Você está na página 1de 46

Resolução: O diagrama de impedância será:

Neste caso o circuito está em série, portanto:


ZT  Z1  Z2  R0  X L90
ZT  R  jX L
ZT  4Ω j8Ω
ZT  8,944463,43






TRIÂNGULO DE IMPEDÂNCIA
Um triângulo de impedância é normalmente uma representação gráfica mais conveniente.
O triângulo contém vetores correspondentes a R, jX e Z com o vetor jX desenhado a partir da
ponta do vetor R, e o vetor Z desenhado como a soma desses dois vetores, como mostra a figura
a seguir.

A figura (a) mostra um triângulo de impedância genérico para cargas indutivas


A figura (b) mostra um triângulo de impedância para Z  6  j8 
1053,1
A figura (c) mostra um triângulo de impedância para Z  6  j8  10  53,1

Figura 3.9 – Triângulo de Impedância

EXEMPLO 3.4
Construa o triângulo de impedância para o circuito mostrado a seguir.

51
DIVISOR DE TENSÃO

A regra do divisor de tensão para circuitos de corrente alternada tem exatamente o mesmo
formato da que é usada em circuitos de corrente contínua.

Vˆ  Vˆ . Ẑ1
1 S
ˆ1  Zˆ2

Vˆ  V̂ . Ẑ 2
2 S
ˆ1  Ẑ 2

Figura 3.10 – Divisor de tensão

DIVISOR DE CORRENTE

A regra do divisor de corrente aplicada para circuitos em paralelo, também tem o mesmo
formato da que é usada em circuitos de corrente contínua.

Iˆ  Iˆ . Ẑ 2
1 S
ˆ
Ẑ1  Z2

Iˆ  Iˆ . ˆ
1
ˆ1 2
 Zˆ
2 S

Figura 3.11 – Divisor de corrente

52
EXEMPLO 3.5 - Para um circuito RLC série, mostrado a seguir determine:

a) A tensão fasorial da fonte E;


b) A impedância total ZT vista pela fonte;
c) O diagrama de impedâncias;
d) A corrente fasorial do circuito I;
e) As tensões fasoriais VR, VL e VC;
f) Verifique a LTK para este circuito.

53
LISTA 7
1) Calcule a impedância de entrada do circuito em série visto na figura abaixo. Desenhe o diagrama e
o triângulo impedâncias.
Resp. Z = 6 - 8j em ohms
Diagrama de Impedância: Veja o exemplo 3.3

2) Calcule a impedância de entrada do circuito em série visto na figura abaixo. Desenhe o diagrama e
o triângulo de impedâncias.
Resp. Z = 4 + 8j em ohms
Diagrama de Impedância: Veja o exemplo 3.3

3) Calcule a impedância de entrada do circuito em série visto na figura abaixo. Desenhe o diagrama de
impedância e o triângulo de impedâncias.

Resp. Z = 6 – 2j em ohms.
Diagrama de Impedância: Veja o exemplo 3.3

4) Calcule para o circuito a seguir:

a) A corrente fasorial I;
b) A tensão fasorial VR;
c) A tensão fasorial VL;
d) Verifique a LTK.

Respostas
a) Iˆ  20  53,13 A b) VˆR  60  53,13V
ˆ

c) VL  8036,87V d) Verificar se E = VR + VL

54
5) Use a regra do divisor de tensão e encontre as tensões fasoriais VR e VL no circuito dado a seguir.
Resp. VˆR  60  53,13V Vˆ L  8036,87V

6) Calcule para o circuito a seguir:

a) A corrente fasorial I;
b) A impedância total ZT;
c) A tensão fasorial total E;
d) A tensão fasorial VR;
e) A tensão fasorial VC;
f) Verifique a LTK.

Respostas
d) V̂ R  3053,13V e) V̂C  40  36,87V

7) Use a regra do divisor de tensão e encontre as tensões fasoriais VR e VC no circuito abaixo.


Respostas. Vˆ  6053,13V Vˆ  80  36,87V
R C

8) Sendo I 5030 A , use a regra do divisor de corrente e encontre as correntes fasoriais I1 e I2.
Verifique a LCK.
Resp. I1  80  6,87A I2  50136,26A

55
9) Para o circuito a seguir calcule a corrente IS. Resp. IS  22,36  26,56A

10) Use a regra do divisor de corrente e determine as correntes I1 e I2 no circuito abaixo. Verifique a
LCK. Determine a tensão fasorial da fonte Vs.
 
Dado: is  26. 2.sen 103 t  30o [A]
Resp. ˆ  19,530 A Iˆ2  6,530 A Vˆ  78120V
1 s

11) (FURNAS 2009) - A susceptância de um capacitor de 100 mF, 60 Hz, em siemens (S), é
A) 2π B) 12π C) 14π D) 16π E) 20π
Resposta Letra B

12) (FURNAS 2009) Um conjunto de elementos está submetido a uma tensão v=60cos(5t+45°)V e
percorrida por uma corrente i=3cos(5t+15°)A. Em estado permanente senoidal, o conjunto de elementos
é representado por uma impedância cuja parte imaginária é
A) 35Ω B) 25Ω C) 20Ω D) 15Ω E) 10Ω
Resposta Letra E

13) (Eletrobrás 2007) Um circuito elétrico série é alimentado por uma fonte de tensão dada por v
= 120.sen (200t + 45º) V. A corrente resultante é dada por i = 4.sen (200t – 15º) A. A impedância
complexa equivalente desse circuito é:
a)3045Ω
b)3060 Ω
c)6060 Ω
d)3030
e) 30. 330
Resposta: Letra B

56
14) (FURNAS 2009) - Uma fonte de tensão alternada, um resistor de 50Ω, um capacitor de 100 μF e
um indutor de 10 mH formam um circuito série. Em estado permanente senoidal, a corrente no circuito
série está em fase com a tensão da fonte. A frequência da fonte em rad/s é:
A) 50.
B) 100.
C) 500.
D) 800.
E) 1000.
Resposta Letra E

15) (Eletrobrás 2007) O circuito RC indicado na figura abaixo é alimentado por uma bateria de 30
Volts. Nessas condições, a intensidade da corrente i através do resistor de 2Ω é:
(A) zero;
(B) 15 A;
(C) 10 A;
(D) 5 A;
(E) 2,5 A.
Resposta Letra D

