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COOPERATIVA ESCOLA DOS ALUNOS DO CEDUP “DARIO

GERALDO SALLES” – COOPERSALLES.

ELETRICIDADE
- ELE -

MÓDULO: I

Curso: Mecânica

Nome: __________________________ Turma: ______

Autor: Prof. Divo Samuel Sauer Coautor: Edson Lacerda de Almeida Júnior

Direitos autorais cedidos à Coopersalles. A elaboração da apostila é


responsabilidade dos autores e co-autores.

Joinville/2015
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SUMÁRIO

1 CONCEITOS BÁSICOS DE ELETRICIDADE…….….……….……..………… 04


1.1 Fundamentando a Matéria………….……………………………..……………. 04
1.2 Carga Elétrica……………………………………………………………………. 05
1.2.1 Quantidade de Carga…………………………………………………………. 05
1.2.2 Elétrons Livres…………………………………………………………………. 06
1.2.3 Condutores e Isolantes……………………………………………………….. 07
1.3 Processos de Eletrização……………………………………………………….. 07
1.3.1 Eletrização por Atrito………………………………………………………….. 08
1.3.2 Eletrização por Contato-condução…………………………………………... 08
1.3.3 Eletrização por Indução………………………………………………………. 09
2 CAMPO ELÉTRICO……………………………………………………………….. 11
3 ELESTROSTÁTICA E ELETRODINÂMICA………………………………….... 12
3.1 Eletrostática………………………………………………………………………. 13
3.1.1 Princípios da Eletrostática...……..…………………………………………. 13
3.2 Eletrodinâmica…..............………………………………………………………. 14
3.2.1 Principais Fórmulas…………………………………………………………… 14
4 POTENCIAL ELÉTRICO……………....…………………………………………. 16
5 DIFERENÇA DE POTENCIAL OU TENSÃO ELÉTRICA.......……………… 17
6 CORRENTE ELÉTRICA………………………….………………………………. 18
6.1 Materiais Ôhmicos…………………………………………………………......... 18
6.2 Resistência elétrica……........…………………………………………………... 19
6.3 Lei de Ohm...............................................…………………………………….. 20
7 RESISTIVIDADE……………............................………………………………... 22
8 CONDUÇÃO ELÉTRICA……………..........…………………………………….. 25
9 POTÊNCIA ELÉTRICA……………………………………………………........... 29
10 CIRCUITOS ELÉTRICOS…………….…………………………………………. 32
10.1 Corrente contínua e corrente alternada...…………………………………… 32
10.2 Simbologia de circuitos elétricos..……………………………………………. 34
10.3 Elementos ativos e passivos………………………………………………...... 34

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10.4 Tipos de circuitos elétricos............…………………………………………… 35


10.5 Circuito de ligação série...........……………………………………………….. 36
10.6 Circuito de ligação paralela......................................……………………….. 38
10.7 Circuito de ligação mista……………………………………………………..... 41
10.8 Conceito de curto circuito……………………………………………………… 41
10.9 Sistema monofásico e trifásico……………………………………………….. 42
11 INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO………………………….....………………… 43
12 CONCEITOS SOBRE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS......……………………. 46
12.1 Condutores elétricos.........…………………………………………………….. 46
12.2 Instalação dos condutores em eletrodutos...………………………………... 47
12.3 Iluminação NBR – 5410.....……………………………………………………. 47
12.4 Tomadas………………………………………………………………………… 47
12.5 Interruptores………………..………...………………………………………… 49
12.6 Campainhas…………………………………………………………………….. 49
12.7 Fotocélula……………………………………………………………………….. 49
12.8 Minuteria………………………………………………………………………… 50
12.9 Sensores de temperatura.....………………………………………………….. 50
13 PROTEÇÃO DE CIRCUITOS………………………………..............………… 56
14 TERMISTORES……………………………………………….………………….. 57
15 TESTES…………………………………………………………………………… 60
REFERÊNCIAS…………………………………………….…................................. 62

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1 CONCEITOS BÁSICOS DE ELETRICIDADE

Podemos reconhecer a eletricidade em nosso dia-a-dia, como por exemplo, o


calor gerado pelo chuveiro elétrico, como o ar frio que sai do condicionador de ar,
como a imagem gerada pela televisão. Enfim, nos cerca e temos dificuldade de
realizarmos nossas atividades quando ela nos falta.
Assim, não há dúvida de que a Eletricidade nos trouxe conforto e progresso.
No processo produtivo, não é diferente, tanto que são investidos milhões em
melhorias no sistema elétrico a fim de garantir a continuidade do fornecimento.
Para entendermos um pouco mais sobre o assunto devemos estudar as suas
bases.

1.1 Fundamentando A Matéria

Toda matéria é composta por pequenas substâncias que por menores que
elas sejam ainda conservam as suas características, tendo assim as moléculas.
As moléculas são formadas por átomos, e os átomos compostos por demais
partículas fundamentais, chamadas subatômicas como os prótons, elétrons e
nêutrons.
Cada um deles apresenta características distintas. Os prótons e os nêutrons
estão situados no núcleo atômico; já os elétrons ao redor do núcleo, na eletrosfera.
Ernest Rutherford (1871-1937) físico neozelandês verificou o comportamento
das partículas e propôs o seguinte modelo atômico onde o átomo seria formado por
duas regiões, uma central – o núcleo atômico, extremamente compacta, densa e
com carga elétrica positiva - e outra periférica – a eletrosfera, na qual os elétrons
estariam circulando ao redor do núcleo, como planetas ao redor do sol.

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Figura 1: Modelo atômico


Fonte: Primária

1.2 Carga Elétrica

Podemos a definir como as quantidades de partículas carregadas acumuladas


em um corpo existem dois tipos de cargas elétricas: Cargas elétricas positivas e
Cargas elétricas negativas, apresentam a seguinte propriedade: cargas elétricas de
mesmo sinal se repelem e de sinais opostos se atraem. Seu símbolo é o Q e sua
unidade no Sistema Internacional de medidas é o Coulomb (C).
Existe em quantidades definidas, sendo o valor de carga do elétron igual á
− 1,6 ⋅ 10 −19 C , e do próton + 1,6 ⋅ 10 −19 C . Esta é uma constante da física e a

chamamos de carga elementar.

1.2.1 Quantidade de Carga

Determina-se quantidade de carga pela diferença entre o número de prótons


e o número de elétrons que o corpo contém. Na prática, é a quantidade de cargas
que o corpo possuía, somada com a quantidade que ele recebeu ou perdeu.

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Q = Q0 + ∆Q

Como: ∆Q = ± n ⋅ e

Assim: Q = Q0 ± n ⋅ e

Exemplo:

Um corpo, inicialmente sem carga, recebe 3,6 ⋅ 10 elétrons. Qual será a


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carga desse corpo depois de receber os elétrons?

Carga inicial do corpo: Q0 = 0

Carga final do corpo: Q = Q0 + ∆Q = Q0 ± n ⋅ e


Como o corpo recebe elétrons, utiliza-se o sinal de menos na equação:

Cálculo da carga: Q = 0 − 3,6 ⋅ 10 × 1,6 ⋅ 10 = 5,76 ⋅ 10 C = 5,76 µC


13 −19 −6

O corpo, inicialmente neutro, recebeu elétrons e tornou-se um corpo


eletricamente negativo, ou seja, com um excesso de elétrons.

1.2.2 Elétrons Livres

Os elétrons estão dispostos em camadas, como mostra a Figura 2:

Figura 2: Distribuição eletrônica


Fonte: Primária

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Os elétrons dispostos nas camadas mais internas estão sujeitos à força de


atração das partículas positivas do núcleo, enquanto que os mais externos estão
mais fracamente ligados ao núcleo. Estes últimos, exatamente por estarem sujeitos
a uma pequena força de atração, possam se soltar do átomo, até mesmo pela
energia térmica característica do corpo, e vagar livremente pela estrutura do
material. São os chamados elétrons livres, que podem, por processos diversos, sair
de um corpo e ser transferido a outro.

