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CORRENTE ELÉTRICA E

ANÁLISE DE CIRCUITOS

ELÉTRICA
Índice
1 - Corrente Elétrica CC .............................................................................................................. 3

1.1 - Direção da corrente ............................................................................................ 3

1.2 – Resistividade ......................................................................................................... 4

1.3 – Lei de Ohm ............................................................................................................ 5

1.4 – Força Eletromotriz ............................................................................................... 6

1.5 - Potência dissipada em um resistor ............................................................... 6

1.6 – Elementos De Circuitos ..................................................................................... 7

2 – Análise de Circuitos CC ...................................................................................................... 7

2.1 – Resistores em Serie ............................................................................................. 8

2.2 – Resistores em Paralelo ........................................................................................ 8

2.3 – Divisor de Tensão e Corrente ........................................................................... 9


2.3.1 – Divisor de tensão ..................................................................................... 9
2.3.2 – Divisores de Corrente ......................................................................... 11
2.3 – Leis de Kirchhoff ................................................................................................... 12
2.4.1 - Estratégia Para Soluções de Problemas ........................................ 13

2.4 – Transformando ∆ - Y ........................................................................................ 13

2.4.1 – Transformação Estrela – Triangulo (Y - ∆) .............................. 15


2.4.2 – Transformação Triangulo – Estrela (∆ - Y) .............................. 15

3 – Teoremas de Circuitos ................................................................................................... 16

3.1 – Transformação em Fontes .............................................................................. 16

3.2 – Teorema de Thévenin ....................................................................................... 18

3.3 – Teorema de Norton ........................................................................................... 20


1 - Corrente Elétrica CC
Nesta aula, abordaremos os principais conceitos relacionados aos circuitos
elétricos em corrente contínua. Vamos discutir a corrente elétrica (CC), a análise
de circuitos (CC), os métodos de análise e os teoremas de circuitos.
Até agora, nosso estudo se concentrou em situações em que as cargas
estavam em repouso, o que se enquadra no domínio da eletrostática. Neste
capítulo, passaremos a analisar as cargas em movimento e as correntes elétricas
(eletrodinâmica).

1.1 - Direção da corrente


Quando um condutor é conectado aos terminais de uma bateria, os
elétrons sempre se deslocam do terminal negativo para o terminal positivo,
seguindo esse caminho de fluxo de elétrons.

Por convenção, definimos o sentido do fluxo de corrente como sendo o


movimento de cargas do terminal positivo para o negativo. Portanto, a
direção da corrente é oposta ao movimento dos elétrons.

Esse sentido é conhecido como o sentido convencional de corrente. Por


outro lado, o sentido de movimento dos elétrons é chamado de sentido
eletrônico de corrente.

Assim, a orientação segue do terminal positivo para o negativo sempre que


mencionarmos o sentido da corrente elétrica. Quando desejamos falar sobre o
deslocamento dos elétrons, usamos a expressão fluxo de elétrons!

Sempre que o sentido do campo elétrico permanecer inalterado, a direção da


corrente elétrica também permanecerá constante, embora sua magnitude possa
flutuar. Portanto, será chamada de corrente contínua (CC ou DC). Quando o
sentido do campo se alterar em intervalos regulares, o sentido do fluxo de cargas
também se inverterá. Nesse caso, essa corrente será referida como corrente
alternada (CA ou AC).
A corrente contínua é caracterizada pela sua constância, enquanto a
corrente alternada varia de forma senoidal ao longo do tempo.

A corrente elétrica em um fio é definida como a quantidade de cargas que


atravessam uma seção transversal desse fio em uma unidade de tempo. Portanto

O elemento de carga dq representa a carga total que atravessa a mesma


superfície durante o intervalo de tempo dt. No Sistema Internacional (SI), a
unidade de corrente elétrica 𝐼 será C/s = Ampère

1.2 - Resistividade
A resistividade 𝜌 de um material é definida como a relação entre a
magnitude do campo elétrico e a magnitude da densidade de corrente.

