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RESUMO
O presente artigo descreve uma instalação piloto da norma IEC61850-9-2 LE realizado na SE Uberaba da
COPEL G&T,no qual uma linha de transmissão de 230kV está sendo monitorada por meio de três
tecnologias distintas:
a) 03 TC’s convencionais ligados por meio de cabo de cobre a um oscilógrafo e relés de proteção
instalados na sala de controle;
b) 03 TC’s convencionais ligados a uma Merging Unit instalada no pátio da SE, que se comunica
via barramento de processos com um oscilógrafo e relés de proteção;
c) 03 TC’s ópticos redundantes, com módulos de controle instalados no pátio e na sala de
controle que se comunicam via barramento de processos com um oscilógrafo;
Tal instalação é uma das poucos, em nível mundial, a empregar três tecnologias distintas para a medição
de corrente em uma linha de alta tensão.
PALAVRAS-CHAVE
1.0 - INTRODUÇÃO
O uso de tecnologias ópticas para medição e controle em sistemas elétricos de potência traz algumas
vantagens, tais como o acoplamento dielétrico entre os instrumentos e o pátio da subestação, devido as
Fibras Ópticas- FO, a imunidade aos problemas de compatibilidade eletromagnética, pois os sinais
luminosos praticamente não são afetados pelos campos elétricos e magnéticos. Tais características são
ideais para aplicação em ambientes de alta tensão, como usinas e subestações - SE.
Apesar da tecnologia óptica já estar disponível a mais de 20 anos, a sua aplicação em sistemas elétricos
de potência sempre foi muito restrita, principalmente devido à dificuldade em compatibilizar os padrões de
acoplamento entre os instrumentos, uma vez que o padrão vigente é a conexão metálica com sinais
analógicos, sendo que os sistemas ópticos apresentam sinais digitais. Desta forma, não trata-se apenas
da adaptação dos sistema ópticos aos padrões vigentes, mas de uma mudança de paradigma, onde a
informação deixa de ser transmitida por elétrons trafegando em fios de cobre e passa a ser transmitida
por fótons, trafegando em cabos de fibra óptica.
Dentro do setor elétrico, esta mudança de paradigma está sendo promovida com base na norma
IEC61850. Esta norma foi publicada em 2004, mas vem sendo desenvolvida desde a década de 1990,
completando assim mais de 25 anos de história.
Convém observar, que a Norma IEC61850 não trata diretamente dos sistemas ópticos de comunicação e
tecnologias associadas. Ela estabelece uma série de protocolos de comunicação em tempo real, ver
Figura 1, que permitem a criação de um Barramento de Processos, Process Bus - PB, ver Figura 2, no
qual as informações analógicas usadas nos sistemas tradicionais passam a ser tratadas de forma digital.
Como consequência, em função da segurança e confiabilidade, no momento em que um barramento de
processos é criado, a tecnologia de comunicação adotada será eminentemente óptica.
(*) Rodovia SC 401, Km 16 nº 4150 – Sala 23 – CEP 88032-005 Florianópolis - SC – Brasil - Tel: (+55
48) 3371-7778 – Fax: (+55 48) 3371-7778 – Email: policarpo@poweroticks.com
FIGURA 1 – Protocolos de comunicação previstos pela norma IEC61850
Desta forma, ao viabilizar o uso de comunicação digital em tempo real para monitorar e controlar um
sistema elétrico de potência, a norma IEC61850 permite esta mudança de paradigma, que no futuro deve
levar ao uso intensivo de tecnologias ópticas, por exemplo, com todos os cabos metálicos que ligam a
sala de comando com o pátio da SE sendo substituídos por cabos ópticos. Possivelmente esta mudança
irá implicar no uso de sistemas de alimentação, bancos de baterias distintos, um para atender os
equipamentos no pátio e outro para os equipamentos na sala de controle.
