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14/08/2023

DIREITO DIGITAL

AULA 01

4ª Revolução
DIREITO DIGITAL
Industrial
DIREITO DIGITAL
Direito Digital
Direito Cibernético
Direito Eletrônico
Direito da Sociedade da Informação
Cyberlaw
Ciberdireito
Direito da Tecnologia
Direito da Internet

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4ª Revolução
DIREITO DIGITAL
Industrial
DIREITO DA INTERNET?
Tutela de direitos no âmbito da INTERNET
a) Autorregulação

b) Direito da internet

c) Analogia

d) Abordagem mista

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Industrial
DIREITO DIGITAL

CNE/CES nº 5, de 17 de dezembro de 2018 - institui as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso


de Graduação em Direito

Art. 5º O curso de graduação em Direito, priorizando a interdisciplinaridade e a articulação de


saberes, deverá incluir no PPC, conteúdos e atividades que atendam às seguintes perspectivas
formativas:
[…]
II – Formação técnico-jurídica, que abrange, além do enfoque dogmático, o conhecimento e a
aplicação, observadas as peculiaridades dos diversos ramos do Direito, de qualquer natureza,
estudados sistematicamente e contextualizados segundo a sua evolução e aplicação às mudanças
sociais, econômicas, políticas e culturais do Brasil e suas relações internacionais, incluindo-se,
necessariamente, dentre outros condizentes com o PPC, conteúdos essenciais referentes às áreas
de Teoria do Direito, Direito Constitucional, Direito Administrativo, Direito Tributário, Direito
Penal, Direito Civil, Direito Empresarial, Direito do Trabalho, Direito Internacional, Direito
Processual; Direito Previdenciário, Direito Financeiro, Direito Digital e Formas Consensuais de
Solução de Conflitos (...) (Redação dada pela Resolução nº 2, de 19 de abril de 2021.

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4ª Revolução
DIREITO DIGITAL
Industrial
DIREITO DIGITAL
CNJ - Resolução Nº 75 de 12/05/2009 - Dispõe sobre os concursos públicos para ingresso na
carreira da magistratura em todos os ramos do Poder Judiciário nacional.

F) DIREITO DIGITAL (incluído pela Resolução n. 423, de 5.10.2021).

1 – 4ª Revolução industrial. Transformação Digital no Poder Judiciário. Tecnologia no contexto


jurídico. Automação do processo. Inteligência Artificial e Direito. Audiências virtuais. Cortes
remotas. Ciência de dados e Jurimetria. Resoluções do CNJ sobre inovações tecnológicas no
Judiciário.

2 – Persecução Penal e novas tecnologias. Crimes virtuais e cibersegurança. Deepweb e Darkweb.


Provas digitais. Criptomoedas e Lavagem de dinheiro.

3 – Noções gerais de contratos Inteligentes, Blockchain e Algoritmos.

4 – LGPD e proteção de dados pessoais.

4ª Revolução
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Industrial
DIREITO DIGITAL
CNJ - Resolução Nº 75 de 12/05/2009 - Dispõe sobre os concursos públicos para ingresso na
carreira da magistratura em todos os ramos do Poder Judiciário nacional.

F) DIREITO DIGITAL (incluído pela Resolução n. 423, de 5.10.2021).

1 – 4ª Revolução industrial. Transformação Digital no Poder Judiciário. Tecnologia no contexto


jurídico. Automação do processo. Inteligência Artificial e Direito. Audiências virtuais. Cortes
remotas. Ciência de dados e Jurimetria. Resoluções do CNJ sobre inovações tecnológicas no
Judiciário.

2 – Persecução Penal e novas tecnologias. Crimes virtuais e cibersegurança. Deepweb e Darkweb.


Provas digitais. Criptomoedas e Lavagem de dinheiro.

3 – Noções gerais de contratos Inteligentes, Blockchain e Algoritmos.

4 – LGPD e proteção de dados pessoais.

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CIBERESPAÇO
Ciberespaço. Uma alucinação
consensual vivenciada diariamente
por bilhões de operadores
autorizados, em todas as nações,
por crianças que estão
aprendendo conceitos
matemáticos... uma representação
gráfica de dados de todos os
computadores do sistema
humano. Uma complexidade
impensável. Linhas de luz
alinhadas no ar não espaço da GIBSON, William. Neuromancer.
mente, aglomerados e
constelações de dados. Como luzes
da cidade se afastando..

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Industrial
INTERNET

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Industrial
INTERNET
A Internet é mais que um simples meio de comunicação eletrônica, formada não apenas por uma rede mundial de
computadores, mas, principalmente, por uma rede mundial de Indivíduos. Indivíduos com letra maiúscula, porque
estão inseridos em um conceito mais amplo, que abrange uma individualização não só de pessoas físicas como
também de empresas, instituições e governos. A Internet elimina definitivamente o conceito de corporação
unidimensional, impessoal e massificada. Isso significa profunda mudança na forma como o Direito deve encarar as
relações entre esses Indivíduos (Patricia Peck Pinheiro)

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INTERNET

DECRETO Nº 9.854, DE 25 DE JUNHO DE 2019 - Institui o Plano Nacional de Internet das Coisas e dispõe sobre a Câmara
de Gestão e Acompanhamento do Desenvolvimento de Sistemas de Comunicação Máquina a Máquina e Internet das
Coisas.

Art. 1º Fica instituído o Plano Nacional de Internet das Coisas com a finalidade de implementar e desenvolver a Internet
das Coisas no País e , com base na livre concorrência e na livre circulação de dados, observadas as diretrizes de segurança
da informação e de proteção de dados pessoais.
Art. 2º Para fins do disposto neste Decreto, considera-se:
I - Internet das Coisas - IoT - a infraestrutura que integra a prestação de serviços de valor adicionado com capacidades de
conexão física ou virtual de coisas com dispositivos baseados em tecnologias da informação e comunicação existentes e
nas suas evoluções, com interoperabilidade;
II - coisas - objetos no mundo físico ou no mundo digital, capazes de serem identificados e integrados pelas redes de
comunicação;
III - dispositivos - equipamentos ou subconjuntos de equipamentos com capacidade mandatória de comunicação e
capacidade opcional de sensoriamento, de atuação, de coleta, de armazenamento e de processamento de dados; e
IV - serviço de valor adicionado - atividade que acrescenta a um serviço de telecomunicações que lhe dá suporte e com o
qual não se confunde novas utilidades relacionadas ao acesso, ao armazenamento, à apresentação, à movimentação ou à
recuperação de informações, nos termos do disposto no art. 61 da Lei nº 9.472, de 16 de julho de 1997.

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INTERNET
LEI Nº 12.965, DE 23 DE ABRIL DE 2014.

Art. 5º Para os efeitos desta Lei, considera-se:


I - internet: o sistema constituído do conjunto de protocolos lógicos, estruturado em escala mundial para
uso público e irrestrito, com a finalidade de possibilitar a comunicação de dados entre terminais por
meio de diferentes redes;

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Industrial
INTERNET
A internet foi criada em 1969, nos Estados Unidos. A Advanced Research Projects Agency
Network (ARPANET) tinha como função interligar laboratórios de pesquisa. Essa rede
pertencia ao Departamento de Defesa norte-americano. O mundo vivia o auge da Guerra
Fria.

