Você está na página 1de 10

UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA

INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOMÉDICAS


CAMPUS UMUARAMA
CURSO DE BIOMEDICINA

CIRCUITOS ELÉTRICOS

Alunos:
Alexia Oliveira B. dos Santos, 11911BMD009
Bruna Pontes Tessaro, 11911BMD030
Kaio Mendes Sardinha, 11911BMD008
Luís Gustavo M. P. dos Santos, 11911BMD002
Rafael Soares Rosa, 11911BMD003

Profª. Drº. William Lima.

UBERLÂNDIA, 2019.
1. INTRODUÇÃO Commented [1]: falta eu colocar as referencias

O estudo de circuitos elétricos se divide em circuitos de corrente contínua e


circuitos de corrente alternada. Os circuitos de corrente contínua são assim chamados
por possuirem uma ou mais fontes de tensão e/ou corrente contínua. Os circuitos de
corrente alternada são normalmente alimentados por fontes de tensão e/ou corrente
senoidais. O estudo de circuitos de corrente contínua se baseia no cálculo de tensões
e correntes em circuitos compostos por associações de resistores e fontes de tensão
e/ou corrente contínua.

1.1 Fontes de tensão


A fonte de tensão representa o dispositivo que é capaz de fornecer uma
diferença de potencial, e permitir que com esta diferença de potencial ocorra o
estabelecimento de uma corrente elétrica. O equivalente no meio hidráulico é
representado pela caixa d’água das casas. Esta sempre estará em um lugar mais alto
da construção de forma a permitir uma diferença de nível, e portanto garantir que a
água seja forçada a passar pelo caminho hidráulico ( canos ) até o chuveiro, a pia,
etc. Da mesma forma que a diferença de nível, no exemplo anterior é fundamental
para forçar a passagem da água, no caso elétrico a diferença de potencial é
fundamental para que exista uma circulação de elétrons no caminho elétrico ( fiação
) é os aparelhos elétricos. Para garantir que exista uma circulação continuada
necessitamos de certos dispositivos elétricos, tais como as pilhas, baterias,
alternadores e dínamos, que são capazes de gerar uma diferença de potencial em
seus terminais e fornecer elétrons para os equipamentos a eles conectados. Esses
aparelhos são chamados de fontes de força eletromotriz, abreviadamente f.e.m
(símbolo ε). A unidade de força eletromotriz é o volt. Pode-se definir uma fonte de
f.e.m, como sendo um dispositivo no qual a energia química, mecânica ou de outra
natureza, é transformada em energia elétrica. Essa energia acumulada não aumenta,
apesar de haver um fornecimento contínuo de energia pela fonte, pois a mesma é
dissipada no resistor, sob a forma de calor. O circuito, onde fontes geradoras e cargas
(dispositivos que consomem a energia elétrica) estão associados, de forma que só há
um caminho para a corrente percorrer, é denominado circuito simples.

1.2 Corrente elétrica


Determinados materiais, quando são submetidos a uma fonte de força
eletromotriz, permitem uma movimentação sistemática de elétrons de um átomo a
outro, e é este fenômeno que é denominado de corrente elétrica. Pode-se dizer, então
que cargas elétricas em movimento ordenado formam a corrente elétrica, ou seja,
corrente elétrica é o fluxo de elétrons em um meio condutor. É definido por :

𝛥𝑄
𝑖=
𝛥𝑡
Os bons condutores são a prata, cobre, alumínio, ou seja os materiais
metálicos, isto porque, normalmente possuem elétrons fracamente presos aos
núcleos. O vidro, porcelana, borracha, são exemplos de isolantes, pois possuem os
elétrons fortemente presos aos núcleos. Os condutores metálicos possuem um
grande quantidade de elétrons livres. Quando um condutor (fio metálico) é conectado
aos terminais de uma pilha (ou gerador), os elétrons livres (elétrons da última camada)
são forçados a se movimentar em um sentido, formando a corrente elétrica.

1.3 Resistência elétrica


Ao provocarmos a circulação de corrente por um material condutor através da
aplicação de uma diferença de potencial, pode-se observar que, para um mesmo valor
de tensão aplicada em condutores de diversos materiais, a corrente possuirá valores
diferentes. Isto ocorrerá devido às características intrínsecas de cada material. Este
comportamento diferenciado da corrente, deve-se à resistência elétrica de cada
material, que depende do tipo de material do condutor, comprimento, área da seção
transversal e da temperatura. Esta resistência atua como uma dificuldade à circulação
de corrente elétrica, ou à circulação de elétrons. Para haver uma melhor interpretação
do fenômeno de resistência, deve-se analisar os aspectos macroscópicos e
microscópicos dos diversos materiais. Os aspectos microscópicos referem-se à
estrutura da rede cristalina, do número de elétrons livres do material e a
movimentação destes elétrons livres no interior do condutor. Quando os elétrons livres
são impulsionados a movimentar devido a ação de uma tensão ocorrerão choques
entre os próprios elétrons livres e a rede cristalina, então como efeito disto, ter-se-á
uma dificuldade ao deslocamento dos elétrons. Assim sendo, as características
microscópicas que influenciam no deslocamento dos elétrons livres são:
● A forma como estão organizados os íons na rede cristalina.
● O espaçamento disponível para o movimento dos elétrons livres.
● Sua velocidade média de arrasto.
● Número de íons e de elétrons livres disponíveis por unidade de volume.
Os fatores macroscópicos são:
● Tipo do material que constitui o condutor
● Comprimento
● Área da sua seção transversal
● Temperatura.
Todos estes fatores irão caracterizar a resistência elétrica do material.