Em termos práticos, a adoção da norma IEC61850 gera dois contextos distintos. No primeiro, as
informações de “estado”, no qual um fio de cobre é usado para indicar dois estados: Ligado/Desligado,
são transmitidas por meio do protocolo Generic Object Oriented Substation Events – GOOSE, que
consiste basicamente no envio de um bloco de dados digitais com a informação de estado. Para casos
críticos, por exemplo, comandos de proteção e abertura de disjuntores, as mensagens GOOSE são
repetidos numa sequência temporal, aumentando a confiabilidade na recepção da informação.
Atualmente o protocolo GOOSE já é uma realidade no Brasil e no mundo, no entanto, na maior parte dos
sistemas de proteção o sinal de trip pelo GOOSE ainda está sendo implementado por cabos metálicos.
No segundo momento, a adoção da IEC61850 implicará no uso do protocolo Sampled Measured Values –
SMV, para transmissão de sinais analógicos de corrente e tensão. Para permitir o uso do SMV a partir de
TCs e TPs convencionais, a IEC61850 criou um novo dispositivo denominado Merging Unit– MU, cuja
instalação normalmente é prevista no pátio da subestação SE.
Cabe salientar que o uso da MU gera uma ponte entre as tecnologias de TC e TP convencionais e uma
nova geração de TC e TP ópticos. Sabe-se que as tecnologias ópticas de medição de corrente já estão
disponíveis no mercado há mais de 10 anos, mas devido a problemas de compatibilidade com os níveis
de saída dos TCs convencionais,que operam com correntes secundarias bastante elevadas, não é
possível realizar um processo direto de substituição de um TC convencional por um TC óptico.
Neste contexto,a aplicação da MU possibilita a manutenção das tecnologias convencionais, TC e TP,
adaptadas ao barramento de processos, implementado normalmente com fibra óptica,usando o protocolo
SMV confrome a norma IEC61850-9-2 LE [1], permitindo o uso de relés digitais compatíveis com este
protocolo.Esta estratégia permite “isolar” a sala de controle do pátio da SE, substituindo os cabos de
cobre, por cabos de fibra óptica. O próximo passo seria a substituição do conjunto TC e MU por um TC
óptico com saída SMV, sendo que para o relé esta troca é transparente, uma vez que este já opera em
conformidade com a IEC61850-9-2.
Neste contexto, o presente artigo descreve um sistema piloto da IEC61850-9-2 LE (que trata
especificamente do protocolo de comunicação SV), mostrado na Figura3, que é o resultado de duas
iniciativas distintas:
• TC convencional ligado a uma Merging Unit instalada no pátio da SE, que se comunica via
barramento de processos com um oscilógrafo e relés de proteção;
• TC óptico redundantes, com módulos de controle instalados no pátio e na sala de controle que
se comunicam via barramento de processos com um oscilógrafo.
Os principais aspectos desta instalação serão descritos a seguir, sendo também tratados aspectos de
configuração do barramento de processos, resultados obtidos bem como os aperfeiçoamentos para este
sistema.
Conforme apresentado na Figura 4, umaMerging Unitmodelo MU320 da Reason Tecnologia, foi instalada
no pátio da SE Uberaba, realizando o monitoramento de três correntes e três tensões da linha CTL
(antiga PFL, que atualmente foi secctionada em UBR-CTL e CTL-PFL)que opera em 230kV.
• Relé de proteção modelo P444 (com placa ethernet IEC 61850-9-2 LE) da Alstom;
• Registrador de perturbação modelo RPV311 da Reason Tecnologia;
• Switchmodelo T1000 da Reason Tecnologia;
• Relógio de sincronismo via GPS, modelo RT434 da Reason Tecnologia;
• Distribuidor de sinais de sincronismo de tempo, modelo RT411 da Reason Tecnologia.
Os sinais de corrente e tensão monitorados pela MU320 são transmitidos através de protocolo SMV,
conforme definido pela norma IEC 61850-9-2 LE, para o Switch T1000, criando um barramento de
processos e distribuindo os pacotesSMV para o Registrador Digital de Perturbações (RPV-311) da
Reason e para o relé de Proteção P444 da Alstom.
