Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
em Ambientes Comerciais
Brasília-DF.
Elaboração
Produção
APRESENTAÇÃO.................................................................................................................................. 5
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 9
UNIDADE I
CONFORTO TÉRMICO.......................................................................................................................... 11
CAPÍTULO 1
QUESTÕES FUNDAMENTAIS...................................................................................................... 12
CAPÍTULO 2
CONCEITOS E GRANDEZAS..................................................................................................... 15
CAPÍTULO 3
NORMATIVAS.......................................................................................................................... 17
UNIDADE II
CLIMATIZAÇÃO PASSIVA........................................................................................................................ 20
CAPÍTULO 1
INÉRCIA TÉRMICA................................................................................................................... 22
CAPÍTULO 2
AQUECIMENTO SOLAR PASSIVO............................................................................................... 33
CAPÍTULO 3
SOMBREAMENTO.................................................................................................................... 36
CAPÍTULO 4
VENTILAÇÃO NATURAL............................................................................................................. 40
CAPÍTULO 5
RESFRIAMENTO EVAPORATIVO................................................................................................. 52
UNIDADE III
CLIMATIZAÇÃO MECÂNICA.................................................................................................................. 56
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO À CLIMATIZAÇÃO MECÂNICA............................................................................ 57
CAPÍTULO 2
TIPOS DE INSTALAÇÃO............................................................................................................. 59
CAPÍTULO 3
ESTUDOS DE CASO................................................................................................................. 69
CAPÍTULO 4
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA......................................................................................................... 73
UNIDADE IV
ACÚSTICA............................................................................................................................................ 75
CAPÍTULO 1
CONFORTO ACÚSTICO E NATUREZA DO SOM.......................................................................... 75
CAPÍTULO 2
NORMATIVAS.......................................................................................................................... 82
CAPÍTULO 3
O PROJETO ACÚSTICO: TÉCNICAS E MATERIAIS....................................................................... 85
CAPÍTULO 4
ESTUDOS DE CASO................................................................................................................. 93
REFERÊNCIAS................................................................................................................................... 95
Apresentação
Caro aluno
Conselho Editorial
5
6
Organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa
A seguir, apresentamos uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos
Cadernos de Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Atenção
7
Saiba mais
Sintetizando
8
Introdução
Olá, turma!
Você pode estar se perguntando qual a relação entre esses dois elementos e por que
vamos estudá-los juntos. A resposta é simples: ambos estão diretamente relacionados
com os clientes e/ou o público-alvo de seu projeto de uma forma indissociável: por
meio do entendimento da sensação de conforto ambiental.
Lamperts, Dutra e Pereira (2014) entendem que o conforto pode ser entendido como
um conjunto de condições ambientais que permitem ao ser humano sentir bem-estar
térmico, visual, acústico e antropométrico, além de garantir a qualidade do ar e o
conforto olfativo. A esse conjunto, dá-se o nome de conforto ambiental. Ainda assim,
o ser humano é biologicamente adaptável, capaz de se utilizar de mecanismos como
vestimenta, arquitetura e tecnologia para atingir condições ideais de permanência.
Ao contrário do que talvez popularmente esteja associado a seu conceito, conforto não
é uma condição de luxo, nem supérfluo, é essencial. Ao falarmos dele, estamos tratando
da relação de equilíbrio entre homem e meio.
Voordt e Wegen (2013) corroboram com esse entendimento e reforçam: uma edificação
climatologicamente insatisfatória não é agradável para o usuário. Quando os recursos
de projeto (como terreno, elementos e materiais) são usados com eficiência e a sua
disposição é eficaz e eficiente, ela – a edificação – alcança valor em diversos aspectos.
Portanto, em sentido mais amplo, pode-se definir a qualidade funcional de uma
edificação na medida em que ela oferece um nível adequado de apoio às atividades
desejadas, cria um clima positivo e contribui para o entorno favorável.
9
Para Voordt e Vrielink (1987) apud Voordt e Wegen (2013), a qualidade arquitetônica
de uma edificação, em sentido mais amplo, inclui as seguintes subqualidades: qualidade
funcional (ou valor de utilidade), qualidade estética (forma), qualidade técnica
(construção) e qualidade econômica (custo). Dentro do limiar da qualidade técnica,
está o componente físico, ou a capacidade da edificação em criar um clima interno
atraente, seguro e salubre, medido em termos de temperatura, umidade, acústica e
iluminação de maneira favorável tanto para o homem quanto para o meio ambiente, ao
economizar energia.
