República de Angola

Ministério do Ensino Superior

Instituto Superior Politécnico de Tecnologias e Ciências

ISPTEC
Curso de Engenharia Eléctrica

Medidas Eléctricas

§.4. Medições

Manuel Kadivonga__Versão 1/2018

Sumário
Medição de Resistência, Indutância e Capacitância.
Cálculo, especificação e escolha de instrumentos
referentes a um dado circuito.
Medição de tensão, corrente, Potência Activa,
Potência Reactiva , Fator de Potência em circuitos
monofásicos.

 Obs. Inclusão do capítulo 3 (instrumentos indicadores) nesta abordagem.

1 ISPTEC_Medidas Eléctricas_MK_2018 Medições
Fundamentação
 Os aparelhos de medidas eléctricas são instrumentos que fornecem uma
avaliação da grandeza eléctrica, baseando-se em efeitos físicos causados
por essa grandeza.
 Um valor de medição determinado por um instrumento de medição não está
livre de erros.
Medições analógicas Medições digitais
O valor de qualquer medição pode ser Apresentam os valores de medição
continuamente representado e registrado discretos de forma separada e
dentro da margem esperada. descontínua com uma sutil graduação.

O sinal da medição pode assumir O valor da medição é encontrado

qualquer valor dentro da margem de pela soma da valores parciais e é exibido
sinais, correspondendo à margem de por displays ou por impressoras.
medição.

2 ISPTEC_Medidas Eléctricas_MK_2018 Medições

Fundamentação
 O instrumento básico normalmente é um galvanômetro; acrescentando-se
resistores em série (voltímetro), em paralelo (amperímetro), pilha
(ohmímetro), etc.

 Pode-se transformar o galvanômetro num multímetro, onde esses

componentes e suas ligações são seleccionados por uma chave adequada,
de modo a permitir a leitura da grandeza de interesse.

 Os instrumentos electrodinâmicos possuem dois circuitos independentes que

permitem que os mesmos sejam utilizados como amperímetros, voltímetros,
wattímetros (medidores de potência activa) e varímetros (medidores de
potência reactiva).

3 ISPTEC_Medidas Eléctricas_MK_2018 Medições

Métodos de Medição
 O aparelho de medição eléctrica é aplicado sobre o objeto
como um elemento suplementar, com uma influência maior ou
menor sobre seus valores da resistência, intensidade e tensão e,
portanto, sobre a medição.

 Para a escolha de um aparelho de medição, além da exatidão,

a margem de medição é decisiva, pois as tolerâncias indicadas
e garantidas geralmente se referem ao valor máximo da
margem de medição, o que implica na existência de uma dupla
tolerância no centro da escala em relação ao valor teórico. Por
esta razão, a área de maior interesse é a compreendida pela
última terça parte da escala.

4 ISPTEC_Medidas Eléctricas_MK_2018 Medições

Métodos de Medição
 O aparelho deve ser colocado em uma posição quase horizontal, de forma a
não ficar exposto a movimentos.
 O aparelho deve ser colocado a uma distância suficiente de massas de ferro
(aproximadamente 10 cm) e dos cabos de força. Se isto não for possível e
houver influência de campos estranhos de intensidade considerável, será
necessário verificar se algum campo perturbador influencia a posição de
medição.
 O ponteiro deve indicar zero na escala quando não passar uma corrente
pelo aparelho de medição. Se isto não acontecer, a indicação deverá ser
corrigida pelo ajuste do dispositivo em uso.
 Durante o procedimento de medição, o vidro da escala não deve ser limpo,
pois poderá ser carregado com energia estática e influenciar a leitura. As
cargas eletrostáticas podem ser eliminadas pela aplicação de vapor ao
vidro.

5 ISPTEC_Medidas Eléctricas_MK_2018 Medições

Instrumentos de Medição
 Galvanômetro
 Consiste num instrumento de grande
sensibilidade que permite a medição e detecção
de correntes eléctricas pouco intensas.