Em 1973 o responsável pelo ARPANET, Virton Cerf, do Departamento de Pesquisa Avançada


da Universidade da Califórnia, registrou o Projeto de Controle de Transmissão, com o
lançamento dos protocolos Transmission Control Protocol/Internet Protocol (TCP/IP).

Em 1989, criou-se a World Wide Web (WWW), nascida no Laboratório Europeu de Física, em
Genebra, instrumento tecnológico valioso para o tráfego de documentos, imagem e sons
pela rede.

Em 1996, os estudantes americanos Larry Page e Sergey Brin, em um projeto de doutorado


na Universidade Stanford, criaram o maior site de buscas da Internet, o Google.

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INTERNET
A internet foi criada em 1969, nos Estados Unidos. A Advanced Research Projects Agency
Network (ARPANET) tinha como função interligar laboratórios de pesquisa. Essa rede
pertencia ao Departamento de Defesa norte-americano. O mundo vivia o auge da Guerra
Fria.

Em 1973 o responsável pelo ARPANET, Virton Cerf, do Departamento de Pesquisa Avançada


da Universidade da Califórnia, registrou o Projeto de Controle de Transmissão, com o
lançamento dos protocolos Transmission Control Protocol/Internet Protocol (TCP/IP).

Em 1989, criou-se a World Wide Web (WWW), nascida no Laboratório Europeu de Física, em
Genebra, instrumento tecnológico valioso para o tráfego de documentos, imagem e sons
pela rede.

Em 1996, os estudantes americanos Larry Page e Sergey Brin, em um projeto de doutorado


na Universidade Stanford, criaram o maior site de buscas da Internet, o Google.

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IP

https://meuip.com.br/

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IP

LEI Nº 12.965, DE 23 DE ABRIL DE 2014.

Art. 5º Para os efeitos desta Lei, considera-se:


I - internet: o sistema constituído do conjunto de protocolos lógicos, estruturado em escala
mundial para uso público e irrestrito, com a finalidade de possibilitar a comunicação de dados
entre terminais por meio de diferentes redes;
II - terminal: o computador ou qualquer dispositivo que se conecte à internet;
III - endereço de protocolo de internet (endereço IP): o código atribuído a um terminal de
uma rede para permitir sua identificação, definido segundo parâmetros internacionais;

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IP
Para que uma rede funcione, é necessário que os terminais dessa rede tenham uma forma de
se identificar de forma única. A interligação de várias redes só pode existir se as redes
estiverem, também, identificadas no seu conjunto.

Essa forma de identificação utilizada nas redes de computadores atuais é o chamado Endereço
IP. Hoje existem duas versões de endereço IP: a versão 4 (IPv4) e a versão 6 (IPv6). A diferença
entre elas é a quantidade de bits que compõe um endereço e, por conseguinte, a quantidade
de redes e computadores possíveis de endereçar.

Assim, “endereço IP” refere-se a um endereço IP versão 4 (IPv4).


O endereço IP (v4) é um número de 32 bits com 4 conjuntos de 8 bits (4x8=32). A estes
conjuntos de 4 bits dá-se o nome de octeto.
Um exemplo de um endereço IP é: 192.168.1.00.

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IP

IPv4 - Possui endereços no padrão 32 bits e sustenta cerca de 4 bilhões de


combinações de endereços IP em todo o mundo.

IPv6 – Possui endereços no padrão 128 bits e suporta cerca de 340 undecilhões de
endereços, contra 4 bilhões suportados pelo IPv4.

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PROCESSUAL CIVIL E CIVIL. RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER. REMOÇÃO DE
POSTAGENS ILÍCITAS. FORNECIMENTO DE DADOS DOS USUÁRIOS. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO
JURISDICIONAL. AUSÊNCIA. PROVEDOR DE APLICAÇÃO. FORNECIMENTO DOS DADOS DA
PORTA LÓGICA DE ORIGEM. CABIMENTO.
1. Ação de obrigação de fazer ajuizada em 23/03/2017, da qual foi extraído o presente recurso
especial interposto em 06/04/2021 e concluso ao gabinete em 18/04/2022.
2. Não há que se falar em negativa de prestação jurisdicional quanto o Tribunal de origem
examina as questões apontadas como omissas, com base no direito que entende aplicável.
3. Os números IPs são utilizados para a identificação dos usuários da internet que tenham
cometido atos ilícitos de qualquer natureza.
(...)
(REsp n. 2.005.051/SP, relatora Ministra Nancy Andrighi, Terceira Turma, julgado em
23/8/2022, DJe de 25/8/2022.)

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(...) A guarda desses registros permite identificar alguém a partir do nome do usuário ou do terminal
por ele utilizado. Os números IPs da versão 4 esgotaram no mundo, razão pela qual especialistas
propuseram uma nova versão para o protocolo, que é o chamado Protocolo de Internet Versão 6, ou
IPv6. No entanto, até que não haja a transição integral entre os protocolos IPv4 e IPv6, múltiplos IPs
privados são conectados à internet por meio de um único IP público, mediante acréscimo de um
número ao final do endereço IP, que consiste na chamada porta lógica de origem.
4. Da interpretação sistemática de dispositivos legais do Marco Civil da Internet (art. 10, caput e § 1º,
e art. 15), dessume-se que tanto os provedores de conexão quanto os provedores de aplicação têm a
obrigação de guarda e fornecimento das informações da porta lógica de origem associada ao
endereço IP. Apenas com as duas pontas da informação - conexão e aplicação - é possível resolver a
questão da identidade de usuários na internet que estejam utilizando um compartilhamento da
versão 4 do IP.
5. Recurso especial conhecido e não provido.
(REsp n. 2.005.051/SP, relatora Ministra Nancy Andrighi, Terceira Turma, julgado em 23/8/2022, DJe de
25/8/2022.)

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EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. PERFIL FALSO NO FACEBOOK. MARCO CIVIL DA


INTERNET. QUEBRA DE SIGILO. NECESSIDADE DE ORDEM JUDICIAL. ÔNUS
SUCUMBENCIAIS.
- Com o advento do Marco Civil da Internet, as informações requeridas pelo
Apelado, só poderiam ser obtidas por meio de ordem judicial expressa nesse
sentido, conforme determina o art. 10, §1º, Lei 12.965/2014.
- É certo que o acesso aos dados relativos ao perfil falso criado em nome do
autor, quais sejam: identificação do IP, horário de criação da conta, e-mail do
criador e seus demais dados, exige autorização judicial, de forma que, não pode o
apelado, ser condenado em arcar com metade dos ônus sucumbenciais, não sendo
aplicável o princípio da causalidade. (TJMG - Apelação Cível 1.0390.14.000739-
9/001, Relator(a): Des.(a) Pedro Aleixo , 16ª CÂMARA CÍVEL, julgamento em
18/04/2018, publicação da súmula em 27/04/2018)

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EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO - AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C PEDIDO DE


TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA - POSTAGENS NO "TIKTOK" - FORNECIMENTO DE DADOS
PARA IDENTIFICAÇÃO DO USUÁRIO RESPONSÁVEL PELA CONTA - NÚMERO DE IP FORNECIDO
PELO PROVEDOR - MARCO CIVIL DA INTERNET - DADOS PESSOAIS DO USUÁRIO -
DESNECESSIDADE. Não é possível se exigir do provedor de aplicações de internet informações
que a plataforma não é obrigada a manter em sua base de dados, vide redação do art. 15 do
Marco Civil da Internet. Tendo a parte ré se incumbido de acostar aos autos o número do IP,
a data, hora, e o país onde ocorreu o acesso à conta objeto da lide, não é possível se exigir
informações complementares, eis que tais dados são suficientemente capazes de permitir a
identificação do usuário responsável pela conta, sendo este o posicionamento atual do c. STJ
em casos análogos ao presente. (REsp n. 1.829.821/SP, relatora Ministra Nancy Andrighi,
Terceira Turma, julgado em 25/8/2020, DJe de 31/8/2020.). (TJMG - Agravo de Instrumento-
Cv 1.0000.23.076935-8/001, Relator(a): Des.(a) Baeta Neves , 17ª CÂMARA CÍVEL, julgamento
em 24/05/2023, publicação da súmula em 25/05/2023)

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RESPONSABILIDADE CIVIL – Ação de obrigação de fazer julgada procedente – Insurgência da ré


– Fornecimento de dados de porta lógica de usuário de e-mail – Uso de endereço de IP
compartilhado em tecnologia de transição adotada durante a mudança de tecnologia dos
endereços de IPv4, esgotados, e implementação da tecnologia IPv6 – Dados de porta lógica
que possibilitam a individualização de usuário, constituindo mero desdobramento da
identificação de IP – Dever de informação que pode ser exigido do provedor de aplicações
durante a fase de transição – Precedentes – Conversão em perdas e danos – Valor fixado na
sentença com moderação – Manutenção – Oposição de resistência pela ré ao pedido de
obrigação de fazer, que justificava a condenação nas verbas de sucumbência - Sentença
mantida – Recurso improvido.
(TJSP; Apelação Cível 1010688-34.2019.8.26.0100; Relator (a): Caio Marcelo Mendes de
Oliveira; Órgão Julgador: 32ª Câmara de Direito Privado; Foro Central Cível - 20ª Vara Cível;
Data do Julgamento: 03/08/2023; Data de Registro: 03/08/2023)

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Tutela de urgência. Internet. Provedor de aplicação. Ordem de fornecimento de porta lógica


de origem, utilizada para a prática de ilícito. Admissibilidade. Dever de guarda e fornecimento
das informações tanto dos provedores de conexão quanto dos provedores de aplicação.
Precedentes. Obrigação de disponibilizar, outrossim, todos os dados cadastrais do usuário em
seus registros. Determinação de suspensão de acesso a portas de armazenamento de
conteúdo reproduzido e compartilhado fraudulentamente. Equivocada indicação na liminar de
URLs sob controle de outro provedor, estranho à empresa agravante. Revisão da decisão nesse
ponto. Recurso provido em parte.
(TJSP; Agravo de Instrumento 2292305-19.2022.8.26.0000; Relator (a): Augusto Rezende;
Órgão Julgador: 1ª Câmara de Direito Privado; Foro Central Cível - 29ª Vara Cível; Data do
Julgamento: 01/08/2023; Data de Registro: 01/08/2023)

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IP

Tutela de urgência. Internet. Provedor de aplicação. Ordem de fornecimento de porta lógica


de origem, utilizada para a prática de ilícito. Admissibilidade. Dever de guarda e fornecimento
das informações tanto dos provedores de conexão quanto dos provedores de aplicação.
Precedentes. Obrigação de disponibilizar, outrossim, todos os dados cadastrais do usuário em
seus registros. Determinação de suspensão de acesso a portas de armazenamento de
conteúdo reproduzido e compartilhado fraudulentamente. Equivocada indicação na liminar de
URLs sob controle de outro provedor, estranho à empresa agravante. Revisão da decisão nesse
ponto. Recurso provido em parte.
(TJSP; Agravo de Instrumento 2292305-19.2022.8.26.0000; Relator (a): Augusto Rezende;
Órgão Julgador: 1ª Câmara de Direito Privado; Foro Central Cível - 29ª Vara Cível; Data do
Julgamento: 01/08/2023; Data de Registro: 01/08/2023)

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OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C INDENIZATÓRIA. Insurgência do réu em face da sentença de
procedência parcial. Discussão sobre a criação de perfil falso na rede social Facebook, para fins
de ofender o autor, além de incitar a prática de crime. Alegação do apelante de que não teria
sido o responsável pela criação do perfil. Não acolhimento. Indicativos suficientes de autoria.
Partes que residem na mesma cidade de Barretos. Ofensas praticadas que presumivelmente
partiram de algum habitante da cidade, descontente com o trabalho do apelado no Município.
Número de telefone indicado no perfil falso que pertence ao apelante. Confirmação desse
número pelo criador do perfil. Dados de acesso que indicaram o IP de Barretos. Empresa
prestadora que indicou os possíveis usuários de cada um dos IPs que acessaram o perfil
falso. Nome do apelante que aparece na lista de dois desses IPs. Dados suficientes para se
concluir pela autoria do apelante. Danos morais devidos. Liberdade de expressão que não
autoriza o anonimato, a publicação de ofensas e a incitação ao crime. Indenização fixada na
origem (R$ 6.000,00) que não comporta redução. Sentença mantida. RECURSO DESPROVIDO.
(TJSP; Apelação Cível 1003409-65.2020.8.26.0066; Relator (a): Carlos Alberto de Salles; Órgão
Julgador: 3ª Câmara de Direito Privado; Foro de Barretos - 3ª Vara Cível; Data do Julgamento:
25/07/2023; Data de Registro: 25/07/2023)

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DNS

Domain Name System (Sistema de Nomes de Domínios) é um sistema de gestão de nomes


que tem a função de traduzir os endereços escritos “por palavras” em endereços IP escritos
em números.

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CLOUD STORAGE

Modelo que permite o acesso difuso, conveniente e sob demanda de um conjunto


compartilhado de recursos de computação configuráveis que podem ser rapidamente
fornecidos e liberados com mínimo de esforço de gerenciamento ou interação com o
provedor de serviços. (NIST.GOV)

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ICLOUD
https://www.apple.com/legal/internet-services/icloud/br/terms.html

L. Legado Digital. Com o Legado Digital, você pode escolher adicionar um ou mais contatos para
terem acesso e baixar alguns dados de sua conta após a sua morte. Se os seus contatos designados
fornecerem um certificado de óbito para a Apple e tiverem a chave necessária, eles terão acesso
automaticamente a tais dados da conta e o bloqueio de ativação será removido de todos os seus
dispositivos. Desta forma, é responsabilidade sua manter os contatos de Legado Digital
atualizados. Você pode saber mais sobre o Legado Digital em http://support.apple.com/pt-
br/HT212360 e http://support.apple.com/pt-br/HT212361.

D. Não existência de direito de sucessão


Exceto conforme permitido de acordo com o Legado Digital e a menos que exigido por lei, você
concorda que a sua Conta não é transferível e que todos os direitos ao seu ID Apple ou conteúdo
da sua Conta terminam com a sua morte. Após o recebimento de cópia de uma certidão de óbito, a
sua Conta poderá ser encerrada, e todo o conteúdo dentro dela será apagado. Se precisar de mais
ajuda, entre em contato com o Suporte do iCloud em https://support.apple.com/pt-br/icloud.

