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Introdução
Definimos átomo como sendo a menor partícula que compõe a molécula, e este
pôr sua vez também é composto de outras partículas que são elétrons, prótons
e nêutrons. Os prótons e nêutrons constituem o núcleo, tendo os primeiros
carga positiva e os nêutrons não possuindo carga alguma.
Os elétrons possuem carga elétrica negativa, e giram ao redor do núcleo do
átomo em órbitas concêntricas, como na figura abaixo, que podemos notar a
presença de 7 órbitas na ordem: K, L, M, M, O, P, Q, que também são
chamadas de camadas. Cada camada possui uma distância bem determinada
em relação ao núcleo e um nível próprio de energia. Em função disto, cada
camada aceita um número máximo de elétrons:
CAMADA Nº DE ELETRONS
K 2
L 8
M 18
N 32
O 32
P 18
Q 8
1
A última camada (também denominada camada de valência) apresenta quando
completa um total de 8 elétrons, que recebem a denominação de elétrons de
valência. Os elétrons de valência são os únicos em condição de participarem
de fenômenos químicos, ou mesmo elétricos, pois eles estão mais afastados
do núcleo, sofrendo uma menor atração deste, ou seja, possui um maior nível
energético (grau de liberdade). Os únicos elementos existentes na natureza
que apresentam a ultima camada completa são os gases nobres.
A camada de valência permite que o átomo altere as suas características
elétricas por meio da ionização: perdendo elétrons, o átomo torna-se um íon
positivo ou cátion; ganhando elétrons, o átomo torna-se um íon negativo ou
ânion.
Quanto às camadas inferiores, uma vez completas, não cedem nem recebem
elétrons ou pelo menos, necessita de uma quantidade de energia muito grande
para romper esta estabilidade, pois estão fortemente atraídas pelo núcleo.
O átomo tende a se unir com átomos do mesmo ou de outros elementos,
visando a estabilidade (8 elétrons na camada de valência) e formando as
moléculas dos diversos materiais existentes na natureza. Essa união pode
ocorrer por meio de ligações eletrovalentes que são doações definitivas de
elétrons de um átomo para outro, ou ligações covalentes que são
compartilhamento de elétrons por mais de um átomo.
OBSERVAÇÃO:
O átomo está eletricamente neutro quando o número de elétrons presentes em
suas órbitas é igual ao número de prótons presentes em seu núcleo.
Um elétron pode girar em torno de dois núcleos quando encontra os átomos
simetricamente dispostos.
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Compare os materiais classificados quanto ao nível energético:
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conseguinte, o movimento dos mesmos. Exemplos de materiais condutores
são: ouro, prata, cobre, platina, dentre outros.
Já os materiais isolantes são compostos por átomos com muitos elétrons na
órbita de valência. Os elétrons nos materiais isolantes acham-se fortemente
presos em suas ligações, e mesmo quando esses materiais são aquecidos, os
elétrons se desprendem em quantidade muito pequena, não ocorrendo, dessa
maneira, uma grande circulação de elétrons. Exemplos de materiais isolantes
são: borracha, mica, porcelana, etc.
Além dos materiais condutores e isolantes, existe outro tipo de material que
não pode ser incluso em nenhuma das duas categorias, pois apresenta
comportamento de um péssimo condutor e também um péssimo isolante, são
os chamados semicondutores.
2. Semicondutores
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Os átomos de silício se distribuem no sólido formando
uma estrutura cúbica, onde os átomos ocupam os
vértices do cubo. Esta estrutura cúbica é normalmente
chamada cristal. É por isso que nós dizemos que o
sólido de silício é um cristal de silício.
Nos semicondutores, se um elétron da camada de
valência receber energia externa, como luz e calor, e
esta for maior que a força de atração exercida pelo
núcleo, o elétron pode subir para uma órbita acima da camada de valência,
chamada de banda de condução. Uma vez na banda de condução, o elétron
está livre para se deslocar pelo cristal, sendo o mesmo chamado de elétron
livre. Ao ir para a banda de condução, o elétron deixa um vazio que chamamos
de lacuna. Este fenômeno é chamado de quebra de ligação covalente. Esta
quebra produz um par elétron-lacuna. Do mesmo modo, um elétron livre
vagando pelo cristal pode passar perto de uma lacuna e ser atraído pela
mesma, neste caso houve uma recombinação.
Quanto ao movimento dos elétrons e lacunas, haverá sempre a possibilidade
de ambos se recombinarem eliminando dessa maneira dois portadores móveis,
um elétron e uma lacuna. Desta forma, nem as lacunas e nem os elétrons
conservar-se-ão livres indefinidamente.
As propriedades elétricas dos semicondutores são afetadas por variação de
temperatura, exposição à luz e acréscimos de impurezas. A temperatura
exerce influência direta sobre o comportamento dos materiais semicondutores
no que diz respeito à condutibilidade elétrica. À medida que a temperatura do
semicondutor aumenta, sua resistividade diminui ao contrário da resistividade
de um condutor normal que obedece a 2ª Lei de Ohm (R=ρ·L/A).
O silício é um isolante perfeito a uma temperatura de -273ºC, porque a esta
temperatura não existe nenhum elétron livre. À medida que a temperatura vai
aumentando, vai ocorrendo a quebra de ligações covalentes, assim como
recombinações. À temperatura ambiente de 25ºC, um cristal de silício puro
possui uma quantidade de pares elétron-lacuna mais ou menos estável, devido
as constantes quebras de ligações covalentes produzidas termicamente, assim
como recombinações.
Se submetermos um cristal de silício puro a uma DDP, observamos que
existem dois trajetos para os elétrons se movimentarem dentro do cristal, ou
seja, teremos duas correntes elétricas, uma de elétrons livres e a outra de
elétrons de valência. Os elétrons livres irão se deslocar de um lado para outro
do cristal através da banda de condução, os elétrons de valência se deslocarão
de um lado para outro do cristal através das lacunas, pulando de uma para a
outra.