Logo:

Onde 𝜌 é expressa em ohms por metro (Ω·m).

À medida que o valor da resistividade aumenta, será necessário um campo


elétrico maior para produzir uma determinada densidade de corrente, ou a
densidade de corrente gerada por um campo elétrico será menor.

Um condutor perfeito deve ter uma resistência de valor igual a zero,


enquanto um isolante perfeito deve ter uma resistência de valor infinito.

O inverso da resistividade é a condutividade, cujas unidades no Sistema


Internacional (SI) são (Ω. m)−1. Conforme estudamos sobre materiais elétricos, um
bom condutor de eletricidade possui uma condutividade significativamente maior
do que a de um isolante.
1.3 – Lei de Ohm
A lei de Ohm é uma ferramenta simples e prática para a análise de circuitos.
O primeiro passo em nossa jornada será compreender seus princípios. Estão
prontos? Então, vamos começar!

O componente de um circuito elétrico empregado para representar a


resistência à passagem de corrente elétrica pelo circuito é o resistor.

Os resistores são principalmente projetados para dissipar energia por meio


do efeito Joule. Sua resistência elétrica é estabelecida durante o processo de
fabricação, levando em consideração fatores geométricos e o material a partir do
qual são construídos.

A lei de Ohm estabelece que a tensão V (medida em Volts - V) em um


resistor R (medida em Ohms - Ω) é diretamente proporcional à corrente
I (medida em ampères - A) que flui através do resistor (material
resistivo).

Ou seja:
𝑉 = 𝑅. 𝐼
Pela lei de Ohm, podemos concluir que a corrente que passa por um
resistor é diretamente proporcional à tensão aplicada e inversamente
proporcional ao valor de sua resistência. A resistência (R) de um elemento
representa sua capacidade de resistir ao fluxo de corrente elétrica. Portanto,
quanto maior for a resistência, menor será a corrente que atravessa esse
elemento.

A resistência de um fio condutor também pode ser expressa em função de


sua geometria e do tipo de material que compõe o componente resistivo. Ela
pode ser calculada por meio da seguinte equação:

A resistência de um fio ou de um condutor com seção reta uniforme é


diretamente proporcional ao seu comprimento (𝐿) e inversamente proporcional à
área de sua seção transversal (𝐴), de acordo com esta equação, na qual 𝜌
representa a resistividade do material. Além disso, a resistência é influenciada pela
resistividade do material do qual o condutor é feito.
1.4 – Força Eletromotriz
Conforme estudamos, é necessário fornecer uma "energia" para que as
cargas elétricas se desloquem de um ponto para outro. Essa "energia" pode ser
denominada de força eletromotriz (fem), tensão ou diferença de potencial, e é
representada, por exemplo, por uma bateria em um circuito elétrico. Portanto,

Tensão é a "energia" necessária para mover uma carga através de um


elemento e é expressa em volts (V).

Em um gerador elétrico, a tensão resulta das forças magnéticas que afetam


as cargas em movimento. Em uma bateria ou célula de combustível, ela está
relacionada a processos de difusão e às mudanças nas concentrações eletrolíticas
geradas por reações químicas.

Da mesma forma que a corrente elétrica, as tensões podem ser


categorizadas como contínuas ou alternadas, dependendo de sua variação ao
longo do tempo. Por exemplo, uma tensão contínua pode ser gerada por uma
bateria de um veículo automotivo, enquanto uma tensão alternada pode ser
produzida por um gerador elétrico em uma usina hidroelétrica.

1.5 - Potência dissipada em um resistor


A potência dissipada em um resistor é calculada através da seguinte
equação:

A unidade de potência é o watt (W) (joules por segundo - J/s). Com a


aplicação da Lei de Ohm, podemos expressar a potência da seguinte maneira:
A dissipação de energia em materiais que conduzem corrente elétrica devido à
resistência elétrica é conhecida como efeito Joule.

