Você está na página 1de 116

1

I - Eletricidade Básica

2
PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO

Preocupada com o desenvolvimento de seus profissionais, com a sua formação técnica


nos produtos AGCO, frente às tendências tecnológicas, inovações e constantes
atualizações em nossos produtos; a AGCO Academy criou um Programa de
Capacitação, com ferramentas de melhores práticas em aprendizagem, com
informações técnicas e comportamentais de qualidade e instrutores de treinamento
conduzido.

O Programa está dividido nos níveis de prontidão: Fundamental, Desenvolvimento e


Especialista.

Fundamental: treinamentos com conceitos básicos necessários sobre os produtos


AGCO, focando qualificar um profissional que está iniciando em suas atribuições e/ou
os primeiros treinamentos obrigatórios de produtos AGCO;

Desenvolvimento: treinamentos com conceitos de desenvolvimento, que serão


aplicados diretamente em suas atribuições, focando treinamentos técnicos dos
produtos AGCO e iniciação nos treinamentos comportamentais;

Especialista: treinamentos com conceitos avançados para profissionais experientes,


que já participaram de todos os treinamentos técnicos do grupo de desenvolvimento.
Treinamentos para formação de agentes multiplicadores e profissionais que possuem
coordenação de equipe

Com isso estamos colaborando para melhorar a competitividade e a performance dos


nossos profissionais.

Bem Vindo ao Programa de Capacitação do AGCO Academy !

3
Eletricidade Básica

Este material foi desenvolvido com o objetivo de aprimorar o conhecimento de


funcionários da rede de concessionárias da AGCO.

Módulo I Fundamental – Eletricidade Básica – este módulo apresenta os


fundamentos básicos da eletricidade abordando tensão, corrente, potência, resistência,
geração de eletricidade, capacitores, indutores, e equipamentos de medidas.

4
ÍNDICE:

1 - A Natureza da Eletricidade..................................................................................................08

Estrutura do átomo, Carga elétrica, Unidade Coulomb, Campo eletrostático

Diferença de potencial – Tensão Elétrica

Corrente Elétrica, Fluxo de corrente, Fontes de eletricidade

Correntes e tensões contínuas e alternadas

2 - Padronizações e Convenções em Eletricidade.................................................................17

Unidades, Introdução, Potência de 10, Notação científica

Símbolos gráficos e diagramas elétricos, Diagrama de fiação

3 - Lei de Ohm e Potência.........................................................................................................26

O circuito elétrico

Resistência, Resistores fixos, Resistores variáveis

Lei de ohm, Potência elétrica, Cavalo-vapor, Energia elétrica

4 - Circuitos Série de Corrente Contínua................................................................................35

Tensão, corrente e resistência em circuitos série

Polaridade das quedas de tensão

Condutores, Potência total em um circuito série

Queda de tensão por partes proporcionais

5 - Circuitos Paralelos de Corrente Contínua.........................................................................44

Tensão e corrente em um circuito paralelo

Resistência em paralelo, Fórmulas simplificadas

Circuito aberto e curto-circuito

Divisão da corrente em dois ramos paralelos

A potência em circuitos paralelos

5
6 – Baterias................................................................................................................................52

Célula voltaica, Células em séries e em paralelo

Células primárias e secundárias

Tipos de baterias e Pilhas, Características das baterias

7 – Máxima Transferência de Potência....................................................................................61

Circuitos série-paralelo

Máxima transferência de potência

Cálculos de quedas de tensão na linha

8- Magnetismo e Eletromagnetismo........................................................................................70

A natureza do magnetismo, Materiais magnéticos, Eletromagnetismo

Circuito magnético, Indução eletromagnética

9 - Geradores e Motores de Corrente Contínua......................................................................80

Motores e geradores, Gerador CC simples

Enrolamentos da armadura, Excitação do campo

Perdas e eficiência de uma máquina CC

Motor de corrente contínua,Velocidade de um motor,

Tipos de motores

10 – Princípios da Corrente Alternada....................................................................................86

Geração de uma tensão alternada

Onda senoidal, Corrente alternada

Freqüência e período, Relações de fase

Valores característicos de tensão e de corrente

Resistência em circuitos CA

6
11 - Capacitância, Indutância, Reatância Capacitiva e Reatância Indutiva.........................94

Capacitor, Capacitância, Tipos de capacitores

Capacitores em série e em paralelo

Reatância capacitiva, Circuitos capacitivos

Características das bobinas, Reatância indutiva

Indutores em série e em paralelo

Circuitos indutivos

12 – Equipamentos e Ferramentas Elétricas........................................................................102

Multímetro/Múltiteste - Descrição. Voltímetro - Medições. Amperímetro - Medições. Ohmímetro


- Medições. Alicate Amperímetro – Medições

Bibliografias.............................................................................................................................115

7
1 -A Natureza da Eletricidade

ESTRUTURA DO ÁTOMO

A matéria é algo que possui massa e ocupa lugar no espaço. A matéria é constituída por
partículas muito pequenas denominadas átomos. Toda a matéria pode ser classificada como:
elemento ou composto. Num elemento, todos os átomos são iguais. São exemplos de
elementos o alumínio, o cobre, o carbono, o germânio e o silício. Um composto é uma
combinação de elementos. A água, por exemplo, é um composto constituído pelos elementos
hidrogênio e oxigênio. A menor partícula de qualquer composto que ainda contenha as
características originais daquele composto é chamada de molécula.

Os átomos são constituídos por partículas subatômicas: elétrons, prótons e nêutrons,


combinados de várias formas. O elétron é a carga negativa (–) fundamental da eletricidade. Os
elétrons giram em torno do núcleo, que é o centro do átomo, em trajetórias de “camadas”
concêntricas, ou órbitas (Figura 1-1). O próton é a carga positiva (+) fundamental da
eletricidade. Os prótons se encontram no núcleo. O número de prótons, dentro do núcleo de
qualquer átomo específico, determina o número atômico daquele átomo. Por exemplo, o átomo
de silício tem 14 prótons no seu núcleo e, portanto, o número atômico do silício é 14. O
nêutron, que é a carga neutra fundamental da eletricidade, também se encontra no núcleo.

Figura 1-1 Os elétrons e o núcleo de um átomo.

Os átomos de elementos distintos diferem entre si pelo número de elétrons e de prótons que
contêm (Figura 1-1). No seu estado natural, um átomo de qualquer elemento contém um
número igual de elétrons e de prótons. Como a carga negativa (–) de cada elétron tem o
8
mesmo valor absoluto que a carga positiva (+) de cada próton, as duas cargas opostas se
cancelam. Um átomo nestas condições é eletricamente neutro, ou está em equilíbrio (figura
1.1).

CARGA ELÉTRICA

Certos átomos são capazes de ceder elétrons, outros são capazes de receber elétrons. Assim,
é possível acontecer transferência de elétrons de um corpo para outro. Quando isso ocorre, a
distribuição igual das cargas positivas e negativas em cada corpo deixa de existir. Assim, um
corpo terá um excesso de elétrons e a sua carga terá uma polaridade elétrica negativa (−). O
outro corpo terá um excesso de prótons e a sua carga será positiva (+). Quando dois corpos
possuem a mesma carga, sendo ambas positivas (+) ou então negativas (−), diz-se que os
corpos têm cargas iguais. Quando dois corpos possuem cargas diferentes, isto é, um corpo é
positivo (+) enquanto o outro é negativo (−), diz-se que eles apresentam cargas desiguais ou
opostas. A lei das cargas elétricas pode ser enunciada da seguinte forma:

“Cargas iguais se repelem, cargas opostas se atraem”

Se uma carga negativa (–) for colocada próxima a uma outra carga negativa (–), as cargas se
repelirão (Figura 1-2). Se uma carga positiva (+) se aproximar de uma carga negativa (–), as
cargas se atrairão (Figura 1-2).

Figura 1-2 Força entre cargas.

UNIDADE COULOMB

A quantidade de carga elétrica de um corpo é determinada pela diferença entre o número de


prótons e o número de elétrons que o corpo contém. Seu símbolo é Q, expresso numa unidade
chamada de coulomb (C). Uma carga de um coulomb negativo, –Q, significa que o corpo
contém uma carga de 6,25 × 1018 mais elétrons do que prótons.

Exemplo 1.1 Qual é o significado de +Q?

Uma carga de um coulomb positivo significa que o corpo contém uma carga de 6,25 × 1018
mais prótons do que elétrons.

Exemplo 1.2 Um material dielétrico possui uma carga negativa de 12,5 × 1018 elétrons. Qual é
a sua carga em coulombs?

Como o número de elétrons é o dobro da carga de 1 C (1 C = 6,25 × 1018 elétrons), então:

Q = 2 C.

Obs: 6,25 × 1018 = 6250000000000000000

9
CAMPO ELETROSTÁTICO

A característica fundamental de uma carga elétrica é a sua capacidade de exercer uma força.
Essa força está presente no campo eletrostático que envolve cada corpo carregado. Quando
dois corpos de polaridade oposta são colocados próximos um do outro, o campo eletrostático
se concentra na região compreendida entre eles (Figura 1-3). O campo elétrico é representado
por linhas de força desenhadas entre os dois corpos. Se um elétron for abandonado no ponto A
nesse campo, ele será repelido pela carga negativa e será atraído pela positiva. Assim, as duas
cargas tenderão a deslocar o elétron na direção das linhas de força entre os dois corpos. As
pontas das setas na Figura 1-3 indicam o sentido do movimento adquirido pelo elétron se ele
estivesse em posições diferentes do campo eletrostático.

Figura 1-3 O campo eletrostático entre duas cargas de polaridades opostas.


Exemplo 1.3 Veja na figura 1.4 o campo eletrostático que apareceria entre dois corpos
carregados positivamente. Quando duas cargas idênticas são colocadas próximas uma da
outra, as linhas de força se repelem mutuamente como mostra a figura 1.4 a seguir. Um corpo
carregado manterá sua carga temporariamente, se não houver transferência imediata de
elétrons para o corpo ou a partir dele. Nesse caso, diz-se que a carga está em repouso. A
eletricidade em repouso é chamada de eletricidade estática.

Figura 1-4 O campo eletrostático entre duas cargas de polaridades iguais.

DIFERENÇA DE POTENCIAL

Em virtude da força do seu campo eletrostático, uma carga elétrica é capaz de realizar trabalho
ao deslocar uma outra carga por atração ou repulsão. A capacidade de uma carga realizar
trabalho é chamada de potencial. Quando uma carga for diferente da outra, haverá uma
diferença de potencial entre elas. A soma das diferenças de potencial de todas as cargas do
campo eletrostático é conhecida como força eletromotriz (fem). A unidade fundamental de
diferença de potencial é o volt (V). O símbolo usado para a diferença de potencial é V, que
indica a capacidade de realizar trabalho ao se forçar os elétrons a se deslocarem. A diferença
de potencial é chamada de tensão. (Alguns usam inadequadamente a expressão voltagem.)

10
Exemplo 1.4 Qual é o significado da tensão de saída de uma bateria ser igual a 6 V?
Uma tensão de saída de 6 V quer dizer que a diferença de potencial entre os dois terminais da
bateria é de 6 V. Assim sendo, a tensão é basicamente a diferença de potencial entre dois
pontos.

CORRENTE ELÉTRICA

O movimento ou o fluxo de elétrons é chamado de corrente. Para se produzir a corrente, os


elétrons devem se deslocar pelo efeito de uma diferença de potencial. A corrente é
representada pela letra I. A unidade fundamental com que se mede a corrente é o ampère (A).

Um ampère de corrente é definido como o deslocamento de um Coulomb através de um


ponto qualquer de um condutor durante um intervalo de tempo de um segundo.

Exemplo 1.5 Se uma corrente de 2 A passar através de um medidor durante 1 minuto, quantos
Coulombs passam pelo medidor?

1 A é 1 C por segundo (C/s).Então 2 A é 2 C/s. Como em 1 min existem 60 s, 60 × 2 C = 120 C


passam através do medidor em 1 min.

A definição da corrente pode ser expressa por meio de uma equação:


Q
I=
T

Onde: I = corrente, A Q = carga, C T = tempo, s

ou Q = I x T = IT

A carga difere da corrente, pois Q representa um acúmulo de carga e I mede a intensidade das
cargas em movimento.

Exemplo 1.6 Obtenha a resposta para o Exemplo 1.5.

I = 2A T = 60s Q=?

Use a Equação para calcular o valor desconhecido:

Q=I x T

Substitua I = 2 A e T = 60 s:

Resolva para Q: Q = 2(A) x 60(s) Q = 120 C

FLUXO DE CORRENTE

Num condutor, por exemplo, num fio de cobre, os elétrons livres são cargas que podem ser
deslocadas com relativa facilidade ao ser aplicada uma diferença de potencial. Se ligarmos às
duas extremidades de um fio de cobre (Figura 1-5) uma diferença de potencial, a tensão
aplicada (1,5 V) faz com que os elétrons livres se desloquem.

11
Figura 1-5 A tensão aplicada às extremidades de um fio condutor produz a corrente elétrica.

Essa corrente consiste num movimento dos elétrons a partir do ponto de carga negativa, –Q,
numa das extremidades do fio, seguindo através do fio, e voltando para a carga positiva, +Q,
na outra extremidade. O sentido do movimento dos elétrons é do lado negativo da bateria,
passando através do fio, e de volta ao lado positivo da bateria. O sentido do fluxo de elétrons é
de um ponto de potencial negativo para um ponto de potencial positivo. A seta contínua (Figura
1-5) indica o sentido da corrente em função do fluxo de elétrons.
O sentido do movimento das cargas positivas, oposto ao fluxo de elétrons, é considerado o
fluxo convencional da corrente. Em eletricidade básica, os circuitos geralmente são analisados
em termos da corrente convencional. Portanto, o sentido da corrente convencional é o sentido
das cargas positivas em movimento. Qualquer circuito pode ser analisado tanto através do
fluxo de elétrons como do fluxo convencional em sentido oposto. Nesta apostila, a corrente
sempre será considerada de acordo com o fluxo convencional, ou seja, do pólo positivo para o
pólo negativo.

FONTES DE ELETRICIDADE

Bateria química

Uma pilha química voltaica consiste numa combinação de materiais usados para converter
energia química em energia elétrica. Uma bateria é constituída pela ligação de duas ou mais
pilhas. Uma reação química produz cargas opostas em dois metais diferentes, que servem
como terminais negativo e positivo (Figura 1-6). Os metais estão em contato com um eletrólito.

Figura 1-6 Pilha química voltaica (Zinco e Cobre).

Gerador

O gerador é uma máquina na qual se usa a indutância eletromagnética para produzir uma
tensão por meio da rotação de bobinas de fio através de um campo magnético estacionário ou
pela rotação de um campo magnético através de bobinas de fio estacionárias. Atualmente,
mais de 95% da energia consumida no mundo é produzida por geradores figura 1-7.

12
Figura 1-7 Gerador elementar de energia elétrica.

Energia térmica

A produção da maior parte de energia elétrica em países fora do Brasil origina-se pela
formação de energia térmica figura 1-8. O carvão, o óleo ou gás natural pode ser queimado
para liberar grandes quantidades de calor. Uma vez que a energia térmica está disponível, o
próximo passo é convertê-la em energia mecânica. A água é aquecida para produzir vapor que,
por sua vez, é utilizado para girar as turbinas que impelem os geradores elétricos. Uma
conversão direta da energia térmica em energia elétrica aumentaria a eficiência e reduziria a
poluição térmica dos mananciais de água e da atmosfera.

Figura 1-8 Geração de energia elétrica através da energia térmica.

Células solares

As células solares convertem energia luminosa diretamente em energia elétrica. São


constituídas de material semicondutor como o silício e são utilizadas em grandes arranjos em
naves espaciais para recarregar as baterias. As células solares são utilizadas também no
aquecimento doméstico figura 1-9.

Figura 1-9 Geração de energia elétrica através da Luz Solar.


13
CORRENTES E TENSÕES CONTÍNUAS

A corrente contínua (DC – direct continue ou CC – corrente contínua) é a corrente que passa
através de um condutor ou de um circuito somente num sentido. A razão dessa corrente
unidirecional se deve ao fato das fontes de tensão, como as pilhas e as baterias, manterem a
mesma polaridade da tensão de saída Figura 1-11. A tensão fornecida por essas fontes é
chamada de tensão de corrente contínua ou simplesmente de tensão dc ou tensão cc. Uma
fonte de tensão contínua pode variar o valor da sua tensão de saída, mas se a polaridade for
mantida, a corrente fluirá somente num sentido.

Figura 1-11 Exemplo de fonte de corrente contínua CC.

CORRENTES E TENSÕES ALTERNADAS

Uma fonte de tensão alternada (tensão ca) inverte ou alterna periodicamente a sua polaridade
(Figura 1-12). Conseqüentemente, o sentido da corrente alternada resultante também é
invertido periodicamente. Em termos do fluxo convencional, a corrente flui do terminal positivo
da fonte de tensão, percorre o circuito e volta para o terminal negativo, mas quando o gerador
alterna a sua polaridade, a corrente tem que inverter o seu sentido. Um exemplo comum é a
linha de tensão ca usada na maioria das residências. Nesses sistemas, os sentidos da tensão
e da corrente sofrem muitas inversões por segundo, no Brasil ocorrem 60 inversões por
segundo ou 60 Hz.

Figura 1-12 Exemplo de sinal de corrente alterna CA.

14
Exercícios do Capítulo 1
1) Determine a corrente necessária para carregar um dielétrico para que ele acumule uma
carga de 20 C após 4 s.

a) ( ) A corrente necessária é de 80 A.
b) ( ) A corrente necessária é de 5 V.
c) ( ) A corrente necessária é de 20 A.
d) ( ) A corrente necessária é de 5 A.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

2) Uma corrente de 8 A carrega um isolador por 3 s. Qual é a carga acumulada?

a) ( ) A carga é de 24 C.
b) ( ) A carga é de 8 C.
c) ( ) A carga é de 24 V.
d) ( ) A carga é de 24 A.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

3) Complete as lacunas abaixo com as afirmações corretas.

a) Quando uma carga é diferente da outra, há uma __________________


de___________________.

b) A unidade de diferença de potencial é o ____________.

c) O movimento de cargas produz uma ____________________.

d) Quando a diferença de potencial for zero, o valor da corrente será ____________.

e) A corrente contínua (cc) tem somente __________ sentido.

f) Uma ________________ é um exemplo de uma fonte de tensão cc.

g) Uma corrente alternada (ca) ________________ sua polaridade.

4) Um gerador produz energia elétrica através de ?

a) ( ) Através do movimento e atrito de elétrons.


b) ( ) Através do atrito de bobinas.
c) ( ) Através de bobinas envolvidas em campos magnéticos.
d) ( ) Atraves de energia térmica.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

5) Em uma bateria ocorre a produção de energia elétrica através de ?

a) ( ) Conversão de energia química em energia elétrica.


b) ( ) Conversão de energia térmica em energia elétrica.
c) ( ) Conversão de energia mecânica em elétrica.
d) ( ) Conversão de energia iônica em elétrica.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

15
6) As células solares realizam que tipo de conversão ?

a) ( ) Conversão de energia termoiônica em energia elétrica.


b) ( ) Conversão de energia quente em energia elétrica.
c) ( ) Conversão de energia luminosa em energia elétrica.
d) ( ) Conversão de energia solar em energia elétrica.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

7) O que ocorre quando dois corpos carregados com cargas de polaridades opostas são
aproximados ?

a) ( ) Eles se repelem.
b) ( ) Eles se atraem.
c) ( ) Eles começam a girar.
d) ( ) Não há nenhuma reação.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

8) Em um átomo, podemos dizer que os elétrons estão localizados aonde ?

a) ( ) Eles estão localizados no núcleo do átomo.


b) ( ) Eles estão em uma órbita ao redor do núcleo.
c) ( ) Eles estão em contato com o núcleo.
d) ( ) Eles estão juntos com os prótons e nêutrons.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

9) A diferença de potencial é também chamada de ?

a) ( ) Corrente elétrica.
b) ( ) Potência elétrica.
c) ( ) Energia elétrica.
d) ( ) Tensão elétrica.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

10) O fluxo orientado de elétrons é ?

a) ( ) Corrente elétrica.
b) ( ) Potência elétrica.
c) ( ) Energia elétrica.
d) ( ) Tensão elétrica.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

16
2 - Padronizações e Convenções em
Eletricidade
UNIDADES.