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O elétron livre mostrado dentro do cristal será atraído pelo terminal positivo da
fonte, se deslocando dentro do cristal pela banda de condução, como indica a
seta. Esta corrente de elétrons livres é de mesma natureza que a corrente que
se estabelece nos materiais condutores. Observe agora a lacuna mostrada na
figura acima. O elétron do ponto 1 pode ser atraído pela lacuna, se isso
ocorrer, a lacuna na extremidade deixará de existir e onde estava o elétron no
ponto 1, agora terá uma lacuna. A lacuna no ponto 1 agora pode atrair o elétron
do ponto 2, onde passará a estar a lacuna. Se continuarmos este raciocínio,
como mostram as setas, veremos que os elétrons estão se deslocando em
direção ao terminal positivo e a lacuna em direção ao terminal negativo. Ao
saírem pela extremidade do cristal, tanto elétron livre como elétron de valência,
se tornam elétrons livres, seguem em direção ao terminal positivo da fonte.
O movimento de elétrons de valência dentro do cristal pode ser visto como o
movimento de lacunas em sentido contrário.
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⇒ Semicondutor Tipo N
É um semicondutor que recebeu átomos pentavalentes, ou seja, átomos que
possuem cinco elétrons na camada de valência. Como exemplos de
substâncias pentavalentes podemos citar o arsênio, antimônio e fósforo.
Se em uma pequena barra de Ge ou Si, elementos tetravalentes, adicionarmos
uma pequena quantidade de um elemento pentavalente (impureza), seus
átomos irão se associar com os átomos de germânio ou silício, fazendo com
que um dos elétrons da camada de valência, suba para a banda de condução,
porque ele só precisa de 4 elétrons na camada de valência para estabelecer a
ligação covalente.
Para cada átomo de impureza introduzido no cristal, aparecerá um elétron livre.
OBSERVAÇÕES:
Embora cada átomo pentavalente introduzido no cristal tenha um elétron que
foi empurrado para banda de condução, este elétron continua a pertencer ao
átomo, ou seja, eletricamente falando, o átomo continua neutro.
Os elementos que através do processo da dopagem fornecerem elétrons
excedentes ao Si ou Ge, serão denominados de doadores.
⇒ Semicondutor Tipo P
Um semicondutor tipo P é obtido através da injeção de átomos trivalentes no
cristal puro. Como exemplos de impurezas trivalentes podemos citar o
alumínio, boro e gálio.
Como um átomo trivalente possui três elétrons na camada de valência, uma
lacuna será criada quando o mesmo for se associar com os átomos vizinhos
através da ligação covalente.
Para cada átomo de impureza, aparecerá uma lacuna.
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Um cristal dopado com átomos trivalentes é um semicondutor tipo P. Ele possui
uma grande quantidade de lacunas e alguns elétrons livres produzidos
termicamente, devido à quebra de ligações covalentes. Neste caso, as lacunas
são os portadores majoritários e os elétrons livres são os portadores
minoritários.
Da mesma forma que os elétrons livres no semicondutor tipo N aumenta a
condutividade do cristal, o aumento do número de lacunas no semicondutor
tipo P também aumenta a condutividade do cristal. A diferença é que no
semicondutor tipo N, a condutividade aumenta na banda de condução e no tipo
P, a condutividade aumenta na camada de valência.
OBSERVAÇÃO:
Eletricamente falando, cada átomo de impureza no semicondutor tipo P, não
ganhou nem perdeu elétrons, portanto continua eletricamente neutro.
Os elementos que através do processo da dopagem derem origem à formação
de lacunas, serão denominados de receptores.
⇒ Junção PN
As junções PN, como foi dito anteriormente, são a união de um semicondutor
tipo P com um tipo N, de modo que a interseção entre eles forme uma junção
de mudança gradativa de característica de condução. Componentes que usam
este tipo de junção são os diodos.
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uma alta concentração de elétrons de um lado e de lacunas do outro. Os
elétrons livres são representados juntos a íons positivos, indicando a situação
de doador de elétrons. Ocorre o mesmo com a lacuna que está representada
junto com um átomo aceitador de elétrons. Sabendo que as partículas (elétrons
e lacunas) estão em constante movimento randômico (sem direção
determinada), movimento este causado pela energia térmica fornecida pela
temperatura ambiente, torná-se, portanto razoavelmente lógico que, estando as
lacunas submetidas a um movimento randômico e havendo um número maior
de lacunas no lado esquerdo, mais lacunas deverão atravessar a superfície do
lado esquerdo para o direito (e inversamente para os elétrons), trata-se,
portanto de um processo de difusão de lacunas, do lado de maior concentração
para o de menor concentração. Do mesmo modo, existe o fenômeno da difusão
de elétrons de uma região de alta concentração para uma região de baixa
concentração. Isso levará a uma recombinação que formará íons positivos e
negativos. Esta recombinação irá ocorrer com todos os elétrons e lacunas que
estiverem próximos da junção. As colunas de íons que se formaram próximas à
junção, devido à recombinação de elétrons e lacunas, é chamada de camada
de depleção. Existe entre as duas colunas de íons uma DDP, que é chamada
de barreira de potencial. Esta DDP nos diodos de germânio é de 0,3V e nos de
silício é de 0,7V.
OBSERVAÇÃO:
Não confunda íon com elétron livre ou lacuna. Um íon é um átomo que adquiriu
carga elétrica, ou seja, ganhou ou perdeu elétrons. O íon negativo é
representado por um sinal de menos com um círculo em volta e o íon positivo,
por um sinal de mais com um círculo em volta.
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que permitirá que os elétrons livres da região N atravessem a mesma e entrem
na região P. Uma vez dentro da região P, os elétrons livres descem da banda
de condução para a camada de valência e atravessam a região P como
elétrons de valência, pulando de lacuna em lacuna, até saírem pelo terminal do
anodo, quando seguem para o terminal positivo da fonte, entram na fonte,
saem pelo terminal negativo, entram na região N pelo terminal do catodo,
atravessam a região N como elétrons livres, cruzam a junção e assim
sucessivamente. O que nós acabamos de descrever é na verdade um fluxo de
elétron, ou uma corrente elétrica.
Em outras palavras, para se conseguir um movimento dos portadores de carga
na junção é necessário anular a oposição da barreira de potencial interna e
impulsionar as cargas para que estas atravessem a junção.
