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1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................................................................... 2
2. GRANDEZAS POR UNIDADE............................................................................................................................. 2
3. ESCOLHA DA BASE ............................................................................................................................................. 2
4. DETERMINAÇÃO DA BASE............................................................................................................................... 3
4.1. SISTEMAS MONOFÁSICOS ................................................................................................................................. 3
4.2. SISTEMAS TRIFÁSICOS ...................................................................................................................................... 3
5. VALORES EM POR UNIDADE ........................................................................................................................... 4
6. MUDANÇA DE BASE............................................................................................................................................ 4
7. CIRCUITOS INTERLIGADOS POR TRANSFORMADOR............................................................................. 5
7.1. SISTEMAS MONOFÁSICOS ................................................................................................................................. 5
7.2. SISTEMAS TRIFÁSICOS ...................................................................................................................................... 5
7.3. TRANSFORMADORES DE TRÊS ENROLAMENTOS ............................................................................................... 6
BIBLIOGRAFIA .............................................................................................................................................................. 7
Modelos de redes de potência em regime permanente. Sistema pu em circuitos trifásicos.
1. INTRODUÇÃO
O valor pu de uma quantidade é a relação entre o seu valor real e um valor base de mesma
dimensão. Essa grandeza em pu é expressa em valor decimal. O valor em porcentagem é 100 vezes
o valor em “por unidade”. A representação das grandezas em pu tem uma vantagem sobre o valor
percentual porque o produto de duas grandezas em pu fornece também um valor em pu, enquanto
que o produto de duas grandezas em porcentagem deve ser dividido por 100 para que o resultado
seja em porcentagem.
Em sistemas elétricos, quatro grandezas estão envolvidas no cálculo de redes: tensão,
corrente, potência e impedância. Essas grandezas relacionam-se por duas equações:
V=ZI
S=VI
Por essa razão, devemos sempre definir duas grandezas para efetuar os cálculos das outras duas.
Desta forma, a escolha dos valores de base de quaisquer duas dimensões determina os valores de
base das outras duas. Normalmente, os valores das tensões de barra e dos equipamentos são
conhecidos, portanto, a tensão é um valor conveniente para ser escolhido como base. A potência
aparente é uma outra escolha usual como base, visto que é seu valor é normalmente conhecido em
equipamentos como transformadores e geradores.
A potência base é única para um determinado sistema. Por outro lado, as bases de tensão,
acompanham as relações de transformação dos transformadores.
3. ESCOLHA DA BASE
A escolha dos valores de base de tensão e potência aparente deve ser feita levando-se em conta que
a base de potência é única para todo o sistema e as bases de tensão obedecem às relações de tensões
nos transformadores, considerando circuitos monofásicos ou trifásicos. Desta forma, é conveniente
escolher bases de potência aparente e de tensão que representem a maior parte dos equipamentos,
evitando cálculos desnecessários.
Quando a resistência e a reatância de um dispositivo forem dadas pelo fabricante em
porcentagem ou em por unidade, subentende-se que os valores de base usados são os valores
nominais do equipamento. Resistências e reatâncias de dispersão dependem do lado em que são
medidas, e, nesse caso, a potência aparente base será a nominal do equipamento e a tensão base será
a tensão nominal do lado medido, de alta ou de baixa.
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Modelos de redes de potência em regime permanente. Sistema pu em circuitos trifásicos.
4. DETERMINAÇÃO DA BASE
Em sistemas monofásicos, a tensão base é a tensão entre fase e neutro, a potência base é a potência
por fase e a corrente base é a corrente de linha. Se escolhermos a tensão e a potência aparente como
bases do sistema, temos:
ZB (Ω)=
[VB (kVFN )]2 (4)
S B (MVA 1φ )
1) Tensão base sendo a tensão entre fase e neutro, a potência aparente base sendo a potência
por fase e a corrente base sendo a corrente de linha.
Nesse caso, as equações para potência ativa e reativa, corrente e impedância base no sistema
trifásico são idênticas às equações (1) a (4).
2) Tensão base sendo a tensão de linha, potência aparente base sendo a potência total trifásica e
corrente base sendo a corrente de linha.
