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6007 - Corrente Contínua

-Identificar as principais grandezas de um circuito eléctrico e respectiva simbologia.


-Enunciar e aplicar a Lei de Ohm.
-Identificar os vários métodos de medida usados em electrotecnia.
-Utilizar correctamente os aparelhos de medida.
-Calcular erros de medida.
-Enunciar e aplicar a lei de Joule.
-Identificar as grandezas energia e potência eléctrica e respectivas unidades SI e
práticas.
-Relacionar as grandezas: características de um gerador em vazio e em carga.
O que é a electricidade?

Nota Histórica

O nome electricidade provém do vocábulo grego elektron que significa âmbar. Tal
designação deve-se ao facto de ter sido o filósofo e matemático da Grécia antiga Tales
de Mileto, cerca de 600 a. C., que verificou esfregando num pano um corpo de um
material designado âmbar que este passava a atrair penas e outros objectos muito
leves.
Hoje, sabe-se que o âmbar adquire carga eléctrica quando friccionado num pano. Só, no
século XVI, cientista William Gilbert descobriu outras substâncias tinham a capacidade de
atrair corpos leves quando friccionadas e decidiu designar essa força de atracção por
electricidade. No século XVIII, com a descoberta do para-raios por Benjamim Franklin que
o estudo pelos fenómenos eléctricos se começou a generalizar.
È então pela primeira vez que com estudo de Frankline que estudou as descargas
eléctricas da atmosfera que surgem outros estudos sobre a electricidade

Em 1800, o físico italiano Alessandro Volta construiu o primeiro gerador de corrente


eléctrica contínua: a pilha de Volta.

A produção de electricidade pode apresentar as formas mais diversas: fricção


entre dois corpos ou compressão de certos materiais, diferença de temperatura
entre dois metais unidos por uma soldadura, por reacções químicas (pilhas e
acumuladores) ou por indução electromagnética (dínamos e alternadores).
Então o que é a corrente eléctrica?

A corrente eléctrica é um movimento ordenado de cargas eléctricas, num meio


que permita a condução de cargas eléctricas

O meio condutor é constituído por átomos que são os constituintes elementares da


matéria, estes são composta por três partículas elementares os Protões e Neutrões
que se encontram agrupados e que à volte deste grupo giram pequenas partículas
com uma carga negativa denominados de electrões

O átomo é um conjunto de partículas em que numa zona os protões e


neutrões se encontram agrupados, os protões tem carga positiva e
os neutrões não possuem carga eléctrica, e são os electrões as partículas
mais pequenas que tem carga negativa, e que são que se movem.
Surge então o conceito de corrente eléctrica, que é um movimento mais
ou menos ordenado de electrões, que é neste caso, o tema de estudo.
Pois também podem existir movimentos de outras cargas eléctricas que não
sejam o electrão
Acabei aqui

A corrente eléctrica, é um fenómeno muito importante, que é representado por


electrões em movimento, para ser moverem necessitam de uma diferença de
potencial

As cargas eléctricas apresentam um comportamento a


nível mecânico, que dependa da carga que possuem.
Assim cargas iguais repelem-se e cargas iguais atraem-se

Sucede então que existem materiais que tem electrões


disponíveis para realizarem o movimento ordenado de
cargas sob o efeito da atracção repulsão das cargas

Acontece então que as cargas podem ser acumuladas


num local do espaço e não se deslocarem para o seu
par conjugado (carga oposta) de forma a tingir o
estado mínimo de energia. Na natureza tudo procura
o menor estado energético.
É o estado mínimo de energia que faz cair objecto para a terra, é ainda este estado
que origina a corrente eléctrica uma vez existir uma diferença de potencial.
A diferença de potencial é gerado por cargas concentradas numa zona do espaço.

