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FACULDADE DE TECNOLOGIA DE SÃO PAULO

FATEC – SP

Oseias Alves Faleira RA 22107792


Renan Pereira da Silva RA 22107952
Victor Fernandes Silva RA 22108163

TECNOLOGIA EM MECÂNICA DE PRECISÃO – 2º SEMESTRE

RELATÓRIO DE ELETRICIDADE BÁSICA


LEI DE OHM

SÃO PAULO
2022
SUMÁRIO
objetivo .................................................................................... 2
Introdução ............................................................................... 2
1ª Lei De Ohm ......................................................................... 3
2ª Lei De Ohm ......................................................................... 4
Cálculo da Potência Elétrica Pela Lei de Ohm ........................ 6
Resistores ............................................................................... 6
Resistência Equivalente .......................................................... 7
Associação de Resistores ....................................................... 7
Associação de Resistores em Série ........................................ 7
Associação em Paralelo .......................................................... 8
Associação Mista de Resistores............................................ 10
Procedimento Experimental ................................................... 11
Conclusão .............................................................................. 13
Bibliografia ............................................................................. 13

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OBJETIVO

Este experimento tem por objetivo estudar a dependência da diferença de


potencial (V) com a corrente (I) de um dado circuito para componentes ôhmicos
e não ôhmicos, entendendo assim o comportamento da resistência elétrica
destes materiais, através da associação em série e paralelo de resistores em um
circuito, com a utilização da protoboard, voltímetro, amperímetro e led destes
dispositivos e verificando se correspondem ao en un ci ad o previsto pela Lei
de Ohm.

INTRODUÇÃO
Através da realização de inúmeras experiências o físico alemão George
Simon Ohm (1789 – 1854) em 1827 verificou que existem resistores nos quais
a variação da corrente elétrica é proporcional à variação da diferença de
potencial. Suas inúmeras experiências eram realizadas com diversos tipos de
condutores, aplicando sobre eles diferentes voltagens, depois de todo
processo, Simon percebeu que principalmente nos metais, a relação entre a
corrente elétrica e a diferença de potencial se mantinha sempre constante.
Com todas essas informações em mãos, elaborou uma relação matemática
que diz que a voltagem aplicada nos terminais de um condutor é proporcional
à corrente elétrica que o percorre, cuja espressão escrita fica da seguinte
forma:

𝑈 = 𝑅. 𝑖
onde:

𝑈: diferença de potencial – unidade em Volts (V)


𝑅: resistência eletrica – unidade em Ohm (Ω)
𝑖: corrente eletrica – unidade em Ampere (A)
Este princípio ficou conhecido como Lei de Ohm.
As leis de Ohm permitem calcularmos importantes grandezas físicas,
como a tensão, corrente e a resistência elétrica dos mais diversos elementos
presentes em um circuito. No entanto, essas leis só podem ser aplicadas a
resistências ôhmicas, isto é, corpos cujas resistências tenham módulo constante.
Assim, na lei de ôhm existem os dispositivos ôhmicos e os não ôhmicos.

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Exemplificando então as duas situações temos:

Figura 1: Exemplo do comportamento dos dispositivos Ôhmicos e não Ôhmicos

Para obter-se a resistência em resistores, podem ser usadas diferentes


formas: usando o ohmímetro, pela lei de Ohm e com o código de cores.
Os resistores podem também ser usados associados uns aos outros,
tanto em série comom em paralelo. Para obter a resistência equivalente de 2
resistores associados em série, é usada a expressão abaixo:
𝑅 = 𝑅1 + 𝑅2
Dispositivos que obedecem a lei de ohm são considerados dispositivos
ôhmicos.
A energia elétrica dissipada, para resistores, é dada pela relação:

1ª LEI DE OHM
A 1ª lei de Ohm determina que a diferença de potencial entre dois pontos
de um resistor é proporcional à corrente elétrica que é estabelecida nele. Além
disso, de acordo com essa lei, a razão entre o potencial elétrico e a corrente
elétrica é sempre constante para resistores ôhmicos.
Assim, temos na Lei de Ohm :

𝑈 = 𝑅. 𝑖
Chamamos de 𝑈 a tensão elétrica ou o potencial elétrico. Essa grandeza
é escalar e é medida em Volts. A diferença de potencial elétrico entre dois pontos
de um circuito, por sua vez, indica que ali existe uma resistência elétrica, como
mostra a figura:

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Figura 2: Quando a corrente elétrica passa pelo elemento resistivo R, há uma queda de potencial elétrico.