INTRODUÇÃO:

O sistema métrico internacional de unidades e dimensões, normalmente denominado SI, é o


sistema mais usado em eletricidade. A abreviação SI significa “Système Internationale” e
suas unidades fundamentais são: comprimento, massa, tempo, corrente elétrica, temperatura
termodinâmica, intensidade luminosa e quantidade de matéria (Tabela 2.1). Antigamente
usava-se o sistema métrico MKS, onde M representa o metro (comprimento), K representa
quilograma (massa) e S representa o segundo (tempo). As duas unidades suplementares do SI
são o ângulo plano e o ângulo sólido (Tabela 2.2).

Grandeza Unidade fundamental Símbolo

Comprimento Metro m

Massa Quilograma kg

Tempo Segundo s

Corrente Elétrica Ampère A

Temperatura
Termodinâmica Kelvin K

Intensidade Luminosa Candela cd

Quantidade de Matéria Mole mol

Tabela 2.1: Unidades fundamentais do sistema métrico internacional SI.

Grandeza Unidade Símbolo

Ângulo plano Radiano Rad

Ângulo sólido Esterradiano Sr

Tabela 2.2: Unidades suplementares ao SI.

Outras unidades usuais podem ser deduzidas a partir das unidades fundamentais e das
suplementares. Por exemplo, a unidade de carga é o Coulomb, deduzida a partir das unidades
fundamentais segundo e ampère. A maioria das unidades utilizadas em eletricidade é do tipo
unidade derivativa. (Tabela 2.3).

17
Grandeza Unidade fundamental Símbolo

Energia Joule J

Força Newton N

Potência Watt W

Carga elétrica Coulomb C

Portencial elétrico Volt V

Resistência elétrica Ohm Ω

Condutância elétrica Siemens S

Grandeza Unidade fundamental Símbolo

Capacitância elétrica Farad F

Indutância elétrica Henry H

Freqüência Hertz Hz

Fluxo magnético Weber Wb

Densidade de fluxo
magnético Tesla T

Tabela 2.3: Unidades derivadas do SI.

Prefixo (letra
símbolo) Valor

tera (T) trilhão 1 000 000 000 000

giga (G) bilhão 1 000 000 000

mega (M) milhão 1 000 000

quilo (k) mil 1 000

mili (m) milésimo 0,001

micro (µ) milionésimo 0,000 001

nano (ɳ) bilionésimo 0,000 000 001

pico (p) trilionésimo 0,000 000 000 001

Tabela 2.4: Prefixos métricos usados em eletricidade.

18
Exemplo 2.1 Um resistor tem um valor de 10 MΩ estampado no seu invólucro. Quantos ohms
de resistência tem esse resistor ?

A letra m representa mega ou milhões. Logo, o resistor tem um valor de 10 megohms (MΩ) ou
de 10 milhões de ohms.

Exemplo 2.2 Uma estação geradora de energia tem a capacidade de fornecer 500.000 watts
(W). Qual é a sua capacidade em quilowatts (KW) ?

Observe a Tabela 2.4. O quilo se refere a 1.000. Portanto, 500.000 W = 500 kW.

POTÊNCIA DE 10

Já vimos que freqüentemente é necessário ou conveniente converter uma unidade de medida


em outra unidade que pode ser maior ou menor. Na seção anterior fizemos isto substituindo
determinados valores por um prefixo métrico. Outra forma seria a de converter o número numa
potência de 10. Muitas vezes nos referimos às potências de 10 como a “notação de
engenharia”. A Tabela 2.5 mostra exemplos de números expressos em potências de 10.
Número Potência de 10 Leitura usual

0,000 001 = 10-6 10 a menos 6

0,000 01 = 10-5 10 a menos 5

0,000 1 = 10-4 10 a menos 4

0,001 = 10-3 10 a menos 3

0,01 = 10-2 10 a menos 2

0,1 = 10-1 10 a menos 1

1= 100 10 a zero

10 = 101 10 à primeira

100 = 102 10 ao quadrado

1 000 = 103 10 ao cubo

10 000 = 104 10 à quarta

100 000 = 105 10 à quinta

1 000 000 = 106 10 à sexta

1 000 000 000 = 109 10 à nona

1 000 000 000 000 = 1012 10 à décima segunda

Tabela 2.5: Potências de dez.

19
Regra 1: Para expressar números maiores do que 1 na forma de um número pequeno vezes
uma potência de 10, desloca-se a casa decimal para a esquerda tantos algarismos quantos os
desejados. A seguir, multiplica-se o número obtido por 10 elevados a uma potência igual ao
número de casas deslocadas.

Exemplo 2.3:

3000 = 3 x 103
6500 = 65 x 102
880 000 = 88 x 104

Regra 2: Para expressar números menores do que 1 com um número inteiro vezes uma
potência de 10, desloca-se a casa decimal para a direita tantos algarismos quantos forem
necessário. A seguir, multiplica-se o número obtido por 10 elevados a uma potência negativa
igual ao número de posições decimais deslocadas.

Exemplo 2.3:
0,005 = 5 x 10-3
0,000 5 = 5 x 10-4
0,000 005 = 5 x 10-6
0,050 = 50 x 10-3

Regra 3: Para multiplicar dois ou mais números expressos como potências de 10, multiplica-se
os coeficientes para se obter o novo coeficiente e soma-se os expoentes.
Exemplo 2.3:
102 x 104 = 102+4 = 106
10-1 x 104 = 10-1+4 = 103
(40 x 103) (25 x 102)= 40 x 25 x 103 x 102 = 1000 x 103 + 2 = 1000 x 105 = 108
(2 x 10-2) (50 x 102)= 2 x 50 x 10-2 x 102 = 100 x 10-2 + 2 = 100 x 100 = 102
(3 x 10-4) (6 x 106)= 3 x 6 x 10-4 x 106 = 18 x 10-4 + 6 = 18 x 102 = 1800

Regra 4: Para se dividir por potências de 10, utiliza-se a fórmula:


1 = 1 x 10-n
10n
Podemos assim mover qualquer potência de 10 do numerador para o denominador ou vice-
versa, simplesmente mudando o sinal do expoente.
Exemplo 2.4:
15 = 15 x 101 = 150
10-1
1500 = 1500 x 10-4 = 0,15
104
15 = 15 x 103 = 15 000
10-3

20
0,25 = 0,25 x 102 = 25
10-2

ARREDONDAMENTO DE NÚMEROS
Um número é arredondado suprimindo-se um ou mais algarismos da sua direita. Se o
algarismo a ser suprimido for menor do que 5 deixamos o algarismo como está. Por exemplo,
4,1632, ao ser arredondado para quatro algarismos, ficará 4,163; ao ser arredondado para três
algarismos, ficará 4,16.

Se o algarismo a ser suprimido for maior que 5, aumentamos o algarismo da sua esquerda de
uma unidade. Por exemplo, 7,3468, ao ser arredondado para quatro algarismos, ficará 7,347;
ao ser arredondado para três algarismos, ficará 7,35.

Exemplo 2.5:
5,6428 = 5,643 ou para três dígitos = 5,64
49,67 = 49,7
305,42 = 305
0,01695 = 0,0170
2078 = 2080

SIMBOLOS GRÁFICOS E DIAGRAMAS ELÉTRICOS

A Figura 2.1a é uma representação de um circuito elétrico simples, representado na forma de


esquema na Figura 2.1b. O diagrama esquemático é uma forma resumida de desenhar um
circuito elétrico, sendo os circuitos representados geralmente dessa forma. Além dos fios de
conexão, estão representados simbolicamente outros três elementos na Figura 2.1b: a pilha
seca, a chave (ou interruptor) e a lâmpada.

S1

Vcc L1

Figura 2.1a: Diagrama descritivo Figura 2.1b: Diagrama esquemático

Os símbolos gráficos padronizados para os componentes elétricos mais comuns são


apresentados nas tabelas que seguem:

21
Os símbolos gráficos padronizados para os componentes eletrônicos mais comuns são
apresentados nas tabelas que seguem:

22
A figura que segue mostra uma parte selecionada de um esquema elétrico do painel de um
trator.

DIAGRAMAS

Um diagrama de circuito pode ser MULTIFILAR, onde todas as ligações são representadas. A
figura abaixo, Figura 2.2 mostra um exemplo de diagrama multifilar onde os circuitos trifásicos
são representados por três filamentos.

Figura 2.2 – circuito multifilar de uma partida estrela-triângulo para motor elétrico trifásico.

Um diagrama também pode ser representado por um esquema UNIFILAR, onde somente um
fio é representado. Note na figura abaixo, Figura 2.3, que sobre o fusível existem três traços,
estes três traços significam que este circuito possui três fios, porém no diagrama unifilar
aparece somente um fio.

23
Figura 2.3 – circuito Unifilar de uma partida estrela-triângulo para motor elétrico trifásico.

DIAGRAMA EM BLOCOS

Podemos também representar um circuito por um diagrama em blocos, onde não aparecem os
detalhes das ligações.A figura 2.4 mostra um exemplo de diagrama em blocos.

1
Q1
Saída
1 Digital
AND Q3
Entrada
Analógica LED
Q2

Figura 2.4 – Diagrama em blocos

Exercícios do Capítulo 2
1) Um transformador com saída de 13,8 kV possui ?

a) ( ) Possui em sua saída o mesmo que 1.380 V.


b) ( ) Possui em sua saída o mesmo que 138.000 V.
c) ( ) Possui em sua saída o mesmo que 13.800 V.
d) ( ) Possui em sua saída o mesmo que 13,80 V.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

2) Um valor de corrente medida de 2.000 mA é igual a ?

a) ( ) Esse valor é igual a 20 A.


b) ( ) Esse valor é igual a 2000 A.
c) ( ) Esse valor é igual a 0,2 A.
d) ( ) Esse valor é igual a 2 A.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

24
3) Um valor de resistência de 560 kΩ é o mesmo que ?

a) ( ) Esse valor é o mesmo que 560 Ω.


b) ( ) Esse valor é o mesmo que 560.000 Ω.
c) ( ) Esse valor é o mesmo que 5.600 Ω.
d) ( ) Esse valor é o mesmo que 0,560 Ω.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

4) Um número em potência de dez é 56 x 102, podemos dizer que é igual a ?

a) ( ) Esse valor é o mesmo que 560.


b) ( ) Esse valor é o mesmo que 560.000.
c) ( ) Esse valor é o mesmo que 5.600.
d) ( ) Esse valor é o mesmo que 0,560.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

5) Uma corrente medida possui o valor de 30 x 10-3 A, podemos dizer que é igual a ?

a) ( ) Esse valor é o mesmo que 30 mA.


b) ( ) Esse valor é o mesmo que 30 A.
c) ( ) Esse valor é o mesmo que 0,3 A.
d) ( ) Esse valor é o mesmo que 30 kA.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

6) Se multiplicarmos os números (5 x 102) x (30 x 10-3), a resposta fica ?

a) ( ) Esse valor é o mesmo que 150.


b) ( ) Esse valor é o mesmo que 1500 A.
c) ( ) Esse valor é o mesmo que 15.
d) ( ) Esse valor é o mesmo que 150.000.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

7) Podemos arredondar o número 3,2379 para três dígitos como ?

a) ( ) Esse número pode ficar em 3,239.


b) ( ) Esse número pode ficar em 3,24.
c) ( ) Esse número pode ficar em 3,238.
d) ( ) Esse número pode ficar em 3,30.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

8) Complete as lacunas abaixo com as afirmações corretas.

a) O símbolo se refere a um ___________________.

b) O símbolo se refere a um ___________________.

c) O símbolo se refere a um ___________________.

25
d) O símbolo se refere a um __________________.

e) A simbologia se refere a um sinal de ____________________.

f) O símbolo se refere a uma ___________________.

9) Em um diagrama Unifilar, o circuito é representado por ?

a) ( ) Por um diagrama com todos os fios.


b) ( ) Por um diagrama simples de apenas um fio.
c) ( ) Por um diagrama completo com as figuras dos componentes.
d) ( ) Por um diagrama em blocos e fios.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

10) Em um diagrama Multifilar, o circuito é representado por ?

a) ( ) Por um diagrama com todos os fios.


b) ( ) Por um diagrama simples de apenas um fio.
c) ( ) Por um diagrama completo com as figuras dos componentes.
d) ( ) Por um diagrama em blocos e fios.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

3 – Lei de Ohm e Potência


O CIRCUITO ELÉTRICO.
Na prática um circuito elétrico é constituído de pelo menos quatro partes: (1) uma fonte de força
eletromotriz (bateria ou gerador), (2) condutores, (3) uma carga e (4) instrumento de controle –
figura 3.1..
Condutor
Controle (Fio)
(Chave)
Força Eletromotriz

Corrente I
(Resistor)
(Bateria)

Carga

Condutor
(Fio)

Figura 3.1 – Circuito elétrico mínimo.

A fem (força eletromotriz) é a bateria, os condutores são os fios que interconectam as


várias partes do circuito e conduzem a corrente, o resistor é a carga e a chave é o dispositivo
de controle. As fontes mais comuns de fem são as baterias e os geradores. Os condutores são
26
fios que oferecem uma baixa resistência à passagem da corrente. O resistor de carga
representa um dispositivo que utiliza energia elétrica, como por exemplo uma lâmpada, uma
campainha, uma torradeira de pão, um rádio ou um motor. Os dispositivos de controle podem
ser chave, resistências variáveis, fusíveis, disjuntores ou relés.
Um CIRCUITO FECHADO (figura 3.1) consiste num percurso sem interrupção para a
corrente; desde a fem, passando pela carga e voltando à fonte.
Um circuito é denominado CIRCUITO ABERTO (figura 3.2) se houver uma interrupção
no circuito que impeça a corrente de completar o seu percurso.

Chave aberta

Resistor
Bateria

Figura 3.2 – Circuito elétrico aberto.

A fim de proteger um circuito, conecta-se um fusível diretamente ao circuito (figura 3.3).


O fusível abre, ou rompe, o circuito toda vez que uma corrente perigosamente alta começa a
fluir. O fusível permite o fluxo de correntes menores do que o valor do fusível, mas se derrete e
conseqüentemente rompe ou abre o circuito se fluir uma corrente mais alta.

Chave

Corrente I
Resistor
Bateria

Fusível

Figura 3.3 – Circuito elétrico com fusível.

Representação com símbolo de Terra no circuito: Normalmente utiliza-se o símbolo de terra


para indicar que alguns fios estão ligados a um ponto comum no circuito. Por exemplo, na
figura 3.4a, aparecem os condutores formando um circuito completo, enquanto na figura 3.4b
aparece o mesmo circuito com dois símbolos de terra (GND – Ground). Pro exemplo na bateria
dos veículos, em todos os veículos (carros e tratores) o terminal negativo da bateria e de todos
os componentes elétricos são representados nos esquemas elétricos como terra.

27
Chave Chave

Corrente I Corrente I

Resistor
Bateria

Bateria
Figura 3.4a – Circuito completo. Figura 3.4b – Circuito com símbolo de terra.

RESISTÊNCIA ELÉTRICA.

O fenômeno RESISTÊNCIA é a oposição ao fluxo de corrente. Para se aumentar a resistência


de um circuito, são utilizados componentes elétricos denominados de resistores. Um resistor é
um dispositivo cuja resistência ao fluxo da corrente tem um valor conhecido e bem
determinado. A resistência é medida em Ohms e é representada pela letra grega Ω ou em
alguns esquemas utiliza-se da letra R. Defini-se o Ohm como a quantidade de resistência que
limita a corrente num condutor ao valor de um ampère quando a tensão aplicada for de um volt,
ou seja:
1Ω= 1V
1A

Os resistores estão presentes na grande maioria dos circuitos eletrônicos e em grande parte
dos circuitos elétricos, eles servem para limitar corrente e tensão.

RESISTORES FIXOS E VARIÁVEIS.

Um resistor fixo é aquele que possui um único valor de resistência que permanece constante
sob condições normais. Os tipos mais comuns de resistores fixos são os de carbono, os
resistores de fio enrolado e os SMD (resistores para microeletrônica usados nas placas de
equipamentos modernos como computadores, celulares, televisores LCD, etc...), seguem
exemplos nas figuras abaixo:

Figura 3.5a – Resistor de carbono. Figura 3.5b – Resistor de fio.

28
Figura 3.6a – Resistores SMD. Figura 3.6b – SMD ao lado de um Res. de carbono

Os resistores variáveis são usados para variar ou mudar a quantidade de resistência de um


circuito. Os resistores variáveis são denominados de potenciômetros ou reostatos. Os
potenciômetros geralmente possuem o elemento resistivo constituído de carbono, enquanto
nos reostatos ele é constituído por fio enrolado. Em ambos os casos, o contato com o elemento
resistivo fixo é feito através de um cursor móvel.

Figura 3.7 – Resistores variáveis – Potenciômetro e Reostato.

Nos resistores variáveis, à medida que o cursor (B) deslizante gira, o seu ponto de contato com
o elemento resistivo muda, variando assim, a resistência entre o terminal do cursor (B)
deslizante e os terminais da resistência fixa entre A e C (figura 3.8).

A B C
Figura 3.8 – Representação de um resistor variável.
LEI DE OHM.

A lei de Ohm define a relação entre a corrente, a tensão e a resistência. Há três formas de
expressá-la matematicamente.

1. A corrente em um circuito é igual à tensão aplicada ao circuito dividida pela resistência


do circuito:

29
I= V
R
2. A resistência de um circuito é igual à tensão aplicada ao circuito dividida pela corrente
que por ele passa:

R= V
I

3. A tensão aplicada a um circuito é igual ao produto da corrente pela resistência do


circuito:
V=RxI =RI
Onde: I = corrente, A

R = resistência, Ω

V = tensão, V

4. Através das fórmulas vistas acima é possível dizer que basta conhecermos duas das
três grandezas para conhecermos a terceira.

Exemplo 3.1.: Uma lâmpada de farol automotivo ligada a uma bateria de 12 V consome 4 A,
qual a resistência do seu filamento ?

R= V
I
Utilizando-se da fórmula temos:

R = 12V = 3 Ω
4A

Exemplo 3.2.: Qual a corrente consumida por uma torradeira elétrica ligada em 120 V sabendo
que sua resistência é de 15Ω ?

I= V
R
Utilizando-se da fórmula temos:

I= 120V = 8 A
15Ω

30
Exemplo 3.3.: Usou-se um amperímetro para medir a corrente de um chuveiro elétrico, a
corrente medida foi no valor de I = 20 A, a sua resistência é igual a R = 11Ω. Qual a tensão de
alimentação deste chuveiro ?

Utilizando-se da fórmula V =RI temos:

V = 11 Ω x 20 A = 220 V

POTÊNCIA ELÉTRICA.

A potência elétrica P usada em qualquer parte de um circuito é igual à corrente I nessa parte
multiplicada pela tensão V nessa parte do circuito. A fórmula para o cálculo da potência é:

P=VI

Onde: P = potência, W
V = tensão, V
I = corrente, A

Outras formas para esta equação é:

I= P V= P
V I

Se conhecemos a corrente I e a resistência R, mas não conhecemos a tensão V, podemos


determinar a potência P utilizando a Lei de ohm para a tensão, de modo que substituindo

V=RI

Teremos:

V = R I e P = RI x I >P=RI2

Exemplo 3.4.: A corrente através de um resistor de 100 Ω, a ser usado num cicuito, é de 0,20
A. Calcule a especificação de potência do resistor ?
2
Utilizando-se a fórmula P = R I temos:

P = 100 x 0,20x0,20 P=4W

Para evitar que um resistor seja danificado, a especificação de potência de qualquer resistor
usado num circuito deve ser o dobro da potência calculada pela equação de potencia, ou seja,
para este exemplo teríamos que utilizar um resistor de 8 W.

31
Exemplo 3.5.: Quantos quilowatts de potência são liberados a um circuito por um gerador de
240 V que fornece 20 A a um circuito ?

P=VI P = 240 x 20 = 4800 W = 4,8 kW

CAVALO-VAPOR – CV E HORSE-POWER - HP.

Um motor é um dispositivo que converte potência elétrica em potência mecânica num eixo em
rotação. A potência elétrica fornecida ao motor é medida em watts ou quilowatts. A energia
mecânica liberada por um motor elétrico é medida em cavalo-vapor. Um cavalo-vapor é
equivalente a 736 W de potência elétrica.
Quando a potência de um motor é expressa em Hp o seu valor é levemente diferente do CV.
Um Hp equivale a 746 W de potência elétrica.

Exemplo 3.6.: Converta as seguintes unidades de medidas:

a) Um motor elétrico de 15 CV possui quantos quilowatts ?

P(kW) = 15 x 736 W = 11,04 kW


1000

b) Um motor elétrico de 30 Hp possui quantos quilowatts ?