 O tipo mais comum é o conhecido como de

bobina móvel: uma bobina de fio muito fino é
montada em um eixo móvel, e instalada entre os
polos de um íman fixo.
 Interage com o campo do íman, e a bobina gira,
movendo um ponteiro, ou agulha, sobre uma
escala graduada. Como o movimento do
ponteiro é proporcional à corrente eléctrica que
percorre a bobina, o valor da corrente é
indicado na escala graduada.
 6. ISPTEC_Medidas Eléctricas_MK_2018 Medições
Instrumentos de Medição
 Galvanômetro (constituição e funcionamento)

 Têm um íman permanente que provê fluxo magnético. É provocado um fluxo

de corrente eléctrica através de uma bobina instalada em um núcleo
metálico, apoiado por um eixo; desta forma, a bobina e seu núcleo têm a
capacidade de girar.
7 ISPTEC_Medidas Eléctricas_MK_2018 Medições
Instrumentos de Medição
 Galvanômetro (funcionamento)
 O núcleo é mantido na posição (totalmente à esquerda) por meio de uma
mola. Na extremidade do eixo giratório do núcleo da bobina há um
ponteiro, cujo movimento ao longo de uma escala mostrará a magnitude da
variável medida.
 Quando a corrente atravessa a bobina, por estar dentro de um campo
magnético, é produzida uma força que age sobre a mola e muda a posição
do ponteiro. Se a corrente for alta, a força será igualmente considerável, o
que mostra um valor significativo da variável em medição.
 Quando nenhuma corrente atravessa o galvanômetro, a mola retém o
núcleo, a bobina e o ponteiro à esquerda (onde a escala normalmente
indica o valor 0). Aqui, será considerado que uma corrente de 1mA gerará
uma força que curvará o ponteiro totalmente para a direita; isto é
conhecido como escala plena.

8 ISPTEC_Medidas Eléctricas_MK_2018 Medições

Instrumentos de Medição
 Galvanômetro
 Através de circuitos apropriados, o galvanômetro pode ler outras
grandezas eléctricas, como tensão, resistência, potência, etc.

 Galvanômetros são frequentemente usados como medidores com zero ao

centro em circuitos de compensação e de ponte; com este tipo de aparelho,
é possível registrar correntes de até 10-12 A.

 Os multímetros com galvanómetro são chamados de multímetros

analógicos, em oposição aos multímetros digitais, que possuem um
mostrador de cristal líquido.

9 ISPTEC_Medidas Eléctricas_MK_2018 Medições

Instrumentos de Medição
 Amperímetro
 O amperímetro é um instrumento utilizado para
fazer a medida da intensidade da corrente
eléctrica.
 Suas características são:
 1. Deve ser associado em série ao trecho em
que se quer medir a corrente,
 2. Deve possuir uma resistência interna muito
pequena comparada às do circuito.
 3. No amperímetro ideal a resistência interna
deve ser nula.

10 ISPTEC_Medidas Eléctricas_MK_2018 Medições

Instrumentos de Medição
 Amperímetro (de alicate)
 Em um sistema trifásico é recomendável o uso
da Braçadeira Eléctrica; em que as três fases
devem ser medidas separadamente (intensidade
da corrente IR, IS, e IT). Se o sistema for
equilibrado, as três fases terão a mesma
medição.