Inicialmente, será realizada uma análise das questões de Conforto Térmico (Unidade
I) para que possamos estabelecer uma base de entendimento e prosseguirmos
com a temática da Climatização (Unidades II e III). Vale salientar que aqui estão
informações gerais, então é importante trabalhar com uma equipe multidisciplinar
na hora de pensar seu projeto de instalações elétricas para fins de condicionamento
ou aquecimento de ar, ok?
Objetivos
»» Apresentar conceitos fundamentais de climatização e acústica.
10
CONFORTO TÉRMICO UNIDADE I
Nesse sentido, vamos buscar analisar o que podemos entender como conforto térmico
para que, conscientes disso, possamos evoluir no assunto de climatização em si.
Vamos lá!
11
CAPÍTULO 1
Questões fundamentais
Givoni (1992) estabelece algumas métricas para alcançarmos esse estágio de conforto.
Uma delas é aplicada na Carta Psicrométrica pelo cruzamento entre temperatura e
umidade, sendo possível encontrar um intervalo satisfatório que indica as estratégias
bioclimáticas eficientes para uma determinada condição local, no decorrer dos meses
do ano. Para o autor, esses mapas facilitam a análise das características climáticas de
um determinado local pelo ponto de vista do conforto humano. Eles também podem
especificar diretrizes de projeto de construção para maximizar as condições de conforto
interno quando não há condicionamento mecânico.
UMIDIFICAÇÃO
VENTILAÇÃO
ZONA DE CONFORTO
SOMBRA
21°
SOL
UR%
INSOLAÇÃO
Fonte: Lamperts, Dutra e Pereira (2014).
12
CONFORTO TÉRMICO │ UNIDADE I
A leitura da Carta Psicrométrica é específica para cada cidade. Por meio da leitura dos
dados locais, é possível verificar a condição de cada lugar.
<http://www.energy-design-tools.aud.ucla.edu/climate-consultant/request-
climate-consultant.php
Como também analisamos em nossa Introdução, conforto não é luxo, é uma condição
que deve ser buscada para que consigamos estabelecer uma relação de equilíbrio com
o meio, para que, assim, possamos desenvolver nossa produtividade em seu nível
máximo.
A anatomia humana
Fisiologicamente, chamamos de metabolismo o conjunto de transformações de matéria
e energia que se relacionam com os processos vitais.
A energia produzida pelo organismo humano, na unidade de tempo a qual pode ser
avaliada facilmente em função do oxigênio consumido na respiração, depende de vários
fatores, como: natureza, constituição corporal, raça, sexo, idade, saúde, nutrição,
clima local, ambiente e vestuário, dentre outros.
13
UNIDADE I │ CONFORTO TÉRMICO
Olgay (1963) entende que os principais elementos do ambiente climático que afetam
o conforto humano podem ser catalogados como: temperatura do ar, radiação,
movimento do ar e umidade. Os efeitos no corpo humano em geral são: evaporação,
condução, convecção e radiação.
A epiderme participa, em primeiro lugar, dessa troca térmica (também como a respiração,
em menor grau), e podemos considerar que:
Acesse: <http://projeteee.mma.gov.br/.
14
CAPÍTULO 2
Conceitos e grandezas
Alguns conceitos de conforto térmico são essenciais para que consigamos prosseguir
em nossos estudos de climatização (Unidades II e III). Para tanto, vamos elencá-los:
15
UNIDADE I │ CONFORTO TÉRMICO
<http://www.labeee.ufsc.br/publicacoes/livros.
16
CAPÍTULO 3
Normativas
NBR 15.220
A ABNT NBR 15.220, de 2005, discorre sobre o Desempenho Térmico de Edificações
e apresenta o Zoneamento Bioclimático Brasileiro (Figura 2), dividindo o país em oito
zonas, estabelecendo diretrizes construtivas para cada uma delas. Essas instruções
auxiliam no aproveitamento do potencial local – que englobam aquecimento solar
passivo, inércia térmica (para aquecimento e resfriamento), resfriamento evaporativo,
sombreamento e ventilação natural.