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OBSERVAÇÃO:
Um dos motivos do uso em grande escala do silício na confecção de
componentes eletrônicos, é que a corrente reversa nos componentes
fabricados com silício é menor do que nos fabricados com germânio, pois o
silício é menos sensível à temperatura.
3. Diodos
V
A característica Volt-Ampére do diodo ideal é altamente não-linear; ela consiste
em 2 segmentos de linha reta formando 90º um em relação ao outro. Uma
curva não-linear que consiste em segmentos de linha reta é dita linear por
partes. Se um dispositivo, tendo uma característica linear por partes, for usado
em uma aplicação particular de modo que sinal em seus terminais não
ultrapasse os limites de apenas um dos segmentos lineares, então o dispositivo
poderá ser considerado como um elemento linear de circuito, enquanto durar
tal situação.
Comparando esta curva com a característica Volt-Ampére de uma junção PN,
chegamos à conclusão que é possível implementar fisicamente um diodo, ou
seja, uma chave acionada por tensão.
Para analisar o diodo como elemento de circuito, podemos fazer uma
simplificação, substituindo-o por um modelo equivalente linear. Isto
corresponde a linearizar a característica do diodo físico por partes.
I I
V 11
V Vj
Conforme este modelo o diodo se comporta como uma resistência altíssima Rr
(resistência reversa) quando polarizado reversamente, ou seja, com uma
tensão menor que, aproximadamente o valor Vj. Quando polarizado
diretamente o diodo se comporta como uma resistência bem baixa Rb
(resistência direta) em serie com uma fonte de tensão Vj.
Uma simplificação deste modelo, mais
utilizada, é a que considera o diodo como I
um circuito aberto para tensões inferiores
a Vj (Rr tendendo a infinita). Para tensões
menores que Vj, que é chamada tensão de
limiar, o diodo não conduz. Para tensões V
maiores que Vj, o diodo conduz e, em seus
Vo
terminais, medimos a tensão Vj somada à
queda de tensão na resistência direta Rb. A idéia da tensão de limiar Vj tem
muito a ver com o potencial da barreira Vo, embora estes valores não
coincidam necessariamente.
A tensão Vj corresponde ao joelho da característica linearizada.
A tensão Vo é o valor de tensão aplicada acima do qual o campo elétrico da
junção se anula e o diodo passa a se comportar aproximadamente como uma
resistência equivalente série dos contatos ôhmicos dos terminais e do cristal
semicondutor. A partir deste valor, a característica do diodo tende para uma
reta.
Barreira de Potencial
Vo
V- Vo
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Resistência direta: Vf = 0
If
Resistência inversa: Vr = ∞
Ir
Circuitos equivalentes:
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Como o diodo se comporta como uma chave fechada, é necessária a presença
de um resistor em série com o mesmo para limitar a corrente, caso contrário à
fonte entra em curto.
Ao se aplicar a polarização direta, o diodo não
conduz intensamente até que se ultrapasse a
barreira de potencial. À medida que a bateria se
aproxima do potencial da barreira, os elétrons
livres e as lacunas começam a atravessar a
junção em grandes quantidades. A tensão para
a qual a corrente começa a aumentar
rapidamente é chamada de tensão de joelho (no
SI é aprox. 0,7V).
Um diodo está polarizado reversamente quando o terminal positivo da fonte
estiver mais próximo do catodo e o terminal negativo mais próximo do anodo.
Quando isso ocorre, o terminal positivo da fonte irá atrair os elétrons livres da
região N e o terminal negativo irá atrair as lacunas da região P. Isto provocará
a expansão da camada de depleção, dificultando ainda mais a difusão de
elétrons livres através da junção, ou seja, o diodo se comportará como uma
chave aberta, bloqueando a passagem da corrente elétrica. Como o diodo se
comporta como uma chave aberta, não tem corrente circulando no circuito.
OBSERVAÇÕES:
Na prática circulará pelo diodo uma pequena corrente reversa, devido aos
portadores minoritários produzidos termicamente. A intensidade desta corrente
reversa depende da temperatura e não da tensão aplicada.
Existe uma outra componente que contribui para a corrente reversa, que é a
corrente de fuga superficial. devido as impurezas localizadas na superfície do
cristal, um trajeto ôhmico pode ser criado, viabilizando a circulação desta
corrente reversa pela superfície do mesmo. Esta componente depende da
tensão reversa aplicada ao diodo.
Resumindo, duas componentes contribuem para a corrente reversa, a dos
portadores minoritários, que depende da temperatura e a corrente de fuga
superficial, que depende da tensão reversa aplicada aos terminais do diodo.
Entretanto na maioria dos casos essa corrente é desprezada.
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ruptura, o mesmo conduz intensamente, danificando-se por excesso de
dissipação de calor.
O motivo desta condução destrutiva na ruptura é um efeito conhecido como
avalanche. Quando o diodo está polarizado reversamente, circula pelo mesmo
uma pequena corrente reversa causada pelos portadores minoritários. Um
aumento na tensão reversa pode acelerar estes portadores minoritários,
causando choque destes com os átomos do cristal. Estes choques podem
desalojar elétrons de valência, enviando-os para a banda de condução,
somando-se aos portadores minoritários, aumentando ainda mais o número de
elétrons livres e conseqüentemente de choques. O processo continua até
ocorrer uma avalanche de elétrons (alta corrente elétrica), que causará a
destruição do diodo.
A curva característica de um diodo é um gráfico que relaciona cada valor da
tensão aplicada com a respectiva corrente elétrica que atravessa o diodo. O
gráfico completo é representado abaixo:
⇒ EXERCÍCIOS:
1) Dado os circuitos abaixo, calcule tensão em cada diodo e em cada resistor e
a corrente em cada ramo?
a)
b)
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Uma aplicação fundamental do diodo, que faz uso intenso da curva não-linear
Volt-Ampére, é o circuito retificador que consiste em um diodo e um resistor
conectados em série.
Suponha uma tensão de entrada senoidal V1 e
um diodo ideal. Durante os semiciclos positivos da
entrada senoidal, a tensão positiva V1 faz com
que a corrente circule pelo diodo no sentido direto.