P(kW) = 30 x 746 W = 22,38 kW


1000

ENERGIA ELÉTRICA.

Energia e trabalho são praticamente a mesma coisa e ambas são expressas nas
mesmas unidades. Entretanto, a potência é diferente, porque ela leva em conta o tempo gasto
na realização do trabalho. Sendo o Watt a unidade de potência, um Watt usado em um segundo é
igual ao trabalho de um Joule (J), ou um Watt é um Joule por segundo. O Joule é a unidade prática
fundamental de trabalho ou de energia (veja a Tabela 2.3).
O quilowatt-hora (kWh) é uma unidade normalmente usada para designar grandes
quantidades de energia elétrica ou trabalho, por exemplo, a energia que consumimos em
nossas residências e locais de trabalho são pagas às concessionárias em kWh.

Exemplo 3.7.: Que quantidade de energia é liberada em 2h por um alternador que fornece 60
A em 12 V ?

P=VI P = 12 x 60 = 720 W

em quilowatts-hora, e para 2h temos:

P(kWh) = 720 W x 2h = 1,44 kWh


1000

Exemplo 3.8.: Que quantidade de energia é consumida em um banho de 30 minutos


utilizando-se de um chuveiro de 5500 W ?

em quilowatts-hora, e para 30 minutos temos:

32
P(kWh) = 5500 W x 0,5h = 2,75 kWh
1000
Observação:
Veja no exemplo acima que quando trabalhamos com kWh, o cálculo deve ser feito em
decimal, então 30 minutos = meia hora = 0,5 h.

Exercícios do Capítulo 3
1) Escreva a palavra, ou palavras, que completam mais corretamente as seguintes
afirmações:

a) As quatro partes fundamentais de um circuito completo são a_____________,


os____________, a_______________e o____________________________.
b) Um resistor fixo é aquele que possui um valor de resistência________________.
c) Os dois tipos mais comuns de resistores variáveis são chamados de____________e
____________________.
d) Se a tensão de um circuito for duplicada (2x) e a resistência permanecer constante, a
corrente no circuito aumentará para o _____________ do seu valor inicial.
e) Se a tensão de um circuito permanece constante e a resistência vai diminuindo ao longo
do tempo, a corrente irá________________________.

2) No circuito que segue, o resistor limita a corrente do circuito em 5 A quando conectado


a uma bateria de 10 V. Determine qual o valor da resistência ?
R=?
V = 10 V

I=5A

a) ( ) O valor da resistência é de 50 Ω.
b) ( ) O valor da resistência é de 0,5 Ω.
c) ( ) O valor da resistência é de 20 Ω.
d) ( ) O valor da resistência é de 2 Ω.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

3) No circuito abaixo é mostrado uma campainha residencial. A campainha tem uma


resistência de 8 Ω e precisa de uma corrente de 1,5 A para funcionar. Determine a
tensão necessária para que a campainha toque ?
V=?

I = 1,5 A

R=8Ω
a) ( ) O valor da tensão é de 5,33 V.
b) ( ) O valor da tensão é de 12 V.
33
c) ( ) O valor da tensão é de 24 V.
d) ( ) O valor da tensão é de 18 V.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

4) Calcule a corrente exigida por uma lâmpada incandescente de 60 W cuja especificação


para operação é de 120 V.

a) ( ) O valor da corrente é de 0,5 A.


b) ( ) O valor da corrente é de 72 A.
c) ( ) O valor da corrente é de 2 A.
d) ( ) O valor da corrente é de 18 A.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

5) Calcule a potência dissipada por uma resistência de um chuveiro elétrico cuja corrente
exigida é de 33 A quando alimentado por uma tensão de 220 V.

a) ( ) A potência dissipada é de 6,66 kW.


b) ( ) A potência dissipada é de 726 kW.
c) ( ) A potência dissipada é de 220 kW.
d) ( ) A potência dissipada é de 7,26 kW.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

6) Calcule, qual o valor da resistência do chuveiro do exercício de número 5.

a) ( ) A resistência é de 6,66 Ω.
b) ( ) A resistência é de 726 Ω.
c) ( ) A resistência é de 220 Ω.
d) ( ) A resistência é de 7,26 Ω.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.
7) Calcule a potência consumida por um resistor fixo de 25 Ω para uma corrente de 3 A.

a) ( ) A potência consumida é de 75 W.
b) ( ) A potência consumida é de 8,33 W.
c) ( ) A potência consumida é de 150 W.
d) ( ) A potência consumida é de 25 W.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

8) Uma lâmpada de 150 W foi esquecida acesa por 30 dias em um galpão, quantos kWh
foi registrado no medidor nestes 30 dias ?.

a) ( ) Os kWh registrado no medidor foi de 4,5 kWh.


b) ( ) Os kWh registrado no medidor foi de 10,8 kWh.
c) ( ) Os kWh registrado no medidor foi de 3,6 kWh.
d) ( ) Os kWh registrado no medidor foi de 108 kWh.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

9) Sabendo que a concessionária de energia cobra R$ 0,52 por cada kWh, quanto será o
valor da conta do galpão do exercício anterior ?.

a) ( ) O valor da conta será de R$ 56,16.


b) ( ) O valor da conta será de R$ 561,6.
c) ( ) O valor da conta será de R$ 52,52.
34
d) ( ) O valor da conta será de R$ 5,61.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

10) Um fazendeiro esqueceu os faróis do seu trator ligado durante a noite. Sabendo que o
consumo de cada lâmpada é de 60 W e que o trator possui dois faróis, por quanto
tempo ficarão acesos estes faróis se a bateria é de 12 V/ 60Ah ?.
Nota: a potência disponível na bateria é P = 12V x 60Ah = 720 Wh.

a) ( ) O tempo será de 3 horas.


b) ( ) O tempo será de 9 horas.
c) ( ) O tempo será de 12 horas.
d) ( ) O tempo será de 6 horas.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

4 – Circuitos Série de Corrente Contínua


TENSÃO, CORRENTE E RESISTÊNCIA EM CIRCUITOS SÉRIE.

Um circuito série é aquele que permite somente um caminho para a passagem de corrente.
Nos circuitos série (figura 4.1), a corrente I é a mesma em todos os pontos do circuito. Isso
significa que a corrente que passa por R1 é a mesma que passa por R2 e é exatamente aquela
que é fornecida pela bateria Vcc.

I
R1
Vcc

R2

Figura 4.1. – Um circuito série com dois resistores.

Outro fator importante no circuito série é que quando as resistências são conectadas em série
(figura 4.1), a resistência total do circuito é igual à soma das resistências de todas as partes do
circuito, ou

R T = R1 + R2

Onde: RT = resistência total, Ω.


R1 e R2 = resistência em série, Ω.

35
Exemplo 4.1.: Um circuito série é formado por resistores de 50 Ω , 75 Ω e 100 Ω conforme a
figura. Determine a resistência total do circuito.
R1

R2
R T =

R3

Pela equação de resistência total, temos:

RT = R1 + R2 + R3 RT = 50 + 75 + 100

Então: RT = 225 Ω

TENSÃO NO CIRCUITO SÉRIE:

A tensão no circuito série é igual a soma das tensões nos terminais de cada resistência do
circuito, (figura 4.2)
V1

R1

I
Vcc

R2

V2

R3

V3

Figura 4.2. – Distribuição das tensões em um circuito série com três resistores.

Para este circuito temos que a soma das tensões V1 + V2 + V3 = Vcc

Exemplo 4.2.: Para o circuito da figura 4.2, calcule a corrente I para uma fonte de 12 V e os
resistores com os seguintes valores R1 = 5 Ω, R2 = 7 Ω e R3 = 12 Ω.

Temos que: RT = R1 + R2 + R3 RT = 5 + 7 + 12 = 24 Ω

Podemos substituir este circuito por um circuito equivalente, que fica:

36
I

12 V

RT
Para calcular a corrente, utilizamos da Lei de ohm:

I= V
R
I = 12 V = 0,5 A ou 500 mA
24 Ω

A Lei de ohm pode ser aplicada ao circuito todo ou a partes separadas de um circuito. Quando
ela é usada, a tensão através dessa parte é igual à corrente dessa parte multiplicada pela sua
resistência. Veja figura 4.3.

Veja que para cada tensão podemos aplicar:

V1 = R1 I V2 = R2 I V3 = R3 I

então, teremos:

V1 = 5Ω x 0,5A = 2,5 V V2 = 7Ω x 0,5A = 3,5 V V3 = 12Ω x 0,5A = 6 V


2,5 V

R1

I
3,5 V
12V

R2

R3

6V

Figura 4.3. – Distribuição das tensões em um circuito série com três resistores.

Observe na figura anterior a comprovação de que a tensão da fonte no circuito série é


igual à soma das tensões nos terminais de cada resistência do circuito, ou seja:

Vcc= V1 + V2 + V3 = 2,5 + 3,5 + 6 = 12 V

As tensões V1, V2, V3, determinadas no exemplo 4.2, são conhecidas como quedas de
tensões ou quedas RI. O efeito delas é reduzir a tensão que é disponibilizada para o restante
dos componentes do circuito. A soma das quedas de tensão em qualquer circuito série é
sempre igual à tensão aplicada ao circuito.
37
POLARIDADES DAS QUEDAS DE TENSÃO.

Quando há uma queda de tensão em uma resistência, uma extremidade deve ser mais positiva
ou mais negativa do que a outra. A polaridade da queda de tensão é determinada pelo sentido
convencional da corrente, ou seja, de um potencial positivo para um mais negativo. O sentido
da corrente em R1 é o do ponto A para o ponto B (figura 4.4). Observe também que as setas
que indicam tensão sempre apontam para a polaridade mais positiva.
A

I
R1 VR 1

Vcc B
C

R2 VR 2

D
Figura 4.4. – Polaridade das quedas de tensão em um circuito série.

CONDUTORES (FIOS ELÉTRICOS).

Um condutor é um material que possui muitos elétrons livres. O alumínio, o cobre e a prata são
exemplos de bons materiais condutores de eletricidade. Em geral, os metais são bons
condutores. O cobre é o material mais usado em condutores elétricos. Em seguida vem o
alumínio. Certos gases também são usados em vários tipos de lâmpadas (fluorescentes, vapor
de mercúrio).
Os condutores possuem uma resistência muito baixa. A função do condutor é de conectar a
fonte da tensão a uma resistência de carga com uma queda de tensão RI mínima no condutor,
de modo que a maior parte da tensão aplicada possa produzir corrente na resistência de carga.

Exemplo 4.3.: A resistência de dois condutores de fio de cobre de comprimento de 30 m cada


um é de cerca de 0,05 Ω, o que é muito pequena se comparada com a resistência de 150 Ω do
filamento de tungstênio da lâmpada mostrada na figura 4.5. Os condutores devem ter uma
resistência mínima para que o brilho da lâmpada seja total. Quando uma corrente de 0,8 A
passa pela lâmpada e pelos condutores em série, a queda de tensão RI nos condutores é de
0,04 V, sendo que 109,96 V aparece na lâmpada. Praticamente toda a tensão aplicada de
110V aparece no filamento da lâmpada.

I = 0,8 A

110V
109,96V

Condutores
R = 0,05 Ω
R I = 0,04 V
Figura 4.5. – Circuito com lâmpada de tungstênio.
38
MEDIDAS E PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DE FIOS CONDUTORES.

No Brasil, os cabos condutores são medidos em função da área da seção, isto é, a parte
hachurada em azul na figura 4.6. Para o cálculo de uma seção circular, utilizamos do diâmetro
e pode ser visto na fórmula abaixo:
2
S=πd
4
Onde:
S = área da seção em mm2.
π = é uma constante = 3,1415.
d = é o diâmetro em mm.

Figura 4.6.: Seção de um condutor.

CAPACIDADE DE CORRENTE.

A tabela 4.1 relaciona as dimensões de fios de acordo com a norma NBR5410, a coluna (1) é a
medida da área da seção circular em mm2, a coluna (2) é a capacidade máxima de corrente do
fio para dois condutores carregados (circuitos monofásicos), e a coluna (3) é a capacidade
máxima de corrente do fio para três condutores carregados (circuitos trifásicos).

39
Tabela 4.1.: Seção do fio em função da capacidade de corrente para fio de cobre.

RESISTÊNCIA DOS FIOS.

A tabela 4.2 ilustra a seção nominal, o diâmetro máximo e a resistência por 1000 m de fio de
cobre (Ω/km).

Tabela 4.2.: Relação da seção, diâmetro e resistência por km.

Exemplo 4.4. Utilizando-se da tabela 4.2, calcule a queda de tensão para uma instalação com
2 fios de cobre de 1,5 mm2 com comprimento de 100 metros cada, esta instalação é utilizada
para alimentar um holofote de 350 W no portão de uma empresa, a tensão de alimentação é
220V.
100 m
DISTRIBUIÇÃO

LÂMPADA
QUADRO
DE

Vemos na tabela 4.2 que para 1000m de cabo de 1,5 mm2 a sua resistência é de 13,3 Ω, então
para cada 100m teremos um R = 1,33Ω, então:

RT = 2 x 1,33 = 2,66 Ω.

Com isso, o circuito fica:

40
100 m

1,33 Ω

DISTRIBUIÇÃO

LÂMPADA
QUADRO
DE
1,33 Ω

Calculando a resistência da lâmpada, temos:

I= P
V
I =350/220 = 1,591 A

R= V
I
R =220/1,591 = 138,28 Ω

Podemos fazer outro circuito:

100 m

1,33 Ω
DISTRIBUIÇÃO
QUADRO

138,28 Ω
DE

1,33 Ω

Com isso temos que a resistência total fica: RT = 1,33 + 1,33 + 138,28 = 140,94 Ω

Calculando a corrente do circuito: I = V / RT = 220/140,94 I = 1,561 A

E a queda de tensão em cada resistência do fio:

VRFIO = RFIO x I = 1,33 x 1,561 = 2,08 V

Então vemos que em cada fio irá ter uma queda de tensão de 2,08 V, a queda total será de
4,16 V.

A tensão final da lâmpada será de 220V – 4,16V = 215,84 V.

Observação: Neste exemplo, é importante notar que quando utilizamos de fios longos, há que
tomar cuidado com a queda de tensão, além do sobreaquecimento que pode ocorrer, pois
como a resistência do fio se opõe à passagem de corrente, haverá aquecimento no fio.
E para a solução deste problema, deverão ser utilizados fios de maior seção. Este
exemplo se aplica para instalação de faróis extras em veículos, pois as lâmpadas de faróis
consomem correntes acima de 5 ampères cada.

41
Exercícios do Capítulo 4
1) Em um circuito série, podemos afirmar que ?

a) ( ) A tensão é a mesma em todos os resistores.


b) ( ) A corrente é a mesma em todos os resistores.
c) ( ) A corrente se divide entre os resistores.
d) ( ) A tensão e a corrente são a mesmas em todos os resistores.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

2) Em um circuito série, podemos afirmar que ?

a) ( ) A Resistência total é igual à tensão total.


b) ( ) A Resistência total é igual à corrente total.
c) ( ) A Resistência total é igual a R x I.
d) ( ) A Resistência total é igual à soma de todos os resistores do circuito.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

3) Sabendo que a fonte Vcc do circuito abaixo é de 24V. Calcule qual a tensão em cada
resistor:
20Ω
R1
I
Vcc

12Ω
R2

a) ( ) VR1 = 15V e VR2 = 15V.


b) ( ) VR1 = 24V e VR2 = 24V.
c) ( ) VR1 = 12V e VR2 = 12V.
d) ( ) VR1 = 15V e VR2 = 9V.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

4) Calcule e responda, qual a tensão Vcc necessária para que a fonte no circuito abaixo
provoque uma corrente de 10 A ?.
4Ω
R1
10A
Vcc

6Ω
R3

10Ω
R2

a) ( ) O valor da tensão é de 20 V.
b) ( ) O valor da tensão é de 200 V.
c) ( ) O valor da tensão é de 2000 V.
d) ( ) O valor da tensão é de 2 V.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

42
5) No circuito abaixo, sabendo que a fonte é de Vcc = 12 V, dimensione um resistor para
que a tensão e a corrente sejam limitadas no LED (Diodo Emissor de Luz) conforme os
valores indicados de corrente e tensão.
R1
0,05A

VLED = 2V
Vcc
a) ( ) O valor da resistência será de 20 Ω.
b) ( ) O valor da resistência será de 2 kΩ.
c) ( ) O valor da resistência será de 20 kΩ.
d) ( ) O valor da resistência será de 200 Ω.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

6) Para o cálculo do resistor do exercício anterior, deve-se tomar cuidado com a potência
dissipada no resistor para que o mesmo não se queime, pois existem resistores desde
¼ W até 200 W. Sabendo isso, calcule a potência mínima para a compra de um resistor
que possa ser utilizado com o LED.

a) ( ) A potência será no mínimo de 5 W.


b) ( ) A potência será no mínimo de 0,25 W.
c) ( ) A potência será no mínimo de 0,5 W.
d) ( ) A potência será no mínimo de 25 W.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

7) No circuito abaixo, cinco lâmpadas estão conectadas em série. Cada lâmpada necessita
16V e 0,1A. Calcule a tensão e a potência total fornecida pela fonte.
L1 L2

VT L3

L5 L4

a) ( ) A tensão é de VT = 16V e a potência total é P = 16W.


b) ( ) A tensão é de VT = 80V e a potência total é P = 16W.
c) ( ) A tensão é de VT = 80V e a potência total é P = 1,6W.
d) ( ) A tensão é de VT = 80V e a potência total é P = 8W.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

8) Em um circuito série, podemos afirmar que ?

a) ( ) A potência total da fonte é igual à soma das potências de cada componente.


b) ( ) A potência total da fonte é igual à soma das resistências de cada componente.
c) ( ) A potência total da fonte é igual à soma das tensões de cada componente.
d) ( ) A potência total da fonte é igual à soma das correntes de cada componente.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

43
9) Utilizando-se da tabela 4.2 e calculando-se a queda de tensão nos fios. Descubra qual a
tensão aplicada em um motor cuja instalação possui 2 fios de cobre de 2,5 mm2 e
comprimento de 60 metros cada, o motor tem uma potência de 15 kW e tensão de
alimentação de 220V.

a) ( ) A tensão é de aproximadamente 170 V.


b) ( ) A tensão é de aproximadamente 213 V.
c) ( ) A tensão é de aproximadamente 53 V.
d) ( ) A tensão é de aproximadamente 215 V.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

10) Considerando a corrente calculada e sem considerar queda de tensão. Qual fio da
tabela 4.1 você utilizaria para a instalação do motor da questão de número 5.

a) ( ) Utilizaria o fio de 16 mm2.


b) ( ) Utilizaria o fio de 25 mm2.
c) ( ) Utilizaria o fio de 70 mm2.
d) ( ) Utilizaria o fio de 2,5 mm2.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

5 - CIRCUITOS PARALELOS DE CORRENTE


CONTÍNUA
Um circuito paralelo é aquele no qual dois ou mais componentes estão conectados à mesma
fonte de tensão (figura 5.1). Os resistores R1, R2 e R3 estão em paralelo entre si e com a
bateria. Cada percurso paralelo é então um ramo ou malha com a sua própria corrente.
Quando a corrente total IT sai da fonte de tensão V, uma parte I1 da corrente IT flui através de
R1, uma outra parte I2 flui através de R2, e a parte restante I3 passa através de R3. As
correntes, I1, I2 e I3 nos ramos podem ser diferentes. Entretanto, se for inserido um voltímetro
(um instrumento que serve para medir a tensão de um circuito) em R1, R2 e R3, as respectivas
tensões V1, V2 e V3 serão iguais. Portanto,

V = V1 = V2 =V3

IT I1 I2 I3

V R1 V1 R2 V2 R3 V3

Figura 5.1.: Um circuito paralelo.

44
A corrente total IT é igual à soma das correntes em todos os ramos.

IT = I1 + I2 + I3

Essa fórmula se aplica a qualquer número de ramos em paralelo sejam as resistências iguais
ou não. Pela lei de Ohm, cada corrente de ramo é igual à tensão aplicada dividida pela
resistência entre dois pontos onde a tensão é aplicada. Assim, como vemos na figura 5.1, para
cada ramo temos as seguintes equações:

I1 = V1 = V
R1 R1
Ramo 1:

I2 = V2 = V
R2 R2
Ramo 2:

I3 = V3 = V
R3 R3
Ramo 3:

RESISTÊNCIA EM PARALELO.

A resistência total num circuito em paralelo pode ser determinada aplicando-se a lei de Ohm:
divida a tensão comum através das resistências em paralelo pela corrente total da linha.