Zona 1
Zona 2
Zona 3
Zona 4
Zona 5
Zona 6
Zona 7
Zona 8
NBR 16401
A ABNT NBR NBR-16401, norma brasileira criada em 2008, regulamenta a instalação
de sistemas de ar condicionado e cortinas de ar em todo tipo de ambiente. A diretriz
substitui a NBR-6401, publicada em 1980, e leva em conta as mudanças e os avanços,
principalmente tecnológicos, dos aparelhos.
17
UNIDADE I │ CONFORTO TÉRMICO
NBR 15.575
A ABNT NBR 15.575/2013, popularmente conhecida como “Norma de Desempenho”,
foi chancelada em 2010 visando obrigatoriedade para novas edificações residenciais a
partir de 2013 e trata de requisitos para obtenção de desempenho em construções dessa
tipologia. Contudo, na ausência de outras normativas nacionais, pode ser estendida
em termos gerais, servindo como parâmetro útil para você que vai elaborar projetos
comerciais. Seu conteúdo discorre basicamente sobre três grandes eixos: segurança,
habitabilidade e sustentabilidade.
PBE EDIFICA
Desde os anos 90, após enfrentar um período de crise no sistema energético que
permanece assombrando a realidade, o governo brasileiro começou a investir em uma
série de processos que visam promover a eficiência energética. Um deles foi o Programa
Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel), que estabelece métodos que
verificam a eficiência energética de equipamentos e projetos que entram no mercado
nacional, por meio de uma escala de “A” a “E” (em que “A” corresponde ao mais eficiente
energeticamente e “E” ao menos eficiente).
18
CONFORTO TÉRMICO │ UNIDADE I
Dentro do PBE Edifica, existem padrões exigidos para o desempenho dos aparelhos
de condicionamento de ar. Em linhas gerais, eles estão relacionados com o nível do
CoP (Coefficient Of Performance, em português Coeficiente de Desempenho) de cada
equipamento.
Conscientes das questões que envolvem o conforto térmico, sabe-se que a arquitetura
pode ser responsável, em grande parte, pelas condições físicas edificantes que garantem
ao usuário maior ou menos sensação de bem-estar.
19
CLIMATIZAÇÃO PASSIVA UNIDADE II
Em questão de conforto térmico, o uso das pedras, por exemplo, é aplicado há centenas
de milhares de anos como uma estratégia para auxiliar na inércia e no atraso térmico e,
assim, provocar tanto resfriamento como aquecimento nas edificações de civilizações
milenares.
Fonte: <https://www.vivadecora.com.br/pro/arquitetura/arquitetura-vernacular/>.
Outro clássico exemplo são os iglus, instalações feitas em regiões de frio extremo que
podem garantir um bom isolamento ao provocar uma diferença relevante de temperatura
interna em locais onde a média externa é de 20 graus abaixo de zero.
20
CLIMATIZAÇÃO PASSIVA │ UNIDADE II
Fonte: <https://www.bbc.com/portuguese/internacional-38970141>.
21
CAPÍTULO 1
Inércia térmica
Esse tipo de estratégia deve ser aplicado com muito critério, procurando minimizar
os ganhos solares por meio de isolamento térmico externo ou sombreamento no
período diurno.
22
CLIMATIZAÇÃO PASSIVA │ UNIDADE II
Os pisos de madeira se destacam como uma boa opção para provocar inércia térmica.
Por apresentar características em ser um bom isolante térmico, a madeira propicia uma
condição favorável para sua aplicação nessas circunstâncias, o que não acontece com
pisos cerâmicos tradicionais (como porcelanatos).
EFEITO ESTUFA
Estrutura de vidro ou plástico Luz do sol
Fonte: <http://warlleydeus.blogspot.com/>.
23
UNIDADE II │ CLIMATIZAÇÃO PASSIVA
Edificação Semienterrada
Figura 6. Edificação semienterrada.
Fonte: <https://www.archdaily.com.br/br/804790/casa-semi-enterrada-eneseis-arquitectura>.
não é recomendado cobrir as superfícies internas em contato com a terra com materiais
isolantes. Caso haja elevada umidade na região de projeto, a condensação pode ser um
problema em potencial, sendo necessário pensar em soluções construtivas para evitar
o contato direto com o solo.
ISOLAMENTO TÉRMICO
Figura 7. Sistema de envoltória com isolamento térmico.
Fonte: <http://projeteee.mma.gov.br/implementacao/isolamento-termico/?cod=asp>.
