podem ser atrativas ou repulsivas, dependendo dos
sinais das duas cargas. A diferença resulta do fato de que existe apenas um tipo de
massa, mas existem dois tipos de carga elétrica.

A Lei De Coulomb resistiu a todos os testes experimentais; até hoje não foi encontrada
nenhuma exceção. A lei é válida até mesmo no interior dos átomos, onde descreve
corretamente a força de atração entre o núcleo positivo e os elétrons negativos, enquanto
a mecânica newtoniana deixa de ser válida nesse contexto e deve ser substituída pela
mecânica quântica.

A unidade de carga do SI é o coulomb. Por motivos práticos, que têm a ver com a
precisão das medidas, o coulomb é definido a partir da unidade do SI para a corrente
elétrica, o ampere.

Por motivos históricos (e também para simplificar outras equações), a constante


eletrostática 𝑘 da Equação 1 é escrita na forma 1/4𝜋𝜀0 . Nesse caso, o módulo da força
na lei de Coulomb se toma:

1 |𝑞1 ||𝑞2 |
𝐹 = 4𝜋𝜀 𝑟2
(Equação 3) (Lei de Coulomb)
0

4
1
As constantes das Equações 1 e 3 têm o valor: 𝑘 = 4𝜋𝜀 = 8,99 × 109 𝑁 ∙ 𝑚2 ∕
0

2
𝐶 (Equação 4).

A constante 𝜀0 , conhecida como constante de permissividade, às vezes aparece


separadamente nas equações e tem o valor: 𝜀0 = 8,85 𝑋 10−12 𝐶 2 /𝑁 · 𝑚2
(Equação 5).

Outra semelhança entre a força gravitacional e a força eletrostática é que ambas


obedecem ao princípio de superposição. Em um sistema de 𝑛 partículas carregadas, as
partículas interagem independentemente aos pares e a força que age sobre uma das
partículas, a partícula 1, por exemplo, é dada pela soma vetorial:

𝐹⃗1.𝑡𝑜𝑡 = 𝐹⃗12 + 𝐹⃗13 + 𝐹⃗14 + 𝐹⃗15 + ⋯ + 𝐹⃗1𝑛 (Equação 6)

em que, por exemplo, 𝐹⃗14 é a força que age sobre a partícula 1 devido à presença da
partícula 4. Uma expressão idêntica pode ser aplicada à força gravitacional.

Finalmente, aos teoremas das cascas, que se revelaram tão úteis em nosso estudo da
gravitação, também correspondem teoremas análogos na eletrostática:

- ''Uma casca com uma distribuição uniforme de cargas atrai ou repele uma partícula
carregada situada do lado de fora da casca como se toda a carga estivesse no centro
da casca. ''
Essa força de repulsão ou atração associada à carga elétrica dos objetos é chamada de
força eletrostática. A lei que permite calcular a força exercida por partículas
carregadas é chamada de lei de Coulomb em homenagem a Charles-Augustin
deCoulomb, que a propôs em, 1785, com base em experimentos de laboratório.
- ''Se uma partícula carregada está situada no interior de uma casca com uma
distribuição uniforme de cargas, a casca não exerce nenhuma força eletrostática sobre
a partícula. ''

(No primeiro teorema, supomos que a carga da casca é muito maior que a carga da
partícula, o que permite desprezar qualquer redistribuição da carga da casca devido à
presença da partícula.)

5
1.1.2. A Carga É Quantizada
Segundo HALLIDAY & RESNICK (2008: pág. 11), Na época de Benjamin Franklin,
a carga elétrica era considerada um fluido contínuo, uma ideia que foi útil para muitos
propósitos. Hoje, porém, sabemos que mesmo os fluidos "clássicos", como a água e o
ar, não são contínuos e sim compostos de átomos e moléculas; a matéria é quantizada.
Os experimentos revelam que o "fluido elétrico" também não é contínuo e sim
composto de unidades elementares de carga. Todas as cargas positivas e negativas 𝑞são
da forma:
𝑞 = 𝑛𝑒, 𝑛 = ±1, ±2, ±3, . .. , (1)
em que e, a carga elementar, tem o valor aproximado: 𝑒 = 1,602 𝑋 10−19 𝐶. (2)
A carga elementar 𝑒é uma das constantes mais importantes da natureza. Tanto o elétron
como o próton possuem uma carga cujo valor absoluto é 𝑒. Algumas expressões de uso
corrente, como "a carga contida em uma esfera", "a quantidade de carga que foi
transferida" e "a carga que um elétron possui" podem dar a impressão de que a carga é
uma substância. Na verdade, a carga não é uma substância e sim uma propriedade
das partículas, como a massa. Quando uma grandeza física pode assumir apenas certos
valores, dizemos que é quantizada; a carga elétrica é uma dessas grandezas.

1.1.3. A Carga é Conservada


Segundo HALLIDAY & RESNICK (2008: pág. 12-13), Quando friccionamos um
bastão de vidro com um pedaço de seda, o bastão fica positivamente carregado. As
medidas mostram que uma carga negativa de mesmo valor absoluto se acumula na seda.
Isso sugere que o processo não cria cargas, mas apenas transfere cargas de um corpo
para outro, rompendo no processo a neutralidade de carga dos dois corpos. Esta hipótese
de conservação da carga elétrica, proposta por Benjamin Franklin, foi comprovada
exaustivamente, tanto no caso de objetos macroscópicos como no caso de átomos,
núcleos e partículas elementares. Até hoje não foi encontrada nenhuma exceção. Assim,
podemos acrescentar a carga elétrica a nossa lista de grandezas, como a energia, o
momento linear e o momento angular, que obedecem a uma lei de conservação.

1.2. Campo Elétrico


De acordo com TIPLER e MOSCA (pág. 12), O campo elétrico é, portanto, uma função
vectorial da posição. A força exercida em uma carga teste q0 em qualquer ponto está
relacionada ao campo elétrico naquele ponto por:𝐹⃗ = 𝑞0 . 𝐸⃗⃗ .

6
Para HALLIDAY& RESNICK (2008: pág. 22-23), O campo elétrico é um campo
vetorial, já que consiste em uma distribuição devetores, um para cada ponto de uma
região em tomo de um objeto eletricamente carregado, como um bastão de vidro.

Figura 1. Fonte: Fundamentos da Física, Vol. 3, 9ª ed.


