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CAP2 Faltas simétricas

Engenharia Elétrica
Universidade Federal do Paraná (UFPR)
30 pag.

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CAPÍTULO 2

CÁLCULO DE FALTAS SIMÉTRICAS

Uma das mais importantes informações quando do planejamento de um sistema, é o


valôr da corrente de curto-circuito que circula nos diversos pontos de uma rede elétrica. Essas
correntes são utilizadas, dentre outros aspectos, para:
a) O dimensionamento dos transformadores de corrente que alimentarão os diversos tipos de
relés;
b) Para calibração dos relés de sobrecorrentes, diferenciais, etc;
c) Dimensionamento de disjuntores.
Para efetuar os cálculos das corrente de curto-circuito, será necessário a determinação
do circuito equivalente de Thevenin, visto a partir do ponto da falta.

2.1 - Obtenção do Circuito Equivalente de Thevenin

a) Determina-se impedância total entre o ponto de defeito e os geradores, com estes em


repouso (as fontes de tensão são curto-circuitadas): impedância de Thevenin ( ZT )

b)Calcula-se a Tensão de Thevenin ( ET ) que é a tensão em circuito aberto, no ponto


de defeito, antes da ocorrência do mesmo
O processo descrito é um pouco trabalhoso. No entanto, para estudos de curtos, as seguintes
simplificações podem ser feitas, sem grandes prejuízos à qualidade dos resultados:
1) Todos os geradores geram a mesma f.e.m., tanto em magnitude como em fase.
Isso fará com que, em todas as barras, a tensão seja sempre a mesma.
2) O sistema é considerado sem carga, ou seja, a impedância de Thevenin não
considera as impedâncias das cargas.

A figura 2.1 esquematiza os procedimentos descritos.

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(a) (b)

sistema com os circuito aberto


geradores substituídos ZT ET
no ponto de falta
por um curto

(c) (d)
R R
ZT circuito ZT IT
ET equivalente ET

Figura 2.1 - Obtenção do diagrama equivalente de Thevenin para curtos.

2.2 - Cálculo da corrente de curto-circuito:


Pelo circuito da figura 2.1.d tira-se para corrente de falta Ifalta :
ET Vn / 3
Ifalta = = (2.1)
ZT ZT
Onde:
Vn = tensão nominal, entre linhas.
O valôr da corrente total de curto(Ifalta = Icc), em uma barra, usualmente é
denominado de nível de curto, ou nível de defeito daquela barra. Em geral, prefere-se
mencionar a potência associada à corrente de curto (ao invés da própria corrente de curto).
Para tal, basta usar a seguinte equação:

Vn2
Potência de Curto: SF = 3 . Vn . Ifalta = (2.2)
ZT
OBS: A unidade usual da potência de curto é [MVA].

Em valores pu, se a tensão base é a tensão nominal do sistema, a equação (2.2) torna-se:
12
SF = pu (2.3)
ZT ( p .u.)

Sendo “m” a Potência Base, em [MVA]:


1 m
SF = xm= ( MVA ) (2.4)
Z T ( pu) Z T ( pu)
∴Logo, a potência de curto-circuito pode ser calculada simplesmente dividindo a Potência
Base (MVA) pela Impedância de Thevenin (pu).

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2.2.1 - Sequência de Cálculo
a) Estabelecer um diagrama unifilar do sistema, com todas as impedâncias em uma base
convenientemente escolhida.
b) Reduzir toda a rede à uma impedância simples, entre o ponto de falta e o neutro do sistema.
c) Cálculo do nível de curto-circuito ou corrente de curto-circuito no ponto de defeito.
d) Se outras informações são requeridas sobre a circulação de corrente em partes individuais
do circuito, as diversas partes da rede devem ser montadas e os fluxos de corrente calculados.

2.3 - Escolha de disjuntores:


A corrente de falta determinada pela equação 2.1 é a corrente simétrica e não inclue a
componente contínua. Assim, na determinação da corrente que um disjuntor deve suportar
imediatamente após a ocorrência da falta (chamada corrente instantânea do disjuntor),
recomenda-se multiplicar a corrente simétrica obtida pela eq. 2.1 pelos seguintes fatôres de
multiplicação:
a) Para tensões acima de 5 KV: 1,6
b) Para tensões iguais ou inferiores a 5 KV: 1,5
No cálculo da corrente que passa pela câmara de extinção do disjuntor, durante a
abertura do mesmo, a qual é denominada de corrente nominal de interrupção, os fatôres de
multiplicação sugeridos para que a componente contínua seja considerada, dependerão da
velocidade do disjuntor. Em geral, adotam-se os seguintes valôres:
Disjuntor cujo tempo de abertura é 8 ciclos (ou mais lentos): multiplicar por 1,0
Idem, idem, 3 ciclos: 1,2
Idem, idem, 2 ciclos: 1,4

IMPORTANTE:
Para a obtenção da corrente instantânea do disjuntor, as reatâncias a serem consideradas para
as máquinas síncronas presentes no diagrama de impedância serão as reatâncias
subtransitórias.
Por outro lado, para o cálculo da corrente nominal de interrupção, as reatâncias das
máquinas deverão ser aquelas compatíveis com o tempo de abertura do disjuntor. Assim, para
um disjuntor cujo tempo de abertura é de 8 ciclos, as reatâncias das máquinas poderá ser a
permanente.