O próprio ar é um bom isolante térmico. Com isso, a maioria dos materiais isolantes
quase sempre tem em sua composição bolhas de ar.
<<https://www.youtube.com/watch?v=ZY9ofcopYBw>.
Ar quente Ar frio
Solo frio
Fonte: <https://www.linkedin.com/pulse/resfriamento-e-aquecimento-geot%C3%A9rmico-solo-%C3%A9-usado-na-nilson/>.
Essa estratégia é aplicável em ambientes onde existe uma elevada ventilação natural,
uma vez que isso provoca a efetividade do processo passivo. Vale destacar, ainda,
a possibilidade de ocorrência de condensação no interior do tubo. Tal fenômeno
pode ser prevenido por meio do isolamento de sua superfície interna (do tubo) e a
complementaridade, se necessário, de um sistema de ventilação forçado.
26
CLIMATIZAÇÃO PASSIVA │ UNIDADE II
Assim como os tubos enterrados com ar, para se explorar o potencial de resfriamento
do solo também podem ser utilizados os preenchidos com água. A temperatura da água
apresenta uma amortização em relação à temperatura do ar externo e é utilizada para
resfriamento do ar interno, por meio da passagem do tubo de água por trocador de
calor no interior da edificação. O ar ambiente é forçado pelo trocador de calor e reduz
sua temperatura ao entrar em contato com a tubulação de água a uma temperatura
inferior. A circulação da água pelo tubo deve ser forçada por bomba centrífuga simples.
Fonte: <http://arquitetandonanet.blogspot.com/2010/03/teto-com-agua.html>.
27
UNIDADE II │ CLIMATIZAÇÃO PASSIVA
Vale destacar que não isolar o tanque d’água sob a cobertura pode comprometer sua
aplicabilidade nos períodos de inverno. É importante, ainda, considerar o crescimento
de algas e outras formas de vida no interior da superfície molhada. Para isso, é
recomendado impermeabilização e tratamento contínuo.
Fonte: <http://blogaecweb.com.br/blog/ecotelhados-a-nova-tendencia/
Os telhados verdes são sistemas fornecem benefícios ao longo do ano, tanto no verão
quanto no inverno. Sua composição de terra amortiza as variações de temperatura
diárias e sua vegetação captura a maior parte da radiação recebida pela superfície ao
longo das horas de sol, o que provoca um ganho de calor interno consideravelmente
menor do que de um sistema de telhado convencional.
Além disso, em um teto jardim bem irrigado há dissipação de calor por meio do
fenômeno de resfriamento evaporativo durante o verão (como veremos mais à frente,
ainda nesta unidade). Desse modo, a camada de terra recebe um ganho de calor
significativamente menor.
28
CLIMATIZAÇÃO PASSIVA │ UNIDADE II
Mas atenção: o projeto de telhado verde (ou teto-jardim) deve incluir um bom sistema
de impermeabilização.
Fonte: <http://www.vaievemdavida.com.br/noticia/casa-de-praia-elevada-tem-praca-coberta/>.
A ventilação pelo piso pode acontecer tanto por mecanismos já mencionados (por tubos
enterrados com ar) quanto pela elevação do nível da edificação por meio de pilotis (ou
estratégia semelhante).
29
UNIDADE II │ CLIMATIZAÇÃO PASSIVA
Para resfriamento, é importante percebermos que essa ação será efetivamente direta
para diminuir a temperatura dos ambientes internos do andar acima do térreo. Nele, é
possível ainda aplicar estruturas que permitam a captação do ar externo com infiltração
interna. Nesse modo, é preciso ter cuidado com o efeito reverso (para não injetar ar
quente no interior da edificação).
Nos andares subsequentes, a própria elevação de nível provocado (como pelo pilotis,
por exemplo) permite uma captação de ventilação natural otimizada.
Parede verde
Figura 12. Exemplo de parede verde como aliado da inércia térmica.
Fonte: <https://ecotelhado.com/sistema/ecoparede-jardim-vertical/>.
Assim como os telhados verdes, o uso de paredes verdes é bem comum no design eco
friendly atual. O uso de vegetação trepadeira pode atuar como um isolante natural da
envoltória das paredes, diminuindo os ganhos solares e reduzindo as temperaturas
superficiais externas pela evaporação da água presente na camada de vegetação.
