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TEOREMAS DE REDES

Circuitos Elétricos II
Professora: Andréa Araújo Sousa
Referências

◼ DORF, R. C.; SVOBODA, J. A. Introdução aos Circuitos Elétricos. 7.


ed. Rio de Janeiro: LTC, 2008. (capítulo 5)

◼ ALEXSANDER C. K.; SADIKU, M. N. O. Fundamentos de Circuitos


Elétricos. 3. ed. São Paulo: McGraw Hill, 2008. (capítulo 4)

◼ NILSSON, James W.; RIEDEL, Susan A. Circuitos Elétricos. 8ª ed.


São Paulo: LTC, 2009. (capítulo 4)

2
Teoremas de Circuitos
◼ Permitem compreender melhor a natureza dos circuitos
lineares;
◼ São formas de reduzir a complexidade do circuito para facilitar
a sua análise.

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Teoremas de Circuitos
1. Transformações de Fontes;
2. Ponte de Wheatstone;
3. Transformações  - Y;
4. Transformações Y - 
5. Superposição;
6. Teorema de Millman;
7. Teorema da Explosão de Fontes1;
8. Thévenin;
9. Norton;
10. Máxima Transferência de Potência;

1 Também conhecido como Teorema do Deslocamento de Fontes. 4


1. Transformação de Fontes
◼ A combinação de uma fonte de tensão em série com um
resistor pode ser substituída por uma fonte de corrente em
paralelo com o mesmo resistor desde que a relação entre
ambas as fontes seja constante e de valor igual ao resistor.

5
1. Transformação de Fontes
◼ O teorema também se aplica a fontes de tensão e de
correntes dependentes.

6
7
I = 20,72/8,18 = 2,53

Percorrendo a malha da direita, temos:

-8,72 + 2,18I+v0 = 0  v0 = 8,72 - 2,182,53 = 3,2 V


0,25vx * 4

vx

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2. Ponte de Wheatestone
◼ Relembrando:
 O circuito da ponte de Wheatstone é usado para medir resistências de
valores médios (entre 1  e 1 M);
 Consiste de 4 resistores, uma fonte de tensão DC e um amperímetro;
 3 resistores são conhecidos e um é desconhecido (o que se quer medir).

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2. Ponte de Wheatstone
◼ Para obter o valor de Rx deve-se ajustar o resistor variável R3
até a corrente no amperímetro ser igual a zero;
◼ A ponte está equilibrada quando:

R1 . Rx = R2 . R3

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8x1=4x2
i=0

13
M1: 8(J1 –J2) + 2(J1 –J3) = 6

J2 M2: 8(J2 –J1) + 4J2 + (J2 –J3) = 0


M3: 2(J3 –J1) + (J3 –J2) + J3 = 0
J1 M1: 10J1 – 8J2 – 2J3 = 6
M2: -8J1 + 13J2 – J3 = 0
J3 M3: -2J1 – J2 + 4J3 = 0

 10 − 8 − 2   J1  6  J1 = 1,8 A
 − 8 13 − 1   J  = 0   J2 = 1,2 A
  2   
 − 2 − 1 4   J 3  0  J3 = 1,2 A
14
2. Ponte de Wheatestone
• O circuito da ponte de Wheatstone consiste de 4
impedâncias, uma fonte de tensão e um amperímetro;
• Três impedâncias são conhecidas e uma é desconhecida
(a que se quer medir).

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2. Ponte de Wheatestone
• A ponte está equilibrada quando:

Z1 . Z3 = Z2 . Zx

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Exemplo

◼ O circuito em ponte abaixo está


equilibrado?
3. Transformações  - Y

18
3. Transformações  - Y

19
20
3. Transformações  - Y

( R1 + R2 ) + ( R1 + R3 ) − ( R2 + R3 )
R1 =
2
 Rc ( Ra + Rb )   Rb ( Ra + Rc )   Ra ( Rb + Rc ) 
  +   −  
R1 =  Ra + Rb + Rc   Ra + Rb + Rc   Ra + Rb + Rc 
2
Ra Rc + Rb Rc + Ra Rb + Rb Rc − Ra Rb − Ra Rc
R1 =
2( Ra + Rb + Rc )
2 Rb Rc Rb Rc
 R1 = =
2( Ra + Rb + Rc ) Ra + Rb + Rc
3. Transformações  - Y