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No entanto, para um disjuntor de tempo de abertura entre 2 e 5 ciclos, as máquinas
deverão ser representadas por suas reatâncias transitórias.
2.4 - Exemplos práticos

1) Na figura a seguir, tem-se uma parte de um sistema de potência. Os valores das


impedâncias mostradas estão todas na base de 16 KV e a potência base é a nominal do
equipamento. Pede-se:
1 2 3 4
20 MVA 15 MVA 50 MVA ~ 30 MVA
j 0,12 ~ ~ j 0,10 j 0,18 ~ j 0,15

20 MVA 15 MVA

j 0,06 j 0,05

L LINHA AÉREA
A j O,75 / fase
j 0,025
15 MVA
L jx j 0,05

B
DISJUNTOR
25 MVA
~ j 0,12
F 5

Figura 2.2 -
a) Calcular a falta no ponto “F” com o disjuntor fechado, isto é, com o reator curto-
circuitado.
b) Calcular o reator para que o disjuntor possa ter apenas 250 MVA de capacidade de curto-
circuito.
c) Para o caso “b”, calcular as contribuições dos geradores.

Solução
M base = 10 MVA
Escolhendo como bases
U base = 16KV (lado da AT )
2
Ua Mb 10
Gerador de 20 MVA: Zb = Za . = j0,12 = Zb = j,06pu
Ub Ma 20
Gerador de 15 MVA: Zb = j0,10 . 10/15 = j0,067
Gerador de 25 MVA: Zb = j0,12 . 10/25 = j0,048

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Gerador de 30 MVA: Zb = j0,15 . 10/30 = j0,05
Gerador de 50 MVA: Zb = j0,18 . 10/50 = j0,18

Linha aérea:

332
Zbase = = 108,9
10
Z(pu) = j0,75/108,9 = j0,0069
Trafo de 20 MVA: Zb = j0,06 10/20 = j0,03
Trafo de 15 MVA: Zb = j0,05 10/15 = j0,033
1 2 3 4 5

L j 0 ,0 6 L j 0 ,0 6 6 7

L j 0 ,0 3 L j 0 ,0 3 3 L j 0 ,0 3 6 L j 0 ,0 5 L j 0,

L
A j 0 ,0 2 5
L j 0 ,0 0 6 9
L X

B
j 0 ,0 3 3 L L j 0 ,0 3 3

Figura 2.3 -

1 2 3 4 5

L j 0 ,0 9 L j 0 ,1 0 L j 0 ,0 3 6 L j 0 ,0 5

L
j 0 ,0 2 5
A L j 0 ,0 0 6 9

L L
j 0 ,0 1 6 5 j 0 ,0 4 8
N

1 2 3 4 5

L j 0 ,0 9 L j 0 ,1 0 L j 0 ,0 3 6 L j 0 ,0 5 L j 0 ,0 7

L
j 0 ,0 2 5

Figura 2.4 -
Redução de toda a rede a uma impedância simples, entre o ponto de falta
e o neutro do sistema:

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N N

L j 0,09 L j 0,10 L j 0,0162 L j 0,0221


( ZT )
L
j 0,025 A
A

Figura 2.5 –
a) Nível de Curto-Circuito:
1 1
SF = ( pu) = = − j45,25
ZT j0,0221

Potência de Curto-Circuito:

U2 m 10
SF = MVA = = 452,5MVA
ZT ( pu) 0,0221

b) Limitação do curto-circuito em 250 MVA:

L j 0,021
I c c ( pu )
A
L jx

Figura 2.6 -
Scc( pu ) Scc( pu )
Scc(pu) = = − j25pu Icc(pu) = = − j25pu
1pu 1pu

Sendo a tensão entre N e F igual a 1,0pu:


Pela Lei de Ohm:
1,0
Icc = = − j25 → X = 0,0179 pu
j( 0,221 + X)

Sendo Zbase = 108,9Ω, a reatância “X”, em (Ω) será: X = j0,0179 . 108,9 = j1,95(Ω)

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c) Para determinar a contribuição de cada um dos geradores, para o curto no
ponto “F” após colocação do reator, o circuito deverá ser reconstruído a partir
da reatância final

N N

I 1 I2 I3
L j 0,021
L j 0,09 L j 0,10 L j 0,0162 + j 0,025 = j 0,412
A
L jx A
- j 25 ( pu ) - j 25 L j 0,0179