11 ISPTEC_Medidas Eléctricas_MK_2018 Medições

Instrumentos de Medição
 Voltímetro
 voltímetro é um aparelho que realiza medições de
tensão eléctrica em um circuito e exibe essas
medições, geralmente, por meio de um ponteiro
móvel ou um mostrador digital, de cristal líquido
(LCD) por exemplo. A unidade apresentada
geralmente é o volt.
 Suas características são:
 1. É associado em paralelo com a o trecho do
circuito em que se quer medir a tensão.
 2. Para as medições serem precisas, é esperado
que o voltímetro tenha uma resistência muito
grande comparada às do circuito.
 3.No voltímetro ideal, a resistência interna é
infinita.
12 ISPTEC_Medidas Eléctricas_MK_2018 Medições
Instrumentos de Medição
 Multímetro
 Aparelho destinado a medir e avaliar grandezas
eléctricas.
 Agrega diversos instrumentos de medidas
eléctricas num único aparelho, sendo o voltímetro,
amperímetro e ohmímetro por padronização e
capacímetro, frequencímetro, termômetro entre
outros, como opcionais conforme o fabricante do
instrumento disponibilizar.
 Tem ampla utilização no sector eléctrico devido à
sua simplicidade de uso e, normalmente,
portabilidade.
 Sob ponto construtivo, podem ser analógicos ou
digitais.
13 ISPTEC_Medidas Eléctricas_MK_2018 Medições
Instrumentos de Medição
 Multímetro (Analógico)
 A parte principal, ou núcleo, de um multímetro
analógico é o galvanômetro.

 Um galvanômetro converte um sinal de corrente

eléctrica em movimento do ponteiro ao longo de
uma escala.

 Pode funcionar com CA (corrente alternada) ou

CC (corrente contínua), bastando converter o
valor da variável em um valor CC equivalente.

 Deste modo, requer diferentes circuitos para

converter tensão, corrente e resistência em uma
corrente CC dentro da faixa definida para o
galvanômetro.
14 ISPTEC_Medidas Eléctricas_MK_2018 Medições
Instrumentos de Medição
 Multímetro (Analógico - Diagrama de blocos - constituição)

 Todos os instrumentos de medição eléctrica com ponteiros funcionam sob este

princípio: eles consistem em um galvanômetro que permite – pelo movimento do
ponteiro – saber a amplitude do sinal ou variável que estiverem sendo medidos.
15 ISPTEC_Medidas Eléctricas_MK_2018 Medições
Instrumentos de Medição
 Multímetro (Analógico - constituição)
 Este instrumento possui em sua estrutura dois circuitos especiais: Um
circuito desmultiplicador e um circuito de rectificação.

 O circuito desmultiplicador, que permite (via selectores da resistência)

obter medições em diferentes faixas; mantendo a corrente passando pelo
galvanômetro dentro da mesma faixa, ou seja, o movimento do ponteiro do
na escala graduada é feito em uma única faixa de correntes, geralmente de
0 a 1mA em escala plena.

 O circuito de rectificação fica encarregado de converter sinais de corrente

e tensão CA em um valor CC equivalente (requerido no galvanômetro). É
composto de díodos.

16 ISPTEC_Medidas Eléctricas_MK_2018 Medições

Instrumentos de Medição
 Multímetro (Digital)
 Aparelho destinado a medir e avaliar grandezas
eléctricas. Os multímetros digitais são
classificados de acordo com o conversor
analógico para digital (A/D), incluído em seu
projecto. A função do conversor A/D é
transformar ou converter uma tensão de entrada
analógica em uma representação numérica.

 Pode funcionar com CA ou CC.

 Partes principais de um MD: Visor, Botões de

função, Chave rotativa, Entradas da sonda de
teste, Sondas de teste.

17 ISPTEC_Medidas Eléctricas_MK_2018 Medições

Instrumentos de Medição
 Multímetro (Digital)
 Uma extremidade da sonda de teste é vermelha (para entradas) e a outra é
preta (COM – neutro ou terra).

18 ISPTEC_Medidas Eléctricas_MK_2018 Medições

Instrumentos de Medição
 Multímetro (Digital - medição)

19 ISPTEC_Medidas Eléctricas_MK_2018 Medições

Medição - “I” e “U”
 Os amperímetros são conectados à linha cuja intensidade da corrente
gostaríamos de medir e os voltímetros são aplicados aos pontos cuja
diferença de potencial será determinada.