(a) Uma carga de prova positiva 𝑞0 colocada em um ponto 𝑃 nas proximidades de um
objeto carregado. Uma força eletrostática 𝐹⃗ age sobre a carga de prova.(b) O campo
elétrico 𝐸⃗⃗ no ponto 𝑃 produzido por um objeto carregado.

Em princípio, podemos definir o campo elétricoem um ponto nas proximidades de um


objeto carregado, como o ponto P da Fig.1-a, da seguinte forma: colocamos no ponto
Puma carga positiva 𝑞𝑜 ,chamada de carga de prova, medimos a força eletrostática 𝐹⃗ que
age sobre a carga 𝑞𝑜 e definimos o campo elétrico 𝐸⃗⃗ produzido pelo objeto através da
equação:
𝐹⃗
𝐸⃗⃗ = (Formula doCampo Elétrico)
𝑞𝑜

⃗⃗⃗ → Campo Eletrico; Expresso em Newton por Coulomb (𝑁/𝐶).


Onde:𝑬
⃗𝑭⃗ → Força; Expressa em Newton (𝑁).
qo → Carga Elétrica, Expressa em Coulomb (𝐶).

7
Assim, o módulo do campo elétrico𝐸⃗⃗ no ponto 𝑃 é𝐸⃗⃗ =𝐹⃗ /𝑞𝑜 e a orientação de 𝐸⃗⃗ é a da

força 𝐹⃗ que age sobre a carga de prova (que supomos ser positiva). Como mostra a Fig.
l-(b), representamos o campo elétrico no ponto 𝑃 como um vetor cuja origem está em P.
Para definir o campo elétrico em uma região do espaço, definimos o campo em todos os
pontos da região.
A unidade de campo elétrico no SI é o Newton por Coulomb (N/C).
Embora seja usada uma carga de prova para definir o campo elétrico produzido por um
objeto carregado, o campo existe independentemente da carga de prova. O campo no
ponto 𝑃 da Fig. l-(b) existia antes de ser introduzida a carga de prova da Fig. 1-a e
continua a existir depois que a carga de prova é introduzida.

Campo Elétrico pela Lei de Coulomb

Segundo TIPLER e MOSCA (pág. 36), A Lei de Coulomb diz que o campo elétrico dE
em um ponto P devido a este elemento de carga é:

𝑘 𝑑𝑞
𝑑𝐸 = 𝑑𝐸, 𝑟 = 𝑟
𝑟2

Onde 𝑟 é um vector unitário que aponta do elemento de carga 𝑑1 para o ponto 𝑃, 𝑑𝐸, (a
componente 𝑑𝐸 na direção 𝑟) é dada por 𝑘 𝑑𝑞 ∕ 𝑟 2.

O campo total 𝐸⃗⃗ em P é calculado integrando esta expressão sobre toda distribuição de
cargas. Isto é:

𝑘𝑟
𝐸 = ∫ 𝑑𝐸 = ∫ 𝑑𝑞
𝑟2

Onde: 𝒌→ Constante de Coulomb/Eletrostática (medida em 𝑁 ⋅ 𝑚2 ∕ 𝐶 2 ); 𝑘 =


8,99 × 109 𝑁 ⋅ 𝑚2 ∕ 𝐶 2 ou 𝑘 = 9 × 109 𝑁 ⋅ 𝑚2 ∕ 𝐶 2 .

𝒓 → Distância; Medida em metros (𝑚).

𝒅𝒒 → Carga elétrica; Medida em Coulomb (𝐶).

8
1.2.1. Linhas de Campo Elétrico
SegundoHALLIDAY& RESNICK (2008: pág. 23), O cientista inglês Michael
Faraday, que introduziu a ideia de campos elétricos no século XIX, imaginava que o
espaço nas vizinhanças de um corpo eletricamente carregado era ocupado por linhas de
força. Embora não se acredite mais na existência dessas linhas, hoje conhecidas como
linhas de campo elétrico, elas são uma boamaneira de visualizaros campos elétricos.' A
relação entre as linhas de campo e os vetores de campo elétrico é a seguinte:
1. Em qualquer ponto, a orientação de uma linha de campo retilínea ou a orientação
da tangente a uma linha de campo não retilínea é a orientação do campo elétrico
𝐸⃗⃗ nesse ponto;
2. As linhas de campo são desenhadas de tal forma que o número delinhas por
unidade de área, medido em um plano perpendicular às linhas, é proporcional ao
módulo de 𝐸⃗⃗ .
Assim, 𝐸⃗⃗ tem valores elevados nas regiões em que as linhasde campo estão mais
próximas e valores pequenos nas regiões em que as linhas decampo estão mais
afastadas.

1.2.2. Campo Produzido por uma Carga Pontual/ Campo Elétrico Produzido por
uma Carga Pontual
SegundoHALLIDAY& RESNICK (2008: pág. 24-25) Para determinar o campo elétrico
produzido a uma distância 𝑟 de uma carga pontual 𝑞, colocamos uma carga de prova 𝑞0
nesse ponto. De acordo com a lei de Coulomb o módulo da força eletrostática que age
sobre 𝑞0 é dado por:
1 𝑞𝑞0
𝐹⃗ = 𝑟̂ (Equação 1)
4𝜋𝜀𝑜 𝑟 2

O sentido de 𝐹⃗ é para longe da carga pontual se 𝑞 for positiva e na direção da carga


𝐹⃗
⃗⃗ =
pontual se 𝑞 for negativa. De acordo com a fórmula 𝐸 módulo do campo elétrico 𝐸⃗⃗
𝑞𝑜

produzido por uma carga pontual 𝑞 a uma distância 𝑟 da carga é dado por:
𝐹⃗ 1 𝑞𝑞0 1 𝑞
𝐸⃗⃗ = = 𝑟̂ ou𝐸⃗⃗ = 𝑟̂ (Equação 2)
𝑞0 4𝜋𝜀𝑜 𝑟2 4𝜋𝜀𝑜 𝑟 2

O sentido de 𝐸⃗⃗ é o mesmo que o da força que age sobre a carga de prova: para longe da
carga pontual se 𝑞 é positiva e na direção da carga pontual se 𝑞 é negativa.
O campo elétrico total na posição da carga de prova é dado por:

9
𝐹⃗0 𝐹⃗01 𝐹⃗02 𝐹⃗𝑖 𝐹⃗𝑛
𝐸⃗⃗ = = + + ⋯ + ⋯ + = 𝐸⃗⃗01 + 𝐸⃗⃗02 + ⋯ + 𝐸⃗⃗𝑖 + ⋯ + 𝐸⃗⃗𝑛
𝑞0 𝑞0 𝑞0 𝑞0 𝑞0
em que 𝐸⃗⃗𝑖 é o campo elétrico que seria criado somente pela carga pontual 𝑖.