Nos períodos de inverno, o limite da camada criada com vegetação funciona como
isolamento que restringe as perdas térmicas. As paredes de maior inércia térmica devem
estar expostas às brisas noturnas principalmente no verão, quando as amplitudes
térmicas diminuem.
A massa térmica não deve ser encoberta internamente (com a aplicação de materiais
isolantes térmicos, por exemplo). É preciso que ela esteja em exposição direta
internamente para permitir que interaja com o interior da edificação.
30
CLIMATIZAÇÃO PASSIVA │ UNIDADE II
Edificação semienterrada
Fonte: <http://www.brandanidecore.com.br/ambientes/espelho-espelho-meu-a-beleza-refletida-na-agua/>.
31
UNIDADE II │ CLIMATIZAÇÃO PASSIVA
O uso de superfícies hídricas, como piscinas, aquários e/ou espelhos d’água internos,
tem potencial para reduzir as flutuações térmicas diárias por meio da troca de calor
entre a superfície molhada e as demais estruturas, o que permite uma melhor sensação
de resfriamento.
No entanto, esse tipo de solução não é recomendável para locais de umidade elevada, e
o material dos recipientes de armazenagem da água não pode ser isolante térmico.
32
CAPÍTULO 2
Aquecimento solar passivo
Vale destacar que essa é uma forma de projetar para localidades de clima frio ou que
apresentem, ao menos, elevada amplitude térmica entre os picos de verão e inverno
ao longo dos anos. Diante da diversidade de um país como o Brasil, esse recorte se faz
necessário.
Já o aquecimento solar indireto é utilizado junto com a estratégia de alta inércia térmica,
em que são utilizados componentes de elevada capacidade térmica, sujeitos a exposição
direta dos raios solares. Esses componentes retêm o calor absorvido, liberando-o
lentamente para o interior do ambiente quando as temperaturas internas se tornam
inferiores e devem ser sombreados e protegidos da exposição aos raios solares no verão
para evitar sobreaquecimento do ambiente interno.
33
UNIDADE II │ CLIMATIZAÇÃO PASSIVA
As paredes de elevada inércia não devem ser cobertas internamente com materiais que
sejam isolantes térmicos.
Parede Trombe
Figura 14. Exemplo de Parede Trombe durante o verão e inverno.
parede de grande inércia térmica parede de grande inércia térmica
pála pála
calor
calor
válvula
válvula
frio frio
UTILIZAÇÃO NO VERÃO UTILIZAÇÃO NO INVERNO
Fonte: <http://astrorei.blogspot.com/2011/11/parede-de-trombe.html>.
Paredes Trombe são estruturas com alta inércia térmica orientada para a fachada com
maior insolação durante os períodos de inverno e protegidas externamente por uma
camada de vedação em vidro separada por uma câmara de ar sem ventilação.
Essa estrutura tem a função de captar e acumular energia da radiação solar direta.
A captação pode ser otimizada por meio da aplicação de cores escuras na face externa já
que, por exemplo, possuem maior absortividade térmica que as claras. Já o vidro com
opacidade impede a saída do calor.
34
CLIMATIZAÇÃO PASSIVA │ UNIDADE II
Esse tipo de estrutura (de paredes trombe) pode ser usado como paredes estruturais,
funcionando como barreira acústica devido a sua robustez.
Efeito estufa
35
CAPÍTULO 3
Sombreamento
Uma proteção solar corretamente elaborada deve evitar os ganhos solares nos períodos
mais quentes do dia (e do ano) sem obstruí-los nos períodos de inverno e, ainda, sem
prejudicar o potencial de aproveitamento de iluminação natural proveniente das
aberturas projetadas.
Para isso, é necessário que o projetista entenda sobre a geometria solar do lugar de
implantação do edifício, pois, dependendo da localização do edifício, a própria sombra
provocada por áreas construídas (ou até mesmo o volume de projeção ou vegetação
vizinhas) pode minimizar a necessidade de sombreamento em algumas fachadas.
demais funções
brise horizontal
equipamentos e
serviços
36
CLIMATIZAÇÃO PASSIVA │ UNIDADE II
Vegetação
Figura 16. Restaurante La Pergola, onde a vegetação auxilia no sombreamento e na cobertura.
Fonte: <https://www.tripadvisor.com.br/Restaurant_Review-g635892-d2177195-Reviews-La_Pergola-Santa_Susanna_Catalonia.html>.