 Um amperímetro deve causar apenas uma ligeira queda de tensão, isto é,

sua resistência interna deve ser pequena. Por outro lado, um voltímetro
deve absorver somente uma corrente de baixa intensidade, isto é, sua
resistência interna deve ser a mais alta possível.
20 ISPTEC_Medidas Eléctricas_MK_2018 Medições
Medição - “I” e “U”
 Para medir simultaneamente a intensidade
da tensão e da corrente, poderão ser usados
os circuitos A e B; que podem ser utilizados
também para conectar os circuitos do
amperímetro e do voltímetro de um
wattímetro.

 No circuito A, são medidas a tensão

correcta, U, e a intensidade da corrente,
I=I1+I2. No entanto, este circuito será
apropriado, se I1/I2 for muito alto.

 No circuito B, são medidas a intensidade da

corrente correcta, I, e a tensão U= U1 + U2.
No entanto, este circuito será apropriado,
se U1/U2 for muito alto.
21 ISPTEC_Medidas Eléctricas_MK_2018 Medições
Medição - “I” e “U”
 Conexão via transformadores
 Quando aplicados a correntes de
intensidade excessiva, eles ficariam sujeitos
a demasiado calor, a conexão demonstraria
ser muito difícil e a posição das linhas de
conexão afetaria a leitura.
 Quando aplicados a uma tensão excessiva,
seria gerada uma corrente de fuga
inadmissível.

 Para amperímetros e voltímetros de bobina móvel, o instrumento

magnetoeléctrico é usado para medição de corrente contínua, usado como
amperímetro e voltímetro respectivamente. a resistência Rv (feita de
Manganin, que não depende de temperatura, Rv>>Rs) é conectada à fronte
da bobina móvel (cuja resistência Rs depende da temperatura, pois é feita
de fio de cobre).
22 ISPTEC_Medidas Eléctricas_MK_2018 Medições
Medição - “I” e “U”

23 ISPTEC_Medidas Eléctricas_MK_2018 Medições

Medição - “I” e “U”
 Assim, é possível manter o erro atribuível às variações de temperatura
dentro dos limites admissíveis.
 Em amperímetros com a resistência RS ~1.8 Ω, há outra resistência RV;
portanto, RS + RV é – por exemplo - equivalente a 6 Ω.
 Em voltímetros, a resistência pré-conectada, RV, geralmente é
dimensionada de forma que a resistência interna total seja equivalente
a 1/I, um valor típico de um instrumento de 1000 Ω/V,
aproximadamente.
 No caso de aparelho projetado para fins especiais - por exemplo, para
medir circuitos de válvula ou tensões de fase - a resistência acima
mencionada apode ser consideravelmente mais alta.

 Nos painéis de comando, estes circuitos internos dos voltímetros e

amperímetros de bobina móvel, estão providos de rectificadores de
medição.

24 ISPTEC_Medidas Eléctricas_MK_2018 Medições

Medição - “I” e “U”
 No caso do amperímetro, é necessária uma resistência em série RV para
manter o erro em níveis baixos, devido às mudanças de temperatura e para
neutralizar a falta de linearidade da escala, originada das características
quadráticas dos rectificadores.

25 ISPTEC_Medidas Eléctricas_MK_2018 Medições

Medição - “I” e “U”
 Para medição de valores eficazes usam os amperímetros e voltímetros de
ferro móvel, instrumento de medição de ferro móvel para corrente contínua
e alternada.
 Amperímetros e voltímetros de ferro móvel indicam valores eficazes, sem
levar em consideração o tipo de corrente e a forma da curva.

26 ISPTEC_Medidas Eléctricas_MK_2018 Medições

Medição - Multímetro (Analógico)
 Medição de Corrente: As resistências são conectadas em paralelo com o
galvanômetro para que a corrente a ser medida seja dividida, mantendo o
fluxo de corrente de 0 a 1 mA através do galvanômetro.
 Se a corrente a ser medida tiver um valor dentro da faixa de 0 a 1 mA,
nenhuma resistência será necessária. Isto deve-se ao facto de que não há
necessidade de que o valor CC da corrente seja dividido para que uma
parte possa atravessar o galvanômetro sem danificá-lo.
 Se I = 100 mA CC - O circuito de medição precisará de uma resistência em
paralelo com o galvanômetro através da qual 99 mA possam passar, pois 1
mA atravessará o galvanômetro.
 Se I = 100 mA CA - Será necessária uma ponte de rectificação adequada
no circuito de medição, pois o multímetro analógico padrão usa um
medidor CC, bem como uma resistência em paralelo através da qual 999
mA poderão passar, pois 1 mA atravessará o galvanômetro.

