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Eletrônica ............................................................................................................................... 4
Capitulo 1 – Bandas de Energia ............................................................................................. 4
Capitulo 2 – Materiais Semicondutores Intrínsecos ............................................................... 9
2.2 - Condução Elétrica nos Semicondutores ................................................................... 10
2.3 - Semicondutores Tipo N e P...................................................................................... 10
Capitulo 3 – Diodo semicondutor......................................................................................... 14
3.2 – Polarização da junção PN ........................................................................................ 17
3.3 - Conceito de Reta de Carga ....................................................................................... 20
3.4 – Modelos de diodos ................................................................................................... 21
3.5 – Teste de diodos ........................................................................................................ 25
Capitulo 4 – Circuitos com diodos ....................................................................................... 33
4.1 – SINAL SENOIDAL ................................................................................................ 33
4.2 – Circuitos retificadores ............................................................................................. 36
4.2.1 – Transformadores ............................................................................................... 36
4.22 –Retificador de meia onda .................................................................................... 38
4.23 –Retificador de onda completa com derivação central ......................................... 41
4.24 –Retificador de onda completa em Ponte ............................................................. 45
4.25 –Filtro capacitivo .................................................................................................. 49
Capitulo 5 – Diodos Especiais .............................................................................................. 54
5.1 Zener ........................................................................................................................... 54
5.2 Diodo zener como regulador de tensão ................................................................ 56
5.3 Circuito regulador de tensão com carga ............................................................... 61
5.31 Carga fixa e tensão de entrada constante .............................................................. 63
5.32 Carga variável e tensão de entrada constante ....................................................... 64
5.33 Carga fixa e tensão de entrada com ripple ............................................................ 66
5.34 Carga variável e tensão de entrada com ripple ..................................................... 68
5.4 LED (Diodo Emissor de Luz)..................................................................................... 70
5.5 Fotodiodo e Optoacoplador ........................................................................................ 71
5.51- Fotodiodo ............................................................................................................ 71
5.52- Optoacoplador ..................................................................................................... 72
Capitulo 6 – Transistores Bipolares...................................................................................... 79
6.1 – Funcionamento dos transistores NPN e PNP .......................................................... 80
6.2 – Efeito de Amplificação ............................................................................................ 82
6.3 – Configurações básicas ............................................................................................. 83
6.31-Configuração base comum (BC) .......................................................................... 84
6.32- Configuração emissor comum (EC) .................................................................... 89
6.33- Ganho de corrente EC versus ganho de corrente BC .......................................... 91
6.34- Configuração coletor comum (CC) ..................................................................... 93
6.35- Os limites dos transistores ................................................................................... 93
Capitulo 7 – Polarização dos transistores bipolares ............................................................. 99
7.1 – Ponto quiescente ...................................................................................................... 99
7.2 – Reta de carga ......................................................................................................... 100
7.3 – Circuito de polarização em base comum ............................................................... 100
7.31 – Determinação da reta de carga......................................................................... 101
7.32 – Circuito de polarização em base comum com uma fonte de alimentação. ...... 103
7.4 – Circuito de polarização em emissor comum.......................................................... 104
7.41 – Circuito de polarização em emissor comum com corrente de base constante. 105
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7.42 – Influência da temperatura no comportamento dos transistores ....................... 106
7.43 – Circuito de polarização EC com corrente de emissor constante ..................... 108
7.44– Circuito de polarização EC com divisor de tensão e base ................................ 110
7.441– Determinação da reta de carga........................................................................ 111
7.5 – Circuito de polarização em Coletor comum .......................................................... 113
Capitulo 8– Transistor com chave ...................................................................................... 124
Capitulo 9– Fundamentos de amplificadores ..................................................................... 129
9.1 – Parâmetros de um amplificador ............................................................................. 129
9.11 – Ganhos de corrente, tensão, potência e defasagem ......................................... 129
9.12 – Capacitores de acoplamento ............................................................................ 131
9.13 – Amplificadores em cascata .............................................................................. 132
9.14 – Impedância de entrada e saída ......................................................................... 132
9.15 – Curva de resposta em freqüência ..................................................................... 133
9.16 – Decibel ............................................................................................................. 134
9.17 – Tipos de amplificadores................................................................................... 137
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Eletrônica
A mecânica quântica estuda de forma profunda esta relação entre os raios das
órbitas possíveis, os níveis de energia correspondentes e o numero máximo de elétrons
permitido em cada órbita.
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No entanto, para o estudo de materiais semicondutores é necessário, apenas,
entender que um elétron precisa estar a uma determinada distância (órbita) do núcleo e com
uma determinada velocidade (energia cinética) para que a força centrífuga Fc, orientada
radialmente e para fora do átomo, equilibre-se com a força eletrostática Fe, entre ele e o
núcleo, tornando-o estável, como mostra a figura 1.3.
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material. São estes elétrons livres que, sob a ação de um campo elétrico(DDP, Tensão
elétrica), formam a corrente elétrica. Como mostra a figura 1.5.
A figura 1.6 mostra que em cada um dos casos a banda proibida tem um tamanho
diferente.
No primeiro caso, um elétron, para se liberar do átomo, tem que dar um salto de
energia muito grande. Desta forma, pouquíssimos elétrons têm energia suficiente para sair
da banda de valência e atingir a banda de condução, fazendo com que a corrente elétrica
nesse material seja sempre muito pequena. Esses materiais são chamados isolantes.
No segundo caso, um elétron pode passar facilmente da banda de valência para a
banda de condução sem precisar de muita energia. Isso acontece principalmente nos
materiais metálicos, onde a própria temperatura ambiente é suficiente para o surgimento de
uma grande quantidade de elétrons livres. Esses materiais são os condutores.
O terceiro e ultimo caso é um intermediário entre os dois outros tipos de materiais.
Um elétron precisa dar um salto para sair da banda de valência e atingir a banda de
condução, mas o salto é pequeno. Esses materiais são chamados semicondutores.
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Estas diferenças entre os diversos materiais podem ser explicadas em função de
vários fatores:
• Composição química – caracteriza os elementos químicos que forma o
material;
• Ligação química – caracteriza o tipo de ligação que une os elementos
químicos desse material;
• Forma de organização estrutural – caracteriza a forma como os átomos
desses elementos se organizam entre si (estrutura amorfa, quando estão
desorganizados; estrutura cristalina, quando estão organizados).
EXERCÍCIOS:
1. O que faz com que os elétrons permaneçam estáveis em órbitas bem determinadas?
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Capitulo 2 – Materiais Semicondutores Intrínsecos
Existem vários tipos de matérias semicondutores. Os mais comuns e mais utilizados
são o silício (Si) e o germânio (Ge).
Estes dois elementos caracterizam-se por serem tetravalentes, ou seja, por
possuírem quatro elétrons na camada de valência, como mostra a figura 2.1.
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Hoje em dia, o silício é o material mais utilizado já que é bastante abundante na
natureza (pode ser obtido a partir do quartzo que é encontrado na areia da praia e na terra),
portanto é mais barato.
Por causa disso, e também pela sua larga utilização na fabricação de dispositivos,
que daqui para frente, o semicondutor de referência será o Silício.
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Quando num cristal de silício é acrescentada uma quantidade de átomos de uma
material pentavalente (com cinco elétrons na camada de valência) como, por exemplo, o
arsênio (As), o antimônio (Sb) e o fósforo (P), estes elementos estranhos, também
chamados de impurezas, assumem a mesma estrutura do cristal de silício fazendo, cada
impureza, quatro ligações covalentes com seus átomos vizinhos mais próximos, como
mostra a figura 2.5.
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Como os elétrons livres são cargas elétricas negativas, este semicondutor é chamado de tipo
N.
Da mesma maneira, se as impurezas acrescentadas são de átomos de um material
trivalente (com três elétrons na camada de valência) como, por exemplo, o alumínio (Al), o
boro (B) e o gálio (Ga), as ligações covalentes formação lacunas como mostra a figura 2.7.
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No caso dos semicondutores III-V (GaAs e InP), não existe um processo de
dopagem propriamente dito. Os semicondutores tipo N e P, no caso do GaAs, são obtidos
através do aumento da dose de Ga (para tipo N) e de As (para tipo P).
EXERCÍCIOS:
3. Quando se faz uma dopagem com um material pentavalente se introduz que tipo de
portador?
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4. O que é dopagem?
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Capitulo 3 – Diodo semicondutor
A partir dos semicondutores tipo N e tipo P, são possíveis construir diversos
dispositivos, entre eles o diodo semicondutor, com aplicações extremamente importantes
para o projeto de sistemas eletrônicos.
O diodo semicondutor é constituído basicamente por uma junção PN, ou seja, pela
união física de um material tipo P (cujos portadores majoritários são lacunas) com um tipo
N (cujo portador majoritários são elétrons), como mostra a figura 3.1.
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Assim, a partir de um certo momento, este fluxo de elétrons cessa e esta região
ionizada (camada de depleção) fica com ausência de elétrons e lacunas, que são os
responsáveis pele corrente elétrica, como mostra a figura 3.3.
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Figura 3.5 – Gráficos: carga e portadores versus junção.
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para outro e, num mesmo dispositivo, o lado N pode ter uma concentração de impurezas
diferente em relação ao lado P.
POLARIZAÇÃO DIRETA
A polarização direta ocorre quando o potencial positivo da fonte se se encontra
ligado no lado P e o potencial negativo no lado N, como mostra a figura 3.7.
Com VCC > Vγ , os elétrons do lado N ganham mais energia porque são repelidos
pelo terminal negativo da fonte, rompem a barreira de potencial Vγ e são atraídos para o
lado P, atravessando, assim a junção.
No lado P, eles recombinam-se com as lacunas, tornando-se elétrons de valência,
mas continuam deslocando-se de lacuna em lacuna, pois são atraídos pelo terminal positivo
da fonte, formando-se uma corrente elétrica de alta intensidade (Ip ou If), fazendo com que
o diodo semicondutor se comporte como um condutor ou uma resistência direta RD
muitíssimo pequena como mostra a figura 3.8.
