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Aula 1

Teoria Atômica básica

Características dos condutores, isolantes e semicondutores

estrutura do semicondutor intrínseco

surgimento do par ( lacuna-elétron livre)

processo de dopagem do semicondutor.


Livros Fontes
Modelo Atômico Clássico

Figura 1: Modelo Atômico Clássico


Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/7/79/%C3%81tomo.jpg?uselang=pt-br.- (adaptado)

O elétron possui carga elétrica negativa

O próton possui carga elétrica positiva

O nêutron não possui carga elétrica


Distribuição eletrônica e camada de valência
Os elétrons estão distribuídos em órbitas ao redor do núcleo do átomo. Os
elementos químicos podem ser classificados de acordo com a sua
distribuição eletrônica.
A última camada ou órbita é denominada camada de valência, e pode definir
algumas características dos elementos e materiais.
Alguns materiais possuem elétrons que podem mover-se facilmente, saindo
da camada de valência para uma camada mais externa, que é chamada de
camada ou banda de condução. Nesta camada o elétron é chamado elétron
livre, e pode deslocar-se entre os átomos do material e é
Distribuição eletrônica
À medida que o elétron se afasta do núcleo do átomo, maior será sua
energia. Ao deixar a camada de valência o elétron pode se tornar um
elétron livre. O elétron livre pode mover-se facilmente no material.

Figura 2: exemplo de distribuição das camadas eletrônicas Figura 3: representação da energia do elétron desde
o núcleo até as camadas mais externas
Condutores
São materiais cujos elétrons da camada de valência estão fracamente
ligados ao núcleo atômico. Assim, na temperatura ambiente, os condutores
já possuem grande quantidade de elétrons livres.

Sob a ação de uma pequena ddp (diferença e potencial), os elétrons livres


podem mover-se facilmente no interior do condutor.

São exemplo de condutores: cobre, prata, ouro, alumínio entre outros...

** quanto mais elétrons livres possuir o material, mais fácil será produzir
corrente elétrica no mesmo, e maior será a sua condutividade.
Isolantes

São materiais cujos elétrons da camada de valência estão fortemente ligados


ao átomo.

São materiais que possuem poucos elétrons livres.

Para deslocar elétrons da camada de valência para a banda de condução,


necessitamos de muita energia.

** são materiais que necessitam de muita energia para produzir corrente


elétrica
Semicondutores
São materiais que tem comportamento intermediário entre um condutor e
isolante.

São cristais tetravalentes, ou seja, possuem quatro elétrons na última camada,


e se combinam através de ligações covalentes. Os mais comuns são o silício e
o germânio

Os elétrons da camada de valência para passarem para a banda de condução,


necessitam de energia na forma de luz, calor, ou uma ddp.

Figura 4: distribuição eletrônica para o germânio e silício


Semicondutor puro ou intrínseco (Silício)
Os cristais semicondutores puros intrínsecos não contém átomos de outros materiais.
A zero grau absoluto (-2730C), não existem portadores de cargas

O cristal semicondutor intrínseco de silício possui 14 prótons e 14 elétrons. A camada


de valência, ou a última camada contém 4 elétrons. Ver figura 4.

Ao se combinar, os átomos de silício compartilham seus quatro elétrons de valência


com mais outros quatro, dois a dois, utilizando-se da ligação covalente. Assim cada
átomo fica com oito elétrons na última camada, tornando-se quimicamente estável.
Ver figuras 5, 6 e 7.

Figura 5: distribuição eletrônica Figura 6: exemplo da estrutura e ligações Figura 7: exemplo da estrutura e ligações
para e silício covalentes do silício covalentes do silício
Semicondutor puro ou intrínseco (Germânio)
Os cristais semicondutores puros intrínsecos não contém átomos de outros materiais.
A zero grau absoluto (-2730C), não existem portadores de cargas

O cristal semicondutor intrínseco de germânio possui 32 prótons e 32 elétrons. A


camada de valência, ou a última camada contém 4 elétrons. Ver figura 8.

Ao se combinar, os átomos de germânio compartilham seus quatro elétrons de


valência com mais outros quatro, dois a dois, utilizando-se da ligação covalente. Assim
cada átomo fica com oito elétrons na última camada, tornando-se quimicamente
estável. Ver figuras 8, 9 e 10.

Figura 8: distribuição eletrônica


para o germânio Figura 9: exemplo da estrutura e Figura 10: exemplo da estrutura e ligações
distribuição eletrônica do germânio covalentes do germânio
Par lacuna e elétron livre
Na temperatura ambiente, os átomos dos semicondutores podem vibrar fazendo com
que um elétron da camada de valência possa ser deslocado, sendo liberado e
passando para a banda de condução.

Ao sair da órbita de valência o elétron deixa um espaço vazio que é denominado


lacuna. A lacuna comporta-se eletricamente como uma carga positiva, pois pode atrair
outro elétron que esteja nas suas proximidades. Ver figuras 11, 12 e 13

Figura 11: estrutura sem a lacuna Figura 12: surgimento do par lacuna e Figura 13: exemplo do surgimento do par
elétron livre lacuna e elétron livre
Semicondutor extrínseco (dopagem)

Na temperatura ambiente pode ocorrer sempre o surgimento de pares elétron livre e


lacunas de forma natural. Mas para a corrente elétrica, o que nos interessa são os
elétrons livres e as lacunas.

Como fazer para termos mais elétrons livres ou lacunas nos semicondutores??

Surge então o processo de dopagem, que significa inserir impurezas na estrutura


cristalina do semicondutor puro.

Dessa forma alteramos a condutibilidade do semicondutor.

Um semicondutor dopado é denominado semicondutor extrínseco


Semicondutor extrínseco (dopagem)
Como aumentar o número de elétrons livres:

O primeiro passo é fundir o cristal, quebrando as ligações covalentes. Posteriormente


são inseridos átomos pentavalentes (cinco elétrons na última camada)

Como exemplo de átomos pentavalentes temos o antimônio e o fósforo. Como


somente quatro elétrons participam das ligações, o quinto elétron se tornará um
elétron livre

Figura 14: dopagem com impureza pentavalente.


Figura 14: dopagem com impureza
Antomônio (Sb). Representação das ligações
pentavalente. Antomônio (Sb)
covalentes
Semicondutor extrínseco (dopagem)
Como aumentar o número de lacunas:

O primeiro passo é fundir o cristal, quebrando as ligações covalentes. Posteriormente


são inseridos átomos trivalentes (três elétrons na última camada)

Como exemplo de átomos trivalentes temos o alumínio, boro e gálio. Como as ligações
são para quatro elétrons e a impureza só tem três elétrons na banda de valência, um
dos elétrons ficará sem seu par. Neste caso a falta do elétron será a lacuna.

Figura 14: dopagem com impureza trivalente. Boro (B).


Figura 14: dopagem com impureza
Representação das ligações covalentes
trivalente. Boro (B)

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