Fonte: <https://www.vivadecora.com.br/pro/arquitetura/o-que-e-brise/>.
Fonte: <http://elloconstrutora.com.br/vida-longa-aos-cobogos/>.
Por causa de suas formas, esse artifício permite instalar um jogo de luz e sombra, sendo
interessante tanto como elemento visual para envoltória quanto para instrumento
funcional que otimiza a interação do ambiente interno com o externo.
Atualmente tem sido desenvolvida uma série de tipos de vidro com composição
modificada para uma transmitância seletiva de radiação que impeça a penetração do
calor, por meio da redução da transmitância. Porém, é preciso utilizar esse tipo de
tecnologia com muito critério, pois a redução da transmitância térmica é acompanhada
de um aumento na absortância.
Uma alternativa é a utilização de vidros especiais como anteparos externos. Com eles,
há o impedimento da radiação solar direta, e a radiação absorvida pelo anteparo de vidro
é resfriada com a ventilação externa. Vidros de baixa emissividade, que apresentam
transmitância seletiva por meio de reflexão seletiva, absorvem muito pouco calor,
apresentando melhor efeito na redução do ganho solar total.
39
CAPÍTULO 4
Ventilação natural
A ventilação natural ainda pode resfriar o edifício em si, retirando a carga de calor
absorvido durante o dia pela exposição à insolação, assim como os ganhos de calor
decorrentes da presença de usuários, equipamentos e iluminação artificial.
40
CLIMATIZAÇÃO PASSIVA │ UNIDADE II
Fonte: <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/06.063/436>.
Pátios internos são espaços provocados pela própria forma do edifício. Em um pátio
interno, a ventilação depende principalmente da proporção entre a altura da edificação
e a largura do pátio em uma seção normal ao vento.
»» Uma boa opção para climas quentes e secos é aplicar um espelho d’água.
Ventilação noturna
Saída do
ar quente
Entrada do ar
mais frio da
noite
Ar frio resfria a
estrutura
Ar frio resfria a
estrutura (lajes,
pilares...)
Fonte: Lamperts, Dutra e Pereira (2014).
42
CLIMATIZAÇÃO PASSIVA │ UNIDADE II
Ventilação cruzada
Figura 21. Planta de ventilação determinado pelo posicionamento das esquadrias.
A ventilação cruzada promove a remoção do calor por acelerar as trocas por convecção
e contribui para melhoria da sensação térmica dos ocupantes por elevar os níveis de
evaporação. Ao favorecer as trocas de calor por convecção e evaporação, contribui para
o conforto térmico dos usuários e minimiza a utilização de dispositivos mecânicos de
refrigeração, diminuindo, consequentemente, o consumo de energia nesses espaços
O volume de fluxo de ar que passa pela estrutura é determinado pelo tamanho das
aberturas. Um maior número de trocas de ar é obtido quanto maior o tamanho de
ambas as aberturas de entrada e saída de ar. A velocidade do ar é maximizada quando a
área das janelas de saída (pressão negativa) é maior que a área das aberturas de entrada
(pressão positiva).
Janelas
43
UNIDADE II │ CLIMATIZAÇÃO PASSIVA
Planta aberta
Volumetria
44
CLIMATIZAÇÃO PASSIVA │ UNIDADE II
Torres de vento
Uma vez que há menos anteparos no nível de captação dos ventos, as torres de vento
podem admitir qualquer direção, mas devem ser projetadas de acordo com a variação
da direção dos ventos predominantes em locais de verão.
45
UNIDADE II │ CLIMATIZAÇÃO PASSIVA
Torres de resfriamento
São utilizadas para fornecer ar frio sem a necessidade de ventiladores e vento. Se forem
projetadas com saídas de ar na parte superior, podem ser usadas para ventilação por
efeito chaminé durante períodos em que o ar exterior estiver a uma temperatura inferior
à interna. Para que o ar circule pela edificação, deve haver um percurso desobstruído da
torre de resfriamento pelos recintos e em direção às janelas de saída de ar.
Sítio e orientação
Figura 23. Esquemas de ventilação urbana.
No meio urbano, a velocidade dos ventos pode ser reduzida em menos da metade
em relação a velocidade do ar do entorno, embora ruas estreitas e edifícios altos
possam provocar efeitos de afunilamento duplicando a velocidade dos ventos.