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POLARIZAÇÃO REVERSA
A polarização reversa ocorre quando o potencial negativo da fonte se se encontra
ligado no lado P e o potencial positivo no lado N, como mostra a figura 3.9.
Por causa da polarização reversa, os elétrons do lado N são atraídos para o terminal
positivo e as lacunas para o terminal negativo da fonte. Com isso, formam-se mais íons
positivos no lado N e os íons negativos no lado P, aumentando, assim, a camada de
depleção e, conseqüentemente, a barreira de potencial.
A barreira de potencial aumenta até que sua diferença de potencial se iguale à tensão
da fonte de alimentação (VCC). Portanto, quanto maior a tensão de fonte, maior a barreira
de potencial.
Por outro lado, existe uma corrente muito pequena formada pelos portadores
minoritários (elétrons no lado P e lacunas no lado N); muitos deles criados continuamente
pela energia térmica a temperatura ambiente.
Essa pequena corrente elétrica é chamada corrente reversa (Ir) estando limitada aos
portadores minoritários, ou seja, ela não aumenta proporcionalmente à tensão reversa
aplicada ao diodo, sedo considerada desprezível na grande maioria dos casos. Assim o
diodo se comporta como se fosse um circuito aberto ou uma resistência reversa Rr
altíssima. Como mostra a figura 3.10.
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Figura 3.11 – Curva característica do diodo semicondutor.
Este gráfico mostra que para tensões negativas (polarização reversa) a corrente é
praticamente nula, caracterizando uma resistência elétrica muito alta, sendo esta tensão
limitada por VBR (tensão de ruptura ou breakdown voltage).
Para tensões positivas (polarização direta), até Vγ a corrente é baixa, mais acima de
Vγ, ela passa a ser bastante alta, caracterizando uma resistência elétrica muito baixa, sendo
esta corrente elétrica limitada por IDM ou IFM.
Esta curva também mostra que, como todo dispositivo elétrico e eletrônico, o diodo
semicondutor tem determinadas características e limitações que são especificações dadas
pelos fabricantes.
Principais especificações do diodo semicondutor:
• Como a junção PN possuir uma barreira de potencial natural (Vγ), na
polarização direta só existe corrente elétrica se a tensão aplicada ao diodo
VD for: VD ≥ Vγ
• Na polarização direta, existe uma corrente máxima que o diodo pode
conduzir (IDM ou IFM) e uma potência máxima de dissipação (PDM ou PFM),
cuja relação é:
PDM = VD . IDM
• Na polarização reversa, existe uma tensão reversa máxima que pode ser
aplicada ao diodo chamada tensão de ruptura ou breakdown voltage (VBR).
• Na polarização reversa, existe uma corrente muito pequena denominada
corrente reversa (IR).
Exemplo:
O diodo de código 1N4001 tem as seguintes especificações dadas pelos fabricantes:
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3.3 - Conceito de Reta de Carga
A ligação de um diodo a uma fonte de alimentação deve ser feita sempre se
utilizando um resistor limitador em série, para protege-lo contra a corrente máxima, como
mostra a figura 3.12, no qual o resistor limitador é o próprio resistor de carga RL [ R-
resistor; L – Load (Carga em Inglês)].
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• Pode-se, também, calcular a potência de dissipação do diodo pela equação:
PD = V D xI D
Exemplo:
Dada a curva característica de um diodo, mostrada abaixo, determinar o seu ponto
quiescente e sua potência de dissipação, sabendo-se que ele esta ligado em série com um
resistor de 50 Ω e alimentado por uma fonte de 2,2V.
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Porém, quando o valor de Vγ não for desprezível, é necessária a utilização de um
modelo para o diodo, ou seja, a sua substituição por um circuito equivalente para que os
cálculos relativos aquela circuito possam ser realizados com maior precisão.
A vantagem de se utilizar um modelo esta no fato de que este facilita os cálculos em
circuito mais complexos, tornando-os mais simples do que o trabalho feito a partir da curva
característica e reta de carga.
Existem basicamente três modelos para o diodo, que devem ser utilizados de acordo
com as características do circuito e precisão desejada para os cálculos.
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MODELO 3 – DIODO COM Vγ e RD (modelo linear)
Exemplos:
Para efeito de comparação, estes exemplos mostram os resultados dos cálculos das
correntes num diodo, utilizando-se os três modelos em duas condições diferentes de
circuitos:
CIRCUITO-1:
MODELO-1:
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MODELO-2:
MODELO-3:
Neste caso, percebe-se que as diferenças entre os resultados obtidos são pequenas
em relação à ordem de grandeza da corrente no diodo e, portando, qualquer modelo pode
ser adotado, dependendo apenas da precisão desejada.
CIRCUITO-2:
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MODELO-1:
MODELO-2:
MODELO-3:
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obtida realizando-se as conexões mostradas na figura 3.18a revela um diodo aberto
(defeituoso). Se as pontas de prova do medidor forem invertidas, deverá ocorrer uma
indicação 1 ou OL, devido à equivalência de circuito aberto para o diodo. Portanto, em
geral, uma indicação OL em ambas as direções indica um diodo aberto ou defeituoso.
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(2) FUNÇÃO DE TESTE DE DIODOS (multímetro analógico)
Na seção 3.4 vimos nos modelos de diodos que os diodos apresentam uma certa
resistência em polarização direta, e essa resistência é bem baixa em polarização direta
comparada ao valor encontrado em polarização reversa. Portanto, se medirmos a resistência
de um diodo utilizando as conexões indicadas na figura 3.19a, poderemos esperar um valor
relativamente baixo. A indicação resultante do ohmímetro será uma função da corrente
estabelecida através do diodo pela bateria interna (geralmente 1,5V ou 9V) do medidor.
Quanto maior a corrente, menor o valor da resistência. Para a situação de polarização
reversa, o valor lido deve ser bem alto, exigindo uma escala para a medida de alta
resistência no medidor, conforme mostra a figura 3.19b. Uma leitura de resistência elevada,
obtida com ambas as polaridades, obviamente indica um comportamento de circuito aberto
(dispositivo defeituoso), enquanto uma leitura de resistência muito baixa, obtida com
ambas as polaridades, indica que o dispositivo será provavelmente em curto-circuito.
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EXERCÍCIOS:
3-) O que é barreira de potencial e qual o seu valor para os diodos de silício e germânio?
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5-) Porque os portadores majoritários não circulam pelo diodo na polarização reversa?
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CIRCUITO-2:
CIRCUITO-1
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CIRCUITO-2:
9-) Esquematize os três modelos dos diodos dos circuitos-1 e circuito-2 para o exercício 8,
calculando, inclusive, o valor de RD e determine os pontos quiescentes resultantes com uma
análise dos resultados (Quer dizer, qual o melhor modelo a ser utilizado, sem dificultar
muito os cálculos).
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11-) No circuito abaixo, admitindo que a tensão para acender uma lâmpada é 10 V, qual
delas vai acender, leve em consideração o modelo-1 de diodos.
Condições: 0 até 10V não acende.
10 até 12 V acende.
12V até ∝(infinito) queima.
12-) Utilizando o mesmo circuito acima, se trocarmos as lâmpadas de 10V para lâmpadas
de 5V, Quais lâmpadas acenderão para o Modelo-2 de diodos?
condições: 0 até 5V não acende.
5 até 6 V acende.
6V até ∝(infinito) queima.
13-) Ainda para circuito acima, trocando as lâmpadas para uma lâmpada de 6V e 120mW,
qual delas vai acender, utilize o modelo-3 de diodos. RD = 10·
condições: 0 até 5,9V não acende.
6 até 8 V acende.
8,1V até ∝(infinito) queima.
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PESQUISAS:
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Capitulo 4 – Circuitos com diodos
Agora que estamos familiarizados com o diodo semicondutor, podemos passar às
suas aplicações.
O diodo semicondutor tem suas principais aplicações em circuitos de corrente
alternada, por esse motivo vamos estudar um pouco sobre os sinais senoidais e principais
características uma abordagem mais profunda sobre o assunto será dada no curso de
eletricidade.
Sendo:
V: o valor instantâneo da tensão;
Vpico: o valor máximo da função senoidal, que no gráfico e representado pelo ponto XP, -
XP;
sen θ: função matemática seno que precisa de um ângulo (teta) para calcular o valor.
Na figura 4.1 vemos a função senoidal num gráfico de x versos θ, sendo XP o valor
de pico da função.
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Amplitude de pico: Valor máximo de uma forma de onde em relação ao valor
médio. É representado por letras maiúsculas na figura 4.2 (Em), para fontes de tensão é
Vpico.
Valor de pico: Valor máximo de uma função medido a partir do nível zero. No caso
da forma de onda vista na figura 4.2, a amplitude de pico é o valor de pico.
Valor de pico a pico: Diferença entre os valores dos picos positivos e negativos,
isto é, a soma dos módulos das amplitudes positiva e negativa, VPP = 2 × Vpico .
Valor RMS: As ondas senoidas não apresentam alterações de período e freqüência,
porém podem oscilar a amplitude, entre o valor máximo (Valor de pico) e um valor
mínimo. Para calcular quanto de energia realmente é entregue aos equipamentos que serão
ligados a essa fonte de energia, usa-se um método matemático chamado RMS (R- Raiz, M-
média, S-quadrada). Para os sinais senoidais, podemos calcular o valor VRMS através da
fórmula:
Vpico
VRMS =
2
Podendo ainda se calcular o valor de pico usando a fórmula inversa:
Vpico = VRMS × 2
Forma de onda periódica: Forma de onda que se repete continuamente após um
certo intervalo de tempo constante. A forma de onda vista na figura 4.2 é periódica.
Período (T): Intervalo de tempo entre repetições sucessivas de uma forma de onda
periódica (T1 = T2 = T3 na figura 4.2), enquanto pontos similares sucessivos podem ser
usados para determinas o período T.