Quando a corrente elétrica passa pelo elemento resistivo 𝑅, há uma queda


de potencial elétrico.

Essa diferença decorre do consumo da energia dos elétrons, uma vez


que essas partículas transferem parte de sua energia aos átomos da rede
cristalina, quando conduzidos por meios que apresentem resistência à sua
condução. O fenômeno que explica tal dissipação de energia é chamado de
efeito Joule.
A figura abaixo mostra o perfil do potencial elétrico antes e após a
passagem da corrente por um elemento resistivo de um circuito elétrico, observe
a queda de energia:

Figura 3: Quando a corrente elétrica é conduzida em um corpo com resistência elétrica, parte de sua energia
é dissipada.

A corrente elétrica 𝑖 mede o fluxo de cargas pelo corpo em Ampères, ou


em C/s. A corrente elétrica é diretamente proporcional à resistência elétrica
dos corpos: quanto maior a resistência elétrica de um corpo, menor será a
corrente elétrica a atravessá-lo.

2ª LEI DE OHM
A resistência elétrica 𝑅 é uma propriedade do corpo que é percorrido
por uma corrente elétrica. Essa propriedade depende de fatores geométricos,
como o comprimento ou a área transversal do corpo, mas também depende de
uma grandeza chamada de resistividade. Tal grandeza relaciona-se
exclusivamente ao material do qual um corpo é formado. A lei que relaciona a
resistência elétrica a essas grandezas é conhecida como segunda lei de Ohm. A
segunda lei de Ohm é mostrada na equação abaixo:

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𝜌𝐿
𝑅=
𝐴
Onde:

𝑅 – resistência elétrica (Ω)

𝜌 – resistividade (Ω.m)

𝐿 – comprimento (m)

𝐴 – área transversal (m²)

Chamamos de resistor ôhmico todo corpo capaz de apresentar resistência


elétrica constante para um determinado intervalo de tensões elétricas. O gráfico
de tensão em função da corrente elétrica para os resistores ôhmicos é linear,
como mostra a figura abaixo:

Figura 4: O resistor pode ser considerado ôhmico no intervalo em que o seu potencial elétrico aumenta
linearmente com a corrente elétrica.

Tomando-se o segmento reto do gráfico, sabe-se que o potencial elétrico


entre os terminais de um resistor sofrerá uma variação em seu potencial elétrico
que é sempre proporcional à corrente elétrica que o percorre, como mostra a
figura abaixo:

Figura 5: Exemplo de resistor ôhmico

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Analisando o gráfico mostrado acima, vemos que a resistência elétrica
pode ser entendida como a inclinação da reta, dada pela tangente do ângulo θ.
Como sabemos, a tangente é definida como a razão entre os catetos oposto e
adjacente e, portanto, pode ser calculada com a fórmula 𝑅 = 𝑈. 𝑖, no caso em
que as resistências são ôhmicas.

CÁLCULO DA POTÊNCIA ELÉTRICA PELA LEI DE OHM


Por meio da lei de Ohm, é possível determinar a potência elétrica que é
dissipada por um resistor. Tal dissipação de energia ocorre em razão do efeito
Joule, por isso, ao calcularmos a potência dissipada, estamos determinando a
quantidade de energia elétrica que um resistor é capaz de converter em calor, a
cada segundo.

