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Brasília-DF.
Elaboração
Produção
APRESENTAÇÃO.................................................................................................................................. 4
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 7
UNIDADE I
FASE INTRODUTÓRIA CONCEITUAÇÃO BÁSICA........................................................................................ 9
CAPÍTULO 1
CONCEITUAÇÃO BÁSICA.......................................................................................................... 9
CAPÍTULO 2
SISTEMA LOGÍSTICO INTEGRADO............................................................................................. 14
CAPÍTULO 3
FASE ...................................................................................................................................... 15
CAPÍTULO 4
ATIVIDADES LOGÍSTICAS.......................................................................................................... 22
UNIDADE II
A LOGÍSTICA COMO FERRAMENTA DE MARKETING............................................................................... 25
CAPÍTULO 1
SERVIÇO AO CLIENTE.............................................................................................................. 25
CAPÍTULO 2
O CONCEITO DE VALOR AGREGADO...................................................................................... 28
CAPÍTULO 3
FIDELIZAÇÃO POR MEIO DA LOGÍSTICA................................................................................... 30
CAPÍTULO 4
GESTÃO DO PRODUTO............................................................................................................ 32
UNIDADE III
A PARTE OPERACIONAL DA LOGÍSTICA.................................................................................................. 34
CAPÍTULO 1
MODELOS E FERRAMENTAS DE APOIO..................................................................................... 34
CAPÍTULO 2
DISTRIBUIÇÃO E DECISÕES ESTRATÉGICAS................................................................................ 47
CAPÍTULO 3
CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO........................................................................................................ 56
CAPÍTULO 4
TRANSPORTE, LOCALIZAÇÃO E ROTEIRIZAÇÃO......................................................................... 59
CAPÍTULO 5
ESTOQUES............................................................................................................................... 71
CAPÍTULO 6
CUSTO LOGÍSTICO TOTAL......................................................................................................... 81
UNIDADE IV
CONCEITUAÇÃO FINAL –ANÁLISE ESTRATÉGICA.................................................................................... 85
CAPÍTULO 1
JUST-IN-TIME (JIT)..................................................................................................................... 85
CAPÍTULO 2
BENCHMARKING..................................................................................................................... 86
CAPÍTULO 3
PARCERIAS: OPERADORES LOGÍSTICOS................................................................................... 87
CAPÍTULO 4
SISTEMAS LOGÍSTICOS DE INFORMAÇÃO................................................................................. 89
REFERÊNCIAS................................................................................................................................. 107
Apresentação
Caro aluno
Conselho Editorial
5
Organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa
A seguir, uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos Cadernos de
Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Praticando
6
Atenção
Saiba mais
Sintetizando
Exercício de fixação
Atividades que buscam reforçar a assimilação e fixação dos períodos que o autor/
conteudista achar mais relevante em relação a aprendizagem de seu módulo (não
há registro de menção).
Avaliação Final
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Introdução
O papel da Logística no mundo atual tem sido fundamental para a crescente
competitividade entre as organizações. Existem componentes até então desprezados
pelos administradores e que hoje são de fundamental importância para a sobrevivência
no mercado. Novas ferramentas também têm impulsionado a Logística, fazendo com
que sejamos obrigados a rever o assunto e repensá-lo constantemente. As nossas
certezas de hoje não são duradouras, e o estudo conceitual favorece a formulação de
um pragmatismo pautado em resultados proeminentes, fundamentais para o mercado.
Concluímos que a Logística hoje tem um papel maior do que simplesmente o de estar
ligada ao abastecimento de suprimentos, transcendendo esse ponto e tornando-se de
fundamental importância. O seu processo dinâmico está ligado aos custos operacionais,
ao marketing de serviços e aos demais departamentos das organizações, sendo que
essa ligação exige muito de uma administração competente.
Olhando sobre esses aspectos é que formulamos este material, onde você terá a sua
formação teórica, lembrando que essa matéria leva à praticidade do mercado. O
conhecimento teórico será apenas um dos componentes que você como profissional,
lançará mão. Você também terá que ter uma grande visão administrativa, o que requer a
complementação do seu estudo com o de outras disciplinas já abordadas neste MBA, ou
em outras fontes que você terá que buscar constantemente.
Quanto ao estudo desta disciplina em especial, será disponibilizada uma ferramenta de
grande valor. Saiba utilizá-la, consultando sempre que necessário, mas lembre-se que
todo esforço aqui empregado será proporcional ao seu interesse individual e é apenas
um complemento de um grupo de outras ferramentas disponíveis.
Bom estudo!
Objetivos
»» Compreender os fundamentos básicos da Logística.
»» Ter uma visão clara de como a Logística influi nos resultados operacionais
das organizações contemporâneas para colocá-la em prática.
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FASE INTRODUTÓRIA
CONCEITUAÇÃO UNIDADE I
BÁSICA
CAPÍTULO 1
Conceituação básica
A Logística atual é muito diferente da sua concepção inicial agora nossa visão é
mais abrangente.
Conceitos de logística
O termo Logística originou-se do meio militar e foi assim conceituado: “é o ramo da
ciência militar que lida com a obtenção, a manutenção e o transporte de material,
pessoal e instalações”.
Ronald Ballou (1995), um dos mais consagrados autores na área, assim a define:
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UNIDADE I │FASE INTRODUTÓRIA CONCEITUAÇÃO BÁSICA
Moeller (1984) nos traz um simples e prático conceito, baseado nos chamados 7Rs:
Assure the Right Product, in the Right Quantity, in Right Condicion, in the Right
Place, at the Right Time, with the Right Price, for the Right Consumer, ou assegurar
a disponibilidade do produto certo, na quantidade certa, nas condições certas, no
local certo, no momento certo, com o preço certo e para o cliente certo.
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FASE INTRODUTÓRIA CONCEITUAÇÃO BÁSICA│ UNIDADE I
No Brasil, a Logística apareceu nos anos 1970, quando empresas industriais e comerciais
se viram diante da necessidade de abandonar o empirismo ao abastecer um país de
dimensões continentais e partir para o estudo científico. Nessas empresas, antigamente,
a Logística era utilizada apenas como uma ferramenta operacional para escoamento de
produção. Não havia preocupação com prazos de suprimento e entregas ao cliente. Com
o passar dos anos, as empresas perceberam que, para atender ao mercado consumidor,
deveriam ter um diferencial para superar a concorrência.
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UNIDADE I │FASE INTRODUTÓRIA CONCEITUAÇÃO BÁSICA
Logística Informação
Logística de distribuição física
Anos 1970 Logística como sistema de atividades integradas
A vantagem competitiva deve ser a mais duradoura possível: é preciso que se produza
a um custo menor, ou que se agregue mais valor, ou que se possa atender de maneira
mais efetiva às necessidades de um determinado nicho de mercado. Necessita-se
que se façam lançamentos mais frequentes de novos produtos, que, em geral, terão
ciclos de vidas mais curtos. A mudança de perfil dos clientes, cada vez mais bem-
informados e exigentes, força as empresas a serem criativas, ágeis e flexíveis, além
de elevar a sua qualidade e confiabilidade. Assim, nos últimos anos, elas buscam
se estruturar internamente e investir em áreas e processos internos para atingir a
vantagem competitiva.
A redução de custos se dará pela suavização e correta execução do fluxo de materiais que
passará a ser feito de forma sincronizada com o fluxo de informações, possibilitando
redução de inventários, maior utilização dos ativos envolvidos, dos desperdícios, uso
eficaz dos sistemas de transporte e armazenagem, ocorrendo, portanto, o emprego
racional e a otimização de todos os fatores utilizados.