27 ISPTEC_Medidas Eléctricas_MK_2018 Medições

Medição - Multímetro (Analógico)

28 ISPTEC_Medidas Eléctricas_MK_2018 Medições

Medição - Multímetro (Analógico)
 Medição de Tensão: Quando tensão é medida com um multímetro
analógico, a tensão produz uma corrente capaz de desviar o ponteiro
quando atravessa o galvanômetro.

 Se 0<V<1 volt - A resistência de 1kΩ é disposta em série com o

galvanômetro (considerando-se que a resistência do galvanômetro seja
igual a zero), limitando a corrente que atravessa o galvanômetro em uma
faixa de 0 a 1 mA.

 0<V<100 volt O selector deve permanecer dentro desta faixa, que conecta
a resistência de 100 kΩ em série ao galvanômetro, mantendo a faixa de
correntes de 0 a 1 mA. Evidentemente, neste caso, a medição da tensão será
feita com base na escala de 0 a 100 volts.

29 ISPTEC_Medidas Eléctricas_MK_2018 Medições

Medição - Multímetro (Analógico)

 Para medição de tensão de corrente alternada, será necessária uma ponte

de rectificação, além de uma resistência em série com o galvanômetro, como
é o caso da medição de corrente alternada.

30 ISPTEC_Medidas Eléctricas_MK_2018 Medições

Medição - Multímetro (Analógico)
 Medição da Resistência : Como a resistência não pode fornecer corrente ao
galvanômetro, é necessária uma fonte de alimentação eléctrica.
 Há uma bateria interna, que é conectada à resistência a ser medida, a uma
resistência interna (calibração ou faixa) e ao galvanômetro. A bateria
fornece tensão a um circuito em série de componentes, entre eles o
galvanômetro e a resistência a ser medida.
 Valor da resistência a ser medida:
 Baixo: Valor alto da corrente; o ponteiro se deslocará para a direita, indicando
um baixo valor da resistência.
 Alto: Valor baixo da corrente; o galvanômetro mostrará uma alta resistência na
escala. Como o ponteiro não se deslocará significativamente, ele ficará perto da
esquerda.

 A escala da resistência é invertida, mostrando seus valores mínimos à

direita e os valores máximos à esquerda.

31 ISPTEC_Medidas Eléctricas_MK_2018 Medições

Medição - Multímetro (Analógico)

 Para medir uma resistência desconhecida (RX), é necessária uma

resistência interna (calibração e faixa) no multímetro, além da bateria.
 Como a faixa de valores da resistência pode variar de alguns Ω a MΩ
(1.000.000Ω), um multímetro analógico possui escalas de multiplicação ou
multiplicadores (Rx1, Rx10, Rx100), para que ele possa indicar qualquer
valor da resistência com o mínimo erro.
32 ISPTEC_Medidas Eléctricas_MK_2018 Medições
Medição - Multímetro (Analógico)
 Se RX possuir um valor de, por exemplo, 3750 Ω, ele será usado na faixa
Rx1, o multímetro não será capaz de medir a referida. Isto deve-se ao facto
de que a distância entre 1000 e infinito na escala é muito pequena e não há
valores intermediários.
 Se for seleccionada a faixa, Rx10, o ponteiro se movimentaria, indicando
375 Ω (3750/10). A alteração da faixa faz com que o ponteiro se movimente,
pois a resistência de Rx10 possui somente 1/10 da resistência Rx1.
 Se for usada a faixa Rx100 para medir a resistência de 3750 Ω acima
mencionada, o ponteiro se movimentará ainda mais, até a posição de 37,5
Ω (3750/100). Este movimento deve-se ao facto de que a resistência Rx100
possui somente 1/10 da resistência Rx10. Portanto, na selecção da menor
resistência em série, o ponteiro se movimentará ainda mais.
 O layout do circuito para medição da resistência de um circuito faz com que
a mesma quantidade de corrente atravesse o galvanômetro do multímetro.
33 ISPTEC_Medidas Eléctricas_MK_2018 Medições
Medição - Potência
 Uma potência de corrente contínua (sempre potência real) pode ser
determinada pela medição da tensão e da corrente e com recurso a equação
P = U.I