VL = 3 VFN (5)
S3φ = 3 VL IL (6)
S B (MVA 3φ )
IB (kA) = (8)
3VB (kVL )
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Modelos de redes de potência em regime permanente. Sistema pu em circuitos trifásicos.
2
⎡VB (kVL ) ⎤
[V (kVFN )] = ⎢⎣
ZB (Ω)= B
2
3 ⎥⎦
S B (MVA 1φ ) S B (MVA 3φ )
3
[V (kVL )]
ZB (Ω)= B
2
(9)
S B (MVA 3φ )
A não ser pelos subscritos L e 3φ, a equação (9) é idêntica à equação (4).
Tendo definidos os valores de base, tanto em sistemas monofásicos como trifásicos, podemos
normalizar qualquer grandeza dividindo o seu valor real pelo valor base de mesma dimensão, por
exemplo:
Z ( Ω) (10)
Z (pu) =
Z B (Ω)
P ( MW )
P (pu) = (13)
S B (MVA)
Q (Mvar)
Q (pu) = (14)
S B (MVA)
6. MUDANÇA DE BASE
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Modelos de redes de potência em regime permanente. Sistema pu em circuitos trifásicos.
S BN (MVA 1φ )
ZN (pu) = Z (Ω) (17)
[VBN (kVFN )]2
Assim, pode-se aproveitar o valor em pu para uma determinada base para calcular o novo valor em
pu para uma base nova da seguinte forma:
[VBV (kVFN )]
2
S BN (MVA1φ )
ZN (pu) = Z V (pu)
S BV (MVA1φ ) [VBN (kVFN )]2
2
⎡ VBV (kVFN ) ⎤ S BN (MVA 1φ )
ZN (pu) = Z V (pu) ⎢ ⎥ (18)
⎣ VBN (kVFN ) ⎦ S BV (MVA 1φ )
A Equação (18) é idêntica para sistemas trifásicos, apenas substituindo os subscritos 1φ e FN por 3φ
e L.
Em sistemas monofásicos, as tensões base de circuitos ligados por transformador devem ter a
mesma relação de espiras do transformador. A potência aparente base é única para todo o sistema.
Exemplo: As duas partes do sistema da figura abaixo são designadas por A e B. A característica do
transformador é:
T1: 10MVA, 13,8 kV – 138 kV, reatância de dispersão de 10%
Se as bases do sistema A são 10MVA e 13 kV, quais são as bases do sistema B?
Em circuitos trifásicos, as tensões bases dos dois lados do transformador devem corresponder à
relação entre as tensões nominais de linha em ambos os lados. O leitor deverá estar atento ao tipo de
ligação (Y–Y, ∆–∆, ∆–Y, Y–∆) e à especificação do transformador. A potência base é a mesma em
ambos os lados.
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Modelos de redes de potência em regime permanente. Sistema pu em circuitos trifásicos.
Exemplo: Três transformadores monofásicos de 25MVA, 38,1 – 3,81 kV são conectados para
alimentar uma carga. Qual é a especificação do transformador trifásico e as tensões bases nos dois
lados se a ligação for Y-Y? E se for Y-∆?
Resposta:
Como os transformadores são monofásicos, as tensões especificadas são tensões de fase e as
potências são as potências por fase.
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Modelos de redes de potência em regime permanente. Sistema pu em circuitos trifásicos.
Zps = Zp + Zs
Zpt = Zp + Zt (19)
Zst = Zs + Zt
De forma que:
Zp = ½ (Zps + Zpt – Zst)
Zs = ½ (Zps + Zst – Zpt) (20)
Zt = ½ (Zpt + Zst – Zps)
Resposta: Para uma base de 10 MVA e 69 kV no circuito primário, as bases de tensão do circuito
secundário e do terciário são 34,5 kV e 13,8 kV, respectivamente. Não é necessária a mudança de
base de potência para Zpt e Zps, mas Zst deve ser mudada para a base de 10 MVA, assim:
Zst = 5% x 10/5 = 10%
BIBLIOGRAFIA
1. GRAINGER, J. J.; STEVENSON JR., W. D. Power System Analysis. New York: McGraw-
Hill, 1994.
2. ANDERSON, P. M. Analysis of Faulted Power Systems. New York: IEEE Press, 1995.