Esta diferença de potencial é a responsável por realizar a força


que origina o movimento dos electrões em direcção aos protões,
ou seja os electrões vão deslocar-se para o potencial positivo,
para se recombinarem e anularem o potencial (uma carga
negativa com uma carga positiva anulam-se).
O Potencial é definido então por uma carga eléctrica numa zona do espaço
(concentração de protões ou electrões), este estado não é natural, e quando tem a
possibilidade de encontrar um caminho no espaço que permita os electrões viajar em
direcção à carga eléctrica positiva, estes electrões vão viajar rapidamente para se
combinarem com as cargas positivas e atingir o menor estado de energia que é a
ausência de carga eléctrica.
À viagem mais ou menos ordenada dos electrões em direcção à carga positiva
denomina-se corrente eléctrica
Resumindo pode-se então agora enumerar alguns aspectos sobre o movimento de
cargas eléctricas:

1-Para ocorrer um movimento de cargas tem de existir um meio condutor


2-Para ocorrer um movimento de cargas tem de existir uma diferença de potencial
(que resulta de a acumulação de cargas numa zona determinada do espaço)
3-A corrente ocorre porque o estado de diferença de potencial não é natural e não
respeita o estado mínimo de energia, e pela lei de atracção repulsão de cargas estas
movem-se.

O estado de cargas acumuladas não é natural, estas geram uma diferença de


potencial (conceito IMPORTANTE) e este ocorre sempre que existe trabalho realizado,
seja por fricção, reacção química ou pelo fenómeno magnético de indução que
resulta de uma campo magnético conseguir arrastar os electrões para uma zona de
espaço e criar uma carga nesse local.
É o caso do dínamo ou alternador, que força o aparecimento de uma diferença de
potencial, à custa de trabalho realizado.
Este processo não natural, e ao se fornecer um meio
condutor a surge corrente eléctrica (conceito IMPORTANTE),
como se fosse uma bomba a bombear água num tubo
Conclusão:

1-Corrente eléctrica é o movimento de electrões e é quantificada por Ampére

A intensidade da corrente eléctrica (I) é o movimento orientado desses electrões


livres ao longo dos condutores eléctricos.
Electrões livres
Condutor eléctrico

Os condutores eléctricos (cobre, prata, alumínio) têm muitos electrões livres por isso
são usados para conduzir a corrente eléctrica.
Os isoladores eléctricos (plástico, borracha, baquelite) não têm electrões livres por
isso não conduzem a corrente eléctrica.

Grandeza eléctrica Unidade Aparelho de medida


Intensidade da corrente elétrica (I) Ampére (A) Amperímetro
Internacionalmente foi realizada uma convenção para o sentido da corrente eléctrica
que é baseada no sentido da energia mínima LEI FUNDUMANETAL da NATUREZA

O sentido convencional da corrente eléctrica é do potencial positivo (+) para o


potencial negativo (-) do gerador.

Electrões livres
Condutor eléctrico

+ _

O sentido real da corrente eléctrica é do potencial negativo (-) para o potencial


positivo (+) do gerador.
2-Diferença de potencial representa acumulação de cargas e é medida por volt

Tensão ou diferença de potencial


Para que haja um movimento orientado dos electrões livres é necessário
aplicar ao condutor eléctrico uma tensão (U) através da utilização de um
gerador eléctrico (pilha, bateria, dínamo ou alternador).
Nas figuras vemos o gerador (bateria e gerador) que é responsável por criar
uma tensão (U) ou diferença de potencial que vai ser responsável pelo
movimento orientado dos electrões livres que se encontram nos condutores
eléctricos e que ao passarem no filamento da lâmpada (receptor) vão
provocar a emissão de luz.

Grandeza eléctrica Unidade Aparelho de medida


Diferença de Potencial(V) Volt (V) Voltímetro
Força eletromotriz – f.e.m.

Um gerador é um dispositivo ou aparelho que mantém constante a d.d.p. aos seus


terminais. Quando se liga o terminal positivo ao negativo através de um receptor
vai haver movimento de cargas eléctricas, corrente eléctrica. O gerador vai manter
a diferença de potencial para que continue a haver corrente. O que faz com que a
o gerador mantenha a d.d.p., repondo as cargas internamente do pólo positivo
para o negativo é a sua força electromotriz, que se exprime em volts.

A Força Electromotriz ou f.e.m., é


diferença de potencial e é a causa
e origem do movimento dos
electrões em qualquer circuito, e
a sua força é medida em Volts (V),
e usualmente representa-se pela
letra U
Resistência eléctrica
A resistência eléctrica (R) consiste na dificuldade que os materiais apresentam à
passagem da corrente eléctrica.

Os materiais condutores (cobre, prata, alumínio) têm muitos electrões livres por isso
são usados para conduzir a corrente eléctrica, já que apresentam uma resistência
praticamente nula (R ≈ 0).