(2.49)

(2.50)

(2.51)

Cada resistor Y é o produto dos dois resistores  dos ramos adjacentes


dividido pela soma dos 3 resistores .
22
Exemplo

23
4. Transformações Y - 

24
4. Transformações Y - 

(2.56)

(2.57)

(2.58)

Cada resistor  é o produto dos resistores Y tomados 2 a 2 dividido pelo


resistor Y oposto.
25
4. Transformações Y - 

26
Exemplo

27
5. Superposição
◼ O teorema da superposição estabelece que em um circuito
linear podemos determinar a resultante em qualquer elemento
fazendo-se a soma dos efeitos de cada fonte analisada
individualmente;

◼ Cancelamento de fontes:
 Tensão: curto-circuito;
 Corrente: circuito aberto.

28
Exemplo: Determinar o valor de Vx através da superposição dos efeitos.

Anulando a fonte de corrente da direita:


+ −

3,6 = 1,5 I  I = 2,4 A


VxA = 0,5 I = 1,2 V
29
Exemplo: Determinar o valor de Vx através da superposição dos efeitos.

+ -

Anulando a fonte de corrente da esquerda:


+ −

8,4 = 1,5 I  I = 5,6 A


VxB = 0,5 I = 2,8 V
30
Exemplo: Determinar o valor de Vx através da superposição dos efeitos.

Vx = VxA + VxB
Vx = 1,2 + 2,8 = 4 V

31
32
33
6. Teorema de Millman
◼ O teorema de Millman estabelece que um conjunto
de fontes de tensão com resistência interna
associadas em paralelo pode ser substituído por
uma única fonte de tensão com resistência interna,
sem que se alterem as equações do circuito.

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Passo a Passo
◼ O primeiro passo é transformar as fontes de tensão com
resistência em série em fontes de corrente com resistências
em paralelo;
◼ A seguir, somam-se as fontes de corrente para chegar a uma
única fonte de corrente;
◼ Calcula-se o equivalente paralelo das resistências e
transforma uma única resistência equivalente em paralelo
com a fonte de corrente;
◼ Por fim, realiza-se a transformação da fonte de corrente em
paralelo com a resistência equivalente para uma fonte de
tensão em séria com a mesma resistência.

35
Passo a Passo

36
6. Teorema de Millman
◼ A fonte de tensão equivalente terá valor:

◼ A resistência interna equivalente terá valor:

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7. Teorema da Explosão de Fontes1

◼ Fonte de tensão: um ramo contendo apenas uma


fonte ideal de tensão pode ser eliminado do circuito
quando a referida fonte é incluída em todos os nós
adjacentes a um dos seus nós extremos.
◼ Fonte de corrente: uma fonte ideal de corrente que
conecta dois nós pode ser subdividida sendo
conectada em paralelo com os elementos que
fazem parte do percurso que liga os referidos nós.

1 Teorema do Deslocamento de Fontes. 38


39
7. Teorema da Explosão de Fontes
◼ Exemplo 1: Fonte de tensão

40
7. Teorema da Explosão de Fontes

◼ Exemplo 2: Fonte de tensão

41
7. Teorema da Explosão de Fontes

◼ Exemplo 3: Fonte de corrente

42
7. Teorema da Explosão de Fontes

◼ Exemplo 3: Fonte de corrente


Nó 1: I1 + I2 = I3 + I4 + IS

Nó 2: IS + I8 = I5 + I6 +I7

Nó 3: I4 = I8 + I9 + I10

43
7. Teorema da Explosão de Fontes

◼ Exemplo 3: Fonte de corrente


Nó 1: I1 + I2 = I3 + I4 + IS

Nó 2: IS + I8 = I5 + I6 +I7

Nó 3: I4 + IS = I8 + I9 + I10 + IS

44
7. Teorema da Explosão de Fontes

◼ Exemplo 4:

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8. Thévenin
◼ O enunciado do Teorema de Thévenin diz que:
“Qualquer rede ativa que possa ser vista de dois
terminais pode ser substituída por uma única fonte
de tensão em série com uma única impedância. A
fonte de tensão é a tensão de circuito aberto entre
os dois terminais e a impedância é a impedância da
rede vista dos terminais com todas as fontes
anuladas”.
◼ A vantagem desta técnica ocorre quando só se
está interessado na carga, mantendo-se o circuito
inalterado.