Ciclo: Parte de uma forma de onda contida em um intervalo de tempo igual a um
período. Os ciclos definidos por T1, T2 e T3 na figura 4.2 podem parecer diferences na
figura 4.3, mas como estão todos contidos em um período, satisfazem a definição de ciclo.
Freqüência (F): O número de ciclos que ocorrem em 1 segundo. A freqüência da
forma de onda vista na figura 4.4a é 1 ciclo por segundo, e a figura 4.4b 2,5 ciclos por
segundo. No caso de uma forma de onda cujo período é 0,5 segundos (veja figura 4.4c), a
freqüência é 2 ciclos por segundo.
A unidade de freqüência é o HERTZ(Hz), onde:
1 Hertz (Hz) = 1 ciclo por segundo (c/s)
Temos ainda a relação entre a freqüência e o Período, já que o período e o tempo
que o ciclo demora a acontecer:
1 1
F= ou T =
T F
34
Figura 4.2 – Parâmetros importantes de uma tensão senoidal.
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V = Vpico × sen θ
Fica:
V = Vpico × sen(ω × t )
4.2.1 – Transformadores
Os transformadores, como o próprio nome diz, transformam a energia, podendo
abaixar ou aumentar a amplitude do sinal, nos nossos estudos estaremos utilizando o sinal
senoidal.
O transformador utiliza o efeito magnético criado na bobina (enrolamento de fios)
do primário, que é canalizado no entreferro excitando a bobina do secundário, fazendo com
que surja uma tensão nos terminais do enrolamento.
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Esse efeito magnético será estudado com detalhes no curso de eletricidade.
Existem vários tipos de transformadores, porém para o estudo dos retificadores,
apenas dois interessam:
• Transformador abaixador de tensão
Transformador esse que entrando uma tensão alta no primário sairá uma tensão
baixa no secundário.
Abaixo vemos o símbolo elétrico do transformador e onde se encontra:
o Tensão do primário(V1);
o Corrente do primário(I1) ;
o Quantidade de voltas de fios no primário(N1);
o Tensão do secundário(V2);
o Corrente do secundário(I2) ;
o Quantidade de voltas de fios no secundário(N2);
I 2 N1
= para corrente
I1 N 2
Ainda podemos fazer uma relação de potência para o transformador IDEAL (sem
perdas por aquecimento e desconsiderando a resistência do primário).
Exemplo:
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V1= 100V
V2=12V
N1= 1000 voltas
Portanto:
V 1 N1 110 1000 1000 × 12
= = N2 = N 2 = 109voltas
V2 N2 12 N2 110
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entrada, menos a tensão Vγ, que é a tensão de condução do diodo, sendo VγSi=0,7V e
VγGe=0,3V. Porém, no semiciclo negativo, o diodo corta (polarização reversa), fazendo
com que a tensão de saída seja nula e a tensão de entrada caia toda em cima do diodo, como
mostra a figura 4.9.
Figura 4.9 – Formas de onda num retificador de meia onda, lembrando que a tensão na
saída perde sempre a tensão do diodo Vγ.
Como a forma de onda na carga não é mais senoidal, o seu valor médio deixa de ser
nulo, embora a freqüência seja a mesma da tensão de entrada, podendo ser calculado por:
V 2 pico
Diodo ideal, modelo 1: Vmedio = ;
π
(V 2 pico − Vγ )
Diodo com Vγ, modelo 2: Vmedio =
π
Assim, pode-se calcular a corrente média na carga (igual à corrente média no diodo)
da seguinte forma:
Vmedio
Im edio =
RL
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Onde Vmedio é a tensão media da carga, Imedio é a corrente média da carga e o RL
é a resistência da carga ( L – Load carga).
Então, para que o diodo não queime, ele deve suportar tanto esta corrente média,
quanto à tensão de pico reversa, ou seja:
Exemplo:
A figura 4.10 mostra um transformador com tensão no secundário de 12VRMS
ligado a um retificador de meia onda (diodo de silício) com uma carga de 10Ω.
Considerando o valor de Vγ do diodo (modelo 2), determinar:
a) Tensão média da carga;
b) Corrente média na carga;
c) Especificações do diodo;
d) Formas de onda na carga e no diodo.
Vmédio 5,2
b) Im édio = Im édio = Im édio = 520mA
RL 10
40
d)
41
Figura 4.12 – Comportamento do retificador de onde completa com derivação
central.
Assim, as formas de onda na carga e nos diodos ficam como mostra a figura 4.13.
Figura 4.13 – Formas de onda no retificador onda completa com derivação central
42
Neste caso, a freqüência da tensão de saída dobra de valor e, portanto, a tensão média na
carga também dobra. Por outro lado, como a tensão de pico utilizada é a tensão entre o
terminal mais externo e o terminal central de derivação, isto é, V2picoa ou V2picob.
2 × (V 2 picoa − (2 × Vγ ))
Diodo com Vγ : Vmédia =
π
(2 × V 2 picoa)
Diodo ideal: Vmédia =
π
Vmédia
Im édia =
RL
Em relação às especificações dos diodos, tem-se uma grande vantagem neste
circuito. Como cada diodo conduz corrente somente em um semiciclo, a corrente que eles
devem suportar e metade da corrente média da carga. Por outro lado, a tensão de pico
reversa que os diodos devem suportar é a tensão total de pico do secundário, já que as suas
duas metades somam-se sobre os diodos quando estes estão cortados, Assim:
Im édia
Idiodo ≥ ,
2
Vpicoreversa ≥ 2 × V 2 picoa ,
ou Vpicoreversa ≥ 2 × V 2 picob ,
Exemplo:
A figura 4.14 mostra um transformador com derivação central e tensão total no
secundário de 4VRMS ligado a um retificador de onda completa (diodos de Silício) com
uma carga de 10Ω. Considerando o valor de Vγ do diodo (modelo2), determinar:
43
Figura 4.14 – Retificador de onda completa com derivação central
V 2 pico 5,66
V 2 picoa = = V 2 picoa = 2,83V
2 2
b)
Vmédio 0,91
Im édio = = = 91,04mA
RL 10
c)
Im édio
Idiodo ≥ Idiodo ≥ 45,51mA
2
44
4.24 –Retificador de onda completa em Ponte
45
Figura 4.17 - Comportamento do retificador de onda completa em ponte no ciclo
negativo.
Assim as formas de onda na carga e nos diodos ficam como mostra a figura 4.18.
46
Como neste caso a freqüência da tensão de saída dobra de valor, a tensão média na
carga também dobra, ou seja:
2 × V 2 pico
Diodo ideal: Vmédia =
π
2 × (V 2 pico − (2 × Vγ ))
Diodo com Vγ: Vmédia =
π
Vmédia
Im edia =
RL
Em relação às especificações dos diodos, como cada diodo conduz corrente somente
num semiciclo, a corrente que eles devem suportar corresponde à metade da corrente média
na carga. Quanto à tensão reversa, os diodos devem suportar a tensão de pico do
secundário. Assim:
Im édia
Idiodo ≥ e Vpicoreversa ≥ V 2 pico
2
Exemplo:
A figura 4.19 mostra um transformador com tensão no secundário de 25VRMS
ligado a um retificador de onda completa em ponte (diodos de silício) com uma carga de
10Ω. Determine:
a)Tensão média na carga;
b)Corrente média na carga;
c)Especificações do diodo;
47
Figura 4.19 – Retificado de onda completa em ponte.
b)
Vmédia 21,64
Im édia = = = 2,16 A
RL 10
c)
Im édia 2,16
Idiodo ≥ Idiodo ≥ Idiodo ≥ 1,08 A
2 2
48
4.25 –Filtro capacitivo
Para que a fonte de alimentação fique completa, falta ainda fazer a filtragem do
sinal retificado para que o mesmo se aproxime o máximo possível de uma tensão contínua e
constante.
A utilização de um filtro capacitivo é muito comum nas fontes de alimentação que
não necessitam de boa regulação, ou seja, que pode ter pequenas oscilações na tensão de
saída. Um exemplo é o eliminador de bateria, cujo o circuito bem todo montado na caixinha
que vai ligada à rede elétrica.
A figura 4.20 representa uma fonte de alimentação formada por um transformador
ligado a um retificador de onda completa em ponte, com capacitor de filtro de saída em
paralelo com a carga.
49
Quando, no segundo semiciclo, a tensão retificada fica maior que a tensão no
capacitor, os diodos D2 e D4 passam a conduzir carregando novamente o capacitor até o
valor de pico, e assim sucessivamente, formando uma ondulação denominada ripple.
A descarga do capacitor é lenta devido à constante de tempo RL x C, ou seja,
quanto maior o capacitor ou a resistência de carga, maior a constante de tempo e menor o
ripple.
Porém, mesmo com o ripple, percebe-se que a filtragem aumenta o valor médio da
tensão de saída, que será chamada de Vmediafiltrada.
O valor de pico a pico do ripple pode ser calculado pela equação abaixo:
Vmediafiltrada
Vripple =
f × RL × C
Onde:
o Vmediafiltrada = tensão média na carga após a filtragem;
o F = freqüência da ondulação (depende do tipo de retificador);
o RL = Resistência na Carga;
o C = Capacitor do filtro.
Assim, para o projeto de uma fonte de alimentação deve-se antes, estipular a tensão
média de saída e o ripple desejados para, em seguida, calcular o capacitor necessário para a
filtragem, as especificações dos diodos e as especificações do transformador.
Vmédiafiltrada 5
Vripple = = = 417 µF
f × RL × C 120 × 1000 × 0,1
Neste caso, será utilizado um capacitor eletrolítico comercial de 470µF, o que
acarretará numa pequena redução do ripple, melhorando o desempenho da fonte.