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CLOUD STORAGE

PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS - Armazenamento de arquivos em nuvem -


Bloqueio da conta pela contratada - Ação de obrigação de fazer cumulada
com pedido de indenização - Sentença de improcedência - Apelo do autor
- Violação de conduta pelo usuário - Bloqueio legítimo - Honorários
advocatícios de sucumbência - Pedido de redução - Rejeição - Apelação
desprovida
(TJSP; Apelação Cível 1010761-17.2021.8.26.0009; Relator (a): Carlos
Henrique Miguel Trevisan; Órgão Julgador: 29ª Câmara de Direito Privado;
Foro Regional IX - Vila Prudente - 4ª Vara Cível; Data do Julgamento:
04/08/2023; Data de Registro: 04/08/2023)

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CLOUD STORAGE

ALVARÁ JUDICIAL. Acesso ao conteúdo existente no smartphone deixado pela


falecida Simone. Pedido formulado pelo seu genitor e inventariante. Memória digital
contida no aparelho, notadamente fotografias e mensagens. Herança imaterial
deixada pelo de cujus, que é de titularidade dos seus herdeiros. Direito de acesso da
família a esses dados reconhecido. Precedente deste Tribunal sobre o tema.
Determinação de expedição de Alvará Judicial, com prazo de 6 (seis) meses,
observado o fornecimento das informações listadas às fls. 99. SENTENÇA
REFORMADA. APELO PROVIDO.
(TJSP; Apelação Cível 1002101-53.2022.8.26.0638; Relator (a): Donegá Morandini;
Órgão Julgador: 3ª Câmara de Direito Privado; Foro de Tupi Paulista - 1ª Vara; Data
do Julgamento: 05/06/2023; Data de Registro: 05/06/2023)

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CLOUD STORAGE
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS – APLICAÇÕES DE INTERNET – OBRIGAÇÃO DE FAZER – EXIBIÇÃO E
RESTAURAÇÃO DE DADOS – Autora teve o celular roubado – Criminosos que obtiveram
acesso à conta do "iCloud" da Autora ("barbara.bfa@icloud.com"), com alteração da senha de
acesso – Não comprovado que a Autora realizou backup dos arquivos da "nuvem" –
Incabível impor à Requerida a obrigação de restaurar os dados da Autora – Aparelho celular
que foi subtraído com a senha do aparelho – SENTENÇA DE IMPROCEDÊNCIA – Controversos
os fatos alegados (quanto à possibilidade técnica de a Requerida fornecer à Autora o acesso a
sua conta "iCloud") – Necessidade de produção de provas técnica e testemunhal (se o caso) –
RECURSO DA AUTORA PARCIALMENTE PROVIDO, para afastar a sentença, com o
prosseguimento do feito (na Vara de origem), para a produção de provas técnica e
testemunhal (se o caso) em oportuna audiência de instrução e julgamento
(TJSP; Apelação Cível 1013173-65.2022.8.26.0564; Relator (a): Flavio Abramovici; Órgão
Julgador: 35ª Câmara de Direito Privado; Foro de São Bernardo do Campo - 3ª Vara Cível;
Data do Julgamento: 31/07/2023; Data de Registro: 31/07/2023)

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4ª Revolução
DIREITO DIGITAL
Industrial
CLOUD STORAGE

Modelo que permite o acesso difuso, conveniente e sob demanda de um conjunto


compartilhado de recursos de computação configuráveis que podem ser rapidamente
fornecidos e liberados com mínimo de esforço de gerenciamento ou interação com o
provedor de serviços. (NIST.GOV)

4ª Revolução
DIREITO DIGITAL
Industrial
OVER THE TOP OTT

Transmissão de conteúdo audiovisual e de outras mídias através da internet, independente


da contratação de uma operadora de TV a cabo ou Via Satélite.

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4ª Revolução
DIREITO DIGITAL
Industrial
OVER THE TOP OTT

Transmissão de conteúdo audiovisual e de outras mídias através da internet, independente


da contratação de uma operadora de TV a cabo ou Via Satélite.

4ª Revolução
DIREITO DIGITAL
Industrial
HTML

HTML é a sigla para "HyperText Markup Language", que em português significa "Linguagem
de Marcação de Hipertexto".

É uma linguagem usada para criar páginas web na internet.

A ideia principal é permitir que você crie documentos que contenham links (hiperlinks) para
outros documentos e elementos de multimídia, como imagens e vídeos.

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DIREITO DIGITAL
Industrial
COOKIES

Cookies são pequenos arquivos usados pelos sites para


lembrar de informações sobre os visitantes.

Eles ajudam a personalizar a experiência do usuário.

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DIREITO DIGITAL
Industrial
COOKIES

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4ª Revolução
DIREITO MARCO
DIGITAL
Industrial
CIVIL DA INTERNET
MARCO CIVIL DA INTERNET
LEI Nº 12.965, DE 23 DE ABRIL DE 2014.

Art. 1º Esta Lei estabelece princípios, garantias, direitos e deveres para o uso da
internet no Brasil e determina as diretrizes para atuação da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios em relação à matéria.

POSITIVAÇÃO DE DIREITOS E GARANTIAS ESPECÍFICAS DA INTERNET

4ª Revolução
DIREITO MARCO
DIGITAL
Industrial
CIVIL DA INTERNET
ENVELHECIMENTO PRECOCE

A alteração das normas costuma ser lenta e pode prestar-se a ser ordenada em
categorias não elásticas. Contudo, a rápida mudança social, própria da civilização
contemporânea, obriga com frequência que o legislador modifique o conteúdo de
uma regra pouco depois de tê-lo produzido. Assim, a globalização, ou
universalização, tem mudado o típico panorama estatal, colocando os códigos em
apuros. Diante de inovações, em um cenário econômico e tecnológico que
necessita de novos instrumentos, a codificação pode se tornar demasiadamente
rígida, com um risco de um envelhecimento precoce do texto normativo e de
uma prática que segue prescindindo regras inadequadas autorizadas.

GROSSI, Paolo. Mitología jurídica de la modernidad. Trad. Manuel Martínez Neira.


Madri: Trotta,
2003.

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14/08/2023

4ª Revolução
DIREITO MARCO
DIGITAL
Industrial
CIVIL DA INTERNET
ENVELHECIMENTO PRECOCE

Para essas criaturas elásticas e mutáveis, a codificação corre o risco de tornar-se


um revestimento rígido demais, com o ulterior risco de um envelhecimento
precoce do texto normativo e de uma práxis que continua a galopar seguindo os
fatos, prescindindo das inadequadas regras autoritárias.
Atualmente, perante uma transformação rápida e uma complexidade pouco dócil,
resta ao Código, na minha opinião, a possibilidade de se oferecer como uma
espécie de grande moldura.

GROSSI, Paolo. Mitología jurídica de la modernidad. Trad. Manuel Martínez Neira.


Madri: Trotta,

4ª Revolução
DIREITO MARCO
DIGITAL
Industrial
CIVIL DA INTERNET
ENVELHECIMENTO PRECOCE

Acredito ser necessário, perante essa realidade alarmante, repensar o sistema


formal das fontes, também para torna-lo mais consoante ao projeto e ao desenho
da nossa carta constitucional; e repensar principalmente o papel da lei, que, me
parece, possa ser o de fornecer algumas molduras relevantes para o
desenvolvimento da vida jurídica

GROSSI, Paolo. Mitología jurídica de la modernidad. Trad. Manuel Martínez Neira.