1.2.3 Condutores e Isolantes

Condutor é o corpo através do qual as partículas portadoras de cargas


elétricas podem mover-se com facilidade, como por exemplo, nos metais, onde na
ultima camada de valência na eletrosfera existem muitos elétrons livres, que quando
submetidos a certa eletrização transferem cargas. Já os isolantes são os corpos nos
qual sua ultima camada de valência os elétrons se encontram muito próximos,
dificultando a troca de cargas elétricas. Por exemplo, o plástico, a madeira, a
borracha.

1.3 Processos de Eletrização

A idéia de eletrizar um corpo é a de fazer com que o número de elétrons de


seus átomos seja diferente do número de prótons, o deixando eletricamente positivo
(perdeu elétrons) ou eletricamente negativo (recebeu elétrons). Um corpo
eletricamente neutro possui o mesmo numero de elétrons e prótons.
Para que isso ocorra existem três tipos de eletrização, são elas: Eletrização
por atrito, Eletrização por contato e Eletrização por indução.

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1.3.1 Eletrização Por Atrito

Se dois corpos A e B são atritados, há desprendimento de elétrons de um


corpo que passam para o outro devido a energia térmica gerada pelo atrito,
resultando um corpo A eletrizado positivamente e o corpo B eletrizado
negativamente, dependendo o meio o qual o corpo for atritado o resultado é
diferente.
Por exemplo, a seda, que atritada ao vidro adquire carga negativa ( retira
elétrons do vidro), e quando atritada a borracha adquire carga positiva (sede
elétrons para a borracha).

1.3.2 Eletrização por contato-condução

Quando dois corpos com cargas elétricas diferentes um eletrizado


positivamente e outro não eletrizado, isto é neutro, entram em contato, haverá um
fluxo de elétrons do corpo de menor para o de maior carga. O corpo com maior
volume, então, receberá maior quantidade de cargas e o de menor volume, menor
quantidade. Observe a Figura 3:

Figura 3: Eletrização por contato


Fonte: Primária

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O corpo A, inicialmente carregado com uma carga +Q, entra em contato com
o corpo B, inicialmente neutro. Como os prótons excedentes não podem se mover
por estarem presos ao núcleo há um fluxo de elétrons do corpo B para o corpo A, a
fim de dividir a carga entre os dois corpos. Ao final, os dois ficam carregados
positivamente, porém o corpo B, por ter maior volume, terá maior quantidade de
carga.

1.3.3 Eletrização por indução

Quando dois corpos com cargas diferentes aproximam-se, porém sem


encostar-se, ocorre a atração entre as cargas de sinais opostos nas superfícies dos
corpos. Neste caso, quando houve a aproximação (sem contato) do corpo A,
carregado negativamente, com o corpo B, neutro, as cargas negativas do corpo A
repeliram as cargas negativas do corpo B para o lado direito, havendo um acúmulo
de cargas positivas no lado esquerdo. Quando é feita uma ligação do lado direito do
corpo B com a Terra, as cargas negativas são absorvidas pela Terra, pelo fato desta
ser um corpo infinitamente grande. Assim, quando afastarmos o corpo A, o corpo B
estará com falta de elétrons, ficando um corpo carregado positivamente. Conforme
observamos na Figura 4:

Figura 4: Eletrização por indução


Fonte: Primária

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Isto ocorre na maior parte dos equipamentos que possuem carcaça metálica,
pois a passagem de energia elétrica pelos circuitos induz o acúmulo de cargas
elétricas em sua estrutura.
Assim, quando tomamos choque numa geladeira, por exemplo, isso ocorre
porque inicialmente houve uma indução de cargas na estrutura, para depois haver
uma passagem de cargas da geladeira para o nosso corpo através do contato.

Exercícios:

a) Defina com suas palavras eletricidade.


b) Como é apresentado o Modelo atômico de Rutherford, e suas características?
c) O que é carga elementar?
d) Descreva um corpo condutor e um corpo isolante. Cite exemplos.
e) Qual é a carga (em Coulomb) de um elétron?
f) O que é eletrizar um corpo e cite as formas de eletrização.

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2 CAMPO ELÉTRICO

Suponha que numa região do espaço qualquer existe um corpo carregado


positivamente. Se colocarmos outra carga positiva próxima à primeira, haverá uma
força de repulsão entre as duas, como mostra a Figura 5:

Figura 5: Repulsão entre cargas elétricas


Fonte: Primária

Se afastarmos o corpo B, a força F terá seu valor reduzido. Se continuarmos


afastando os corpos, haverá um momento em que a força de atração não será mais
perceptível, pois será tão fraca que não produzira efeito algum.
Essa região do espaço onde os efeitos da força eletrostática sobre uma carga
são perceptíveis é chamada de campo elétrico. A importância do campo elétrico
reside no fato de que o acúmulo de cargas elétricas gera atração eletrostática
através da força elétrica. Esta força representa a possibilidade de transferência de
cargas elétricas, já que a força aplicada sobre um corpo é diretamente proporcional
à sua aceleração, pela segunda Lei de Newton.

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O campo elétrico é uma grandeza vetorial e possui o formato mostrado na


Figura 6, conforme composição de cargas:

Figura 6: Campos elétricos


Fonte: Primária

O símbolo do campo elétrico é E e sua unidade é o Newton divido Coulomb


(N/C). Note que as linhas de campo sempre começam nas cargas positivas e
terminam nas cargas negativas.

3 ELETROSTATICA E ELETRODINÂMICA

Como Ciências naturais que se apoia nas ciências exatas para estudar as
leis que regem os fenômenos da natureza em nível macroscópico e a nível de
partículas elementares e sub-atômicas, a Física tenta desvendar os mistérios da
natureza. Para estudar a Física clássica no nível básico, precisa-se
antecipadamente compreender as teorias que compõem cada assunto. Para que
isto seja consolidado nós precisamos:

a) de problemas de Física para treinar aquilo que já aprendemos;

b) das equações, sejam deduzidas ou disponibilizadas;

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c) da aplicação correta destas equações nos diversos níveis de problemas de


Física abrangendo aquilo que estudamos.

3.1 Eletrostática

Eletrostática ou electrostática é o ramo da eletricidade que estuda as


propriedades e o comportamento de cargas elétricas em repouso, ou que estuda os
fenômenos do equilíbrio da eletricidade nos corpos que de alguma forma se tornam
carregados de carga elétrica, ou eletrizados.

Conteúdo Fórmulas

Q1|.|Q2|
F = ko ————
Força elétrica
d2

|Q|
Campo elétrico E = ko ——
d2

Q
Potencial elétrico VP = Ko ——
d

Q1. Q2
Energia potencial elétrica E = ko ————
d

Trabalho da força elétrica


ζf. = q(VA – VB) ou ζ = qEd

3.1.1 Princípios da Eletrostática

Segundo o princípio da conservação da carga elétrica, num sistema


eletricamente isolado é constante a soma algébrica das cargas elétricas. Já segundo

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o princípio da atração e repulsão de cargas, cargas de mesmos sinais se repelem e


cargas de sinais opostos se atraem.

3.2 Eletrodinâmica

A eletrodinâmica é a parte da eletricidade que estuda, analisa e observa o


comportamento das cargas elétricas em movimento. À movimentação das cargas
elétricas dá-se o nome de corrente elétrica, cujos exemplos existem em grande
número, inclusive em nosso organismo, como as minúsculas correntes elétricas
nervosas que propiciam a nossa atividade muscular.

3.2.1 Principais Fórmulas

A) Resistores Elétricos: dispositivos que convertem integralmente energia


elétrica em energia térmica.

Conteúdo Fórmulas

Equação da 1ª lei de Ohm U=R.i

L
Equação d 2ª lei de Ohm R = ρ ——
A

U2
Potência elétrica P = ——
R

Potência elétrica P = U.i

Potência elétrica P = R.i2

Associação em série R = R1 + R2 + R3

1 1 1 1
Associação em paralelo —— = —— + —— + ——
R R1 R2 R3

Energia elétrica E = P.∆t

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B) Geradores: os geradores convertem outras formas de energia em energia


elétrica e os receptores são motores que convertem a energia elétrica em outra
forma de energia sem que seja totalmente térmica.