F
F

Figura 2.7 -
Aplicando a equação: VNA =1-Z.Icc entre os terminais N e A:
VNA =1-j0,021 . (-j25) = 1 -0,525
Reaplicando a mesma equação : VNA =1-Z.Icc, agora para os ramos de I1 I1
I1 = (1-VNA)/j0,09 = [1 - (1- 0,525)]/j0,09 = -j6,1388 (pu)
I2 = (1-VNA)/j0,10 =[1 - (1- 0,5525)]/j0,10 = -j5,525 pu
I3 =(1-VNA)/j(0,0162 + 0,025) = [1 - (1- 0,5525)]/ j(0,0162 + 0,025) = -j13,410 pu
OBS: I1 + I2 + I3 -j 25pu

I1 = contribuição do gerador “1”


I2 = contribuição do gerador “2”
I3 = soma das contribuições dos geradores “3”, “4” e “5”:
N
I cc

L j 0,06 L j 0,0667
I2 I 4 L j 0,036 I 5 L j 0,05 I 6 L j 0,071
1
L j 0,03 L j 0,033

L
A j 0,025

- j 25 L j 0,0179 N

F
j0,412
0,0412
Figura 2.8 -
VNN = 1- I3 . j0,01612 = 1-j,13,410 x j0,0162 = 1- 0,2172 pu

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I4 = (1 - VNN’)/j0,036 = -j6,345 p.u. (gerador 3)
I5 = (1 - VNN,)/j0,05 = -j4,4484 p.u. (gerador 4)
I6 = (1 - VNN, )/j0,0714 = j3,02605 p.u. (gerador 5)

2º Exemplo:
Um barramento de 11,8 KV, é alimentado por 3 geradores síncronos cujos
valores nominais e reatâncias são:
1: 20 MVA; X’ = 0,08 pu; 2: 60 MVA; X’ = 0,10 pu 3: 30 MVA; X’ = 0,09 pu
Calcular a corrente e os MVA de defeito quando ocorre um curto trifásico no
barramento. Admitir UB = 11,8 KV e MB = 60 MVA.
Solução:

N
N
1 2 3

L L L
11,8 KV L L L
j 0,24 j 0,1 j 0,18
F
F
F

Figura 2.9 -
2
11,8 60
X’(1)b = j0,08 . = j0,24 pu
11,8 20
60
X’(2)b = j0,10 = j0,10pu
60
60
X’(3)b = j0,09 = j0,18pu
30

A reatância equivalente, entre N e F é:


1
X’eq = = j0,054 pu
1 / 0,24 + 1 / 0,10 + 1 / 0,18

Os “MVA de defeito” serão:


m 60MVA
SF = = = 1111 MVA
ZT ( pu) 0,054

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E a corrente de defeito:

SF 1111 . 106
IF = = = 54300(A )
3U n 3 . 11,8 . 103

3o Exemplo:
Na figura a seguir, ocorre um curto trifásico em “F”. Os valores por unidade
das reatâncias estão referidos a 100 MVA.. Calcule a corrente de defeito (e a potência).
x '= j 0,1 x '= j 0,1 N
1 j 0,5 2 2
3 1 4
L

L j 0,3 L j 0,3 L j 0,10 L j 0,10 L j 0,10 L j 0,10


L
j 0,5 L L L
3 F 4 j 0,3 j 0,5 j 0,3
x '= j 0,1 x '= j 0,1
L
(a) j 0,5 (b)
N

L j 0,1 L j 0,1 L j 0,1

~ L j 0,1
L L ~ L Z T = 0,07
j 0,3 j 0,5
L j 0,5 L j 0,3

F
(c) (d)

Figura 2.11 -
m 100
Potência de defeito: SF = MVA: = = 1430 MVA
ZT ( pu) 0,07
Neste exemplo, adotando-se para se considerar o efeito da componente
contínua, o fator de multiplicação 1,4, o nível de defeito passa a 2000 MVA.

4o Exemplo:
No sistema da figura, o nível de curto-circuito na barra de 132 KV é de 1000
MVA, quando os disjuntores A e B estão abertos. Calcular o curto, para um curto-circuito
sólido no lado de 11 KV do transformador de 33/11 KV mostrado.
Para esta falta, calcular a corrente que flui no gerador de 45 MVA e em cada
trafo de 60 MVA, 132/33 KV, no lado de 132 KV.