Madri: Trotta,

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14/08/2023

4ª Revolução
DIREITO PRINCÍPIOS
MARCO
FUNDAMENTOS
DIGITAL
Industrial
CIVIL DA INTERNET
PRINCÍPIOS
Art. 3º A disciplina do uso da internet no Brasil tem os seguintes princípios:
I - garantia da liberdade de expressão, comunicação e manifestação de pensamento, nos
termos da Constituição Federal;
II - proteção da privacidade;
III - proteção dos dados pessoais, na forma da lei;
IV - preservação e garantia da neutralidade de rede;
V - preservação da estabilidade, segurança e funcionalidade da rede, por meio de medidas
técnicas compatíveis com os padrões internacionais e pelo estímulo ao uso de boas práticas;
VI - responsabilização dos agentes de acordo com suas atividades, nos termos da lei;
VII - preservação da natureza participativa da rede;
VIII - liberdade dos modelos de negócios promovidos na internet, desde que não conflitem
com os demais princípios estabelecidos nesta Lei.
Parágrafo único. Os princípios expressos nesta Lei não excluem outros previstos no
ordenamento jurídico pátrio relacionados à matéria ou nos tratados internacionais em que a
República Federativa do Brasil seja parte.

4ª Revolução
DIREITO MARCO
FUNDAMENTOS
PRINCÍPIOS
DIGITAL
Industrial
CIVIL DA INTERNET
PILARES

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14/08/2023

4ª Revolução
DIREITO HERMENÊUTICA
MARCO
FUNDAMENTOS
PRINCÍPIOS
DIGITAL
Industrial
CIVIL DA INTERNET
INTERPRETAÇÃO

Art. 6º Na interpretação desta Lei serão levados em conta,


além dos fundamentos, princípios e objetivos previstos, a
natureza da internet, seus usos e costumes particulares e sua
importância para a promoção do desenvolvimento humano,
econômico, social e cultural.

4ª Revolução
DIREITO MARCO
FUNDAMENTOS
PRINCÍPIOS
HERMENÊUTICA
DIGITAL
Industrial
CIVIL DA INTERNET
PRINCÍPIO END-TO-END

O projeto arquitetônico da Internet foi


orientado por dois princípios
fundamentais: (i) as mensagens são
fragmentadas em pacotes de dados
que são roteados através da rede de
forma autônoma (princípio end-to-
end) e (ii) tão rápido quanto possível
(princípio do melhor esforço) (COMER,
2015).

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4ª Revolução
DIREITO MARCO
FUNDAMENTOS
PRINCÍPIOS
HERMENÊUTICA
DIGITAL
Industrial
CIVIL DA INTERNET
NEUTRALIDADE DA REDE
Art. 9º O responsável pela transmissão, comutação ou roteamento tem o dever
de tratar de forma isonômica quaisquer pacotes de dados, sem distinção por
conteúdo, origem e destino, serviço, terminal ou aplicação.
§ 1º A discriminação ou degradação do tráfego será regulamentada nos termos
das atribuições privativas do Presidente da República previstas no inciso IV do
art. 84 da Constituição Federal, para a fiel execução desta Lei, ouvidos o Comitê
Gestor da Internet e a Agência Nacional de Telecomunicações, e somente poderá
decorrer de:
I - requisitos técnicos indispensáveis à prestação adequada dos serviços e
aplicações; e
II - priorização de serviços de emergência.
(...)

4ª Revolução
DIREITO NEUTRALIDADE
MARCO
FUNDAMENTOS
PRINCÍPIOS
HERMENÊUTICA
DIGITAL
Industrial
CIVIL DADA
INTERNET
REDE
NEUTRALIDADE DA REDE
Art. 9º O responsável pela transmissão, comutação ou roteamento tem o dever de tratar de
forma isonômica quaisquer pacotes de dados, sem distinção por conteúdo, origem e destino,
serviço, terminal ou aplicação.
§ 1º A discriminação ou degradação do tráfego será regulamentada nos termos das atribuições
privativas do Presidente da República previstas no inciso IV do art. 84 da Constituição Federal,
para a fiel execução desta Lei, ouvidos o Comitê Gestor da Internet e a Agência Nacional de
Telecomunicações, e somente poderá decorrer de:
(...)
III - informar previamente de modo transparente, claro e suficientemente descritivo aos
seus usuários sobre as práticas de gerenciamento e mitigação de tráfego adotadas, inclusive
as relacionadas à segurança da rede; e
IV - oferecer serviços em condições comerciais não discriminatórias e abster-se de praticar
condutas anticoncorrenciais.
§ 3º Na provisão de conexão à internet, onerosa ou gratuita, bem como na transmissão,
comutação ou roteamento, é vedado bloquear, monitorar, filtrar ou analisar o conteúdo dos
pacotes de dados, respeitado o disposto neste artigo.

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4ª Revolução
DIREITO NEUTRALIDADE
MARCO
FUNDAMENTOS
PRINCÍPIOS
HERMENÊUTICA
DIGITAL
Industrial
CIVIL DADA
INTERNET
REDE
NEUTRALIDADE DA REDE
CONCEITO - a determinação aos provedores de acesso de tratar com isonomia os
pacotes de dados que circulam na internet, e que, para tanto, o usuário não
apenas deve possuir a possibilidade de acessar qualquer conteúdo oferecido pelos
provedores de aplicação, como esse acesso deve também não ser comprometido
por outras formas além do bloqueio (forma mais extrema de discriminação de
pacotes de dados), a exemplo de discriminações por velocidade e por preço para o
uso de determinadas aplicações em detrimento de outras.

(RAMOS, Pedro Henrique Soares. Arquitetura da rede e regulação)

4ª Revolução
DIREITO NEUTRALIDADE
MARCO
FUNDAMENTOS
PRINCÍPIOS
HERMENÊUTICA
DIGITAL
Industrial
CIVIL DADA
INTERNET
REDE
NEUTRALIDADE DA REDE
CONCEITO - a determinação aos provedores de acesso de tratar com isonomia os
pacotes de dados que circulam na internet, e que, para tanto, o usuário não
apenas deve possuir a possibilidade de acessar qualquer conteúdo oferecido pelos
provedores de aplicação, como esse acesso deve também não ser comprometido
por outras formas além do bloqueio (forma mais extrema de discriminação de
pacotes de dados), a exemplo de discriminações por velocidade e por preço para o
uso de determinadas aplicações em detrimento de outras.

(RAMOS, Pedro Henrique Soares. Arquitetura da rede e regulação)

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4ª Revolução
DIREITO NEUTRALIDADE
MARCO
FUNDAMENTOS
PRINCÍPIOS
HERMENÊUTICA
DIGITAL
Industrial
CIVIL DADA
INTERNET
REDE
NEUTRALIDADE DA REDE e ZERO RATING

Estratégias comerciais adotadas por


provedores de internet de acesso
móvel, os quais, após a celebração de
acordos com outros fornecedores,
conferem gratuidade no tráfego de
dados de determinado serviço ou
aplicação.