16) (Eletrobrás 2007) O circuito R,L,C indicado na figura abaixo é alimentado por uma fonte (CC) de
60 Volts. O valor de regime permanente da corrente i é:
(A) 60 A;
(B) 20 A;
(C) 15 A;
(D) 13,33 A;
(E) zero.
Resposta Letra B

17) (FURNAS-2009) Uma fonte de tensão alternada Vm cos t V, um resistor R, um indutor L e um


capacitor C formam um circuito série. A tensão eficaz medida sobre cada um dos componentes é VR =
60V, VL = 120V e Vc = 40V. A tensão eficaz gerada pela fonte é
A) 220 V.
B) 200 V.
C) 180 V.
D) 160 V.
E) 100 V.
Resposta Letra E

57
CAPÍTULO IV – POTÊNCIA CA E CORREÇÃO DO FATOR DE
POTÊNCIA
Referência: Introdução à Análise de Circuitos – Boylestad, Robert L. Pearson Prentice Hall - 10ª
Edição, 2004 – Capítulo 19.

A potência elétrica usada em um circuito depende de muitas variáveis, entre elas tensão
e corrente, medidas instantaneamente. Para a maioria dos usuários de energia, os valores de tensão
e corrente, bem como a relação entre essas variáveis e as potências são desconhecidas. Mas para
as concessionárias e os fornecedores de energia elétrica, cujos sistemas devem ser dimensionados
para fornecer corrente e determinado nível de tensão, essas relações são importantes. Quando
determinada potência é consumida por um período de tempo, a energia está sendo usada. Demanda
é a quantidade total de potência medida em um intervalo de tempo, e é medida em quilowatts (kW).
O termo Consumo geralmente se refere ao valor da potência (ativa ou aparente), utilizada ao longo
do tempo. Assim, vejamos alguns conceitos que serão importantes para prosseguirmos os estudos.

Potência é a capacidade de produzir trabalho por unidade de tempo.

Potência elétrica é a quantidade de energia elétrica solicitada na unidade de tempo.

Potência disponibilizada é a potência que o sistema elétrico da concessionária deve dispor para
atender às instalações elétricas da unidade consumidora segundo os critérios estabelecidos pela
Resolução 456.

Potência instalada é a soma das potências nominais de equipamentos elétricos de mesma espécie
instalados na unidade consumidora e em condições de entrar em funcionamento.

Potência ativa ( P ) é a potência que realmente produz trabalho útil, ou seja, gera calor, luz,
movimento, etc medida em watts ou kW.

Potência reativa ( Q ) é usada para criar o campo eletromagnético das cargas indutivas. A potência
reativa não produz trabalho útil, mas circula entre o gerador e a carga, exigindo do gerador e do
sistema de distribuição uma corrente adicional. Sua unidade de medida é o volts- amperes-reativos
(VAr) ou (kVAr).

Potência Aparente ( S ) é o produto tensão x corrente, tendo como unidade o volt-amperes VA


ou kVA.

Energia elétrica ativa é a energia que pode ser convertida em outra forma de energia expressa
geralmente em quilowatts-hora (kWh).

Energia elétrica reativa é a energia elétrica que circula continuamente entre os diversos campos
elétricos e magnéticos de um sistema de corrente alternada, sem produzir trabalho útil e sim calor,
e é expressa em quilovolt-ampere-reativo-hora (kVArh).

58
Fator de potência é a razão entre a energia elétrica ativa e a raiz quadrada da soma dos quadrados
das energias elétrica ativa e reativa, consumidas num mesmo período especificado. Ou também, é a
razão entre a potência ativa e a potência aparente.

Pelo fato de os fatores de potência não apresentarem diferença matemática para circuitos
capacitivos e indutivos, eles são diferenciados pelo nome. O fator de potência para um circuito
indutivo é fator de potência atrasado, e o fator de potência para um circuito capacitivo é chamado
fator de potência adiantado. Vale lembrar que em um circuito indutivo a corrente está atrasada em
relação à tensão, e em um circuito capacitivo a corrente está adiantada em relação à tensão.

v(t)  Vmsen(t V )


i(t)  Imsen(t  i )

θ = θv - θ i

59
PRINCIPAIS EQUAÇÕES

Representação para cargas indutivas Representação para cargas capacitivas

P
Fator de Potência = FP = cos   P
S

Potência Aparente: S  V.I (VA)

Potência Aparente: S  (VA)

Potência Ativa: P  V .I.cos (W)

Potência Reativa: P  V .I.sen (VAR)

Potência complexa fasorial para cargas indutivas: Sˆ  P  jQ L

Potência complexa fasorial para cargas capacitivas: Sˆ  P  jQ C

Potência complexa fasorial: Ŝ  V̂.Î * onde Î * é o conjugado da corrente.

Impedância indutiva: Zˆ  R  jX L (Ω) Impedância capacitiva: Zˆ  R  jX C (Ω)

Tensão fasorial: V̂  Ẑ.Î (V)


Pentrada
Rendimento ou eficiência:   x100%
Psaida

60
PROCEDIMENTO PARA CÁLCULO DAS POTÊNCIA CA

As potências P, Q e S totais e o fp total em um sistema podem ser obtidos utilizando o


seguinte procedimento:

1 – Determine P e Q para todos os ramos do circuito.

2 – A Potência ativa total (PT) é a soma das potências médias fornecidas a todos os ramos, ou
seja, (PT = P1 + P2 + P3 + ... + PN).

3 – A Potência reativa total (QT) é a soma algébrica das potências reativas das cargas indutivas
(QL) e capacitivas (QC), considerando QL > 0 e QC < 0.

4 – A potência aparente total será dada por: S  .


T T T

PT
5 – O Fator de Potência total será dado por: FP  .
T
ST

* Observe que ST  S1  S2  S3  ...  SN

* Não é necessário considerar a configuração dos ramos, ou seja, PT, QT e ST são independentes
do fato de as cargas estarem em série, em paralelo ou em série-paralelo.

61
EXEMPLO 4.1

Uma indústria com tensão de entrada 2200º V apresenta as seguintes cargas:


 Carga 1 - Um motor de 3cv com fp = 0,7 (L) e eficiência de 80%.
 Carga 2 - Uma carga de 2kVA com fp = 0,65 atrasado.
 Carga 3 - Um aquecedor resistivo de 3kW.