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G1 G2 G3
30 MVA 45 MVA
x '= 0,12 ~ ~ ~ x '= 0,15
33 KV
j 6ohm/ fase
1 2 3 T6
j 5ohm/ fase j 5ohm/ fase
4 j 8ohm/ fase
33 KV FALTA
33 / 11 KV
10 MVA
T4 T5 x '= 0,10
132 / 33 KV 132 / 33 KV
64 MVA x '= 0,12
x '= 0,12

ALIMENTAÇÃO DO
SISTEMA DE 132 KV
NÍVEL DE FALTA : 1000 MVA
Figura 2.12 -
Solução:
Será tomado:
UB = 33 KV e NB = 30 MVA, no lado de 33 kV do sistema.
30
XG2 = XG1 = 0,12 pu; XG3 = 0,15 = 0,10pu
45
XL1 = XL2 = 5/(33)2/30 = 5/36,3 = 0,138 pu
XL3 = 6/36,3 = 0,165 pu; XL4 = 8/36,3 = 0,22 pu

Determinação da reatância do sistema de 132 KV:

132 2
Zbase = = 580,8Ω
30
Zsistema = 1322 /1000 = 17,42 Ω ∴ Xsist(pu) = 17,42/580,8 = 0,030 pu
30 30
XT4 = XT5 = 0,12 = 0,06pu ; XT6 = 0,10 . = 0,30pu
60 10
Com as reatâncias nas mesmas bases:

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IB IA
N
G1 G2 G3
I A1 I A2 I A3
~ G sist.
L XG1 = L XG2 = L XG3 =
= 0,12 = 0,12 = 0,10
L Xsist. =
1
= 0,03

XL1 = XL2 = XL3 =


L = 0,138 L = 0,138 L = 0,165
I falta
IB 2 3
L L
XL4 = XT6 = FALTA
I IB = 0,22 = 0,30
XT 4 = L B L XT 5 =
=0,06 2 2 =0,06

Figura 2.13 -
Simplificações:
XT4 // XT5 = 0,06 . 0,06/0,12 = 0,03 (a)
(XT4 // XT5) + Xsist = 0,03 + 0,03 = 0,06 (b)
2
(XL1//XL2) = (0,1380) /2 . 0,138 = 0,069 (c )

(0,12) 2 0,06 . 0,10


(XG1//XG2)//XG3 = / /0,10 = = 0,0375 (d)
2 . 0,12 0,16

O circuito equivalente ficará:

IA L 0,0375

X L3 = 0,165
0,06 L IB 1 L I falta
L 0,069 3 L
X T6 = FALTA
= 0,30
L
2 X L4 = 0,22

Figura 2.14 -

Convertendo o “delta” formado pelas barras 1, 2 e 3 em um “Y”:

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N

IA L 0,0375

0,06 L IB 1 0,0251 I falta


L
4 L
L
3 0,30 FALTA
L 0,08
0,033
2

Figura 2.15 -

0,0626
L I falta
IA
L
IB 0,38 FALTA
L
0,093

Figura 2.16 -

I falta L Z = j 0,417

FALTA

Figura 2.17 -
m 30MVA
Potência de curto: SF = = = 72 MVA
ZT 0,417
1 1
Corrente de falta: Ifalta = = = − j2,40pu
ZT j0,417
SF 72 MVA
em ampéres: Ifalta = = = 3779,13A
3Vn 3 . 11KV

Cálculo das correntes em G3, T4, T5


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Pela figura 2.13, as correntes em T4 e T5 serão: IB/2. Assim, para a
determinação dessas correntes, deve ser calculada a corrente IB

0,0626
L I falta - j 2,4
IA
L
IB 0,38
L
0,093

Figura 2.18 -
Na figura 2.18:
I A = − j 2,4 − I B

1 − 0,0626 . I A = 1 − 0,093 I B

Resolvendo o sistema acima: IA = -j1,436 pu; IB = -j0,964 pu


∴Logo, as correntes nos trafos T4 e T5 serão: IB/2 = 0,964/2 = -j0,482 pu
Pelas figuras 2.13 e 2.14 poderemos obter a corrente em G3 (IA3):

Fig.2.14: VN1 = 1-IA . j0,0375 = 1-(-j1,436 . j0,0375) =1 - 0,05385


1 − V N1 1 − (1 − 0,05385)
Fig. 2.13: IA3 = = = − j 0,5385 pu
X G3 j 0,10

5o Exemplo:
Um gerador de 25 MVA, 13,8 KV, X”d = 15% é ligado, por meio de transformadores,
a uma barra que alimenta 4 motores idênticos. Cada motor tem X”d = 20% e X’d = 30%
numa base de 5 MVA, 6,9 KV. Os valores nominais do trago são 25 MVA, 13,8/6,9 KV, com
reatância de dispersão de 10%. A tensão na barra dos motores é 6,9 KV, quando ocorre a
falta no ponto “P”. Para a falta especificada, determine:
1. A corrente subtransitória na falta.
2. A corrente subtransitória no disjuntor “A”.
3. A corrente instantânea no disjuntor “A”.
4. A corrente que deve ser interrompida pelo disjuntor, em 5 ciclos.