Os materiais isoladores (plástico, borracha, baquelite) não têm electrões livres por
isso não conduzem a corrente eléctrica oferecendo uma grande resistência à sua
passagem (R ≈ ∞).

Grandeza eléctrica Unidade Aparelho de medida


Resistência eléctrica (R) Ohm (Ω
Ω) Ohmímetro
Lei de Ohm

Lei mais importante da electricidade. E também a mais conhecida.


A Lei de Ohm diz que:
A corrente I que passa num dado circuito eléctrico, é proporcional à tensão U aplicada e
inversamente proporcional à resistência R do circuito

I=U/R

Quando aos terminais de um circuito de resistência R [Ω] é aplicada uma diferença de


potencial U [V], produz-se nele uma corrente de intensidade I [A], cujo valor obedece à
expressão: I=U/R
Aplicação da lei de Ohm
A Resistência eléctrica ou Ohmica é então uma propriedade dos materiais e
consequentemente dos circuitos em dificultar o movimento dos electrões

Pelo facto de existir resistência eléctrica, para o caso particular de metais


condutores, é importante definir a resistividade eléctrica
A resistência eléctrica (R) de um condutor aumenta com o seu comprimento (l) e diminui
se a sua secção (S) aumentar.
Considerando o comprimento do condutor expresso em metros (m) e a secção do
condutor em milímetros quadrados (mm2), a resistência é expressa em ohm (Ω).
A Resistividade eléctrica representa-se por:

R é a resistência do condutor em Ω 2
R= ρxL/S ρ é a resistividade do material em Ω mm /m
L é o comprimento do condutor em 2
m
S é a secção do condutor em mm

Na expressão aparece um coeficiente de proporcionalidade (ρ) denominado de


resistividade eléctrica que é uma medida da oposição de um dado material à passagem da
corrente eléctrica. Quanto mais baixa for a resistividade mais facilmente o material
permite a passagem da corrente eléctrica.

Ex. cálculo da Resistência dum fio de cobre com 20 m comprimento e secção de 6mm2, a
Resistencia electrica é R = 0,018x20/6= 0,056 Ω
Nesta fase agora já se conhecem as grandezas nucleares da eletricidade: U, A, Ω

Então falta agora compreender a consequência da resistividade (Resistência) o que provoca no mundo real

U=R.I R=ρ.L/S Grandezas dum condutor elétrico


U I R ρ L S
(V) (A) (Ω) (Ωmm2/m) (m) (mm2)
1 1 1 1 1 1
10 1 10 1 10 1
100 1 100 1 100 1
1000 1 1000 1 1000 1
10000 1 10000 1 10000 1
100000 1 100000 1 100000 1
1000000 1 1000000 1 1000000 1

Supondo que se quer levar de uma fonte elétrica um fio para alimentar um motor, e se pretende que o motor
trabalhe sempre com a mesma rotação e binário, tem-se de ter sempre
Impondo os valores a vermelho e indo aumentando a distância do motor da fonte, vê-se que para manter o
motor sempre com a corrente constante é necessário aumentar a tensão (f.e.m.) da fonte para compensar o
efeito da diminuição da tensão junto do motor e conseguir ter sempre a intensidade da corrente constante ou
seja se a tensão não aumentar, para compensar o aumento da resistência a intensidade irá diminuir, com o
aumento de comprimento de fio que implica um aumento da resistência óhmica no circuito que é o condutor
Conclusão

Lei de Ohm I=U/R

Resistividade eléctrica R= ρxL/S


Circuito eléctrico

Qualquer circuito eléctrico é constituído por gerador, receptor, condutores


eléctricos e geralmente por um aparelho de comando.
Geradores de corrente contínua:
Pilha, bateria de acumuladores ou dínamo.

Gerador de corrente alternada:


Alternador.

Receptores:
Lâmpada, campainha, motor, electrodomésticos.

Aparelhos de comando:
Interruptor, botão de pressão.

Condutores eléctricos:
Condutor de cobre com um isolamento exterior
Simbologia

Um circuito eléctrico é representado por um esquema eléctrico através de símbolos.


Alguns símbolos dos mais
importantes a saber para uso
geral
Multímetro

O multímetro é um aparelho de medida que permite medir a Intensidade da corrente


eléctrica, a Tensão ou diferença de potencial, a Resistência eléctrica, verificar a
continuidade eléctrica, etc.