Segue que a tensão no diodo VD será muito
pequena (idealmente zero), resultando que
a tensão na saída Vo permaneça igual a
tensão na entrada (Vo = V1). Entretanto
durante os semiciclos negativos de V1, o
diodo não conduzirá (Vp = 0), produzindo
um circuito que retifica o sinal (retificador).
O sinal na saída terá a seguinte curva:
Esse circuito pode ser usado para gerar corrente contínua a partir da corrente
alternada.
Os circuitos que utilizam dispositivos semicondutores necessitam ser
alimentados com tensões contínuas para a devida polarização. Para podermos
aproveitar a rede elétrica, por se tratar de tensão alternada, necessitamos
convertê-la em tensão contínua.
Os artifícios utilizados na eletrônica para transformar a corrente alternada em
corrente contínua são denominados de retificadores, que são circuitos com
diodos. Os circuitos retificadores juntamente com os filtros possibilitam obter
nas saídas, tensões com características de contínua pura. Isso pode se dar de
diversas maneiras. Seja através de retificadores de meia onda ou de onda
completa. Esquematizando em blocos, um circuito retificador com filtro:
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⇒ Transformador
As fontes de tensões utilizadas em sistemas eletrônicos em geral são menores
que 30 Vcc enquanto a tensão de entrada de energia elétrica costuma ser de
127 VRMS ou 220VRMS. Logo é preciso um componente para abaixar o valor
desta tensão alternada. O componente utilizado é o transformador. Sua
principal função é aumentar ou abaixar uma tensão aplicada em seu
enrolamento primário.
O transformador é basicamente constituído por 2 bobinas, chamadas de
enrolamentos. A energia passa de uma bobina para outra através do fluxo
magnético baseado num fenômeno conhecido como indução eletromagnética.
Quando movimentamos um condutor
dentro de um campo magnético,
aparece em seus extremos uma DDP,
que é chamada de tensão induzida. O
mesmo irá acontecer se o condutor se
mantiver em repouso e movimentarmos
o campo magnético. É necessário,
portanto, que haja um movimento
relativo entre o campo magnético e
o condutor, para que apareça nos
extremos do mesmo uma tensão
induzida.
Sabe-se que, quando a corrente
elétrica passa por um condutor se
estabelece em torno do mesmo um
campo magnético, cuja intensidade
depende da quantidade de elétrons que estejam passando por segundo no
condutor (intensidade de corrente elétrica).
Se a intensidade da corrente que percorre o condutor varia, a intensidade do
campo também varia. Como o condutor está submetido ao campo, aparecerá
em seus terminais uma tensão induzida. Este é o princípio de funcionamento
do transformador. Uma tensão alternada é aplicada ao enrolamento primário, o
que fará circular pelo mesmo, uma corrente alternada. A corrente alternada que
circula pelo enrolamento primário dará origem a um campo magnético variável,
que se estabelecerá no núcleo do transformador. Como o enrolamento
secundário está enrolado em torno do núcleo, uma tensão induzida aparecerá
em seus extremos, devido ao campo magnético variável ao qual está
submetido. Observe que não existe contato elétrico entre os enrolamentos
primário e secundário, a ligação entre os dois enrolamentos é apenas
magnética.
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OBSERVAÇÕES:
A principal razão que faz o transformador ser elevador ou abaixador de tensão,
é a relação existente entre o número de espiras nos enrolamentos primário e
secundário. Se o número de espiras do enrolamento secundário for maior que
o número de espiras do enrolamento primário, o transformador será elevador
de tensão, se for menor será abaixador de tensão.
Se for aplicada uma tensão contínua no enrolamento primário, não aparecerá
tensão alguma no secundário do transformador. Isso acontece porque uma
fonte de tensão contínua produzirá uma corrente constante no enrolamento
primário, que por sua vez produzirá um campo magnético constante no núcleo.
Isso significa que não haverá movimento relativo entre o campo e o condutor,
não havendo, então, tensão induzida.
O transformador não altera a forma da onda nem a freqüência da tensão
aplicada no enrolamento primário. O transformador altera apenas o nível de
tensão, elevando ou abaixando a tensão aplicada no enrolamento primário.
⇒ Filtro
A tensão de saída de um retificador sobre um resistor de carga é pulsante.
Durante um ciclo completo na saída, a tensão no resistor aumenta a partir de 0
até um valor de pico e depois diminui de volta a zero. No entanto a tensão de
uma bateria deve ser estável. Para obter esse tipo de tensão retificada na
carga, torna-se necessário o uso de filtro. O tipo mais comum de filtro para
circuitos retificadores é o filtro com capacitor. O capacitor é colocado em
paralelo ao resistor de carga.
Para o entendimento do funcionamento do filtro, suponha o diodo ideal e que,
antes de ligar o circuito, o capacitor esteja descarregado, logo a tensão de
carga é zero. Ao ligar, durante o primeiro quarto de ciclo da tensão no
secundário, o diodo está diretamente polarizado. Como idealmente o diodo se
comporta como uma chave fechada e ele conecta o enrolamento secundário
diretamente ao capacitor, ele carrega até o valor da tensão de pico Vp.
Logo após o pico positivo, o diodo pára de conduzir (chave aberta), pois ao
capacitor atingir Vp, a tensão no secundário será ligeiramente menor que Vp,
determinando a polarização reversa no diodo. Com o diodo “aberto”, o
capacitor descarrega por meio da resistência de carga. Quando a tensão da
fonte atingir novamente seu valor de pico, o diodo conduzirá brevemente e
recarregará o capacitor até o valor da tensão de pico.
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com a tensão de saída seja nula. No diodo, temos a tensão (VD), que durante a
sua condução é praticamente nula e na sua não condução é igual à da entrada,
ou seja, negativa.
Vmax
A tensão contínua de saída terá um valor DC igual a: VDC = .