As fórmulas que podem ser usadas para calcular a potência elétrica são
mostradas abaixo:
𝑃 = 𝑈. 𝑖
𝐸 𝑃 = 𝑅. 𝑖 2
𝑃= { 𝑈2
∆𝑡
𝑃=
𝑅

Onde:

𝑃 – Potência elétrica (W)

𝐸 – Energia (J)

𝛥𝑡 – Intervalo de tempo (s)

𝑅 – Resistência (Ω)

𝑖 – Corrente elétrica (A)

𝑈 – Potencial elétrico (V)

RESISTORES
Resistores são elementos cuja principal finalidade é a geração
de calor mediante a passagem de corrente elétrica. A resistência elétrica, por
sua vez, diz respeito à característica dos resistores, que faz com que eles
ofereçam resistência à movimentação de cargas em seu interior.

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Foto 1: um resistor

Quando um resistor apresenta resistência elétrica constante, para


quaisquer valores de potencial elétrico que for aplicado entre os seus terminais,
dizemos que se trata de um resistor ôhmico.

RESISTÊNCIA EQUIVALENTE
Resistência equivalente é um recurso utilizado para simplificar circuitos
elétricos formados por associações de resistores, ou até mesmo para
obtermos resistências elétricas diferentes daquelas que dispomos. Quando
calculamos a resistência equivalente buscamos encontrar qual é a resistência
de um único resistor que equivale à resistência do conjunto de resistores.

ASSOCIAÇÃO DE RESISTORES
Associação de resistores é o circuito elétrico formado por dois ou mais
elementos de resistência elétrica ôhmica (constante), ligados em série,
paralelo ou ainda, em uma associação mista. Quando ligados em série, os
resistores são percorridos pela mesma corrente elétrica, quando em paralelo,
o potencial elétrico é igual para os resistores associados.

ASSOCIAÇÃO DE RESISTORES EM SÉRIE


Quando ligados em série, os resistores são percorridos pela mesma
corrente elétrica. Na ligação em série, todos os elementos ligados estão
conectados no mesmo ramo do circuito, de modo que o terminal de um dos
resistores está diretamente ligado ao terminal do próximo resistor. A figura a
seguir mostra como é feita uma ligação em série e como essa ligação é
representada:

7
Na ligação em série, a corrente elétrica é igual para todos os resistores.

Quando os resistores são ligados em série, o potencial que é aplicado


sobre os terminais do circuito é distribuído entre as resistências, em outra
palavra, toda a tensão aplicada cai gradativamente ao longo de um circuito
que é constituído por resistores em série.

Nesse tipo de ligação, as resistências elétricas individuais somam-se,


de modo que a resistência equivalente do circuito é dada pela soma das
resistências ligadas em série, conforme a figura a seguir:

Figura 7: Na ligação em série, a resistência equivalente é igual à soma das resistências.

Assim, obtemos a fórmula usada para calcular a resistência equivalente para


resistores em série:

𝑅𝐸𝑄 = 𝑅1 + 𝑅2 + 𝑅3 … + 𝑅𝑁𝑅𝐸𝑄 - resistência equivalente (Ω – ohm)

ASSOCIAÇÃO EM PARALELO
Na associação em paralelo, os resistores encontram-se ligados
ao mesmo potencial elétrico, no entanto, a corrente elétrica que atravessa
cada resistor pode ser diferente, caso os resistores tenham resistências elétricas
diferentes.

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Figura 8: Na associação em paralelo, a corrente elétrica é dividida entre os diferentes ramos do circuito.

A associação em paralelo é obtida quando os resistores são ligados de


modo que a corrente elétrica divide-se ao passar por eles. Nesse tipo de
associação, a resistência elétrica equivalente será sempre menor do que a
menor das resistências.

Para calcularmos a resistência equivalente na associação de resistores


em paralelo, fazemos a soma do inverso das resistências individuais:

1 1 1 1 1
= + + +⋯+
𝑅𝐸𝑄 𝑅1 𝑅2 𝑅3 𝑅𝑁

Para o caso em que se deseja calcular a resistência de somente


dois resistores em paralelo, é possível fazê-lo por meio do produto pela soma
das resistências individuais.