Grandeza eléctrica Unidade


Intensidade da corrente Ampére (A)
eléctrica (I)
Tensão ou diferença de Volt (V)
potencial (U)
Resistência eléctrica (R) Ohm (Ω
Ω)
Utilização do Multímetro
As medições mais importantes ou primárias são, A corrente (Ampére “I”), a Diferença de
Potencial (Volt “V”), e a Resistência Eléctrica (Ohm “Ω”).
Para cada caso existe um procedimento específico de implementação do Multímetro no
circuito:
Resumo para ligação Multímetro como:
+ A _
O Amperímetro é ligado em série no circuito
+ _
+ V _

O Voltímetro é ligado em paralelo ou em


derivação aos terminais do recetor ou do
gerador
+ _

O Ohmímetro é ligado em série no circuito se R


For o circuito que se quer medir, em paralelo
o componente mas convém desligar a fonte aberta + _
Atenção Ohmímetro em série pode
interromper o funcionamento do circuito e
não recomendado com circuito em carga
R
Alternativa retira componente do
R circuito , será sempre a melhor
solução

+ _
Atenção circuito deverá estar aberto,
caso contrário poderá danificar-se .
O multímetro, se não estiver na escala
+ _ correcta num circuito em carga poderá
ser danificado
Conclusão - Multímetro

O Multímetro é um instrumento de medição, por definição é sensível e com o


tempo perde a sua precisão o que leva a ser necessário a ser certificado por
aferição.
Erro a evitar, para não danificar o Multímetro por uso indevido
1- Em modo amperímetro não medir a tensão da fonte (está-se a fazer
um curto circuito è fonte e o amperímetro não apresenta resistência
suficiente).
2- Não medir uma corrente fora de escala do Amperímetro.
3- Não medir com o amperímetro uma carga em paralelo, pois o
amperímetro poderá apresentar menor resistência que a carga.

O multímetro é um aparelho de Grandeza eléctrica Unidade

medida que permite medir a Intensidade da corrente eléctrica (I) Ampére (A)
Intensidade da corrente eléctrica, a Tensão ou diferença de potencial (U) Volt (V)
Tensão ou diferença de potencial, a Resistência eléctrica (R) Ohm (Ω
Ω)
Resistência eléctrica, verificar a
continuidade eléctrica, etc. NOTA: A VOLTAGEM é grandeza mais
perigosa que se mede, RESPEITAR a
voltagem máxima do multímetro!
Elementos resistivos

Os elementos resistivos são componentes importantes muito usados na electrónica.


A resistência é um componente físico que possui a propriedade denominada de
resistência eléctrica e que se destina a limitar a corrente em certas partes de um circuito
eléctrico. Este componente transforma a energia eléctrica consumida integralmente em
calor, para baixar a corrente.
Apesar das unidades fundamentais de corrente, tensão e resistência serem o Ampère
(A), Volt (V) e o Ohm (Ω), é frequente a utilização de múltiplos e submúltiplos destas
unidades. Os mais utilizados são:

No domínio da electrónica, onde se lida, normalmente,


com resistências muito altas e correntes muito baixas,
chegam a utilizar-se a correntes em mA e a resistência
em KΩ, da Lei de Ohm, resulta que a multiplicação da
corrente e da resistência obtém-se a tensão em Volt (V).
Ex: 1 KΩ x 10 mA = 10 V.

Para resistências de pequenas dimensões (mas não necessariamente pequeno valor


resistivo), seria praticamente impossível imprimir um valor numérico no seu invólucro
(ou caixa). Em vez disso, os fabricantes utilizam um código de cores, de tal modo que a
cada cor corresponde um número, tal como se indica na tabela seguinte:
Para as resistências de carbono (e também, felizmente, para outros componentes), as
bandas coloridas dispõem-se do modo indicado na Fig. : a primeira e segunda bandas (as
mais próximas de uma das extremidades) determinam o primeiro e segundo dígitos,
enquanto que a terceira determina a potência de 10 que aparece como factor
multiplicativo; a quarta banda tem a ver com a tolerância, e não aparecerá, como a
tabela indica, se a tolerância for superior a 20%.
http://195.84.101.101/~goranl/building/silent_computer/resistor.html
Tabelas de código de cores
http://195.84.101.101/~goranl/building/silent_computer/resistor.html
As várias tabelas de código de
cores possíveis de encontrar na net
http://hotwirefoamcutterinfo.com/__Resistor.html