Determine:
a) O triângulo de potência da instalação;
b) O FP total da instalação;
c) A corrente fasorial total drenada na entrada da indústria;
d) O FP da instalação atende a legislação brasileira?
RESPOSTA
Dados 1hp = 746W 1cv = 736W a) PT = 7,060kW; QT = 4,3348kVAR (L); ST = 8,2845kVA
b) FP = 0,852 atrasado
c) Iˆ  37,65 A  31,57

62
LISTA 8
1 – Calcule o número total de watts, de volts-ampères reativos e de volts-ampères e o fator de potência
(FP) do circuito visto abaixo. Desenhe o triângulo de potências e determine a corrente em forma fasorial.

Resp. FP=0,6 adiantado (C); PT = 600W; QT = 800VAR (C); ST = 1kVA; Iˆ  1053,13º A

2 – Para o sistema visto na figura:


a. Determine PT, QT e ST;
b. Determine o fator de potência FP;
c. Desenhe o triângulo de potências.
d. Calcule Is.

Resp. PT = 500 W; QT = -200 VAR (C); ST = 538,52 VA; FP = 0,928 adiantado; IS = 10,776A  81,8°A

3 – Para o sistema visto na Figura:


a. Calcule a potência total em watts, volts-ampères e o fator de potência FP do circuito.
b. Calcule a corrente Is.
c. Desenhe o triângulo de potência.

Resp. PT = 900 W; QT = 0 VAR; FP = 1; IS = 9A  0°

63
4 – Duas cargas são conectadas em paralelo sobre 277 V. Uma é um motor de indução de 5 hp a plena carga
operando com uma eficiência de 80% e um fator de potência 0,7 atrasado. A outra é um aquecedor resistivo
de 5 kW. Encontre a corrente total e o FP global da instalação.
Resp. FP = 0,897 atrasado. I = 38,9 A

5 – (AGETOP-MODIFICADO) Um transformador de 10 MVA é necessário para suprir uma carga industrial


com fator de potência unitário. O transformador operará a plena carga por 10h e o restante dodia permanece
completamente a vazio. Um fornecedor A oferece um transformador com rendimento a plena carga de 99%
e perda sem carga de 2%. Um fornecedor B oferece um transformador com o mesmo preço, tendo eficiência
a plena carga de 98% e perda sem carga de 1%. Considerando-se o custo da energia como sendo de R$
0,50 o kWh e os dados dos dois transformadores A e B, é CORRETO afirmar que:
a) A melhor escolha é o transformador do fornecedor B, pois a economia diária é de dia R$ 200,00.
b) A melhor escolha é o transformador do fornecedor B, pois a economia diária é de dia R$ 400,00.
c) A melhor escolha é o transformador do fornecedor A, pois a economia diária é de dia R$ 200,00.
d) A melhor escolha é o transformador do fornecedor A, pois a economia diária é de dia R$ 400,00.
e) Os dois transformadores são iguais em termos de economia de energia.

6 - (FURNAS 2009) Um aparelho elétrico consome 5000 W em 220 V. O preço da energia é R$0,30 por
kWh. O custo para operar o aparelho durante 10 horas é:
A) R$ 5
B) R$ 15
C) R$ 18
D) R$ 20
E) R$ 30
Resposta: Letra B

7 - (FURNAS 2009) Uma carga indutiva consome uma potência média de 20 KW e uma potência
aparente de 20 2 KVA. O fator de potência da carga é:

1 3 3
2 adiantado c) 1 d) atrasado e)
a) atrasado b)
2 2 2 2
atrasado
Resposta: Letra A

8 – (ELETROBRÁS-2007) O fator de potência do circuito da figura abaixo é igual a:


(A) 0,50;
(B) 0,60;
(C) 0,71;
(D) 0,87;
(E) 0,92.
Resposta: Letra b

64
9 - (ELETROBRÁS-2007) – Uma das medidas usuais para tornar mais eficientes os sistemas de
iluminação é a troca de lâmpadas incandescentes por lâmpadas fluorescentes tipo PL com mesma emissão
luminosa. Se forem utilizados reatores com fator de potência de 0,8 indutivo, é correto afirmar que com tal
medida:
(A) diminui o consumo de potência ativa;
(B) diminui o consumo de potência reativa;
(C) o fator de potência da instalação não é alterado;
(D) o fator de potência da instalação aumenta;
(E) o fator de potência da instalação fica mais capacitivo.
Resposta: Letra A

10 - (INFRAERO 2009) Em relação ao ar condicionado, sendo 2000VA a carga prevista e fator de


potência cosφ = 0,8, a potência ativa a ser considerada no projeto será de:
(A) 2500 VAR
(B) 1600 kW
(C) 1600 W
(D) 2500 W
(E) 1600 VAR
Resposta: Letra C

11 - (CELG 2004) Considere um circuito elétrico monofásico teórico, com resistência (R) e indutância (L) em
série. Sabendo que o circuito é alimentado por uma fonte de corrente alternada senoidal de 100 Volts (valor
eficaz RMS), de 60 Hz, a resistência (R) é igual a 3 Ω e a indutância (L) vale 1/(30π) H, o móduloda
potência aparente (N) do circuito será igual a
a) S = 2.000 W (Fórmulas dadas: S = P + jQ ; Z = R + jXL ; XL = 2 π f L )
b) S = 2.777 VA
c) S = 2 kVA
d) S = 1,428 kVA
e) S = 2.000 kVA
Resposta: Letra C

65
CORREÇÃO DO FATOR DE POTÊNCIA

O fator de potência é uma grandeza de muita importância pois se baseia em parte no impacto
econômico que ele tem entre os usuários industriais de grandes quantidades de potência. Veja a
seguir algumas causas e conseqüências de um baixo fator de potência, bem como as vantagens de se
realizar a correção do FP.

QUAIS AS CONSEQÜÊNCIAS DE UM BAIXO FP?


Aumento da corrente no sistema;
Aumento das perdas joulicas (Perdas = R.I2);
Aumento da queda de tensão (excesso de energia reativa);
Aumento no valor da fatura de energia (R$);
Aumento na bitola dos condutores;
Sobrecarga nos dispositivos de manobra e proteção;
Quedas e flutuações da tensão;
Etc.