4ª Revolução
DIREITO NEUTRALIDADE
MARCO
FUNDAMENTOS
PRINCÍPIOS
HERMENÊUTICA
DIGITAL
Industrial
CIVIL DADA
INTERNET
REDE
NEUTRALIDADE DA REDE e ZERO RATING

Opção de política pública voltada para a inclusão digital?

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4ª Revolução
DIREITO NEUTRALIDADE
MARCO
FUNDAMENTOS
PRINCÍPIOS
HERMENÊUTICA
DIGITAL
Industrial
CIVIL DADA
INTERNET
REDE
NEUTRALIDADE DA REDE
INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. Comentário em página do facebook sobre
tratamento dispensado ao filho da ré pela autora, quando atendido pela funcionária
em Pronto Socorro. Divergência quanto à configuração de danos morais. Mero
comentário depreciativo. Liberdade de manifestação limitado pelo respeito à
intimidade, vida privada, honra e imagem das pessoas. Art. 5º, IV, IX, V, X, e 220, CF.
Violação à honra e imagem da autora não configurada. Direito de manifestação da
ré, como consumidora. Liberdade de expressão no uso da internet, para exercício da
cidadania e defesa do consumidor, bem como princípio da garantia de neutralidade
da rede são assegurados pela Lei 12.965/14. Sentença mantida. Honorários
advocatícios majorados. Recurso não provido, com observação.
(TJSP; Apelação Cível 1015002-68.2017.8.26.0625; Relator (a): Fernanda Gomes
Camacho; Órgão Julgador: 5ª Câmara de Direito Privado; Foro de Taubaté - 3ª Vara
Cível; Data do Julgamento: 30/11/2018; Data de Registro: 30/11/2018)

4ª Revolução
DIREITO NEUTRALIDADE
MARCO
FUNDAMENTOS
PRINCÍPIOS
HERMENÊUTICA
DIGITAL
Industrial
CIVIL DADA
INTERNET
REDE
LIBERDADE X NEUTRALIDADE DA REDE
POSTAGEM

“Pessoal, não levem seus animais de estimação na PERSONAL DOG da Nossa Senhora de
Fátima. Levei minha cachorrinha, uma filhote de quase 4 meses pra tomar banho e tosar.
A recepcionista me avisou que seria em torno de uma hora e meia porémme ligaram pra
buscá-la quase 3h depois. O pior foi quando cheguei lá, a minha cachorra estava quieta
demais, como se estivesse sido dopada. Eu a acariciava e ela chorava de dor... Vai saber
como a trataram lá”.

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4ª Revolução
DIREITO NEUTRALIDADE
MARCO
FUNDAMENTOS
PRINCÍPIOS
HERMENÊUTICA
DIGITAL
Industrial
CIVIL DADA
INTERNET
REDE
NEUTRALIDADE DA REDE
OBRIGAÇÃO DE FAZER. DANOS MORAIS. Comentário em página do facebook sobre tratamento
dispensado a animal de estimação em pet shop. Impugnação do valor da causa e pedido de
justiça gratuita prejudicados. Divergência quanto retirada de postagem do facebook e
configuração de danos morais. Mero comentário depreciativo. Liberdade de manifestação
limitado pelo respeito à intimidade, vida privada, honra e imagem das pessoas. Art. 5º, IV, IX, V,
X, e 220, CF. Violação à honra e imagem do autor não configurada. Direito de manifestação da ré,
como consumidora. Liberdade de expressão no uso da internet, para exercício da cidadania e
defesa do consumidor, bem como princípio da garantia de neutralidade da rede são
assegurados pela Lei 12.965/14. Sentença mantida. Honorários advocatícios majorados.
Recurso não provido, com observação.
(TJSP; Apelação Cível 1003678-65.2015.8.26.0071; Relator (a): Fernanda Gomes Camacho;
Órgão Julgador: 5ª Câmara de Direito Privado; Foro de Bauru - 6ª Vara Cível; Data do Julgamento:
16/08/2017; Data de Registro: 16/08/2017)

4ª Revolução
DIREITO NEUTRALIDADE
MARCO
FUNDAMENTOS
PRINCÍPIOS
HERMENÊUTICA
DIGITAL
Industrial
CIVIL DADA
INTERNET
REDE
REGIME DA RESPONSABILIDADE NO MCI

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS

Art. XIX. Todo ser humano tem direito à liberdade de


opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de,
sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber e
transmitir informações e idéias por quaisquer meios e
independentemente de fronteiras.

CF/1988

Art. 5º (...)
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo
vedado o anonimato;

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14/08/2023

4ª Revolução
DIREITO O
NEUTRALIDADE
MARCO
FUNDAMENTOS
PRINCÍPIOS
HERMENÊUTICA
DIGITAL
REGIME
Industrial
CIVIL
DA RESPONSABILIDADE
DADA
INTERNET
REDE
REGIME DA RESPONSABILIDADE NO MCI

Art. 19. Com o intuito de assegurar a liberdade de expressão e impedir a censura, o provedor
de aplicações de internet somente poderá ser responsabilizado civilmente por danos
decorrentes de conteúdo gerado por terceiros se, após ordem judicial específica, não tomar
as providências para, no âmbito e nos limites técnicos do seu serviço e dentro do prazo
assinalado, tornar indisponível o conteúdo apontado como infringente, ressalvadas as
disposições legais em contrário. (...)
§ 1º A ordem judicial de que trata o caput deverá conter, sob pena de nulidade, identificação
clara e específica do conteúdo apontado como infringente, que permita a localização
inequívoca do material.
§ 2º A aplicação do disposto neste artigo para infrações a direitos de autor ou a direitos
conexos depende de previsão legal específica, que deverá respeitar a liberdade de expressão e
demais garantias previstas no art. 5º da Constituição Federal.(...)

O provedor pode definir políticas para remoção voluntária de conteúdo?

4ª Revolução
DIREITO O
NEUTRALIDADE
MARCO
FUNDAMENTOS
PRINCÍPIOS
HERMENÊUTICA
DIGITAL
REGIME
Industrial
CIVIL
DA RESPONSABILIDADE
DADA
INTERNET
REDE
PROVEDOR DE CONEXÃO
Art. 18. O PROVEDOR DE CONEXÃO à internet não será
responsabilizado civilmente por danos decorrentes de conteúdo
gerado por terceiros.

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4ª Revolução
DIREITO O
NEUTRALIDADE
MARCO
FUNDAMENTOS
PRINCÍPIOS
HERMENÊUTICA
DIGITAL
REGIME
Industrial
CIVIL
DA RESPONSABILIDADE
DADA
INTERNET
REDE
PROVEDOR DE CONEXÃO

Art. 18. O PROVEDOR DE CONEXÃO à internet não será responsabilizado


civilmente por danos decorrentes de conteúdo gerado por terceiros.

Correntes:

1ª não responsabilização;

2ª natureza objetiva;

3ª responsabilização subjetiva.

4ª Revolução
DIREITO O
NEUTRALIDADE
MARCO
FUNDAMENTOS
PRINCÍPIOS
HERMENÊUTICA
DIGITAL
REGIME
Industrial
CIVIL
DA RESPONSABILIDADE
DADA
INTERNET
REDE
REGIME DA RESPONSABILIDADE NO MCI
Art. 19. Com o intuito de assegurar a liberdade de expressão e impedir a censura, o
provedor de aplicações de internet somente poderá ser responsabilizado
civilmente por danos decorrentes de conteúdo gerado por terceiros se, após ordem
judicial específica, não tomar as providências para, no âmbito e nos limites
técnicos do seu serviço e dentro do prazo assinalado, tornar indisponível o
conteúdo apontado como infringente, ressalvadas as disposições legais em
contrário. (...)
§ 1º A ordem judicial de que trata o caput deverá conter, sob pena de nulidade,
identificação clara e específica do conteúdo apontado como infringente, que
permita a localização inequívoca do material.