As empresas que ainda aplicam suas atividades de forma segmentada podem ter como
consequências: falta de foco no cliente, níveis de serviço abaixo do desejado, custo de
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FASE INTRODUTÓRIA CONCEITUAÇÃO BÁSICA│ UNIDADE I
Resumindo:
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CAPÍTULO 2
Sistema logístico integrado
Como vimos, a Logística moderna tem uma visão não mais limitada a um departamento
ou a uma ação da organização. Ela está presente em todas as atividades empresariais,
e isso requer uma coordenação de ações e uma administração mais voltada para os
resultados e os objetivos organizacionais.
Para que possa ser gerenciada de forma integrada, a Logística deve ser tratada como
um sistema, ou seja, um conjunto de componentes interligados, trabalhando de forma
coordenada, como maneira de se atingir um objetivo comum.
Integração interna
14
CAPÍTULO 3
Fase
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UNIDADE I │FASE INTRODUTÓRIA CONCEITUAÇÃO BÁSICA
16
FASE INTRODUTÓRIA CONCEITUAÇÃO BÁSICA│ UNIDADE I
seja, entre cadeias produtivas. Atualmente, as mais efetivas práticas na SCM visam
obter uma “virtual unidade de negócio”, providenciando assim muito dos benefícios
da tradicional integração vertical, sem as comuns desvantagens em termos de custo e
perda de flexibilidade inerente a ela.
17
UNIDADE I │FASE INTRODUTÓRIA CONCEITUAÇÃO BÁSICA
As empresas que adotam esse sistema tendem a destacar-se em relação à redução dos
custos operacionais alcançando uma melhoria na produtividade dos ativos e redução
dos tempos de ciclo. Obtêm, ainda, a redução de custos de estoque, de transporte e
de armazenagem, a melhoria dos serviços, em termos de entregas mais rápidas e
produção personalizada, e um aumento na rentabilidade.
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FASE INTRODUTÓRIA CONCEITUAÇÃO BÁSICA│ UNIDADE I
»» Administração de demanda.
»» Atendimento de pedidos.
»» Compras/suprimento.
Redução de custos tem sido obtida por meio da diminuição do volume de transações
de informações e papéis, dos custos de transporte e estocagem, e da diminuição da
variabilidade da demanda de produtos e serviços, entre outros. Também tem sido
adicionado mais valor aos produtos por intermédio da criação de bens e serviços
customizados, do desenvolvimento de competências distintas por meio de uma cadeia
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UNIDADE I │FASE INTRODUTÓRIA CONCEITUAÇÃO BÁSICA
produtiva e dos esforços para que, tanto fornecedores como clientes, aumentem
mutuamente a lucratividade.
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implementação de estratégias Logísticas baseadas no conceito de SCM e, obviamente,
irão requerer profissionais capazes de implementá-las.
21
CAPÍTULO 4
Atividades logísticas
Como o transporte é confundido como a Logística em si, há uma visão distorcida que
seria essa a mais importante. Na verdade, com o conceito de Logística integrada, o
transporte não perde a importância, mas divide as atenções com as demais funções
Logísticas.
Não podemos desprezar essa importante atividade, porém outras atividades primárias
devem ser igualmente analisadas, como a manutenção de estoques, que envolve
uma grande responsabilidade e compromete igualmente os recursos financeiros,
impactando sobremaneira o processo logístico. Geralmente, não é viável providenciar
produção ou entrega instantânea aos clientes. Para atingir um grau razoável de
disponibilidade de produto é necessário manter estoques e por se tratar de um
valor consideravelmente alto, a manutenção dos estoques é uma atividade-chave da
Logística. A administração de estoques envolve manter seus níveis tão baixos quanto
possível, ao mesmo tempo em que provê a possibilidade desejada pelos clientes.
22
FASE INTRODUTÓRIA CONCEITUAÇÃO BÁSICA│ UNIDADE I
(...)
23
UNIDADE I │FASE INTRODUTÓRIA CONCEITUAÇÃO BÁSICA
Esta unidade foi voltada para os conceitos básicos da Logística, que são
fundamentais para você ter a visão global da disciplina. Agora estamos
preparados apenas para iniciar a nossa jornada, use o seu conhecimento para
aprofundar o seus estudos.
24
A LOGÍSTICA
COMO UNIDADE II
FERRAMENTA DE
MARKETING
CAPÍTULO 1
Serviço ao cliente
A Logística é hoje a grande arma e tem uma grande influência sobre o nível de
serviço de uma organização.
25
UNIDADE II │A LOGÍSTICA COMO FERRAMENTA DE MARKETING
O nível de Serviço Logístico é a soma de todos esses elementos, pois os clientes reagem
a esse conjunto total. Evidentemente, alguns desses elementos são mais importantes
que outros. O profissional de Logística também tem grande influência naqueles que
estão sob sua autoridade organizacional.
Parece óbvio que quanto melhor for o nível de serviço logístico mais ele representará
em forma de custos; o transporte mais rápido custa mais que o transporte mais lento.
Quanto maior o nível de estoque maior será o seu custo de manutenção, em relação
aos pequenos estoques.
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A LOGÍSTICA COMO FERRAMENTA DE MARKETING │ UNIDADE II
As medidas de desempenho indicam que o serviço está de acordo com o que foi pré-
estabelecido. O nível de serviço deve ser justo, nem abaixo do que foi acordado,
nem muito acima, causando custos adicionais. Os padrões devem ser estabelecidos
por clientes, pois os níveis de exigências são variáveis. Políticas sobre nível de serviço
podem ser elaboradas ou simples, declaradas em separado ou dentro de colocações
mais amplas da companhia sobre como os clientes são tratados. Políticas simples
podem apenas definir como padrão de prazo de entrega; as mais elaboradas podem
cobrir detalhes como confiabilidade, condições das mercadorias, conveniência de
colocação de pedidos. Boa parte do tempo e do esforço logístico é dirigida para obter
operação eficiente sobre circunstâncias normais. Ao mesmo tempo, o profissional
deve estar preparado para atuar numa circunstância extraordinária que pode parar
o sistema ou alterar drasticamente sua operação por curto período de tempo. Esses
eventos podem ser greves, incêndios, inundações, ou defeitos perigosos de produtos.
O nível de serviço está diretamente ligado à Logística, pois ele vai determinar o
volume de serviço a ser utilizado.
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CAPÍTULO 2
O conceito de valor agregado
Entende-se valor agregado como sendo algo que introduza um diferencial no produto
ou serviço, e isso não significa que o produto terá necessariamente que custar mais
caro, pois a agregação de valores nem sempre tem um custo direto sobre o produto
final; alguém pode até pagar mais caro pelos produtos se eles forem mais apresentáveis.
A ideia é fazer com que a Logística venha agregar valores aos produtos ou fornecedores,
fazendo com que esse diferencial competitivo seja um ponto de decisão.
O mesmo pode ser aplicado aos serviços. Uma empresa de Logística Internacional, por
exemplo, que tem um serviço de alfândega especializado, pode fazer muita diferença
para o seu cliente, pois a mercadoria será despachada em um menor tempo, elevando
o nível de satisfação dele.
Chega-se aqui em um ponto bastante interessante, onde se pode fazer uma conexão
entre o valor agregado e o nível de serviço, resultando no nível de satisfação do cliente.
Portanto, todo o esforço empregado é para que o cliente observe algum valor na
empresa e isso a torne competitiva, sendo que o valor está diretamente ligado ao
diferencial apresentado, resultando no fator determinante da escolha do cliente.