RT = V
IT

RT é a resistência total de todos os ramos em paralelo através da fonte de tensão V, e IT é a


soma da corrente de todos os ramos.

Exemplo 5.1.: Qual é a resistência total do circuito que aparece na figura 5.2 sabendo:
V = 120V; R1 = 15Ω; R2= 15Ω e R3 = 12Ω

45
IT I1 I2 I3

V R1 R2 R3

Temos que: I1 =120/15 = 8A I2 =120/15 = 8A I3 =120/12 =10A

IT = I1 + I2 + I3 = 8 + 8 + 10 = 26A

RT =120/26 =4,62Ω

Existem mais duas formas de calcular a resistência total de um circuito paralelo, uma é a soma
dos inversos:

1 = 1 1 1
RT R1 R2 R3

A segunda forma de cálculo para resistências em paralelo é o produto pela soma, o detalhe é
que neste sistema é necessário realizar o cálculo de dois em dois resistores, a fórmula é a
seguinte:

RA = R1 x R2 RT = RA x R3
R1 + R2 RA + R3

Resolvendo o exemplo 5.1 pela segunda opção temos:

IT I1 I2 I3 IT

V R1 RA R2 R3 V RA R3

Primeiro deve ser calculado o paralelo de duas resistências, por exemplo R1 e R2:

RA = 15 x 15 = 7,5 Ω
15 + 15

Depois calculamos o resultado de R1 e R2 = RA = 7,5 Ω, neste passo calculamos o RT que


será o paralelo de RA com R3:

RT = 7,5 x 12 = 4,62 Ω
46
7,5 + 12

Exemplo 5.2.: Qual é a resistência desconhecida do circuito abaixo sabendo que:


RT = 3Ω R1 =4Ω

RT R1 Rx

RT = R1 x Rx
R1 + Rx
Temos:

3 = 4 x Rx resolvendo a equação, temos: Rx = 12 Ω.


4 + Rx

CIRCUITO ABERTO E CIRCUITO FECHADO

Um ponto aberto em qualquer parte do circuito é, na verdade, uma resistência extremamente


alta que implica em ausência do fluxo de corrente através do circuito. Quando houver uma
interrupção na linha principal ( o X na figura 5.2.a), a corrente não chegará a nenhum dos
ramos em paralelo. Quando houver um ponto “aberto” num dos ramos (ramo 2 na figura 5.2.b),
não haverá corrente apenas nesse ramo, ou seja, em R2. Entretanto, as correntes nos ramos 1
e 3 continuarão a fluir tão logo sejam conectados à fonte de tensão.

X
IT I1 I3

V R1 R2 R3 V R1 R2 R3

Figura 5.2.a: Circuito em aberto. Figura 5.2.b.: Circuito com um ramo em aberto.

Um curto em qualquer parte de um circuito é, na verdade, uma resistência extremamente baixa.


O resultado é o fluxo de uma corrente muito maior pelo curto-circuito. Consideremos que um fio
condutor no ponto a, da figura 5.3., seja colocado, acidentalmente, em contato com o fio do
ponto b. Como o fio é um excelente condutor, o curto-circuito oferece um percurso paralelo com
uma resistência praticamente nula do ponto a ao ponto b. Praticamente toda a corrente irá
passar por esse caminho, pois o mesmo oferece uma menor oposição à passagem de corrente.
Dessa forma, os resistores R1 e R2 não drenarão as correntes normais.

47
a
IT IT

Curto
V R1 R2

b
Figura 5.3: Circuito com um fio em curto

Exemplo 5.3.: Calcule a corrente em cada ramo e a corrente total do circuito abaixo, sabendo
que: V = 120V R1 =6Ω R2 =4Ω

IT I1 I2

V R1 R2

I1 =120 / 6Ω = 20A I2 =120 / 4Ω = 30A


IT = I1 + I2 IT =20 + 30 = 50A

Supondo que o resistor R2 se queime, rompendo o circuito, qual a nova corrente ?

IT I1

V R1 R2

Neste caso, permanece somente a corrente I1 , então IT = I1 = 20A

A POTÊNCIA EM CIRCUITOS PARALELOS

Como a potência dissipada na resistência do ramo tem que ser proveniente da fonte de tensão,
a potência total é igual à soma dos valores individuais da potência em cada ramo.

PT = P1 + P2 + P3 .......+.......Pn

Onde PT é a potência total e P1 + P2 + P3 .......+.......Pn são as potências nos ramos.


A potência dissipada P em cada ramo é igual a VI e é igual a V2/R.
Nas associações em série e em paralelo, a soma dos valores individuais da potência dissipada
no circuito é igual à potência total gerada pela fonte de alimentação. As associações do circuito
não podem mudar o fato de que toda a potência do circuito provém da fonte de alimentação.
48
Exemplo 5.4.: Calcule a potência dissipada em cada ramo e a potência total do circuito na
figura que segue sabendo que V = 20V R1 =10Ω R2 =5Ω

IT I1 I2

V R1 R2

Temos que: I1 =V/ R1 I1 = 20/10 = 2A


I2 =V/ R2 I2 = 20/5 = 4A
As potências ficam:
P1 =V I1 = 20 x 2 = 40W
P2 =V I2 = 20 x 4 = 80W

Então PT =P1 + P2 = 40W + 80W = 120W

Ou ainda: PT=V IT = 20 x ( 2+4) = 120W

Exercícios do Capítulo 5
1) Complete com uma ou mais palavras, o mais corretamente possível, as afirmações a
seguir:
a) A resistência equivalente RT de ramos paralelos é __________ do que a menor resistência
dos ramos.
b) Quando dois resistores são conectados em paralelo, a tensão em cada um é a _________.
c) Um ramo aberto faz com que a corrente que passa por aquele ramo seja_____________,
mas os outros ramos continuam a ter a sua corrente____________.
d) Um curto-circuito possui resistência___________, resultando numa corrente___________.
e) Se duas resistências conectadas em paralelo dissipam cada uma 5W, a potência total
fornecida pela fonte de tensão é igual a_______________W.

2) Os ramos de circuito num sistema de fiação doméstica são paralelos. Liga-se ao circuito
de cozinha uma torradeira, uma cafeteira elétrica e uma panela de frituras. Sendo a
tensão da linha de 110V (figura 5.3), calcule a corrente total da linha principal e
responda.

I1 = 8,3A I2 = 8,3A I3 = 9,6A

Cafeteira Panela de
V = 110V Torradeira
Elétrica Frituras

49
a) ( ) A corrente total é de 110 A.
b) ( ) A corrente total é de 2,62 A.
c) ( ) A corrente total é de 17,9 A.
d) ( ) A corrente total é de 26,2 A.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

3) Qual a potência dissipada pela panela de frituras do exercício anterior ?

a) ( ) A Potência dissipada é de 110 W.


b) ( ) A Potência dissipada é de 1056 W.
c) ( ) A Potência dissipada é de 92,16 W.
d) ( ) A Potência dissipada é de 2112 W.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

4) Imagine dois resistores em paralelo, sendo R1 = 150 Ω e R2 = 90 Ω, qual a resistência


equivalente ou total deste circuito ?

a) ( ) A resistência equivalente é de 56,25 Ω.


b) ( ) A resistência equivalente é de 90 Ω.
c) ( ) A resistência equivalente é de 240 Ω.
d) ( ) A resistência equivalente é de 13500 Ω.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

5) Qual o valor da resistência R1 no circuito abaixo ?

IT 3A 9A

V R1 10 Ω

a) ( ) A resistência R1 é de 27 Ω.
b) ( ) A resistência R1 é de 30 Ω.
c) ( ) A resistência R1 é de 45 Ω.
d) ( ) A resistência R1 é de 3 Ω.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

6) Qual o valor da tensão da fonte do exercício anterior ?


a) ( ) A tensão é de aproximadamente 70 V.
b) ( ) A tensão é de aproximadamente 30 V.
c) ( ) A tensão é de aproximadamente 10 V.
d) ( ) A tensão é de aproximadamente 90 V.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

7) Qual a potência total dissipada no circuito da figura do exercício de número 5 ?


a) ( ) A Potência dissipada é de 180 W.
b) ( ) A Potência dissipada é de 1900 W.

50
c) ( ) A Potência dissipada é de 120 W.
d) ( ) A Potência dissipada é de 1080 W.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

8) Ainda no circuito do exercício de número 5, qual a sua resistência equivalente RT ?

a) ( ) A resistência RT é de 7,5 Ω.
b) ( ) A resistência RT é de 30 Ω.
c) ( ) A resistência RT é de 45 Ω.
d) ( ) A resistência RT é de 3 Ω.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

9) Em um circuito paralelo, podemos afirmar que ?


a) ( ) A tensão é a mesma em todos os resistores.
b) ( ) A corrente é a mesma em todos os resistores.
c) ( ) A tensão se divide entre os resistores.
d) ( ) A tensão e a corrente são a mesmas em todos os resistores.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

10) Em um circuito paralelo, podemos afirmar que ?


a) ( ) A Resistência total é igual à tensão total.
b) ( ) A Resistência total é igual à corrente total.
c) ( ) A Resistência total é igual a R x I.
d) ( ) A Resistência total é igual à soma de todos os resistores do circuito.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

51
6 – Baterias
Célula Voltaica

Uma célula voltaica química é constituída por uma combinação de materiais usados para
converter energia química em energia elétrica. A célula química é formada por dois eletrodos
de metais ou por compostos metálicos, diferentes, e um eletrólito, que é uma solução capaz de
conduzir corrente elétrica (figura 6.1). Forma-se uma bateria quando duas ou mais dessas
células são conectadas.

Eletrodos

Eletrólito

Íon Íon
negativo positivo

Figura 6.1: Célula Voltaica

Um exemplo excelente de um par de eletrodos é o zinco e o cobre. O zinco contém uma


abundância de átomos carregados negativamente, enquanto o cobre apresenta uma
abundância de átomos carregados positivamente. Quando se imerge placas desses metais
num eletrólito, tem inicio uma ação química entre eles. O eletrodo de zinco acumula uma carga
negativa muito maior, pois ele se dissolve lentamente no eletrólito. Os átomos que saem do
eletrodo de zinco estão carregados positivamente. Estes são atraídos pelos íons (-) carregados
negativamente do eletrólito, enquanto repelem os íons (+) carregados positivamente do
eletrólito, em direção ao eletrodo de cobre (figura 6.2).

Eletrodo Eletrodo
negativo positivo
Zinco Cobre

Figura 6.2: Célula com eletrodos de zinco e cobre.

52
Se uma carga for conectada entre os eletrodos de cobre e zinco, as forças de atração e
repulsão farão com que os elétrons livres do eletrodo de zinco (negativo), dos fios condutores e
da carga, se desloquem em direção aos eletrodos de cobre carregado positivamente.

Células em séries e em paralelo

Quando várias células são ligadas em série (figura 6.3), a tensão total na bateria de células é
igual à soma da tensão em cada uma das células individualmente. Na figura 6.3, as quatro
células de 1,5 V em série fornecem uma tensão total da bateria de 6V. É importante notar que,
quando as células são colocadas em série, o terminal positivo de uma célula é conectado ao
terminal negativo da seguinte. A corrente que passa através de uma bateria formada por
células em série é a mesma que passa por uma única célula, porque a mesma corrente passa
por todas as células em série.

6V

1,5 V 1,5 V 1,5 V 1,5 V

1,5 V 1,5 V 1,5 V 1,5 V

Figura 6.3: Células em série.

Para se obter uma corrente maior de um conjunto de baterias, o conjunto deve ser ligado em
paralelo (figura 6.4). Quando as células são dispostas em paralelo, todos os terminais positivos
são conectados juntos e todos os terminais negativos também são conectados juntos.

1,5 V 1,5 V 1,5 V 1,5 V

1,5 V 1,5 V 1,5 V

Figura 6.4: Células em paralelo.

Células Primárias e Secundárias

As células primárias são aquelas que não podem ser recarregadas ou não podem retornar às
condições originais de funcionamento depois de sua tensão de saída ter diminuído
53
excessivamente. As células secas (pilhas comuns) usadas em lanternas e em rádios
transistorizados são exemplos de células primárias.

As células secundárias são aquelas recarregáveis. Durante a recarga, os produtos químicos


que produzem a energia elétrica são restituídos às suas condições originais. A recarga é feita
passando-se uma corrente contínua através da célula no sentido oposto ao sentido da corrente
que a célula fornece ao circuito.

A célula é recarregada ligando-a a um carregador de bateria aos pólos de mesmo nome, isto é,
positivo com positivo e negativo com negativo (figura 6.5). Alguns carregadores de bateria
possuem um voltímetro e um amperímetro que indicam a tensão e a corrente de carga.

Bateria Carregador

Figura 6.5: Recarga de uma bateria secundária com carregador.

O exemplo mais comum de uma célula secundária é a bateria automotiva. As células


secundárias ou baterias são particularmente úteis na alimentação de equipamentos móveis ou
semi-portáteis. São usadas células secundárias menores e blindadas na alimentação de
equipamentos portáteis como celulares, notebooks, etc...

Tipos de baterias.

Bateria de Chumbo-ácido.

A bateria de chumbo-ácido é formada por certo número de células de chumbo-ácido. Cada


célula possui dois grupos de placas de chumbo; um conjunto é o terminal positivo e o outro é o
terminal negativo. Todas as placas positivas estão conectadas juntas através de uma cinta
conectora (figura 6.6), e todas as negativas também estão conectadas através de uma cinta.

Conexão
série entre
células

Cinta
Conectora
de placas

Figura 6.6: Bateria de chumbo-ácido.

54
A tensão nesse tipo de célula é ligeiramente superior a 2V. As baterias usadas nos automóveis
contêm seis células conectadas em série, de modo que a tensão de saída da bateria é
ligeiramente maior do que 12V.

Essa bateria ou acumulador é capaz de fornecer corrente durante um tempo muito maior do
que a média das pilhas secas. No automóvel, a bateria é ligada ao dispositivo alternador,
enquanto o automóvel estiver ligado, o alternador fornece a corrente necessária para o
automóvel funcionar e, simultaneamente recarregar a bateria.

Quando a bateria se descarrega, parte do ácido do eletrólito se combina com o material ativo
da placa (figura 6.7a). Esta reação química altera o material em ambas as placas tornando-o
um sulfato de chumbo. Quando a bateria está sendo carregada pelo alternador, ocorre a
reação inversa e o ácido que foi absorvido pelas placas retorna ao eletrólito (figura 6.7b). Como
resultado, o material ativo das placas volta à sua condição original (estado de “carregada”) de
peróxido de chumbo e chumbo esponjoso e o eletrólito recupera a sua atividade original.

Toda vez que uma bateria estiver sendo carregada, a reação química produz gás hidrogênio na
superfície de uma das placas e gás oxigênio na outra. Esses gases borbulham até a superfície
e escapam através de um orifício que existe no revestimento da célula.

Carga
da
Bateria Fluxo
de
Elétrons
O ácido
vai para
as
placas
Peróxido de chumbo
Chumbo esponjoso

Transformação
Transformação de peróxido de
de chumbo chumbo em
esponjoso em sulfato de
sulfato de chumbo
chumbo O eletrólito
fica mais
fraco

Figura 6.7a: Bateria se descarregando.

55
Carregador Fluxo
de
Elétrons
O ácido
deixa
as
placas

Sulfato de chumbo

Sulfato de chumbo
Transformação
Transformação de sulfato de
de sulfato de chumbo em
chumbo em peróxido de
chumbo chumbo
esponjoso O eletrólito
volta a sua
atividade
normal

Figura 6.7b: Bateria em carga.

Pilha alcalina

A pilha secundária alcalina é assim denominada por conter um eletrólito alcalino de hidróxido
de potássio. Uma bateria que recebe a denominação de bateria alcalina possui um eletrodo
negativo de zinco e um eletrodo positivo de dióxido de manganês e gera 1,5V.

A pilha primária alcalina (figura 6.8) tem uma construção semelhante à do tipo recarregável
apresentando a mesma tensão de operação. Esta pilha tem uma vida útil mais longa do que a
pilha de zinco-carbono de mesmo tamanho.

Figura 6.8: Pilha primária alcalina.

Bateria de níquel-cádmio

Na pilha seca secundária de níquel-cádmio, o eletrólito é hidróxido de potássio, o eletrodo


negativo é o hidróxido de níquel e o eletrodo positivo é o óxido de cádmio. A tensão de
operação é de 1,25V. Estas baterias são fabricadas em diversos tamanhos, inclusive na forma
de pastilhas. A bateria de níquel-cádmio é a única bateria seca que é realmente uma bateria
acumuladora com uma reação química reversível e que permite que a bateria seja recarregada
várias vezes (figura 6.9).

56
Figura 6.9: Baterias de níquel-cádmio.

Características das Baterias.

Resistência Interna.

Uma bateria é um gerador de tensão CC.Todos os geradores têm uma resistência interna, Ri .
Numa célula química, a resistência do eletrólito entre os eletrodos é responsável pela maior
parte da resistência interna da célula. Como qualquer corrente na bateria tem que fluir através
da resistência interna, Ri está em série com a tensão gerada VB (figura 6.10a). Sem corrente, a
queda de tensão através de Ri é zero, de modo que toda a tensão gerada, VB projeta-se através
dos terminais de saída (figura 6.10a). Esta é a tensão de circuito aberto, ou tensão sem carga.
Se for conectada uma resistência de carga RL na bateria, RL deve estar em série com Ri (figura
6.10b). Quando uma corrente IL passa por esse circuito, a queda de tensão interna, Ri x IL ,
diminui a tensão VL nos terminais da bateria, de modo que VL = VB – (Ri x IL).

Ri Ri IL
Tensão RL Tensão
VB VB sem VB VL com
carga carga

Figura 6.10a: Bateria em aberto Figura 6.10b: Bateria com carga.

Exemplo 6.1. Uma bateria tem uma tensão de circuito aberto, ou sem carga, de 100V. Se a
resistência interna for de 100 Ω e a resistência externa for de 600Ω (figura 6.10b), qual será a
tensão na carga VL ?

VB 100
IL = = = 0,143 A
Ri + RL 100 + 600

A queda de tensão na bateria será:

57
Ri x IL = 100 x 0,143 = 14,3 V

De modo que a tensão na carga fica:

VL = VB – (Ri x IL). = 100 – 14,3 = 85,7 V

Peso específico.

O peso específico de qualquer líquido é dado por uma razão que compara o seu peso com o
peso de igual volume de água, pois o peso específico da água é aproximadamente 1g para
cada 1ml. O ácido sulfúrico puro tem um peso específico de 1,835, pois ele pesa 1.835 vezes o
peso da água por unidade de volume.

O peso específico de uma solução eletrolítica numa bateria chumbo-ácido varia de 1,210 a
1,300 para baterias novas e com carga máxima. Quanto maior o peso específico, menor a
resistência interna da bateria e mais alta a corrente de carga permitida. À medida que a bateria
se descarrega, a água formada dilui o ácido e o peso específico diminui lentamente para cerca
de 1,150, valor no qual se considera que a bateia está completamente descarregada. O peso
específico é medido com um hidrômetro do tipo seringa ou conhecido também como
densímetro, que possui um bulbo compressível de borracha na parte superior, um cilindro de
vidro e uma mangueira de borracha na extremidade inferior do cilindro (figura 6.11).

Figura 6.11: Hidrômetro ou densímetro.

Ao se fazer leituras com o hidrômetro, geralmente se omite a posição da vírgula. Por exemplo,
um peso específico de 1,270 é lido simplesmente como “doze-setenta”. Uma leitura no
hidrômetro de 1270 a 1300 indica carga total, cerca de 1250 indica meia carga, e 1150 a 1200
que a bateria está completamente descarregada.

Capacidade de Corrente.

A capacidade de corrente da bateria é dada em ampères-hora (Ah). A capacidade de uma


bateria determina o tempo em que ela funcionará com uma determinada taxa de descarga. Por
exemplo, uma bateria de 90 Ah terá que ser recarregada após 9h de uso funcionando com uma
descarga média de 10A.

58
Uma célula de bateria de chumbo-ácido de automóvel, quando completamente carregada, tem
uma tensão inicial de cerca de 2,1V sem uma carga conectada.

Prazo de validade.

A bateria tem um período durante o qual ela pode ser guardada sem perder mais do que
aproximadamente 10% de sua capacidade original. A capacidade de uma bateria é a sua
habilidade de liberar uma dada quantidade de corrente para o circuito ao qual está conectada.
A perda dessa capacidade deve-se principalmente à evaporação do seu eletrólito e a reações
químicas que alteram os materiais que compõem a bateria. Colmo o calor estimula esses dois
processos, a vida sem uso de uma bateria pode ser prolongada mantendo-a num local firo e
seco.