 Na maioria dos casos, são usados Wattímetros com dispositivos

eletrodinâmicos, que indicam diretamente a potência real, se os circuitos
amperimétricos e voltimétricos estiverem correctamente conectados.

 Na medição de correntes contínuas de maior intensidade, aproximadamente

acima de 20 A, a bobina de campo é colocada sob tensão através de uma
resistência em série. Consequentemente, a bobina móvel forma o circuito
amperimétrico com essa resistência, conectado a uma resistência em
paralelo.

 Para uma corrente alternada monofásica, um medidor de potência ou

contador, indica a potência real, cuja equação é: P = U.I.cosφ.
34 ISPTEC_Medidas Eléctricas_MK_2018 Medições
Medição - Potência (Wattímetro)
 A bobina fixa C é dividida em duas partes,
sendo que o campo magnético que envolve a
bobina móvel P é praticamente uniforme. A
interacção do campo, produzido na bobina
fixa C pela corrente ic, com a corrente ip que
circula na bobina móvel P, resulta em um
binário.

 O ponteiro então sofre um deslocamento

angular até uma posição tal que o torque
resultante seja anulado pelo torque
produzido pela mola. A escala pode ser
calibrada em volts (V), ampéres (A), watts
(W) ou volt-ampére reactivo (Var)
dependendo da maneira como as bobinas
são conectadas.
35 ISPTEC_Medidas Eléctricas_MK_2018 Medições
Medição - Potência (Wattímetro)
 Lc e Lp são respectivamente, as indutâncias
próprias das bobinas C e P.
 M é a indutância mútua devido ao
acoplamento magnético entre estas bobinas.
 ic e ip são, respectivamente, as correntes nas
bobinas C e P.
 Ɵ: posição angular do ponteiro.
 TƟ: binário instantâneo em função de Ɵ.
 TR: binário restaurador produzido pela mola.
 Ɵav: posição angular média do ponteiro.
 T: Período do movimento angular do ponteiro.
 PdA: potência média (activa) dissipada na
resistência Rp da bobina de potencial e na
resistência externa Rext .
 Pav: potência média (activa) fornecida para a
carga.
36 ISPTEC_Medidas Eléctricas_MK_2018 Medições
Medição - Potência (Wattímetro -A)

37 ISPTEC_Medidas Eléctricas_MK_2018 Medições

Medição - Potência (Wattímetro -A)

 O valor das perdas é constante e não depende do

valor da carga.
 Adequada quando a aplicação do instrumento se
dá em casos de tensão constante. A perda pode
ser compensada através da calibração da escala
fazendo com que o valor mostrado pelo
wattímetro corresponda somente a potência
média (activa) consumida pela carga.
38 ISPTEC_Medidas Eléctricas_MK_2018 Medições
Medição - Potência (Wattímetro -B)

39 ISPTEC_Medidas Eléctricas_MK_2018 Medições

Medição - Potência (Wattímetro -B)

 O valor das perdas varia com a corrente do

circuito e portanto com a carga do circuito.

 Utilizada para equipamentos que possuem a

resistência Rc da bobina de corrente muito
pequena de modo que as perdas possam ser
desprezadas para diferentes valores de carga.