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A LOGÍSTICA COMO FERRAMENTA DE MARKETING │ UNIDADE II
Valor=Benefício
Custo=Benefício
De início, percebemos, por esse pequeno comparativo, o esforço necessário para gerar
valor aos clientes. Os benefícios devem ser realmente sensíveis para que aconteça a
“diferença” – o valor agregado. É preciso, no mínimo, duas vezes mais benefícios para
se igualar ao denominador de custos, para que haja “empate” na relação matemática.
29
CAPÍTULO 3
Fidelização por meio da Logística
Mas qual seria a relação entre fidelização e Logística? O ponto - chave para a questão
é que a fidelização se obtém quando o nível de satisfação do cliente é tamanho que
ele não aceita mudar de fornecedor tão facilmente. Hoje pode-se afirmar que para
alcançar esse nível as empresas devem prestar um serviço muito acima do normal.
No contexto empresarial, o termo fidelidade tem sido usado para descrever a disposição
de um cliente de continuar prestigiando uma empresa, durante um prolongado
período de tempo, comprando e utilizando os bens e/ou serviços de um fornecedor
em uma base repetitiva e, preferivelmente, exclusiva, e, ainda, recomendando,
voluntariamente, a outros, a marca daquele fornecedor.
E o que a Logística tem a ver com a fidelização? Os produtos dos grandes concorrentes
estão cada vez mais similares em termos de qualidade e preço. Assim, a diferenciação
da oferta pode ser feita pelo “revestimento” do produto (produto ampliado), para qual
o sistema Logístico pode contribuir muito. Por isso, o Sistema Logístico deve ser
projetado de tal modo a proporcionar níveis de serviço ajustados às necessidades de
cada segmento de clientes que a empresa identifique como interessante.
30
A LOGÍSTICA COMO FERRAMENTA DE MARKETING │ UNIDADE II
Um bom sistema logístico pode gerar a fidelização do cliente, o que contribui para
aumentar as vendas, a participação de mercado e, por fim, o lucro.
A fidelização, portanto, está diretamente relacionada com o nível de serviço, sendo que
essa medida de eficácia deve ser levada em conta sempre como forma de prolongamento
do sistema integrado de Logística, onde os ciclos acontecem de forma sequencial e
interligada, sendo uma consequência da outra. Se a empresa oferece bons serviços há
um aumento do uso dos seus serviços. Aumentando o uso de seus serviços, ela pode
prestar um serviço cada vez melhor aos seus clientes. Embora a apresentação possa ser
simplória, é importante ter consciência de que esses processos não são nada simples.
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CAPÍTULO 4
Gestão do produto
»» Pesquisa de Mercado.
»» Planejamento do Produto.
»» Engenharia de Produto.
»» Marketing do Produto.
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A LOGÍSTICA COMO FERRAMENTA DE MARKETING │ UNIDADE II
Apesar deste material ser muito amplo e bem completo, você deve fazer uma
pesquisa para complementar o seu estudo, observando os fatores que influem
diretamente na relação entre a Logística e o Marketing.
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A PARTE
OPERACIONAL DA UNIDADE III
LOGÍSTICA
CAPÍTULO 1
Modelos e ferramentas de apoio
O sucesso de uma boa Logística está intimamente ligado a fatores humanos, mas
a questão estrutural é muito importante: quanto melhores forem as ferramentas
melhores poderão ser os resultados.
»» Armazenagem.
»» Manuseio de materiais.
»» Embalagem de proteção.
»» Obtenção.
»» Programação de produtos.
»» Manutenção de informação.
A Logística tem uma nova concepção, muito mais abrangente, e não está mais
relacionada apenas com transporte, estocagem ou distribuição. A Logística está
relacionada praticamente com todos os pontos da organização, quer como atividade
principal, quer como atividade de apoio.
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A PARTE OPERACIONAL DA LOGÍSTICA│ UNIDADE III
Armazenagem
Manuseio de materiais
O manuseio das cargas é relevante para o estudo logístico porque sua função
de apoio nos locais de armazenagem e estocagem de produtos segue princípios
rigorosos de proteção da carga, evitando danificar os produtos. Também formas mais
econômicas de utilização de mão de obra que, embora representem uma pequena
parcela do custo final, podem influir diretamente sobre o diferencial logístico.
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UNIDADE III │A PARTE OPERACIONAL DA LOGÍSTICA
Embalagem de proteção
Obtenção
É a atividade que deixa o produto disponível para o sistema logístico. Trata da seleção
das fontes de suprimento, das quantidades a serem adquiridas, da programação das
compras e da forma pela qual o produto é comprado. É importante para a Logística,
pois decisões de compra têm dimensões geográficas e temporais que afetam os custos
logísticos. A obtenção não deve ser confundida com a função de compras. Compras
incluem muitos detalhes de procedimento que não são especificamente relacionados
com a tarefa Logística, daí o uso do termo obtenção como substituto. Na Logística
integrada, os departamentos interagem visando ao melhor aproveitamento logístico.
Esse talvez seja o melhor exemplo que podemos ter, embora o departamento de
compras seja “independente” do de Logística, a sua decisão de compra será fatalmente
influenciada pelas condições apontadas pelo departamento de Logística.
Programação de produtos
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A PARTE OPERACIONAL DA LOGÍSTICA│ UNIDADE III
Manutenção de informações
Nenhuma função Logística dentro de uma empresa poderá operar eficientemente sem
as necessárias informações de custo e desempenho. Tais informações são essenciais
para o correto planejamento e controle logístico. Manter uma base de dados com
informações importantes – por exemplo, localização dos clientes, volumes de
vendas, padrões de entregas e níveis dos estoques – apoia a administração eficiente e
efetiva das atividades primárias e de apoio. A manutenção de informações está ligada
também à Tecnologia de Informação, e serve como fundamentação para tomada de
decisões, tanto na ordem conceitual, ou de planejamento, como na ordem operacional.
Essas ferramentas de apoio logístico, isoladamente, talvez não tenham um peso tão
significativo sobre os resultados operacionais, mas, sem qualquer uma delas, ou
com uma delas operando de forma inconsistente, o resultado final será severamente
comprometido, tornando a operação vulnerável tanto em competitividade, quanto
em eficiência e rentabilidade. É necessário ter em mente que, sempre, o conjunto
de ações fará com que nas opções Logísticas pela própria organização ou por outra
todos os aspectos se tornam importantes.
Logística no trânsito
Para o Código de Trânsito Brasileiro (1998, p.9) considera-se trânsito a utilização das
vias por pessoas, veículos e animais, isolados ou em grupos, conduzidos ou não para
fins de circulação, parada, estacionamento e operação de carga ou descarga.
37
UNIDADE III │A PARTE OPERACIONAL DA LOGÍSTICA
Trânsito inteligente
38
A PARTE OPERACIONAL DA LOGÍSTICA│ UNIDADE III
Para se ter uma ideia da mobilidade na cidade de São Paulo, foi elaborado uma
pesquisa, realizado pelo Movimento Nossa São Paulo e publicado no Jornal O Estado
de São Paulo em 18/09/09 (em um ano, número de paulistanos com carro sobe
13%, 2009), na qual se verificou que os paulistanos desperdiçam em média 2h43 no
trânsito todos os dias, enquanto o número de paulistanos com carro subiu 13% em
um ano. Pela pesquisa, a quantidade de pessoas que tem carro representa 50% do
total dos entrevistados, enquanto que em 2008, esse número representava 37%.