Exercícios do Capítulo 6

1) Uma bateria é formada por duas ou mais células conectadas em ?


a) ( ) As células são conectadas em paralelo.
b) ( ) As células são conectadas em série e paralelo.
c) ( ) As células não são conectadas.
d) ( ) As células são conectadas em série.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

2) As células que efetivamente não podem ser carregadas são chamadas de células ?
a) ( ) São chamadas de células primárias.
b) ( ) São chamadas de células secundárias.
c) ( ) Podem ser primárias ou secundárias.
d) ( ) São chamadas de células termoiônicas.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

3) Uma bateria de 12V é colocada temporariamente em curto-circuito. A corrente de curto-


circuito (short-circuit) é de 60 A. Qual a resistência interna desta bateria ?
a) ( ) A resistência é de 60 Ω.
b) ( ) A resistência é de 720 Ω.
c) ( ) A resistência é de 5 Ω.
d) ( ) A resistência é de 0,20 Ω.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

4) Uma bateria tem uma saída de 12V em circuito aberto. Com uma corrente de carga de 1
A, essa tensão cai para 11,5 V. Qual a resistência interna desta bateria ?
a) ( ) A resistência é de 0,5 Ω.
b) ( ) A resistência é de 720 Ω.
c) ( ) A resistência é de 5 Ω.
d) ( ) A resistência é de 0,20 Ω.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

59
5) Uma bateria de chumbo-ácido de 6 V apresenta uma resistência interna de 0,02Ω. Qual
é o valor da corrente que fluirá na bateria em curto-circuito ?
a) ( ) A corrente média é de 25 A.
b) ( ) A corrente média é de 200 A.
c) ( ) A corrente média é de 20 A.
d) ( ) A corrente média é de 300 A.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

6) Uma bateria de chumbo-ácido tem uma especificação de 200 Ah. Com base numa
descarga de 8h, que corrente de carga média esta bateria pode fornecer ?
a) ( ) A corrente média é de 25 A.
b) ( ) A corrente média é de 200 A.
c) ( ) A corrente média é de 20 A.
d) ( ) A corrente média é de 1600 A.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

7) Qual é o peso específico de uma solução formada por partes iguais de ácido sulfúrico e
água ? Sabendo que o peso específico do ácido sulfúrico (H2SO4) = 1,835 e do água
(H2O) = 1.
a) ( ) O peso específico resultante será de 1,418.
b) ( ) O peso específico resultante será de 1,835.
c) ( ) O peso específico resultante será de 1.
d) ( ) O peso específico resultante será de 2,835.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

8) Imagine que uma bateria de chumbo-ácido de 12V/100Ah está totalmente


descarregada, se um carregador de 12V/5A for conectado para carregá-la, quanto
tempo levará para atingir o total carregamento ?
a) ( ) O tempo será de 100 h.
b) ( ) O tempo será de 12 h.
c) ( ) O tempo será de 60 h.
d) ( ) O tempo será de 20 h.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

9) Suponha que duas baterias de chumbo-ácido de 12V/100Ah foram ligadas em paralelo,


qual será a capacidade total de corrente e qual a tensão final deste conjunto ?
a) ( ) A corrente será de 100Ah e a tensão de 24V.
b) ( ) A corrente será de 200Ah e a tensão de 12V.
c) ( ) A corrente será de 200Ah e a tensão de 24V.
d) ( ) A corrente será de 100Ah e a tensão de 12V.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

10) Suponha que duas baterias de chumbo-ácido de 12V/100Ah foram ligadas em série,
qual será a capacidade total de corrente e qual a tensão final deste conjunto ?
a) ( ) A corrente será de 100Ah e a tensão de 24V.
b) ( ) A corrente será de 200Ah e a tensão de 12V.
60
c) ( ) A corrente será de 200Ah e a tensão de 24V.
d) ( ) A corrente será de 100Ah e a tensão de 12V.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

7 – Máxima Transferência de Potência


Circuitos Série-Paralelo

Já vimos que os circuitos série dividem a tensão da fonte entre os componentes, e a corrente é
única, segue figura:

V1

R1

I
Vcc

R2

V2
R3

V3

Sabemos também que:

V1 + V2 + V3 = Vcc

I = Vcc
RT

Já vimos também que no circuito paralelo a soma das correntes é igual a corrente total, e a
tensão é a mesma em todos os componentes, segue figura:

IT I1 I2 I3

V R1 V1 R2 V2 R3 V3

Então:

V = V1 = V2 =V3 IT = I1 + I2 + I3

61
I1 = V1 = V I2 = V2 = V I3 = V3 = V
R1 R1 R2 R2 R3 R3

Agora veremos que muitos circuitos podem ser formados por associações de circuitos série-
paralelo. Essa associação de circuitos é chamada de circuitos série-paralelo ou circuitos
mistos. Segue figura como exemplo:

V1 A tensão é a mesma
R1
I2 I3
I1

R2

R3
Vcc V2 V3

Analisando este circuito, podemos dizer que:

IT = I1 = I2 + I3

V2 = V3 = que podemos chamar de V2.3

VCC = V1 + V2.3

Neste circuito vemos que a corrente IT = I1 se divide após passar por R1 , sendo que uma parte
passa por R2 , e a outra parte passa por R3 . Depois, as frações da corrente se encontram na
junção dos dois resistores e a corrente volta para o terminal negativo da fonte de tensão e, da
fonte de tensão, para o terminal positivo.

Para calcular os valores de corrente, tensão e resistência num circuito série paralelo, seguem-
se as regras que se aplica aos circuitos em série para a parte em série do circuito e seguem-se
as regras que se aplicam aos circuitos em paralelo para a parte em paralelo do circuito. O
cálculo de circuitos série-paralelo pode ser simplificado se todos os grupos em série e em
paralelo forem primeiramente reduzidos a resistências equivalentes únicas e se os circuitos
forem redesenhados na sua forma simplificada, chamada de circuito equivalente. Não há
fórmulas prontas para a solução de circuitos série-paralelo, porque há infinitas formas
diferentes para esses circuitos.

Exemplo 7.1.: Calcule a resistência total, a corrente total do circuito e as correntes nos ramos
do circuito dado na figura 7.1.

62
V1

R1
10Ω I2 I3
I1

Vcc = 54V

24Ω
12Ω
R2

R3
V2 V3

Figura 7.1.: Circuito série-paralelo.

Redesenhando este circuito em uma forma simplificada ou equivalente, fica:

V1

R1
10Ω I1
I1
Vcc = 54V

R2.3
8Ω V2.3

Figura 7.2.: Circuito simplificado.

O resistor R23 = 8Ω que é o resultado paralelo de R2 e R3 , ainda podemos simplificá-lo mais


uma vez:

I1
Vcc = 54V

18Ω
RT

Vcc

Figura 7.3.: Circuito equivalente da figura 7.1..

Donde poderemos calcular agora a corrente I1 .

I = Vcc
RT
I1 = 54 / 18 = 3 A

Com esta corrente, no circuito da figura 7.2 podemos achar a tensão em R1 e em R2.3 através
da seguinte fórmula:

63
V1 = R1 X I1 = 10 x 3 = 30 V e V2.3 = R2.3 X I1 = 8 x 3 = 24 V

Voltando ao circuito original da figura 7.1, podemos calcular agora as correntes I2 e I3 que
ficará:

I2 = 24 / 12 = 2 A e I3 = 24 / 24 = 1 A

Observe que a soma de I2 com I3 é igual à corrente total I1 .

Máxima Transferência de Potência.

A potência máxima é fornecida pela fonte de tensão e recebida pelo resistor de carga, se o
valor do resistor de carga for igual ao da resistência interna da fonte de tensão (figura 7.4).
Para a máxima transferência da potência, temos:

RL = Ri

I
Ri

RL
Vcc

Figura 7.4.: Representação de resistência interna.

E a potência que chega na carga é:

PL = I2 x RL onde

I= Vcc
Ri + RL

Exemplo 7.2.: Se uma bateria de 10 V tiver uma resistência interna de 5Ω (Ri = 5Ω), qual será
a máxima potência que ela é capaz de liberar para o resistor de carga RL (figura 7.5) ?

64
I

5Ω
Ri
RL = ?
PL = ?

Vcc
Figura 7.5.: Circuito para o exemplo 7.2.

A máxima potência será transferida quando RL = Ri então:

I= Vcc I= 10
Ri + RL 5+5

I = 1 A então PL = I2 x RL PL = 12 x (5) = 5 W

Exemplo 7.3.: Se uma bateria de 12 V/90Ah tiver uma resistência interna de 0,01Ω

(Ri = 0,01Ω), qual será a máxima potência que ela é capaz de liberar para o resistor de carga
RL (figura 7.6) ?

I
0,01Ω
Ri

RL = ?
PL = ?
Vcc

Figura 7.6.: Circuito para o exemplo 7.3.

A máxima potência será transferida quando RL = Ri então:

I= Vcc I= 12
Ri + RL 0,01 + 0,01

I = 600 A então PL = I2 x RL PL = 6002 x (0,01) = 3600 W

Cálculos de Quedas de Tensão na Linha.

Nos circuitos elétricos, os fios conectores geralmente são curtos. Devido à resistência desses
pequenos comprimentos ser baixa, ela foi desprezada nos cálculos anteriores. Entretanto, em
65
instalações elétricas domésticas e industriais, em que são empregados fios ou alimentadores
muito extensos, a resistência desses comprimentos longos precisa ser incluída nos cálculos.

A queda de tensão através da resistência dos fios que formam a linha é chamada de queda na
linha. Por exemplo, se um gerador fornece 120 V, mas a tensão disponível para um motor
situado a certa distância for somente 117 V, então houve uma queda de tensão na linha de 3 V.

Precisamos ser muito criteriosos na especificação do tipo e das dimensões dos fios usados nas
instalações. Se os fios forem escolhidos indevidamente, a queda na linha pode ser muito
grande, de forma que a tensão disponível para um equipamento elétrico seja baixa demais para
o seu funcionamento adequado. Estes problemas ocorrem também em ligações automotivas
quando é alimentado um equipamento que consome alta corrente.

Exemplo 7.4.: Um conjunto de componentes que contém três lâmpadas, cada uma
consumindo 1,5 A, é conectado a uma fonte de 120 V (figura 7.7). Cada fio da linha tem uma
resistência de 0,25 Ω. Calcule a queda de tensão e a perda de potência na linha e a tensão
disponível para a carga.

R1 = 0,25 Ω

IT
1,5 A 1,5 A 1,5 A
Vg = 120 V

I1 I2 I3

L1 L2 L3

R2 = 0,25 Ω

Figura 7.7.: Circuito para o exemplo 7.4.

1° passo: calcule a corrente na linha IL = I1 + I2 + I3 = 1,5 + 1,5 + 1,5 = 4,5 A

2° passo: calcule a resistência dos fios que formam a linha

RL = R1 + R2 = 0,25 + 0,25 = 0,5 Ω

3° passo: calcule a queda de tensão na linha aplicando a lei de Ohm.

VL = RL x IL = 0,5 x 4,5 = 2,25 V

4° passo: calcule a perda de potência na linha.

PL = RL x (IL)2 = 0,5 x 4,52 = 10,125 W

5° passo: calcule a tensão disponível na carga.

VL = VG - VL = 120 – 2,25 = 117,75 V

Exemplo 7.5.: Suponha um motor de partida de 12V é usado em um trator onde o consumo de
corrente no momento da partida é de 120 A. Sabendo que o fio ligado ao terminal positivo
possui 5 m e o fio ligado ao terminal negativo possui 1 m. Sabendo ainda que este fio é de 10
mm2 e possui uma resistência de 1,91 Ω/km. Calcule a tensão final sobre o motor de partida
quando em funcionamento ?
66
Calculando a resistência dos fios, temos:

RFIOS = (1,91/1000) x 6 = 0,01146 Ω

A queda de tensão na linha será:

VL = RFIOS x IL = 0,011465 x 120 = 1,3752 V

A perda de potência na linha será:

PL = RFIOS x (IL)2 = 0,01146 x 1202 = 165 W

A tensão disponível na carga será:

VL = VG - VL = 12 – 1,3752 = 10,625 V

Exercícios do Capítulo 7
1) No circuito abaixo, calcule as tensões V1 e V2 conforme os dados:
I2 I3
I1
Vcc = 60V

30Ω
20Ω
R2

R3

V2

18Ω
R1

V1

a) ( ) A tensão V1 = 18 V e V2 = 12 V.
b) ( ) A tensão V1 = 30 V e V2 = 30 V.
c) ( ) A tensão V1 = 60 V e V2 = 60 V.
d) ( ) A tensão V1 = 25 V e V2 = 35 V.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

2) No exercício anterior, qual o valor da corrente I1 ?


a) ( ) O valor é I1 = 2 A.
b) ( ) O valor é I1 = 0,4 A.
c) ( ) O valor é I1 = 1 A.
d) ( ) O valor é I1 = 18 A.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

3) Ainda no exercício de n° 1, quais os valores das correntes I2 e I3 ?


a) ( ) Os valores são I2 = 0,6 A e I3 = 0,4 A.
b) ( ) Os valores são I2 = 0,4 A e I3 = 0,6 A.
c) ( ) Os valores são I2 = 3,33 A e I3 = 1,66 A.
d) ( ) Os valores são I2 = 30 A e I3 = 30 A.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

67
4) Ainda no exercício de n° 1, qual o valor da resistência equivalente total do circuito ?
a) ( ) A resistência equivalente é de R =18 Ω.
b) ( ) A resistência equivalente é de R =68 Ω.
c) ( ) A resistência equivalente é de R =50 Ω.
d) ( ) A resistência equivalente é de R =30 Ω.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

5) No circuito que segue, o círculo com um A é um amperímetro e V é um voltímetro,


descubra o valor do resistor R2 através dos dados exposto no desenho.
V

R1 R2 R3
15 Ω R=? 20 Ω
2A

VCC = 100 V
a) ( ) A resistência R2 =50 Ω.
b) ( ) A resistência R2 =25 Ω.
c) ( ) A resistência R2 =35 Ω.
d) ( ) A resistência R2 =15 Ω.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

6) No circuito do exercício de n° 5, qual o valor indicado pelo voltímetro V ?


a) ( ) A tensão V = 40 V.
b) ( ) A tensão V = 30 V.
c) ( ) A tensão V = 60 V.
d) ( ) A tensão V = 35 V.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

7) Uma bateria de 12 V aplica sobre uma carga de RL = 2,6 Ω uma tensão de 10,4V,
calcule o valor da resistência interna Ri desta bateria ?

I
Ri

RL = 2,6Ω
Vcc

a) ( ) A resistência interna é de 2,6 Ω.


b) ( ) A resistência interna é de 10,4 Ω.
c) ( ) A resistência interna é de 0,26 Ω.
d) ( ) A resistência interna é de 0,4 Ω.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

8) Ainda no 7° exercício, qual a corrente do circuito ?


a) ( ) A corrente é de I = 4 A.
b) ( ) A corrente é de I = 4,61 A.
68
c) ( ) A corrente é de I = 12 A.
d) ( ) A corrente é de I = 2,6 A.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

9) Qual a potência dissipada na resistência interna Ri do exercício de n° 7 ?


a) ( ) A potência será de P = 2,6 W.
b) ( ) A potência será de P = 12,6 W.
c) ( ) A potência será de P = 25,6 W.
d) ( ) A potência será de P = 10,4 W.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

10) Qual a potência dissipada na resistência de carga RL do exercício de n° 7 ?


a) ( ) A potência será de P = 2,6 W.
b) ( ) A potência será de P = 41,6 W.
c) ( ) A potência será de P = 25,6 W.
d) ( ) A potência será de P = 10,4 W.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

69
8 – Magnetismo e Eletromagnetismo
A natureza do Magnetismo.

A maioria dos equipamentos elétricos depende diretamente ou indiretamente do magnetismo.


Sem ele, o mundo elétrico que conhecemos hoje não existiria. Há poucos dispositivos elétricos
utilizados atualmente que não empregam o magnetismo.

Ímãs Naturais.

O fenômeno do magnetismo foi descoberto pelos chineses por volta do ano 2637 a.C. Os ímãs
usados nas bússolas primitivas eram chamados de pedras-guias. Hoje sabe-se que esse
material nada mais era do que pedaços grosseiros de um minério de ferro conhecido como
magnetita. Como a magnetita apresenta propriedades magnéticas no seu estado natural, esses
pedaços de minérios são classificados como ímãs naturais. Outro ímã natural que existe é a
própria Terra. Todos os demais ímãs são feitos pelo homem e por isso são chamados de ímãs
artificiais.

Campos Magnéticos.

Todo ímã tem dois pontos opostos que atraem pedaços de ferro. Esses pontos são chamados
de pólos do ímã; o pólo norte e o pólo sul. Exatamente da mesma forma que as cargas
elétricas iguais se repelem e as cargas opostas se atraem, os pólos magnéticos iguais se
repelem e os pólos opostos se atraem.

Obviamente, um ímã atrai um pequeno pedaço de ferro graças a alguma força existente em
torno do ímã. Esta força é denominada de campo magnético. Embora invisível a olho nu, essa
força pode ser evidenciada espalhando-se limalha de ferro sobre uma placa de vidro ou sobre
uma folha de papel, colocada sobre um ímã em barra (figura 8.1.a)

Figura 8.1.a.: Limalha de ferro sobre uma folha de papel e um ímã.

O campo parece ser formado por linhas de força ou saem do pólo norte do ímã, percorrem o ar
ao seu redor e entram novamente no ímã pelo pólo sul, formando um percurso fechado de
força. Quanto mais forte o ímã, maior o número de linhas de força e a área abrangida pelo
campo.

70
Fluxo Magnético Φ

O conjunto de todas as linhas do campo magnético que emergem do pólo norte do ímã é
denominado fluxo magnético. O símbolo usado para fluxo magnético é a letra grega minúscula
Φ (fi).

A unidade do fluxo magnético no SI é o weber (Wb). 1 weber é igual a 1 x 108 linhas do campo
magnético. Como o weber é uma unidade muito grande para campos típicos, costuma-se usar
o microweber (µWb = 10-6 Wb).

Exemplo 8.1. Se um fluxo magnético ɸ tem 3000 linhas, calcule sua intensidade em
microweber. Transforme o número de linhas em microweber.

3000 linhas 3 x 103


Φ= = = 30 x 10-6 Wb = 30 µWb
1x 108 linhas/Wb 108

Densidade de fluxo magnético B.

A densidade de fluxo magnético é o fluxo magnético por unidade de área de uma seção
perpendicular ao sentido do fluxo. A equação para a densidade de fluxo magnético é:

B= Φ
A

Onde: B = densidade de fluxo magnético em teslas (T).

Φ = fluxo magnético, Wb.

A = área em metros quadrados ( m2).

Vemos que a unidade SI para B é webers por metro quadrado (Wb/m2). Um weber por metro
quadrado é denominado de um tesla.

Exemplo 8.2. Qual é a densidade de fluxo em teslas quando existe um fluxo de 600 µWb
através de uma área de 0,0003 m2 ?

Dado: Φ = 600 µWb = 6 x 10-4 Wb

A = 0,0003 m2 = 3 x 10-4 m2

Substituindo os valores de Φ e A na equação, fica.

B= Φ 6 x 10-4
= =2T
A 3 x 10-4

71
Materiais Magnéticos

Os materiais magnéticos são aqueles que são atraídos ou repelidos por um ímã e que podem
ser magnetizados por eles mesmos. O ferro e o aço são os materiais magnéticos mais comuns.
Os ímãs permanentes são aqueles constituídos por materiais magnéticos duros, como por
exemplo, o aço cobáltico, que mantém o seu magnetismo quando o campo magnetizador é
afastado. Um ímã temporário é aquele incapaz de manter o magnetismo quando o campo
magnetizador é removido.

A permeabilidade se refere à capacidade do material magnético de concentrar o fluxo


magnético. Qualquer material facilmente magnetizado tem alta permeabilidade. A
permeabilidade relativa é uma medida da permeabilidade para diferentes materiais em
comparação com o ar ou o vácuo. O símbolo para a permeabilidade relativa é µr (mi), onde o
subscrito r quer dizer relativa. µr não é expressa em unidades porque ela representa uma
razão entre duas densidades de fluxo, portanto as unidades se cancelam.

