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INSTITUTO DE TECNOLOGIA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA
PROF. PAULO LEONCIO, M.e.
IT127 – CARTOGRAFIA I

AULA 4 : REPRESENTAÇÃO CARTOGRÁFICA


TRANSFORMADAS
ESFERA MODELO
A Forma da Terra

A forma de nosso planeta (formato e suas dimensões) é um tema que vem sendo
pesquisado ao longo dos anos em várias partes do mundo. Muitas foram as interpretações e
conceitos desenvolvidos para definir qual seria a forma da Terra.

Pitágoras em 528 A.C. introduziu o conceito de forma esférica para o planeta, e a


partir daí sucessivas teorias foram desenvolvidas até alcançarmos o conceito que é hoje
bem aceito no meio científico internacional.

Para a representação gráfica da superfície terrestre é necessário o conhecimento


de sua forma. Durante muito tempo adotou-se a Terra com a forma plana, onde em
qualquer momento se chegaria ao fim do oceano, em um grande abismo.
A Forma da Terra
A Forma da Terra
A Forma da Terra
A Forma da Terra
A Forma da Terra
A Forma da Terra
A Forma da Terra
A Forma da Terra
ESFERA

A superfície terrestre sofre frequentes alterações devido a natureza (movimentos


tectônicos, condições climáticas, erosão, etc.) e à ação do homem, portanto, não serve para
definir forma sistemática da Terra.

A fim de simplificar o cálculo de coordenadas da superfície terrestre foram


adotadas algumas superfície matemática simples. Uma primeira aproximação é a esfera
achatada nos polos.

Um dos grandes problemas enfrentados para uma boa representação cartográfica


diz respeito à forma da Terra. Por possuir uma superfície específica, esférica, imperfeita, e
sendo um mapa uma representação plana, não há condições físicas de se transformar as
características superficiais do Planeta em um plano sem incorrer em grandes problemas de
representação.
ESFERA

A melhor maneira de se representar a Terra ou outros planetas é por meio de


globos.

Um globo é uma representação cartográfica que utiliza como figura matemática


uma esfera, na qual os principais aspectos da superfície a ser representada são mostrados por
uma simbologia adequada à sua escala.

Sua apresentação, entretanto, incorre em alguns problemas, exatamente por causa


de sua esfericidade, o que acarreta certas dificuldades quanto ao seu manuseio e à realização
de medições.

Outro fator que dificulta sobremaneira a sua utilização refere-se à necessidade de


se trabalhar em uma escala muito reduzida.
ESFERA

O problema básico da Cartografia consiste na representação de superfícies curvas


no plano. Sabe-se que a figura utilizada para a Terra é o elipsoide de revolução ou com
aproximação razoável, dependendo da escala em que se trabalha, a esfera.

Quando, contudo, trabalha-se em regiões suficientemente pequenas pode-se


assimilar tais superfícies, sem erro sensível, à superfície plana. Existe, também, a
representação por meio de Globo Terrestre, nestes dois casos o problema cartográfico se
reduz a um problema puramente geométrico de solução imediata.

No caso mais comum a região que se deseja cartografar é extensa e/ou devido à
precisão, a curvatura da Terra tem que ser levada em consideração e, neste caso, quer se
considere a Terra elipsoidica ou esférica a sua solução não é perfeita, haja visto que não existe
desenvolvimento de tais superfícies no plano sem que não se verifique deformações de
natureza angular, linear ou superficial.
ESFERA

É fácil imaginar o que acontece com tal superfície, por exemplo:


a) Suponha uma bola de borracha, tente pô-la no plano após tê-la rasgado ao meio. Isto não
é possível sem antes esticar uma parte, encolher outra, ou seja, sem que não esteja
introduzido deformações.

As deformações mencionadas se refletem sobre os ângulos, os comprimentos e as


áreas e, na impossibilidade de eliminá-las totalmente, pode-se evitá-las. Há sistemas que se
adequam, melhor de que outros a determinadas finalidades ou que oferecem melhor
vantagem.

O objetivo inicial da Cartografia é expressar, sobre um sistema de coordenadas


plano, pontos discretos que tenham perfeita ligação com seu homólogo na superfície
terrestre de tal forma que o cálculo efetuado sobre o sistema plano mantenha perfeita
correspondência quando transportado para a superfície original.
ESFERA

A representação de superfície terrestre sobre o plano, devido a sua facilidade de


manejo, interessa sobre maneira nos estudos da Topografia, Engenharia Civil, Meteorologia,
área Ambiental, ... tendo ampla divulgação entre as diversas áreas da tecnologia.

O método de projetar ou representar pode ser classificado da seguinte maneira:


a) Projeção direta – transformação do elipsoide diretamente para a superfície de projeção.

b) Projeção indireta – transformação do elipsoide para a esfera e da esfera para a superfície


de projeção.

Existem 3 tipos de superfície de projeção:


a) plana;
b) cônica e
c) cilíndrica.
Todas perfeitamente desenvolvíveis no plano. Havendo, ainda, quanto a natureza de projeção
3 espécies:
a) geométrica;
b) semi-geométrica e
c) analítica.
TRANSFORMADAS

É necessário uma correspondência de cada ponto da superfície da Terra com o


sistema adotado. Nasce assim o conceito de paralelos e meridianos, originando o sistema de
coordenadas geodésicas: latitude e longitude.

Ao conjunto de paralelos e meridianos, representado na carta e obtido por um


sistema qualquer dá-se o nome de rede, quadriculado, reticulado ou caneva e constitui o
esqueleto da construção da carta, localizando os pontos da região através de suas
coordenadas geodésicas.

Os paralelos e meridianos assim representados na carta são denominados de


transformadas.

Pode- se utilizar outros sistemas de coordenadas sem que sejam representados os


paralelos e os meridianos, ou seja, por meio de coordenadas cartesianas, x e y, pois existem
ligações matemáticas para tal fim. Utiliza-se, ainda, o sistema de coordenadas polares,
azimute e distância, que também podem ser relacionado com as coordenadas geodésicas.

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