Outra pesquisa, também realizada pelo “Movimento Nossa São Paulo” (Paulistanos
avaliam o trânsito, 2009), verificou-se que, numa escala de 0 a 10, o trânsito de São
Paulo foi qualificado com nota 3.
A pesquisa revelou que aumentou o número de pessoas que usam o transporte público.
Por outro lado também houve o aumento da quantidade de motoristas nas ruas.
Tecnologia semafórica
A partir da virada do século 20, o semáforo passou a ser mais do que necessário, pois
o trânsito das cidades europeias e americanas começava e se tornar um verdadeiro
caos. Com o crescimento da população e a modernização de vias, o trânsito das
cidades começou a ficar perigoso.
A frota de veículos nos Estados Unidos saltou de 8 mil, em 1900, para 2,5 milhões,
em 1908. Nas ruas americanas e em cidades como Londres, na Inglaterra, carros e
carruagens se misturavam a bicicletas e, principalmente, a pedestres, que sofriam
cada vez mais. A partir de então começaram a surgir várias tentativas de controlar o
trânsito.
O primeiro semáforo surgiu em Londres em 1868. Foi instalado com luzes a gás para
ser visto à noite, possuía dois braços, movimentados por policiais: quando estavam
na horizontal, indicavam a parada dos veículos; em 45 graus, ordenava que eles
seguissem adiante. Mesmo antes de um dia de utilização, explodiu, ferindo o policial
que o manejava.
39
UNIDADE III │A PARTE OPERACIONAL DA LOGÍSTICA
Somente a partir de 1912, foram criados nos Estados Unidos os semáforos que
serviram como base e princípio para os semáforos que são usados até hoje. Em 1920,
o policial William Potts, inventou e instalou o sinal de três cores, próprio para o
cruzamento de vias.
Sinalização semafórica
Controlador
40
A PARTE OPERACIONAL DA LOGÍSTICA│ UNIDADE III
Semáforo
Semáforo LED
São semáforos com lâmpadas a diodo (Light Emitting Diodes) que possuem maior
durabilidade que as lâmpadas incandescentes convencionais, com vida útil de
aproximadamente 100 mil horas maior visibilidade e menor consumo de energia
além de grande redução na manutenção e troca de lâmpadas, proporcionando maior
segurança ao usuário da via.
Grupo Focal é o conjunto de focos, composto de cores que são acionadas alternada
ou intermitentemente.
As lâmpadas dos semáforos podem ser de três tipos: incandescente, halógenas e LED.
Estágio
Configuração de um ou mais movimentos compatíveis de passagem simultânea que
pode ser entendida como o período em que as indicações luminosas da interseção
como um todo não mudando de aspecto. Há estágios que ocorrem eventualmente
a partir de acionamento de botoeira para pedestre ou laço detector de retenção de
veículos que são conhecidos por estágio demandado.
Ciclo
Plano semafórico
Fluxo
Fluxo é a quantidade de veículos que passam por uma determinada seção da via por
intervalo de tempo. A obtenção do fluxo se dá através de contagens de veículos que
passam na via em um intervalo de tempo determinado. A contagem de tempo pode
ser classificada em tempo simplificado, por amostragens de 15 a 30 minutos, ou
completa, por exemplo, todo um período no horário de pico.
Fluxo de saturação
Fluxo de saturação é o número máximo de veículos que podem passar por uma
via num determinado tempo. Normalmente é medido junto à faixa de retenção e
a unidade de medida utilizada é veículos/hora, os fatores que influem no fluxo de
saturação são classificados em permanentes e transitórios.
42
A PARTE OPERACIONAL DA LOGÍSTICA│ UNIDADE III
Tabela horária
É o instrumento do controlador semafórico na qual são programados em quais
intervalos de horários, dias da semana e datas, devem vigorar os planos programados.
Redes semafóricas
Onda verde
Fiscalização
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UNIDADE III │A PARTE OPERACIONAL DA LOGÍSTICA
Dados publicados pela CET Companhia de Engenharia de Tráfego, (CET bate recorde
no número de multas aplicadas, p. a-4), no primeiro semestre de 2009, foram
flagrados 3,2 milhões de infrações, sendo a maioria o desrespeito ao rodízio e em
segundo lugar o excesso de velocidade. Somente em maio foram aplicadas 673 mil
multas.
Refis-“Caetano”
Reifex
Refico
44
A PARTE OPERACIONAL DA LOGÍSTICA│ UNIDADE III
Através da consulta do cadastro das placas dos veículos, é possível a fiscalização nas
infrações cometidas no rodízio municipal, na restrição de circulação de caminhões,
no uso indevido das faixas exclusivas de ônibus e caminhões, além da constatação da
irregularidade do documento do licenciamento veicular.
Lombada eletrônica
Radares estáticos
O uso de tecnologia dos radares estáticos oferece grande flexibilidade de aplicação, pois
permite a instalação eventual do produto, atendendo as características especiais de
tráfego, em períodos determinados. A montagem poderá ser feita em tripé, veículos,
pontes e passarelas e a operação é automática.
Radares fixos
45
UNIDADE III │A PARTE OPERACIONAL DA LOGÍSTICA
O rodízio de veículos é uma restrição de circulação que ocorre de acordo com o final de
placa e dia da semana, na qual os veículos não poderão circular em determinadas ruas
e avenidas internas, nos horários e dias definidos pelo órgão responsável, normalmente
pela prefeitura municipal. Novo.
Essa gigantesca frota de veículos, rodando nas grandes avenidas, faz com que seja
necessária uma nova tecnologia semafórica, cada vez mais aperfeiçoada, visando uma
maior fluidez viária, através de controladores com maior capacidade de programas,
semáforos com sistemas computadorizados em tempo real, câmeras de monitoramento,
além de uma fiscalização a fim de reprimir os abusos de maus condutores que
comprometem a segurança e a fluidez viária.
46
CAPÍTULO 2
Distribuição e decisões estratégicas
1. Custos Operacionais.
2. Nível de Serviço.
Por outro lado, algumas empresas acham que podem contratar e manter uma força de
trabalho a um custo menor do que o que os operadores terceirizados cotam para um
serviço similar.
47
UNIDADE III │A PARTE OPERACIONAL DA LOGÍSTICA
48
A PARTE OPERACIONAL DA LOGÍSTICA│ UNIDADE III
Figura 3.
49
UNIDADE III │A PARTE OPERACIONAL DA LOGÍSTICA
Com o objetivo de viabilizar os sistemas de entrega direta, tem sido cada vez
mais comum a utilização de instalações intermediárias de quebra de carga. Essas
instalações viabilizam métodos de consolidação de transporte que não se baseiam na
manutenção de altos níveis de estoques avançados e que são compatíveis com uma
estratégia de resposta rápida e de alto nível de flexibilidade. Elas permitem que, em
alguns casos, os custos de transporte nos sistemas diretos sejam tão baixos quantos
os dos sistemas escalonados.
Distribuição física
50
A PARTE OPERACIONAL DA LOGÍSTICA│ UNIDADE III
Figura 4.
51
UNIDADE III │A PARTE OPERACIONAL DA LOGÍSTICA
Figura 5.
Não tardou a surgir a ideia de que alguém poderia concentrar os produtos e gerenciar a
troca. Essa atividade de intermediação reduziria os canais de troca a 2*N e, em adição,
permitiria consolidação máxima em cada um dos canais de troca, FIG B.
52
A PARTE OPERACIONAL DA LOGÍSTICA│ UNIDADE III
Postergação e especulação
O transporte também pode ser postergado para que haja a possibilidade de entrega
direta.