QUAIS AS CAUSAS DE UM BAIXO FP?


Motor de indução trabalhando a vazio;
Motor superdimensionado;
Transformadores a vazio ou com pouca carga;
Reatores de baixo fp no sistema de iluminação;
Máquinas de solda;
Etc
Banco de capacitores

QUAIS AS VANTAGENS DA CORREÇÃO DO FP?


Melhoria da tensão;
Redução do custo de energia elétrica;
Aumento da eficiência energética;
Redução das perdas joulicas;

Aumento da capacidade do sistema de transmissão e distribuição para conduzir o bloco de


potência ativa.
Etc

COMO REALIZAR A CORREÇÃO DO FP?


Freqüentemente é possível corrigir o fator de potência para um valor próximo ao unitário.
Essa prática é conhecida como correção do fator de potência e é conseguida mediante o acoplamento
de bancos de indutores ou capacitores, com uma potência reativa Q contrário ao da carga, tentando
ao máximo anular essa componente. Por exemplo, o efeito indutivo de motores pode ser anulado
com a conexão em paralelo de um capacitor (ou banco) junto ao equipamento. Outra possibilidade é
através de Motores Síncronos Superexcitados.

66
Para dimensionar a potência do Banco de capacitores a ser ligado em paralelo com a carga
para realizar a correção do fator de potência podemos utilizar a seguinte equação.

Q  P.tg  tg   P.tg cos1 FP  tg cos1 FP 


cap 1 2 1 2

A capacitância C do Banco será dada por:

C
Qcap

P
 1 1
. tg cos FP  tg cos FP

V 2 V 2 1 2

Onde:
S1 – Potência Aparente antes da compensação
S2 – Potência Aparente após a compensação
Q1 – Potência Reativa antes da compensação
Q2 – Potência Reativa após a compensação
cos θ1 - Fator de Potência antes da compensação
cosθ2 - Fator de Potência após a compensação
P – Potência Ativa

67
Tabela para Correção do Fator de Potência

68
EXEMPLO 4.2 - Para o exemplo 4.1, onde a potência total da indústria foi 7,06kW e o FP total
0,852 atrasado, qual deve ser a potência do Banco de Capacitores instalado em paralelo com acarga
que corrige o FP da instalação para o mínimo especificado pela legislação brasileira?
Resposta: 1,3307kVAR.

RESOLUÇÃO

EXEMPLO 4.3 - Para o exemplo 4.1 qual deve ser a potência do Banco de Capacitores instalado
em paralelo com a carga que eleva o FP da instalação para um? Resposta: 4,3348kVAR.
RESOLUÇÃO

69
LISTA 9
1 – (ELETRONORTE 2006) Um motor de indução consome 24kW de potência ativa, operando com fator de
potência 0,6 indutivo. Desejando-se aumentar o fator de potência no ponto de sua ligação na rede para 0,8
indutivo, será necessário instalar capacitores cuja potência reativa seja igual a:
a) 32kVAr;
b) 24kVAr;
c) 18kVAr;
d) 14kVAr;
e) 12kVAr
Resposta: Letra D

2 – (CEAL-2005) Para uma correção do fator de potência de uma instalação elétrica industrial de 600kW,
de 0,6 para 0,8, é necessário um banco de capacitores com potência de
a) 300kVAr
b) 350kVAr
a) 400kVAr
a) 450kVAr
a) 500kVAr
Resposta: Letra B

3 - (SANEAGO 2008) Dentre as medidas que podem ser implementadas para melhorar o uso eficiente da
energia elétrica, está a correção do fator de potência de uma instalação elétrica. A redução do consumo de
energia elétrica, mantendo o mesmo consumo de energia ativa, se deve à
a) redução da tensão dentro da instalação, em especial nos terminais dos motores de indução.
b) redução da corrente de magnetização dos grandes motores de indução operando com carga nominal.
c) redução das perdas de energia pela redução da corrente elétrica nos circuitos da instalação.
d) elevação da energia reativa para um mesmo consumo de energia elétrica ativa, desde que metade das
cargas sejam motores de indução.
Resposta: Letra C

4 - (INFRAERO 2009) Uma instalação elétrica consome 10 kW e tem fator de potência 0,5. Para corrigir
o fator de potência para 0,8 é necessária a conexão de um banco de capacitores de modo que a instalação passe
a ter:
(A) 8 kVA
(B) 16 kW
(C) 20 kVA
(D) 56,25 kVAR
(E) 7,5 kVAR
Resposta: Letra E

70
5 - (SANEAGO 2008) Considere o sistema de conversão de potência hidráulica em potência elétrica
realizado de acordo com a figura a seguir. Determine a potência elétrica disponível na saída do gerador:

Resposta: Letra B

6 - Uma carga industrial monofásica consome 88kW a um fp de 0,707 em atraso de uma linha rms de 480V.
A resistência na linha de transmissão do transformador de potência da companhia para a planta é de 0,08Ω.
Determine:
a) A potência ativa que deve ser fornecida pela companhia de energia sob tais condições;
b) A potência ativa que deve ser fornecida pela companhia se de algum modo o fp for mudado para 0,90
em atraso.
c) A redução percentual da corrente rms na planta industrial.
d) Suponha que a indústria opere em média 10 horas por dia e 20 dias por mês. Qual a economia de
energia elétrica ativa em kWh desse sistema industrial com essa elevação do fator de potência?

Resposta:
a) 93,38kW
b) 91,32kW
c) 21,44%
d) 412kWh

Dado: Perdas = RI2


COMENTÁRIO:

Deve-se notar a diferença interessante entre esses dois casos. Uma simples mudança no fp da
carga de 0,707 para 0,90 em atraso tem um efeito interessante. Note que no primeiro caso a companhia de
energia deve gerar 93,38kW a fim de suprir a planta com 88kW de potência com uma perda de potência na
linha de 5,38kW. Todavia, no segundo caso a companhia precisa gerar somente 91,32kW a fim de suprir a
mesma planta que agora tem uma perda na linha de 3,32kW. Um fp baixo na carga significa que os
geradores e linhas devem ser capazes de conduzir mais corrente a uma dada tensão do que seria necessário
se o fp fosse alto (veja a redução percentual da corrente).