Conteúdo Fórmulas

Equação do gerador U=ξ-r.i

Potência gerada Pg = ξ . i

Potência dissipada Pu = U . i

U
Rendimento η = ——
ξ

ξ2
Potência útil máxima Pu,máx = ——
4r

ξ
Corrente de curto-circuito icc = ——
r

C) Receptor Elétrico: é qualquer dispositivo que transforma energia elétrica


em energia não-elétrica que não seja somente em energia térmica, porque os
dispositivos que transformam a energia elétrica totalmente em energia térmica são
chamados de resistores.Chama-se receptor a qualquer dispositivo que transforme
energia elétrica em um outro tipo qualquer de energia, contanto que esse outro tipo
de energia não seja calor. Chamamos polo positivo do receptor ao ponto do receptor
por onde a corrente entra nele. E polo negativo ao ponto por onde a corrente sai.
(Observemos que essa nomenclatura é invertida em relação à nomenclatura usada
por geradores). Representamos um receptor também por dois traços paralelos de
comprimentos diferentes. Aqui consideramos que o traço maior represente o polo
positivo. Vemos que, no que diz respeito à corrente, podemos pensar em um
receptor como se fosse um gerador ligado com os polos trocados.

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Conteúdo Fórmulas

Equação do receptor U=ξ+r.i

Potência útil Pu = ξ . i

Potência total Ptotal = U . i

Potência dissipada Pd = r . i 2

ξ
Rendimento η = ——
U

Motores eléctricos são exemplos de transformação de energia eléctrica em


energia mecânica,como acontece com ventiladores, bombas de água e carros
eléctricos.

4 POTENCIAL ELÉTRICO

Se colocarmos uma carga elétrica Q qualquer sobre uma determinada região

do espaço e essa carga ficar sujeita à ação de uma força elétrica F , podemos dizer

que neste ponto existe um campo elétrico E . Isso ocorre porque a carga sofre uma
atração ou repulsão elétrica, proveniente de outra carga qualquer.
O sentido da força indica o sentido do campo elétrico. Se a carga for positiva,
o campo terá o mesmo sentido da força; se a carga for negativa, o campo terá
sentido inverso. Observe a Figura 7:

Figura 7: Força aplicada sobre carga imersa em campo


Fonte: Primária

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A equação que define o potencial elétrico gerado por uma carga puntiforme
de valor Q, a uma distância d da carga é:

k ⋅Q
V =
d

O símbolo de potencial elétrico é o V, sua unidade é o Volt (V), define-se


potencial elétrico como a capacidade de uma carga em realizar trabalho.

5 DIFERENÇA DE POTENCIAL OU TENSÃO ELETRICA

Observe a Figura 8:

Figura 8: Carga de prova em região de campo


Fonte: Primária

Diferença de potencial entre dois pontos A e B é o trabalho realizado para


deslocar uma carga elétrica do ponto A até o ponto B. O símbolo e a unidade são os
mesmos do potencial elétrico. Normalmente a diferença de potencial é abreviada
para ddp ou então chamada de tensão elétrica. Observe a Figura 9:

Figura 9: Diferença de potencial


Fonte: Primária

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5.1 Fontes de tensão

Os dispositivos capazes de manter entre seus terminais uma diferença de


potencial constante são chamados de fontes e podem ser de tensão contínua ou
alternada.
As fontes de tensão são os elementos que fornecem energia aos circuitos
elétricos e podem obter essa energia de diferentes formas. Os geradores, por
exemplo, convertem a energia mecânica provinda de turbinas ou motores em
energia elétrica. As fontes de laboratório retiram energia das instalações elétricas
para fornecer energia a circuitos em níveis diferente de tensão (5 ou 12 V).

6 CORRENTE ELÉTRICA

A Diferença de potencial (ddp) entre dois pontos em um condutor A B um


campo elétrico propaga-se em seu interior, ordenando os elétrons a movimentar-se
fazendo um fluxo de carga elétrica, do ponto A ao ponto B, para esse fluxo de carga
elétrica denominamos a corrente elétrica, sendo , é a velocidade com que os
elétrons se deslocam. O símbolo da corrente é I e a unidade é o ampère (A), em
homenagem ao físico francês André Ampère (1775-1836). A equação que define a
corrente elétrica é:

∆Q
I=
∆t

6.1 Materiais Ôhmicos

Se tomarmos um pedaço de material condutor qualquer e aplicarmos sobre


ele uma diferença de potencial, haverá uma circulação de corrente. Se dobrarmos a

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tensão aplicada e a corrente que circula for o dobro também, temos um material dito
ôhmico.
Assim, material ôhmico é todo aquele que possui uma relação linear entre a
tensão aplicada e a corrente elétrica surgida. Na Figura 10, é mostrado um exemplo
de curva V x I de um material ôhmico e de um não-ôhmico.

Figura 10: Materiais ôhmicos e não-ôhmicos


Fonte: Primária

Normalmente os condutores se apresentam como materiais ôhmicos para


grande faixa de tensão aplicada.

6.2 Resistência elétrica

A Resistência elétrica é entendida como a oposição do material à passagem


de corrente elétrica, ou apenas limitar a intensidade de corrente elétrica. Seu
símbolo é R e sua unidade é o Ohm (Ω).
Algebricamente temos:

V
R=
I

Para um material ôhmico, a resistência será sempre constante, pois a relação


entre tensão e corrente é constante.

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6.3 Lei de Ohm

Pelo circuito representado na figura 11, quando é aplicada uma diferença de


potencial V sobre um elemento qualquer de resistência R, haverá a circulação de
uma corrente I, dada pela Lei de Ohm. As linhas que interligam a fonte à resistência,
para efeito de análise, são consideradas condutores perfeitos, isto é os fios
condutores.

Figura 11: Circuito elétrico simples


Fonte: Primária

Podemos descrevê-la algebricamente:

V=RxI

Figura 12: Triângulo da Lei de Ohm


Fonte: Primária

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Exercícios:

1. Quando submetido a uma diferença de potencial de 5,0 V, um condutor é


percorrido por uma corrente elétrica de 25 mA. Se submetido à diferença de
potencial de 25 V, é percorrido por uma corrente elétrica de 100 mA.

a) Qual o valor da resistência elétrica desse condutor em cada caso?


b) Esse condutor é ôhmico neste intervalo?

2. A tabela abaixo nos mostra o valor da d.d.p. a que um resistor é submetido e a


correspondente intensidade elétrica que o atravessa:

V 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0


(V)
I 10 20 30 40 46 50
(A) 0 0 0 0 0 0

a) Qual o valor da resistência elétrica desse resistor em cada caso?


b) Construir um gráfico VxI.
c) Esse resistor é ôhmico?

3. Um resistor tem uma resistência de 150 Ω.


a) Qual é a corrente que o percorre quando submetido a uma tensão de 6,0
V?
b) Qual a diferença de potencial a que esse resistor deve estar submetido
para ser percorrido por uma corrente de intensidade i= 800 mA?

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7 RESISTIVIDADE

A resistividade do material é o que encontramos de resistência do próprio


material (dado a seguir na tabela abaixo) que ao aplicar uma tensão (V), ocorre à
circulação de corrente (A) na qual circulam elétrons e como já vimos no capitulo
anterior dependendo da ultima camada de valência é determinado os elétrons livres.
O que caracteriza os materiais é a resistividade, de símbolo ρ letra grega
chamada rô, que na verdade é sua resistência expressa em função do seu
comprimento e de sua seção transversal, dependendo diretamente á temperatura
que o mesmo é submetido. A Figura 13 mostra a representação dessas grandezas.