53
UNIDADE III │A PARTE OPERACIONAL DA LOGÍSTICA
»» Que localidades devem ter sua demanda atendida por quais depósitos?
Quantas fábricas serão construídas e com que capacidades instaladas? Quais depósitos
devem ser atendidos a partir de que fábricas?
Existe outro problema relativo ao transporte, que é a rota, que emprega os locais
das fábricas e depósitos para planejar a sequência ou as sequências de entregas
correspondentes ao menor custo.
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A PARTE OPERACIONAL DA LOGÍSTICA│ UNIDADE III
A consolidação deve ser efetuada sempre que houver volume para tal. Retardar
entregas para obter economias de escala, em tempos atuais estaria correspondendo
a perder vantagem competitiva em serviço para alavancar vantagem em custos.
Empresas sem volume para consolidação devem empregar operadores logísticos ou
integrar consórcios de compras.
55
CAPÍTULO 3
Canais de distribuição
Uma estratégia de canais de suprimento deve ser baseada nos objetivos maiores da
empresa e inclui estimativas de mercado, intensidade de distribuição, serviços de
intermediários, uso de distribuição direta e/ou indireta em cada área de interesse.
»» Formulação da estratégia.
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A PARTE OPERACIONAL DA LOGÍSTICA│ UNIDADE III
O varejista está forte no canal quando possui clientela fiel na região. O grau de
preferência do consumidor confere status aos produtos que oferece e aos seus parceiros.
Em última análise, o volume de venda de um varejista indica sua importância no
canal de distribuição.
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UNIDADE III │A PARTE OPERACIONAL DA LOGÍSTICA
58
CAPÍTULO 4
Transporte, localização e roteirização
Sistemas de transportes
Ballou (2001) afirma que um sistema de transporte eficiente e barato contribui para:
ampliar a concorrência, pois preços baixos e boa qualidade proporcionam a competição
ao disponibilizar produtos para um mercado que não poderia suportar os custos de
movimentação; elevar as economias de escala, já que o transporte barato possibilita
a descentralização de mercados e de locais de produção, sendo que essa pode ser
instalada onde haja uma vantagem geográfica; reduzir os preços das mercadorias, pois
há um aumento da concorrência e o próprio custo do transporte diminui, fornecendo
um melhor desempenho e elevando o padrão de vida da sociedade.
59
UNIDADE III │A PARTE OPERACIONAL DA LOGÍSTICA
Para ser uma transportadora preparada para atender às necessidade estratégicas das
empresas, é fundamental que tenha toda a informação referente à localização da carga.
Para se obter essas informações são necessários haver os seguintes documentos:
60
A PARTE OPERACIONAL DA LOGÍSTICA│ UNIDADE III
Modais
Nos transportes podem ser utilizados apenas uma modalidade ou mesmo mais de
uma modalidade para uma única entrega, o chamado transporte intermodal.
Características 1 2 3 4 5
Capacidade de
dutoviário aéreo rodoviário ferroviário aquaviário
Movimentação
61
UNIDADE III │A PARTE OPERACIONAL DA LOGÍSTICA
62
A PARTE OPERACIONAL DA LOGÍSTICA│ UNIDADE III
Velocidade 3 2 4 5 1
Disponibilidade 2 1 4 5 3
Confiabilidade 3 2 4 1 5
Capacidade 2 3 1 5 4
Frequência 4 2 5 1 3
Resultado 14 10 18 17 16
63
UNIDADE III │A PARTE OPERACIONAL DA LOGÍSTICA
64
A PARTE OPERACIONAL DA LOGÍSTICA│ UNIDADE III
Transporte terrestre
Rodoviário
O modal rodoviário é considerado ágil, pois a qualquer momento está disponível para
embarques. A sua característica mais importante é a flexibilidade. Suas vantagens
são:
65
UNIDADE III │A PARTE OPERACIONAL DA LOGÍSTICA
Ferroviário
O transporte ferroviário pode percorrer em média 64 milhas por dia com uma velocidade
de 22 milhas por hora. Esse modal é considerado lento, porém possui grande capacidade
de frete. Geralmente, executa transportes entre países limítrofes.
Dutoviário
Esse modal oferece serviços e capacidades limitadas. Apenas alguns tipos de produtos
podem ser transportados por seu meio: petróleo cru e alguns produtos químicos.
Transporte aquaviário
66
A PARTE OPERACIONAL DA LOGÍSTICA│ UNIDADE III
Marítimo
O transporte marítimo é realizado por navios a motor, de grande porte, nos mares
e oceanos. Esse é o modal mais utilizado internacionalmente no transporte de
mercadorias.
Os navios podem ser: navios graneleiros, navios Roll On Roll Off - utilizados
geralmente em transportes de veículos; navios porta-containers (os mais utilizados
atualmente); navios mistos.
67
UNIDADE III │A PARTE OPERACIONAL DA LOGÍSTICA
Hidroviário
No transporte fluvial são utilizados: pequenos barcos, balsas e navios de médio porte.
O frete é calculado baseado na tonelada/quilometro, podendo também ser cobrado
por unidade (transporte de container).
Esse modal, em média, é mais lento que o ferroviário. Sua confiabilidade está
diretamente ligada ao clima. Contudo, o seu custo é baixo, sendo uma ótima opção
para o transporte no mercado interno.
68
A PARTE OPERACIONAL DA LOGÍSTICA│ UNIDADE III
Desvantagem: segundo Ballou (2001), o serviço fluvial está confinado aos sistemas
de vias aquáticas internas, exigindo que as embarcações estejam localizadas nas vias
aquáticas ou utilizem outro modal de transporte.
Transporte aéreo
Segundo Ballou (2001), o serviço aéreo existe nas formas comum, contratado e
privado. O serviço aéreo direto é oferecido em sete tipos: transportadoras de
carga geral de linha; transportadoras de carga geral; linhas aéreas de serviço
local; transportadoras suplementares; táxis aéreos; linhas aéreas comutadoras;
transportadores internacionais.
Para o transporte de mercadorias, esse modal é considerado bastante veloz e pode ser
utilizado no transporte de cargas nacionais (doméstica, nacional ou de cabotagem)
e internacionais. O frete aéreo é calculado pela multiplicação do peso pela tarifa. Na
definição do peso de uma mercadoria deve ser analisado o fator estiva: define-se se a
cobrança será baseada no peso ou no volume, prevalecendo a maior.
69
UNIDADE III │A PARTE OPERACIONAL DA LOGÍSTICA
Desvantagens:
A frequência na utilização desse modal tem aumentado para suprir o saturamento das
aeronaves. Estão sendo construídas aeronaves de maior capacidade.
70
CAPÍTULO 5
Estoques
Conceito de estoque
O estoque é utilizado para armazenamento de matéria-prima, de componentes,
ferramentas ou produto acabado. Pode influenciar na redução de custo de produção,
compra e transportes. Mas, em contrapartida, pode ser uma garantia contra o
inesperado.
71
UNIDADE III │A PARTE OPERACIONAL DA LOGÍSTICA
Tipos de estoques
72
A PARTE OPERACIONAL DA LOGÍSTICA│ UNIDADE III
Políticas de estoques
O controle dos níveis de estoque pode ser um fator relevante para a maioria das
organizações. Os recursos investidos em estoques variam grandemente dependendo
do setor a que a empresa pertence. Quando administram estoques, as empresas estão
cuidando de parcela substancial dos seus ativos.