Comparação de tabelas (com a anterior) e exemplo de aplicação


http://www.diyaudioandvideo.com/Electronics/Color/

A finalizar mais uma tabela


possível de encontrar na net
que é mais completa

O método de codificação de cores padrão para resistências usa uma cor diferente para representar cada número de 0 a 9 : preto, marrom,
vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, roxo, cinza, branco.
Numa resistência de 4 bandas, as primeiras duas bandas representam os algarismos significativos.
Em resistências de 5 e 6 bandas, as primeiras três bandas são os algarismos significativos. A próxima faixa representa o multiplicador ou
"década ".
Como no exemplo de 4 bandas acima, as duas primeiras bandas são o vermelho e o roxo, o que representa 2 e 7.
A terceira faixa é laranja, o que representa 3 significando 103 ou 1000.
Isto dá um valor de 27 * 1000 ou 27000 Ohms.
As bandas da década de ouro e prata são para dividir por uma potência de 10, permitindo obter valores abaixo de 10 Ohms.
As resistências de 5 e 6 bandas funcionam exactamente da mesma forma que a resistência de 4 bandas.
A banda após a década é a tolerância. Isto indica a precisão da resistência em relação a sua especificação.
A resistência de 4 bandas tem uma tolerância de ouro, ou 5%, o que significa que o verdadeiro valor da resistência pode ser 5% maior ou
menor do que 27000 Ohms, permitindo valores entre 25.650-28.350 Ohms.
A última banda de uma resistência de 6 banda é o coeficiente de temperatura da resistência, medido em ppm / C (ou x10-6/ºC), ou partes
por milhão por grau centígrado. Castanho (100 PPM / C) são as mais populares, que operam em condições de temperatura mais razoáveis.
Outros casos são especialmente concebidos para aplicações críticas de temperatura.
Trabalho prático com multímetro e resistências

Ir ao livro Laboratório de electricidade e electrónica e aplica tab e


fórmula de desvio percentual. Pág 17,
Fazer trab de Resistências e Corrente
Potência eléctrica

Em física, potência é a grandeza que determina a quantidade de energia concedida por


uma fonte a cada unidade de tempo. Em outros termos, potência é a rapidez com a
qual uma certa quantidade de energia é transformada ou é a rapidez com que o
trabalho é realizado.
Se falássemos de mecânica seria P = W/T ou seja o trabalho realizado por unidade de
tempo a potência eléctrica de um equipamento pode ser calculada através da tensão
aplicada e da corrente consumida: P = VxI
A unidade de potência eléctrica (P) é o watt (W)

•P – potência eléctrica (em watts –W)


•R – resistência eléctrica (em ohm –Ω)
•I – intensidade de corrente (em amperes – A)
•T – tempo de passagem de corrente ( em segundos – S)
•V – tensão voltaica (em volts-V)

Grandeza eléctrica Unidade Aparelho de medida


Potência eléctrica (P) Watt (W) Wattímetro
A Potência tem ainda outras 3 formas distintas a referir
1ª Resulta da combinação da Lei de Ohm
Pela lei de Ohm V= RxI e P= VxI então P=RxIxI ou seja P=RxI2
2ª Resulta duma recombinação da equação anterior P=RxI2
Seja P=RxI2 multiplicando R/R fica P=RxI2 x R/R fica P=RxRxI2/R
Que é o mesmo que dizer P=R2xI2/R da lei Ohm V=RxI fica então P=V2/R

Conclusão existem 3 equações para a Potência


1ª P = VxI
2ª P = RxI2
3ª P = V2/R
Energia Eléctrica

A energia eléctrica (W) consumida por um equipamento é definida como sendo o


produto da potência eléctrica pelo tempo. W = PxT
A unidade da energia eléctrica é o Watt-hora (Wh), onde é a Potência vem watt (W)
o tempo (t) é a hora (h)
•W – energia eléctrica (em watt hora –Wh)
•P – potência eléctrica (em watt –W)
•T – tempo de passagem de corrente ( usualmente em
horas – h “mas pode ser definida em segundo”)