Para atender ao sincronismo de tempo o Relógio GPS RT420 foi substituído por um Relógio RT434 e
mais um Distribuidor de Sinais RT411.Mais detalhes sobre a instalação e configuração da MU320 e RPV-
311 e do relé P444, podem ser observados no artigo [2] que descreve o piloto IEC61850 inicialmente
instalado na SE Uberaba .
FIGURA 7 – Módulos de controle e fontes laser do TECO-MR 230 kV instalados na parte traseira do
painel mostrado na Figura 5.
(a) (b)
FIGURA 8 – Distribuição física do TECO-MR 230 kV na SE Uberaba. a) Vista lateral; b) Vista frontal
A Figura 8 apresenta a disposição física do TECO-MR 230 kV no pátio da SE. Pode-se observar que o
TECO-MR foi instalado entre o disjuntor e o TC convencional. Na base metálica que sustenta o TECO-MR
que monitora a Fase A, foi instalado o painel que contem o DG óptico e o módulo MO1000.
A Figura 9 apresenta o TECO-MR sendo instalado. Por tratar-se de um trecho de cabo muito curto, em
torno de 5 metros, foi feita a opção de passar o cabo existente por dentro do cabeçote do TECO-MR,
dispensando o uso do link de cobre que seria normalmente utilizado, ligando o cabo por meio de dois
conectores NEMA. Esta forma de ligação gerou um impacto mínimo ao sistema, pois o cabo existente,
passa somente dentro das duas “orelhas” do TECO-MR, que contêm o sensor Faraday, sem gerar novos
pontos de contato no sistema existente.
FIGURA 11 – Foto da porta do painel com dois módulo MC61850 e um módulo MO1000 instalados.
4.0 - BARRAMENTO DE PROCESSOS
Quando o TECO-MR 230 kV foi instalado na SE Uberaba, também foi disponibilizado mais um Switch
modelo T1000, onde o módulo redundante de medição, MC 61850R, foi conectado, prevendo-se uma
evolução para um sistema com redundância através da inserção de novos relés ou de RedBox para PRP.
A Figura 12, mostra o diagrama físico de ligação dos equipamentos que formam o barramento de
processos do piloto IEC 61850-9-2 LE implantado na SE Uberaba. Na Figura 13, podemos observar que
foi definida uma rede virtual (VLAN) para tratar especificamente dos sinais SV, que seguem um fluxo
definido pelas setas apresentadas nesta figura.
Os primeiros testes realizados no piloto IEC 61850-9-2 LE, foram feitos utilizando uma caixa de teste
OMICROMCMC353, tendo por objetivo observar o desempenho da MU230, utilizando por exemplo o
esquema mostrado na Figura 14. Estes testes e os resultados obtidos, incluindo um caso real de defeito
na linha, podem ser observados no artigo [2].
Após a finalização da instalação do TECO-MR 230 kV, em março de 2016, foi possível obter registros
oscilográficos para cada corrente monitorada, conforme mostrado na Figura 15.
A Figura 16, mostra os valores de módulo e ângulo para cada uma das correntes monitoradas, onde
observa-se que o TECO-MR apresenta um ângulo “adiantado” da ordem de 1.5º elétricos em relação ao
TC convencional.
No período de testes, entre março de 2016 e agosto de 2016, não foi registrada nenhuma ocorrência
nesta linha e desta forma a avaliação do sistema foi realizada basicamente por meio de disparo de
registros manuais gravados no RDV-311. Neste tipo de registro, a corrente típica observada na linha é
relativamente baixa, da ordem de 200 A, e desta forma não foi possível fazer uma comparação com o TC
convencional operando em correntes elevadas, o que seria interessante para avaliar níveis de saturação
e nível DC que ocorrem durante uma condição de defeito.