Para definir as especificações (Idiodo e Vpicoreversa) dos diodos, é preciso calcular
a corrente média na carga e a tensão de pico no secundário do transformador. Assim, a
corrente média na carga vale:
Vmédia 5
Im édia = = = 5mA
RL 1000
Vripple 0,1
Vpiconac arg a = Vmédiafiltada + =5+ = 5,05V
2 2
50
Como a tensão de pico na carga é pequena, devemos considerar as perdas no diodo
Vγ, e como a carga tem uma resistência muito maior que a resistência do diodo RD, esta
pode ser desprezada. Assim o modelo 2 para os diodos é perfeitamente adequado para os
cálculos neste projeto.
No retificador em ponte, deve-se considerar, então, uma queda de tensão de 2 x Vγ
(dois diodos). Assim, a tensão de pico no secundário do transformador deverá ser de:
Im édia 5 × 10 −3
Idiodo ≥ Idiodo ≥ Idiodo ≥ 2,5mA
2 2
V 2 pico 6,45
V 2 RMS = = = 4,56V
2 2
O transformador tem que ser dimensionado para uma potência maior que a de
trabalho.
Como a corrente na carga e praticamente constante já que o ripple é pequeno, a
potência de trabalho do transformador pode ser estimada por:
V 1RMS = 110V
V 2 RMS = 4,6V
Ptrafo ≥ 32,25mW
Assim o circuito da nossa fonte de alimentação fica como mostra a figura 4.22.
51
Figura 4.22 – Fonte de alimentação projetada.
Exercícios propostos:
4.3 Refaça os cálculos dos exemplos 41-42 e 45-46, utilizando o modelo 1 para os
diodos. Compare e analise os resultados obtidos.
4.4 Refaça o exercício proposto 4.2, utilizando um retificador de onda completa em
ponte.
52
4.5 Analise o circuito abaixo e determine a forma de onda no capacitor C2.
Projetos:
53
Capitulo 5 – Diodos Especiais
No capítulo anterior, vimos algumas das diversas aplicações do diodo semicondutor.
Porém, em todas elas for explorada apenas a sua propriedade de conduzir corrente elétrica
num único sentido, ou seja, quando ele está polarizado diretamente.
Mas o diodo possui outras propriedades que, com pequenas alterações nas suas
características físicas, podem ser aproveitadas para outros tipos de aplicações.
5.1 Zener
O diodo zener é um dispositivo semicondutor que tem quase as mesmas
características que o diodo normal. A diferença esta na forma como ele se comporta quando
polarizado reversamente.
No diodo normal, quando polarizado reversamente, se a tensão reversa é muito
grande, os portadores minoritários são acelerados pelo campo elétrico até atingirem uma
velocidade tão alta que, colidindo com outros átomos, sua energia e suficiente para gerar
novos pares elétron-lacuna que, por sua vez, são também acelerados gerando outros pares
elétron-lacuna e assim sucessivamente.
Este fenômeno, denominado efeito avalanche ou efeito zener, consiste, portanto,
num aumento repentino da corrente reversa, dissipando uma potência suficiente para causar
a ruptura da junção PN, danificando o diodo. A tensão na qual o efeito zener ocorre é
chamada tensão de ruptura ou de Breakdown voltage (Vbreakdown), como mostra a figura
5.1.
O diodo zener é construído com uma para de dissipação de potência suficiente para
suportar o efeito avalanche. Assim, a tensão na qual este efeito ocorre é denominada tensão
zener (Vz) e pode variar em função do tamanho e do nível de dopagem da junção PC.
Comercialmente, são encontrados diodos zener com Vz de 2V até 200V.
A figura 5.2 mostra o símbolo do diodo zener e a sua curva característica.
54
Figura 5.2 – Símbolo e curva característica do diodo zener.
Pela curva característica do diodo zener, observa-se que a tensão reversa Vz
mantém-se praticamente constante quando a corrente reversa esta entra Izm (corrente zener
mínima) e Izm (corrente de zener máxima).
Nesta região, o diodo zener dissipa uma potência Pz que pode ser calculada por:
Pz = Vz × Iz
55
5.2 Diodo zener como regulador de tensão
Considerando-se o circuito da figura 5.3, no qual o diodo zener encontra-se polarizado
reversamente por uma fonte de tensão de entrada VE e uma resistência limitadora de
corrente Rs, pode-se determinar a tensão Vz e a corrente Iz no diodo zener
analiticamente através da segunda lei de kirchhoff:
56
o Tensão de corte Vzenercorte (para Iz = 0):
Venercorte = VE
57
Assim, pode-se perceber que para ambos os gráficos, mesmo que a corrente no diodo
zener tenha aumentado para Iz’, a tensão sobre ele permanece praticamente constante, já
que Vz =Vz’.
Por isso o diodo zener é chamado de regulador de tensão.
Mas, pelas especificações do diodo zener analisadas anteriormente, existem limites
máximos e mínimos para a tensão de entrada VE e para a resistência limitadora de corrente
Rs, dentro das quais o diodo zener mantém a tensão de saída constante e não corre o risco
de se danificar.
Limites de VE e Rs, para se determinar estes limites, duas considerações devem ser
feitas:
1) O diodo zener não regula caso a corrente que passa por ele seja menor que a
corrente zener mínima Izmin. Esta condição limita o valor mínimo da tensão de
entrada (VEmin) e o valor máximo da resistência limitadora de corrente (Rsmax),
ou seja:
VE min = Rs max× Iz min + Vz
2) O diodo zener se danifica caso a corrente que passa por ele seja maior que a
corrente zener máxima Izmax, ou caso a potência dissipada por ele seja maior
que a potência zener máxima Pzmax. Esta condição limita o valor máximo da
tensão de entrada (Vemax) e o valor mínimo da resistência limitadora de corrente
(Rsmin), ou seja:
VE max = Rsmim × Iz max + Vz
Observação
Como apenas os valores relativos ao diodo zener são dados pelos fabricantes, os valores
máximo e mínimo de tensão de entrada são obtidos fixando-se Rs e os valores máximo
e mínimo da resistência limitadora de corrente são obtidos fixando-se VE.
Exemplos:
a)Dados o circuito abaixo e a curva característica do diodo zener, determinar o seu
ponto quiescente e a potência dissipada por ele no circuito.
Figura 5.8 – Circuito com diodo zener, curva característica e reta de carga.
58
Determinação da reta de carga:
Vzenercorte = VE = 15V
VE 15
Izenersaturação = = = 30mA
Rs 500
Graficamente, determina-se o ponto quiescente do diodo zener:
Vz = 5V Iz = 20mA
Assim, a potência dissipada pelo diodo zener no circuito é de:
Pz = Vz × Iz = 5 × 20 × 10 −3 = 100mW
b)O que acontece se a fonte de alimentação do exemplo anterior diminuir para 10V?
Figura 5.9 – Circuito com diodo zener, curva característica e reta de carga.
Assim:
Vz = 5V Iz = 10mA
Desta forma, a potência dissipada pelo diodo zener no circuito passa a ser de:
Pz = Vz × Iz = 5 × 10 × 10 −3 = 50mW
Conclusão: o diodo continua regulando em 5V, mas dissipa metade da potência já que
sua corrente é metade da obtida no circuito do exemplo anterior.
59
(15 − 5)
VE = Rs × Iz + Vz 15 = 500 × Iz + 5 Iz = = 20mA
500
Pz = Vz × Iz = 5 × 20 × 10 −3 = 100mW
Vz = 5V
(10 − 5)
VE = Rs × Iz + Vz 10 = 500 × Iz + 5 Iz = = 10mA
500
Pz = Vz × Iz = 5 × 10 × 10 −3 = 50mW
Conclusão:
Para Rs =120Ω 8,6V ≤ VE ≤ 25,55V
60
Figura 5.11 – Circuito com diodo zener e suas especificações.
Primeiramente, é necessário determinar as especificações de corrente do diodo zener:
Pz max 1,5
Iz max = = = 164,84mA
Vz 9,1
61
ultimam aplicações visam, principalmente, a estabilização de fontes de alimentação
com ripple, como aquela, projetada no final o capítulo 4.
Ainda, pelas características de última aplicação acima, pode-se afirmar que se trata
do caso mais geral, pois tanto a tensão de entrada quanto à carga são variáveis.
Equação de regulação:
VE = Rs × Isaida + Vz
62
5.31 Carga fixa e tensão de entrada constante
A figura 5.14 mostra um circuito regulador de tensão com carga fixa e tensão de
entrada constante.
Figura 5.14 – Circuito regulador com carga fixa e tensão de entrada constante.
Exemplo de aplicação: Redução da tensão de uma fonte para uma carga fixa.
Determinar Rs do regulador de tensão utilizado para que uma fonte de 12V possa
ser ligada em um circuito que represente uma carga de 1KΩ e cuja tensão de alimentação
seja de 5,6V.
63
Figura 5.15 – Redutor de tensão com carga fixa.
Condição de Izmin:
Iz min = 0,1 × Iz max = 0,1 × 100 × 10 −3 = 10mA
Vz 5,6
IRL = = = 5,6mA
RL 1000
(VE − Vz ) (12 − 5,6)
Rs max = = = 410Ω
( Iz min + IRL) (10 × 10 −3 × 5,6 × 10 −3 )
Condição de Izmax:
(VE − Vz ) (12 − 5,6)
Rs min = = = 61Ω
( Is max + IRL ) (100 × 10 −3 × 5,6 × 10 −3 )
Figura 5.16 – Circuito regulador com carga variável e tensão de entrada constante.
64
O valor do resistor Rs deve satisfazer as condições dadas pela variação desejada
para a carga e pelas especificações do diodo zener.
Exemplo de aplicação: Redução da tensão de uma fonte para uma carga variável.
Para a mesma fonte do exemplo de aplicação anterior e utilizando o mesmo diodo
zener, determinar Rs do regulador de tensão para um circuito cuja tensão de alimentação
seja de 5,6V, mas que represente uma carga variável entre 100Ω e 20KΩ.
65
Condição de Izmax:
Vz 5,6
IRL min = = = 0,28mA
RL max 20 × 10 −3
A figura 5.18 mostra um circuito regulador de tensão com carga fica e tensão de
entrada com ripple.
Figura 5.18 – circuito regulador com carga fixa e tensão de entrada com ripple.
