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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA

DEPARTAMENTO DE FÍSICA

LABORATÓRIO DE FÍSICA
EXPERIMENTAL II

Aula pratica 3 – Lei de Ohm e resistividade

Aluno: Jéssica Beatriz Torres Apolinário – Matrícula: 20160131760

OUTUBRO DE 2022

João Pessoa – PB
1. OBJETIVO
- Verificar a validade da Lei de Ohm para uma resistência ôhmica;

- Verificar a relação Tensão-Corrente para 3 elementos de circuito, uma resistência


ôhmica (que segue a Lei de Ohm), bem como para dois elementos de circuito cujo
comportamento é não-ôhmico.

- Verificar como a resistência de 3 fios metálicos homogêneos dependem de seu


comprimento e se relacionam com sua resistividade e área.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A lei de Ohm é muito importante para todos nós, já que a eletricidade nos acompanha e
está presente todos os dias nas nossas vidas, seja no chuveiro, para carregar um
celular, ligar a televisão, acender uma luz entre outras coisas. As leis de Ohm foram
postuladas em 1827, pelo físico alemão Georg Simon Ohm (1787-1854). Elas ajudam
a encontrar o valor da resistência elétrica dos condutores e, além disso, Ohm ainda
demonstrou que, nesse objeto, a corrente elétrica é proporcional à diferença de
potencial. Foi por meio dessa relação que se chegou à Primeira Lei de Ohm. Por outro
lado, as experiências com diferentes comprimentos e as espessuras de fios elétricos
foram fundamentais para que fosse postulada a Segunda Lei de Ohm. Podemos dizer
que as Leis de Ohm possibilitam a realização de diferentes cálculos
de grandezas físicas. Entre elas, estão a corrente, a resistência elétrica, a tensão e outros
elementos.

A resistência elétrica é medida utilizando-se a grandeza Ω (Ohm) e demonstra a


capacidade que um condutor apresenta de se opor a uma determinada passagem de
corrente elétrica. Podemos afirmar, por exemplo, que os materiais isolantes têm alta
resistência, pois dificultam a passagem da corrente. Assim, quanto maior for à
resistência elétrica de um determinado material, mais difícil será a passagem da corrente
elétrica. Os resistores são dispositivos eletrônicos e a função principal deles é efetuar
a transformação de energia elétrica em térmica (calor). Todo esse procedimento é
realizado por meio do efeito joule, onde a corrente elétrica é resultado de
movimentação de elétrons livres, como sabemos. Ao circular a corrente elétrica as
partículas que estão em movimento acabam colidindo com as outras partes do condutor
que se encontra em repouso, causando uma variação de energia cinética que por sua vez
irá gerar um efeito de aquecimento. Este efeito de aquecimento é denominado efeito
Joule. Dessa forma, os resistores lineares são aqueles que seguem a primeira Lei de
Ohm (R = U/i).

A primeira Lei de Ohm demonstra que a diferença de potencial é proporcional a


uma corrente elétrica que é estabelecida nele. Além disso, de acordo com essa
norma, a razão entre o potencial elétrico e a corrente elétrica é constante para
resistores ôhmicos. Dessa maneira, podemos sintetizar essas ideias na seguinte fórmula
matemática:
U = R. i

U – potencial elétrico em volts

R – resistência elétrica

i – intensidade medida em amperes

Na segunda Lei de Ohm, a resistência elétrica R refere-se a uma propriedade do


corpo que é percorrido por uma determinada corrente elétrica. Essa propriedade
pode depender de vários aspectos geométricos que podem ser a área transversal do
corpo ou o comprimento.

Essa lei destaca justamente a resistência elétrica com as grandezas mencionadas


anteriormente. Dessa forma, essa ideia pode ser resumida por meio da seguinte fórmula:

R = p.L/A

R – resistência elétrica em Ω

p – resistividade (Ω/m)

L – comprimento em metros

A – em metros quadrados

As grandezas elétricas são representadas por símbolos (letras), como a seguir. 

Grandeza Símbolo Unidade (SI)

Tensão U ou V Volt (V)

Corrente I Ampère (A)

Resistência R Ohm (Ω)

Potência P Watts (W)

Tabela 1: Grandezas elétricas


Associação de resistores em um circuito é possível montar diversos resistores
interligados, ou seja, fazer uma associação de resistores. O comportamento desta
associação varia conforme a ligação entre os resistores, sendo seus possíveis tipos: em
série, em paralelo e mista.

EM SÉRIE

Associar resistores em série significa ligá-los em um único trajeto, ou seja:

Figura 1: Resistores em série

EM PARALELO

Ligar um resistor em paralelo significa basicamente dividir a mesma fonte de corrente,


de modo que a tensão em cada ponto seja conservada. Ou seja:

Figura 2: Resistores em paralelo

MISTA

Uma associação mista consiste em uma combinação, em um mesmo circuito, de


associações em série e em paralelo, como por exemplo:
Figura 3: Resistores mistos

3. INTRODUÇÃO

Existem alguns fatores que, quando alterados, modificam o valor da resistência elétrica
de um material. Cada material existente na natureza tem seu átomo característico, ou
seja, o átomo de cada um tem um número de elétrons diferente dos outros materiais que
existem. Em um átomo com poucos elétrons, como o do carbono, os elétrons que estão
na última camada são fortemente atraídos pelo núcleo e têm grande dificuldade em se
deslocarem para outro átomo.

Em átomos com grande número de elétrons, como os do cobre, os presentes na última


camada são fracamente atraídos pelo núcleo, tendo pouca dificuldade em se deslocarem
para outro átomo.

Pode-se afirmar, então, que a natureza do material (ou tipo de material) influi
diretamente no valor da resistência, ou seja, mudando-se o material, altera-se a
resistência elétrica. Se forem medidos os valores da resistência de dois materiais de
mesma natureza, Porém com comprimentos diferentes, será verificado que o de maior
comprimento apresenta, também, maior resistência.

Comparativamente, é fácil concluir que um caminho maior é mais difícil de ser


percorrido do que um menor. Conclui-se, então, que o comprimento do material influi
diretamente no valor da resistência, ou seja, quanto maior o comprimento, maior a
resistência e quanto menor o comprimento, menor a resistência.

As figuras a seguir ilustram uma situação de resistência de materiais de comprimentos


diferentes.

Figura 4: Condutor de cobre


A seção transversal de um material é a área do mesmo quando cortado transversalmente,
conforme demonstra a ilustração a seguir.

Figura 5: Seção transversal de um condutor de cobre

Quanto menor for essa seção, maior será a dificuldade de os elétrons passarem pelo
material, e quanto maior a seção, menor a dificuldade. Comparativamente, é simples
entender que um caminho mais largo é mais fácil de ser percorrido do que um mais
estreito. Comprova-se, então, que a seção transversal do material influi inversamente no
valor da resistência do mesmo, ou seja, quanto maior a seção, menor a resistência e
quanto menor a seção, maior a resistência, conforme demonstra a figura a seguir.

Figura 6: Seção transversal de um condutor de cobre

Dois pedaços de materiais idênticos, porém com temperaturas diferentes, apresentam


valores de resistência também diferentes, e, à medida que a temperatura de um material
aumenta, a sua resistência também aumenta. Daí, deduz-se que a temperatura de um
material influi diretamente no valor da resistência do mesmo.

Portanto, o valor da resistência elétrica de um material depende de quatro fatores:


natureza, comprimento, seção transversal e temperatura desse material.
https://drb-m.org/Arnulpho/6.RESISTIVIDADE.htm

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