1.4 Lei de Ohm


O estudo da resistência é de grande valia na determinação da potência dos
diversos equipamentos elétricos. A expressão, matemática que permite a obtenção
da grandeza resistência é a seguinte:
Onde R - é a resistência elétrica, dada em ohms, cujo símbolo é Ω (letra grega
ômega). U - é a tensão elétrica nos terminais do dispositivo, dada em volt, cujo
símbolo é U . I - é a intensidade de corrente que circula pelo dispositivo, dada em
ampères, A
1.5 Resistores
Resistores elétricos são dispositivos usados em circuitos elétricos, onde se
aproveita a sua resistência para servir como carga, ou mesmo como limitador de
corrente, sendo que sua resistência ao fluxo de elétrons é devidamente conhecida e
medida em ohms (Ω) e simbolizado em circuitos pela letra R. O termo carga agora
passa a representar o dispositivo elétrico capaz de consumir energia elétrica. Como
carga elétrica, os resistores convertem a energia elétrica em calor, como no ferro
elétrico, no chuveiro e no forno a resistência, ou em luz como é o caso das lâmpadas
incandescentes. Apesar de converter a energia elétrica em energia luminosa, a
lâmpada tem um baixo rendimento, isto porque quase que a totalidade da energia
fornecida é convertida em calor, um percentual em torno de 90%. E apenas 10%
aproximadamente é utilizado como luz. Todos estes efeitos, podem ser entendidos
com uma simples interpretação da lei de ohm, ou seja, U = R.I, onde para alterar o
valor da corrente sem modificar valor da tensão, trabalha-se com R
1.6 Associação de resistores
Com o objetivo de controlar as características elétricas de um circuito de
corrente contínua, trabalha-se com a associação dos elementos resistivos de forma
que a equivalência da associação produza a resistência desejada. Portanto, trabalha-
se com três tipos de combinações, a saber:
a) Série - sua característica básica é proporcionar um único caminho à corrente
elétrica, ou seja, a corrente que passa por um resistor será a mesma em todos os
outros. Como existe apenas um caminho para a passagem da corrente elétrica esta
é mantida por toda a extensão do circuito. Já a diferença de potencial entre cada
resistor irá variar conforme a resistência deste, para que seja obedecida a 1ª Lei de
Ohm, assim:

Esta relação também pode ser obtida pela análise do circuito:


Sendo assim a diferença de potencial entre os pontos inicial e final do circuito
é igual à:

Analisando esta expressão, já que a tensão total e a intensidade da corrente


são mantidas, é possível concluir que a resistência total é:

b) Paralelo - possui como característica básica o fato da tensão sobre cada


resistor ser a mesma, igual à da fonte, com isso a corrente em cada resistor
dependerá apenas de sua resistência, e a corrente total será igual a soma de todas
as correntes.
A corrente proveniente da fonte é dividida em várias partes, tantas quantos
forem os resistores ligados.
A intensidade total de corrente do circuito é igual à soma das intensidades
medidas sobre cada resistor, ou seja:

Pela 1ª lei de ohm:

E por esta expressão, já que a intensidade da


corrente e a tensão são mantidas, podemos concluir que a resistência total em um
circuito em paralelo é dada por:

Neste caso, a resistência total não é a soma das resistências, apresentando


um valor sempre menor que a menor resistência disposta em paralelo
c) Mista - Uma associação mista consiste em uma combinação, em um mesmo
circuito, de associações em série e em paralelo, como por exemplo:
Em cada parte do circuito, a tensão (U) e intensidade da corrente serão
calculadas com base no que se conhece sobre circuitos série e paralelos, e para
facilitar estes cálculos pode-se reduzir ou redesenhar os circuitos, utilizando
resistores resultantes para cada parte.