VI Jornada de Direito Civil – Enunciado 554 - Independe de indicação do local


específico da informação a ordem judicial para que o provedor de hospedagem
bloqueie determinado conteúdo ofensivo na internet.

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4ª Revolução
DIREITO O
NEUTRALIDADE
MARCO
FUNDAMENTOS
PRINCÍPIOS
HERMENÊUTICA
DIGITAL
REGIME
Industrial
CIVIL
DA RESPONSABILIDADE
DADA
INTERNET
REDE
REGIME DA RESPONSABILIDADE NO MCI
Art. 19. Com o intuito de assegurar a liberdade de expressão e impedir a censura, o provedor
de aplicações de internet somente poderá ser responsabilizado civilmente por danos
decorrentes de conteúdo gerado por terceiros se, após ordem judicial específica, não tomar
as providências para, no âmbito e nos limites técnicos do seu serviço e dentro do prazo
assinalado, tornar indisponível o conteúdo apontado como infringente, ressalvadas as
disposições legais em contrário. (...)
§ 3º As causas que versem sobre ressarcimento por danos decorrentes de conteúdos
disponibilizados na internet relacionados à honra, à reputação ou a direitos de personalidade,
bem como sobre a indisponibilização desses conteúdos por provedores de aplicações de
internet, poderão ser apresentadas perante os juizados especiais.
§ 4º O juiz, inclusive no procedimento previsto no § 3º , poderá antecipar, total ou
parcialmente, os efeitos da tutela pretendida no pedido inicial, existindo prova inequívoca do
fato e considerado o interesse da coletividade na disponibilização do conteúdo na internet,
desde que presentes os requisitos de verossimilhança da alegação do autor e de fundado
receio de dano irreparável ou de difícil reparação.

4ª Revolução
DIREITO TEMA
O
NEUTRALIDADE
MARCO
FUNDAMENTOS
PRINCÍPIOS
HERMENÊUTICA
DIGITAL
REGIME
Industrial
987
CIVIL
DA RESPONSABILIDADE
DADA
INTERNET
REDE
Tema 987

EMENTA Direito Constitucional. Proteção aos direitos da personalidade. Liberdade de


expressão e de manifestação. Violação dos arts. 5º, incisos IV, IX, XIV; e 220, caput, §§ 1º e
2º, da Constituição Federal. Prática de ato ilícito por terceiro. Dever de fiscalização e de
exclusão de conteúdo pelo prestador de serviços. Reserva de jurisdição. Responsabilidade
civil de provedor de internet, websites e gestores de aplicativos de redes sociais.
Constitucionalidade ou não do art. 19 do Marco Civil da Internet (Lei nº 12.965/14) e
possibilidade de se condicionar a retirada de perfil falso ou tornar indisponível o
conteúdo apontado como infringente somente após ordem judicial específica.
Repercussão geral reconhecida.
(RE 1037396 RG, Relator(a): Min. DIAS TOFFOLI, julgado em 01/03/2018, PROCESSO
ELETRÔNICO DJe-063 DIVULG 03-04-2018 PUBLIC 04-04-2018 )

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4ª Revolução
DIREITO TEMA
O
NEUTRALIDADE
MARCO
FUNDAMENTOS
PRINCÍPIOS
HERMENÊUTICA
DIGITAL
REGIME
Industrial
987
CIVIL
DA RESPONSABILIDADE
DADA
INTERNET
REDE
TJSP
APELAÇÃO CÍVEL – Ação de obrigação de fazer – Marco Civil da Internet – Criação de perfis
falsos em rede social com finalidade de denegrir a imagem do autor – Homologada a
desistência do autor quanto ao pedido para fornecer informações, de sorte a identificar o
terceiro – Sentença de procedência para condenar a ré em obrigação de fazer, para excluir
o perfil indicado na petição inicial e obrigação de fazer consistente em criar mecanismos
para impedir a criação de novos perfis com os dados pessoais do autor – Recurso da ré –
Acolhimento – Impossibilidade de determinar ao provedor de aplicação que realize
fiscalização prévia sobre criação de perfis de usuários, sob pena de configurar censura
prévia de liberdade de expressão – Inteligência do art. 19, caput e § 1º, da Lei nº
12.965/2014 – Manutenção da sentença que inviabiliza os anseios do próprio autor, que,
inclusive, possui dois perfis na rede social, um pessoal e outro profissional, utilizando seus
dados pessoais em ambos – Honorários advocatícios arbitrados em favor do patrono do
autor revogados, posto que a ré não deu causa à ação – RECURSO PROVIDO.
(TJSP; Apelação Cível 1001937-54.2020.8.26.0575; Relator (a): Fernando Reverendo Vidal
Akaoui; Órgão Julgador: 7ª Câmara de Direito Privado; Foro de São José do Rio Pardo - 1ª
Vara; Data do Julgamento: 03/08/2023; Data de Registro: 03/08/2023)

4ª Revolução
DIREITO TEMA
O
NEUTRALIDADE
MARCO
FUNDAMENTOS
PRINCÍPIOS
HERMENÊUTICA
DIGITAL
REGIME
Industrial
987
CIVIL
DA RESPONSABILIDADE
DADA
INTERNET
REDE
TJSP
Ação cominatória visando que o réu se abstenha de veicular anúncio de serviços de
natureza sexual contendo o número de telefone da autora e ao fornecimento dos dados
do responsável pela publicação, cumulada com o pedido de indenização por danos
morais – Procedência da ação em juízo de primeiro grau – Aptidão da apelação, art. 1.010,
II, do Código de Processo Civil – Princípio da primazia do julgamento do mérito – Sentença
fundamentada de forma clara e objetiva, enfrentando as teses capazes de infirmar a
conclusão adotada – Observância aos limites impostos pelo art. 498, § 1.º, do Código de
Processo Civil – Legitimidade passiva do provedor de aplicação – Titular do domínio do
sítio eletrônico alvo do litígio – Prejuízos extrapatrimoniais não configurados – Ausência de
responsabilidade pelo conteúdo vinculado por terceiros – Arts. 18 e 19 da Lei n. 12.965/14
[Marco Civil da Internet] – (...)