π
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Para aumentar o nível de tensão contínua na saída, colocamos um filtro
capacitivo. A atuação do capacitor consiste em se carregar com a tensão de
entrada durante o intervalo do semiciclo positivo, até esta atingir Vmáx. A partir
daí, como o potencial do capacitor é maior que o da entrada, o diodo corta e o
capacitor inicia um processo de descarga através da carga, até que um novo
semiciclo positivo faça com que a tensão no anodo do diodo seja maior,
reiniciando o processo de carga. A tensão de saída do retificador de meia onda
com a atuação do filtro.
Notamos que o filtro faz com que se eleve DC da tensão de saída, que,
dependendo do valor do capacitor e da carga pode ser maior ou menor. A
ondulação remanescente é denominada tensão de ripple, cujo valor pode
avaliar a eficácia do circuito, na conversão da tensão alternada em contínua,
para uma carga específica.
D1
D2
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estará cortado. Por D1 circulará uma corrente que passando pela carga, faz
com que apareça na saída, o próprio semiciclo positivo de VE1.
Durante o semiciclo positivo de VE2 e o negativo de VE1, o diodo D2 estará
conduzindo e o diodo D1 estará cortado. Por D2 circulará uma corrente que,
passando pela carga faz com que apareça na saída, o próprio semiciclo
positivo de VE2.
Podemos esboçar as formas de onda do circuito retificador de onda completa
com tomada central.
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surgindo na saída uma tensão igualmente positiva e os diodos D3 e D1 ficam
reversamente polarizado.
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Os diodos, na sua condução, apresentam uma tensão praticamente nula entre
seus terminais e, na não condução uma tensão -Vmáx, pois, quando estiverem
cortados, estarão em paralelo com o secundário do transformador.
Nos retificadores de onda completa, como em todos os semiciclos da tensão de
entrada, temos uma tensão de saída, o nível DC será o dobro em relação ao de
meia onda, e será dado por:
2.Vmax
VDC =
π
Para aumentarmos esse nível, que dependendo das circunstâncias poderá
tornar-se próximo a Vmáx, colocaremos um filtro capacitivo.
• Retificador de Onda Completa com Tomada Central e filtro
O capacitor de filtro, irá se carregar com a tensão de entrada até atingir Vmáx.
A partir daí, como seu potencial é maior que o da entrada, iniciará um processo
de descarga, através da carga, até que um novo semiciclo reinicie um processo
de carga. A tensão de saída dos retificadores de onda completa, com a
atuação do filtro é:
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Comentários:
• Escolha do transformador
Para obtermos 12 VDC, vamos utilizar um transformador de 110V/ 9 + 9V - 1A
(ou 220V/9+9V-1A), pois o valor DC de saída em uma retificação de onda
completa com boa filtragem é, praticamente, igual a Vmáx:
1 N 4001 50 V 1A
1 N 4002 100 V 1A
1 N 4003 200 V 1A
1 N 4004 400 V 1A
1 N 4005 600 V 1A
1 N 4006 800 V 1A
1 N 4007 1000 V 1A
BY 127 1200 V 1A
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Sendo R a Carga
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Retificador de Onda Completa Com Center Tape – Circuito e Fórmulas
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Retificador de Onda Completa Com Ponte – Circuito e Fórmulas
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⇒ Diodo Zener, Reguladores de Tensão e Fonte
O diodo zener tem a finalidade de manter constante a tensão numa carga. Ele
é especialmente fabricado para trabalhar em polarização reversa, pois, nestas
circunstâncias apresenta uma característica de tensão constante para uma
faixa de corrente. Como vimos; esta propriedade é denominada Efeito Zener
que ocorre pelo fato do diodo estar trabalhando em situação de avalanche,
porém, neste caso, controlada. Sua principal vantagem é manter a tensão nos
seus terminais aproximadamente constante.
O diodo zener é equivalente a uma fonte de tensão CC, quando operando na
região de ruptura, isto é, podemos considerá-lo como uma fonte CC com uma
pequena resistência interna.
A figura abaixo mostra a curva característica de um diodo zener (gráfico I -V),
onde na região de polarização direta, começa a conduzir por volta de 0,7V,
como se fosse um diodo comum.
Nota-se que trabalhando na região reversa, com corrente maior que IZ min até
o limite IZ máx, a tensão sobre o diodo VZ irá permanecer praticamente
constante. Esta característica tem aplicação em estabilização de tensão, onde,
para qualquer variação da tensão de entrada, a tensão de saída permanece
constante, mesmo que haja variação na carga.
O símbolo do diodo Zener e indicações do sentido de tensão e corrente de
trabalho são representados abaixo:
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podemos notar com os parâmetros Pz máx e VZ, conseguimos determinar o
valor de Iz máx, porém para determinarmos Iz min, se faz necessário a
utilização da característica dada pelo fabricante.
Para fins de projetos, na prática utiliza-se:
IZmax
IZmin =
10
Que representa a aproximação do parâmetro real, extraído da característica.
Para exemplificar, vamos calcular os parâmetros para um Zener com VZ = 6,2V
e Pz máx = 400mw.
1 - Cálculo de Iz máx:
Pzmax 400x10 −3
IZmax = = = 64 ,5mA
Vz 6,2
2 - Cálculo de Iz min:
Izmax 64 ,5x10−3
Izmin = = = 6,45mA
10 10
• Estabilização
Toda fonte de tensão apresenta variações na tensão de saída, em função do
consumo de corrente imposto pela carga e das mudanças da tensão de
entrada. Para solucionar este problema utiliza-se a fonte de tensão
estabilizada, que dentro de uma faixa de corrente possui características típicas
de um gerador ideal, ou seja, mantém a tensão constante. Além disso, se a
tensão de entrada variar dentro de limites estabelecidos no projeto, a tensão de
saída da mesma forma não se alterará.
Podemos obter uma fonte estabilizada a partir de um circuito retificador,
utilizando na saída um estágio regulador de tensão com diodo Zener. Este
circuito é representado abaixo:
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• Referência
É freqüentemente necessário que se tenha uma tensão fixada de referência em
um circuito para fins de polarização e comparação. Isto pode ser obtido
usando-se um diodo Zener.
A variação na fonte DC de tensão devido a qualquer razão foi incluída como
um pequeno sinal senoidal. Como vi é sempre maior do que 10 V, o diodo
Zener estará sempre no estado "ligado", sendo esta uma condição definida
pela subida vertical da curva.