2. OBJETIVOS
O experimento tem como objetivo a análise de dados de dois tipos de circuitos:
série e paralelo, utilizando uma fonte de tensão, foram determinadas uma série de
voltagens para obter uma corrente final em cada tipo de tensão.
3. METODOLOGIA EXPERIMENTAL
3.1 Materiais
● Fonte de tensão;
● Multímetro;
● Resistor A 1 kΩ;
● Resistor B 4,7 kΩ;
● Resistor C 10k Ω;
● Resistor com lâmpada 12Ω;
● Cabos de ligação e conectores;
● Protoboard;
Figura 1: Protoboard Figura 2: Fonte de tensão Figura 3: Multímetro

3.2 Procedimento experimental


A. Associação em série:
Para esse experimento, primeiramente foi posicionado o circuito em uma
protoboard (aparelho utilizado para condução da corrente e montagem do circuito) de
uma maneira em que os resistores mantenham em em série, ou seja na mesma linha
da corrente elétrica.
O segundo passo foi ligar a fonte de tensão (aparelho com função de gerar
corrente no circuito) nos conectores e ajustar a tensão para 12 V, utilizando o
multímetro como voltímetro e ajustando sua voltagem. A fonte foi desligada e montou-
se o circuito conforme descrito na apostila de experimentos. O multímetro foi ligado
na configuração para amperímetro com escala ajustada para 10,0 A.
O terceiro passo foi ligar a fonte de tensão e medi-lá como auxílio do
profissional nos orientando, e a corrente no circuito com a chave aberta. Fechou-se a
chave e mediu-se a tensão das correntes.

B. Associação em paralelo:
O circuito em série foi desmontado e posicionou-se de uma outra forma em
que os resistores se mantivessem em paralelo, sem alterar a tensão da fonte e a
configuração do voltímetro. Desligamos a fonte e montamos o circuito conforme
descrito na apostila experimental. Deixamos a chave aberta e medimos a corrente e
tensão de casa resistor. Fechou-se a chave e obtivemos novos valores de corrente e
tensão.
4. RESULTADOS

Após anotados os valores nominais dos resistores, a fonte foi preparada para
fornecer uma tensão de 10V, ao circuito.

5. DISCUSSÃO
As diferentes formas de associação de resistores garantem diferentes
resistências equivalentes e diferentes intensidades de corrente. Assim sendo, tendo
como base a fórmula da resistência equivalente de uma associação em paralelo
apresentada acima, obtém-se a resistência equivalente da associação em paralelo
montada no experimento:
1 1 1 1
= + +
𝑅𝑒𝑞. 1,0 𝑘𝛺 4,7 𝑘𝛺 10,0 𝑘𝛺
𝑅𝑒𝑞. ≅ 0,7617 𝑘𝛺 ≅ 761,7 𝑘𝛺
A partir dessa resistência equivalente é possível obter a intensidade da
corrente quando essa associação estiver ligada a uma tensão de 10,0 Volts:
10,0 𝑉 = 761,7 𝛺 𝑥 𝑖
𝑖 ≅ 0,0131 𝐴 ≅ 13,1276 𝑚𝐴
De maneira análoga, pode-se obter a intensidade da corrente a partir das
somas das intensidades teóricas da corrente de cada resistor:
𝑖 (𝑟𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 1,0 𝑘𝛺) = 10,0 𝑉 / 1,0 𝑘𝛺 = 10,0 𝑚 𝐴 = 0,0100 𝐴
𝑖 (𝑟𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 4,7 𝑘𝛺) = 10,0 𝑉 / 4,7 𝑘𝛺 ≅ 2,1 𝑚 𝐴 ≅ 0,0021 𝐴
𝑖 (𝑟𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 10,0 𝑘𝛺) = 10,0 𝑉 / 10,0 𝑘𝛺 = 1,0 𝑚 𝐴 = 0,0010 𝐴
𝑖(𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙) ≅ 13,1 𝑚𝐴 ≅ 0,0131 𝐴
Portanto, comparando com os resultados experimentais no qual a
intensidade da corrente quando essa associação estiver ligada a uma tensão
de 10,0 V é a soma das intensidades das correntes que passam por cada um
dos resistores com o resultado da intensidade da corrente teórica (𝑖 ≅
0,01313 𝐴 ≅ 13,13 𝑚𝐴), obtém-se o erro percentual experimental:
𝐸% = ( | 13,1 𝑚𝐴 − 13,1276 𝑚𝐴 | /13,1276 𝑚𝐴 ) 𝑥 100 ≅ 0,2106%

6. CONCLUSÃO
Portanto, a partir dos experimentos realizados, pode-se concluir que em uma
associação em paralelo possui uma resistência equivalente menor que, por sua vez,
garante uma maior intensidade da corrente que passa pela mesma quando se
comparada a uma associação em série utilizando os mesmo resistores.

6. REFERÊNCIAS
1. LBUQUERQUE, R.O. Análise de Circuitos em Corrente Contínua.
7.ed. São Paulo: Érica. 1987. 176 p.

2. GUSSOW, M. Eletricidade Básica. São Paulo: McGraw-Hill do


Brasil, 1985. 566 p.

3. MALVINO, A.P. Eletrônica. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1986.


526 p.

4. HALLIDAY, D.; RESNICK, R. Física 3 . 3.ed. Rio de Janeiro: Livros


Técnicos e Científicos Editora, 1983. 322 p.

5. TUCCI, W.J.; BRANDASSI, A.E. Circuitos Básicos em Eletricidade e


Eletrônica. 3.ed. São Paulo: Editora Nobel, 1984. 416 p.

Você também pode gostar