Grandeza eléctrica Unidade Aparelho de medida


Energia eléctrica (W) Watt-hora (Wh) Contador de Energia

Ex: Uma lâmpada de 90W a funcionar por 37min. no tarifário simples (edp) KWh=0,1317€ quanto custa?
€= WxKWh substituindo valores €= 90 x (37/60) x 0,1317 = 7,30935 mas a potência tem de vir sempre em
KW, e o tempo em horas, €= (90/1000) x 37/60 x 0,1317= 0,00730935 € logo é assim que a edp vende
Energia, por isso se multiplica o KWh (preço cobrado) pelo que se consume, ou seja cosumo realizado
Lei de Joule (Energia Eléctrica)

A energia eléctrica que se transforma em calor num receptor ou num condutor


pode ser quantificada, recorrendo a uma expressão matemática que traduz a Lei de
Joule.
Lei de Joule – “A energia eléctrica que se transforma em energia calorífica num
receptor ou num condutor é proporcional à resistência eléctrica destes, ao quadrado
da intensidade da corrente que os percorre a ao tempo da passagem da corrente” .

Da equação anterior da energia eléctrica retira-se a lei de joule (sabendo que


P=RxI2) W = PxT aparece a lei de Joule
•Q – energia eléctrica transformada (em joules –J)
•R – resistência eléctrica (em ohm –Ω)
Q = RxI2xT •I – intensidade de corrente (em amperes – A)
•T – tempo de passagem de corrente ( em segundos – S)

A energia eléctrica transformada em energia calorífica no circuito eléctrico de um


receptor é directamente proporcional à resistência deste, ao quadrado da intensidade da
corrente que o percorre e ao tempo de passagem desta.
O Efeito de Joule ou Lei de Joule
Do estudo da resistividade (R= ρxL/S) ficou claro que que a secção do condutor e o seu
comprimento afectava a resistência do condutor, e consequentemente a amperagem
admissível pelo condutor
Um dos efeitos da corrente eléctrica é o efeito calorífico, ou seja, esta
provoca o aquecimento de todos os condutores e aparelhos que
percorre. Este fenómeno tem o nome de Efeito de Joule (e é menos
conhecido por Lei de Joule ).
Este fenómeno provoca o aumento da temperatura do condutor e em consequência a
sua resistência aumenta porque a colisão entre electrões e átomos aumenta dificultando
o livre trânsito do electrões.

Conclusão a temperatura do condutor afecta seriamente a Resistência eléctrica, dando


origem ao efeito de Joule
Conclusão

A energia eléctrica transformada em energia calorífica no circuito eléctrico de um


receptor é directamente proporcional à resistência deste, ao quadrado da intensidade
da corrente que o percorre e ao tempo de passagem desta.
Conclusão todas as formulas apresentadas até agora podem ser resumidas
Relacionar as grandezas: características de um gerador em vazio e em carga

Uma fonte de tensão ou gerador de tensão é qualquer dispositivo ou sistema que gere
uma força electromotriz (f.e.m.) entre seus terminais ou derive uma tensão secundária
de uma fonte primária de f.e.m.. Uma fonte de tensão primária pode fornecer/absorver
energia a um circuito, enquanto uma fonte de tensão secundária dissipa energia dum
circuito. Um ex. de fonte primária será uma bateria, um ex. de fonte secundária é um
regulador de tensão.

Considera-se que um gerador de tensão ideal aquele que gera uma tensão sempre
constante, independentemente da corrente por ele fornecida a um circuito. A impedância
interna (ou a resistência interna) do gerador tem de ser nula.

Num gerador de tensão real, há desvios das características ideais, uma vez que os
elementos que o formam apresentam diversos tipos de perdas, sendo a mais importante
a perda por efeito Joule.
Curva característica do gerador – É uma representação gráfica que relaciona a
intensidade de corrente eléctrica i no gerador com a diferença de potencial
(tensão) U em seus terminais.
Se i=0, ou seja, se o gerador estiver em circuito aberto, tem-se:
U= V-RxI como I=0 logo U=V (Tensão ou ddp é máx)

Se U=0, ou seja, se o gerador estiver em curto circuito, tem-se:


0= V-RxI fica que I=V/R onde é a corrente de curto circuito

Os pares de valores U=V e I=V/R determinam dois pontos no gráfico UxI, que unidos por
um segmento de reta (função do primeiro grau) fornece a curva característica de um
gerador.
A finalizar falta referir que o atinge a sua Potência máxima para metade da corrente de curto
circuito ou seja, para metade da corrente máxima que o gerador consegue debitar será a
potência máxima possível de alcançar pelo gerador

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