40 ISPTEC_Medidas Eléctricas_MK_2018 Medições

Medição - Potência
 Medidor de Potência real para corrente alternada monofásica.

 A. Conexão directa.
 B. Deslocamento de fase da corrente que atravessa a bobina móvel e tensão URS em relação ao
fluxo Φ existente na bobina móvel com corrente IR (refere-se ao gráfico A).
 C. Conexão através de um transformador de corrente e tensão.

41 ISPTEC_Medidas Eléctricas_MK_2018 Medições

Medição - Potência
 A potência real da corrente trifásica é equivalente à soma das potências das
três fases. (Δ)P=(√3) . UL. I . cosφ (Y)P=3 · UF · I · cosφ

 A: Conexão através de um transformador de corrente

 B: Conexão através de um transformador de corrente e dois transformadores de tensão com
isolamento bipolar
42 ISPTEC_Medidas Eléctricas_MK_2018 Medições
Medição - Potência
 A potência real da corrente trifásica é equivalente à soma das potências das
três fases. (Δ)P=(√3) . UL. I . cosφ (Y)P=3 · UF · I · cosφ

 A. Conexão através de um transformador de corrente e tensão

 B. Deslocamento de fase de corrente I0 que atravessa a bobina móvel

43 ISPTEC_Medidas Eléctricas_MK_2018 Medições

Medição - Potência
 A potência reactiva para corrente alternada monofásica em um circuito de
90° é PQ= UL.I.senφ. A potência real da corrente trifásica é equivalente à
soma das potências das três fases: (Δ)PQ=(√3).UL.I.senφ
(Y)PQ=3·UF·I·senφ.

44 ISPTEC_Medidas Eléctricas_MK_2018 Medições

Considerações (1)
 O galvanómetro de ferro móvel é pouco usado, por ser menos sensível que o
de bobina móvel, mas possui as vantagens de ser mais barato, mais robusto,
e funcionar tanto com corrente contínua como com corrente alternada.
 Um galvanómetro pode ser modificado para que indique tensão, ou seja
funcione como um voltímetro, para isto é necessário associar em série ao
galvanómetro uma elevada resistência interna cuja função é elevar a
resistência minimizando o desvio de corrente.
 Entre os diferentes componentes de um dispositivo de medição, não
necessariamente os sinais de medição transmitidos precisam ser
equivalentes a quantidade medida do ponto de vista físico. Exemplo disto é
a medição de um torque mecânico que pode ser medido por uma corrente
que passa por um transdutor. Ou uma corrente na saída de uma
amplificador proporcional a uma tensão medida na entrada. Etc.
45 ISPTEC_Medidas Eléctricas_MK_2018 Medições
Considerações (2)
 A principal vantagem dos métodos de medição digital é a possibilidade do
armazenamento de sinais de medição quantificados e de seu processamento
sem causar erros adicionais.
 São usados amperímetros para corrente alternada e voltímetros para
conexão direta – dependendo do tamanho do invólucro - somente para
correntes de intensidade e tensão limitadas.
 A tensão de Hall é medida com um instrumento de bobina móvel
devidamente calibrado; esta tensão é proporcional à intensidade do campo
magnético existente na ranhura e, portanto, à corrente que atravessa o
condutor principal. O circuito de medição é galvanicamente isolado do
circuito principal.
 O consumo de energia de instrumentos de ferro móvel geralmente é maior
que em instrumentos de bobina móvel com as mesmas dimensões e a
graduação da escala é menos linear. Todavia, muitas vezes os primeiros são
preferidos para painéis de comando e aparelhos, pois são mais robustos e
menos dispendiosos.
46 ISPTEC_Medidas Eléctricas_MK_2018 Medições
Considerações (3)
 A margem de medição de amperímetros de ferro móvel é determinada pela
bobina de campo e não pode ser ampliada por meio da resistências externas
em paralelo, devido ao alto consumo de energia. Consequentemente,
margens de medição só podem ser variadas pela troca de partes da bobina
(sem trocar o número de ampére-espiras). Pela conexão da resistências em
série, é possível ampliar a margem de medição da tensão da mesma forma
que os instrumentos de bobina móvel.