1.2.3. Campo Produzido por um Dipolo Elétrico/Campo Elétrico Produzido por


um Dipolo Elétrico
Segundo HALLIDAY& RESNICK (2008: pág. 26-27), Um dipolo elétrico é formado
por duas partículas com cargas de mesmo valor absoluto 𝑞 e sinais opostos, separadas
por uma pequena distância 𝑑. O produto 𝑞𝑑,que envolve os dois parâmetros q e d que
definem o dipolo, é o módulop de uma grandeza conhecida como momento dipolar
elétrico p do dipolo. (Aunidade de 𝑃é o coulomb-metro.)
O momento dipolar elétrico 𝑃 de um dipolo tem módulo 𝑞𝑑 e aponta da carga negativa
para a carga positiva. O módulo do campo elétricoproduzido por um dipolo em um
ponto distante do eixo do dipolo (reta que passa pelas duas cargas) é dado por:
1 𝑝
𝐸⃗⃗ =
2𝜋𝜀𝑜 𝓏 3
em que 𝓏 é a distância entre o ponto e o centro do dipolo.

1.2.4. Campo Produzido por uma Distribuição Contínua de Cargas/ Campo


Elétrico Produzido por uma Linha de Cargas
Segundo HALLIDAY& RESNICK (2008: pág. 28-30), O campo elétrico produzido por
uma distribuição contínua decargas pode ser calculado tratando elementos de carga
como cargaspontuais e somando, por integração, os campos elétricos produzidospor
todos os elementos de carga.
Quando lidamos com distribuições contínuas de cargas, é conveniente expressara carga
de um objeto em termos de uma densidade de cargas em vez da cargatotal. No caso de
uma linha de cargas, por exemplo, usamos a densidade linearde cargas (ou carga por
unidade de comprimento) 𝜆,cuja unidade no SI é o coulombpor metro (𝐶 ∕ 𝑚).

𝑞𝓏
→= 2⁄
𝐸 4𝜋𝜀𝑜 (𝓏 2 + 𝑅2 ) 3

(anel carregado)
ou

10
1 𝑝
→=
𝐸 4𝜋𝜀𝑜 𝓏 2
(anel carregado a grandes distâncias).

1.2.5. Força Exercida por um Campo Elétrico sobre uma Carga Pontual/ Uma
Carga Pontual em um Campo Elétrico
SegundoHALLIDAY& RESNICK (2008: pág. 134), Quando uma carga pontual q é
submetida a um campoelétrico externo Ê produzido por outras cargas, a força
eletrostáticaF que age sobre a carga pontual é dada por:
𝐹⃗ = 𝑞 ∙ 𝐸⃗⃗
em que 𝑞 é a carga da partícula (incluindo o sinal) e 𝐸⃗⃗ é o campo elétrico produzido
pelas outras cargas na posição da partícula.
''A força eletrostática 𝐹⃗ que age sobre uma partícula carregada submetida a um campo
elétrico 𝐸⃗⃗ tem o mesmo sentido que 𝐸⃗⃗ se a carga 𝑞 da partícula for positiva e o sentido
oposto se a carga 𝑞 for negativa.''

1.2.6. Um Dipolo em um Campo Elétrico


SegundoHALLIDAY& RESNICK (2008: pág. 36-37), Definimos o momento dipolar
elétrico 𝑃⃗⃗ de um dipolo elétrico como um vetor queaponta da carga negativa para a
carga positiva do dipolo. Como veremos, o comportamento de um dipolo na presença de
um campo elétrico externo 𝐸⃗⃗ pode ser totalmente descrito em termos dos vetores 𝐸⃗⃗ e 𝑝⃗,
sem necessidade de levar em conta a estrutura detalhada do dipolo.
Quando um dipolo elétrico de momento dipolar 𝑝é submetido aum campo elétrico𝐸⃗⃗ , o
campo exerce sobre o dipolo um torque 𝜏dado por:
𝜏 = 𝑝 × 𝐸(Torque em um dipolo)

1.2.7. Energia Potencial de um Dipolo Elétrico/ Força Exercida por um Campo


Elétrico sobre um Dipolo
Segundo HALLIDAY & RESNICK (2008: pág. 37-38), Uma energia potencial pode ser
associada à orientação de um dipolo elétrico em relação a um campo elétrico. A energia
potencial do dipolo é mínima quando o momento 𝑝 está alinhado com o campo 𝐸⃗⃗ (nesse
caso, 𝜏⃗ = 𝑝⃗ × 𝐸⃗⃗ = 0). A energia potencialé maior para todas as outras orientações. Sob
esse aspecto, o dipolo é como um pêndulo, para o qual a energia potencial é mínima em
uma orientação específica, aquela em que o peso se encontra no ponto mais baixo da

11
trajetória. Para fazer com que o dipolo ou o pêndulo assuma qualquer outra orientação, é
preciso usar um agente externo.
A energia potencial𝑈do dipolo depende da orientação do dipoloem relação ao campo:
𝑈 = − 𝑝⃗. 𝐸⃗⃗
A energia potencial é definida como nula (𝑈 = 0) quando 𝑝⃗ é perpendicular a Ê; ela é
mínima (𝑉 = −𝑝𝐸) quando p e Ê estão alinhados e apontam no mesmo sentido e
máxima (𝑈 = 𝑝𝐸) quandop e Ê estão alinhados e apontam em sentidos opostos.
Quando um dipolo gira de uma orientação 𝜃𝑖 para uma orientação 𝜃𝑓 , o trabalho 𝑊
realizado pelo campo elétrico sobre o dipolo é dado por:
𝑊 = − ∆𝑈 = −(𝑈𝑓 − 𝑈𝑖 )
em que 𝑈𝑓 e 𝑈𝑖 podem ser calculadas usando a equação de energia potencial 𝑈do dipolo

(𝑈 = − 𝑝⃗. 𝐸⃗⃗ ). Se a mudança de orientação é causada por um torque aplicado


(normalmente considerado um agente externo), o trabalho 𝑊, realizado pelo torque
sobre o dipolo é o negativo do trabalho realizado pelo campo sobre o dipolo, ou seja:
𝑊𝑎 = − 𝑊 = (𝑈𝑓 − 𝑈𝑖 )