66
Neste caso, esta condição é mais crítica no caso em que VE assume seu valor
máximo Vemax, ou seja, quando a corrente Isaida é máxima:
Isaida max = Iz max + IRL
Exemplo de aplicação: Eliminação do ripple de uma fonte de alimentação para uma carga
fixa.
Uma fonte de alimentação foi projetada para alimentar uma carga de 560Ω com
tensão de 15V. Porém, o sinal de saída do filtro capacitivo corresponde a uma tensão de
22V com ripple de 5V. Determine Rs do regulador de tensão que elimina o ripple desta
fonte e estabilizada sua tensão em 15V.
Figura 5.19 – Eliminação do ripple de uma fonte para uma carga fixa.
Condição de Izmin:
Vz 15
IRL = = = 26,79mA
RL 560
Vripple 5
VE min = VE − = 22 − = 19,5V
2 2
(VE min − Vz ) (19,5 − 15)
Rs max = = = 108Ω
( Iz min + IRL ) (15 × 10 −3 × 26,79 × 10 −3 )
Condição de Izmax:
Vripple 5
VE max = VE + = 22 + = 24,5V
2 2
(VE max − Vz ) (24,5 − 15)
Rs min = = = 18Ω
( Iz max + IRL ) (500 × 10 −3 × 26,79 × 10 −3 )
67
Valor comercial escolhido: Rs =47Ω
Fixado o valor de Rs, pode-se calcular a potência dissipada por ele no circuito no pior caso,
ou seja, quando a tensão VE é máxima.
VRS max 2 (VE max − Vz ) 2 (24,5 − 15) 2
PRS = = = = 1,92W
Rs Rs 47
Figura 5.20 – Circuito regulador com carga variável e tensão de entrada com ripple.
O valor do resistor Rs deve satisfazer as condições dadas pela variação existente na
tensão de entrada (ripple), pela variação desejada para a carga e pelas especificações do
diodo zener.
Corrente zener mínima Izmin:
Como RL e Vê são variáveis e Vz é constante, esta condição é mais crítica no caso
em que VE assume seu valor mínimo VEmin e IRL seu valor máximo IRLmax, ou seja,
quando a corrente Isaida é mínima:
Isaida min = Iz min + IRL max
(VE max − Vz )
VE max = Rs min× ( Iz max + IRL min) + Vz Rs min =
( Iz max + IRL min)
68
Assim, tem-se que Rs deve ser: Rs min ≤ Rs ≤ Rs max
Exemplo de aplicação: Eliminação do ripple de uma fonte de alimentação para uma carga
variável.
Uma fonte de alimentação possui uma tensão média de saída de 30V com ripple de
3V. Determinar Rs do regulador de tensão que elimina o ripple desta fonte e estabiliza sua
tensão em 15V, sabendo-se que ela será utilizada para alimentar cargas de 50Ω até 100KΩ
e que o diodo zener do circuito tem as especificações dadas abaixo.
Figura 5.21 – Eliminação do ripple de uma fonte para uma carga variável.
Condição de Izmin:
Vz 15
IRL max = = = 300mA
RL min 50
Vripple 3
VE min = VE − = 30 − = 28,5V
2 2
(VE min − Vz ) (28,5 − 15)
Rs max = = 42Ω
( Iz min + IRL max) (23 × 10 −3 × 300 × 10 −3 )
Condição de Izmax:
Vz 15
IRL min = = = 150µA
RL max 100 × 10 3
Vripple 3
VE max = VE + = 30 + = 31,5V
2 2
(VE max − Vz ) (31,5 − 15)
Rs min = = 66Ω
( Iz max + IRL min) (250 × 10 −3 × 150 × 10 −6 )
Pelos resultados obtidos, pode-se verificar que este regulador pe impossível de ser
montado, pois a resistência mínima é maior que a resistência máxima exigidas pelas
condições do projeto.
Isto aconteceu pelo fato de o projeto prever uma variação muito grande para a carga,
enquanto que o diodo zener escolhido tem um faixa estreita de variação de corrente reversa.
Uma forma de contornar este problema é escolher um diodo zener de maior potÊncia, ou
seja, que permite variação maior de corrente reversa.
69
Vz = 15V
Izmax = 700mA
Izmin = 30mA
Condição de Izmin:
(VE min − Vz ) (28,5 − 15)
Rs max = = 41Ω
( Iz min + IRL max) (30 × 10 −3 × 300 × 10 −3 )
Condição de Izmax:
70
Este fenômeno ocorre principalmente quando o tamanho da banda proibida é igual
ao comprimento das ondas luz, favorecendo a emissão de fótons (partículas de luz).
Os principais LEDs de luz visível são feitos a partir de GaAs acrescidos de fósforo que,
dependendo da quantidade, pode irradiar luzes vermelha, laranja, amarela, verde ou azul e
são muito utilizados como sinalizadores em instrumentos eletrônicos ou na fabricação de
displays (indicadores numéricos de sete segmentos onde cada segmento é um LED).
Para a emissão de luz infravermelha, pode-se utilizar InSb (antimoneto de índio)
com aplicações em alarmes, transmissão de dados por fibras óticas e outras que exijam
radiação invisível ou GaAs acrescida de alumínio que são muito utilizados em aparelhos de
disco-laser. Para radiação ultravioleta, o mais utilizado é o diodo à base de sulfato de zinco
(ZnS).
Os Leds têm as mesmas características dos diodos comuns, ou seja, só conduzem
quando polarizados diretamente com tensão maior ou igual a Vγ. Comercialmente, eles
trabalham normalmente com correntes na faixa de 10mA a 50mA e tensões na faixa de
1,5V a 2,5V.
Assim, para polarizar u m LED, deve-se utilizar um resistor limitador de corrente
para que o mesmo não se danifique.
Exemplo: Determinar Rs para que o LED do circuito abaixo fique polarizador no seu ponto
quiescente (VD=2V e ID=15mA), sendo VCC=10V.
5.51- Fotodiodo
Como já foi visto anteriormente, num diodo comum polarizado reversamente, existe
uma corrente reversa formada por portadores minoritários mantidos pela energia térmica a
temperatura ambiente. Assim, se houver incidência de luz sobre a junção PN, essa energia
também pode gerar portadores contribuindo para aumentar a corrente reversa.
71
Um fotodiodo é, portanto, um diodo com uma janelas sobre a junção PN que
permite a entrada de luz. Essa luz produz elétrons livres e lacunas, aumentando a
quantidade de portadores minoritários e, conseqüentemente, controlando a corrente reversa.
5.52- Optoacoplador
Um optoacoplador (ou acoplador óptico), como mostra a figura 5.26 nada mais é do
que um LED associado a um fotodiodo num mesmo invólucro, tendo ambos as mesmas
características em relação ao comprimento de onda da luz.
72
Figura 5.26 – Optoacoplador
Quando o LED é polarizado diretamente, ele emite uma luz que atinge o fotodiodo,
fazendo com que a sua corrente reversa seja proporcional à intensidade luminosa da luz
emitida ou à corrente de polarização do LED.
Isto significa que a corrente de saída (fotodiodo) depende da corrente de entrada
(LED) mesmo fazendo isolação térmica entra os dispositivos, já que o único contato entre
eles é o feixe de luz. Por isso o nome de optoacoplador (isolador acoplado opticamente).
Esta isolação elétrica, na faixa de gigaohms (milhares de megaohms), faz com que o
optoacoplador seja muito utilizado quando se deseja acoplar um circuito que trabalha com
alta tensão a outra de baixa tensão. Outra aplicação muito comum é a leitura de sinais
codificados, por exemplo, através de cartões perfurados que cortam ou não o feixe de luz
entre o LED e o fotodiodo.
EXERCÍCIOS:
1) Explique o efeito avalanche no diodo e justifique por que no diodo zener não ocorre
à ruptura na junção PN, quando polarizado reversamente.
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
2) Dados o circuito abaixo e a curva característica do diodo zener trace a reta de carga,
determine o ponto quiescente e calcule a potência pelo diodo zener.
73
3)O que acontece quando a resistência limitadora de corrente do circuito do exercício 2
dobra de valor?
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
4)Determine analiticamente o ponto quiescente e a potência dissipada pelo diodo zener
do circuito a seguir.
5)Qual o problema apresentado pelo circuito abaixo e que solução é mais adequada?
74
6)Determine os valores máximo e mínimo da resistência limitadora de corrente para que
o diodo zener funcione corretamente:
a)
b)
75
c)
d)
76
9) Determine Rs para que o LED do circuito abaixo fique polarizado no seu ponto
quiescente (VD=2,2V e ID=12mA).
PROJETOS:
1)Um circuito eletrônico tem que ser alimentado por uma tensão de 12V. Tem-se
disponível uma fonte de alimentação de 20V. Projetar um regulador de tensão usando o
diodo zener especificado abaixo, sabendo-se que o circuito a ser alimentado representa uma
carga de 2KΩ.
Especificações do diodo zener:
Vz = 12V
Pzmax = 1,5W
2)Que alteração poderia ser feita no projeto 1, para que a fonte de 12 V pudesse alimentar
cargas entre 200Ω e 200KΩ.
3)Um circuito eletrônico tem que ser alimentado por um tensão de 9V. Tem-se disponível
uma fonte de alimentação de 15V com ripple de 4V. Projetar um regulador de tensão
usando o diodo zener especificado abaixo, sabendo-se que o circuito a ser alimentado
representa uma carga de 820Ω.
Especificações do diodo zener:
Vz = 9V
Pzmax = 1W
77
4)Uma fonte de alimentação possui uma tensão média de saída de 10V com ripple 3V.
Projetar um regulador de tensão que elimine o ripple desta fonte e estabilize sua tensão em
6,8V, sabendo-se ela será utilizada para alimentar cargas de 80Ω até 10KΩ e que o diodo
zener do circuito tem especificações dadas a seguir.