73
UNIDADE III │A PARTE OPERACIONAL DA LOGÍSTICA
Gráfico de estoques
Q: QUANTIDADE;
D: DEMANDA OU CONSUMO;
74
A PARTE OPERACIONAL DA LOGÍSTICA│ UNIDADE III
Estoques de segurança
É o saldo que sustenta o nível de serviço pela cobertura da demanda média, baseado
em suas variações estatísticas. É a reserva que a empresa possui para atender as
intempéries do estoque. Segundo Martins (2006), o estoque de segurança pode ser
determinado pela fórmula abaixo, que contempla o fator estatístico de probabilidade
de não ausência de itens, chamado fator estoque de segurança (FES), o desvio padrão
do consumo durante o tempo de atendimento e esse último:
ES = Z xSDx TA
90% 1,28
95% 1,64
97,5% 1,96
99% 2,33
Figura 5.
A resposta está no lote econômico de compra (LEC), que, conforme o nome já reza,
determina esse ponto ideal. A fórmula a seguir, derivada da fórmula do Custo Total, nos
responde a esse questionamento.
LEC=Q =
2xCP x D (CA + i x P)
Análise de estoques
Uma sistemática e consistente análise dos estoques deve ser conduzida nas
organizações, uma vez que representam uma parcela substancial dos seus ativos,
devendo ser encarados como um fator potencial de geração de negócios e de lucros.
Inventário físico
76
A PARTE OPERACIONAL DA LOGÍSTICA│ UNIDADE III
Acurácia =
Nível de Serviço =
Giro de estoques
77
UNIDADE III │A PARTE OPERACIONAL DA LOGÍSTICA
Giro =
EX: Foram vendidas 1000 unidades do produto A em um mês, sendo que o estoque
médio no mesmo período foi 500 unidades 1000/500 = 2 vezes.
Cobertura de estoques
Indica o número de dias que o estoque médio será suficiente para cobrir a demanda
média. É o inverso do giro, porém com a informação em dias, o que facilita a
interpretação do resultado.
Cobertura =
1 x número de dias no período
Giro
EX: O mesmo produto A girou 2 vezes no período de 1 mês 1 x 30/2 = 15 dias.
Análise ABC
Para Dias (2005), a utilização da curva ABC permite identificar quais itens justificam
atenção e tratamento adequados quanto à sua administração. A curva ABC pode ser
obtida por meio da ordenação dos itens, conforme sua importância relativa.
78
A PARTE OPERACIONAL DA LOGÍSTICA│ UNIDADE III
%
Produto Movim. Custo Total % Tipo
Acumulado
1014 90 R$ 50,00 R$4.500,00 27,27% 27,27% A
R$
1008 50 R$ 1,20 0,36% 100,00% C
60,00
R$2.617,00
79
UNIDADE III │A PARTE OPERACIONAL DA LOGÍSTICA
»» custo unitário;
Conduzir uma análise ABC com frequência é uma estratégia positiva no projeto de
um programa de ação para melhorar a performance dos estoques, reduzindo tanto o
capital investido em estoques como os custos operacionais.
80
CAPÍTULO 6
Custo logístico total
Um dos pontos fundamentais da Logística está relacionada ao seu custo total. Faz parte
de toda a decisão dos administradores o cálculo de quanto vai custar cada uma das
ações propostas, levando-se em conta esse aspecto, ou seja, a viabilidade ou não de
ações que irão tornar possível a utilização de recursos. Quando temos mais de uma
opção, o custo é levado em consideração como uma forma de “desempate”; a importância
de saber calcular os custos operacionais de uma ação Logística é que tem tornado o
profissional dessa área destacado. A opção em se contratar profissionais especializados
nesse assunto é devido principalmente ao grande valor dos recursos empregados
nessas operações, onde a economia em escala é fundamental para a competitividade
das organizações.
Custos de estoques
Um dos principais desafios da Logística é conseguir gerenciar a relação entre custos e
nível de serviço. Como o preço é um qualificador e o nível de serviço um diferenciador
perante o mercado, os esforços assumem um papel preponderante nos custos da
empresa.
Custo de armazenagem
81
UNIDADE III │A PARTE OPERACIONAL DA LOGÍSTICA
Ballou (2001) comenta que o custo de compra está diretamente associado ao processo
de compra das quantidades necessárias para repor o estoque. São custos inversamente
proporcionais, pois quanto maior o volume comprado, menor eles se tornam, em
função da economia de escala obtida.
O custo de compra envolve os seguintes itens: (1) mão de obra, (2) material utilizado
para emissão do pedido e (3) custos indiretos (despesas de escritório, luz, telefone
etc.). Muitas vezes envolve, também o frete, quando esse é fixo por volume e não por
peso ou valor, como no caso de contêineres de navios.
Custo de falta
82
A PARTE OPERACIONAL DA LOGÍSTICA│ UNIDADE III
esse custo pode ser estimado como lucro perdido na venda agregada de qualquer
perda de lucro futuro.
»» multas por atraso: causados pelo não cumprimento dos prazos contratuais;
Grafico 2.
Custo total
Ballou (2001, p. 45) define custo total como: “As diversas atividades de uma empresa
apresentam características conflitantes entre si. Deve-se gerenciar coletivamente
83
UNIDADE III │A PARTE OPERACIONAL DA LOGÍSTICA
Ainda, segundo Ballou (2001, p.46), esses custos têm comportamentos conflitantes,
pois: “... quanto maiores as quantidades estocadas, maiores serão os custos de
manutenção. Será necessária menor quantidades de pedidos, com lotes maiores, para
manter níveis de inventário [...] O objetivo é encontrar um plano de suprimento que
minimize o custo total”.
CT – Custo total
Ca – Custo de armazenagem
i = Taxa de juros
P = Preço do item
Q = Lote de compra
Q/2 = Estoque médio
Cp = Custo do pedido
D = Demanda
Ci = Custos independentes
Custos sempre serão pontos importantes nas decisões sobre Logística. Aumentar
os ganhos e diminuir os gastos são os objetivos de um profissional de Logística,
isto tudo sem perder a qualidade do serviço.
84
CONCEITUAÇÃO
FINAL –ANÁLISE UNIDADE IV
ESTRATÉGICA
CAPÍTULO 1
Just-in-time (JIT)
Sem dúvida que o JIT é a melhor opção racional de Logística, devendo ser levada em
conta os pontos abordados acima e a capacidade da empresa fornecedora.
85
CAPÍTULO 2
Benchmarking
Os processos têm sido vistos como pontos fundamentais para o sucesso do processo
logístico. Com seus fluxos conscientes de informações e produtos bem delimitados,
que caminham bidirecionalmente na cadeia logística, acrescido das orientações,
acompanhamentos e correções necessárias, possibilitam que se diminua risco e se
avalie sistematicamente, tanto as competências como as capacidades dos envolvidos,
para o atendimento de resultados ótimos que satisfaçam os clientes. As empresas
desenvolvem essas atividades de forma integrada e coordenada, ultimando uma
filosofia de otimização global, procurando a melhor contribuição possível para o
resultado empresarial.
86
CAPÍTULO 3
Parcerias: operadores logísticos
No entanto, hoje em dia, essas organizações perceberam que não têm capacidade de
executar todas as tarefas com o mesmo nível e que podem contratar uma empresa
que execute todos os processos logísticos com maior eficiência.
Novaes define operador logístico como sendo: “[...] o prestador de serviços logísticos
que tem competência reconhecida em atividades Logísticas, desempenhando funções
que podem englobar todo o processo logístico de uma empresa- cliente, ou somente
parte dele”. (2001, p. 324).
Portanto, a utilização de operadores logísticos é, sem dúvida alguma, uma das mais
importantes tendências da Logística empresarial moderna, tanto em nível global
quanto em nível local.