Com base nos registros manuais, foram obtidos diversos conjuntos de dados oscilográficos, semelhantes
aos mostrados nas Figuras 15 e 16, que permitem algumas considerações sobre os sistemas de medição
avaliados:
• Foi observada no sistema como uma precisão angular da ordem de 0.3º elétricos nos dados
recebidos por meio de protocolo SMV. Esta precisão deve-se a uma soma de fatores, incluindo
precisão do sistema de tempo, ruído sobreposto a medição e principalmente ligeiras variações
na frequência de rede, pois o cálculo de ângulo utilizado na análise considera uma frequência
fixa de 60 Hz;
• O TECO-MR foi configurado para uma corrente nominal de 1.200 A, com limite máximo de
medição de 25 kA. A fim de testar variações na tecnologia, a fase C do TECO-MR redundante,
foi configurada para uma corrente nominal de 400 A e corrente máxima de 8 kA. Após a
instalação, foi verificado que a corrente de operação na linha se encontra na faixa de 200 A
com corrente máxima de curto circuito da ordem de 8.000 A. Desta forma, o TECO-MR ficou
operando em uma faixa de medição máxima bem superior do que os valores nominais
observados, com exceção da fase C na medição redundante, o que gerou uma condição
desfavorável em relação ao ruído de fundo que aparece sobreposto a medição.
Isto pode ser observado nos sinais do TECO-MR mostrado na Figura 15, onde um ruído da
ordem de 4 A se sobrepõem ao sinal medido. Na Figura 17, o sinal de corrente na Fase C do
TECO-MR redundante, que está configurado para uma faixa de operação adequada,400 A, é
comparado com o sinal do TC convencional. Nesta figura, além de notar que o sinal do TC
óptico
está adiantado no tempo, pode ser observado que o nível de ruído sobreposto TC
convencional é ligeiramente maior do que o existente no TC óptico.
FIGURA 17 – Comparação que permite observar os de níveis de ruído para o TC convencional (sinal em
vermelho) e para o TECO-MR com corrente nominal de 400 A (sinal em azul).
FIGURA 18 –Curva de erro com variação com temperatura para o TECO-MR (com compensação de
temperatura).
6.0 - ASPECTOS A SEREM APRIMORADOS
O sistema piloto instalado na SE Uberaba apresentou um bom desempenho e permitiu validar uma série
de tecnologias associadas a transmissão de informações de corrente e tensão com base no protocolo
SMV, conforme definido na norma IEC61850-9-2.
O sistema originalmente instalado não teve foco na redundância de operação. Com a instalação do
TECO-MR, a inserção do módulo redundante no barramento de processos permitiu ao piloto se projetar
para uma expansão do sistema, com redundância de proteção e de barramento de processos.
Neste contexto, foi possível observar alguns aspectos de operação do sistema que devem ser
aprimorados a fim de gerar uma aplicação prática, na qual os dados lidos por meio de protocolo SMV
(gerado em Merging Unit ou TC óptico) possam ser efetivamente utilizados para proteção e controle de
uma linha de transmissão operando em 230 kV:
• O sistema de sincronização de tempo representa um aspecto crítico para a leitura dos dados
SMV, falhas neste sistema podem tornar a medição inoperante caso os equipamentos de
medição ou proteção usem a estampa de tempo do protocolo ao invés de usar seu próprio
tempo interno. Como as mensagens GOOSE e SMV carregam estampa de tempo, o que não
ocorria na transmissão analógica convencional, ainda existe a possibilidade de que as
aquisições de equipamentos diferentes sejam feitas de formas distintas, o que pode levar a
erros de análise ou operação. Assim, é recomendável que o sistema de sincronização de tempo
seja de forma redundante, o que aponta para a substituição do sinal IRIG-B pelo protocolo
Precision Time Protocol – PTP, [5], definido pela norma IEEE 1588 [6]. Isto faz-se necessário,
na medida em que a distribuição de duas ou mais fontes de sincronismos de tempo para um
mesmo equipamento, usando sinal IRIG-B, se torna inviável. Além disso, as fontes de
sincronismo de tempo devem operar num esquema redundante, com um equipamento “mestre”
gerando o sincronismo e um equipamento “escravo” monitorando continuamente esta
sincronização e entrando no seu lugar caso o mestre falhe.