2. Corrente Elétrica
Segundo TIPLER e MOSCA (pág. 145), Corrente Elétricaé a taxa de fluxo de carga
através de uma superfície tipicamente a secção transversal de um fio condutor.
ParaHALLIDAY & RESNICK (2008: 133-135), Embora uma corrente elétrica seja um
movimento de partículas carregadas, nem rodas as partículas carregadas que se movem
produzem uma corrente elétrica. Para que exista uma corrente elétrica através de uma
dada superfície, é preciso que haja um fluxo líquido de cargas através da superfície.
Dois exemplos deixarão claro o que queremos dizer:
1. Os elétrons livres (elétrons de condução) que existem no interior de um fio de cobre
se movem em direções aleatórias com uma velocidade média da ordem de 106 m/s. Se
fizermos passar um plano imaginário perpendicularmente a um fio de cobre, elétrons de
condução passarão pelo plano nos dois sentidos bilhões de vezes por segundo, mas não
haverá um fluxo líquido de cargas e, portanto, não haverá uma corrente elétrica no fio.
Se ligarmos as extremidades do fio a uma bateria, porém, o número de elétrons que
atravessam o plano em um sentido setomará ligeiramente maior que o número de
elétrons que atravessam o plano no sentido oposto; em consequência, haverá um fluxo
líquido de cargas e, portanto,uma corrente elétrica no fio.

12
2. O fluxo de água em uma mangueira representa um movimento de cargas positivas (os
prótons das moléculas de água) da ordem de milhões de coulombs porsegundo.
Entretanto, não existe um fluxo líquido de cargas, já que existe tambémum movimento
de cargas negativas (os elétrons das moléculas de água) que compensaexatamente o
movimento das cargas positivas. Em consequência, a corrente elétrica associada ao
movimento da água no interior de uma mangueira é zero.

Figura 1. Fonte: Fundamentos da Física, Vol. 3, 9ª ed.


Fig.1: A corrente 𝑖 queatravessa o condutor tem o mesmovalor nos planos 𝑎𝑎′, 𝑏𝑏′ e 𝑐𝑐′.
A Fig. 1 mostra uma seção reta de um condutor, parte de um circuito no qual existe uma
corrente. Se uma carga 𝑑𝑞 passa por um plano hipotético (como 𝑎𝑎′) em um intervalo
de tempo 𝑑𝑡, a corrente 𝑖 nesse plano é definida como:
𝑑𝑞
𝑖=
𝑑𝑡
Podemos determinar por integração a carga que passa pelo plano no intervalo de tempo
de 0 à𝑡:
𝑡
𝑞 = ∫ 𝑑𝑞 = ∫ 𝑖 𝑑𝑡
0

em que a corrente 𝑖 pode variar com o tempo.


A formula da corrente elétrica pode ser expressa de uma outra forma, através da Fig. 2 e
que será apresentada :

Figura 2.Fonte: Física para cientistas e Engenheiros, Vol. 2, 6ª ed.


Segundo TIPLER e MOSCA (pág. 145),A Fig. 2 mostra um segmento de um fio que
está conduzindo uma corrente (as cargas estão em movimento). Se a ∆𝑄 é a carga que
flui através da área da secção transversal, 𝐴, no tempo ∆𝑡, a corrente 𝑖 é:

13
∆𝑄
𝑖=
∆𝑡
ParaHALLIDAY & RESNICK (pág. 2008:134-135), No regime estacionário, a corrente
é a mesma nos planos 𝑎𝑎′,𝑏𝑏′ e 𝑐𝑐′ e em qualquer outro plano que intercepte totalmente
o condutor, seja qual for a localização ou orientação desse plano. Isso é uma
consequência do fato de que a carga é conservada. No regime estacionário, para cada
elétron que passa pelo plano 𝑐𝑐′, um elétron deve passar pelo plano 𝑎𝑎′. Da mesma
forma, quando um fluxo contínuo de água está passando por uma mangueira, uma gota
de água deve sair pelo bico damangueira para uma gota entrar na outra extremidade; a
quantidade de água na mangueira também é uma grandeza conservada.
A unidade de corrente no SI é o Coulomb por Segundo (𝐶/𝑠), ou Ampere (𝐴), pois:1
Ampere = 1 𝐴 =1 coulomb por segundo = 1 𝐶/𝑠.
𝑑𝑞
A corrente elétrica definida pela equação𝑖 = é uma grandeza escalar, já que a cargae
𝑑𝑡

o tempo que aparecem na equação são grandezas escalares.

Um condutor percorrido por uma corrente 𝑖0 se dividindo em dois ramos. Como a carga
é conservada, a soma das correntes nos dois ramos é igual à corrente inicial:
𝑖0 = 𝑖1 + 𝑖2
Aequação acima escrita continua a ser válida mesmo que os fios sejamretorcidos. No
caso da corrente, as setas indicam apenas o sentido em que as cargasestão se movendo
em um condutor e não urna direção no espaço.

O Sentido da Corrente
Segundo HALLIDAY & RESNICK, (2008: pág. 135), O campo elétrico faz essas
partículas se moverem no sentido oposto ao indicado pelas setas, do terminal negativo
para o terminal positivo. Por motivos históricos, porém, usa-se a seguinte convenção:
''A seta da corrente é desenhada no sentido em que portadores de carga positivos se
moveriam, mesmo que os portadores sejam negativos e se movam no sentido oposto.''

2.1. Densidade de Corrente


Segundo HALLIDAY & RESNICK (2008: pág. 136), Para descrever esse fluxo,
usamos a densidade de corrente 𝐽⃗, que tem a mesma direção e o mesmo sentido que a
velocidade das cargas que constituem a corrente se as cargas forem positivas e a mesma
direção e o sentido oposto se as cargas forem negativas. Para cada elemento da seção
14
reta, o módulo 𝐽⃗da densidade de corrente é igual à corrente divida pela área do
elemento. Podemos escrever a corrente que atravessa o elementode área como 𝐽⃗ ∙ 𝑑𝐴⃗,
onde 𝑑𝐴⃗é o vetor área do elemento, perpendicular ao elemento.A corrente total que
atravessa a superfície é, portanto,
𝑖 = ∫ 𝐽⃗ ∙ 𝑑𝐴⃗(Equação 1)
Se a corrente é uniforme em toda superficie e paralela a 𝑑𝐴⃗, 𝐽⃗ tambem e uniforme e
paralela a 𝑑𝐴⃗. Nesse caso a equação se torna:

𝑖 = ∫ 𝐽⃗ 𝑑𝐴 = 𝐽 ∫ 𝑑𝐴 = 𝐽𝐴

donde:
𝑖
𝐽 = 𝐴(Equação 2)

em que 𝐴é a área total da superfície.