A classificação dos materiais magnéticos em magnéticos e não magnéticos baseia-se nas


fortes propriedades magnéticas do ferro. Entretanto, como materiais magnéticos fracos podem
ser importantes em certas aplicações, a classificação é feita de acordo com três grupos:

1. Materiais ferromagnéticos. Neste grupo estão o ferro, o aço, o níquel, o cobalto e


algumas ligas comerciais, como o alnico e o Permalloy. Os ferrites são materiais não-
magnéticos que possuem as propriedades ferromagnéticas do ferro. O ferrite é um
material cerâmico. A permeabilidade dos ferrites se situa na faixa de 50 a 3.000. Uma
aplicação comum é o núcleo de ferrite das bobinas dos transformadores de rádio.

2. Materiais paramagnéticos. Neste grupo estão incluídos o alumínio, a platina, o


manganês e o cromo. A permeabilidade relativa é ligeiramente maior do que 1.

3. Materiais diamagnéticos. Neste grupo estão o bismuto, o antimônio, o cobre, o zinco,


o mercúrio, o ouro e a prata. A sua permeabilidade relativa é menor do que 1.

Eletromagnetismo

Em 1819, o cientista dinamarquês Oersted descobriu uma relação entre o magnetismo e a


corrente elétrica. Ele observou que uma corrente elétrica ao atravessar um condutor produzia
um campo magnético em torno do condutor. Na figura abaixo, a limalha de ferro, ao formar uma
configuração definida de anéis concêntricos em torno do condutor, evidência o campo
magnético da corrente que percorre o fio.

72
Figura 8.2.: Limalha de ferro sobre uma folha de papel e um condutor com corrente.

A intensidade do campo magnético em torno do condutor que conduz uma corrente depende
da intensidade dessa corrente. Uma corrente alta produz inúmeras linhas de força que se
distribuem até regiões distantes do fio, enquanto uma corrente baixa produz poucas linhas
próximas do fio, veja figura.

Condutor

Linhas
De

1,5 V
Força

Figura 8.3.: Linhas de força ao redor do condutor com corrente.

Polaridade do condutor isolado.

A regra da mão direita é uma forma conveniente de se determinar a relação entre o fluxo da
corrente num condutor (fio) e o sentido das linhas de força do campo magnético em torno do
condutor, veja figura que segue.

Figura 8.4.: Sentido do campo através da regra da mão direita.

Imagine que você segura o fio que conduz a corrente, com a mão direita, feche os quatro
dedos em volta do fio e estenda o polegar ao longo do fio. O polegar ao longo do fio indica o
73
sentido do fluxo da corrente, os outros dedos indicarão o sentido das linhas de força em torno
do condutor.

Campo Magnético e polaridade de uma bobina.

Ao dobrar um condutor reto de modo a formar um laço simples obtêm-se dois resultados.
Primeiro, as linhas do campo magnético ficam mais densas dentro do laço, embora o número
total de linhas seja o mesmo que para o condutor reto. Segundo, toda as linhas dentro do laço
se somam no mesmo sentido. Forma-se uma bobina de fio condutor quando há mais de um
laço ou espira. Para determinar a polaridade magnética da bobina, aplique a regra da mão
direita, veja a figura abaixo.

Figura 8.5.: Sentido do fluxo magnético através da mão direita.

UNIDADES MAGNÉTICAS.

Ampères-espira NI.

A intensidade de um campo magnético numa bobina de fio depende da intensidade da corrente


que flui nas espiras da bobina. Quanto maior a corrente, mais forte o campo magnético. Além
disso, quanto mais espiras, mais concentradas estão as linhas de força. O produto da corrente
vezes o número de espiras da bobina, que é expresso em unidades chamadas de ampères-
espiras (Ae), é conhecido como força magnetomotriz (fmm). Na forma de uma equação,

F = ampères-espira = NI

Onde:

F = força magnetomotriz, Ae.

N = número de espiras.

I = corrente, A.

Exemplo 8.3: Calcule os ampères-espira de uma bobina com 1500 espiras e uma corrente de
4 mA.
Aplicando-se a equação, temos:
NI = 1500 x (4 x 10-3) = 6 Ae.

74
Intensidade de Campo H.

Se uma bobina com certo número de ampères-espira for esticada até atingir o dobro do seu
comprimento original, a intensidade do campo magnético, ou seja, a concentração das linhas
de força, terá a metade do seu valor original. A intensidade do campo depende, portanto, do
comprimento da bobina. Expressando na forma de equação, temos:

H = NI / l

Onde: H = intensidade do campo magnético, ampères-espira por metro (Ae/m).

NI = ampères-espira, Ae.

l = distância entre os pólos, ou o comprimento da bobina, m.

Essa equação se aplica a um solenóide, H é a intensidade no centro do núcleo de ar. Com um


núcleo de ferro, H é a intensidade através do núcleo todo e l é o comprimento ou a distância
entre pólos do núcleo de ferro, veja abaixo o exemplo de um solenóide que ativa os contatos
de um relé.

Figura 8.6.: Desenho de um Relé.

Exemplo 8.4: a) Calcule a intensidade de campo de uma bobina com 40 espiras, 10 cm de


comprimento e uma corrente de 3 A passando pela mesma. b) Se essa mesma bobina for
esticada até atingir 20 cm, permanecendo constante o comprimento do fio e a corrente, qual
será o novo valor da intensidade de campo. c) Se colocarmos na bobina de 10 cm um núcleo
de ferro com 20 cm de comprimento. Quais serão as intensidades de campo em cada caso,
veja as figuras.
N = 40
I=3A
N = 40
I=3A
N = 40
I = 3 A

10 cm

10 cm 20 cm
20 cm

a) Aplicando a equação H = NI / l

H = 40 x 3 = 1200 Ae/m
75
0,1 m

b) Aplicando a equação H = NI / l

H = 40 x 3 = 600 Ae/m
0,2 m

c) Aplicando a equação H = NI / l

H = 40 x 3 = 600 Ae/m
0,2 m

Observe que nos casos b) e c) aparecem o mesmo valor de H, porém, indiretamente terá uma
concentração do campo e uma maior densidade de fluxo em c). Esse procedimento de colocar
um núcleo de ferro é utilizado em relés, motores e transformadores.

Indução Eletromagnética.

Em 1831, Michael Faraday descobriu o princípio da indução eletromagnética. Esse princípio


afirma que, se um condutor atravessar linhas de força magnética ou se linhas de força
atravessarem um condutor, induz-se uma fem ou uma tensão nos terminais do condutor.
Considere um imã cujas linhas de força se estendam do pólo norte para o pólo sul. Um
condutor C, capaz de se movimentar entre os pólos, é conectado a um galvanômetro G, usado
para indicar a presença de uma tensão. Quando o condutor estiver parado, o galvanômetro
indicará uma fem zero.

3 2 1 A 0
B

C Galvanômetro

Figura 8.7.: Princípio da Indução Eletromagnética.

Se o fio condutor estiver se movendo para fora do campo magnético, na posição 1, o


galvanômetro ainda indicará zero. Quando o condutor se deslocar para a esquerda, posição 2,
e interceptar as linhas de força magnética, o ponteiro do galvanômetro se defletirá para a
posição A. Isto indica que uma fem foi induzida no condutor, porque as linhas de força foram
interceptadas. Na posição 3, o ponteiro do galvanômetro volta a zero, porque nenhuma linha de
força está sendo interceptada. Inverta agora o sentido do condutor, fazendo-o deslocar-se para
a direita através das linhas de força, e retorne-o para a posição 1. Durante este movimento, o
ponteiro se defletirá para B, mostrando que novamente uma fem foi induzida no fio, mas no
76
sentido oposto. Se mantivermos o fio parado no meio do campo de força na posição 2, o
galvanômetro indicará zero. Se o condutor se mover para cima ou para baixo paralelamente às
linhas de força de modo a não interceptá-las, não haverá fem induzida.

Em resumo:

1. Quando as linhas de força são interceptadas por um condutor ou quando as linhas de


força interceptam um condutor, uma fem ou uma tensão é induzida no condutor.
2. É preciso haver um movimento relativo entre o condutor e as linhas de força a fim de se
induzir a fem.
3. Ao mudar o sentido da interseção, mudará o sentido da fem induzida.

Lei de Lenz.

A polaridade da tensão induzida é determinada por meio da lei de Lenz. A tensão induzida tem
polaridade tal que se opõe à variação de fluxo que causa a indução. Quando surge uma
corrente produzida por uma tensão induzida, esta corrente cria um campo magnético em torno
do condutor de tal modo que o campo magnético do condutor interage com o campo magnético
externo, produzindo a tensão induzida que se opõe à variação do campo magnético externo.
Se o campo externo diminuir, o campo magnético do condutor será no mesmo sentido,
mantendo assim o campo externo.

Exemplo 8.5. Um imã permanente desloca-se dentro de uma bobina e produz uma corrente
induzida que passa pelo circuito da bobina (figura 8.8). Determine a polaridade da bobina e o
sentido da corrente induzida.

Utilizando-se a lei de Lenz, a extremidade esquerda da bobina deve ser o pólo N para se opor
ao movimento do ímã. Então o sentido da corrente induzida pode ser determinado pela regra
da mão direita. Se o polegar direito apontar para a esquerda, onde está o pólo N, os outros
dedos indicarão o sentido da corrente.

Movimento
para dentro
S N N S

I
Corrente
Induzida
Fi
gura 8.8.: Posição dos pólos da bobina em função da corrente induzida.

Transformadores.

O princípio de funcionamento do transformador baseia-se na corrente induzida, quando


colocamos uma bobina próxima uma da outra, o campo gerado pela primeira irá induzir uma
corrente na segunda pelo movimento do campo magnético, por isso seu funcionamento é
somente com corrente alternada, conforme visto na figura 8.7, para que haja indução, deve
haver movimentação do campo ou do condutor. Veja abaixo a exemplificação deste fenômeno.

77
VAC

Figura 8.9.: Exemplo de funcionamento do transformador.

Exercícios do Capítulo 8
1) Sabemos que entre os pólos de um ímã existem linhas de força, a concentração destas
linhas de força dizemos que é ?
a) ( ) Podemos dizer que é o fluxo magnético.
b) ( ) Podemos dizer que é uma imantação.
c) ( ) Podemos dizer que são os pólos.
d) ( ) Podemos dizer que linhas concentradas.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

2) A representação do fluxo magnético é através de uma letra grega, que letra é esta ?
a) ( ) O fluxo magnético é representado pela letra Ω.
b) ( ) O fluxo magnético é representado pela letra β.
c) ( ) O fluxo magnético é representado pela letra µ.
d) ( ) O fluxo magnético é representado pela letra Φ.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

3) Além do fluxo magnético, temos também a densidade de fluxo que é ?


a) ( ) A densidade é a concentração das linhas por volume.
b) ( ) A densidade é o fluxo por seu comprimento.
c) ( ) A densidade é o fluxo por unidade de área de uma seção.
d) ( ) A densidade é o fluxo pela concentração das linhas.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

4) Como podemos definir a permeabilidade de um certo material ?


a) ( ) A permeabilidade é a capacidade de concentração de fluxo magnético.
b) ( ) A permeabilidade é o mesmo que densidade de fluxo magnético.
c) ( ) A permeabilidade é o mesmo que fluxo magnético.
d) ( ) A permeabilidade é a capacidade de dispersão das linhas de força.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

5) Quando temos uma corrente passando por um condutor, o que é gerado no seu
contorno ?
a) ( ) São geradas linhas de força paralelas ao condutor.

78
b) ( ) São geradas linhas de força perpendicular ao condutor.
c) ( ) É gerada uma corrente induzida no condutor.
d) ( ) São geradas linhas de força circulares e concêntricas.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

6) Em relação a uma corrente passando por um condutor, a regra da mão direita nos
indica ?
a) ( ) Indica o sentido das linhas de força paralelas ao condutor.
b) ( ) Indica o sentido das linhas de força perpendiculares ao condutor.
c) ( ) Indica o sentido das linhas de força circulares ao condutor.
d) ( ) Indica o sentido das linhas de força paralelas e circulares ao condutor.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

7) Em relação a uma corrente passando por uma bobina, a regra da mão direita nos indica
?
a) ( ) Indica a polaridade da corrente na bobina.
b) ( ) Indica o sentido da corrente na bobina.
c) ( ) Indica a posição dos pólos magnéticos da bobina.
d) ( ) Indica o sentido das linhas de força circulares na bobina.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

8) O princípio de indução eletromagnética afirma que ?


a) ( ) Que quando um condutor tem um tensão sobre ele gera uma corrente.
b) ( ) Que quando um condutor atravessa um campo magnético induz uma corrente no
mesmo.
c) ( ) Que quando um condutor atravessa uma campo magnético induz uma resistência
no mesmo.
d) ( ) Que quando um condutor atravessa um campo magnético aparece uma imantação
sobre ele.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

9) O princípio de funcionamento de um transformador é através de ?


a) ( ) Movimento do campo magnético sobre a segunda bobina.
b) ( ) Movimento das bobinas dentro do campo magnético.
c) ( ) Corrente contínua que induz sobre as bobinas.
d) ( ) Movimento do núcleo do transformador.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

10) O que afirma a lei de Lenz ?


a) ( ) Afirma que os pólos gerados em uma bobina por corrente induzida é igual aos pólos
originados pela indução.
b) ( ) Afirma que os pólos gerados em uma bobina por corrente induzida é inverso aos
pólos originados pela indução.
c) ( ) Afirma que os pólos gerados em uma bobina por corrente induzida não tem relação
com os pólos originados pela indução.

79
d) ( ) Afirma que os pólos gerados em uma bobina por corrente induzida é igual à tensão
gerada pela indução.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

9 – Geradores e Motores
de Corrente Contínua.
Motores e Geradores.

Um motor é uma máquina que converte energia elétrica em energia mecânica de rotação. Os
motores são os responsáveis pelo funcionamento da máquinas de lavar, das secadoras de
roupa, dos ventiladores, dos condicionadores de ar e da maioria das máquinas encontradas na
indústria. O gerador, por sua vez, é uma máquina que converte energia mecânica de rotação
em energia elétrica. A energia mecânica pode ser fornecida por uma queda-d’água, vapor,
vento, gasolina ou óleo diesel ou por um motor elétrico.

S1

CONVERSÃO DE CONVERSÃO DE
ENERGIA ELÉTRICA ENERGIA MECÂNICA
EM MECÂNICA EM ELÉTRICA

Componentes.

As partes principais dos motores e geradores de corrente contínua são basicamente as


mesmas, ou seja, o estator que é a parte externa e a parte interna que é chamada de induzido
(figura 9.1).
INDUZIDO ESTATOR
MOTOR CC MOTOR CC

Comutadores Enrolamentos
Para contato De Campo
das escovas Armadura
Motor CC

Figura 9.1.: Induzido e Estator de motor cc

80
Armadura.

Em um motor, a armadura recebe a corrente proveniente de uma fonte elétrica externa. Isto faz
a armadura girar. Num gerador, a armadura gira por efeito de uma força mecânica externa. A
tensão gerada na armadura é então conectada a um circuito externo. Em resumo, a armadura
do motor recebe a corrente de um circuito externo (a fonte de alimentação) e a armadura do
gerador libera corrente para um circuito externo (a carga). Como a armadura gira, ela é
também chamada de rotor.

Comutador.

Uma máquina cc tem um comutador para converter a corrente alternada que passa pela sua
armadura em corrente contínua liberada através de seus terminais (no caso do gerador). Os
comutadores (figura 9.1) são constituídos por segmentos de cobre sendo um par de segmentos
para cada enrolamento da armadura. Cada segmento do comutador é isolado dos demais por
meio de lâminas de mica (figura 9.2)

Os segmentos são montados em torno do eixo da armadura e são isolados do eixo e do ferro
da armadura. No chassi da máquina são montadas duas escovas fixas, que permitem contatos
com segmentos opostos do comutador.

Figura 9.2.: Lâminas de mica e Comutadores.

Escovas.

São conectores de grafita fixos, montados sobre molas que permitem que eles deslizem (ou
“escovem”) sobre o comutador no eixo da armadura. Portanto, as escovas servem de contato
entre os enrolamentos da armadura e a carga externa (figura 9.3).

Figura 9.3.: Escovas.

81
Enrolamento de Campo.

Este eletroímã produz o fluxo interceptado pela armadura. Num motor, a corrente para o campo
é fornecida pela mesma fonte que alimenta a armadura. Num gerador, a fonte de corrente de
campo pode ser uma fonte separada, chamada de excitador ou proveniente da própria
armadura.

Gerador CC simples.

O gerador cc simples é formado por um enrolamento de armadura contendo uma única espira
de fio. Este enrolamento de uma espira intercepta o campo magnético para produzir a tensão.
Se houver um circuito fechado, passará uma corrente no sentido indicado pelas setas (figura
9.4).

Figura 9.4.: Representação de um gerador simples.

À medida que a armadura gira meia volta no sentido horário, os contatos entre os segmentos
do comutador e as escovas são invertidos. Por causa dessa ação de comutação, o lado da
espira que está em contato com qualquer uma das escovas está sempre interceptando o
campo magnético no mesmo sentido. Portanto, as escovas vermelha e azul da figura têm
polaridade constante, sendo fornecida uma corrente contínua pulsante para o circuito de carga
externo (figura 9.5).

Figura 9.5.: Tensão de saída do gerador.

82
Motor de Corrente Contínua.

Princípio do Motor.

Embora a construção mecânica de motores e geradores de cc seja muito parecida, as suas


funções são diferentes. A função de um gerador é gerar uma tensão quando os condutores se
deslocam através de um campo, enquanto um motor serve para produzir um esforço para a
rotação ou torque, para produzir rotação mecânica.

Sentido de rotação da armadura.

Usa-se a regra da mão esquerda para determinar o sentido dos condutores da armadura. A
regra da mão esquerda para os motores é a seguinte: (figura 9.6).

Figura 9.6.: Regra da mão esquerda.

Com o polegar, o indicador e o médio da mão esquerda perpendiculares entre si, aponte o
indicador no sentido do campo e o dedo médio no sentido da corrente que passa pelo
condutor; o polegar indicará o sentido em que o condutor tende a se deslocar.

Velocidade de um motor CC.

A velocidade é dada pelo número de rotações do eixo com relação ao tempo e é expressa em
unidades de rotações por minuto (RPM). Uma redução no fluxo do campo do motor provoca um
acréscimo na sua velocidade. Ou, ao contrário, um aumento no fluxo do campo provoca uma
diminuição na velocidade do motor. Como a velocidade do motor varia com a excitação do
campo, uma forma conveniente de se controlar a velocidade é variar o fluxo do campo através
do ajuste da resistência no circuito do campo.

83
Exercícios do Capítulo 9

1) O que podemos dizer de um motor de corrente contínua ?


a) ( ) Que ele converte energia mecânica em elétrica.
b) ( ) Que ele converte energia elétrica em mecânica.
c) ( ) Que ele converte energia em corrente elétrica.
d) ( ) Que sua rotação depende do seu tamanho.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

2) O que podemos dizer de um gerador de corrente contínua ?


a) ( ) Que ele converte energia mecânica em elétrica.
b) ( ) Que ele converte energia elétrica em mecânica.
c) ( ) Que ele converte energia em corrente elétrica.
d) ( ) Que sua rotação depende do seu tamanho.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

3) O Induzido ou rotor de um motor recebe seu nome pelo motivo de ?


a) ( ) Aplicar corrente induzida no estator.
b) ( ) Receber corrente induzida do estator.
c) ( ) Gerar corrente induzida para a bateria.
d) ( ) Receber corrente induzida da bateria.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

4) O estator de um motor de corrente contínua é responsável por ?


a) ( ) Gerar corrente induzida para a bateria.
b) ( ) Receber corrente induzida do rotor.
c) ( ) Receber os pólos magnéticos do rotor.
d) ( ) Gerar os pólos magnéticos e induzir corrente no rotor.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

5) As escovas em um motor de corrente contínua tem como função ?


a) ( ) Alimentar os pólos do estator.
b) ( ) Alimentar as bobinas do rotor.
c) ( ) Retirar alimentação do rotor.
d) ( ) Induzir corrente no estator.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

6) Podemos dizer que a indução de corrente acontece quando ?


a) ( ) Um campo magnético está sobre uma bobina de fios.
b) ( ) Um campo magnético se movimenta sobre uma bobina de fios.
c) ( ) Um campo magnético se movimenta sobre outro campo.
d) ( ) Uma corrente passa pela carga.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

84
7) Em um motor de corrente contínua, a sua rotação depende de ?
a) ( ) Depende da posição dos pólos magnéticos.
b) ( ) Depende da posição do rotor no motor.
c) ( ) Depende do tamanho do rotor no motor.
d) ( ) Depende da excitação do campo do estator.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

8) A função dos comutadores nos geradores de corrente contínua é ?


a) ( ) Fazer com que a tensão de saída seja alternada.
b) ( ) Serve para receber alimentação da bateria.
c) ( ) Serve para gerar os pólos do rotor.
d) ( ) Fazer com que a tensão de saída seja em corrente contínua.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

9) As lâminas de mica são colocadas aonde ?


a) ( ) São colocadas entre o estator e o induzido.
b) ( ) São colocadas entre as bobinas do induzido.
c) ( ) São colocadas entre as bobinas do estator.
d) ( ) São colocadas para o isolamento dos comutadores.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

10) Podemos definir o sentido do giro do motor com ?


a) ( ) Com a regra da mão esquerda.
b) ( ) Com a regra da mão direita.
c) ( ) Com a regra da mão direita ou esquerda.
d) ( ) Com a regra dos polegares.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

85
10 – Princípios da Corrente
Alternada e Alternadores.
Geração de uma Tensão Alternada.