Este fenômeno é uma confirmação crucial e experimental do princípio da


conservação de energia. Dessa forma, a energia mecânica perdida pelos elétrons
se converte em energia térmica, que se propaga para os íons, moléculas e outros
componentes do material, de modo que nenhuma energia é desperdiçada pelos
elétrons nem produzida no processo.

A potência consumida ou fornecida por um elemento de um circuito


elétrico pode ser medida através da tensão entre seus terminais e da corrente que
passa por ele.

A convenção de sinais passiva estabelece que quando a corrente elétrica


entra pelo terminal positivo de um elemento do circuito, o elemento
absorve potência. Por outro lado, quando a corrente entra pelo terminal
negativo, o elemento fornece potência.

1.6 - Elementos De Circuitos


Os elementos de circuito são modelos ideais de dispositivos encontrados
nos circuitos elétricos. Existem dois tipos principais de elementos: elementos
passivos e elementos ativos. Um elemento ativo é capaz de gerar energia,
enquanto um elemento passivo não possui essa capacidade e dissipa ou
armazena energia.

Vejamos alguns exemplos de Elementos ativos e passivos:

• Geradores Elementos
• Baterias
• Amplificadores operacionais
Ativos

• Resistores Elementos
• Capacitores
• Indutores
Passivos
Os elementos ativos mais significativos consistem em fontes de tensão ou
corrente que normalmente entregam potência ao circuito conectado a eles.

2 – Análise de Circuitos CC
A análise de um circuito de corrente contínua pode frequentemente ser
simplificada ao substituir uma combinação de dois ou mais resistores por um
único resistor equivalente, que possui a mesma corrente e a mesma queda de
tensão que a combinação original de resistores. Nesta seção, vamos explorar
várias técnicas para resolver circuitos dessa forma.

2.1 – Resistores em Serie


Chamamos de ligação em série quando os componentes de um circuito,
como resistores, baterias e motores, são conectados em sequência,
compartilhando a mesma corrente elétrica. A Figura 1 ilustra a representação de
um circuito que contém dois resistores conectados em série.

𝑅1 𝑅2

A resistência equivalente para um número qualquer de resistores em série


é dada por:

𝑅𝑒𝑞 𝑅𝑛

A resistência equivalente de qualquer número de resistores conectados em


série é igual à soma das resistências individuais.
2.1 –Resistores em Paralelo
A Figura 2 representa uma ligação em paralelo dos resistores R1 e R2 entre
os pontos 𝑎 e 𝑏.

𝑅1

I1

I2 I
𝑅2
I

V
Observa-se que os resistores compartilham os nós 𝑎 e 𝑏. Cada resistor
proporciona um caminho alternativo para a corrente elétrica entre esses pontos.
A tensão 𝑉 é a mesma nos terminais de qualquer um dos resistores conectados
em paralelo.

Sim, exatamente! O "produto pela soma" que é amplamente utilizado,


também se aplica aqui. Generalizando para n termos,

𝑅𝑒𝑞 𝑅1 𝑅2 𝑅𝑛

Assim concluímos que para qualquer número de resistores conectados em


paralelo, o inverso da resistência equivalente é igual à soma dos inversos das
resistências individuais.

Na configuração de resistências em série, a corrente elétrica que atravessa


os resistores será sempre a mesma. Por outro lado, nas resistências em paralelo,
a tensão entre os nós de cada ramificação será sempre igual.
Divisor de Tensão e Corrente
Após estudarmos as configurações em série e paralelo, abordaremos um
conceito amplamente utilizado em técnicas de resolução de circuitos, conhecido
como divisor de corrente e divisor de tensão. Esse conceito é uma extensão da
análise de circuitos em série e paralelo.