De acordo com a equação (Equação 1)e a equação(Equação 2), a unidade de densidade
de correnteno SI é o Ampere por metro quadrado (𝐴/𝑚2). Os campos elétricos
podem ser representados por linhas de campo. A equação (Equação 1)mostra que a
densidade de corrente também podeser representada por um conjunto de linhas,
conhecidas como linhas de corrente.

Velocidade de Deriva
Segundo HALLIDAY & RESNICK (2008: pág. 136-137), Quando um condutor não
está sendo percorrido por corrente, os elétrons de condução se movem aleatoriamente,
sem que haja uma direção preferencial. Quando existe uma corrente, os elétrons
continuam a se mover aleatoriamente, mas tendem a derivar comuma velocidade de
deriva 𝑣𝑑 no sentido oposto ao do campo elétrico que produziu a corrente. A velocidade
de deriva é muito pequena em relação à velocidade com aqual os elétrons se movem
aleatoriamente.

15
Figura 1. Fonte: Fundamentos da Física, Vol. 3, 9ª ed.
Fig. 1: Portadores de carga positivos se movem com velocidade de deriva 𝑣𝑑 na direção
do campo elétrico aplicado𝐸⃗⃗ . Por convenção, o sentido da densidade de corrente 𝐽⃗ é o
mesmo da corrente.
Podemos usar a Fig. 1 para relacionar a velocidade de deriva 𝑣𝑑 dos elétrons de
condução em um fio ao módulo 𝐽⃗ da densidade de corrente no fio. Por conveniência, a
Fig. 1 mostra a deriva equivalente de portadores de carga positivos na direção do campo
elétrico aplicado 𝐸⃗⃗ . Vamos supor que todos esses portadores de carga se movem com a
mesma velocidade de deriva 𝑣𝑑 e que a densidade de corrente 𝐽 é a mesma em toda a
seção reta A do fio. Vamos supor ainda que a seção reta do fio é constante. Nesse caso,
o número de portadores em um pedaço do fio de comprimento 𝐿 é 𝑛𝐴𝐿; onde:𝑛 é o
número de portadores por unidade de volume. Como cada portador possui uma carga e,
a carga total dos portadores nesse pedaço do fio é dada por:
𝑞 = (𝑛𝐴𝐿)𝑒
Como os portadores estão todos se movendo com velocidade 𝑣𝑑 , essa carga atravessa
uma seção reta do fio em um intervalo de tempo:
𝐿
𝑡=
𝑣𝑑
𝑑𝑞
De acordo com a equação 𝑖 = , a corrente 𝑖 é a taxa de variação com o tempo do fluxo
𝑑𝑡

de carga em uma secção recta. Assim, temos:


𝑞 𝑛𝐴𝐿𝑒
𝑖=𝑡= = 𝑛𝐴𝑒𝑣𝑑 (Equação 1)
𝐿∕𝑣𝑑
𝑖
Explicitando 𝑣𝑑 e lembrando que, de acordo com a equação 𝐽 = 𝐴 , temos:
𝑖 𝐽
𝑣𝑑 = =
𝑛𝐴𝑒 𝑛𝑒
Representando em forma vectorial, obtém-se:
⃗𝐽⃗ = (𝑛𝑒)𝑣⃗𝑑 (Equação 2)
O produto 𝒏𝒆, que no SI é medido em coulombs por metro quadrado (𝐶/𝑚3), é
chamadode densidade de carga dos portadores. No caso de portadores positivos, ne
épositivo e, portanto, de acordo com a equação⃗𝐽⃗ = (𝑛𝑒)𝑣⃗𝑑 , 𝐽⃗e 𝑣⃗𝑑 têm o mesmo sentido.
No caso de portadores negativos, 𝑛𝑒é negativo 𝐽⃗e 𝑣𝑑 têm sentidos opostos.

16
2.2. Resistência e Resistividade
Segundo HALLIDAY & RESNICK (2008: pág. 139-140), Quando aplicamos a mesma
diferença de potencial às extremidades de barras de mesmas dimensões feitas de cobre e
de vidro, os resultados são muito diferentes. A característica do material que determina
a diferença é a resistência elétrica. Medimos a resistência entre dois pontos de um
condutor aplicando uma diferença de potencial 𝑉entre esses pontos e medindo a
corrente 𝑖resultante. A resistência 𝑹é dada por:
𝑉
𝑅= (Equação 1)
𝑖

De acordo com a equação da resistência, a unidade de resistência no SI é o Volt por


Ampere (𝑉 ∕ 𝐴). Essa combinação ocorre com tanta frequência que uma unidade
especial, o Ohm (Ω) é usada para representá-la. Assim:1 ohm = 1 Ω = 1 volt por ampere
= 1 V/A (Equação 1-(a).
Um condutor cuja função em um circuito é introduzir uma resistência é chamado de
resistor. Nos diagramas dos circuitos elétricos, um resistor é representado pelo símbolo:

𝑉
Quando escrevemos a equação da resistência na forma: 𝑖=𝑅 ;vemos que

"resistência" é um nome bem escolhido. Para uma dada diferença de potencial, quanto
maior a resistência (à passagem de corrente), menor a corrente.
Em vez de lidar com a corrente 𝑖 no resistor, lidamos com a densidade de corrente 𝐽⃗ no
ponto em questão. Em vez de falar da resistência 𝑅 de um dispositivo, falamos da
resistividade𝜌de um material:
𝐸
𝜌 = 𝐽 (Equação 2)

Combinando as unidades 𝐸 e 𝐽 no SI com a Equação 2, obtemos, para unidade de 𝜌, o


ohm-metro (Ω ∙ 𝑚):
𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 (𝐸) 𝑉∕𝑚 𝑉
= = ∙𝑚 = Ω∙𝑚
𝑈𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 (𝐽) 𝐴 ∕ 𝑚2 𝐴
Podemos escrever a Equação 2em forma vetorial:
𝐸⃗⃗ = 𝜌𝐽⃗(Equação 3)
As equações 2 e 3 são válidas apenas para materiais isotrópicos, ou seja, materiais cujas
propriedades são as mesmas em todas as direções.
Também pode-se falar da condutividade𝜎 de um material, que é simplesmente o
recíproco da resistividade:
17
1
𝜎 = 𝜌(Equação 4)

