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DISCIPLINA: GESTÃO DA INOVAÇÃO TECNOLÓGICA.

ACADÊMICO: LUIZ CARLOS CORREIA JUNIOR – FASF 7º PERÍODO ADM

Atividade de avaliação VI – Industria 4.0. Valor: 2,0

A) Elaborar uma pesquisa acadêmica sobre o tema Indústria 4.0 no Brasil se


baseando no material que esta no Material Didático do Moodle no 2. Bim
Indústria 4.0 – Princípios, Pilares, Impacto Positivo / Negativo, Desafios,
Agenda de Implantação e seus benefícios , bem como consultar o portal
www.industria40.gov.br. Também seria muito interessante efetuar uma
pesquisa e citar exemplos de empresas que já implantaram conceitos de
indústria 4.0 em suas plantas fabris no Brasil.

INDÚSTRIA 4.0 (Inteligência Artificial Robótica Big Data e mais)


Também chamada de quarta revolução industrial, a indústria 4.0
surgiu de um projeto de um grupo de trabalho presidido Siegfried Dais e
Henning Kagermann, um conceito nascido no ano de 2012 na Alemanha, que
se originou de um projeto do governo do país que, assegurando que a
tecnologia era um excelente alicerce para a mudança e evolução necessárias
na indústria de todo o mundo, definiu sistemas de produção inteligentes,
conectando máquinas, sistemas e ativos.
A indústria 4.0 permite coletar e analisar dados entre máquinas, criando
processos mais rápidos, mais flexíveis e mais eficientes para produzir produtos
de maior qualidade a custos reduzidos. Esta realidade só se torna possível
devido aos crescentes avanços tecnológicos da área da tecnologia da
informação e engenharia. Diante da evolução a serviço da indústria, também se
criaram sistemas de produção inteligentes, o que envolve a união de
tecnologias físicas e digitais e a integração de todas as etapas do
desenvolvimento de um produto ou processo, o que traz como grande impacto
positivo mais eficiência e aumento da produtividade.
Para tanto, algumas bases tecnológicas e digitais se evidenciam na
indústria 4.0, sendo seis princípios que caracterizam o projeto:
 Tempo real: Acompanhar e analisar dados em tempo real, garantindo
maior assertividade na tomada de decisões. Saber todas as etapas do
processo no momento em que elas acontecem.
 Virtualização: A simulação computacional já é uma realidade, porém, a
revolução da indústria propõe o monitoramento remoto dos processos de
produção, a fim de evitar eventuais falhas e tornar a rede de produção mais
eficiente. A virtualização dos processos industriais permite a rápida tomada de
decisão através de simulação computacional utilizando dados reais coletados
em tempo real, é a proposta de uma cópia virtual das fábricas inteligentes,
graças a sensores espalhados em toda a planta. Assim, é possível rastrear e
monitorar de forma remota todos os seus processos.
 Descentralização dos processos decisórios: Com o propósito de
melhorar a produção na indústria, sistemas cyber-físicos tomam decisões com
base em análise de dados, sem depender de ação externa, tornando a tomada
de decisão mais segura e certeira, avaliando as necessidades da fábrica em
tempo real e fornecer informações sobre seus ciclos de trabalho.
 Orientação a serviços: é um conceito em que softwares são orientados a
disponibilizarem soluções como serviços, conectados com toda a indústria.
 Modularização: o sistema é dividido em módulos, ou seja, em partes
distintas. Desta forma, uma máquina irá produzir de acordo com a demanda,
visto que irá utilizar somente os recursos necessários para a realização de
cada tarefa, garantindo otimização na produção e economia de energia.
 Interoperabilidade: pega emprestado o conceito de internet das coisas,
em que as máquinas e sistemas possam se comunicar entre si.
A indústria 4.0 caracteriza-se por um conjunto de tecnologias que
permitem a fusão do mundo físico, digital e biológico: a Manufatura Aditiva, a
IA, a IoT, a Biologia Sintética e os Sistemas Ciber Físicos (CPS). É por esse
conjunto de inovações que podemos chamar a indústria 4.0 de Quarta
Revolução Industrial, cada conceito tem suas particularidades, mas todos têm
em comum o objetivo de tornar as máquinas mais eficientes.
 Manufatura aditiva ou Impressão 3D é a adição de material para fabricar
objetos, formados por várias peças, constituindo uma montagem.
 Inteligência Artificial é um segmento da computação que busca simular a
capacidade humana de raciocinar, tomar decisões, resolver problemas,
dotando softwares e robôs de uma capacidade de automatizarem vários
processos.
 Internet das Coisas representa a possibilidade de que objetos físicos
estejam conectados à internet podendo assim executar de forma coordenada
uma determinada ação. Um exemplo seriam carros autônomos que se
comunicam entre si e definem o melhor momento (velocidade e trajeto, por
exemplo) de fazer um cruzamento em vias urbanas.
 Biologia Sintética é a convergência de novos desenvolvimentos
tecnológicos nas áreas de química, biologia, ciência da computação e
engenharia, permitindo o projeto e construção de novas partes biológicas tais
como enzimas, células, circuitos genéticos e redesenho de sistemas biológicos
existentes.
 Sistemas Ciber-Físicos sintetizam a fusão entre o mundo físico e digital.