7.0 - CONCLUSÃO
De forma prática, foi possível observar, que a operação do oscilógrafo e do relé de proteção não faz
distinção entre os dados gerados no secundário do TC e do TP convencionais, dos dados gerados na
MU ou no TC óptico, transmitidos por meio de blocos SMV através do barramento de processos
implementado por uma rede óptica.
Com relação ao TC óptico, foi possível observar que o TECO-MR está operando normalmente. Como os
TCs ópticos são bastante precisos, não têm saturação e operam com valores elevados de corrente
máxima, tipicamente 25 kA para linhas de 230 kV, existe uma tendência natural em fazer uma
especificação mais genérica, sem levar em conta as correntes máximas a serem monitoradas.
Entretanto, qualquer sistema de medição possui ruído sobreposto, que se torna evidente quando se
opera em uma faixa de medição muito pequena com relação ao final da escala. Desta forma, ao
especificar um TC óptico deve se levar em conta a corrente máxima a ser monitorada em condições de
defeito de forma a otimizar a faixa de medição.
Em termos metrológicos, um TC óptico tende a ser mais preciso que o TC convencional. No caso
específico do TECO-MR, com compensação de temperatura está sendo obtida uma classe de exatidão
de 0.3. Além disso, o atraso de fase é praticamente nulo, enquanto o TC convencional apresenta erros
de fase na faixa de 1 a 2 graus elétricos.
Com a experiência obtida no piloto na SE em Uberaba, constatou-se que é fundamental uma
redundância na aplicação do protocolo SMV. Esta redundância deve ser aplicada em todos os níveis:
medição; barramento de processo; relés de proteção; sistema de sincronismo de tempo, sendo que
somente o sistema de registro oscilógrafo poderia ser configurado como um único equipamento.
Todavia, não adianta ter uma redundância completa se um esquema de monitoração e sinalização de
falhas eficiente não for instalado. A redundância apenas gera um grau efetivo de segurança quando
defeitos no sistema são identificados e corrigidos de forma rápida e segura, desta forma a informação de
falha de equipamentos específicos ou de partes do sistema deve ser coletada e levada a níveis acima,
incluindo monitorações locais de alarmes e sistema de supervisão.
Se tomarmos, por exemplo, um TC convencional, podemos observar que os sinais de corrente que saem
do secundário são conduzidos por cabos blindados, com fios de bitola maior, ligados por terminais do
tipo olhal e ligados em série em todos os equipamentos que necessitam da informação de corrente. Tal
sistema apesar de possuir alguns problemas inerentes, possui uma disponibilidade muito elevada, com a
interrupção de um circuito secundário de corrente de um TC sendo um evento bastante raro. Isto garante
que a informação analógica de corrente vai estar disponível durante praticamente todo o tempo de
operação do TC. Nesta condição ao passar para um sistema que monitora a corrente por meio de
protocolo SMV, temos uma cadeia de equipamentos operando em conjunto, MU ou TCO, DGs ópticos,
Switchs, receptores GPS, para levar a informação correta até o relé de proteção e demais equipamentos
de monitoração e controle. Num tal sistema pode-se identificar dezenas de pequenos problemas, que
podem tornar a informação indisponível, como por exemplo: falhas em fontes de alimentação,
travamento de software, problemas de conexão de cabos ópticos ou cabos de alimentação, etc.
Para concluir, podemos afirmar que a Tecnologia SMV, de fato funciona na prática, mas o único caminho
para manter a mesma confiabilidade e disponibilidade do TC convencional consiste no uso de sistemas
redundantes, no mínimo da mesma forma que é aplicado atualmente, com sistemas principais e
alternados. Sempre que possível deve-se prever redundâncias cruzadas, como forma de aumentar a
garantia de que os defeitos que irão surgir sejam identificados de forma automatizada e sejam
rapidamente sanados.