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j 1,0
L
j 1,0
j 0,15 j 0,10 L

MOTORES
13,8 / 6,9 KV L L j 1,0
L
j 1,0
GERADOR L

AP

Figura 2.19 -
Solução:
25MVA
Para uma base de Mb = 25 MVA e Ub = 13,8 KV: Ibase = =2090 A
3. 6,9 KV
X trafos = j0,10; X geradores → X”d = j0,15
25
X motores → X”d = j0,20 = j1,0
5
25
X’d = j0,30 = j1,5
5
Resposta 1: falta em P:

N N

IG I M1 I M2 I M3 I M4 T"
L Z "TH = j 0,125
L j 0,25 L j 1,0 L j 1,0 L j 1,0 L j 1,0

F P

Figura 2.20 -
1 1
I” = = = − j8,0 pu
Z,,TH j0,125
∴Em amperes: I” = 8 x 2090 = 16720 A

Resposta 2: Corrente subtransitória no disjuntor “A”:


Através do disjuntor “A” passa a contribuição do gerador e de 3 dos 4 motores:
Contribuição do gerador: IG = 1/j0,25 = -j4,0 pu

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1
Contribuição dos motores: IM1 = IM2 = IM3 = − j1,0 pu
j1,0
Assim a corrente total subtransitória no disjuntor “A”é:
-j7 x 2090 A = 14630 A

Resposta 3: Corrente instantânea do disjuntor “A”:


1,6 x 14630 A = 23450 A

Resposta 4: Corrente a ser interrompida em 5 ciclos, pelo disjuntor “A”:


Substituindo-se a reatância subtransitória dos motores pela reatância transitória (X’d), ter-
se-á o seguinte circuito:

N N

IG I M1 I M2 I M3
L Z T = j 0,15
L j 0,25 L j 1,5 L j 1,5 L j 1,5 L j 1,5

P P

Figura 2.21 -
A corrente de curto, em 5 ciclos é:
1
x 1,1 x 2090 A = 15326,67 A
j0,15
Pelo disjuntor A, no entanto passará uma corrente menor:
1
IG = x 1,1 x 2090 = 9196 A
j0,25
1
IM1 = IM2 = IM3 = x 1,1 x 2090 = 1532,67
j1,5
Idisj”A” = IG + 3(IM1) = 13794 A

6o Exemplo:
Um gerador de 625 KVA; 2,4 KV, com X”d = 0,08 pu é ligado a uma barra através de um
disjuntor, como mostra a figura 2.22. Ligados através de disjuntores à mesma barra estão três
motores síncronos de valores nominais 250 HP, 2,4 KV, fator de potência 1,6, rendimento 90%, com

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X”d = 0,20 pu. Os motores estão funcionando a plena carga, fator de potência unitário e tensão
nominal, com a carga igualmente distribuída entre as máquinas.
a) Faça o diagrama de impedâncias com as impedâncias marcadas em pu numa base de 625 KVA,
2,4 KV.
b) Determine a corrente inicial eficaz simétrica em pu na falta e nos disjuntores A e B, para uma
falta trifásica no ponto P. Simplifique os cálculos desprezando a corrente anterior à falta.
c) Repita o ítem (b) para uma falta trifásica no ponto Q.
d) Repita o ítem (b) para uma falta trifásica no ponto R.
e) Determine o valor de corrente instantânea que pode ser esperado, para qualquer falta trifásica,
nos disjuntores A e B.

M1
A
G M2
R Q
M3
P
B
Figura 2.22 -
Gerador: 625 KVA, 2,4 KV, X”d = 0,08 pu
M1 = M2 = M3: 250 HP; 2,4 KV, fp = 1,0; n = 90%; X”d = 0,20
a) Diagrama de Impedâncias:
M B = 625 K V A

U B = 2 ,4 K V

Reatâncias:
Gerador → X”d = 0,08 pu
250HP x 746
Potencia dos Motores → M = = 207,222 KVA ;
0,9 x 1,0
Passando a reatância X”d dos motores para a base de 625 KVA:
2
1 625
X”d novo= 0,20 x . = 0,6032 pu
1 207,222

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A 1 L
j 0,6032
R
G L 2 L
j 0,08 Q j 0,6032
3 L
B P j 0,6032

Figura 2.23 -

j 0,6032
L
I G
A I M1 j 0,6032
L L
j 0,08 I M2 j 0,6032
P L
B
I F I M3

Figura 2.24 -
1 3 1
= + = 17,47 pu
Z PN 0,6032 0,08
ZPN = 0,0572 pu
1
∴ IF = = − j17,47 pu
Z PN
1
Idisj.A = = − j12,5 pu
j0,08
1 2
Idisj.B = + = − j15,82 pu
j0,08 j0,6032
1
c) IdisjA = = j12,5 pu
j0,08
1
IdisjB = = I M 3 = − j1,658 pu
j0,6032

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j 0,6032
L
I G
A j 0,6032
L L
j 0,08 Q j 0,6032
L
B
I M3

Figura 2.25 -
3
d) IdisjA = IM1 + IM2 + IM3 = = -j4,973 pu IdisjB = IM3 = -j1,658 pu
j0,6032

j 0,6032
A L
IG
I M1 j 0,6032
R
L L
j 0,08 I M2 j 0,6032
P L
B
IF I M3

Figura 2.26 -

e) As maiores Icc, para o disjuntor “A”ocorrem para faltas após o disjuntor: toda contribuição
do gerador passará por ali (-j12,5 pu).
Para o disjuntor “B” a pior condição é um curto no ponto “P” (ou qualquer outro ponto
entre o disjuntor “B” e M3):
IM1 + IM2 + IG = -j15,82 pu.