Figura 13: Resistividade em condutores


Fonte: Primária

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Tabela com valores de resistividade de alguns materiais:

Características dos principais condutores


Resistividade - Condutividade - Coeficiente de Temperatura -
Material mm2/m S.m/mm2 oC-1

Alumínio 0,0292 34,2 0,0039


Bronze 0,067 14,9 0,002
Cobre puro 0,0162 61,7 0,00382
Cobre duro 0,0178 56,1 0,00382
Cobre recozido 0,0172 58,1 0,00382
Constantan 0,5 2 0,00001
Estanho 0,115 8,6 0,0042
Grafite 13 0,07 0,0005
Ferro puro 0,096 10,2 0,0052
Latão 0,067 14,9 0,002
Manganina 0,48 2,08 0
Mercúrio 0,96 1,0044 0,00089
Nicromo 1,1 0,909 0,00013
Níquel 0,087 10,41 0,0047
Ouro 0,024 43,5 0,0034
Prata 0,00158 62,5 0,0038
Platina 0,106 9,09 0,0025
Tungstênio 0,055 18,18 0,0041
Zinco 0,056 17,8 0,0038

Assim quanto mais longo for o condutor, maior será a dificuldade da corrente
elétrica atravessá-lo, logo a resistência será maior. Por outro lado, quanto maior for
a área da seção transversal, mais elétrons poderão passar ao mesmo tempo,
diminuindo a resistência. Chega-se, então, à equação:

l
R= ρ⋅
S

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Exercícios:

1. Dispõe-se de um fio condutor de cobre ( ρ Cu = 0,17 x 10⁻⁹ Ω.mm² / m ) de


seção circular de 1,0 mm de diâmetro.
a) Qual deve ser o comprimento desse fio para se obter uma resistência elétrica
de 1,0 Ω?
b) Qual deveria ser o diâmetro de um fio condutor de Níquel - Cromo ( ρ Ni-Cr
=1,5 x 10⁻⁶ Ω.mm² / m) para se obter a mesma resistência com o mesmo
comprimento do fio condutor de cobre?

2. Calcular a resistência de um condutor de Ferro ( ρ Fe = 1,0 x 10⁻⁷ Ω.mm² / m)


que possui comprimento de 5m e área de seção transversal igual á 1,5 mm ².

3. Um fio condutor de Aluminio ( ρ Al = 0,28 x 10⁻⁹ Ω.mm² / m) de 11 m de


comprimento e seção 0,5 mm² é submetido a uma tensão de 12 V. Determinar o
valor da intensidade de corrente que passará neste condutor.

4. Calcule o comprimento que deve ter um fio condutor de Cobre


( ρ Cu = 0,17 x 10⁻⁹ Ω.mm² / m ) de seção 3,0 mm², a fim de apresentar o valor
de resistência de 5Ω.

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8 CONDUTÂNCIA ELÉTRICA

A condutância é a propriedade que um corpo apresenta em relação à


passagem da corrente elétrica. É o inverso da resistência elétrica (propriedade que
um material apresenta para dificultar a passagem de corrente elétrica). Portanto,
podemos concluir que: quanto maior a resistência elétrica, menor é a condutância e
quanto menor a resistência elétrica, maior é a condutância.
Os materiais isolantes ou dielétricos têm uma resistência elétrica elevada e por isso
uma condutância reduzida ou mesmo nula. Contrariamente, os materiais com
condutância elevada são os que deixam circular melhor a corrente, tendo por isso
uma resistência menor.
Nas fórmulas matemáticas, a grandeza condutância é representada pela letra G. No
sistema Internacional (S.I.), a unidade com que a condutância é medida chama-se
siemens e representa-se pela S. Como exemplo, podemos escrever:
Condutância de 2200 siemens G = 2200S.
O melhor condutor elétrico conhecido (a temperatura ambiente) é a prata.
Este metal, no entanto, é excessivamente caro para o uso em larga escala. O cobre
vem em segundo lugar na lista dos melhores condutores, sendo amplamente usado
na confeção de fios e cabos condutores. Logo após o cobre, encontramos o ouro
que, embora não seja tão bom condutor como os anteriores, devido à sua alta
estabilidade química (metal nobre) praticamente não oxida e resiste a ataques de
diversos agentes químicos, sendo assim empregado para banhar contatos elétricos.
O alumínio, em quarto lugar, é três vezes mais leve que o cobre,
característica vantajosa para a instalação de cabos em linhas de longa distância.
Abaixo se apresentam alguns materiais e respectivas resistividades em Ωm :

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Material Resistividade (Ω-m) a 20 °C Coeficiente*


Prata 1.59×10−8 .0038
Cobre 1.72×10−8 .0039
Ouro 2.44×10−8 .0034
Alumínio 2.82×10−8 .0039
Tungstênio 5.60×10−8 .0045
Niquel 6.99×10−8 ?
Latão 0.8×10−7 .0015
Ferro 1.0×10−7 .005
Estanho 1.09×10−7 .0045
Platina 1.1×10−7 .00392
Chumbo 2.2×10−7 .0039
Manganin 4.82×10−7 .000002
Constantan 4.9×10−7 0.00001
Mercúrio 9.8×10−7 .0009
Nicromo 1.10×10−6 .0004
Carbono 3.5×10−5 -.0005
Germânio 4.6×10−1 -.048
Silício 6.40×102 -.075
Vidro 1010 a 1014 ?
Ebonite approx. 1013 ?
Enxofre 1015 ?
Parafina 1017 ?
Quartzo (fundido) 7.5×1017 ?
PET 1020 ?
Teflon 1022 a 1024 ?

Para calcular a condutância de um determinado condutor, temos que saber o


valor da sua resistência. Assim, e sabendo que a condutância é o inverso da
resistência, chegamos à seguinte fórmula:

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Se tivermos, por exemplo, um condutor em que a resistência seja igual a 10Ω, substitui o
R de resistência por 10Ω e obtemos o seguinte cálculo:

Com este cálculo concluímos que um condutor com uma resistência de 10Ω, tem uma
condutância de 0,1 siemens. O instrumento para ensaios de condutância é o condutivímetro.

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Exercício

01) Calcule o valor da condutância dos condutores, cujas suas resistências


são de:
A) 10ohm=
B) 2.2kohm=
C) 80mOhm=
D) 5kohm=
E) 100uohm=

02) Encontre a resistência de um condutor, que tem uma condutância de


50uS?

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9 POTÊNCIA ELÉTRICA

A potência é uma grandeza que mede quanto trabalho pode ser realizado em
determinado período de tempo, no sistema internacional de medidas SI é o Watt
(W).
A potência consumida por um sistema ou dispositivo elétrico é determinada
em função dos valores de tensão (V) e corrente (A). A primeira equação se dá:

P= VxI (W)

Substituindo diretamente pela Lei de Ohm, podemos expressa-la de duas


formas:
V2
P=
2º P = I .R
2
1º R

Para facilitar o entendimento tem- se os triângulos para estas expressões,


conforme figura 14:

Figura 14: Triângulos da equação da potência


Fonte: Primária

Também conhecemos outras unidades de potência, como o Horse-Power


(HP) e o Cavalo- Vapor (CV). Quando encontramos a potência expressa pelas
seguintes unidades deve-se primeiramente converte-las para Watt. A relação entre
elas se dá a seguir, onde:

1HP = 746 W
1CV = 736W

Exemplos:

1. Qual é a corrente que circula por uma lâmpada de 100 W alimentada por uma
tensão de 220 V?

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P 100
I= = = 0,455 A ⇒ I = 455 mA
V 220

2. Qual é a resistência de uma lâmpada de 25 W alimentada por uma tensão de


220 V?

V 2 220 2
R= = = 1936 Ω ⇒ R = 1,936 kΩ
P 25

3. Calcular a corrente absorvida por um motor de 5CV ligado em 220V.

V= 220V
P= 5CV = 5 x 736 = 3680 W
I=?
P = VxI .: 3680 = 220 x I .: 220 x I = 3680 .: I = 3680 / 220 = 16,72 A

Utilizando a fórmula correta facilmente foi encontrada a corrente, que se dá o


valor de I = 16,72 A.

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Exercícios:

1. Calcular a corrente absorvida por uma lâmpada de 150W, quando ligada a uma
tensão de 127 V.

2. Calcular o valor de resistência quando, dissipa 50W de potência quando aplicada


uma tensão de 220V.

3. Um resistor de 2,2 kΩ esta dissipando uma potencia de 1W. Encontre o valor de


corrente que circula no resistor?

4. Calcular a potencia em CV de um motor de potencia igual á 35kW.

5. Calcular a potencia em HP de um elemento que é capaz de fornecer 31A de


corrente, em uma tensão aplicada de 12V.

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10 CIRCUITOS ELÉTRICOS

Circuito elétrico é aquele capaz de transportar, converter ou absorver energia


elétrica. Sendo definido pelas Leis de Kirchhoff.
Assim, um ventilador ligado a uma tomada pode ser entendido como um
circuito elétrico, da mesma forma que o circuito formado pela lâmpada e a bateria de
uma lanterna.
Para podermos estudar os tipos de circuitos elétricos sendo eles: Circuito
Série, Circuito Paralelo e Circuito Misto,
Precisamos entender alguns conceitos.