Especificações do diodo zener:
Vz = 6,8V
Pzmax = 800mW
Izmin = 8mA
PESQUISA:
1)Pesquisar as especificações de um diodo zener comercial de 5,1V
2)Pesquisar as características elétricas e ópticas de um LED vermelho e de um verde
comerciais.
3)Pesquisar as características elétricas e ópticas de um fotodiodo e de um optoacoplador
comerciais.
78
Capitulo 6 – Transistores Bipolares
O principio do transistor é também poder controlar a corrente. Ele é montado numa
estrutura de cristais semicondutores, de modo a formar duas camadas de cristais do mesmo
tipo intercaladas por uma camada de cristal do tipo aposto, que controla a passagem de
corrente entre as outras duas. Cada uma dessas camadas recebe um nome em relação à sua
função na operação do transistor. As extremidades são chamadas de emissor e coletor, e a
camada central é chamada base. Os aspectos construtivos simplificados e os símbolos
elétricos dos transistores são mostrados na figura 6.1. Observa-se que existem duas
possibilidades de implementação.
79
Pela figura 6.3, percebe-se que o emissor é fortemente dopado, e tem com função
emitir portadores de carga para a base (elétrons no transistor NPN e lacunas no PNP).
80
Figura 6.5 – Polarização direta da junção emissor-base.
81
Observa-se que o fluxo de portadores majoritários na junção emissor-base, que
antes se dirigia ao terminal da base, agora, devido à atração maior exercida pelo coletor,
dirige-se quase que totalmente para ele, atravessando a outra junção base-coletor sem
encontrar dificuldades.
Para explicar por que a corrente se dirige menos à base e mais para o coletor; basta
lembrar que a base é mais estreita que o emissor e o coletor e menos dopada que o emissor.
Assim, os portadores que vêm do emissor saturam a base rapidamente através das
recombinações, fazendo com que eles se dividam da seguinte maneira: uma pequena parte
saindo pelo terminal da base e a maior parte saindo pelo terminal de coletor, atraídos por
sua tensão.
Tensões e correntes nos transistores NPN e PNP, de acordo com o sentido
convencional e mostrado na figura 6.8.
NPN ou PNP: IE = IC + IB
NPN: VCE = VBE + VCB
PNP: VEC = VEB + VBC
82
significa que a variação da corrente de coletor é um reflexo amplificado da
variação da corrente ocorrida na base.
• O fato de o transistor possibilitar a amplificação de um sinal faz com que ele
seja considerado um dispositivo ativo.
∆IC
Ganhodecorrente =
∆IB
83
Cada uma destas configurações tem características especificas e, portanto,
aplicações diferentes.
Para facilitar o cálculo da polarização dos transistores, os fabricantes podem
fornecer duas funções na forma gráfica. Uma relacionada com a característica de entrada e
outra com a característica de saída de cada configuração. Em geral, os fabricantes fornecem
as curvas características da configuração EC, sendo que a partir dessa, é possível obter os
parâmetros para as outras configurações.
A característica de entrada mostra a relação entre a corrente e a tensão de entrada
para vários valores constantes de tensão de saída, formando um grupo de curvas, uma para
cada tensão de saída.
Na característica de saída, tem-se a relação entre a corrente e a tensão de saída para
vários valores constantes de corrente de entrada, formando um grupo de curvas, uma para
cada corrente de entrada.
84
Figura 6.12 – curva característica de entrada BC
Observa-se que a característica de entrada, ou característica de emissor, é
semelhante à curva característica de um diodo, pois a junção emissor-base funciona como
um diodo polarizado diretamente. Ou seja, a partir do momento em que a tensão de entrada
faz os portadores vencerem a barreira de potencial (Vγ = 0,3V para o germânio), a corrente
através da junção dispara. Assim, nesta região da curva, pequenas variações de VBE
causam grandes variações de IE.
85
Figura 6.14 – As três regiões de trabalho de um transistor NPN
86
6.313-Ganho de corrente na configuração base comum
O ganho de corrente de um circuito qualquer é a relação entre a variação da corrente
de saída e a variação da corrente de entrada, para tensão de saída constante. Na
configuração BC, o ganho de corrente é chamado de α (alfa), sendo definido
matematicamente por:
∆IC
α= , para VCB constante.
∆IE
Porém como se pode observar na figura 6.13, na região ativa, as curvas de IE são
praticamente paralelas ao eixo de VCB. Assim, pode-se reescrever a relação acima da
seguinte forma:
IC
α=
IE
87
Figura 6.16 – Curvas características do transistor
a) Pela curva característica de entrada, tem –se que a corrente de entrada IE começa a
crescer quando a tensão de entrada VBE = 0,7V.
b) Pelo valor de VBE de condução, o transistor é de silício.
c) Para VBE = 1V, tem-se que IE = 30 mA.
88
e) Para o cálculo de IB, tem –se que:
IE = IB + IC 30 = IB + 28 IB = 30m − 28m = 2mA
89
A curva característica de entrada, ou característica de base, é semelhante à da
configuração BC, pois se tem também a junção polarizada diretamente.
Observa-se, portanto, que é possível controlar a corrente de base, variando-se a
tensão entre base e emissor.
IC
hfe = β =
IB
Sendo IC muito maior que IB, o ganho de corrente β é sempre muito maior que 1,
ou seja, na configuração emissor comum, o transistor funciona como um amplificador de
corrente.
Por outro lado, como a inclinação das curvas varia para cada valor de IB, o ganho
de corrente β não é constante. Valores típicos de β são de 50 a 900.
90
6.33- Ganho de corrente EC versus ganho de corrente BC
A partir do ganho de corrente β, da configuração EC, pode-se obter o ganho de
corrente α, da configuração base comum e vice versa.
β α
α= β=
(1 + β ) (1 − α )
91
b)A curva característica de entrada foi obtida para VCE = 5V. Entrando com esse
valor na curva característica de saída, juntamente com a corrente de entrada IB obtida no
item a, tem-se que a corrente de saída IC = 110mA.
β 367
α= = = 0,9973
(1 + β ) (1 + 367)
IC1 = 280µA
Assim:
IC1 280 × 10 −3
β1 = = = 467
IB1 600 × 10 − 6
β1 467
α1 = = 0,9979
(1 + β 1) (1 + 467)
92
6.34- Configuração coletor comum (CC)
Nesta configuração, a base é o terminal de entrada de corrente e o emissor é o
terminal de saída de corrente do circuito, sendo que o terminal de coletor é comum às
tensões de entrada e saída, como mostra a figura 6.21, para transistores NPN e PNP.
Configuração EC e CC:
PC max = VCE max× IC max
Configuração BC:
PC max = VCB max× IC max
93
Figura 6.22 – Limitações do transistor.
Exemplos:
Exercícios:
94
2) Para funcionamento de um transistor, como devem estar polarizadas as junções?
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
95
8) Faça um esboço das curvas características de saída para os transistores NPN e PNP
na configuração BC.
10) Faça um esboço das curvas características de saída para os transistores NPN e PNP
na configuração EC
11) Faça um esboço das curvas características de entrada para os transistores NPN e
PNP na configuração EC.
96
13) Relacione as três regiões e trabalho do transistor, identificando de que forma suas
junções estão polarizadas.
Completar a tabela a seguir (com valores aproximados) para cada uma das situações:
97
15) Um transistor na configuração EC tem curvas características:
a)Completar a tabela a seguir (com valores aproximados) para cada uma das situações:
b)Completar a tabela a seguir (com valores aproximados) para cada uma das situações:
98
Capitulo 7 – Polarização dos transistores bipolares
Os transistores são utilizados, principalmente, como elementos de amplificação de
corrente e tensão, ou como elementos de controle on-off (liga-desliga). Tanto para estas,
como para outras aplicações, o transistor deve estar polarizado.
99
7.2 – Reta de carga
A reta de carga é lugar geométrico de todos os pontos quiescentes possíveis para
uma determinada polarização, como mostra a figura 7.2.
100
Para calcular os resistores, a análise do circuito é feita em duas etapas análise da
malha de entrada e da malha de saída, através da segunda lei de kirchhoff.
Do circuito de polarização da figura 7.3a, tem-se:
Malha de entrada: RE × IE + VBE = VEE
Portanto, a equação de RE é:
(VEE − VBE )
RE =
IE
Ponto de corte:
No corte, Iccorte = 0. Assim, pela equação da malha de saída, tem-se:
(VCC − VCBcorte)
RC = VCBcorte = VCC − RC × ICcorte
ICcorte
VCBcorte = VCC − RC × 0 VCBcorte = VCC
Com esses dois pontos traça-se a reta de carga sobre a curva característica de saída
da configuração BC, como mostra a figura 7.4.
101
Determinada a reta de carga, limitam-se as possibilidades de operação do transistor,
pois o ponto quiescente estará, obrigatoriamente, sobre ela.
Fixado o ponto quiescente (Icq e VCBq) através dos resistores RE e RC, qualquer
variação de tensão ou corrente no transistor corresponderá a um deslocamento deste ponto
sobre a reta de carga.
Cálculo de RC:
102
Cálculo de RE:
β 150
α= = = 0,9934
(1 + β ) (1 + 150)
ICq 2 × 10 −3
IEq = = = 2,013mA
α 0,9934
Uma vez calculados os resistores de polarização, é possível traçar sua reta de carga
sobre a curva característica de saída do transistor:
VCC 20
Para VCBsat = 0 ICsat = = = 4mA
RC 5000
103
Uma forma de solucionar este problema no circuito de polarização BC é colocar um
divisor de tensão na base e alimenta-lo com uma única fonte V’CC, de modo que a tensão
em RB2 faça o papel de VEE’ e a tensão em RB1 faça o papel de VCC do circuito de
polarização anterior, como mostra a figura 7.6, para transistores NPN e PNP.
104
Existem várias formas de simplificar este circuito, eliminando-se uma das fontes de
alimentação, como serão vistas a seguir.
Neste circuito, como VCC e RB são valores constantes e VBE praticamente não
varia, a variação da corrente de polarização da base é desprezível. Por isso, este circuito é
chamado de polarização EC com corrente de base constante.