87
UNIDADE IV │ CONCEITUAÇÃO FINAL –ANÁLISE ESTRATÉGICA
Tende a concentrar-se em uma única atividade Logística: transporte, ou Oferece múltiplas atividades de forma integrada: transporte,
estoque ou armazenagem. estoque, armazenagem.
O objetivo da empresa contratante é a minimização do custo específico da Objetivo da contratante é reduzir os custos totais da Logística,
atividade contratada. melhorar os serviços e aumentar a flexibilidade.
Know-how tende a ser limitado e especializado (transporte, armazenagem Possui ampla capacitação de análise e planejamento logístico, assim
etc.). como de operação.
Negociações para os contratos tendem a ser rápidas (semanas) e num nível Negociações de contrato tendem a ser longas (meses) e num alto
operacional. nível gerencial.
88
CAPÍTULO 4
Sistemas logísticos de informação
Conceitos
Existem duas abordagens para a conceituação de Sistema de Informação Empresarial
(SIE): uma o considera um sistema de interação entre os setores (denominados
de subsistemas) de uma empresa, inserindo-o na Teoria de Sistemas (DANTAS,
CAUTELA, PRATES, BIO, REZENDE e ANDREU et al.); a outra interpretação o
relaciona somente ao uso da informática (PRINCE e REZENDE). Rezende possui
duas visões sobre SIs, pois, para ele, esses sistemas podem ser um subsistema do
sistema empresa ou um conjunto de software e hardware.
Segundo Dantas (1992, p. 193), todo sistema é um SI, pois capta e envia, entre os seus
elementos que estão relacionados, informações para sua organização.
Já para Cautela (1991, p.23), SIs são subsistemas logicamente associados que teriam
a função de gerar informações necessárias à tomada de decisões.
Gomes et al. (2002) afirmam que os SIs englobam os Sistemas de Apoio à Decisão
(SAD), Sistemas de Informação Gerencial(SIG), Sistemas Especialistas (SE), Sistema
de Apoio à Decisão em Grupo, Sistemas de Informação para Executivos e Sistemas
Especialistas para Suporte.
De acordo com Prates (1994, p.34), os SIs podem ser conceituados, do ponto de vista
do seu gerenciamento, como uma combinação estruturada de informação e práticas
de trabalho, organizadas de forma a permitir o melhor atendimento dos objetivos da
organização. O ponto-chave da natureza dos SIs são as práticas de trabalho, e não as
tecnologias de informação.
89
UNIDADE IV │ CONCEITUAÇÃO FINAL –ANÁLISE ESTRATÉGICA
Para Andreu et al. (1996, p. 13), SI é um sistema como os demais existentes em uma
empresa, encarregado de coordenar os fluxos e registros de informações necessários
para realizar todas as funções dela, de acordo com o seu planejamento ou estratégia
de negócios. A definição formal, para esses autores, é:
Bio (1996, p.25) afirma que SI é “um subsistema do sistema empresa e, dentro da
mesma linha de raciocínio, pode-se concluir que seja composto de um conjunto de
subsistemas de informação, por definição, interdependentes”.
Para Andreu et al. (1996, p.18), o SI é uma parte integrante da infraestrutura da empresa.
Adotando a abordagem de cadeia de valor de Porter, os autores afirmam que a informação
concedida por esse sistema não pertence a nenhuma atividade em particular, mas à
empresa considerada globalmente. Os SIs podem afetar toda a empresa, passando a ser
uma influência em cada uma de suas atividades (Logística, operações, comercialização,
vendas e serviços), em conjunto com o SI básico.
Rezende (2000, p.62) afirma que o SI empresarial consiste na empresa e seus vários
subsistemas internos, incluindo o ambiente externo, e pode ser definido como um
subsistema do sistema empresa. Segundo esse autor, utilizando uma abordagem
sociotécnica, o SI pode ser definido como “o processo de transformação de dados em
informações que são utilizadas na estrutura decisória da empresa e que proporcionam
a sustentação administrativa, visando à otimização dos resultados esperados”.
De acordo com Rezende e Abreu (2000, p. 62), ao se unir SI com TI tem-se “um grupo
de telas e relatórios, habitualmente gerados na Unidade de Tecnologia da Informação,
que possui a maioria dos recursos de processamento de dados e gerencia a tecnologia
da informação da empresa e seus recursos, gerando informações profícuas e oportunas
aos clientes e/ou usuários” e um “conjunto de software, hardware, recursos humanos
90
CONCEITUAÇÃO FINAL –ANÁLISE ESTRATÉGICA │ UNIDADE IV
No estudo da TI, existem também duas abordagens: uma considera as TIs como um
processamento de informações (PRATES, LA ROVERE); a outra relaciona as TIs com
a competitividade, integrando-as e permitindo sua inter-relação (BASTOS et al. e
MCKENNEY et al.).
Prates (1994, p.36) entende TI como “um conjunto de hardware e software que
desempenha uma ou mais tarefas de processamento das informações do SI, tais
como coletar, transmitir, estocar, recuperar, manipular e exibir dados”. La Rovere
(1995, p. 3), com uma visão bastante similar à daquele autor, considera que TI é
“um conjunto de tecnologias relacionadas à criação, acumulação e processamento de
dados, as quais se originam na indústria de informática e telecomunicações”.
As tecnologias e os SIs são o elo entre todas as atividades e permitem, com técnicas
gerenciais e equipes, uma interação entre as atividades Logísticas. As aplicações
hardware de TI, para Logística resumem-se em:
»» Microcomputadores.
»» Palmtops.
»» Códigos de barra.
»» Coletores de dados.
91
UNIDADE IV │ CONCEITUAÇÃO FINAL –ANÁLISE ESTRATÉGICA
»» Radiofrequência.
»» Transelevadores.
»» Sistemas GPS.
»» Computadores de bordo.
»» Picking automático.
92
CONCEITUAÇÃO FINAL –ANÁLISE ESTRATÉGICA │ UNIDADE IV
que estiver interessado; a terceira refere-se a uma loja ou a um distribuidor local para
poder fornecer, de forma rápida e prática, serviços e peças de reposição. Os grandes
progressos alcançados pelos distribuidores estão eliminando todas essas justificativas
para a continuação das práticas do passado.
Para o mesmo autor, considerando que automatizar todo o sistema pode ser algo
muito complicado, o departamento de Logística, ao cultivar as habilidades Logísticas
em diferentes formas da sua automação, incluindo sistemas de movimentação, sistemas
de armazenagem e separação de pedidos, controladores informatizados, leitoras e
scanners manuais, entre outros, torna a empresa mais eficiente e competitiva. Estima-
se que, em algum momento, os custos da automação integrada na prática dos armazéns
estarão dentro do alcance de empresas grandes, médias e pequenas.
93
UNIDADE IV │ CONCEITUAÇÃO FINAL –ANÁLISE ESTRATÉGICA
Novas tecnologias
94
CONCEITUAÇÃO FINAL –ANÁLISE ESTRATÉGICA │ UNIDADE IV
Usualmente, o EDI é usado entre duas empresas que fazem sempre o mesmo tipo
de transação. É o caso de uma relação entre fornecedor e comprador um controle
de estoque: Cada vez que o estoque chega a certo nível predeterminado, o sistema
envia automaticamente um pedido para o fornecedor. Sem truques e sem precisar
de ninguém para acionar o comando. Por essas características, o EDI é geralmente
implementado entre duas empresas mediante contrato. Assim, cada uma das partes
(chamadas de trade partners) pode preparar seus sistemas e fluxo de mercadorias
de acordo com o ritmo dos negócios. O EDI é uma ferramenta típica da quarta geração
do e-business (várias empresas dentro de um processo, automação). Utiliza canais
físicos específicos contratados junto às operadoras de telecomunicações e padrão
próprio.