10.1 Corrente contínua e corrente alternada

Os circuitos em corrente contínua são aqueles cuja corrente elétrica possui


um único sentido de circulação, ou então, que a tensão das fontes não tem inversão
de polaridade, sendo eles circuitos alimentados por pilhas e baterias ou geradores
de corrente contínua. Normalmente, para esses circuitos, a tensão é constante, não
varia com o tempo, mas pode também ser pulsante, como é mostrado na Figura 15:

Figura 15: Formas de onda contínuas


Fonte: Primária

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Os circuitos de corrente alternada são aqueles em que a corrente inverte seu


sentido de circulação ou a tensão da fonte inverte sua polaridade a intervalos
regulares. Todo nosso sistema elétrico de potência funciona em corrente alternada.

Figura 16: Forma de onda senoidal


Fonte: Primária

O tempo que a onda leva para completar um ciclo é chamado de período e a


freqüência, medida em hertz (Hz) é o número de ciclos que a onda completa em 1
segundo. A nossa rede elétrica é alimentada com a freqüência de 60 Hz, ou seja, 60
ciclos por segundo. Outros países, como a Argentina e o Paraguai, utilizam
freqüência de rede de 50 Hz.
Para aumentar a potencia das Centrais Hidroelétricas é necessário aumentar
a freqüência.

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10.2 Simbologia de circuitos elétricos

A Tabela abaixo mostra alguns desses símbolos.

Elemento Símbolo Elemento Símbolo

Medidor de
Fonte de
tensão
tensão contínua
(voltímetro)

Medidor de
Fonte de corrente
tensão alternada (amperímetr
o)

Medidor de
Fonte de
resistência
corrente
(ohmímetro)

Resistência
Bateria
fixa

Aterramento
Chave
elétrico ou
elétrica
referência
Fonte: Primária

10.3 Elementos ativos e passivos

Elemento ativo é capaz de fornecer energia a outros elementos, como as


fontes e baterias, diferente do elemento passivo que apenas absorve energia,
dissipando na forma de calor, convertendo em outra forma de energia ou
armazenando de alguma forma.

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As baterias, por exemplo, podem atuar em circuitos como elementos


passivos, quando estão sendo carregadas. Já as resistências somente podem
dissipar energia, sendo sempre passivas.
Para reconhecer um elemento ativo ou passivo, pode-se seguir a regra
mostrada na Figura 16, que vale para o sentido convencional de circulação de
corrente.

Figura 16: Elemento passivo e ativo


Fonte: Primária

10.4 Tipos de circuitos elétricos

-Primeira Lei de Kirchhoff.


Lei dos Nós.

A intensidade de corrente que chega a um determinado ponto é a mesma que


sai.
Sendo assim descrevemos:

I1 I1

It
It
I2 I2

I3 I3
I1 + I2 + I3 = It
It= I1 + I2 + I3

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- Segunda Lei de Kirchhoff


Lei das Malhas.

A tensão total de uma malha é igual á soma das tensões parciais.


Sendo assim a descrevemos:

Vt = V1 + V2 + V3

10.5 Circuito de ligação série

São os circuitos que são ligados de tal forma que a corrente que os atravesse
seja a mesma. Observe a Figura 17.

Figura 17: Circuito série


Fonte: Primária

A corrente I1 atravessa a resistência R1 e a corrente I2 a resistência R2.


Como se pode perceber, não há outro caminho que I1 possa fazer a não ser passar
por R2. Da mesma forma, I2 deve passar também por R1. Logo, chega-se à
conclusão que:

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I = I1 = I 2

A tensão V1 é a tensão aplicada sobre R1 e V2 sobre R2. Observando a


disposição de V1, V2 e V, chega-se à conclusão que a tensão total V é a soma de
V1 e V2, ou seja:

V = V1 + V2

Consideremos que o circuito da Figura pode ser simplificado por uma única
resistência, chamada REQ, que represente todo o circuito, como mostra a Figura 18:

Figura 18: Circuito equivalente


Fonte: Primária

A resistência equivalente (req) é a soma do valor das resistências


encontradas no circuito. Sendo que em cada uma aparece o que denominamos
queda de tensão, e a soma das quedas dá o valor da tensão total apresentada no
circuito.

Figura 19: Circuito série genérico


Fonte: Primária

Assim, para “N” resistências ligadas em série, o valor da associação


equivalente será:

R EQ = R1 + R2 + L + R N

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É importante observar que a associação de resistências em série não é feita


para a substituição das resistências por uma única, mas como ferramenta de análise
de circuitos elétricos.

Exemplo:

1. Calcule o valor da resistência equivalente para o circuito abaixo:

R EQ = R1 + R2 + R3 = 100 + 470 + 1500 = 2070 Ω ⇒ R EQ = 2,07 kΩ

10.6 Circuito de ligação paralela

A forma mais comum de ligação de elementos de circuito é a paralela, em que


os dois terminais dos componentes são interligados, conforme Figura 20:

Figura 20: Circuito paralelo


Fonte: Primária

Como é possível perceber, a tensão aplicada sobre R1 é igual à tensão


aplicada sobre R2, já que os pontos + e – de potencial estão interligados. Assim,
para uma ligação paralela vale a relação:

Vt = V1 = V2

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Observando as correntes, percebe-se que a corrente total It separa-se na


junção das duas resistências, passando uma parte por R1 e outra parte por R2, para
novamente se juntar na saída. Assim:

It = I 1 + I 2

Na ligação paralela a tensão da fonte é aplicada diretamente sobre as cargas,


neste caso as resistências. Se forem lâmpadas, cada uma receberá a tensão para a
qual foi projetada, conforme a Figura 21.

Figura 21: Exemplo de ligação paralela


Fonte: Primária

É possível calcular a resistência equivalente para associação paralela. Assim,


para “n” resistências em paralelo, o equivalente será:

Figura 22: Circuito paralelo genérico


Fonte: Primária

1
Req =
1 1 1
+ +L+
R1 R2 RN

Se fizermos a associação de apenas duas resistências, podemos simplificar a


expressão anterior.

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Figura 23: Circuito paralelo com 2 resistências


Fonte: Primária

R1 ⋅ R2
Re q =
R1 + R2

Exemplos:

1. Calcule a associação de 3 resistências em paralelo de valores 100 Ω, 330


Ω e 680 Ω.

1 1
Req = = ⇒ Req = 68,96 Ω
1 1 1 1 1 1
+ + + +
R1 R2 R3 100 330 680

2. Calcule a associação paralela de 2 resistores de 560 Ω e 1,5 kΩ.

R1 ⋅ R2 560 ⋅ 1500
Re q = = ⇒ Re q = 407,77 Ω
R1 + R2 560 + 1500

3. Calcule a associação de 6 resistências de 68 Ω em paralelo.

R 68
R EQ = = ⇒ R EQ = 11,33 Ω
N 6

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10.7 Circuito de ligação mista

É o circuito formado pela combinação dos dois tipos de circuitos estudados


anteriormente, sendo eles Circuito ligação série e Circuito ligação paralela.
Segue abaixo o desenho de um circuito misto.

Figura 24:
Fonte: Primária

10.8 Conceito de curto-circuito

O curto-circuito é na verdade, uma ligação entre dois pontos de diferentes


potenciais através de uma resistência muito baixa.
Assim, se ligarmos um fio de baixa resistência em paralelo com uma lâmpada,
por exemplo, estaremos “curto-circuitando” os terminais da lâmpada.
Isto significa que a corrente elétrica, que normalmente passaria pelo filamento
da lâmpada, passará pelo curto-circuito, pois sua resistência é menor.Como a
resistência do curto-circuito é muito baixa, a corrente acaba sendo elevadíssima,
causando prejuízos e riscos aos equipamentos e aos usuários. Observe a Figura 25.