46
Passo a Passo

Podemos reduzir a parcela a esquerda dos pontos AB de maneira a


simplificar o circuito:

47
Passo 1
◼ Determinar a resistência RTH, cancelando-se as fontes,
obtendo-se o circuito entre os pontos A e B e determinando a
resistência equivalente resultante.

48
Passo 2
◼ Determinar a tensão entre os pontos A e B considerando o
circuito aberto.

6
VAB = 12  = 8V
6+3

VAB = E TH = 8V

49
Passo 3
◼ Escreve-se o circuito:

50
9. Norton
◼ O enunciado do Teorema de Norton diz que:
“Em um circuito genérico podemos reduzir
parcialmente um determinado trecho, simplificando-
o a uma fonte de corrente (INT) em paralelo com
uma resistência (RNT)”.

51
Passo a Passo

Podemos reduzir a parcela a esquerda dos pontos AB de maneira a


simplificar o circuito:

52
Passo 1
◼ Determinar a resistência RNT, cancelando-se as fontes,
obtendo-se o circuito entre os pontos A e B e determinando a
resistência equivalente resultante.

53
Passo 2
◼ Determinar a corrente que circula entre os pontos A e B
considerando um curto-circuito.

2 8
I AB = 4  = A
7+2 9

8
I AB = I NT = A
9
54
Passo 3
◼ Escreve-se o circuito:

55
Thévenin  Norton
RTH = RNT
ETH = INT RNT
INT = ETH / RTH

56
Thévenin com Fontes Dependentes

57
Thévenin com Fontes Dependentes
O cálculo é composto por três passos:

(i) determinação da tensão em aberto:

58
Thévenin com Fontes Dependentes
(ii) determinação da corrente de curto-circuito entre os terminais
especificados:

59
Thévenin com Fontes Dependentes
(iii) e cálculo da resistência equivalente de Thévenin através do
cociente entre a tensão em aberto e a corrente de curto-circuito:

60
Thévenin com Fontes Dependentes
Outra forma de obter o circuito equivalente de Thévenin:

(i) aplica-se uma fonte de tensão Vy entre os terminais A e B, ficando aquele ramo
com uma tensão Vy e uma corrente Iy;
(ii) usa-se lei das malhas ou lei dos nós para obter as expressões das correntes;
(iii)obtém-se uma expressão do tipo:

Vy = x1 . Iy + x2

sendo x1 = RTH e x2 = VTH

61
10. Máxima Transferência de Potência

◼ O teorema da máxima transferência de potência é


útil quando se deseja maximizar a potência
fornecida a uma carga;
◼ Para isso usa-se o circuito equivalente de
Thévenin.

62
10. Máxima Transferência de Potência

◼ Se RL for ajustável, a potência liberada para a


carga é:

◼ Se VTh e RTh são fixos, a potência é função de RL;


◼ Devemos encontrar o valor onde a potência p é
máxima.

63
10. Máxima Transferência de Potência

◼ Relembrando:
 pontos críticos ou estacionários: onde a derivada primeira é
nula;
 podem ser máximos, mínimos, pontos de inflexão (sela);
 se a segunda derivada de f é positiva no ponto onde a
primeira derivada é nula, então o ponto é um mínimo local;
 se a segunda derivada for negativa, o ponto é um máximo
local;
 se a derivada segunda também for nula, nada se pode
concluir.

64
10. Máxima Transferência de Potência

◼ A derivada é positiva quando


verde, negativa quando
vermelha, e zero quando
preta.

65
10. Máxima Transferência de Potência

◼ Para encontrar os pontos críticos ou estacionários


da função, deve-se derivar p em relação a RL e
igualar a zero.0 '
 f  gf '− fg '
  =
g g2

66
10. Máxima Transferência de Potência

◼ Isso implica em:

67
10. Máxima Transferência de Potência

◼ Assim, se:

◼ Temos para RL = RTh:

68
Exercícios
 ALEXSANDER C. K.; SADIKU, M. N. O.
Fundamentos de Circuitos Elétricos. 3. ed. São
Paulo: McGraw Hill, 2008. (capítulo 4)
◼ Exemplo 4.13 (página 151);
◼ Problema Prático 4.13 (página 152).

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TEOREMAS DE REDES

Circuitos Elétricos II
Professora: Andréa Araújo Sousa

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