(1) International Electrotechnical Commission's (IEC), Norma: IEC 61850-9-2 LE, Sampled Values.
(4) Rahmatian, F.; Blake, J.N. Applications of High-Voltage Fiber Optic Current Sensors. IEEE-PES. 2006.
(5)Dreher, A., Mohl, D., Precision Clock Synchronization - IEEE 1588 - White Paper.
https://www.belden.com/docs/upload/Precision_Clock_Synchronization_WP.pdf
(6) Frost, T., “Template for a Telecommunications Profile for IEEE1588 version 2”, Contribution to ATIS
OPTXS-SYNC Meeting, San Diego, 14-18 January 2008.
(7) H. Kirrmann, M. Hansson, P. Muri. IEC 62439 PRP: Bumpless recovery for highly available, hard real-
time industrial networks. ETFA 2007, Patras, Greece
(8) Heine, H., Kleineberg, O., The High-Availibility Seamless redundancy protocol (HSR): Robust fault-
tolerant networking and loop prevention through duplicate discard, WFCS 2012, Lemgo, Germany
9.0 - DADOS BIOGRÁFICOS
Policarpo Batista Uliana, nascido em Crisciúma, SC. Graduação em Engenharia Eletrica plea UFSC
em 1990. Mestrado em Sistemas de Medição Holograficos pela USFC em 1994. Doutorado em
Inteligencia artificaial pela UFSC em 2002. Exerce a função de diretor de P&D da PowerOpticks
tecnologia. Contato por email poli@poweropticks.com e telefone (48)3371-7778.
Moacir Wendhausen, nascido em Criciúma-SC. Graduado em Engenharia Elétrica pela UFSC em
2001. Mestrado em Metrologia Elétrica e Óptica pela UFSC em 2011. Atua profissionalmente na
empresa PowerOpticks Tecnologia, sendo responsável pela Pesquisa e Desenvolvimento em
Sensores Ópticos. Contato por e-mail moacir@poweropticks.com e telefone (48)3371-7778.
Luciano Mendes de Freitas, nascido em Francisco Beltrão, PR, Graduado em Tecnologia em
Eletrônica pelo CEFET em 2003, Engenharia de Controle e Automação pela FAG em 2007,
Engenharia Elétrica pela SATC em 2014. Atualmente é coordenador dos laboratórios de Calibração,
Ensaios Especiais e Eletrônica da Engie Brasil Energia. Contato luciano.freitas@engie.com e telefone
(48) 3621 4187.
Gilmar Francisco Krefta, nascido em Curitiba, PR. Graduação em Engenharia Elétrica pela UTFPR
em 1985. Especialização em Tecnologia Digital em 1998 pela UTFPR. Mestrado em Sistemas de
Energia pela UFPR em 2008. Exerce a função de Engenheiro de Proteção do Sistema na Copel G&T
desde 1988. Contato por e-mail gilmar.krefta@copel.com,e telefone (41) 3331-3167.
Carlos Eduardo Ferreira Pimentel, nascido em Guarapuava, PR. Graduação em Engenharia Elétrica
pela UTFPR em 2011. Possui 5 anos de experiência no setor elétrico e atualmente exerce a função de
Engenheiro de Aplicação na GE Grid Solutions – Reason Product Line, sendo responsável por
projetos de engenharia. Contato por e-mail cefpimentel@gmail.com e telefone (48) 2108 0300.
Rafael Rosar Matos, nascido em Florianópolis, SC, em 19 de junho de 1977. Graduado pela
Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC como Engenheiro Eletricista. Possui 13 anos de
experiência em medição de sistemas de potência. É Gerente de Engenharia na GE Grid Solutions –
Reason Product Line. Contato por e-mail rafael.matos@reason.com.bre e telefone (48) 2108 0300.