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Figura 25: Curto-circuito


Fonte: Primária

10.9 Sistemas monofásicos e trifásicos

Um sistema monofásico, composto por uma única fase, tem sua característica
por ter uma única tensão senoidal (em 60 Hz). Os sistemas trifásicos possuem 3
tensões senoidais de mesmo valor eficaz e defasadas entre si de um ângulo de
120º.
Para compor um sistema monofásico, basta que se tenha um único condutor
alimentado com tensão e outro para o retorno de corrente, para que se feche o
circuito, lembrando que a corrente elétrica circula pelos condutores. Assim, os
sistemas monofásicos podem ser constituídos por um condutor energizado,
chamado de fase e outro condutor não energizado chamado de neutro. Da mesma
forma, pode-se conseguir um sistema monofásico pelo uso de dois condutores
energizados, porém provenientes de fases diferentes da rede. A Figura 26 mostra
esses sistemas.

Figura 26: Ligações monofásicas


Fonte: Primária

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Um sistema trifásico, por sua vez, é composto de três condutores, não


havendo a necessidade de retorno para a corrente, pois as correntes, uma para
cada fase, circulam de uma fase para a outra, sempre defasadas 120º. O neutro
pode compor um sistema trifásico para, juntamente com o sistema trifásico haver a
composição de um sistema monofásico. Observe a Figura 27.

Figura 27: Ligações trifásicas


Fonte: Primária

11 INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO

Para a detecção de falhas é necessário realizar medições, visto que as


variáveis elétricas não são visíveis, mas para que aconteça uma medição correta
devemos conhecer as grandezas a serem medidas, os valores de escala que serve
para indicar qual é o máximo valor que pode ser medido com aquele equipamento.
O instrumento mais comum para medição de grandezas elétricas é o
multímetro, que possui varias das funções integradas de voltímetro (tensão),
amperímetro (corrente) e ohmímetro (resistência), podendo agregar outras funções
como capacímetro (capacitância), frequêncímetro (frequência), teste de diodos e
transistores e teste de continuidade. A Figura 28 mostra alguns tipos de multímetros.

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Figura 28: Multímetros digitais portáteis

Os multímetros podem ser com seleção de grandeza e escala por disco


seletor ou com escala automática.
A Tabela abaixo mostra as grandezas a serem medidas e as marcações mais
comuns em equipamentos de medição comerciais.

Grandeza Indicação no multímetro Un


idade
Tensão contínua VDC, DCV, V-- VD
C
Tensão alternada VAC, ACV, V~ VA
C
Corrente contínua ADC, DCA, A-- AD
C
Corrente alternada AAC, ACA, A~ AA
C
Resistência Ω Ω
Continuidade Ω
Teste de diodos m
V
Ganho de transistores hFE V/
V
Capacitância CAP, F, µF
Freqüência Hz, FREQ Hz
Temperatura TEMP, oC, oF oC
, K, oF
Fonte: Primária

Outro equipamento comum em ambiente industrial são os alicates-


amperímetros, que possuem uma garra de medição de corrente que permite medir a
corrente que atravessa um condutor ou barramento sem a necessidade de
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interromper o circuito. Utiliza o efeito de indução eletromagnética que será visto mais
adiante. A Figura 29 mostra um modelo de alicate-amperímetro.

Figura 29: Alicate-amperímetro

O analisador de energia permite monitorar, registrar e analisar a qualidade da


energia consumida. A necessidade de tal equipamento, que envolve um custo mais
alto para aquisição, dá-se pela quantidade de energia não-linear que é consumida
pelos reatores eletrônicos, inversores de freqüência, conversores, fontes CC e
outras cargas que devolvem à rede uma grande quantidade de harmônicas de rede
de alta freqüência. Os principais problemas gerados pelas harmônicas de freqüência
são o aumento de perdas, a queima de equipamentos por surtos de tensão e
corrente e a atuação indevida de equipamentos de proteção. A Figura 30 mostra um
modelo de analisador de energia e suas formas de onda.

Figura 30: Analisador de energia e formas de onda

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Exercício:

Faça uma pesquisa na internet sobre as funções de um multímetro e


apresente também uma tabela com a relação grandeza e unidade de medida.

12 CONCEITOS SOBRE INSTALAÇÕES ELETRICAS

Quando pensamos em Instalações elétricas nos vem logo em mente


exemplos rotineiros de nosso dia á dia, como por exemplo, as instalações de
tomadas, do chuveiro, das lâmpadas.
Mas isso que nos rodeia é projetado dentro de padrões, elas são conhecidas
através das NBR’s, e regulamentada pela ABNT (Associação Brasileira de Normas
Técnicas).
Para cada padrão existe uma norma em especifico, que ao longo de nossos
estudos as veremos.

12.1 Condutores elétricos

Para definirmos um circuito, devemos verificar a seção mínima dos


condutores, para que suportem condições tais como: temperatura, queda de tensão,
capacidade de suporte para sobre carga, e condução de corrente de curto circuito
por limitado tempo.
Após determinar os critérios acima deve-se adotar como resultado a maior
seção calculada, verificando o valor comercial, e adotando o de seção nominal igual
ou superior.

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12.2 Instalação dos condutores em eletrodutos

Ao definir a quantidade de circuitos, devemos ter atenção por onde ira passar
os condutores os chamamos de eletrodutos, para cada eletroduto pode ser passado
o numero máximo de três circuitos. Respeitando que para cada eletroduto devem
ser deixados 40% de espaçamento livre, para não haver entupimento de eletroduto,
vulgarmente chamado de “garganta”.

12.3 Iluminação NBR – 5410

Devemos estabelecer pelo menos um ponto de luz fixo no teto para cada
dependência, havendo o comando por interruptor de parede.
A potencia mínima deve ser conferida de acordo com o tamanho do cômodo
determinado, sendo assim:
- recintos com área igual ou inferior a 6 m² : a potencia mínima exigida é de
100 VA.
- recintos com área superior a 6 m²: o mínimo de 100 VA para os primeiros 6
m² , acrescente 60 VA para cada aumento de 4m² inteiros.

*NBR 5413:92 - Iluminâncias de interiores – procedimento.

12.4 Tomadas

Nas instalações elétricas, também são dimensionadas tomadas, e devemos


respeitas as normas de instalações das mesmas.

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Tomadas de Uso Geral (TUG): são aquelas utilizadas na ligação de aparelhos


portáteis, os conhecidos eletrodomésticos, por exemplo: televisão, enceradeiras,
aspiradores de pó, ferro de passar roupa.

Devemos também respeitar as normas de instalações:

a) Em salas e dormitórios: um ponto de tomada a cada 5 m, espaçadas no


perímetro. Potencia mínima da tomada 100 VA.
b) Cozinhas, copas, área de serviço: uma tomada para cada 3,5 m de perímetro, e
em cima da bancada da pia mínimo de duas tomadas. Potencia mínima de 600
VA por tomada, para as três primeiras tomadas, para as de mais 100 VA.
c) Banheiros: uma tomada no mínimo, perto do lavatório com a distancia mínima de
60 cm do Box, independente da área. Potencia mínima da tomada 100 VA.
d) Varandas, garagens, no mínimo uma tomada, independente do perímetro.
Potencia mínima da tomada 100 VA.

Tomadas de Uso Especifico: como o próprio nome sugere, destinadas a


ligação de equipamentos fixos, ou estacionários, por exemplo: ar condicionado,
secadoras, forno de microondas, lavadoras de roupas.
A quantidade é estabelecida de acordo com o numero de aparelhos que serão
utilizados, devem ser localizados 1,5m do ponto previsto para o equipamento.
A potencia para estabelecer as TUE’s , deve-se atribuir a potencia nominal do
aparelho a ser conectado.

*NBR 14136:02 - Plugues e tomadas para uso doméstico e análogo até 20


A/250 V em corrente alternada - Padronização

Ao realizar um projeto elétrico, devemos sempre obedecer a previsão de


cargas ( soma das potencias nominais de cada aparelho elétrico), que consta na
contagem da quantidade de aparelhos domésticos que serão utilizados naquela
residência ou industria, sempre atento as potencias dos mesmos.

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12.5 Interruptores

- Simples de uma secção: liga apenas uma lâmpada em um circuito simples.


- Simples de duas secções: liga duas lâmpadas em um circuito simples ou duplo.
- Simples de três secções: liga três lâmpadas, podendo ser elas interligadas, ou
separadas uma a uma.
- Interruptores paralelos ou tree way (três vias): utilizados quando queremos
comandar uma ou duas lâmpadas de dois pontos diferentes.
- Interruptores Intermediários: usados para instalar uma ou mais lâmpadas, por três
ou mais pontos diferentes. Instalados entre dois interruptores paralelos. Geralmente
usado em garagem onde liga quando entramos e desliga em outro cômodo da
residência.