Nossas análises aqui empregarão apenas o circuito equivalente reduzido da
figura abaixo. A tensão de saída de vi, entretanto, permanecerá fixada no
potencial Zener de 10 V, nosso potencial de referência.
Portanto, a tensão que aparece nos terminais do resistor de 5kΩ é a diferença
entre as duas, como definido pela lei de tensão de Kirchoff:
vR = vi - vo vR = (12+1senωt) – 10 vR = 2 + 1senωt
30
Dois diodos Zener, em posições contrárias, podem ser usados como regulador
AC conforme mostrado na figura abaixo.
Em relação ao sinal senoidal vi, o circuito fica como na figura (b), no instante
em que vi = 10 V. A região de operação de cada diodo está indicada na figura
(b).
Note que a impedância associada a Z1 é muito pequena, ou essencialmente um
curto, pois está em série com 5kΩ, enquanto que a impedância Z2 é muito
grande, correspondendo à representação de circuito aberto.
Como Z2 é um circuito aberto, V0 = V1 = 10 V. Esta situação permanecerá até
que Vi seja levemente maior do que 20 V. Então Z2 entrará na região de baixa
resistência (região Zener), Z1, para todos os fins práticas, será um curto-circuito
31
e Z2 será substituído por Vz = 20 V. A forma de onda resultante está indicada
na mesma figura.
Note que a forma de onda não é puramente senoidal, mas o seu valor rms
(efetivo) está mais próximo dos 20 V de pico, da forma de onda senoidal,
desejados, do que a entrada senoidal cujo valor de pico é 22 V (o valor rms de
uma onda quadrada é o seu valor de pico, enquanto que o valor rms de uma
função senoidal é 0,707 vezes seu valor de pico).
zero circuito da figura acima (a) pode ser estendido a um simples gerador de
onda quadrada, devido a sua ação ceifadora, se o sinal vi for aumentado para
talvez 50 V de pico com diodos Zener de 10 V. A forma de onda resultante está
indicada na figura abaixo.
• Segurança Intrínseca
Na figura abaixo temos um circuito usado para Limitação de Energia onde
utilizamos limitadores resistivos (Barreira Zener) ou dispositivos eletrônicos de
corrente (semicondutores) e o seu equivalente de Thevenin com o gráfico de
transferência de potência.
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DIODO ZENER SÉRIE 1N
1N4733 5,1 V 1W 10
1N4740 10,0V 1W 10
1N4742A 12,0V 1W 5
⇒ DIAC
Os diacs são diodos de disparo bidirecional, composto por três camadas (PNP)
com a simples função de disparar tiristores.
Sua construção assemelha-se a de um transistor bipolar, porém difere na
dopagem do cristal N.
Seu funcionamento é simples: Para passar do estado de bloqueio para o
estado de condução, é preciso ultrapassar a tensão de ruptura (VR), rompendo
assim, a junção polarizada inversamente, podendo a corrente fluir em ambos
sentidos. Para voltar ao estado de bloqueio, basta remover a tensão por alguns
instantes.
Os diacs servem para controlar o disparo de triacs quando uma tensão de
referência chegar a certo valor.
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4. Circuitos Estabilizadores de Tensão
Para que ocorra o efeito regulador de tensão é necessário que o diodo zener
opere dentro da região de ruptura, respeitando-se as especificações da
corrente máxima. Considere o circuito abaixo:
A corrente que circula por RS que é a própria corrente que circula pelo diodo
zener é dada pela fórmula:
IRS = (VE - VZ) / RS
Para entender como funciona a regulação de tensão, suponha que a tensão VE
varie para 9V e 12V respectivamente.
Devemos então obter o ponto de saturação (interseção vertical), fazendo com
que VZ = 0.
a) obtenção de q1 (VZ = 0), temos: I = 9/500 = 18mA
b) obtenção de q2 (VZ = 0), temos: I = 12/500 = 24mA
Para obter o ponto de ruptura (interseção horizontal), fazemos IZ = 0.
a) obtenção de q1 (IZ = 0), temos: VZ = 9V
b) obtenção de q2 (IZ = 0), temos: VZ = 12V
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5. Componentes Optoeletrônicos
Os semicondutores optoeletrônicos ou fotoelétricos constituem a tecnologia
que associa a óptica com a eletrônica, tem a propriedade de converter a
energia luminosa (ou fótons) incidente em energia elétrica (joules) e vice-versa.
Este campo excitante inclui vários componentes baseados na ação de uma
junção PN. São exemplos de componentes optoeletrônicos: os diodos
emissores de luz (LED), os fotodiodos, os optoacopladores, baterias solares,
display de cristal líquido (LCD), display de 7 segmentos, diodos de
infravermelho, fontes de infravermelho (raio laser), fototransistor,
fotocondutores ou fotoresistores (ou LDR), etc. Estes tipos de componentes
são largamente usados em todas áreas da eletrônica.
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Vs − VLED
I=
RS
Quanto maior a tensão da fonte, menor o efeito de VLED produz. Em outras
palavras, um alto valor de VS encobre a variação na tensão do LED.
Por exemplo, um TIL222 é um LED verde com uma queda mínima de 1,8 V e
uma queda máxima de 3 V para uma corrente de aproximadamente 25 mA. Se
você ligar um TIL222 a uma fonte de 20 V e a um resistor de 750 Ω, a corrente
varia de 22,7 a 24,3 mA.
Isto implica em um brilho que é essencialmente o mesmo para todos os
TIL222. Por outro lado, suponha que o seu circuito utilize uma fonte de 5 V e
um resistor de 120 Ω. A corrente varia então de cerca de 16,7 a 26,7 mA; isto
causa uma variação sensível no brilho. Portanto, para se obter um brilho
aproximadamente constante com LEDS, utilize tanto uma fonte de tensão como
uma resistência em série o maior possível.
Anodo comum
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• Displays de Cristal Liquido (LCD)
O display de cristal liquido (LCD) tem a vantagem evidente de requerer uma
potência muito baixa. Em geral e da ordem de microwatts, em comparação com
miliwatts para os LEDs. Porem, precisa de uma fonte de luz interna ou externa
e é limitado a uma faixa de temperatura em torno de 0oC a 600C. Atualmente os
LCDs que tem sido objeto de maior interesse são as unidades de efeito de
campo ou as de dispersão dinâmica. Cada uma delas será tratada com algum
detalhe nesta seção.