Dentro desse conceito, todo o objeto físico (seja uma máquina ou um linha de
produção) e os processos físicos que ocorrem, em função desse objeto, são
digitalizados. Ou seja, todos os objetos e processos na fábrica tem um irmão
gêmeo digital.
 Big data, termo utilizado para se referir à nossa realidade tecnológica
atual, em que uma quantidade imensa de dados é coletada e armazenada
diariamente na rede, um conceito-chave para a Quarta Revolução Industrial,
esses dados que permitem às máquinas trabalharem com maior eficiência.
 Computação em nuvem os sistemas são armazenados em servidores
compartilhados e interligados pela internet, de modo que possam ser
acessados em qualquer lugar do mundo. No contexto da indústria 4.0, isso
permite ultrapassar os limites dos servidores da empresa e ampliar as
possibilidades de conectividade entre sistemas com menos custo e de forma
mais ágil e eficiente que o modelo antigo.
O Índice Global de Inovação busca avaliar critérios de desempenho de
diferentes países no quesito inovação. Índice avalia quesitos como crescimento
da produtividade, investimentos em pesquisa e desenvolvimento (P&D),
educação, exportações de produtos de alta tecnologia, dentre outros tópicos. O
Brasil tem caído no ranking de eficiência da inovação em 2017 ocupa a 69º
colocação (Universidade Cornell, INSEAD e OMPI ). Os impactos da Indústria
4.0 sobre a produtividade, a redução de custos, o controle sobre o processo
produtivo, a customização da produção, dentre outros, apontam para uma
transformação profunda nas plantas fabris.
Estruturadas a partir do conceito de Jornada para a Indústria 4.0, as
medidas apresentadas, a seguir, deverão auxiliar os empresários brasileiros
nesta trajetória rumo à transformação digital e ao futuro da produção
manufatureira. As 3 primeiras revoluções industriais trouxeram a produção em
massa, as linhas de montagem, a eletricidade e a tecnologia da informação,
elevando a renda dos trabalhadores e fazendo da competição tecnológica o
cerne do desenvolvimento econômico. A quarta revolução industrial, que terá
um impacto mais profundo e exponencial, se caracteriza, por um conjunto de
tecnologias que permitem a fusão do mundo físico, digital e biológico.
Desenvolver essa cultura organizacional de valorização da estratégia é
possível aproveitar ainda mais os pontos positivos da indústria 4.0. Com
máquinas inteligentes e o princípio da modularidade, é possível ter uma
produção muito mais flexível. Desse modo, o gestor, ao identificar demandas e
tendências do mercado, poderá agir com muita velocidade para colocar um
novo produto na rua. Assim, a realidade da indústria 4.0 traz impactos positivos
também para o público consumidor, que terá maior acesso a produtos
personalizados, de qualidade e a um custo menor.
É possível problematizar a indústria 4.0 por uma série de ângulos, os
ciber ataques, por exemplo, já são um problema, quanto mais conectada a
empresa está, mais sujeita ele fica à espionagem industrial. Outro possível
impacto negativo é a distribuição do poder a tecnocratas, aqueles que detêm o
conhecimento técnico a respeito das novas tecnologias. Além da finalidade
comercial, as inovações podem ser usadas para fins nobres, mas também para
subjugar nações inteiras economicamente, acabando com seu mercado
interno. Outra questão que vale a pena ser mencionada é a utilização da
inteligência artificial também para fins escusos, como golpes, guerras e fake
news. O que mais preocupa é inevitáveis impactos da Quarta Revolução
Industrial no mercado de trabalho.
Um dos grandes problemas da economia brasileira é que ela é baseada
em serviços e em produtos de pouco valor agregado, altamente sujeitos à
volatilidade do mercado internacional e com margens de lucro pequenas.
Implantar a realidade da Quarta Revolução Industrial é um desafio, tendo em
vista que sempre engatinhamos nas revoluções anteriores. Para não ficar para
trás, o país precisa formar profissionais qualificados, para planejar, executar e
gerenciar as inovações tecnológicas. Além do conhecimento técnico, é
necessário estimular a criatividade, proatividade e gosto de inovação, e ofertar
uma melhor infraestrutura em logística e telecomunicações.
A indústria 4.0 pode até demorar em se difundir completamente no
Brasil. Mas é uma tendência global inevitável: as máquinas serão cada vez
mais inteligentes e os processos de produção continuarão se alterando. Em
vez de temer a tecnologia, é preciso se antecipar aos desafios que a nova
realidade vai trazer e pensar em maneiras de potencializar seus impactos
positivos. Pois não está limitada somente às empresas, o conceito é um
conjunto que integra toda cadeia de valor e faz com que a sociedade tenha um
benefício coletivo para quem se insere neste novo processo. A característica
mais evidente dessa revolução é a digitalização das informações. Por outro
lado, as demandas em pesquisa e desenvolvimento oferecerão oportunidades
para profissionais tecnicamente capacitados, com formação multidisciplinar
para compreender e trabalhar com a variedade de tecnologia que compõe uma
fábrica inteligente.

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