71
CAPÍTULO V – CIRCUITOS TRIFÁSICOS
Referência: Introdução à Análise de Circuitos – Boylestad, Robert L. Pearson Prentice Hall - 10ª
Edição, 2004 – Capítulo 22.

O sistema trifásico é a forma mais comum de geração, transmissão e distribuição de energia


elétrica em corrente alternada. Este sistema incorpora o uso de três ondas senoidais balanceadas,
defasadas em 120º entre si, de forma a balancear o sistema, tornando-a muito mais eficiente ao se
comparar com três sistemas isolados. As máquinas elétricas trifásicas tendem a ser mais eficientes
pela utilização plena dos circuitos magnéticos. O sistema trifásico também permite a flexibilidade
entre dois níveis de tensão.

Figura 5.1 – Linha de Transmissão Trifásica

Um gerador CA projetado para desenvolver uma única tensão senoidal para cada rotação
do eixo (rotor) é chamado gerador Monofásico. Se for usado mais de um enrolamento no rotor,
posicionados de uma determinada maneira, o resultado será um gerador polifásico, que geram mais
de uma tensão CA para cada volta completa do rotor. Neste capítulo será discutido o sistema trifásico,
por ser o mais utilizado em sistemas de transmissão de energia elétrica.
A figura a seguir mostra um gerador trifásico.

72
Figura 5.2 – Gerador trifásico

As tensões geradas por um gerador trifásico estão representadas a seguir.

V1  Vm sen(t)
V2  Vm sen(t  120)
V3  Vm sen(t  120)

Figura 5.3 – Tensões de fase de um gerador trifásico

Observe que neste caso temos:


V3  Vm sen(t  240)  Vm sen(t  120)

73
CARGAS EM Y E EM   As cargas trifásicas podem ser interligadas ao sistema de
dois modos distintos:

Carga em estrela ou Y: Um dos terminais das cargas é conectado a uma das fases do sistema
enquanto o outro terminal é conectado a um ponto comum que é o neutro utilizado para se medir
as tensões de fase.

Figura 5.4 – Carga em estrela ou Y

Carga em triângulo ou delta - Um dos terminais das cargas é conectado a outro terminal de outra
carga e as fases do sistema são interligadas nos pontos de junção dos terminais da carga.

Figura 5.5 – Carga em triângulo ou delta

De forma análoga o gerador também pode ser conectado em Y ou .

Figura 5.6 – Gerador em triângulo e em delta

74
SEQÜÊNCIA DE FASE
Seqüência de fases de um sistema polifásico é a ordem pela qual as tensões passam pelo seu
valor máximo. Também podem ser determinada pela ordem na qual os fasores que representam as
tensões de fase passam por um ponto fixo do diagrama fasorial quando se faz girar todo o diagrama
no sentido anti-horário. Essas seqüências podem ser do tipo:

Seqüência Direta ou Positiva ou ABC ou BCA ou CAB


Tensões de fase:
Ê AN  E AN 0
Ê BN  EBN   120
ÊCN  ECN   120


Tensões de linha:

Eˆ AB  E AB 0
Eˆ  EBC   120
BC

 Ê CA  ECA   120

Figura 5.7 – Seqüência Positiva ou ABC


Seqüência Indireta ou Negativa ou ACB ou CBA ou BAC 
Tensões de fase:

Eˆ AN  E AN 0
Eˆ BN  EBN   120
Eˆ  ECN   120
CN


Tensões de linha:

Ê AB  E AB 0
Ê BC  EBC   120

 Ê CA  ECA   120

Figura 5.8 – Seqüência Negativa ou ACB

75


CIRCUITOS EQUILIBRADOS
Em circuitos equilibrados temos as seguintes relações em módulo:

Carga em Y

VL  3.VF
I L  IF

Figura 5.9 – Módulo das tensões e correntes para carga equilibrada em Y

Carga em 
VL  VF
I L  3. I F

Figura5.10 – Módulo das tensões e correntes para carga equilibrada em 

76

EXEMPLO 5.1 – Para o sistema Δ-Δ mostrado a seguir determine:


a) Os ângulos de fase θ2 e θ3.
b) As correntes fasoriais em cada fase.
c) O módulo das correntes de linha.

Resposta:
a) θ2 = 120° e θ3 = - 120°

b) I abˆ  33,9445o A ˆ  33,94165o A


Ibc Iˆca  33,94  75o A

c) IL = 58,78 A

77
EXEMPLO 5.2 – Para o sistema Δ-Y mostrado a seguir determine:
a) As tensões de cada fase.
b) O módulo das tensões de linha.

Respostas:
a) Van  20  53,13º V Vbn  20 173,13º V Vcn  2066,87º V
b) EAB = ECB = ECA = 34,6V

78
LISTA 10
SISTEMA Y-Y
4) A sequência de fase do sistema Y-Y visto a

seguir é ABC e as resistências estão em ohms.


1) Uma carga Y equilibrada com resistência de
Determine:
10Ω por fase é conectada a um gerador trifásico de
quatro fios conectado em Y com uma tensão de a) Os ângulos θ1 e θ2.
linha de 208V. Determine: b) As tensões de fase em forma fasorial.
c) As correntes de fase em forma fasorial.
a) O desenho do circuito;
d) O diagrama fasorial das correntes
b) O módulo da tensão de fase do gerador;
determinadas no item (c) e demonstre que a soma
c) O módulo da tensão de fase da carga;
fasorial das correntes é zero.
d) O módulo da corrente de fase da carga;
e) O módulo das correntes de linha.
e) O módulo da corrente de linha.
f) O módulo das tensões de linha.
RESPOSTAS
a) – b) 120,1V c) 120,1V d)12,01A e)12,01A