A unidade de condutividade no SI é o ohm-metro recíproco, (Ω ∙ 𝑚)−1. Essa unidade é


às vezes chamada de mho por metro (mho é ohm escrito ao contrário). Usando a
definição de𝜎, podemos escrever a (Equação 3)na forma:
𝐽⃗ = 𝜎𝐸⃗⃗ (Equação 5)

2.2.1. Cálculo da Resistência a partir da Resistividade


Segundo HALLIDAY & RESNICK (2008: pág. 141), A resistência é uma propriedade
de um dispositivo; a resistividade é uma propriedade de um material.
Quando conhecemos a resistividade de um material, como o cobre, por exemplo, não é
difícil calcular a resistência de um fio feito desse material. Seja 𝐴 a área da secção recta,
𝐿o comprimento e 𝑉 a diferença de potencial entre as extremidades do fio (Equação 1-
(a). Se as linhas de corrente que representam a densidade de corrente são uniformes ao
longo de toda a seção reta, o campo elétrico e a densidade de corrente são iguais em
todos os pontos do fio. Sendo assim, obtém-se:
𝐸 𝑉∕𝐿
𝜌= =
𝐽 𝑖∕𝐴
Corno 𝑉 ∕ 𝑖é a resistência 𝑅, a equação acima pode ser escrita na forma:
𝐿
𝑅 = 𝜌 𝐴(Equação 1)

AEquação 1 se aplica apenas a condutores isotrópicos homogêneos de seção recta


uniforme, com a diferença de potencial aplicada como na Fig. 6-b.

2.2.2. Variação da Resistividade com a Temperatura


Segundo HALLIDAY & RESNICK (2008: pág. 142), A relação entre temperatura e
resistividade para o cobre ( e para os metais em geral) é quase linear em uma larga faixa
de temperaturas. Isso nos possibilita escrever uma fórmula empírica que é adequada
para a maioria das aplicações práticas:
𝜌 − 𝜌0 = 𝜌0 𝛼(𝑇 − 𝑇0 ) (Equação 1)
em que 𝑇0 é uma temperatura de referência e 𝜌0 é a resistividade a essa
temperatura.Costuma-se escolher como referência 𝑇0 = 293 𝐾 (temperatura
ambiente), caso em que 𝜌0 = 1,69 𝑋 10−8 Ω · 𝑚 para o cobre.
Como a temperatura entra na Equação 1 apenas como uma diferença, tanto faz usar a
escala Celsius ou a escala Kelvin, já que o valor de um grau nas duas escalas é o

18
mesmo. A constante a que aparece na Equação 1, conhecida como coeficiente de
temperatura da resistividade, é escolhida para que a concordância da resistividade
calculada com a resistividade medida experimentalmente seja a melhor possível na faixa
de temperaturas considerada.

2.3. Lei de Ohm


Segundo HALLIDAY & RESNICK (2008: pág. 143), O resistor é um condutor com um
valor específico deresistência. A resistência de um resistor não depende do valor
absoluto e do sentido (polaridade) da diferença de potencial aplicada. Outros
dispositivos, porém, podem ter uma resistência que varia de acordo com a diferença de
potencial aplicada.

- ''A lei de Ohm é a afirmação de que a corrente que atravessa um dispositivo é sempre
diretamente proporcional à diferença de potencial aplicada ao dispositivo.''
- ''Um dispositivo obedece à lei de Ohm se a resistência do dispositivo não depende do
valor absoluto nem da polaridade da diferença de potencial aplicada.''
- ''Um material obedece à lei de Ohm se a resistividade do material não depende do
módulo nem da direção do campo elétrico aplicado.''

Podemos expressar a lei de Ohm de modo mais geral se nos concentrarmos nos
materiais e não nos dispositivos. Nesse caso, a relação relevante passa a ser (𝐸⃗⃗ = 𝜌𝐽⃗)
em vez de 𝑉 = 𝑖𝑅.

Uma Visão Microscópica da Lei de Ohm


Segundo HALLIDAY & RESNICK (2008: pág.144-145), Para verificar por que alguns
materiais obedecem à lei de Ohm, precisamos examinar os detalhes do processo de
condução de eletricidade a nível atômico. A análise será baseada no modelo de elétrons
livres, no qual supomos que os elétrons de condução de um metal estão livres para
vagar por toda a amostra, como as moléculas de gás no interior de um recipiente
fechado.
Os movimentos dos elétrons, porém, não são governados pelas leis da física clássica e
sim pelas leis da física quântica. Na verdade, uma hipótese que está muito mais próxima

19
da realidade é a de que os elétrons de condução em um metal se movem com uma única
velocidade efetiva 𝑣𝑒𝑓 e que essa velocidade não depende da temperatura.
Quando aplicamos um campo elétrico a uma amostra metálica, os elétrons modificam
ligeiramente seus movimentos aleatórios e passam a derivar lentamente, no sentido
oposto ao do campo, com uma velocidade de deriva 𝑣𝑑 . A velocidade de deriva em um
condutor metálico típico é da ordem de 5 𝑋 10−7 𝑚/𝑠, muito menor, portanto, que a
velocidade efetiva (1,6 𝑋 106 𝑚/𝑠).
A Equação 1pode ser considerada uma demonstração de que os metais obedecem à lei
de Ohm se for possível provar que, no caso dos metais, a resistividade p não depende
da intensidade do campo elétrico aplicado. Considere as grandezas que aparecem na
Equação 1. A não ser em casos extremos, podemos supor que 𝒏, o número de elétrons
de condução por unidade de volume, não depende da intensidade do campo aplicado .
Como 𝒎 e 𝒆 são constantes, resta apenas mostrar que 𝝉, o tempo médio entre
colisões(ou tempo livre médio), também não depende da intensidade do campo
aplicado. Acontece que 𝜏 é inversamente proporcional à velocidade efetiva 𝑣𝑒𝑓 dos
elétrons, que, como vimos, é muito maior que a velocidade de deriva 𝑣𝑑 causada pelo
campo. Isso significa que 𝜏praticamente não é afetado pela intensidade do campo
aplicado.
𝑚
𝜌 = 𝑒 2𝑛𝜏 (Equação 1)