2.3.1 – Divisor de tensão


𝑖

Para encontrar a corrente do circuito 𝑖, podemos empregar a lei de Ohm


juntamente com a resistência equivalente da associação.
Portanto

Quando calculamos a queda de tensão sobre os resistores R1 e R2, devemos


lembrar que a corrente 𝑖 que passa por ambos os resistores é a mesma.
Portanto, podemos afirmar que

Os elementos resistivos R1 e R2 dividem a tensão da fonte.


Quando somamos as tensões V1 e V2, obtemos novamente a
tensão total V fornecida pela fonte!
2.3.2 – Divisores de Corrente
Considerando o circuito abaixo, nosso objetivo é determinar as expressões
das correntes que passam pelos resistores R1 e R2.

I
I2 I3
+ 𝑅1 𝑅2
V

A tensão V no circuito é determinada, mais uma vez, pela lei de Ohm.


Portanto, devemos levar em consideração a resistência equivalente do circuito em
paralelo. Assim, temos que:

Aplicando a lei de Ohm para cada resistor, encontraremos os valores das


correntes 𝑖1 e 𝑖2. Lembre-se de que, neste caso, as tensões em cada resistor são
iguais. Simplificando, obtemos:

As equações acima são conhecidas como divisores de corrente, portanto


os elementos resistivos R1 e R2 dividem a corrente. Quando somamos as correntes
𝑖1 e 𝑖2, obtemos novamente a corrente total 𝑖 fornecida pela fonte

Essas equações serão fundamentais para o desenvolvimento da técnica de


substituição de fonte, que estudaremos em detalhes posteriormente.
2.4 – Leis de Kirchhoff
A lei de Ohm, por si só, não é suficiente para analisar circuitos complexos.
No entanto, quando ela é combinada com as leis de Kirchhoff, temos um conjunto
de princípios que é adequado para analisar uma ampla variedade de circuitos. Em
situações mais complexas, especialmente em circuitos que envolvem múltiplas
fontes de tensão, pode ser necessário recorrer a outros métodos de análise.

A Figura a seguir mostra um circuito que, embora ainda seja relativamente


simples, não pode ser resolvido usando apenas resistências equivalentes.

Os resistores R1 e R2 não compartilham corrente elétrica e não têm nós em


comum, pois não estão conectados em série nem em paralelo.

Portanto, é importante observar que todos os circuitos podem ser


analisados com a aplicação de duas regras conhecidas como as leis de Kirchhoff.

A lei de Kirchhoff dos nós (ou a lei das correntes) afirma que a soma das
correntes que ingressam em um nó é igual à soma das correntes que
saem desse mesmo nó.

Portanto, é importante considerar que as correntes que entram em um nó


são consideradas positivas, enquanto as que saem são consideradas negativas.
Dessa forma, a soma algébrica das correntes que atravessam esse nó deve ser
igual a zero.

A lei de Kirchhoff das tensões estabelece que a soma das quedas de


tensão em um circuito deve ser igual à soma das elevações de tensão.
2.4.1 - Estratégia Para Soluções de Problemas

2.5 – Transformando -Y
A transformação Δ – Y permite encontrar uma configuração alternativa para
o circuito original, o que possibilita a aplicação das técnicas de simplificação
previamente estudadas (série/paralelo).

A Figura a seguir é um exemplo de um circuito em que nenhum dos


elementos resistivos está em série ou em paralelo, ou seja, não compartilham
correntes nem nós entre si.
4

A Figura a seguir representa a transformação entre as configurações de


resistência em estrela e triângulo (delta).