2) Uma carga Y equilibrada consiste em


resistência de 12Ω em série com reatância
capacitiva de 16Ω por fase está conectada a um
gerador trifásico de quatro fios ligado em Y com
uma tensão de linha de 208V. Determine:
a) O desenho do circuito;
b) O módulo da tensão de fase do gerador;
c) O módulo da tensão de fase da carga; RESPOSTAS
d) O módulo da corrente de fase da carga; a) θ2 = -120° θ3 = 120°

e) O módulo da corrente de linha. b)Vˆan  120V0 Vˆb  120V  120


ˆ  120V120
RESPOSTAS cn

a) - b) EФ = 120,1V c) VФ = EФ = 120,1V c) Iˆan  6A0 Iˆ bn  6 A 120 Iˆ cn  6A120


d) I  6 A e) I L  6 A d) - Desenho
e) I L  6 A
3) Uma carga Y equilibrada consiste em f) VL = 207,84V
resistência de 10Ω em paralelo com reatância
capacitiva de 10Ω por fase está conectada a um 5) Repita o problema anterior se as resistências da
gerador trifásico de quatro fios ligado em Y com carga forem substituídas por resistores de 6Ω em
uma tensão de linha de 208V. Determine: paralelo com reatâncias capacitivas de 8Ω.
a) O desenho do circuito;
b) O módulo da tensão de fase do gerador; RESPOSTAS
c) O módulo da tensão de fase da carga; a) θ2 = -120° θ3 = 120°

d) O módulo da corrente de fase da carga; b) V̂an  120V0 V̂ b  120V  120


e) O módulo da corrente de linha. ˆ  120V120
cn
c) As correntes são:
RESPOSTAS ˆ  25A36,87
a) – b) 120,1V c) 120,1V d)16,98A e)16,98A an

ˆ  25A  83,13
bn
ˆ  25A156,87
cn
d) - Desenho

79
e) I L  25A

80
f) VL = 207,84V
6) Para o sistema visto na figura a seguir, determine o módulo das tensões e correntes desconhecidas.

RESPOSTAS

SISTEMA Y-∆

7) Uma carga equilibrada conectada em Δ com resistência de 20Ω por fase é conectada a um gerador trifásico de três
fios conectado em Y com uma tensão de linha de 208V. Determine:
a) O desenho do circuito;
b) O módulo da tensão de fase do gerador;
c) O módulo da tensão de fase da carga;
d) O módulo da corrente de fase da carga;
e) O módulo da corrente de linha.
RESPOSTAS: a) Desenho b) VFG = 120V c) VFC = 208V d) IFC = 10,4A e) IL = 18A

8) Repita o problema anterior se as resistências da carga forem substituídas por resistores de 18Ω em paralelo com
reatâncias capacitivas de 18Ω.
RESPOSTAS: a) Desenho b) EФ = 120,1V c) VФ = 208V d) I  16,342A d) I L  28,304A

9) A sequência de fase do sistema Y-∆ visto a seguir é ABC. Determine:

a) Os ângulos θ2 e θ3.
b) As tensões de fase da carga
em forma fasorial.
c) O diagrama fasorial das tensões
obtidas.
no item anterior e demonstre que a
soma
fasorial das tensões é zero.
d) As correntes de fase em forma
fasorial.
e) O módulo das correntes de linha.
f) O módulo das tensões de fase.

RESPOSTAS
a) θ2 = -120° θ3 = 120° b)Vˆab  208V0 Vˆbc  208V  120 Vˆca  208V120 c) Desenho

81
d) Iˆ  9,455A0 Iˆ  9,455A 120 ˆ  9,455A 120 e) I  16,376A f) VF = 208V

ab bc ca L
10) Repita o problema anterior se as resistências da carga forem substituídas por resistores de 100Ω em série com
reatância capacitiva de 100 Ω.
RESPOSTAS
a) θ2 = -120° θ3 = 120° b)Vˆ  208V0 Vˆ  208V  120 Vˆ  208V120 c) Desenho
ab bc ca

d) Iˆab  1,471A45 Iˆ b  1,471A  75 ˆ 1,471A165 e) I L  2,548A f) VF = 208V


ca

11) Para o sistema visto na figura a seguir, determine o módulo das tensões e correntes desconhecidas.

RESPOSTAS: Vab =Vbc = Vca = 220V Iab = Ibc = Ica = 15,56A IAa = IBb = ICc = 26,95A

* 12) (Exercício Desafio) Para o problema anterior determine todas as tensões e correntes de fase e de linha na forma
fasorial.
Resposta:
Correntes de fase: Iˆab  15,56  45A Iˆbc  15,56 165A Iˆca  15,5675A
Correntes de linha: IˆAa  26,95  75A IˆBb  26,95165A IˆCc  26,9545A

82
LISTA 11
SISTEMA ∆-Y e ∆-∆

1) Uma carga equilibrada conectada em Y com resistência de 30Ω por fase é conectada a um gerador trifásico
conectado em ∆ com uma tensão de linha de 208V. Determine:
a) O desenho do circuito;
b) O módulo da tensão de fase do gerador;
c) O módulo da tensão de fase da carga;
d) O módulo da corrente de fase da carga;
e) O módulo da corrente de linha.
RESPOSTAS: a) Desenho b) VФ = 208V c) VFcarga = 120,1V d) IФ = 4A e) IL = 4A

2) Repita o problema 1 se as resistências da carga forem substituídas por resistências de 12Ω em série com
reatâncias indutivas de 12Ω.
RESPOSTAS: a) Desenho b) VФ = 208V c) VFcarga = 120,1V d) IФ = 7,076A e) IL = 7,076A

3) Repita o problema 1 se as resistências da carga forem substituídas por resistências de 15Ω em paralelo com
reatâncias capacitiva de 20Ω.
RESPOSTAS: a) Desenho b) VФ = 208V c) VFcarga = 120,1V d) IФ = 10A e) IL = 10A

4) Para o sistema visto na figura a seguir, determine o módulo das tensões e correntes desconhecidas.

RESPOSTAS

5) Repita o problema 4 se as resistências da carga forem substituídas por resistências de 10Ω em série com
reatâncias indutivas de 20Ω.
RESPOSTAS: Van = Vbn = Vcn = 69,28V Ian = Ibn = Icn = 3,098A IAa = IBb = ICc = 3,098A

6) Repita o problema 4 se as resistências da carga forem substituídas por resistências de 20Ω em paralelo com
reatâncias capacitiva de 15Ω.
RESPOSTAS: Van = Vbn = Vcn = 69,28V Ian = Ibn = Icn = 5,77A IAa = IBb = ICc = 5,77A

83
7) A sequência de fase do sistema ∆-∆ visto a seguir é ABC. Determine:
a) Os ângulos θ2 e θ3.
b) As tensões de fase da carga em forma fasorial.
c) O diagrama fasorial das tensões obtidas no item (b) e demonstre que a soma fasorial das tensões é zero.
d) As correntes de fase da carga em forma fasorial.
e) O módulo das correntes de linha.