(TJSP; Apelação Cível 1021024-86.2022.8.26.0005; Relator (a): César Peixoto; Órgão


Julgador: 9ª Câmara de Direito Privado; Foro Regional V - São Miguel Paulista - 3ª Vara
Cível; Data do Julgamento: 25/07/2023; Data de Registro: 27/07/2023)

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4ª Revolução
DIREITO TEMA
O
NEUTRALIDADE
MARCO
FUNDAMENTOS
PRINCÍPIOS
HERMENÊUTICA
DIGITAL
REGIME
Industrial
987
CIVIL
DA RESPONSABILIDADE
DADA
INTERNET
REDE
TJSP
Arts. 18 e 19 da Lei n. 12.965/14 [Marco Civil da Internet] – Publicação removida mais de
um ano antes da propositura do feito e dias antes do requerimento da autora junto ao réu
– Obrigação de indenizar que somente surgiria se o provedor de aplicação desobedecesse
eventual ordem judicial de exclusão da postagem – Dever de fornecimento dos dados
para a identificação do responsável – Prevalência do prazo prescricional do art. 1.194 do
Código Civil, em relação ao preclusivo, ânuo e/ou semestral, dos arts. 13 e 15, da Lei
12.956/14 [Marco Civil da Internet] – Supremacia do direito às informações – Incidência
dos arts. 8º, 378, 380, II e 399, I, do Código de Processo Civil – Precedentes do Superior
Tribunal de Justiça – Manutenção do benefício da gratuidade concedido à autora –
Sucumbência recíproca, ressalvada a isenção – Recurso provido, em parte.

(TJSP; Apelação Cível 1021024-86.2022.8.26.0005; Relator (a): César Peixoto; Órgão


Julgador: 9ª Câmara de Direito Privado; Foro Regional V - São Miguel Paulista - 3ª Vara
Cível; Data do Julgamento: 25/07/2023; Data de Registro: 27/07/2023)

4ª Revolução
DIREITO TEMA
O
NEUTRALIDADE
MARCO
FUNDAMENTOS
PRINCÍPIOS
HERMENÊUTICA
DIGITAL
REGIME
Industrial
987
CIVIL
DA RESPONSABILIDADE
DADA
INTERNET
REDE
TJSP
A autora pretende que o réu: (i) se abstenha de veicular o seu número de telefone
nas publicações realizadas no site www.photoacompanhantes.com que oferta
serviços de acompanhantes, (ii) disponibilize os dados para a identificação do
responsável pelo compartilhamento do conteúdo e (iii) promova a reparação dos
prejuízos extrapatrimoniais sofridos com tal episódio

Legitimidade do réu: “é titular do domínio do sítio eletrônico em que veiculado o


anúncio, atuando como intermediador dos serviços de natureza sexual, atividade
que lhe confere a natureza de provedor de aplicação, com as responsabilidades e
obrigações daí inerentes

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4ª Revolução
DIREITO TEMA
O
NEUTRALIDADE
MARCO
FUNDAMENTOS
PRINCÍPIOS
HERMENÊUTICA
DIGITAL
REGIME
Industrial
987
CIVIL
DA RESPONSABILIDADE
DADA
INTERNET
REDE
TJSP
OBRIGAÇÃO DE FAZER - Internet – Autora que pretende a retirada da rede mundial de
computadores de perfil falso criado em seu nome, no aplicativo Instagram - Inviabilidade
de exclusão do conteúdo que possa ser disponibilizado futuramente – Ausência de
controle do conteúdo ou monitoramento preventivo do material divulgado, não se
podendo impor dever de fiscalização aos provedores de aplicação/hospedagem –
Inteligência dos arts. 18 e 19, do Marco Civil da Internet - Providência que implicaria em
censura prévia, violando-se a liberdade de manifestação do pensamento – Dano moral
não caracterizado - Sentença mantida - Recurso desprovido.
(TJSP; Apelação Cível 1002369-37.2022.8.26.0629; Relator (a): Moreira Viegas; Órgão
Julgador: 5ª Câmara de Direito Privado; Foro de Tietê - 2ª Vara; Data do Julgamento:
07/07/2023; Data de Registro: 07/07/2023)

4ª Revolução
DIREITO TEMA
O
NEUTRALIDADE
MARCO
FUNDAMENTOS
PRINCÍPIOS
HERMENÊUTICA
DIGITAL
REGIME
Industrial
987
CIVIL
DA RESPONSABILIDADE
DADA
INTERNET
REDE
TJSP
Apelação. Ação de obrigação de fazer. Redes sociais. Instagram – pedido de remoção integral de perfil.
Alegação de violação: (i) a direito de marca; (ii) a direito de imagem em razão de discurso de ódio
publicado no perfil em questão; (iii) aos termos de uso da plataforma. Inadmissibilidade. A hipótese em
comento não se trata de perfil falso, mas de perfil criado especificamente para criticar negativamente
os serviços prestados pela empresa apelante. Não se verifica, portanto, explícita violação a direito de
marca, prática criminosa ou criação de perfil falso, não sendo hipótese de imediato bloqueio do perfil.
Em relação à violação a direito de imagem, é necessário contraditório específico para tanto, figurando no
polo passivo o titular da respectiva conta. Isso porque os limites entre a crítica a serviços prestados pela
empresa apelante e a mera intenção de denegrir a sua imagem é tênue, assim como os limites entre a
censura prévia e a liberdade de expressão. Art. 3º, I, 19, caput, e art. 19, §1º, todos da Lei 12.965/2014
(Marco Civil da Internet). Precedentes deste e. TJSP. Provedor de aplicações que: (i) somente por ordem
judicial é que pode remover conteúdo específico; (ii) não tem a obrigação de monitorar ou moderar
conteúdos veiculados em serviços do Instagram, mas somente cumprir decisão judicial, pois não se pode
impor o controle prévio de conteúdo nem a remoção sem indicação específica. Improcedência da ação
em condições de sobressair. Apelo desprovido.
(TJSP; Apelação Cível 1110180-91.2022.8.26.0100; Relator (a): Natan Zelinschi de Arruda; Órgão
Julgador: 2ª Câmara Reservada de Direito Empresarial; Foro Central Cível - 18ª Vara Cível; Data do
Julgamento: 11/03/2023; Data de Registro: 11/03/2023)

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4ª Revolução
DIREITO TEMA
O
NEUTRALIDADE
MARCO
FUNDAMENTOS
PRINCÍPIOS
HERMENÊUTICA
DIGITAL
REGIME
Industrial
987
CIVIL
DA RESPONSABILIDADE
DADA
INTERNET
REDE
TJSP
Agravo de instrumento. Ação de obrigação de fazer. Tutela de urgência. Decisão que deferiu liminar para
determinar à corré Facebook que excluísse, de imediato, todas as referências ao autor inseridas pela
corré indicada, nas redes sociais Facebook e Instagram, sob pena de multa diária de R$ 2.000,00.
Inconformismo da corré Facebook. Alegação de haver excluído o conteúdo relacionado às URL
previamente identificadas pelo autor, NÃO PODENDO HAVER ORDEM DE REMOÇÃO GENÉRICA.
Acolhimento. Prévia individualização do endereço eletrônico é indispensável à ordem de supressão de
conteúdo. Aplicação do art. 19, § 1º, da Lei 12.965/2014 (Marco Civil da Internet). Precedentes do
Superior Tribunal de Justiça. Inexigível ao provedor de aplicação fiscalização prévia e constante dos
conteúdos divulgados nas redes sociais. Obrigação de fazer estabelecida em sede de tutela de urgência
deve se cingir ao conteúdo cuja URL fora previamente informada pela parte autora. Recurso provido.

(TJSP; Agravo de Instrumento 2029660-10.2020.8.26.0000; Relator (a): Maria de Lourdes Lopez Gil;
Órgão Julgador: 7ª Câmara de Direito Privado; Foro Regional I - Santana - 3ª Vara Cível; Data do
Julgamento: 17/07/2020; Data de Registro: 17/07/2020)

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