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ELETRICIDADE
- ELE -
MÓDULO: I
Curso: Mecânica
Autor: Prof. Divo Samuel Sauer Coautor: Edson Lacerda de Almeida Júnior
Joinville/2015
2
COOPERATIVA ESCOLA DOS ALUNOS DO CEDUP DÁRIO G. SALLES
COOPERSALLES
SUMÁRIO
Toda matéria é composta por pequenas substâncias que por menores que
elas sejam ainda conservam as suas características, tendo assim as moléculas.
As moléculas são formadas por átomos, e os átomos compostos por demais
partículas fundamentais, chamadas subatômicas como os prótons, elétrons e
nêutrons.
Cada um deles apresenta características distintas. Os prótons e os nêutrons
estão situados no núcleo atômico; já os elétrons ao redor do núcleo, na eletrosfera.
Ernest Rutherford (1871-1937) físico neozelandês verificou o comportamento
das partículas e propôs o seguinte modelo atômico onde o átomo seria formado por
duas regiões, uma central – o núcleo atômico, extremamente compacta, densa e
com carga elétrica positiva - e outra periférica – a eletrosfera, na qual os elétrons
estariam circulando ao redor do núcleo, como planetas ao redor do sol.
Q = Q0 + ∆Q
Como: ∆Q = ± n ⋅ e
Assim: Q = Q0 ± n ⋅ e
Exemplo:
O corpo A, inicialmente carregado com uma carga +Q, entra em contato com
o corpo B, inicialmente neutro. Como os prótons excedentes não podem se mover
por estarem presos ao núcleo há um fluxo de elétrons do corpo B para o corpo A, a
fim de dividir a carga entre os dois corpos. Ao final, os dois ficam carregados
positivamente, porém o corpo B, por ter maior volume, terá maior quantidade de
carga.
Isto ocorre na maior parte dos equipamentos que possuem carcaça metálica,
pois a passagem de energia elétrica pelos circuitos induz o acúmulo de cargas
elétricas em sua estrutura.
Assim, quando tomamos choque numa geladeira, por exemplo, isso ocorre
porque inicialmente houve uma indução de cargas na estrutura, para depois haver
uma passagem de cargas da geladeira para o nosso corpo através do contato.
Exercícios:
2 CAMPO ELÉTRICO
3 ELETROSTATICA E ELETRODINÂMICA
Como Ciências naturais que se apoia nas ciências exatas para estudar as
leis que regem os fenômenos da natureza em nível macroscópico e a nível de
partículas elementares e sub-atômicas, a Física tenta desvendar os mistérios da
natureza. Para estudar a Física clássica no nível básico, precisa-se
antecipadamente compreender as teorias que compõem cada assunto. Para que
isto seja consolidado nós precisamos:
3.1 Eletrostática
Conteúdo Fórmulas
Q1|.|Q2|
F = ko ————
Força elétrica
d2
|Q|
Campo elétrico E = ko ——
d2
Q
Potencial elétrico VP = Ko ——
d
Q1. Q2
Energia potencial elétrica E = ko ————
d
3.2 Eletrodinâmica
Conteúdo Fórmulas
L
Equação d 2ª lei de Ohm R = ρ ——
A
U2
Potência elétrica P = ——
R
Associação em série R = R1 + R2 + R3
1 1 1 1
Associação em paralelo —— = —— + —— + ——
R R1 R2 R3
Conteúdo Fórmulas
Potência gerada Pg = ξ . i
Potência dissipada Pu = U . i
U
Rendimento η = ——
ξ
ξ2
Potência útil máxima Pu,máx = ——
4r
ξ
Corrente de curto-circuito icc = ——
r
Conteúdo Fórmulas
Potência útil Pu = ξ . i
Potência dissipada Pd = r . i 2
ξ
Rendimento η = ——
U
4 POTENCIAL ELÉTRICO
do espaço e essa carga ficar sujeita à ação de uma força elétrica F , podemos dizer
que neste ponto existe um campo elétrico E . Isso ocorre porque a carga sofre uma
atração ou repulsão elétrica, proveniente de outra carga qualquer.