RESPOSTAS
a) θ2 = -120° θ3 = 120°
b)Vˆab  100V 120
bc

ca  100V120
c) Desenho
d) Iˆ  5A0 Iˆ  5A 120
ab b
ˆ  5A  120
ca
e) IL = 8,66A

8 - Repita o problema anterior se as resistências da carga forem substituídas por resistências de 20Ω em paralelo com
reatâncias capacitiva de 20Ω.
RESPOSTAS a) θ2 = -120° θ3 = 120° b)Vˆ ab 100V0 Vˆ bc 100V 120 Vˆ ca  100V120
c) Desenho d) ˆ  7,072A45 Iˆ  7,072A  75 ˆ  7,072A165 e) IL = 12,25A
ab b ca

9 - (FURNAS 2009) Em um gerador trifásico, simétrico, conectado em estrela, sequência de fases ABC, a tensão
de fase é VAN  10040V.A tensão de fase VCN é:
a) 100  80V.
b) 100160V.
c) 100120V.
d) 100  120V.
e) 1000V.
Resposta Letra B

10 - (FURNAS 2009) Um gerador trifásico, simétrico, conectado em estrela, tensão de linha 120 V, alimenta
2
uma carga equilibrada em triângulo de impedância (15 + j15) Ω por fase. O módulo da corrente de fase na carga é:
a) 8 A.
b) 8 3 A.
c) 10 A.
d) 12 A.
e) 12 2 A.
Resposta: Letra A

84
11 - (Eletrobrás 2007) – Três impedâncias idênticas, inicialmente conectadas em estrela, são alimentadas por um
circuito trifásico balanceado. Se as mesmas impedâncias forem conectadas em triângulo e alimentadas pelo mesmo
circuito, a corrente de linha (I*A) será igual a:
(A) I A / 3;
(B) IA;
(C) 3I A ;
(D) 3. 3I A ;
(E) 3 IA

Resposta: Letra E

85
POTÊNCIA EM CIRCUITOS TRIFÁSICOS EQUILIBRADOS
A tabela a seguir resume as principais equações para cálculo de potência em circuitos
trifásicos equilibrados seja com a carga em Y ou em  Onde V e I estão em valores eficazes.

86
EXEMPLO 5.3
Para a carga conectada em Y vista na figura abaixo, onde todas as resistências e reatâncias estão
em ohms determine:
a) A potência ativa para cada fase e a total; RESPOSTAS
b) A potência reativa para cada fase e a total; a) P F = 1200W e PT = 3600W
b) QF = 1600VAR e QT = 4800VAR
c) A potência aparente para cada fase e a total;
c) SF = 2000VA e ST = 6000VA
d) O fator de potência da carga. d) FP = 0,6 atrasado

87
LISTA 12
1 - Determine a potência ativa, reativa, aparente e o fator de potência de um circuito trifásico com carga
em Y equilibrada sendo a resistência de 12Ω em série com reatância capacitiva de 16Ω por fase conectada
a um gerador trifásico de quatro fios ligado em Y com uma tensão de linha de 208V.
RESPOSTAS P = 1296W, Q = 1728VAR ( C ) S = 2160VA FP = 0,6 adiantado

2 - Determine a potência ativa, reativa, aparente e o fator de potência de um circuito trifásico mostrado abaixo.
RESPOSTAS P = 2.420,02W, Q = 2.420,02VAR (C); S = 3421,84VA FP = 0,707 adiantado

3 - Determine a potência ativa, reativa, aparente e o fator de potência de um circuito trifásico mostrado abaixo
sendo as tensões dadas em volts e as resistências em ohms.
RESPOSTAS P = 2160W, Q = 0; S = 2160VA FP = 1.

88
4 - Determine a potência ativa, reativa, aparente e o fator de potência de um circuito trifásico mostrado abaixo.
RESPOSTAS P = 4050W, Q = 5400VAR (L); S = 6750VA FP = 0,6 atrasado

5 - (FURNAS 2009) Um gerador trifásico, simétrico, conectado em estrela, tensão de linha eficaz 400 V,
alimenta uma carga trifásica equilibrada de 20 KW com fator de potência 0,802 atrasado. A corrente de
linha aproximada requerida pela carga é: Resposta: Letra C
a) 3 A b) 6 A c) 36 A d) 40 A e) 42 A

6 - (FURNAS 2009) Um motor monofásico de 10HP, 125 V, opera com um rendimento de 80%. A corrente
requerida pelo motor é: Resposta: Letra C
a) 34,6 A b) 50 A c) 74,6 A d) 90 A e) 100 A

7 - Determine a potência ativa, reativa, aparente e o fator de potência de um circuito trifásico com carga
em Δ-Y mostrado abaixo.
RESPOSTAS PT = 13.600 W, QT = 4.800 VAR (C); S = 14.422,2VA FP = 0,943 adiantado

Sugestão: Considerar a carga em Δ


separadamente da carga em Y.

1 - Determinar PT = PTY + PTΔ;


2 – Determinar QT = Q2TY + 2QTΔ
3- Determinar

4 – Determinar FP  PT .
ST

89
CIRCUITO Y-Y DESEQUILIBRADO

8 – Determine a potência complexa e o FP total da carga trifásica desequilibrada do circuito Y-Y de quatro fios,
mostrado abaixo. As tensões são: Va  1100V , Vb  110  120V e Vc  110120V . As impedâncias
da carga são: Z A  50  j80 ;

ZB  j50 ZC  100  j25

Sugestão: Determinar as potências por fase


e posteriormente efetuar a soma.














Resposta: ST  182  j379 VA. FPT = 0,433 atrasado.