»» O EDI é um conceito muito amplo. Pode ser entendido como uma parte
da GCS ou como uma ferramenta do CE. Por esse motivo, é preciso
95
UNIDADE IV │ CONCEITUAÇÃO FINAL –ANÁLISE ESTRATÉGICA
96
CONCEITUAÇÃO FINAL –ANÁLISE ESTRATÉGICA │ UNIDADE IV
ERP
Segundo Souza (2003) Enterprise Resource Planning– ERP é um termo genérico para
o conjunto de atividades executadas por um software multimodular com o objetivo
97
UNIDADE IV │ CONCEITUAÇÃO FINAL –ANÁLISE ESTRATÉGICA
O ERP pode também incluir módulos aplicativos para os aspectos financeiros e até
mesmo na gestão de recursos humanos. Tipicamente, um sistema ERP usa ou está
integrado a uma base de dados relacional (banco de dados multirrelacional). A
implantação de um sistema ERP pode envolver considerável análise dos processos
da empresa, treinamento dos colaboradores, investimentos em informática
(equipamentos) e reformulação nos métodos de trabalho.
O ERP tem suas raízes no MRP. Trata-se de um processo evolutivo natural proveniente
da maneira com a qual a empresa enxerga seu negócio e interage no mercado.
Ilustrando esse desenvolvimento, tem-se a seguinte analogia:
ERP é definido como uma arquitetura de software que facilita o fluxo de informações
entre todas as atividades da empresa como fabricação, Logística, finanças e recursos
humanos. É um sistema amplo de soluções e informações. Um banco de dados único,
operando em uma plataforma comum, que interage com um conjunto integrado de
aplicações, consolidando todas as operações do negócio em um simples ambiente
computacional.
O sistema opera então com uma base de dados comum, no coração do sistema. O
banco de dados interage com todos os aplicativos do sistema. Dessa forma, elimina-se
98
CONCEITUAÇÃO FINAL –ANÁLISE ESTRATÉGICA │ UNIDADE IV
99
UNIDADE IV │ CONCEITUAÇÃO FINAL –ANÁLISE ESTRATÉGICA
Sistemas ERP funcionam com a utilização de uma base de dados comum. Assim,
decisões que envolvem análise de custos, por exemplo, podem ser calculadas com
o rateio de todos os custos na empresa com melhor performance do que com o
levantamento parcial em cada unidade. Além de evitar a conciliação manual das
informações obtidas entre as interfaces dos diferentes aplicativos, um sistema
integrado oferece a possibilidade de melhoria de relatórios, fidelidade de dados,
consistência e comparação de dados, devido à utilização de um critério único em
todas as atividades da empresa.
Decisões ao longo dos processos da empresa também são possíveis graças ao ERP. Isso
resulta em economia de tempo, domínio sobre as operações e também eliminação
daquelas supérfluas, que o cliente não paga.
Elaine L. Appleton, em seu livro How to survive ERP, cita o caso das indústrias PAR na
cidade de Moline (Illinois). Em um ano de implementação de ERP conseguiram reduzir
o lead time com o cliente de 6 para 2 semanas, as entregas na data da programação
aumentaram de 60% para 95%, os níveis de reserva de materiais e inventários caiu
em quase 60% e a tramitação dos documentos de uma ordem de produção no “chão
de fábrica” caiu de semanas para horas.
100
CONCEITUAÇÃO FINAL –ANÁLISE ESTRATÉGICA │ UNIDADE IV
podem facilmente mudar ou expandir sem romper com as atividades em curso. Daí, o
tempo para desdobrar e otimizar os processos ser severamente reduzido.
O Mercado de ERP
A crise econômica teve impactos menores dos que os esperados na vendas de sistemas
de gestão, no Brasil em 2009, indica o estudo Latino America no Semianual ERP
Tracker da IDC, líder em inteligência de mercado, consultoria e eventos para as
indústrias de Tecnologia da Informação e Telecomunicações.
Pesquisas apontam que o mercado de ERP movimentou mais de 1,1 bilhão de reais
em licenças no primeiro semestre de 2009, comparação com os 923,6 milhões de
reais do mesmo período de 2008. “Ao analisar os números relativos ao primeiro
semestre de 2009, constatamos uma adoção significativa de sistemas de ERP
mesmo durante a crise econômica. Muitas empresas mantiveram seus investimentos
porque estavam crescendo e precisavam de ferramentas de TI que suportassem esse
crescimento, como soluções para faturamento, emissão de notas fiscais e pontos de
vendas”, comenta Mariana Zamoszczyk, analista sênior de Applications Sofware da
IDC Latin America.
101
UNIDADE IV │ CONCEITUAÇÃO FINAL –ANÁLISE ESTRATÉGICA
102
CONCEITUAÇÃO FINAL –ANÁLISE ESTRATÉGICA │ UNIDADE IV
O Futuro do ERP
Outra mudança que também começa a ser percebida é o interesse crescente no mercado
de pequenas empresas. Isso é um processo lógico quando considerado que as maiores
organizações já implantaram ou já têm implantados seus sistemas ERP. Também
é óbvio que o custo do desenvolvimento desses pacotes já está amortizado; assim é
possível que comece a ocorrer uma queda significativa no valor de comercialização do
ERP e haja uma maior absorção por empresas de médio e pequeno porte.
Grandes empresas usando sistemas ERP se apressam para ter seus produtos web-
enabled, beneficiando intranets e compartilhando informações também com os
clientes, fornecedores e parceiros.
»» Resistência à mudança.
»» Flexibilidade e escalabilidade.
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UNIDADE IV │ CONCEITUAÇÃO FINAL –ANÁLISE ESTRATÉGICA
»» Facilidade de uso.
»» Custo da customização.
»» Infraestrutura local.
104
CONCEITUAÇÃO FINAL –ANÁLISE ESTRATÉGICA │ UNIDADE IV
Nossa tarefa não termina aqui; Logística é algo que está sempre em
desenvolvimento e requer, portanto, estudos constantes.
105
Para (não) Finalizar
Uma vez que a Logística, segundo Ballou ”é colocar as mercadorias ou os serviços certos
no lugar e no instante correto e na condição desejada”, a finalidade deste Caderno é a
de orientar seu aprendizado, sobre como a administração pode prover o melhor nível
de rentabilidade nos serviços de distribuição aos clientes e consumidores, facilitando
o fluxo de produtos.
Esperamos ter concorrido para sua reflexão sobre as vantagens desses conhecimentos,
lembrando-lhe que você deve sempre estar preparado para compreender os avanços
tecnológicos do mundo moderno. Para isso, reflita, faça relações entre dados,
informações e ideias, desafie o senso comum, pesquise, troque ideias.
Em pouco tempo você estará surpreendido. Verá que, além de ter alcançado maiores
conhecimentos, a aprendizagem foi um acontecimento natural e que sua capacidade
de estudos terá sido ampliada pelo exercício e pela satisfação em sentir o próprio
crescimento.
Por tudo isso, lembre-se de que o assunto não termina aqui. Há muito o que aprender.
O que foi visto nesta etapa é um caminho apontando para fontes inesgotáveis de
estudos e experimentações.
Desejamos-lhe sucesso!
73
106
Referências
107
REFERÊNCIAS
108