12.6 Campainhas

Utilizadas para sinalizar, nas residências se faz necessário na instalação


conectar o condutor neutro no pulsador, evitando assim choques elétricos ao botão
ser acionado. Nas industrias, é utilizado não apenas como sinal sonoro, mas
também com sinal de luminosidade, devido o ruído que as maquinas emitem.

12.7 Fotocélula

Encontradas em lugares onde se deve iluminar mesmo ao entardecer, como


exemplos citam as lâmpadas de postes de iluminação publica, as vias devem ser
sinalizadas de forma que não promova acidentes, utiliza-se a foto célula neste caso
devido a sua funcionalidade, é regulada de forma que quanto menos luz no seu
receptor, ela acende instantaneamente. Sendo esta regulável.

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12.8 Minuteria

Encontrada por exemplo em corredores de apartamentos, quando acionadas


elas demoram um tempo para desligar a lâmpada, deixando o corredor iluminado
tempo suficiente, contribuindo assim para economia consumo de energia elétrica.

12.9 Sensores de Temperatura

- Sensores de temperatura tipo bulbo de resistência


Um dos métodos elementares para medição de temperatura envolve
mudança no valor da resistência elétrica de certos metais com a temperatura. São
comumente chamados de bulbo de resistência e por suas condições de alta
estabilidade erepetibilidade, baixa contaminação, menor influência de ruídos e
altíssima precisão, são muito usados nos processos industriais. Essas
características aliadas ao pequeno desvio em relação ao tempo o tornou Padrão
Internacional (ITS-90) para a medição de temperatura na faixa de -259,3467ºC a
961,78ºC.

- Princípio de funcionamento
As termoresistências ou bulbos de resistência ou termômetro de resistência
ou RTD, são sensores que se baseiam no princípio de variação da resistência
ôhmica em função da temperatura. Elas aumentam a resistência com o aumento da
temperatura. Seu elemento sensor consiste de uma resistência em forma de fio de
platina de alta pureza, de níquel ou de cobre (menos usado) encapsulado num bulbo
de cerâmica ou de vidro. Entre estes materiais, o mais utilizado é a platina pois
apresenta uma ampla escala de temperatura, uma alta resistividade permitindo
assim uma maior sensibilidade, um alto coeficiente de variação de resistência com a
temperatura, uma boa linearidade resistência x temperatura e também por ter rigidez
e dutibilidade para ser transformada em fios finos, além de ser obtida em forma
puríssima. Padronizou-se então a termoresistência de platina. A equação

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matemática que rege a variação de resistência em função da temperatura chama-se


de equação Callendar-Van Dusen e que está mostrada abaixo:
Para o range de - 200 a 0ºC:
Rt = R0 . [1 + At + Bt2 + Ct3 . (t - 100)]

- Construção Física do Sensor


O bulbo de resistência se compõe de um filamento, ou resistência de Pt, Cu
ou Ni,com diversos revestimentos, de acordo com cada tipo e utilização.
As termoresistências de Ni e Cu têm sua isolação normalmente em esmalte,
seda, algodão ou fibra de vidro. Não existe necessidade de proteções mais
resistentes à temperatura, pois acima de 300ºC o níquel perde suas características
de funcionamento como termoresistência e o cobre sofre problemas de oxidação em
temperaturas acima de 310ºC.
Os sensores de platina, devido a suas características, permitem um
funcionamento
até temperaturas bem mais elevadas, têm seu encapsulamento normalmente em
cerâmica ou vidro. A este sensor são dispensados maiores cuidados de fabricação
pois, apesar do Pt não restringir o limite de temperatura de utilização, quando a
mesma é utilizada em temperaturas elevadas, existe o risco de contaminação dos
fios.

- Elemento isolante tipo vidro de selagem


Ao bobinar o fio de platina, deve-se manter, em cada passo, distância iguais,
como
medida de segurança, evitando, assim, quando submetidos a altas temperaturas,
contactarem entre si e, por conseguinte, não entrarem em curto-circuito. Outro fator
importante em bobinar o fio com distâncias paralelas iguais, é evitar o ruído indutivo.
Por não ter contato direto com o exterior e apresentar ausência de
condensação em
temperaturas baixas, é utilizado para temperaturas na faixa de - 269,15ºC a 450ºC e
funciona como elemento isolante. Tamanho - O diâmetro varia de 1 mm a 4 mm, e o
comprimento, de 10 mm a 40mm.

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- Elemento isolante do tipo cerâmica


Neste elemento isolante o fio de platina, após bobinar a cerâmica, é envolto
por uma
selagem de cerâmica. Por ser o coeficiente de dilatação da cerâmica muito pequeno
em relação à platina, ao bobinar, projetar e fazer a construção com fio de
resistência, deve-se levar em consideração a deformação do mesmo, de acordo com
a temperatura de utilização. A faixa de utilização do elemento isolante tipo cerâmica
é de até 800ºC. Tamanho - Diâmetro 1,6 mm a 3 mm, comprimento de 20 mm a 30
mm.

- Bulbo de resistência tipo isolação mineral (Bainha)


Neste tipo de bulbo de resistência, coloca-se o elemento isolante e o condutor
interno dentro de um tubo fino de aço inoxidável com óxido de magnésio ou outros
elementos, de acordo com a necessidade do processo em síntese.
Por não possuir camada de ar dentro do tubo, tem boa precisão na resposta.
Tem grande capacidade para suportar oscilação. Por ser dobrável, de fácil
manutenção e instalação, é utilizado em lugares de difícil acesso. O elemento usado
como protetor do condutor é de tipo vidro de selagem e cerâmica de selagem. O
bulbo de resistência tipo bainha, é fino e flexível. Seu diâmetro varia de 2,0 mm a 4,0
mm.

- Bulbo de Resistência Tipo Pt-100

Características Gerais: a termorresistência de platina é a mais usada


industrialmente devido a sua grande estabilidade e precisão. Esta termorresistência
tem sua curva padronizada conforme norma DIN-IEC 751-1985 e tem como
características uma resistência de 100a 0ºC. Convencionou-se chamá-la de Pt-100,
(fios de platina com 100a 0ºC).
Sua faixa de trabalho vai de -200 a 650ºC, porém a ITS-90 padronizou seu uso até
962ºC aproximadamente. Os limites de erros e outras características das
termorresistências, são referentes às normas DIN-IEC 751/1985.
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A seguir encontra-se uma tabela relacionando a variação de resistência com a


temperatura conforme norma DIN seguidos pelos principais fabricantes no Brasil.

- Recomendações na Instalação de Bulbos de Resistência

Para que se tenha um perfeito funcionamento do sensor, são necessários


certos
cuidados de instalação, bem como armazenagem e transporte, conforme segue:
deve-se especificar materiais da proteção e ligações capazes de operar na
temperatura de operação requerida.
O sensor deve ser imerso completamente no processo, para se evitar a perda
de calor por condução pelos fios e bainha. Para tal, um comprimento mínimo de
imersão e o uso de materiais de proteção com boa condutibilidade térmica também
são recomendados.
Deve-se evitar choques mecânicos nas peças, pois estes podem danificar o
sensor.
Deve-se utilizar fios de cobre de mesmo comprimento e diâmetro para a
interligação da termorresistência.
Zonas de estagnação ou com baixas velocidades do fluido em contato com o
sensor, não devem ser utilizadas devido ao retardo e os erros causados à medição.
Na ligação a 3 fios, se for necessário a troca de um dos fios de interligação;
recomenda-se trocar os 3 fios para que se tenha igualdade em seus valores
ôhmicos.
Em locais sujeitos a ruídos internos, recomenda-se o uso dos cabos blindados
e torcidos. Em locais sujeitos a vibração, deve-se utilizar sensor com isolação
mineral.