Uma tensão CA é aquela cujo módulo varia continuamente e cuja polaridade é invertida
periodicamente (figura 10.1).

t (s)

Figura 10.1.: Representação de uma tensão CA.

O eixo do tempo é uma linha horizontal que passa pelo centro. As variações verticais na onda
de tensão mostram as variações do módulo. As tensões acima do eixo horizontal têm
polaridade positiva (+), enquanto as tensões abaixo do eixo horizontal têm polaridade negativa
(-).

Uma tensão CA pode ser produzida por um gerador, denominado de ALTERNADOR. Nesse
gerador simplificado, mostrado na figura 10.2, a espira condutora gira através do campo
magnético e intercepta linhas de força para gerar uma tensão CA induzida em seus terminais.
Uma rotação completa da espira corresponde a um ciclo.

LINHAS DE FORÇA

ESPIRA
CONDUTORA
EM ROTAÇÃO
TERMINAIS
DE SAÍDA

Figura 10.2.: Gerador simplificado de tensão CA.


86
Analise a posição da espira em cada quarto de ciclo durante um ciclo (figura 10.3). Na posição
A, a espira gira paralelamente ao fluxo magnético e, conseqüentemente, não intercepta
nenhuma linha de força. A tensão induzida é igual a zero. Na posição superior, B, a espira
intercepta o campo em um ângulo de 90°, produzindo uma tensão máxima. Quando ela atinge
a posição C, o condutor está se deslocando outra vez paralelamente ao campo e não pode
interceptar o fluxo. A onda CA de A para C constitui um meio ciclo de rotação, chamado de
alternação. Em D, a espira intercepta o fluxo novamente, gerando uma tensão máxima; porém,
nesse ponto o fluxo é interceptado no sentido oposto (da esquerda para a direita) em relação B
(da direita para a esquerda). Assim, a polaridade de D é negativa. A espira completa um quarto
de volta no ciclo retornando à posição A, ponto de partida do ciclo.

Figura 10.3.: Dois ciclos de tensão alternada pela rotação de uma espira.

O ciclo de valores de tensão se repete nas posições A’B’C’D’A” à medida que a espira continua
a girar. Um ciclo inclui as variações entre dois pontos sucessivos que apresentam o mesmo
valor e variam no mesmo sentido. Por exemplo, um ciclo pode ser evidenciado também entre B
e B’.

Corrente Alternada.

Quando uma onda senoidal de tensão alternada é conectada a uma resistência de carga, a
corrente que passa pelo circuito também é uma onda senoidal.

t (s)

Figura 10.4.: Representação de uma corrente CA.

Exemplo 10.1.: Uma tensão senoidal CA é aplicada a uma resistência de carga de 10Ω. Mostre
a onda senoidal resultante para a corrente alternada.
87
V

+ 10V I
Gerador de
+1A

10 Ω
~
CA
R t (s)
t (s)

- 10V
-1A

Freqüência.

Sabemos que em nossa rede de energia no Brasil, a freqüência do sinal recebido é de 60 Hz,
sendo representado pela letra f e dado em hertz (Hz). Esta freqüência de 60 Hz significa 60
ciclos durante o tempo de um segundo, ou seja, a cada segundo temos 60 ciclos completos de
senóides.

1 ciclo

60 ciclos

Tempo = 1 s

Período.

Período é o tempo em que acontece cada ciclo, então, como em cada segundo acontecem 60
ciclos, o período de cada senóide será:

Período = t = 1s = 0,0166 s = 16,66 ms


60 ciclos

Alternadores.
Os geradores de corrente alternada também são chamados de alternadores. Praticamente toda
a energia elétrica consumida nas residências e indústrias é fornecida pelos alternadores das
usinas que produzem eletricidade. Um alternador simples é formado por (1) campo magnético
forte e constante; (2) condutores que giram através do campo magnético; e (3) alguma forma
de se manter um contato elétrico contínuo dos condutores à medida que eles giram.

Alternador Automotivo.

No alternador automotivo, o campo magnético é produzido pela corrente que percorre a bobina
que forma os pólos magnéticos no induzido ou rotor. A excitação para a bobina é fornecida de

88
inicio pela bateria (ou por uma imantação remanente do próprio induzido). A bobina do rotor é
alimentada através dos anéis coletores separados, isolados do eixo.
ESTATOR INDUZIDO
ALTERNADOR ALTERNADOR

Contatos
Armadura para
para alimentação
Enrolamentos
concentração da bobina do
Alternador
dos pólos N/ S rotor

Figura 10.5.: Estator e Induzido de um Alternador Automotivo

Cada vez que o rotor gira completando uma rotação, ocorre um ciclo completo nas três fases
geradas respectivamente pelas três bobinas no estator. Na prática, um alternador contém
várias centenas de espiras enroladas nas fendas do estator e do rotor. Duas escovas são
pressionadas através de molas contra os anéis coletores, de modo a manter um contato
elétrico contínuo entre a corrente que alimenta o rotor e a fonte externa.

Figura 10.6.: Esquema de um Alternador Automotivo

O funcionamento de um alternador trifásico baseia-se na indução de corrente nas três bobinas


em função dos pólos do rotor. Se adotarmos que o pólo sul da figura 10.6 induz uma tensão
positiva na saída das bobinas, o pólo norte induzirá uma tensão negativa na saída das
mesmas, exatamente como está exposto no gráfico da figura 10.6.

Retificadores.

A placa retificadora dos alternadores são compostas de diodos retificadores para a saída B+
que carrega a bateria, veja abaixo (figura 10.7):

89
Figura 10.7.: Placa retificadora e esquemas ISKRA.

Os DIODOS (figura 10.8) são os componentes responsáveis por converter as tensões


senoidais, que são geradas por indução nas bobinas do estator, em uma tensão de corrente
contínua.

A K

Figura 10.8.: Fotos e símbolo do Diodo.

Os diodos são componentes que possuem a característica de fazer com que a corrente elétrica
circule apenas em um único sentido, ou seja, toda vez que ele é polarizado diretamente, o
diodo se comporta como se fosse uma chave fechada, e quando é polarizado inversamente,
tem o comportamento de uma chave aberta (figura 10.9).

Diodo Diodo
Polarizado diretamente Polarizado reversamente
A K K A

VCC VCC
R

ICC

Figura 10.9.: Polarização dos Diodos.

Observe que quando o diodo tem o terminal positivo da bateria ligado ao terminal ANODO (A)
do diodo e o terminal negativo da bateria ligado ao CATODO (K) do diodo, há circulação de
corrente. Porém, quando invertemos a polarização, o mesmo se comporta como se fosse uma
chave aberta e, não haverá circulação de corrente.

Diodos no Alternador.

A tensão de saída nas bobinas do estator é um conjunto de três senoides defasadas em 120°
geométricos conforme a figura 10.10, estas três senoides são aplicadas sobre o conjunto
retificador.

90
V

+V1 +V2 +V3 +V1 +V2

-V2 -V3 -V1 -V2 -V3

Figura 10.10.: Senoides de saída das bobinas do estator.

As senoides são aplicadas nos diodos retificadores e, após a retificação trifásica, aparecem na
saída +B um sinal com somente tensão positiva e negativa conforme a figura 10.11. Este sinal
de tensão contínua é utilizado para alimentação dos circuitos do veículo e para o
carregamento da bateria.

V
Somente tensão
+V1 +V2 +V3 +V1 +V2 positiva

+B = 14 V
t

-V2 -V3 -V1 -V2 -V3 Somente tensão


negativa

Figura 10.11.: Sinal de tensão contínua na saída do alternador.

Regulador.

Carregar a bateria.

O circuito regulador de voltagem (figura 10.12), é um circuito eletrônico que monitora o nível de
tensão da bateria, quando o nível estiver abaixo dos 13 V em média, o regulador aplica a
tensão de saída do alternador sobre a bateria.

Figura 10.12.: Regulador de Tensão.

Desligamento.

Por exemplo, um regulador da Bosch de 14V, desconecta o alternador quando a tensão estiver
entre 13,5V e 14,09V, veja os valores na tabela abaixo:
91
Modelo Desligamento

14V 13,5 - 14,09 V

28V 26,5 - 28,70 V

(http://www.bosch.com.br/br/autopecas/produtos/eletrica/regulador_ten.htm)

Exercícios do Capítulo 10
1) Podemos dizer que um alternador possui a característica de ?
a) ( ) Alimentar a bateria com tensão de saída alternada.
b) ( ) Converter energia elétrica em energia mecânica.
c) ( ) Converter energia elétrica em energia luminosa.
d) ( ) Converter energia mecânica em energia elétrica.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

2) Nos alternadores, podemos dizer que o induzido é responsável por ?


a) ( ) Alimentar os diodos com tensão de saída alternada.
b) ( ) Gerar os pólos magnéticos para indução nas bobinas do estator.
c) ( ) É responsável por excitar as tensões alternadas.
d) ( ) Que sua rotação depende do seu tamanho.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

3) A armadura dos alternadores possui a função de ?


a) ( ) Concentrar a energia elétrica gerada no alternador.
b) ( ) Gerar os pólos magnéticos para indução nas bobinas do estator.
c) ( ) É responsável por excitar as tensões alternadas.
d) ( ) Que sua rotação depende do seu tamanho.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

4) O que acontece a cada vez que o rotor completa um giro ?


a) ( ) Acontece meio ciclo nas tensões induzidas nas bobinas do estator.
b) ( ) Acontece um quarto de ciclo nas tensões induzidas nas bobinas do estator.
c) ( ) Acontece um ciclo nas tensões induzidas nas bobinas do estator.
d) ( ) Acontece dois ciclos nas tensões induzidas nas bobinas do estator.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

5) As bobinas do estator estão dispostas no mesmo como ?


a) ( ) As bobinas estão dispostas a cada 60° geométricos cada uma.
b) ( ) As bobinas estão dispostas a cada 180° geométricos cada uma.
c) ( ) As bobinas estão dispostas a cada 90° geométricos cada uma.
d) ( ) As bobinas estão dispostas a cada 120° geométricos cada uma.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.
92
6) As bobinas do estator estão dispostas no mesmo como ?
a) ( ) As bobinas estão dispostas a cada 60° geométricos cada uma.
b) ( ) As bobinas estão dispostas a cada 180° geométricos cada uma.
c) ( ) As bobinas estão dispostas a cada 90° geométricos cada uma.
d) ( ) As bobinas estão dispostas a cada 120° geométricos cada uma.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

7) Podemos dizer que um diodo funciona do seguinte modo:


a) ( ) Ele circula corrente quando polarizado reversamente.
b) ( ) Ele circula corrente quando é aplicado tensão reversa.
c) ( ) Ele circula corrente quando polarizado diretamente.
d) ( ) Quando polarizado diretamente, é uma chave aberta.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

8) A função dos diodos nos alternadores são ?


a) ( ) Converter tensão alternada em tensão contínua.
b) ( ) Converter tensão contínua em tensão alternada.
c) ( ) Converter tensão alternada em corrente alternada.
d) ( ) Converter corrente contínua em tensão alternada.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

9) A função do regulador de voltagem é ?


a) ( ) Converter tensão alternada em tensão contínua.
b) ( ) Converter tensão contínua em tensão alternada.
c) ( ) Conectar a tensão alternada na bateria.
d) ( ) Controlar o nível de carga da bateria.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

10) Um regulador de voltagem para 12 V conecta o alternador na bateria quando ?


a) ( ) Quando a bateria está com tensão acima de 14 V.
b) ( ) Quando a bateria está com tensão acima de 12 V.
c) ( ) Quando a bateria está com tensão abaixo de 13 V.
d) ( ) Quanto a bateria está com pouca corrente.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

93
11 – Capacitores.
Um capacitor é um dispositivo elétrico que consiste em duas placas condutoras de metais
montadas paralelamente e separadas por um material isolante denominado dielétrico (figura
11.1). Os símbolos esquemáticos aplicados aos capacitores aparecem na figura 11.1.

Simbologias
Dielétrico

Placa Placa Capacitor Capacitor


condutora A condutora B Fixo Variável

Figura 11.1.: Capacitor e símbolos.

O capacitor armazena a carga elétrica no dielétrico. As duas placas do capacitor mostradas na


figura 11.1 são eletricamente neutras uma vez que existem tanto prótons (carga positiva)
quanto elétrons (carga negativa) em cada placa. Portanto, o capacitor não possui carga. Agora,
conectamos uma bateria às placas (figura 11.2).

A B A B

S1 S1
VCC VCC
Capacitor Capacitor
sem carga com carga

Figura 11.2.: Capacitor sem carga e com carga.

Ao se fechar a chave, a carga negativa da placa “A” é atraída para o terminal positivo da
bateria, enquanto a carga positiva da placa “B” é atraída para o terminal negativo da bateria.
Esse movimento de cargas continua até que a diferença de cargas entre as placas “A” e “B”
seja igual à força eletromotriz (tensão) da bateria. Agora o capacitor está carregado. Como
praticamente nenhuma carga pode cruzar a região entre as placas, o capacitor permanecerá
nesta condição mesmo que a bateria seja retirada. Entretanto, se for colocado um condutor
através das placas (figura 11.3), os elétrons encontram um caminho para voltar à placa A e as
cargas em cada placa são novamente neutralizadas. O capacitor está agora descarregado.

94
A B

Capacitor
em descarga

Figura 11.3.: Capacitor em processo de descarga.

Capacitância.

Eletricamente, a capacitância é a capacidade de armazenamento de carga elétrica. A


capacitância é igual à quantidade de carga que pode ser armazenada em um capacitor dividida
pela tensão aplicada às placas:

Q
C=
V

Onde:

C = capacitância, F (Farads)

Q = quantidade de carga, C (Coulombs)

V = tensão, V (volts)

A unidade de capacitância é o farad (F). O farad é a capacitância que armazena um Coulomb


de carga no dielétrico quando a tensão aplicada aos terminais do capacitor é de um volt. A
característica do dielétrico que descreve a sua capacidade de armazenar energia elétrica é
chamada de constante dielétrica. Usa-se o ar como referência e lhe é atribuída uma
constante dielétrica igual a 1. Alguns outros exemplos de materiais dielétricos são o teflon, o
papel, a mica, a baquelita ou a cerâmica.

Tipos de Capacitores.

Os capacitores comerciais são denominados de acordo com o seu dielétrico. Os mais comuns
são os capacitores de ar, mica, papel e cerâmica, além do tipo eletrolítico. Esses tipos são
comparados na tabela que segue:

95
Dielétrico Construção Faixa de Capacitância
Ar Placas Entrelaçadas 10 - 400 pF

Mica Folhas superpostas 10 - 5000 pF

Papel Folha enrolada 0,001 - 1 µF

Tubular 0,5 - 1600 pF


Cerâmica
Disco 0,002 - 0,1 µF

Eletrolítico Alumínio 5 - 1000 µF

Tântalo 0,01 - 300 µF

A maioria dos capacitores pode ser conectada aos circuitos elétricos sem se dar importância à
polaridade. Mas os capacitores eletrolíticos têm a sua polaridade definida e portanto deve ser
observado a polarização em relação à polaridade da tensão a ser ligada sobre o mesmo.

Capacitores em Paralelo e em Série.

Quando os capacitores são associados em paralelo (figura 11.4.), a capacitância total CT é a


soma das capacitâncias individuais.

C1 C2 C3 Cn CT

Figura 11.4.: Associação Paralela de capacitores.

Paralelo: CT = C1 + C2 + C3 + Cn

Há um limite para a tensão que pode ser aplicada a um capacitor qualquer. Se for aplicada uma
tensão demasiadamente alta, haverá uma corrente que forçará uma passagem através do
dielétrico, às vezes furando o dielétrico. O capacitor entra em curto-circuito e é descarregado. A
tensão máxima a ser aplicada a um capacitor é chamada de tensão de trabalho e não deve
ser ultrapassada.
96
Quando os capacitores são associados em série, a capacitância total CT é:

1 = 1 + 1 + 1 + 1
CT C1 C2 C3 Cn

A capacitância total de dois capacitores em série é:

C1 x C2
CT =
C1 + C2

Quando um número n de capacitores em série tem a mesma capacitância, CT = C / n

C1 C2 C3 Cn CT

Reatância Capacitiva.

A reatância capacitiva XC é a oposição ao fluxo de corrente CA devido à capacitância no


circuito. A unidade da reatância capacitiva é o Ohm. A reatância capacitiva pode ser calculada
através da equação.

1 1
XC = =
2πfC 6,28 f C

Onde: XC = reatância capacitiva em Ohm (Ω)

f = freqüência em Hertz (Hz)

C = capacitância em farads (F)

A tensão e a corrente em um circuito contendo somente reatância capacitiva podem ser


determinadas utilizando-se a lei de Ohm. Entretanto, no caso de um circuito capacitivo,
substitui-se R por XC. Segue figura e as fórmulas para cálculo.

~ C1

VC = IC x XC IC = VC / XC XC = VC / IC
97
11.1 – Indutores.
A capacidade que um condutor possui de induzir tensão em si mesmo quando a corrente varia
é a sua auto-indutância, ou simplesmente indutância. O símbolo da indutância é a letra L, e a
sua unidade é o Henry (H). Um Henry é a quantidade de indutância que permite uma indução
de um volt quando a corrente varia na razão de um ampère por segundo (figura 12.1). A
fórmula para indutância é:

L= VL
∆i / ∆t

Onde: L = indutância em henry (H).

vL = tensão induzida na bobina em volts (V).

∆i / ∆t = taxa de variação da corrente, (A/s).

∆i / ∆t = 1 A/s
vL = 1 V

L=1H

V ~
Figura 12.1.: Indutância de uma bobina de 1H quando

uma variação de 1 A/s induz 1V na bobina.

Características das Bobinas.

Características Físicas.

A indutância de uma bobina depende de como ela é enrolada, do material do núcleo em torno
do qual é enrolada, e do número de espiras (voltas do fio) que formam o enrolamento.

98
1. A indutância L aumenta com o número de espiras N em torno do núcleo. A indutância
aumenta com o quadrado do número de espiras. Por exemplo, se o número de espiras
dobrar (2x), a indutância aumenta de 22 ou de 4x, supondo que a área e o comprimento
da bobina permaneçam o mesmos.
2. A indutância aumenta com a permeabilidade relativa µr do material de que é feito o
núcleo.
3. À medida que a área A abrangida em cada espira aumenta, a indutância também
aumenta. Como a área é uma função do quadrado do diâmetro da bobina, a indutância
aumenta com o quadrado do diâmetro.
4. A indutância diminui à medida que o comprimento da bobina aumenta (considerando
que o número de espiras permaneça constante).

Perdas no Núcleo.

As perdas no núcleo magnético se devem às perdas por efeito de correntes parasitas e às


perdas por histerese. As correntes parasitas seguem uma trajetória circular dentro do próprio
material do núcleo e se dissipam na forma de calor pelo núcleo. A perda é igual a RI2, onde R é
a resistência da trajetória percorrida através do núcleo. Quanto mais alta a freqüência da
corrente alternada na indutância, maiores as correntes parasitas e maior a perda por corrente
parasita.

As perdas por histerese decorrem da potência adicional necessária para inverter o campo
magnético nos materiais magnéticos com corrente alternada. As perdas por histerese
geralmente são menores do que as perdas produzidas por correntes parasitas.

Para reduzir as perdas por efeito de correntes parasitas, enquanto se mantém a densidade de
fluxo, o núcleo de ferro deve ser feito de lâminas isoladas umas das outras, ou de grânulos de
ferro isolados prensados formando um sólido, ou ferrite.