7o Exemplo:
O circuito mostrado na figura 2.27 está fornecendo 60.000 KVA na tensão de 12,5 KV com
fator de potência 0,8 em atraso, a um grande sistema metropolitano que pode ser
representado por uma barra infinita. O gerador tem valores nominais de 60.000 KVA,
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12,7 KV, X”d = 0,20 pu. Cada transformador trifásico tem valores nominais de 75000
KVA, 13,8∆-69Y KV, X = 8%. A reatância da linha de transmissão é de 10 ohms.

A T T
B C D
BARRA
INFINITA
GERADOR

Figura 2.27 -
Uma falta trifásica ocorre no ponto P. Determine a corrente nos disjuntores A e B para a
falta especificada. Determine a corrente inicial na falta. Use os valores nominais do
transformador com base no circuito do gerador.

Solução:
Assumindo MB = 75 MVA; UB = 13,8/69 KV

Determinação das reatâncias na mesma base:


Reatâncias:
2
12,7 75
Gerador= 0,20 . = 0,212 pu
13,8 60
Transformadores T1 e T2: X = 0,08 pu
Linha:
ZB = 692/75 = 63,48Ω; ZL(pu) = 10/63,48 = 0,158 pu
Sistema:

U2 12,52
Zsist = = =0
M M→∞
0 0
Zsist(pu) = = 2
=0
Z B 13,8 / 75

IA IB
A P B C D IA
N
IB IF N
~ L L L L ~
0,238
L L L 0,131
0,292

P
P

Figura 2.28 -
60

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Assumindo-se que a tensão no ponto P é de 69 KV:
1
Idisj”A” = = -j3,425 pu → Iinstant. = 1,6 x j3,425 = -j5,479 pu
j0,292
1
Idisj”B” = = j4,20 pu → Iinstant = 1,6 x 4,2 = -j6,72 pu
0,238
. 3
7510
Sendo Ibase = = 3137
. ,77 A
3 . 13,8

2.4 - Cálculos sistemáticos de curto-circuito


Os cálculos de curto-circuito em sistemas elétricos grandes tornam-se impraticáveis
quando feitos manualmente. Nesses casos, torna-se necessário sistematizar uma maneira que
possa ser programada em computador. A figura abaixo, relativa a um sistema de 3 barras, será
utilizada para mostrar o desenvolvimento de uma técnica geral, que pode ser aplicada a
qualquer sistema elétrico de “n” barras.

G1 G2
~ ~

1 L1 2

L2 L3

3
F

Figura 2.29 -
Inicialmente vejamos como poderíamos fazer o cálculo de curto para a barra “3”, de maneira
manual.
Considerando-se que o diagrama de reatâncias do mesmo seja:

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G1 G2 G1 ~ G2
~ ~ ~
L j 0,15 j 0,075L I G1 L j 0,1 I G2 L j 0,05

1 j 0,1 2 L j 0,05 L j 0,025


L
1 2
L
L L j 0,1
j 0,1 j 0,1
L L
3 j 0,1 j 0,1
F
3
F
N

L ZTH = j 0,1015 If = 1 = - j 9,85 pu


j 0,1015

Figura 2.30 -

O cálculo da contribuição dos dois geradores poderá ser feito através dos circuitos da figura
2.31, conforme abaixo descrito:

(a) (b) (c) (d) (e)


N N N N
I G1 I G1 N
I G2 I G2 j 0,075 j 0,1083
L j 0,15 L j 0,075 L L L j 0,1833 L
L j 0,0682
j 0,15 N' L j 0,1015
L 2 N'
1 j 0,10 2 1 I G1 I G2
L L L L j 0,033 L
j 0,10 j 0,10 j 0,033 L j 0,0333
3 N' F
3 3
F
I F = I G1+ I G2
L j 0,033 F
F
3 I F = I G1+ I G2
F

Figura 2.31
Na figura 2.31d calcula-se VNN:
VNN’ =1 - j0,0682 (-j9,85) = 1 - 0,6718 pu
Na figura 2.31c obtém-se a corrente do gerador G1 (IG1):
IG1 = (1-VNN’)/j0,1833 = [1-(1-0,6718)]/j0,1833 = -j3,665 pu
Assim, a corrente do gerador G2 será:
IG2 = IF - IG1 = -j(9,85 - 3,665) = -j6,185 pu

As variações das tensões nas barras poderão também ser obtidas:


∆VN1 = - j0,15 (-j3,665) = -0,55 pu

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∆VN2 = - j0,075(-j6,185) = -0,463 pu
∆VN3 = - j0,1015 (-j9,85) = -1,00 pu
elas constituirão o “vetor tensão de barra de Thevenin”.