Um cristal líquido é um material (normalmente orgânico para os LCDs) com
características de liquido, mas cuja estrutura molecular tem propriedades
normalmente associadas aos sólidos. Para as unidades de dispersão de luz, o
maior interesse está no cristal líquido nemático, com a estrutura do cristal
mostrada abaixo.
As moléculas, individualmente, tem o aspecto de um bastão, conforme
mostrado na figura. A superfície condutora de óxido de índio é transparente e,
nas condições mostradas na figura, a luz incidente simplesmente a atravessará
e a estrutura de cristal líquido não oferecerá qualquer resistência.
37
Se for aplicada uma tensão (para unidades comerciais o nível-limite é
normalmente entre 6 e 20V) aos terminais das superfícies condutoras,
conforme mostrado abaixo, o arranjo molecular será perturbado, resultando em
regiões com índices de refração diferentes.
Portanto a luz incidente será refletida em direções diferentes na interface entre
regiões de índices de refração diferentes (fenômeno denominado
espalhamento dinâmico – estudado pela primeira vez pela RCA em 1968) com
o resultado de que a luz espalhada produz o efeito de um vidro opaco.
Porém, note na figura acima que o aspecto opaco ocorre apenas onde as
superfícies condutoras se opõem, sendo que as áreas restantes permanecem
translúcidas.
Um dígito em um display LCD pode ser:
38
Conforme indicado anteriormente, o LCD não gera sua própria luz, mas
depende de uma fonte interna ou externa. Em condições escuras é necessário
que a unidade possua sua própria fonte de luz interna, atrás ou ao lado do
LCD. Durante o dia, ou em locais iluminados, pode-se colocar um refletor atrás
do LCD, para refletir a luz através do display, para se obter a máxima
intensidade.
Os fabricantes de relógios comuns estão usando uma combinação dos modos
transmissivo (fonte de luz própria) e refletivo, denominado modo transfletivo,
para operação ótima.
O LCD de efeito de campo ou nemático trançado possui o mesmo aspecto de
segmento e a mesma camada fina de cristal liquido encapsulado, mas seu
modo de operação é muito diferente.
Da mesma forma que o LCD de espalhamento dinâmico, o de efeito de campo
pode ser operado nos modos refletivo ou transmissivo, com uma fonte interna.
O display de Efeito de Campo Transmissível na Ausência de Polarização está
mostrado abaixo. A fonte de luz interna está à direita e o observador à
esquerda. Esta figura é notavelmente diferente da figura do cristal líquido
nemático na ausência de polarização, pois há um polarizador de luz a mais.
Apenas a componente vertical da luz que entra pela direita pode atravessar o
polarizador de luz vertical da direita.
39
a passagem apenas da luz incidente polarizada verticalmente. Se não houver
tensão aplicada às superfícies condutoras, a luz polarizada verticalmente entra
na região de cristal líquido e acompanha a rotação de 90o da estrutura
molecular. Sua polarização horizontal não permite atravessar o polarizador de
luz vertical do lado esquerdo , e para o observador resulta um escuro uniforme
em todo o display.
Quando se aplica uma tensão mínima (para unidades comerciais de 2 a 8
volts), as moléculas se alinham com o campo (perpendicular a parede) e a luz
atravessa diretamente sem a rotação de 90º A luz incidente vertical pode então
atravessar diretamente a segunda tela polarizada verticalmente e, para o
observador resultará uma área iluminada.
Através de excitação adequada dos segmentos de cada dígito resulta algo do
tipo:
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Resultará uma área escura no cristal:
• Fotodiodo
As fontes de energia luminosa possuem características não encontradas em
outros tipos de energia. Esta energia transmitida na forma discreta ‘chamada
de fótons; é diretamente relacionada com a freqüência da onda de luz emitida.
Como foi discutido anteriormente, um elemento de corrente reversa num diodo
é o fluxo de portadores minoritários. Estes portadores existem porque a energia
térmica mantém os elétrons de valência desalojados de suas órbitas,
produzindo no processo elétrons livres e lacunas. A vida média dos portadores
minoritários é curta, mas enquanto dura eles podem contribuir para a corrente
reversa.
Quando incide energia luminosa sobre uma junção PN, ela também pode
desalojar elétrons de valência. Colocando de outra forma, a quantidade de luz
que atinge a junção pode controlar a corrente reversa de um diodo. O fotodiodo
é aquele que foi otimizado na sua sensibilidade para a luz. Nesse diodo, uma
janela permite que a luz passe através do invólucro e chegue até a junção. A
luz incidente produz elétrons livres e lacunas. Quanto mais intensa a luz, maior
o número de portadores minoritários e maior a corrente reversa.
A figura mostra o símbolo esquemático de um fotodiodo, devidamente
polarizado reversamente. As setas para dentro representam a luz incidente. De
suma importância, a fonte e o resistor em série revertem a polarização do
fotodiodo. À medida que a luz se torna mais brilhante, a corrente reversa
41
aumenta. Com fotodiodos típicos, a corrente reversa situa-se na faixa de
dezenas de microampères.
42
de saída que é uma réplica ou tem relação direta com o sinal de entrada. Eles,
às vezes, são chamados de sinais analógicos, porém é preferível o termos
linear. Um dos melhores exemplos de CI linear é o amplificador operacional.
Já os CI digitais são usados em circuitos de impulsos e circuitos lógicos. A
amplitude do sinal de saída para um CI digital pode não ter relação direta com
o sinal de entrada.
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Tensão Mínima Tensão Máxima Tensão de Corrente de
TIPO
de Entrada (V) de Entrada (V) saída (V) Saída (A)
uA7805C 7 25 5 1,5
uA7806C 8 25 6 1,5
uA7818C 21 33 18 1,5
uA7824C 27 38 24 1,5
Obs: Valores de tensão e corrente são os mesmos para regulador negativo 79XX
A letra C no final dos tipos refere-se à corrente máxima que eles podem
fornecer em sua saída: 1,5 A. Os tipos comuns desta série, sem a letra C no
final, são especificados para uma corrente de 1 A.