- Vantagens e Desvantagens na Escolha do Bulbo de Resistência

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Vantagens:
a) Possuem maior precisão dentro da faixa de utilização do que outros tipos de
sensores.
b) Tem boas características de estabilidade e repetibilidade.
c) Com ligação adequada, não existe limitação para distância de operação.
d) Dispensa o uso de fios e cabos especiais, sendo necessário somente fios de
cobre comuns.
e) Se adequadamente protegido (poços e tubos de proteção), permite a utilização
em qualquer ambiente.
f) Curva de Resistência x Temperatura mais linear.
g) Menos influência por ruídos elétricos.
B - Desvantagens
a) São mais caros do que os outros sensores utilizados nesta mesma faixa.
b) Baixo alcance de medição (máx. 630ºC).
c) Deterioram-se com mais facilidade, caso ultrapasse a temperatura máxima de
utilização.
d) É necessário que todo o corpo do bulbo esteja com a temperatura estabilizada
para a correta indicação.
e) Possui um tempo de resposta elevado.
f) Mais frágil mecanicamente.
g) Autoaquecimento, exigindo instrumentação sofisticada.

- Sensores de Temperatura Tipo Termopar

A medição de temperatura também pode ser feita pela obtenção de uma força
eletromotriz gerada quando dois metais de natureza diferente tem suas
extremidades unidas e submetidas à temperaturas distintas. Isto ocorre devido aos
metais distintos possuírem densidades de elétrons livres específicos e quando
unidos em suas extremidades provocar migração desses elétrons do lado de maior

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densidade para o de menor densidade ocasionando uma diferença de potencial


entre os dois fios metálicos. Esta diferença de potencial não depende nem da área
de contato e nem de sua forma, mas sim da diferença de temperatura entre as
extremidades denominadas junção quente e fria. Esses sensores são chamados de
termopares e serão objeto de estudo nesse capítulo.

- Efeitos Termoelétricos

Quando dois metais são unidos em suas extremidades e estas mantidas à


diferentes temperaturas, três fenômenos ocorrem simultaneamente que são:
- Efeito Seebeck: esse efeito foi descoberto em 1821 pelo físico alemão T. J.
Seebeck quando ele observou em suas experiências que em um circuito fechado
formado por dois fios de metais diferentes ocorre uma circulação de corrente
enquanto existir uma diferença de temperatura entre suas junções, e que sua
intensidade é proporcional à diferença de temperatura e à natureza dos metais
utilizados. Em 1887, Le Chatelier (físico Francês), utilizou pela primeira vez na
prática essa descoberta ao construir um termopar a partir de fios de platina e platina-
rhodio a 10% para medir temperatura. Esse termopar é ainda hoje utilizado, em
muitos laboratórios, como padrão de referência.
- Efeito Peltier: em 1834, Peltier descobriu que, dado um par termoelétrico
com ambas as junções à mesma temperatura, se, mediante uma fonte externa,
produz-se uma corrente no termopar, as temperaturas das junções variam em uma
quantidade não inteiramente devido ao efeito Joule. A esse acréscimo de
temperatura foi denominado efeito
Peltier.

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13 PROTEÇÃO DE CIRCUITOS

- Dispositivos de proteção e comando: Os principais problemas elétricos são o


curto-circuito, cujo conceito já foi estudado, o sobre-aquecimento, gerado por falta
de ventilação, atrito excessivo, subdimensionamento ou diminuição da capacidade
de dissipação térmica, e a sobrecarga, que consiste em um esforço mecânico
excessivo realizado pelo motor elétrico, gerando aumento substancial de corrente e
conseqüente aquecimento. Note-se que a sobrecarga gera aquecimento, mas nem
todo sobre-aquecimento é gerado por sobrecarga.
Os fusíveis são os dispositivos de proteção mais comuns e mais conhecidos.
Protegem as instalações contra curtos-circuitos e têm a grande desvantagem de, a
cada atuação, terem de ser trocados. São ainda amplamente utilizados na indústria
e os tipos mais comuns são os Diazed, os NH e os Neozed. A Figura 31 apresenta
alguns dos tipos de fusíveis.

Figura 31: Tipos de fusíveis

Os relés térmicos ou de sobrecarga são os dispositivos específicos para


proteger os motores contra este efeito. Funcionam baseados no princípio de
dilatação térmica dos metais e possuem ajuste de corrente de sobrecarga e botões
de rearme e teste.

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Observe a Figura 32:

Figura 32: Relé de sobrecarga

Os disjuntores termomagnéticos possuem as funções integradas de proteção


contra sobrecarga e curto-circuito, além de ser uma opção de seccionamento. Os
disjuntores comuns de residências são termomagnéticos, mas na indústria
comumente se utiliza os disjuntores de padrão IEC (brancos). Para motores, em
substituição a fusíveis e relés de sobrecarga, pode-se utilizar disjuntores-motor, que
tem curvas de atuação especiais para motores e ajuste de corrente. A Figura 33
mostra um minidisjuntor, um disjuntor em caixa moldada e um disjuntor-motor.

Figura 33: Tipos de disjuntores

14 TERMISTORES

São componentes usados como sensores de temperatura, possuindo um


grande valor de coeficiente de temperatura, isso significa que, se a temperatura
variar mesmo de alguns graus a resistência sofrerá uma grande variação. Podem ter
o coeficiente de temperatura positivo, nesse caso são chamados de PTC (Positive
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Coefficent Temperature) ou coeficiente de temperatura negativo, sendo chamados


de NTC( Negative Coefficient Temperature ). Assim alguns podem servir de proteção
contra sobreaquecimento, limitando a corrente eléctrica quando determinada
temperatura é ultrapassada. Outra aplicação corrente, no caso a nível industrial, é a
medição de temperatura (em motores por exemplo), pois podemos com o termístor
obter uma variação de uma grandeza eléctrica em função da temperatura a que este
se encontra. A Figura 34 mostra um modelo de termistor.

fig.34

Fig02: Foto de um termistor ( a ) - Curvas de variação da resistência com temperatura


para NTC e PTC

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15 TESTES

Assinale verdadeiro (V) ou Falso ( F ) para cada afirmativa:

1) Se o comprimento de um fio dobrar a sua resistência dobra de valor ( )

2) Se o diâmetro de um fio dobrar a sua resistência cai pela metade ( )

3) Um NTC é um componente cuja resistência aumenta se a temperatura aumentar


( )

4) Quando uma lâmpada acende a resistência do seu filamento diminui de 10


vezes. ( )

5) Dois condutores , um de cobre e outro de alumínio, tem as mesmas dimensões. O


condutor de cobre terá resistência maior do que o de alumínio ( )

Os termoprotetores protegem equipamentos, principalmente motores e


transformadores, contra sobreaquecimentos de origens diversas. Podem ser
termorresistências, termopares ou termistores e são colocados dentro dos
enrolamentos, pegando sempre o ponto mais quente do equipamento.
São fabricados conforme a classe de isolação do equipamento, segundo
apresenta a Tabela.
Classe Temperatura
(oC)
A 105
E 120
B 130
F 155
H 180
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Fonte: Primária

Os contatores são as principais chaves de manobra nos painéis de comando


de máquinas e instalações. Possuem contatos elétricos que são acionados por um
solenóide, ou seja, pela aplicação de tensão, normalmente de forma remota.
Possuem também contatos auxiliares que permitem comandos secundários, como o
de selo, que mantém o contator acionado mesmo que se utilize um botão pulsante
para ligá-lo. A Figura 35 mostra alguns tipos de contatores.

Figura 35: Tipos de contatores

Outros dispositivos de comando são os botões, dos mais diversos tipos, e as


chaves fim-de-curso e sensores.

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REFERÊNCIAS

AIUB, Jose Eduardo; FILONI, Enio. Eletronica Eletricidade e Corrente Continua.


15º Ed. São Paulo: Érica, 2007.

BOYLESTAD, Robert l. Introdução a Analise de Circuitos. 10º Ed. São Paulo:


Person Prentice Hall, 2008.

FILHO, Domingos Leite Lima. Projetos de Instalações Elétricas Prediais. 11º ed.
São Paulo: É rica, 2008.

GASPAR, Alberto. Fisica Série Brasil Ensino Médio Vol. Único. 1º Ed. São Paulo:
Ática, 2007.

NÓBREGA, Olimpio S; DA SILVA, Eduardo R.; DA SILVA Ruth Hashimoto.


Quimica, Vol. Único. 1º Ed. São Paulo:Ática, 2008.

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