O sentido da força indica o sentido do campo elétrico. Se a carga for positiva,
o campo terá o mesmo sentido da força; se a carga for negativa, o campo terá
sentido inverso. Observe a Figura 7:
A equação que define o potencial elétrico gerado por uma carga puntiforme
de valor Q, a uma distância d da carga é:
k ⋅Q
V =
d
Observe a Figura 8:
6 CORRENTE ELÉTRICA
∆Q
I=
∆t
tensão aplicada e a corrente que circula for o dobro também, temos um material dito
ôhmico.
Assim, material ôhmico é todo aquele que possui uma relação linear entre a
tensão aplicada e a corrente elétrica surgida. Na Figura 10, é mostrado um exemplo
de curva V x I de um material ôhmico e de um não-ôhmico.
V
R=
I
V=RxI
Exercícios:
7 RESISTIVIDADE
Assim quanto mais longo for o condutor, maior será a dificuldade da corrente
elétrica atravessá-lo, logo a resistência será maior. Por outro lado, quanto maior for
a área da seção transversal, mais elétrons poderão passar ao mesmo tempo,
diminuindo a resistência. Chega-se, então, à equação:
l
R= ρ⋅
S
Exercícios:
8 CONDUTÂNCIA ELÉTRICA
Se tivermos, por exemplo, um condutor em que a resistência seja igual a 10Ω, substitui o
R de resistência por 10Ω e obtemos o seguinte cálculo:
Com este cálculo concluímos que um condutor com uma resistência de 10Ω, tem uma
condutância de 0,1 siemens. O instrumento para ensaios de condutância é o condutivímetro.
Exercício
9 POTÊNCIA ELÉTRICA
A potência é uma grandeza que mede quanto trabalho pode ser realizado em
determinado período de tempo, no sistema internacional de medidas SI é o Watt
(W).
A potência consumida por um sistema ou dispositivo elétrico é determinada
em função dos valores de tensão (V) e corrente (A). A primeira equação se dá:
P= VxI (W)
1HP = 746 W
1CV = 736W
Exemplos:
1. Qual é a corrente que circula por uma lâmpada de 100 W alimentada por uma
tensão de 220 V?
P 100
I= = = 0,455 A ⇒ I = 455 mA
V 220
V 2 220 2
R= = = 1936 Ω ⇒ R = 1,936 kΩ
P 25
V= 220V
P= 5CV = 5 x 736 = 3680 W
I=?
P = VxI .: 3680 = 220 x I .: 220 x I = 3680 .: I = 3680 / 220 = 16,72 A
Exercícios:
1. Calcular a corrente absorvida por uma lâmpada de 150W, quando ligada a uma
tensão de 127 V.
10 CIRCUITOS ELÉTRICOS
Medidor de
Fonte de
tensão
tensão contínua
(voltímetro)
Medidor de
Fonte de corrente
tensão alternada (amperímetr
o)
Medidor de
Fonte de
resistência
corrente
(ohmímetro)
Resistência
Bateria
fixa
Aterramento
Chave
elétrico ou
elétrica
referência
Fonte: Primária
I1 I1
It
It
I2 I2
I3 I3
I1 + I2 + I3 = It
It= I1 + I2 + I3
Vt = V1 + V2 + V3
São os circuitos que são ligados de tal forma que a corrente que os atravesse
seja a mesma. Observe a Figura 17.
I = I1 = I 2
V = V1 + V2
Consideremos que o circuito da Figura pode ser simplificado por uma única
resistência, chamada REQ, que represente todo o circuito, como mostra a Figura 18:
R EQ = R1 + R2 + L + R N
Exemplo:
Vt = V1 = V2
It = I 1 + I 2
1
Req =
1 1 1
+ +L+
R1 R2 RN
R1 ⋅ R2
Re q =
R1 + R2
Exemplos:
1 1
Req = = ⇒ Req = 68,96 Ω
1 1 1 1 1 1
+ + + +
R1 R2 R3 100 330 680
R1 ⋅ R2 560 ⋅ 1500
Re q = = ⇒ Re q = 407,77 Ω
R1 + R2 560 + 1500
R 68
R EQ = = ⇒ R EQ = 11,33 Ω
N 6
Figura 24:
Fonte: Primária
Um sistema monofásico, composto por uma única fase, tem sua característica
por ter uma única tensão senoidal (em 60 Hz). Os sistemas trifásicos possuem 3
tensões senoidais de mesmo valor eficaz e defasadas entre si de um ângulo de
120º.