105
Cálculo de RC:
Potência de RC:
Cálculo de RB:
ICq 15 × 10−3
IBq = = = 75µA
β 200
Potência de RB:
106
Figura 7.9 – Influência da temperatura no transistor
107
7.43 – Circuito de polarização EC com corrente de emissor constante
Neste circuito de polarização, é inserido um resistor RE entre o emissor e a fonte de
alimentação, como mostra a figura 7.11; para transistores NPN e PNP.
Malha de entrada:
RB × IB + VBE + RE × IE = VCC ou RB × IB + VBE + VRE = VCC
Portanto, a equação de RB é:
(VCC − VBE − RE × IE ) (VCC − VBE − VRE )
RB = ou RB =
IB IB
Malha de saída:
RC × IC + VCE + RE × IE = VCC ou RC × IC + VCE + VRE = VCC
Portanto, a equação de RC é:
(VCC − VCE − RE × IE ) (VCC − VCE − VRE )
RC = ou RC =
IC IC
Neste caso, tem-se duas equações para três incógnitas: RB, RC e RE.
Na prática, este problema e resolvido, adotando-se um dos seguintes critérios:
1º) Adota-se um valor de RE compatível com as tensões e correntes do circuito;
108
2º) Adota-se uma tensão para VRE de valor pequeno em relação ao VCC para que o
resto da tensão possa ser utilizada para determinar a tensão e a corrente de saída
quiescentes, respectivamente, VCEq e ICq (esta última, através de VRC). Normalmente,
VCC
utiliza-se VRE = .
10
Cálculo de RC:
Adotando-se VRE = VCC/10 = 2V:
Potência de RC:
PRC = RC × ICq 2 = 82 × (100 × 10 −3 ) 2 = 0,82W
Valor comercial adotado: PRC =1,5W
Cálculo de RB:
ICq 100 × 10 −3
IBq = = = 400µA
β 250
(VCC − VBEq − VRE ) (20 − 0,4 − 2)
RB = = = 43250Ω
IBq 400 × 10 −6
Valor comercial adotado: RB=47KΩ
Potência de RB:
PRB = RB × IBq 2 = 47 × 10 3 × (400 × 10 −6 ) 2 = 7,52mW
Valor comercial adotado: PRC =1/8W
Cálculo de RE:
IEq = ICq + IBq = 100 × 10 −3 + 400 × 10 −6 = 100,4mA
VRE 2
RE = = = 19,92Ω
IEq 100,4 × 10 −3
valor comercial adotado: RE=22Ω
Potência de RE:
PRE = RE × IEq 2 = 22 × (100,4 × 10 −3 ) 2 = 222mW
Valor comercial adotado: PRE =1/2W
109
7.44– Circuito de polarização EC com divisor de tensão e base
Outra forma de solucionar o problema de instabilidade com a temperatura é o
circuito de polarização mostrado na figura 7.12, conhecido como polarização por divisor de
tensão na base.
Malhas de entrada:
RB 2 × IB 2 = VBE + VRE ou RB 2 × IB 2 = VBE + RE × IE
RB1 × IB1 + VBE + VRE = VCC ou RB1 × IB1 + VBE + RE × IE = VCC
Portanto, as equações de RB2 e RB1:
Malhas de saída:
RC × IC + VCE + RE × IE = VCC ou RC × IC + VCE + VRE = VCC
Portanto, a equação de RC é:
110
Para este tipo de polarização, devido ao número de incógnitas, vale também o
seguinte critério prático:
VCC
VRE =
10
Com esses dois pontos, traça-se a reta de carga sobre a curva característica de saída
da configuração EC, onde se localizará o ponto quiescente, como mostra a figura 7.13.
111
Cálculo de RC:
Adotando-se VRE=VCC/10 = 0.9V:
Potência de RC:
PRC = RC × ICq 2 = 180 × (20 × 10 −3 ) 2 = 72mW
Valor comercial adotado: PRC = 1/8 W
Potência de RB2:
PRB 2 = RB 2 × IB 2 2 = 2,2 × 10 3 × (800 × 10 −6 ) 2 = 1,41mW
Valor comercial adotado: PRB2=1/8W
112
Potência de RB1:
PRB1 = RB1 × IB12 = 8,2 × 10 3 × (880 × 10 −6 ) 2 = 6,35mW
Valor comercial adotado: PRB2=1/8W
Cálculo de RE:
IEq = ICq + IBq = 20 × 10 −3 + 80 × 10 −6 = 20,08mA
VRE 0,9
RE = = = 44,8Ω
IEq 20,08 × 10 −3
Valor comercial adotado: RE=47Ω
Potência de RE:
PRE = RE × IE 2 = 47 × (20,08 × 10 −3 ) 2 = 19mW
Valor comercial adotado: PRB2=1/8W
113
Figura 7.14 – Circuito seguidor de emissor
Observa-se que, como não existe resistor de coletor, este terminal fica ligado
diretamente ao pólo positivo da fonte de alimentação.
Porém, para sinais alternados, uma fonte de tensão constante é considerada um
curto.
Neste caso, é como se o coletor estivesse conectado ao terra da fonte de
alimentação, ou seja, para sinais alternados, o coletor é comum às tensões de entrada VE e
saída VS.
Analisando o circuito, tem-se a equação que relaciona as tensões de entrada e saída:
VS = VE − VBE
Malha de entrada:
RB × IB + VBE + RE × IE = VCC ou RB × IB + VBE + VRE = VCC
114
Portanto, RB, vale:
(VCC − VBE − RE × IE ) (VCC − VBE − VRE )
RB = ou RB =
IB IB
Cálculo de RE:
β 150
α= = 0,9934
(1 + β ) (1 + 150)
ICq 20 × 10 −3
IEq = = = 20,133mA
α 09934
Potência de RE:
PRE = RE × IEq 2 = 220 × (20,133 × 10 −3 ) 2 = 89mW
Valor comercial adotado: PRE = 1/8W
Cálculo de RB:
IBq = IEq − ICq = 20,133 × 10 −3 − 20 × 10 −3 = 133µA
Potência de RB:
PRB = RB × IB 2 = 39 × 10 3 × (133 × 10 −6 ) 2 = 0,7 mW
Valor comercial adotado: PRB = 1/8W
Pelos valores obtidos, pode-se perceber que este circuito apresenta alta impedância
de entrada (ordem e grandeza de RB) e baixa impedância de saída (ordem de grandeza de
RE).
Assim, uma aplicação para ele seria a de servir como circuito de acoplamento
(casador de impedâncias) entre um circuito de alta impedância de saída e um circuito de
baixa impedância de entrada, garantindo a máxima transferência de potência, como mostra
a figura 7.15.
115
Figura 7.15 – Casamento de impedâncias
Exercícios:
1) Qual a relação entre a reta de carga e os possíveis pontos quiescentes de um
circuito?
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
116
3) Determine ICq e mostre em que região da curva característica de saída encontra-se
o ponto quiescente do transistor (β = 120) do circuito a seguir:
4) Como fazer para que o transistor do exercício anterior fique polarizado na região
ativa?
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
5) Polarize o transistor (β = 150) do circuito a seguir no ponto quiescente: VCEq = 7V,
ICq=50mA, VBEq=0,7V.
117
6) Explique o efeito da realimentação positiva no circuito de polarização EC com
corrente de base constante.
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
7) Determine RB e os demais valores do ponto quiescente do transistor do circuito a
seguir, de forma que a tensão entre coletor e emissor seja metade da tensão de
alimentação.
118
9) Mostre na curva característica de saída do exercício anterior, o que acontece com o
ponto quiescente, quando o transistor impõe as correntes de base de 400µA e de
160µA.
10) Polarize o transistor (β = 180) do circuito a seguir no ponto quiescente
VCEq=VCC/2, ICq=40mA e VBEq=0,68V. Utilize os valores comerciais mais
próximos para os resistores.
119
11) Polarize o transistor PNP (β = 220) do circuito a seguir no ponto quiescente
VECq=VCC/4, IEq=55ma e VEBq=0,7V. Utilize os valores comerciais mais
próximos para os resistores.
120
13) Um transistor tem a curva característica de saída mostrada a seguir. Deseja-se
polariza-lo com Ibq=20µA e VBEq=0,7V. Determine:
a. VCEq, ICq, IEq;
b. β e α do transistor;
c. Relação entre RB1 e RB2.
14) Polarize um transistor num circuito com divisor de tensão na base, sendo:
VCC=12V, VCEq=VCC/2, ICq=150mA, VBEq=0,7V e β =200. Adote
VRE=VCC/10.
121
15) Determine Re e RB (valores comerciais) para que um transistor (β = 120) de um
circuito seguidor emissor (com VCC=15V) tenha VCEq=VCC/2, ICq=40mA e
VBEq=0,7V.
122
123
Capitulo 8– Transistor com chave
Um transistor operando na região de saturação e de corte funciona como uma chave,
ou seja, como um elemento de controle ON-OFF, conduzindo corrente ou não.
Para que o transistor opere na região de corte Q1, é necessário que a tensão de
entrada VE seja menor que VBE de condução. Nesta situação, não circula corrente pelo
coletor (Icorte = 0) e a tensão de saída é máxima (VS = VCEcorte = VCC).
Para que o transistor opere na região de saturação Q2, é necessário que a tensão de
entrada VE, seja maior que VBE de condução. Nesta situação, a corrente de coletor é
máxima (Icsat), dentro de um limite imposto pela polarização, e a tensão de saída é mínima.
Para dimensionar RC e RB, utiliza-se a análise das malhas de entrada e de saída.
Malha de entrada: VRB = VE − VBE
Assim, tem-se:
124
(VE − VBE ) (VCC − VCE )
RB = RC =
IB IC
Como o corte do transistor depende apenas da tensão de entrada VE, o cálculo dos
resistores de polarização é feito baseando-se apenas nos parâmetros de saturação.