As bobinas com núcleo de ar praticamente não apresentam perdas por correntes parasitas ou
por histerese.

Reatância Indutiva.

A reatância indutiva XL é a oposição à passagem de corrente CA devida à indutância do circuito.


A unidade de reatância é o Ohm. A fórmula para a reatância indutiva é:

XL = 2π f L = 6,28 f L

Onde: XL = reatância indutiva em Ohm (Ω)

f = freqüência em Hertz (Hz)

L = indutância em Henry (H).

Em um circuito constituído apenas por indutância (figura 12.2),

99
vL = 1 V

L=1H
V ~
Figura 12.2.: Circuito contento apenas Indutância.

pode-se aplicar a lei de Ohm para se calcular a corrente e a tensão substituindo R por XL.

VL = IL / XL IL = VL / XL XL = VL / IL

Indutores em Série e em Paralelo.

Se os indutores forem dispostos suficientemente afastados uns dos outros de modo que não
interajam eletromagneticamente entre si,os seus valores podem ser associados exatamente
como se fossem resistores. Se certo número de indutores for conectado em série, a indutância
total LT será a soma das indutâncias individuais, ou Série:

LT = L1 + L2 + L3 +.......+ Ln

E para cálculos em paralelo temos:

1 = 1 + 1 + 1 + 1
LT L1 L2 L3 Ln

Exercícios do Capítulo 11

1) A constituição básica de um capacitor é ?


a) ( ) Duas placas paralelas e os terminais de ligação.
b) ( ) Duas placas paralelas, os terminais e uma bateria.
c) ( ) Duas placas paralelas, os terminais e um dielétrico.
d) ( ) Duas placas paralelas, os terminais e um elétron.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

2) O que o capacitor armazena no seu dielétrico ?


a) ( ) Ele armazena prótons no seu dielétrico.
b) ( ) Ele armazena cargas no seu dielétrico.
c) ( ) Ele armazena prótons e elétrons no seu dielétrico.
d) ( ) Ele armazena elétrons no seu dielétrico.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

100
3) Uma característica do capacitor eletrolítico é ?
a) ( ) Ele deve ser ligado na polaridade correta.
b) ( ) Ele pode ser ligado em qualquer polaridade.
c) ( ) Ele deve ser ligado somente na polaridade positiva.
d) ( ) Ele deve ser ligado somente na polaridade negativa.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

4) Como deve ser realizado o cálculo do capacitor total na associação paralela ?


a) ( ) Deve ser feito o cálculo da soma dos inversos.
b) ( ) Deve ser feita a soma total dos capacitores.
c) ( ) Deve ser feita a divisão entre os valores.
d) ( ) Deve ser feita a multiplicação pela subtração.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

5) Podemos dizer que a reatância capacitiva é ?


a) ( ) Uma oposição à passagem de tensão.
b) ( ) Uma oposição à passagem de corrente contínua.
c) ( ) Uma oposição à passagem de resistência.
d) ( ) Uma oposição à passagem de corrente alternada.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

6) Qual a principal característica do Indutor ?


a) ( ) Sua principal característica é a auto-indução.
b) ( ) Sua principal característica é a alta-tensão.
c) ( ) Sua principal característica é a alta-corrente.
d) ( ) Sua principal característica é a resistência.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

7) Em um indutor, quanto mais espiras enroladas, maior será ?


a) ( ) Quanto mais espiras, maior a sua capacitância.
b) ( ) Quanto mais espiras, maior a sua indutância.
c) ( ) Quanto mais espiras, maior a sua freqüência.
d) ( ) Quanto mais espiras, maior a sua reatância.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

8) Podemos dizer que a reatância indutiva é ?


a) ( ) Uma oposição à passagem de tensão.
b) ( ) Uma oposição à passagem de corrente contínua.
c) ( ) Uma oposição à passagem de resistência.
d) ( ) Uma oposição à passagem de corrente alternada.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

9) Como deve ser realizado o cálculo do indutor total na associação série ?


a) ( ) Deve ser feito o cálculo da soma dos inversos.
b) ( ) Deve ser feita a soma total dos indutores.
101
c) ( ) Deve ser feita a divisão entre os valores.
d) ( ) Deve ser feita a multiplicação pela subtração.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

10) A unidade para a representação de valores de Reatância é ?


a) ( ) A unidade é o volt (V).
b) ( ) A unidade é o watt (W).
c) ( ) A unidade é o Joule (J).
d) ( ) A unidade é o Ohm (Ω).
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

12 – Equipamentos e
Ferramentas Elétricas
Voltímetros e Amperímetros.

É importante saber medir os níveis de corrente e tensão de um sistema elétrico para verificar
seu funcionamento, identificar defeitos e investigar efeitos que possam ocorrer e que seriam
impossíveis de serem previstos em uma análise teórica. Como o próprio nome indica, os
amperímetros são utilizados para medir intensidade de corrente, e os voltímetros a diferença
de potencial entre dois pontos. Se os níveis de corrente forem em geral da ordem de
miliampères, o instrumento usado será denominado de miliamperímetro, e se os níveis de
corrente estiverem na faixa de microampères, o instrumento usado será um microamperímetro.
Denominações similares podem ser feitas para tensão. Em toda indústria, as medidas de
tensões são mais comuns do que as de corrente, pois não é necessário alterar as conexões do
sistema para medir uma tensão.

Voltímetro

A diferença de potencial entre dois pontos de um circuito é medida ligando as pontas de prova
do voltímetro aos dois pontos em paralelo, conforme indicado na figura 13.1.

12,50 V

Figura 13.1.: Medidas de Tensão com Multímetro.

Para obtermos uma leitura positiva, devemos ligar a ponta de prova positiva do voltímetro no
ponto de maior potencial do circuito e a ponta de prova negativa no ponto de menor potencial.
Se a ligação estiver invertida, o resultado será negativo.

Amperímetro.
102
Os amperímetros devem ser ligados conforme ilustrado na figura 13.2. Visto que os
amperímetros medem a taxa do fluxo de cargas, ou seja, a corrente, o medidor tem de ser
colocado no circuito em série de modo que a corrente passe pelo medidor.

0,50A

Figura 13.2.: Medidas de Corrente com Multímetro.

A única maneira de isso acontecer é abrindo o caminho (a ligação) no qual a corrente tem de
ser medida, colocando o medidor entre os dois terminais resultantes da abertura do circuito.
Para o circuito mostrado na figura 13.2, o terminal positivo (+) da fonte de tensão tem de ser
desconectado do sistema, e o amperímetro inserido conforme mostrado. Para uma leitura
positiva, a polaridade dos terminais do amperímetro deve ser tal que a corrente (no sentido
convencional) entre pelo terminal positivo do amperímetro.

Ohmímetros.

O ohmímetro é um instrumento usado para realizar, dentre outras, as seguintes tarefas:

1. Medir a resistência de um elemento individual ou de elementos combinados;


2. Detectar situações de “circuito aberto” (resistência alta) e de “curto-circuito”
(resistência baixa);
3. Verificar a continuidade das conexões de um circuito e identificar fios em um cabo
com múltiplas vias;
4. Testar alguns dispositivos semicondutores (eletrônicos).

Na maioria das aplicações, os ohmímetros usados mais frequentemente fazem parte de um


multímetro. Entretanto, em geral, a resistência de resistor pode ser medida simplesmente
conectando aos terminais do resistor, conforme é mostrado na figura 13.3.

10,00 Ω

Figura 13.3.: Medidas de Resistência com Multímetro.

103
Neste caso, não é necessário se preocupar com qual fio se conecta a qual extremidade; o
resultado será o mesmo em ambos os casos, pois os resistores oferecem a mesma resistência
ao fluxo de cagas (corrente) em qualquer sentido. Se for usado um multímetro analógico, a
chave seletora deverá ser colocada na faixa de resistência. O multímetro digital também
necessita que seja escolhida a escala adequada para a resistência a ser medida, mas o
resultado aparece como um número no visor do aparelho e o ponto decimal é determinado pela
escala escolhida. Quando se mede resistência de um único resistor, em geral é aconselhável
remover a resistência do circuito antes de fazer a medição. Se isso for difícil ou impossível,
pelo menos uma extremidade do resistor deve ser desconectada do circuito para que a leitura
não seja influenciada pelos outros componentes.
Se as duas pontas de prova do instrumento estiverem se tocando com a chave seletora do
medidor colocada nas posições para medir resistências, a leitura resultante será zero. Uma
conexão pode ser testada, como mostrado na figura 13.4.

0,00 Ω

Figura 13.4.: Exemplo de teste de continuidade de um cabo do chicote, observe que a


alimentação foi desligada.

Neste caso, simplesmente ligando o ohmímetro aos dois lados da conexão, se a resistência for
zero, a conexão é segura. Se for diferente de zero, pode ser que a conexão não esteja boa;
caso a resistência medida seja finita, não há conexão (circuito aberto).

Teste de Diodos.

Os diodos podem ser testados no multímetro através da escala apropriada para diodo (figura
13.5), veja que quando polarizado diretamente o visor indicará a tensão de junção do diodo que
fica entre 0,45 V e 0,7 V para um diodo em bom estado.

104
0,58 V

Figura 13.5.: Diodo polarizado diretamente através do multímetro com escala para medições
de diodo.

Quando colocamos na polaridade reversa, o diodo não pode conduzir corrente e deve indicar
tensão zero para um diodo em bom estado (figura 13.6).

0,00 V

Figura 13.6.: Diodo polarizado reversamente através do multímetro com escala para
medições de diodo.

Teste de Diodos com Multímetro sem escala para diodos.

Os diodos podem ser testados com um multímetro comum que não contenha escala própria
para diodo (figura 13.7), para isso, deve ser usada uma escala de K-Ohms, veja que quando
polarizado diretamente o visor indicará uma resistência de quilo-ohms (KΩ) para um diodo em
bom estado.

105
2,380

Figura 13.7.: Diodo polarizado diretamente através do multímetro com uma escala em K-
Ohms.

Quando colocamos na polaridade reversa e em escala de K-Ohms, o diodo não pode conduzir
corrente e deve indicar uma resistência em aberto (figura 13.8) para diodos em bom estado.

Figura 13.8.: Diodo polarizado reversamente através do multímetro com a escala em


K-Ohms.

Alicate Amperímetro

O alicate amperímetro possui a grande vantagem de poder medir uma corrente sem que o
circuito seja aberto (figura 13.9), só é necessário colocar a sua garra sobre o fio. Seu
funcionamento baseia-se no princípio da indução magnética.

106
ICA Fio

Figura 13.9.: Alicate Amperímetro.

107
Multímetro Automotivo

Segue exemplo de multímetro automotivo da Minipa

Abaixo estão descritos alguns testes do manual do multímetro Minipa.

Testando a Bateria

Teste da Bateria (Descarga Superficial)

Remova os cabos positivo e negativo da bateria e limpe completamente os terminais do cabo e


os terminais da bateria. A ignição deve estar desligada para prevenir danos ao computador do
veículo (se tiver) quando conectamos e desconectamos os cabos da bateria.

Este teste verifica se há uma baixa descarga na caixa da bateria.

- Ajuste a chave rotativa para a posição V (tensão DC).


- Conecte a ponta de prova negativa (-) no terminal negativo da bateria.
- Ajuste a função MAX/MIN do multímetro.
- Encoste a ponta de prova positiva (+) na caixa da bateria, próximo ao terminal positivo, mas
não toque no terminal.
Uma leitura maior do que 0.5V indica excessiva descarga superficial.
Sujeira, umidade e corrosão são a causa de descarga superficial. Limpe a bateria com uma
mistura de água com soda cáustica. Não permita que esta solução entre na bateria.

Teste de Carga da Bateria

Este teste verifica o estado de carga da bateria.

- Acenda a luz interna do veículo por 15 segundos para dissipar a carga superficial da bateria.
- Desconecte o terminal negativo (-) da bateria.
- Ajuste a chave rotativa para V (tensão DC).
- Conecte a ponta de prova positiva (+) no terminal positivo da bateria.
- Conecte a ponta de prova negativa (-) no terminal negativo da bateria.
108
- Ajuste a função MAX/MIN no multímetro. Uma leitura menor do que 12.4V indica uma baixa
carga da bateria. Recarregue antes de testar, veja abaixo os níveis de tensão relacionado com
o nível de carga.

Teste da Bateria (Carga Parasita)

Este teste verifica se há excessivo dreno de carga parasita da bateria.

- Ligue a ignição e desligue todos os acessórios.


Importante: Não dê a partida no motor durante este teste; pode resultar em danos ao
multímetro.
- Ajuste a chave rotativa para a posição 20A.
- Insira a ponta de prova positiva (+) no terminal 20A do multímetro.
- Desconecte o cabo negativo (-) da bateria.
- Conecte a ponta de prova positiva (+) no cabo desconectado do negativo da bateria.
- Conecte a ponta de prova negativa (-) no terminal negativo da bateria.
- Ajuste a função MAX/MIN no multímetro.
As cargas parasitas não devem exceder 100mA.
Se houver carga parasita em excesso, remova os fusíveis; um de cada vez, até ser detectada.
Também verifique as aplicações sem fusível como luzes internas, relês de computador e
capacitores nos instrumentos do painel.

Aterramento Negativo (-) do Motor

Este teste verifica a eficiência do aterramento do motor.

109
- Ajuste a chave rotativa para a posição V (tensão DC).
- Encoste a ponta de prova positiva (+) no terminal positivo da bateria e a ponta de prova
negativa (-) no terminal negativo da bateria. Anote a leitura ...... esta será a tensão base para
comparar com sua tensão de teste.
- Conecte a ponta de prova positiva (+) em um ponto limpo do bloco do motor.
- Conecte a ponta de prova negativa (-) no terminal negativo da bateria.
- Ajuste a função MAX/MIN no multímetro.
- Desabilite a ignição, dê a partida no motor por 2- 3seg.
Uma queda de tensão maior do que 0.5V indica um circuito de aterramento pobre. Limpe e
inspecione as conexões do cabo da bateria e o aterramento, faça o teste novamente.
Importante: Repita este teste enquanto o motor estiver completamente aquecido. A expansão
de calor do metal pode causar aumento de resistência.

Aterramento Negativo (-) do Chassis.

Este teste verifica a eficiência do aterramento do chassis.

- Ajuste a chave rotativa para a posição V (tensão DC).


- Estabeleça a tensão base para comparar com o teste de tensão (veja a tensão base, no teste
de queda de tensão).
- Conecte a ponta de prova positiva (+) em um ponto do pára-choque, porta ou na estrutura
principal do veículo onde o terra está fixado.
- Conecte a ponta de prova negativa (-) no terminal negativo da bateria.
- Ajuste a função MAX/MIN no multímetro.
- Ligue todos os acessórios (luzes, ventilador, rádio, etc.).
- Desabilite a ignição, dê a partida no motor por 2-3seg.
Uma queda de tensão maior do que 0.5V indica um circuito de aterramento pobre.
Limpe e inspecione as conexões do cabo da bateria e o aterramento, faça o teste novamente.
Importante: Repita este teste enquanto o motor estiver
completamente aquecido. A expansão de calor do metal
pode causar aumento de resistência.

110
Alimentação da Bateria para o Solenóide de Partida (+).

Este teste verifica a eficiência da alimentação da bateria para o solenóide de partida.

- Ajuste a chave rotativa para a posição V (tensão DC).


- Estabeleça a tensão base para comparar com o teste de tensão (veja a tensão base, no teste
de queda de tensão).
- Conecte a ponta de prova positiva (+) no terminal positivo da bateria.
- Conecte a ponta de prova negativa (-) no terminal positivo do solenóide de partida.
- Ajuste a função MAX/MIN no multímetro.
- Desabilite a ignição, dê a partida no motor por 2-3seg.

Uma queda de tensão maior do que 0.3V indica um circuito com alta resistência.
Limpe e inspecione as conexões do cabo da bateria e as conexões do cabo, faça o teste
novamente. Importante: Repita este teste enquanto o motor estiver completamente aquecido.
A expansão de calor do metal pode causar aumento de resistência.

Alimentação da Bateria para o Circuito Completo de Partida (+).

Este teste verifica a eficiência da alimentação da bateria para a partida através do solenóide de
partida.

- Ajuste a chave rotativa para a posição V (tensão DC).


- Estabeleça a tensão base para comparar com o teste de tensão (veja a tensão base, no teste
de queda de tensão).
- Conecte a ponta de prova positiva (+) no terminal positivo da bateria.
- Conecte a ponta de prova negativa (-) no terminal positivo do motor de partida.
- Ajuste a função MAX/MIN no multímetro.
- Desabilite a ignição, dê a partida no motor por 2-3seg.
Uma queda de tensão maior do que 0.8V indica um circuito de aterramento pobre. Limpe e
inspecione as conexões do cabo da bateria e as conexões do cabo, faça o teste novamente.
Importante: Um defeito no solenóide de partida pode causar uma queda de tensão excessiva;
verifique os cabos e conexões antes de trocar o solenóide.

Testando o Motor de Partida

- Corrente de Partida.

Nos testes de bateria e de queda de tensão, verificou-se que há tensão adequada da bateria
para a partida. O próximo passo é verificar corrente excessiva na partida do motor.
- Conecte a garra transformadora de corrente AC/DC (opcional) ao redor do cabo negativo (-)
ou positivo (+) da bateria.
- Ajuste a chave rotativa para a posição 400mV. Nota : 1mV = 1Amp.
- Ajuste a função MAX/MIN no multímetro. A leitura MIN será a corrente negativa.
- Desabilite a ignição, dê a partida no motor por 2-3seg. Nota: A garra de corrente AC/DC mede
ampéres na direção do fluxo elétrico. Tenha certeza de que a seta na garra está apontada na
direção do fluxo da corrente no cabo.
Teste rápido
Ligue a ignição e mantenha todos os acessórios desligados. Coloque a garra no cabo da
bateria, depois ligue a luz interna. Se a leitura for negativa, desconecte a garra, inverta e
reconecte.

111
Testando o Sistema de Carga Bateria (+)

Este teste verifica a tensão de saída do alternador para a bateria.

- Ajuste a chave rotativa para a posição V (tensão DC).


- Conecte a ponta de prova positiva (+) no terminal positivo da bateria.
- Conecte a ponta de prova negativa (-) no terminal negativo da bateria.
- Ajuste a função MAX/MIN no multímetro.
- Tenha certeza de que todos os acessórios estão desligados.
- Dê a partida no motor e mantenha em 1500 RPM.
Uma leitura de 13.1-15.5V é uma carga aceitável. Se a tensão estiver baixa, verifique:
- Correia solta, quebrada ou gasta.
- Conexões ou fios soltos ou desfiados.
- Defeito no alternador ou regulador. Veja o item Saída de Tensão do Alternador (+), com
carga.

Saída de Corrente (A) do Alternador para a Bateria.

Este teste verifica a eficiência da carga da bateria pelo alternador.

- Conecte a garra de corrente AC/DC no multímetro.


- Conecte a garra de corrente AC/DC ao redor do cabo negativo (-) ou positivo (+) da bateria.
- Ajuste a chave rotativa para a posição V (tensão DC). Nota: 1mV = 1Amp.
- Tenha certeza de que todos os acessórios do veículo estejam desligados.
- Dê a partida no motor e mantenha em 1500 RPM. A corrente lida deve ser 5 A ou melhor.

112
Teste de Tensão do Sensor de Efeito Hall (V)

Este teste verifica a ação de chaveamento em qualquer sensor de efeito hall (ignição, RPM,
etc.)

- Ajuste a chave rotativa para a posição V (Tensão DC).


Insira:
- A ponta de prova preta no terminal COM.
- A ponta de prova vermelha no terminal V/Ω/RPM.
- Ajuste a função MIN/MAX no multímetro.
- Conecte a ponta de prova preta no terminal negativo da bateria.
- Coloque a chave de ignição na posição ligado. Encoste a ponta de prova nos três pontos de
teste mostrados.
- A leitura de tensão de terra deve ser a mesma do terra (computador ou bateria).
- A leitura da alimentação deve ser a mesma da bateria ou alimentação do computador.
- A leitura do sinal deve ser zero ou a mesma tensão que a alimentação (computador ou
bateria). A leitura alternará alta ou baixa com a rotação.

113
114
BIBLIOGRAFIAS:

Gussow, Milton; Eletricidade Básica – 2ª edição – Porto Alegre/2009 – Editora Bookman.

Manual Pirelli de condutores elétricos.

Anotações de aulas – Prof. José Benedito Ferreira Sobrinho

115
116

Você também pode gostar