𝑅1𝑅2
𝑅𝐸𝑄 =
𝑅1 + 𝑅2

Outro caso específico, é aquele em que N resistores idênticos


encontram-se ligados em paralelo. Nesse caso, para calcularmos a resistência
equivalente do circuito, basta que se divida o valor da resistência individual pelo
número de resistores:

𝑅
𝑅𝐸𝑄 =
𝑁

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Figura 9: Soma de resistores em paralelo

ASSOCIAÇÃO MISTA DE RESISTORES


Na associação mista de resistores, pode
haver tanto ligações em série quanto ligações em paralelo. Observe a figura
a seguir, é possível ver diversos resistores ligados em série, conectados a dois
resistores que estão ligados em paralelo entre si:

Foto 2: Associação mista de resistores

Para solucioná-la, é necessário que se resolva separadamente, os


resistores que encontram-se ligados em paralelo e os resistores que encontram-
se ligados em série.

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Figura 10: Neste tipo de associação soma-se primeiro o produto de 𝑅2 𝑒 𝑅3 à 𝑅1

Quando houver resistores ligados em série dentro de uma ligação


em paralelo, é necessário que se some as resistências para que, em
seguida, realizemos o cálculo da resistência equivalente em paralelo.

Figura 11: "Nesse tipo de associação, inicialmente ,soma-se R1 e R2, depois, R3 e R4.

PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Foi escolhido um resistor e medida sua resistência
equivalente usando a função ohmímetro de um multímetro.
Posteriormente, esse resistor foi conectado em série com a fonte
de tensão, a fim de analisar a corrente em função da diferencia
de potencial.
Obteve-se assim a Tabela 1:

ddp ± i±
0,01V 0,01(mA)
1 0,765
2 1,53
3 2,26
4 3,04
5 3,81
6 4,57
7 5,32
8 6,08
9 6,83
10 7,58
Tabela 1 Tensão x Corrente

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Para obter-se a resistência elétrica a partir dos dados da tabela 1
utiliza-se a fórmula:

𝑉
𝑅=
𝑖

A medida da resistência do resistor no multímetro é de R = 2,2 K Ω ,


com esse resultado pode-se dizer que o resistor é ôhmico, uma vez que valida
a lei de ohm, em que a resistência é constante, independente da variação da
ddp (V) e da corrente (i).

Gráfico 1 Gráfico de tensão x corrente

A tabela 2 mostra a variação da tensão e da corrente com o LED.


ddp ± i± 0,01(mA)
0,01V
1 0,311
2 0,995
3 1,74
4 2,52
5 3,27
6 4,02
7 4,6
8 5,51
9 6,1
10 7,01

Tabela 2 diferença de potencial (V), ou tensão, em função da corrente (i), com a variação da
tensão através do potenciômetro com o LED

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Gráfico 2: Gráfico de tensão x corrente com os dados da tabela 2
CONCLUSÃO

Através do experimento realizado, pode-se concluir que os dados


obtidos se aproximam dos dados esperados, uma vez que, a resistência
medida é próxima da esperada.Observa-se que a melhor maneira de medir
tensão com um voltímetro é em paralelo e corrente elétrica com um
amperímetro é em série e que resistores devem ser medidos fora do circuito.
Ao aumentar o potencial elétrico o brilho do led foi diminuindo, assim sendo
caracterizado ôhmico, uma vez que, pode-se observar que quanto maior o
potencial elétrico, maior será a corrente que irá passar através do circuito
construído com o led, obedecendo assim a lei de Ohm. No gráfico 2 podemos
também observar que a dispersão dos pontos em relação a reta foi mínima, e
está dentro dos padrões para erros em experimentos em laboratórios
BIBLIOGRAFIA

TIPLER, A. Paul. MOSCA, Gene. Física para cientistas e engenheiros. Vol 3.


6. Ed. Editora LTC.

HALLIDAY, R. RESNICK, e J. WALKER, Fundamentos de Física, LTC, Rio


de Janeiro, vol. 3, 8a. Ed. (2008)

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