 A margem de frequência de amperímetros e voltímetros de ferro móvel que

forem adequados para painéis de comando vai de 15 a 60 Hz. Há também
desempenhos especiais, ajustados para uma frequência predeterminada de
1000 Hz. Em instrumentos de mesa e de precisão, poderão ser alcançadas
também margens de 10 a 1000 Hz, com o uso dos recursos de construção
adequados.

47 ISPTEC_Medidas Eléctricas_MK_2018 Medições

Considerações (4)
 Nos M. Analógicos, independentemente do tipo de variável eléctrica a ser
medida e sua faixa, a chave e o circuito de conversão executam um
escalonamento e conversão da variável a ser medida em um sinal CC
equivalente, que faz com que o ponteiro do galvanômetro se mova.

 Antes de medir a resistência em um circuito, os pontos de teste ou sondas do

multímetro são unidos para calibrar o medidor para zero porque há
variações, devido ao uso da bateria interna e ao comprimento dos pontos de
teste, entre outros fatores.
 Como os pontos estão em curto-circuito, a corrente do medidor fica em seu
valor máximo e o ponteiro terá de ser calibrado para indicar um valor zero
(0). A indicação do valor infinito (∞) será lida quando os pontos do
medidor estiverem separados e abertos, pois há precisamente uma
resistência infinita entre eles, sem nenhum fluxo de corrente.

48 ISPTEC_Medidas Eléctricas_MK_2018 Medições

Considerações (5)
 Antes de medir a resistência em um circuito, o multímetro deve ser
calibrado para zero, a fim de eliminar quaisquer variações que possam ter
sido casadas.
 O fluxo de corrente através do galvanômetro dependerá do valor da
resistência do circuito a ser medido. Como o multímetro foi ajustado para
zero, a leitura do galvanômetro dependerá unicamente da resistência do
circuito.
 A resistência do circuito permite a passagem de algum fluxo de corrente
através do galvanômetro, fazendo com que o ponteiro se movimente,
indicando o valor da resistência do circuito na escala.
 Se a resistência do circuito for substituída por uma resistência com maior
valor de ohms, a corrente que atravessa o galvanômetro será reduzida
ainda mais e a leitura na escala corresponderá à resistência mais alta.

49 ISPTEC_Medidas Eléctricas_MK_2018 Medições

Considerações (6)
 Para evitar descarga elétrica ou dano ao multímetro, não devem ser
aplicados mais de 600 volts entre a sonda e a terra.

 Em relação aos cuidados a ter na utilização (operação ou manutenção) do

instrumento/aparelho deve-se obedecer rigorosamente as recomendações do
fabricante. Sob nenhuma circunstância as extremidades do multímetro
devem ser colocadas no circuito se ele não estiver pronto para medição.

 De acordo com as Normas internacionais, os circuitos voltimétricos

correspondentes aos instrumentos a serem usados para o aparelho e painéis
de controle devem ser dispostos na frente de circuitos amperimétricos (com
direção da potência da esquerda para a direita) e, no caso de conexão
através de transformadores, a fiação secundária deve ser totalmente
aterrada.

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Bibliografia
 MEDEIROS FILHO, S. Fundamentos de medidas elétricas. 2.ed. Rio de
Janeiro: LTC; 1981.Volume 1.

 MEDEIROS FILHO, S. Medição de Energia elétrica. 2.ed. Rio de Janeiro:

LTC; 1981.Volume 2.

 HELFRICK, Albert D.; COOPER, William D. Instrumentação eletrônica

moderna e técnica de medição. Rio de Janeiro: Prentice-Hall do Brasil,
1994.

 ROLDAN, J. Manual de Medidas elétricas. 1ª Edição. Editora HEMUS.

2002.

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Anexos

ANEXOS

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Múltiplos e Submúltiplos

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Código de Cores

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Simbologia

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