Estes componentes que operam com estas correntes algo elevadas, da ordem
de 1 A a 1,5 A normalmente são obtidos em invólucros TO-220 para montagem
em dissipador de calor.
Em alguns casos, entretanto, tais integrados também podem ser encontrados
em invólucros de metal. Séries de menores correntes também são disponíveis,
se bem que basta não usar o dissipador de calor num integrado 7812 de 1A, se
formos usar apenas 100 mA ou menos e tudo estará bem. No entanto, o custo
diferencial de um tipo de maior corrente para um de menor corrente numa
aplicação industrial que use milhares deles pode ser importante.
Para este caso, o montador pode usar um 78XX de menor corrente. Temos
então a série MC78M00 para 500 mA e a série 78L00 de 100 mA, ambas da
Motorola.
A Texas tem a série 78M00 para 500 mA e a série uA78L00 de 100 mA, ambas
com os invólucros foram mostrados acima.
As características principais de todos os integrados desta família são as
seguintes:
• Possuem três terminais
• A corrente de saída varia entre 100 mA e 1,5 A conforme a série
• Não necessitam de nenhum componente externo
• Possuem proteção térmica interna em caso de sobrecarga
• Possuem limitação interna de corrente em caso de curto-circuito
• Podem ser associados em paralelo para fornecer maiores correntes
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Um circuito típico de utilização de um circuito integrado deste tipo numa fonte
de alimentação é:
Entretanto, para que o regulador seja utilizado de forma correta, é preciso que
alguns requisitos sejam satisfeitos no que se refere à tensão de entrada e
alguns outros parâmetros importantes.
Começamos pela tensão de entrada: Para que o regulador funcione
satisfatoriamente é preciso haver uma diferença de tensão entre a entrada e a
saída de pelo menos 2V.
No entanto, a geração de calor no circuito depende da diferença entre a tensão
de entrada e a de saída, multiplicada pela corrente. Assim, quanto maior for a
diferença entre a tensão de entrada e de saída e maior a corrente, mais o
circuito tende a aquecer.
O ideal, numa aplicação prática, é trabalhar com uma tensão pouco acima do
mínimo necessário a uma operação satisfatória de modo a não exigir muito em
termos de dissipação.
⇒ Fonte Simétrica
Fonte de alimentação simétrica é o tipo fonte que fornece tensão de saída
(Vcc) positiva e negativa, em relação ao potencial terra.
Os Reguladores de Tensão Positiva e Negativa são exemplos simples de
esquemas de fonte simétrica.
Utilizando-se dois CI reguladores fixos e de valores opostos, podemos construir
uma fonte simétrica que pode ser usada em várias aplicações.
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EXERCÍCIOS:
1) Desenhar o esquema de uma fonte simétrica que possa fornecer na saída
tensão de +15V e -15V / 2A, usando CI da série 78XX e 79XX.
2) Marque V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas. Justifique,
caso haja, aquelas que julgar Falsa.
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Vγ=2.0V
(sinal Vs)
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6) A respeito da fonte da questão anterior, deseja-se saber:
a) O valor de pico (Vp), RMS (Vrms), o período (T), a freqüência (f) e o valor
médio (Vm) da tensão no ponto “a”.
b) Qual a tensão e a corrente na carga quando Rv é ajustada em seus
valores máximo e mínimo respectivamente? Ocorre variação desses
parâmetros (tensão e corrente)? Explique.
c) Suponha que a fonte não possua o estágio regulador (diodo zener e sua
respectiva resistência de polarização). Determine o valor da tensão
ripple (Vrpp) pico a pico e o valor contínuo (Vdc) na saída quando Rv = 1,5
kΩ. É possível variar o ripple variando Rv? Justifique.
d) Deseja-se conectar essa fonte a um circuito digital cuja alimentação é
5V. Em que ponto você conectaria a fonte ao circuito? Qual valor de Rv
você ajustaria para isto?
e) Como o circuito digital não suporta flutuações muito grandes de tensão,
o projetista da fonte propôs o circuito de proteção mostrado na figura
abaixo. O LED possui as mesmas características do LED da questão 4.
O diodo possui Vγ=0.7V e a bateria é de 2.5V. Pergunta-se: qual o valor
máximo de tensão que poderá alimentar o circuito digital? Qual a função
(ões) do LED no circuito?
OBSERVAÇÂO:
10 12 15 18 22 27 33 39 47 56 68 82 91
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7) Um aluno montou em laboratório os dois circuitos mostrados nas figuras 1 e
2 a fim de estudar o comportamento do diodo em CC. Com o multiteste, ele
verificou que a queda de tensão no diodo polarizado diretamente e Vγ = 0.7V.
O aluno utilizou um resistor Rs=100Ω Complete a tabela abaixo com os valores
esperados para cada circuito.
figura 1 figura 2
Vs VD VRS Is
0.5 V
1V
3V
5V
Vs VD VRS Is
0.5 V
1V
3V
5V
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8) O esquema abaixo de uma fonte de alimentação simples sem regulação. O
transformador foi conectado a rede de 220V / 60Hz e a tensão na sua saída é
15 +15 Vrms. Considere os diodos ideais. Determine:
a) A freqüência na carga.
b) A tensão de pico na carga
c) A ondulação de ripple
d) O valor DC da tensão na carga.
D1
C1 R1
Vs 2200uF 10kohm
D2
500ohm D3
R3
5V
12V 1kohm
50
PRÁTICAS:
Prática 1:
1) Monte o circuito abaixo :
T1 D1
S2 S3
S1 C1
RL1
D2
52
Prática 2:
1) Monte o circuito da figura abaixo:
PONTOS
Valor
VCA
valor
VCC
53
USO DO OSCILOSCÓPIO: Registre os valores de tensão, período, freqüência
e as formas de onda.
PONTOS
Valor
VCA
valor
VCC
Valor do
período
Valor da
Freqüência
Forma da
Onda com
Filtro
Forma da
Onda sem
Filtro
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