Para realizar as transformações, vamos utilizar a Figura a seguir, que


relaciona as duas configurações (estrela e triângulo/delta).
2.5.1 –Transformação Estrela – Triangulo (Y-
Supondo que tenhamos uma configuração inicial em estrela (Y), mas que
seja mais conveniente trabalhar com a configuração triângulo (Δ), devemos
realizar a transformação do sistema de resistências de Y para Δ. Para isso, usamos
as equações abaixo para calcular os valores das resistências no triângulo. Logo,

Em uma rede na configuração delta (Δ), cada resistor é igual à soma de


todos os produtos possíveis dos resistores na configuração estrela (Y),
considerando pares de resistores, dividido pelo resistor oposto na configuração
Y.

2.5.2 – Transformação Triangulo – Estrela ( - Y)


Agora, suponhamos que seja mais conveniente trabalhar com a
configuração estrela (Y). Nesse caso, devemos transformar o sistema de
resistências em triângulo (Δ) para estrela (Y). Para fazer isso, utilizamos as
equações abaixo para calcular os valores das resistências na configuração estrela.
Logo, 𝑅12𝑅13

Em uma rede na configuração estrela (Y), cada resistor é o resultado do


produto dos resistores dos ramos adjacentes na configuração triângulo (Δ),
dividido pela soma dos três resistores na configuração triângulo (Δ).
Devemos considerar a possibilidade de que esses resistores estejam
equilibrados, o que significa que eles têm o mesmo valor, independentemente do
tipo de configuração (Y ou Δ). Nessas condições, as fórmulas de conversão se
tornam:

Essa informação é crucial, pois pode simplificar consideravelmente a


análise do circuito elétrico.

3 – Teoremas de Circuitos
Embora os métodos dos nós e das malhas sejam técnicas poderosas para
resolver circuitos, ainda estamos interessados em métodos que possam
simplificar circuitos de forma mais otimizada. Iremos ampliar nossa lista de
ferramentas com os teoremas da superposição, de Thévenin e de Norton. Estes
teoremas são valiosos para análise e simplificação de circuitos elétricos.

3.1 – Transformação em Fontes


A substituição de fonte permite que uma fonte de tensão em série com um
resistor seja trocada por uma fonte de corrente em paralelo com um resistor, ou
vice-versa.

No circuito em série a seguir, qual é a tensão aplicada ao resistor

𝑅1

i
+
+ 𝐿
V

Utilizando a lei de Ohm em conjunto com a resistência equivalente, obtemos:


A queda de tensão sobre o resistor 𝑅𝐿, será

Essa equação ilustra o resultado do divisor de tensão e torna evidente que


a expressão do circuito pode ser reescrita como se os resistores R1 e RL estivessem
em paralelo.

Agora, ao manipular a expressão da corrente, obteremos:

A expressão acima representa o resultado do divisor de corrente.

Podemos afirmar que as equações destacadas derivam de um circuito com uma


fonte de corrente em paralelo com uma resistência R1. Em outras palavras, existe
uma equivalência entre os dois circuitos.

+
𝑉1 𝑅2 I 𝑅1
𝑅1

Portanto, em um circuito elétrico, é possível substituir um arranjo de fontes por


outro sem afetar o comportamento percebido nos terminais desse arranjo, como
ilustrado na Figura a seguir.
R1

R1

3.2 – Teorema de Thévenin


Frequentemente, em análises de circuitos, o que mais nos interessa é
entender o que ocorre em um par específico de terminais. Os teoremas de
Thévenin e Norton são técnicas de simplificação de circuitos que examinam o
comportamento desses terminais e, portanto, são recursos extremamente
valiosos na análise de circuitos.

O circuito equivalente de Thévenin, ilustrado na Figura 17-A, é uma


representação simplificada de um circuito composto por fontes de energia (tanto
independentes quanto dependentes) e resistores.
Os pontos 𝑎 e 𝑏 representam os terminais de interesse.