∆ VN1 − 0,550
[ VT ] = ∆ VN 2 = − 0,463
∆ VN 3 − 1,00

Com auxílio da figura 2.32 as correntes em cada linha podem agora, também ser
determinadas:
∆ VN 2 − ∆ VN1 0,087
I21 = = = − j0,87
j0,1 j0,1
∆ VN1 − ∆ VN 3 0,45
I13 = = = − j4,50
j0,1 j0,1
∆ VN 2 − ∆ VN 3 0,537
I23 = = = − j5,37
j0,1 j0,1

I G1 I G2
L j 0,15 L j 0,075
j 0,10
1 L 2
j 0,10
I 13 j 0,10 L I 23
L

3
If
F

Figura 2.32 -
Correntes e tensões pós-falta:
a) Tensões:
Antes da falta, as tensões entre as barras e a referência “N” são tomadas como
sendo de valores iguais a 1,0 pu. Com o surgimento da falta no barramento “3”, as enormes

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correntes provocarão grandes quedas de tensão. Isso faz com que as tensões não mais tenham
os valores de 1,0 pu.:

[ ]
V1f = V1 + ∆ VN1 = [1 − 0,550] = 0,450pu
0

V f = [V ] = [1 − 0,463] = 0,537pu
0
2 2 + ∆ VN 2

V f = [V ] = [1 − 1] = 0,000pu
0
3 3 + ∆ VN 3

b) Correntes:

Será assumido que, antes da falta, as correntes são desprezíveis.

If = -j9,85 pu

f 0 f
I 1 = I G1 = I G1 + I G1 = 0 − j3,665 = − j3,665 pu

I 2f = I G0 2 + I Gf 2 = 0 − j 6,185 = j 6,185 pu

f 0 f
I13 = I13 + I13 = 0 − j4,5 = − j4,50 pu

f 0 f
I 23 = I 23 + I 23 = 0 − j5,37 = j5,37 pu

f 0 f
I 21 = I 21 + I 21 = 0 − j0,87 = − j0,87 pu

Na prática é muito provável que se desejasse estudar os curto-circuitos também

nas barras 1 e 2. Assim, toda a rotina anterior deveria ser repetida, tanto para a barra 1 como

para a barra 2! Este fato, combinado com a impossibilidade de se usar, manualmente, os

métodos de redução de circuitos em grandes sistemas com muitas barras, conduziu ao uso do

computador digital.

Para utilizar o computador nos cálculos de curto-circuito é necessário

desenvolver procedimentos sistemáticos. A técnica de “redução de circuitos”, usada até aqui

só pode ser usada em sistemas pequenos. Vamos agora desenvolver uma técnica de maior

generalidade, isto é, aplicável a um sistema de “n” barras:

As tensões pós-falta serão dadas por:

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f 0
V bus = Vbus + VT (I )

Onde:

V10 1 ∆V N 1
V 0
bus = V2
0
= 1 ; VT = ∆V N 2
V3
0
1 ∆V N 3

Obtenção de VT:

VT = [Zbus] . [If] (II)

Onde:

[Zbus] = matriz de impedância, 3x3, da rede anterior.

0
f
[I ] = 0 ( III ) OBS: -If = corrente “injetada” na barra 3.
−I f

Levando (II) em (I):

f o
Vbus = Vbus + Z bus . I f (IV)

Para um sistema de “n” barras, o vetor corrente de falta será:

0
.
.
If = − I f corrente total na barra “q” para um curto na barra “q”
.
.

Assim a equação (I) ficará:

f 0
Vbus = Vbus + Z bus . I f

Expandindo-a:

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Z 11 ... Z 1n 0
V1 f
V1 0 . . '.
.
. . . .
.
. .
V qf = V q0 + Z q1 . Z qn . − I f

. . . .
. .
. . . .
. .
V nf V n0
Z n1 ... Z nn
0

Ou seja:

( V1 ) V1f = V1o − Z1q . I f


...............................
( Vq ) Vqf = Vq0 − Z qq . I f (V)
...............................
(( Vn ) Vnf = Vn0 − Z nq . I f

Por enquanto a corrente If é desconhecida. Para um curto circuito não sólido, a tensão

pós-falta na barra em curto, pode ser expressa por: Vqf = Zf . If (VI)

SISTEMA
barra " q "
I f
f
Vq Zf

Figura 2.32 -

Levando (VI) em (Vq) e tirando If:

Vq0
If = (VII)
Z f + Z qq

0
Assim, “If”está determinado pois “V q ” é conhecido(≅ 1,0pu). Os valores de “Zf” e

“Zqq”(impedância de Thevenin, a ser retirada da matriz de “Zbus”) também são conhecidos.