90
ANEXO 1 - APLICAÇÕES DA TEORIA DE CIRCUITOS ELÉTRICOS
INTRODUÇÃO
A teoria de circuitos elétricos é aplicada nos mais diversos campos do saber. Apenas
a título de curiosidade, serão mostradas algumas de suas aplicações mais usuais do nosso
cotidiano.
Ao se analisar dispositivos na área de Engenharia Elétrica, Automação, Eletricidade,
Mecatrônica, etc, é usual representar o dispositivo através de um circuito equivalente apropriado.
Desta forma, a análise em profundidade e o projeto, bem como a precisão dos cálculos, são
facilitados pela aplicação direta de técnicas da teoria de Circuitos Elétricos. Assim, circuitos
equivalentes são deduzidos para o transformador, para motores CC e CA, para dispositivos
microeletrônicos momo o transistor, para Linhas de Transmissão do Sistema Elétrico de
Potência, etc. Em geral, o circuito equivalente é apenas uma interpretação de circuito das
equações que descrevem o comportamento do dispositivo. Vejamos alguns exemplos.

APLICAÇÃO EM MOTORES
Para dimensionar um corretamente um motor para uma determinada aplicação é
necessário saber algumas grandezas do mesmo, tais como: conjugado, energia e potência
elétrica, energia e potência mecânica, velocidade nominal, corrente nominal, potência aparente,
potência ativa, potência reativa, etc. Assim motores como os mostrados na figura abaixo, podem
ser modelados por circuitos semelhantes ao visto na figura A1.2.

(a) (b)

Figura A1.1 – (a) Motor Assíncrono de rotor de anéis (b) Motor Assíncrono de rotor gaiola

91
Figura A1.2 – Circuito equivalente por fase de uma máquina síncrona
APLICAÇÃO EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
Ao se efetuar o projeto elétrico de uma instalação residencial ou industrial é
necessário calcular e dimensionar vários componentes tais como:
Dimensionar os condutores; Dimensionar
os dispositivos de proteção;
Calcular a queda de tensão nos condutores;
Calcular a demanda;
Calcular a carga instalada;
Dimensionar eletrodutos;
Dimensionar os quadros e barramentos;
Etc.
Para efetuar estes e muitos outros cálculos, a teoria de circuitos será extremamente
necessária.

Figura A1.3 – Sistema de aterramento de ponto único para equipamentos eletrônicos

92
APLICAÇÃO EM SISTEMAS ELÉTRICOS DE POTÊNCIA
Um sistema elétrico de potência (SEP) é um conjunto complexo e organizado de
estruturas, procedimentos e equipamentos inter-relacionados capazes de manipular e
transformar diversas formas de energia em energia elétrica, transmiti-la, controlá-la e distribuí-
la segundo um plano determinado e eficiente, visando produzir trabalho mecânico, calor, luz, etc
e propiciar o funcionamento de outros sistemas, tais como de informação, de telecomunicações
etc. Um SEP consiste em três divisões principais: Geração, transmissão e distribuição. Veja estas
partes na figura abaixo.

(a) (b)

(c) (d)
Figura A1.4 – Principais partes de um SEP (a) Geração; (b) Transmissão; (c) Distribuição; (d) consumo

Para efetuar os diversos cálculos, este sistema é representado por um diagramatrifilar


simplificado, como mostrado abaixo.

Figura A1.5 - Sistema de subtransmissão, transmissão e distribuição típico

93
APLICAÇÃO EM MICROELETRÔNICA
Um circuito básico de um controle de luminosidade em um painel de um automóvelcom
valores típicos está mostrado na figura abaixo. Quando a chave da iluminação é acionada
(normalmente por um botão de controle fora do painel), uma corrente é estabelecida passando
através do reostato de 50Ω e pelas diversas lâmpadas do painel. À medida que o botão da
chave de controle é girado, varia a resistência entre os pontos a e bdo reostato. Quanto maior
a resistência entre os pontos a e b, menor a corrente e, consequentemente, menor o brilho das
diversas lâmpadas.

Figura A1.6 – Controle de luminosidade do painel de um automóvel

Outra aplicação largamente utilizada em eletrônica é a de circuitos retificadores (fontes)


existente em carregadores de celulares, aparelho de TV, microcomputadores, etc. A figura abaixo
mostra um exemplo, bem como o circuito equivalente.

Figura A1.7 – Circuito retificador

94
APLICAÇÃO EM ESTUDO DOS EFEITOS DO CHOQUE ELÉTRICO
Choque elétrico é a perturbação de natureza e efeitos diversos que se manifesta no
organismo, quando é percorrido por uma corrente elétrica.
A gravidade do choque elétrico é determinada pela intensidade da corrente elétrica que
o provocou e está relacionada aos principais fatores:

- Diferença de potencial a que foi submetido o corpo;


- Área de contato do corpo;
- Pressão de contato;
- Umidade da superfície de contato;
- Duração do contato;
- Condições fisiológicas.

Limite de largar: é o valor máximo de corrente que uma pessoa, tendo à mão um objeto
energizado, pode ainda largar. A tabela abaixo mostra estes valores.

Tabela A1.1 – Limite de largar

A passagem da corrente elétrica pelo corpo humano é acompanhada do desenvolvimento


de calor por efeito joule, podendo causar queimaduras, parada respiratória contrações
musculares e até a morte. A figura abaixo mostra um modelo equivalente de impedância do
corpo humano.

Zpele – impedância equivalente da pele humana


Zinterna – impedância interna do corpo humano
Ztotal – impedância total do corpo humano
Figura A1.8 – Modelo equivalente de impedância do corpo humano

95
ANEXO 2 – CONVERSÕES

Segue o procedimento da conversão de retangular para polar e vice-versa, utilizando a calculadora CASIO
FX – 82MS.

CONVERSÃO RETANGULAR - POLAR

Conversão de Z = 3 + 4j para polar.

Digite Pol(3,4)
Digite igual
O resultado mostrado é o módulo do complexo Z (neste caso 5)
Digite ALPHA
Digite F
Digite igual
O resultado mostrado é a fase do complexo Z (neste caso 53,13010233º)
Portanto: Z = 3 + 4j = 5<53,13010233º

CONVERSÃO POLAR - RETANGULAR

Conversão de Z =5<53,13010233º para retangular.

Digite SHIFT
Digite Rec (5, 53.13010233)
Digite igual
O resultado será a parte real do complexo Z (neste caso 3)
Digite ALPHA
Digite F
O resultado será a parte imaginária do complexo Z (neste caso 4)
Portanto: 5<53,13010233º = 3 + 4j

96

Você também pode gostar