Circuito resistivo
que contem
fontes
independentes e
dependentes

A Figura apresenta o equivalente de Thévenin. O teorema de Thévenin


estabelece que:

Em um circuito linear com dois terminais, é possível substituílo por um


circuito equivalente composto por uma fonte de tensão VTh em série
com um resistor RTH. Nesse contexto, VTh representa a tensão de circuito
aberto nos terminais e RTH é a resistência equivalente nos terminais
quando as fontes de energia são desligadas.
Para representar o circuito original por seu equivalente de Thévenin, é
necessário calcular a tensão de Thévenin VTH e a resistência de Thévenin RTH.
Quando a resistência de carga é infinitamente grande, isso equivale a uma
condição de circuito aberto nos terminais do circuito.

A tensão de circuito aberto nos terminais 𝑎 e 𝑏 do circuito pode ser


representada na Figura a baixo.

Circuito resistivo que


contém fontes
independentes e
dependentes

( B)

Se os terminais 𝑎 − 𝑏 estão em circuito aberto, o que significa que a carga


foi removida, nenhuma corrente fluirá pelos terminais.

Portanto, a tensão de circuito aberto entre os terminais 𝑎 − 𝑏 é igual à própria


VTH.

Para calcular a resistência de Thévenin, procedemos da seguinte forma:


curto-circuitamos fontes independentes de tensão e abrimos fontes
independentes de corrente. Em outras palavras, esse passo é realizado como se
aplicássemos uma fonte externa de tensão Vext ou corrente Iext ao circuito, como
ilustrado na Figura (19).

𝑅𝑡 ℎ Iext
𝑉𝑡ℎ
+ +

A RTH é a resistência equivalente vista dos terminais de entrada quando


as fontes independentes se apagam. Logo,
Considerando que uma carga RL esteja conectada aos terminais do circuito,
é possível determinar facilmente a corrente IL que flui por ela e a tensão na carga
VL, após a obtenção do circuito equivalente de Thévenin. Dessa maneira, podemos
analisar o comportamento da carga no circuito.

Portanto, ao aplicar o circuito equivalente de Thévenin, é necessário ter em


mente que duas considerações devem ser feitas:

A tensão de Thévenin (𝑉𝑇ℎ) é a tensão medida entre os terminais da carga


quando o resistor de carga está desconectado (circuito aberto).

A resistência de Thevenin (𝑅𝑇ℎ) é definida como a resistência equivalente


entre os terminais da carga, quando as fontes de tensão e de correntes são
reduzidas a zero.

3.3 – Teorema de Norton


Um circuito equivalente de Norton consiste em uma fonte de corrente
independente em paralelo com a resistência de Norton 𝑅𝑁. Esse circuito pode ser
obtido a partir de um circuito equivalente de Thévenin por uma simples
transformação de fonte, onde a resistência de Norton 𝑅𝑁 é igual à resistência de
Thévenin 𝑅𝑇ℎ.
Assim, a corrente de Norton é igual à corrente de curto-circuito 𝐼𝑐𝑐 nos
terminais de interesse.
A Figura da direita ilustra que a corrente de curto-circuito 𝐼𝑐𝑐 é

I𝐼cc𝑐𝑐 I𝐼c𝑐𝑐==IN𝐼𝑁

Igual à corrente de Norton 𝐼𝑁, uma vez que, na situação de curto-circuito, toda a
corrente do circuito passará integralmente pelo curto.
De acordo com a regra da substituição de fonte, temos o seguinte:

Portanto, o teorema de Norton estabelece que um circuito linear de dois


terminais pode ser substituído por um circuito equivalente que consiste em uma
fonte de corrente 𝐼𝑁em paralelo com um resistor 𝑅𝑁, onde 𝐼𝑁 é a corrente de
curto-circuito e 𝑅𝑁 é a resistência equivalente nos terminais quando as fontes
independentes estão desligadas.
Referências
BOYLESTAD, Robert L., Introdução à análise de circuitos, Pearson Prentice Hall, 13ª
edição, São. Paulo, 2018.

MARKUS, ÓTÁVIO. Circuitos Elétricos: Corrente Contínua e Alternada, São Paulo:


Érica

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