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Levando (VII) em (V) obtem-se as seguintes equações finais para as tensões pós-falta

nas barras:

Z iq
Vif = Vi0 − f
. Vq0 i≠q
Z + Z qq
(VIII)
Zf
Vqf = f . Vq0
Z + Zqq

Para um curto-circuito sólido as equações (VII)e (VIII) ficarão (Zf = 0):

I f = Vq0 / Z qq
(IX) Vqf = 0
Z iq
Vif = Vi0 − . Vq0 i≠q
Z qq

Notas Importantes:

0 0
1. As tensões pré-faltas, V 1 e Vq podem ser obtidas pelo programa do fluxo de carga ou,

como anteriormente, podem ser tomadas como iguais a 1,0 pu.

2. As impedâncias “Ziq” e “Zqq” são retiradas da matriz Zbus, a qual, por sua vez, é obtida pela

inversão da matriz de admitância de barra Ybus. Construindo essa última matriz e usando

um computador digital, as admitâncias das L.T. (e quaisquer outras admitâncias), não

precisam ser eliminadas.

3. A análise mostrada forneceu, até aqui, a corrente de falta If na barra em curto e as tensões

pós-falta em todas as demais barras não em curto e naquela em curto.

No entanto, para o estudo ficar completo, ainda é preciso conhecer os valores das

correntes pós-falta em todos os ramos da rede:

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f f
V1 1
Z1 V V Vv

Z1 q Zv u
Zq u
f
Vq = 0 q u f
Vu

Figura 2.33 -

f
No sistema ora estudado, a corrente pós falta é I vu e pode ser dada pela equação (X):

VV f − VU f
IVU f = (X).
ZVU

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Fluxograma para o cálculo de curto-circuito, em computador digital:

Ler:

1) Matriz Admitância Y
2) Dados pré-falta (tensões
de barra e correntes de
linha)

Forme Ybus

Calcule Zbus

Calcule:
1) Corrente de falta: If
2) Tensão pós-falta de bar-
f
ra: V i
3) Corrente pós-falta de li-
f
nha: I vu

Aplicação:

Recalculando-se o último problema, com as 3 barras, utilizando o fluxograma anterior:

Matriz admitância:

1 1 1 1
y11 = + + = − j26,67 y13 = y31 = = j10
j0,15 j0,1 j0,1 + j0,1

1 1 1 −1
y22 = + + = − j33,33 y12 = y21 = = j10
j0,075 j0,1 j0,1 j0,1

69

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1 1 −1
y33 = + = − j20,0 y23 = y32 = = j10
j0,1 j0,1 j0,1

E1 E2

L j 0,15 j 0,075 L

1 j 0,1 2
L

L L
j 0,1 j 0,1
3
F
Figura 2.34 -

y11 y12 y13 − j26,67 j10 j10


Ybus = y 21 y 22 23 = j10 − j33,33 j10
y 31 y 32 y 33 j10 j10 − j20

Invertendo-se Ybus obtém-se (e este é o grande problema) a matriz Zbus. Isso requer

muito tempo e muita memória do computador, se o sistema for grande.

j0,073 j0,0386 j0,0558


Zbus = j0,0386 j0,0558 j0,0472
j0,0558 j0,0472 j0,1014

Nota: Recorde-se que a Inversão da matriz A:

1 +
A-1 = A
A

Onde:

A = determinante de A; A+ = matriz adjunta

As tensões pós-falta e a corrente de falta obtidas pelas equações (IX) serão:

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Z iq Z13 j 0,0558
Vif = V10 − Vq0 = 1,0 − . 1,0 = 1 − x 1 = 0,450 pu
Z qq Z 33 j 0,1014

Z 23 j0,0472
V2f = 1,0 − . 1,0 = 1,0 − x 1 = 0,535 pu
Z 33 j0,1014

Vqf = 0 ; f
V3= 0

0
If = V q / Z qq = 1,0 / j0,1014 = − j9,86 pu

O cálculo “manual” inicial forneceu:

f f
V 1 = 0,450 pu; V2 = 0,0 pu e If = 1/j0,1015 = -j9,85 pu

Uma vez montada a matriz Zbus, pode-se obter todos os dados de curto-circuito em

qualquer barra. Por exemplo:

Barra 1 em curto:

If = 1/Z11 = 1/j0,073 = -j13,7 pu

f
V1 = 0

f Z 21 j0,0386
V 2 = 1,0 − . 1,0 = 1 − . 1 = 0,471 pu
Z11 j0,073

f Z 31 j0,0558
V 3 = 1,0 − . 1,0 = 1 − . 1 = 0,236 pu
Z11 j0,073

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