2.4. Potência em Circuitos Elétricos/Energia e Potênia Elétrica


Segundo HALLIDAY & RESNICK (2008: pág. 146), A quantidade carga 𝑑𝑞 que
atravessa o circuito em um intervalo de tempo 𝑑𝑡 é igual a 𝑖 𝑑𝑡. Ao completar o
circuito, a carga 𝑑𝑞 tem seu potência:
𝑑𝑈 = 𝑑𝑞 𝑉 = 𝑖 𝑑𝑡 𝑉 (Equação 1)
De acordo com a lei de conservação da energia, a redução da energia potencial elétrica
no percurso de 𝑎 a 𝑏 deve ser acompanhada por uma conversão da energia para outra
forma qualquer. A potência 𝑃 associada a essa conversão é a taxa de transferência de
energia 𝑑𝑈/𝑑𝑡, que, de acordo com a Equação 1, pode ser expressa na forma:
𝑃 = 𝑖𝑉(Equação 2).(taxa de transferência de energia elétrica).
Além disso, 𝑃 é a taxa com a qual a energia é transferida da bateria para o componente.
Se o componente é um motor acoplado a uma carga mecânica, a energia se transforma
no trabalho realizado pelo motor sobre a carga. Se o componente é uma bateria

20
recarregável, a energia se transforma na energia química armazenada na bateria. Se o
componente é um resistor, a energia se transforma em energia térmica e tende a
provocar um aumento da temperatura do resistor.
De acordo com a Equação 2, a unidade de potência elétrica é o Volt-Ampere (V·A),
𝐽 𝐶 𝐽
mas a potência elétrica também pode ser escrita na forma: 1𝑉 ∙ 𝐴 = (1 𝐶 )(1 𝑠 ) = 1 𝑠 =

1𝑊.
Quando um elétron atravessa um resistor com velocidade de deriva constarnte, sua
energia cinética média permanece constante e a energia potencial elétrica perdida é
convertida em energia térmica do resistor. Em escala microscópica, essa conversão de
energia ocorre através de colisões entre os elétrons e as moléculas do resistor, o que
levam a um aumento de temperatura do resistor. A energia mecânica assim convertida
em energia térmica é dissipada (perdida), já que o processo não pode ser revertido.
No caso de um resistor ou outro dispositivo de resistência 𝑅, podemos combinar as
equações: (𝑅 = 𝑉/𝑖) e (𝑃 = 𝑖𝑉) para obter, para a taxa de dissipação de energia
elétrica devido à resistência, as seguintes expressões:
𝑉2
𝑃 = 𝑖 2 𝑅(Equação 3) e 𝑃= (Equação 4)
𝑅

2.1. Circuitos Elétricos Simples


Eletrônica Básica- http://algol.dcc.ufla.br/~giacomin/Com145/Eletricidade.pdf (pág. 1-
4), O estudo de circuitos elétricos se divide em circuitos de corrente contínua e circuitos
de corrente alternada. Os circuitos de corrente contínua são assim chamados por
possuírem uma ou mais fontes de tensão e/ou corrente contínua. Os circuitos de corrente
alternada são normalmente alimentados por fontes de tensão e/ou corrente senoidais. O
estudo de circuitos de corrente contínua se baseia no cálculo de tensões e correntes em
circuitos compostos por associações de resistores e fontes de tensão e/ou corrente
contínua.

Eletrônica Básica- http://algol.dcc.ufla.br/~giacomin/Com145/Eletricidade.pdf (pág. 1-


4), alguns dos elementos dos circuitos elétricos são:

Fontes de Tensão- A fonte de tensão representa o dispositivo que é capaz de fornecer


uma diferença de potencial, e permitir que com esta diferença de potencial ocorra o
estabelecimento de uma corrente elétrica.

21
Corrente Elétrica- Determinados materiais, quando são submetidos a uma fonte de
força eletromotriz, permitem uma movimentação sistemática de elétrons de um átomo a
outro, e é este fenômeno que é denominado de corrente elétrica. Pode-se dizer, então
que cargas elétricas em movimento ordenado formam a corrente elétrica, ou seja,
corrente elétrica é o fluxo de elétrons em um meio condutor. É definido por: 𝑖 =
∆𝑄 / ∆𝑡 [ Coulomb / segundo (𝐶/𝑠) = ampère (𝐴) ].

Resistência Elétrica- Ao provocarmos a circulação de corrente por um material


condutor através da aplicação de uma diferença de potencial, pode-se observar que, para
um mesmo valor de tensão aplicada em condutores de diversos materiais, a corrente
possuirá valores diferentes. Isto ocorrerá devido às características intrínsecas de cada
material. Este comportamento diferenciado da corrente, deve-se à resistência elétrica de
cada material, que depende do tipo de material do condutor, comprimento, área da seção
transversal e da temperatura. Esta resistência atua como uma dificuldade à circulação de
corrente elétrica, ou à circulação de elétrons. Para haver uma melhor interpretação do
fenômeno de resistência, deve-se analisar os aspectos macroscópicos e microscópicos
dos diversos materiais. Os aspectos microscópicos referem-se à estrutura da rede
cristalina, do número de elétrons livres do material e a movimentação destes elétrons
livres no interior do condutor. Quando os elétrons livres são impulsionados a
movimentar devido a ação de uma tensão ocorrerão choques entre os próprios elétrons
livres e a rede cristalina, então como efeito disto, ter-se-á uma dificuldade ao
deslocamento dos elétrons.

Assim sendo, as características microscópicas que influenciam no deslocamento dos


elétrons livres são:

• A forma como estão organizados os íons na rede cristalina;


• O espaçamento disponível para o movimento dos elétrons livres;
• Sua velocidade média de arrasto;
• Número de íons e de elétrons livres disponíveis por unidade de volume.
Os fatores macroscópicos são:

• Tipo do material que constitui o condutor;

22
• Comprimento;
• Área da sua seção transversal;
• Temperatura.
Todos estes fatores irão caracterizar a resistência elétrica do material.

1ª Lei de Ohm- O estudo da resistência é de grande valia na determinação da potência


dos diversos equipamentos elétricos. A expressão, matemática que permite a obtenção
da grandeza resistência é a seguinte:

𝑉
𝑉 = 𝑅 . 𝐼 , ou seja, 𝑅 = 𝐼

Onde: 𝑅 - é a resistência elétrica, dada em ohms, cujo símbolo é Ω .