Para compor um sistema monofásico, basta que se tenha um único condutor
alimentado com tensão e outro para o retorno de corrente, para que se feche o
circuito, lembrando que a corrente elétrica circula pelos condutores. Assim, os
sistemas monofásicos podem ser constituídos por um condutor energizado,
chamado de fase e outro condutor não energizado chamado de neutro. Da mesma
forma, pode-se conseguir um sistema monofásico pelo uso de dois condutores
energizados, porém provenientes de fases diferentes da rede. A Figura 26 mostra
esses sistemas.
11 INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO
interromper o circuito. Utiliza o efeito de indução eletromagnética que será visto mais
adiante. A Figura 29 mostra um modelo de alicate-amperímetro.
Exercício:
Ao definir a quantidade de circuitos, devemos ter atenção por onde ira passar
os condutores os chamamos de eletrodutos, para cada eletroduto pode ser passado
o numero máximo de três circuitos. Respeitando que para cada eletroduto devem
ser deixados 40% de espaçamento livre, para não haver entupimento de eletroduto,
vulgarmente chamado de “garganta”.
Devemos estabelecer pelo menos um ponto de luz fixo no teto para cada
dependência, havendo o comando por interruptor de parede.
A potencia mínima deve ser conferida de acordo com o tamanho do cômodo
determinado, sendo assim:
- recintos com área igual ou inferior a 6 m² : a potencia mínima exigida é de
100 VA.
- recintos com área superior a 6 m²: o mínimo de 100 VA para os primeiros 6
m² , acrescente 60 VA para cada aumento de 4m² inteiros.
12.4 Tomadas
12.5 Interruptores
12.6 Campainhas
12.7 Fotocélula
12.8 Minuteria
- Princípio de funcionamento
As termoresistências ou bulbos de resistência ou termômetro de resistência
ou RTD, são sensores que se baseiam no princípio de variação da resistência
ôhmica em função da temperatura. Elas aumentam a resistência com o aumento da
temperatura. Seu elemento sensor consiste de uma resistência em forma de fio de
platina de alta pureza, de níquel ou de cobre (menos usado) encapsulado num bulbo
de cerâmica ou de vidro. Entre estes materiais, o mais utilizado é a platina pois
apresenta uma ampla escala de temperatura, uma alta resistividade permitindo
assim uma maior sensibilidade, um alto coeficiente de variação de resistência com a
temperatura, uma boa linearidade resistência x temperatura e também por ter rigidez
e dutibilidade para ser transformada em fios finos, além de ser obtida em forma
puríssima. Padronizou-se então a termoresistência de platina. A equação
Vantagens:
a) Possuem maior precisão dentro da faixa de utilização do que outros tipos de
sensores.
b) Tem boas características de estabilidade e repetibilidade.
c) Com ligação adequada, não existe limitação para distância de operação.
d) Dispensa o uso de fios e cabos especiais, sendo necessário somente fios de
cobre comuns.
e) Se adequadamente protegido (poços e tubos de proteção), permite a utilização
em qualquer ambiente.
f) Curva de Resistência x Temperatura mais linear.
g) Menos influência por ruídos elétricos.
B - Desvantagens
a) São mais caros do que os outros sensores utilizados nesta mesma faixa.
b) Baixo alcance de medição (máx. 630ºC).
c) Deterioram-se com mais facilidade, caso ultrapasse a temperatura máxima de
utilização.
d) É necessário que todo o corpo do bulbo esteja com a temperatura estabilizada
para a correta indicação.
e) Possui um tempo de resposta elevado.
f) Mais frágil mecanicamente.
g) Autoaquecimento, exigindo instrumentação sofisticada.
A medição de temperatura também pode ser feita pela obtenção de uma força
eletromotriz gerada quando dois metais de natureza diferente tem suas
extremidades unidas e submetidas à temperaturas distintas. Isto ocorre devido aos
metais distintos possuírem densidades de elétrons livres específicos e quando
unidos em suas extremidades provocar migração desses elétrons do lado de maior
- Efeitos Termoelétricos
13 PROTEÇÃO DE CIRCUITOS
14 TERMISTORES
fig.34
15 TESTES
Fonte: Primária
REFERÊNCIAS
FILHO, Domingos Leite Lima. Projetos de Instalações Elétricas Prediais. 11º ed.
São Paulo: É rica, 2008.
GASPAR, Alberto. Fisica Série Brasil Ensino Médio Vol. Único. 1º Ed. São Paulo:
Ática, 2007.