Um transistor comum, quando saturado, apresenta um VCEsat de aproximadamente
0,3V e um determinado valor mínimo de β (entre 10 e 50), para garantir a saturação. A
corrente de coletor de saturação ICsat depende da resistência acoplada ao coletor ou da
corrente imposta pelo projeto. Assim, as equações ficam:
Malha de saída:
VRC = VCC − VCEsat − VD
ICsat = ID
Potência de RC:
125
PRC = RC × ICsat 2 = 270 × (25 × 10 −3 ) 2 = 168,75mW
Valor comercial adotado: 1/4W
Malha de entrada:
VRB = VE − VBEsat
Calculando RB:
ICsat 25 × 10 −3
IBsat = = = 1,25mA
β 20
(VE − VBEsat ) (9 − 0,7)
RB = = = 6640Ω
IBsat 1,25 × 10 −3
Valor comercial adotado: RB = 6K8Ω
Potência de RB:
PRB = RB × IBsat 2 = 6,8 × 10 3 × (1,25 × 10 −3 ) 2 = 10,625mW
Valor comercial adotado: PRB=1/8W
2) Um circuito digital (TTL) foi projetado para acionar um motor de 110V/60Hz sob
determinadas condições. Para tanto, é necessário que um transistor como chave atue
sobre um relé, já que nem um circuito digital, nem um transistor podem acionar este
motor. O circuito utilizando para este fim pode ser visto seguir:
126
VCEsat = 0,3V
Bsat = 10
Icmax = 500mA
VCEmax = 100V
Parâmetros do Relé
Rrele = 80Ω
Irele = 50mA
Cálculo de RC:
(VCC − Rrele × Irele − VCEsat ) (5 − (80 × 50 × 10 −3 ) − 0,3)
RC = = = 14Ω
Irele 50 × 10 −3
Valor comercial adotado: RC = 15Ω
Potência de RC:
PRC = RC × ICsat 2 = 15 × (50 × 10 −3 ) 2 = 37,5mW
Valor comercial adotado: PRC=1/8W
Cálculo de RB:
ICsat 50 × 10 −3
IBsat = = = 5mA
βsat 10
Considerando que a tensão de saída nível alto TTL atinge 5V, tem-se:
(VE − VBEsat ) (5 − 0,7)
RB = = = 860Ω
IBsat 5 × 10 −3
Valor comercial adotado: RB = 820Ω
Potência de RB:
PRB = RB × IBsat 2 = 820 × (5 × 10 −3 ) 2 = 20,5mW
Valor comercial adotado: PRC=1/8W
Exercícios:
1) Utilizando um transistor BD137, calcule seus resistores de polarização para que ele
comande o acionamento de um motor DC de 3V e de potência de 750mW, a partir de um
circuito digital TTL.
127
Pesquisa:
1)Faça uma pesquisa sobre as características elétricas dos seguintes circuitos integrados
reguladores e tensão: 7805, 7905, 7812 e 7912. mostrar dois exemplos práticos: uma fonte
de tensão positiva e uma fonte de tensão simétrica empregando estes dispositivos
128
Capitulo 9– Fundamentos de amplificadores
Neste capítulo vamos estudar alguns conceitos utilizados nos transistores quando estão num
circuito amplificador.
129
∆IC
Ai =
∆IB
∆VCE
Av =
∆VBE
Ap = Av × Ai
130
O ganho de potência é calculado em módulo, pois não faz sentido levar-se em conta
um eventual sinal negativo, já que o mesmo refere-se à defasagem entre variações de
entrada e saída.
Um amplificador genérico pode ser representado pelo símbolo mostrado na figura
9.3, sendo A o ganho de corrente, tensão ou potência, em função do parâmetro que se
deseja enfatizar.
131
Para evitar este problema, entre o circuito gerador do sinal e a entrada do
amplificador, é colocado um capacitor de acoplamento de entrada AC (Alternate Current),
que bloqueia o nível DC, deixando passar apenas a componente AC. Para isso, este
capacitor (C1) deve ter um valor tal que represente uma baixa impedância para a freqüência
do sinal alternado, como mostra a figura a seguir:
132
Portanto, a impedância de entrada ZE e a impedância de saída ZS são dois outros
parâmetros importantes de um amplificador, sendo essa igualdade entre eles denominada
casamento de impedâncias.
133
Assim, na prática, são necessários amplificadores para operarem nas mais diversas
faixas de freqüências de sinais elétricos.
Por outro lado, os transistores têm limitações que os impedem de trabalhar em todas
as faixas, principalmente pelas capacitâncias parasitas que surgem em suas junções, como
será visto mais adiante, além dos próprios capacitores de acoplamento utilizados nos
circuitos amplificadores.
Desta limitação dos transistores, surge um outro parâmetro importante, que deve ser
levado em consideração no estudo dos amplificadores: é a sua curva de resposta em
freqüência, que corresponde à faixa de freqüências que o amplificador opera com um nível
mínimo de atenuação (inverso do ganho), sendo limitada por uma freqüência de corte
inferior Fci e uma freqüência de corte superior Fcs, como mostra a figura 9.8.
9.16 – Decibel
O Bel (B) é uma unidade de medida natural, pois está baseado nos nossos sentidos,
particularmente na audição.
A qualquer estímulo auditivo (potência sonora), o ouvido humano não responde de
forma linear, mas logarítmica. Assim, para que uma sensação sonora tenha o dobro da
potência, é necessário que a potência sonora seja dez vezes maior, e não o dobro.
Por isso, o Bel é uma unidade que mede a relação entre grandezas de forma
logarítmica, ou seja:
X2
A = log , em B.
X1
onde: X2 e X1 são a mesma grandeza física;
X2/X1 é sempre positivo;
A e a relação entre as grandezas, dada em Bel.
Porém, para adequar a ordem de grandeza dessa unidade aos fenômenos físicos,
particularmente aos elétricos, a unidade de medida mais prática é o Decibel (dB), ficando a
relação entre potências da seguinte forma:
P2
Ap = 10 × log , em dB.
P1
134
Esta é, então um outra forma de apresentar o ganho de potência de um circuito
amplificador, tomando-se como referência a potência em uma carga RL na saída, como
mostra a figura 9.9.
V2
Considerando que P =
R
VL2
RL
2
VL2 × ZE VL ZE
Ap = 10 × log = 10 × log
2
= 10 × log + 10 × log
VG
2
VG × RL VG RL
ZE
VL ZE ZE
Ap = 20 × log + 10 × log = 20 × log Av + 10 × log
VG RL RL
Logo, as expressões de ganhos de potência e tensão ficam respectivamente:
PL
Ap = ou Ap (dB) = 10 × log Ap
PG
VL
Av = ou Av (dB) = 20 × log Av
VG
Exemplo:
Um gerador fornece uma potência de 2mW a um amplificador, que por sua vez
entrega à carga o dobro da potência.
a) Qual o ganho de potência em dB?
PL 4
Ap = 10 × log = 10 × log = 3dB
PG 2
Isto significa que a potência de saída esta 3dB acima da potência de entrada.
135
1
Ap = 10 × log = −3dB
2
Neste caso, a potência de saída estaria 3dB abaixo da potência de entrada, ou sofreia
uma atenuação de 3dB.
c) Qual seria o ganho de potência em dB, se a potência de saída fosse dez vezes
maior que a potência de entrada?
20
Ap = 10 × log = 10dB
2
Neste caso, a potência de saída estaria 10dB acima da potência de entrada.
Portanto, pode-se concluir que quando a potência dobra ou cai pela metade, a
variação correspondente são, respectivamente, +3dB e –3dB, e quando a potência é
multiplicada ou dividida por dez, as variações correspondentes são, respectivamente,
+10dB e –10dB. Além disso, quando o ganho em dB é positivo, significa que houve
amplificação, e quando é negativo, significa que houve atenuação.
No caso de amplificadores ligados em cascata, o cálculo do ganho total em dB é
muito mais simples. Supondo, por exemplo, dois amplificadores com ganhos Ap1 e Ap2, o
ganho total é dado por:
ATp = Ap1 × Ap 2 ou ATp (dB) = Ap1(dB) × Ap 2(dB)
Essas relações entre potências e suas respectivas variações em dB são muito
utilizadas na prática, principalmente na parte de audioamplificadores.
No caso da curva de resposta em freqüência, considera-se como freqüência de corte
inferior e superior, aquelas em que a potência de saída cai para sua metade, ou seja, sofre
uma atenuação de 3dB. Isto significa que a curva de resposta toma a própria potência de
saída como referência.
Porém, o mais comum é representar a curva de resposta em freqüência tendo com
referência a tensão de saída, sendo necessário, portanto determinar qual a correspondência
entre a queda de tensão na saída e atenuação de 50% ou de 3dB na potência de saída.
Assim na região plana da curva de resposta em freqüência, tem-se com referência
uma tensão de saída VLR e um potência de saída PLr (tensão e potência de referencias na
carga).
Nas freqüências de corte inferior e superior, como a potência de saída PL cai à
metade de PLR, tem-se:
VL2
PL 1 RL 1 VL 1
= = = = 0,707
PLR 2 VLR 2
2 VLR 2
RL
136
Isto significa que, quando a potência de saída cai pela metade, a tensão de saída cai
VLR
para VL = ou VL = 0,707 × VLR , isto é, tem uma queda de –3dB.
2
A curva de resposta em freqüência, assim representada, é denominada curva de
resposta em freqüência normalizada. A figura 9.10 mostra as várias possibilidades de se
representar uma curva de resposta em freqüência, tendo tensões ou ganhos de tensão em
função da freqüência do sinal.
137
o Amplificadores de média freqüência, que operam com freqüência na faixa
de LF;
o Amplificadores de alta freqüência, que operam com freqüências acima de
LF (sendo classificados conforme a faixa de operação: VHF, UHF,
microondas, etc).
Exercícios:
1) Quais são os sete parâmetros principais de um amplificador:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
138
3) Como é feito e qual a importância do casamento de impedâncias entre uma fonte
de sinal AC e um amplificador?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
__________________________________________________________________
139