𝑉 - é a tensão elétrica nos terminais do dispositivo, dada em volt, cujo símbolo é 𝑉 .

𝐼 - é a intensidade de corrente que circula pelo dispositivo, dada em ampères, 𝐴.

Resistores- Resistores elétricos são dispositivos usados em circuitos elétricos, onde se


aproveita a sua resistência para servir como carga, ou mesmo como limitador de
corrente, sendo que sua resistência ao fluxo de elétrons é devidamente conhecida e
medida em ohms (Ω) e simbolizado em circuitos pela letra 𝑅.

3. Associação de Resistências
Associação de resistores é a combinação/ junção de dois ou mais resistores num
circuito.

Segundo FILHO et all..., (2010: pág. 2), Ao montar um circuito elétrico com resistores,
estes componentes podem ser ligados em várias configurações. O circuito se comporta
como se fosse constituído de apenas um resistor 𝑅𝑒𝑞 equivalente à configuração
utilizada.

23
3.1. Associação em Série
Segundo FILHO et all..., (2010: pág. 2-3), A configuração na qual a corrente elétrica
passa através de todos os resistores em um único percurso é chamada associação em
série, representado Figura 1.

Figura 1. Fonte: Catálogo de Experimentos do Laboratório Integrado de Física Geral.

Figura 1 – Diagrama de uma associação em série de 3 resistores, sendo aplicada uma


diferença de potencial 𝜀 e indicado o sentido da corrente convencional.

Em uma associação em série, a corrente elétrica que circula em cada resistor tem a
mesma intensidade, apresentando uma queda de potencial que depende do valor de cada
resistor, de acordo com a Lei de Ohm:𝑉1 = 𝑅1 . 𝑖 ;𝑉2 = 𝑅2 . 𝑖; 𝑉3 = 𝑅3 . 𝑖.

Igualando a queda de potencial ao longo da malha com o potencial aplicado, é possível


obter o valor da resistência equivalente ao circuito:

𝜀 = 𝑉1 + 𝑉2 + 𝑉2 = (𝑅1 + 𝑅2 + 𝑅3 ) ∙ 𝐼 = 𝑅𝑒𝑞 ∙ 𝑖

A resistência equivalente na associação de resistores em série é obtida pela soma


algébrica das resistências individuais dos resistores utilizados na configuração, ou seja:

𝑅𝑒𝑞 = 𝑅1 + 𝑅2 + 𝑅3

3.2. Associação em Paralelo


Segundo FILHO et all..., (2010: pág. 3), Outra configuração possível é a que a corrente
elétrica passa através de vários percursos paralelos no circuito. Neste caso, a corrente
que circula em cada resistor dependerá da 𝑑𝑑𝑝 à qual ele está submetido e da resistência
de cada resistor. Esta configuração cujo diagrama é ilustrado na Figura 2 é chamada de
associação de resistores em paralelo.

24
Figura 2. Fonte: Catálogo de Experimentos do Laboratório Integrado de Física Geral.

Figura 2 - Diagrama de uma associação em paralelo de 3 resistores, sendo aplicada uma


diferença de potencial 𝜀 e indicado o sentido da corrente convencional.

Na associação em paralelo, os resistores estão sujeitos ao mesmo potencial, e a corrente


elétrica que circula em cada resistor tem intensidade que depende do valor de cada
resistor, de acordo com a Lei de Ohm:

𝜀 𝜀 𝜀
𝑖 = 𝑖1 + 𝑖2 + 𝑖3 = + +
𝑅1 𝑅2 𝑅3

Igualando a corrente total com a soma das correntes individuais de cada resistor, é
possível obter o valor da resistência equivalente do circuito:

1 1 1 1
𝑖 =𝜀∙( + + )=𝜀∙
𝑅1 𝑅2 𝑅3 𝑅𝑒𝑞

O inverso da resistência equivalente na associação de resistores em paralelo é obtido


pela soma algébrica do inverso da resistência individual dos resistores utilizados na
configuração, ou seja:

1 1 1 1
= + +
𝑅𝑒𝑞 𝑅1 𝑅2 𝑅3

O uso de resistores em circuitos eletrônicos é bem mais complicado do que uma simples
associação emsérie ou em paralelo. Geralmente as associações em série e paralelo são
utilizadas de forma mista, ou seja, parte do circuito pode apresentar uma associação em
paralelo cuja resistência equivalente está em série com outros resistores. Ou ainda uma
associação em série, onde a resistência equivalente faz parte de uma associação em
paralelo.

3.3. Associação Mista


Na associação mista de resistores, os resistores encontram-se ligados em série e em
paralelo, ou seja, é o conjuntoassociaçãoem série e da associação em paralelo. Para
calcular, primeiro encontramos o valor correspondente à associação em paralelo e de
seguida somamos aos resistores em série.

25
Figura 3. Fonte: https://www.todamateria.com.br/associacao-de-resistores/

Conclusão
Após o termino do trabalho, pode-se concluir que: o Campo Eléctrico é um campo
vectorial, que consiste em uma distribuição de vetores (um para cada ponto de uma
região em tomo de um objeto eletricamente carregado); a Corrente Eléctrica é o
movimento ordenado de cargas elétricas dentro de um fio condutor; e Associação de
Resistências que é uma combinação de resistores num circuito.

Para o desenvolvimento do trabalho foi importante o uso de algumas como: Lei


Coulomb, Lei de Ohm e Lei de Newton. Em suma falar destas leis é deduzir a teoria do
conhecimento para a prática das mesmas em torno de Fórmulas a qual nos fazem chegar
a exercícios aplicáveis a várias áreas.

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Bibliografia
Eletricidade Básica- http://algol.dcc.ufla.br/~giacomin/Com145/Eletricidade.pdf.

FILHO, D. O. T.; ZAPPAROLI, F. V. D.; PANTOJA, J. C. S.; LAURETO, E.


(Fevereiro

de2010); Catálogo de Experimentos do Laboratório Integrado de Física Geral;


Departamento de Física - Universidade Estadual de Londrina, Brasil.

HALLIDAY& RESNICK (2008);Fundamentos da Física; Volume 3:


Eletromagnetismo; 9ª Edição; Grupo Editorial Nacional; LTC Editora.

TIPLER, Paul A.; MOSCA, Gene;Física para cientistas e Engenheiros; Volume 2:

Eletricidade, Magnetismo e Óptica; 6ª Edição; Grupo Editorial Nacional; LTC Editora.

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