Fortes turbulências podem acontecer no lado oposto às obstruções (edificações).
Com isso, os edifícios devem ser situados onde as obstruções aos ventos de verão
são mínimas.
Quebra-Vento
Figura 24. Redutor de ventilação com elemento vazado.
Redutor de velocidade
de vento Fluxo de ar
reduzido
Fonte: Lamperts, Dutra e Pereira (2014).
47
UNIDADE II │ CLIMATIZAÇÃO PASSIVA
Efeito chaminé
Figuras 25 e 26. Representação da ventilação por diferença de temperatura “efeito chaminé”.
Fonte: <https://www.iau.usp.br/laboratorios/lca/wp-content/uploads/2018/01/cap2-rolim-relat%c3%b3rio-final.pdf>.
Pelo chamado efeito chaminé, o ar mais frio (mais denso) exerce pressão positiva, e
o ar mais quente (menos denso) exerce baixa pressão, havendo movimento e criando
correntes de convecção. Contudo, a própria geometria da abertura de saída deve
oferecer uma resistência mínima ao fluxo de ar ascendente, para permitir que o ar
flua livremente para fora do edifício e que o desempenho da saída de ar melhore se
posicionado em uma zona de sucção.
Nos períodos e climas nos quais não se pode contar com a presença dos ventos para
ventilação natural como estratégia de resfriamento, é possível tirar partido do efeito
chaminé para, justamente, promover a ventilação.
Se as aberturas são localizadas no lado da cobertura e voltadas para zonas com grande
fluxo de ventos, o efeito pode ser revertido, e as saídas de ar passam a agir como entradas
de ar de pouca eficiência.
As projeções do edifício (tanto horizontais quanto verticais) podem ser utilizadas para
afetar o movimento do ar, assim como para provocar sombreamento, conforme visto
anteriormente. São modos de otimizar a ventilação natural: aumentando o fluxo de
entrada, interceptando ou aumentando a admissão de brisas oblíquas, canalizando a
direção da corrente dos fluxos de entrada e/ou criando ventilação cruzada artificial.
Perda de
calor por
infiltração
Barreira
vegetal
Perda de
calor por
infiltração
49
UNIDADE II │ CLIMATIZAÇÃO PASSIVA
Cercas, muros e estruturas adjacentes também podem criar represas que ampliam a
pressão do fluxo de entrada.
Vegetação permitindo
corredores livres nos lados
Vegetação
da edificação, aumentando a
direcionando os ventos
velocidade do vento
para dentro da
edificação
Bolsão de
ar parado
Vegetação
formando um
bolsão de ar parado
e bloqueando o
fluxo
verão
água
vapor fluxo
ar térmico
inverno
água
fluxo
vapor
ar térmico
Fonte: <https://mondoarq.wordpress.com/2015/07/24/papo-na-laje-fachadas-01/>.
50
CLIMATIZAÇÃO PASSIVA │ UNIDADE II
Já nas paredes, quando uma parede pouco robusta com câmara de ar interna é exposta
ao sol, a coluna de ar é aquecida e tende a subir sua temperatura, por meio de convecção
natural. Se aberturas são colocadas tanto na base quanto mais ao topo, a parede otimiza
seu próprio fluxo de ar, liberando o excesso de ganho de calor.
51
CAPÍTULO 5
Resfriamento evaporativo
A taxa de evaporação em um espaço aberto será mais rápida quanto maior a área superficial
da água e a velocidade do ar, e menor for a umidade relativa do ar. Quanto mais seco for
o clima, maior será a aplicabilidade de tais sistemas. Quando o ar se torna saturado, o
processo de evaporação cessa e consequentemente há queda de temperatura.
Torre de resfriamento
Teto jardim
52
CLIMATIZAÇÃO PASSIVA │ UNIDADE II
distribuidor de água
Painel evaporativo
ventilador
AR
EXTERNO
AR RESFRIADO,
MAIS LIMPO E
MAIS ÚMIDO
Fonte: <http://www.natuebrisa.com.br/como-funciona>.
Microclima local
53
UNIDADE II │ CLIMATIZAÇÃO PASSIVA
Fonte: <https://casaeconstrucao.org/projetos/parede-de-vidro/>.
Água na cobertura
54
CLIMATIZAÇÃO PASSIVA │ UNIDADE II
55
CLIMATIZAÇÃO UNIDADE III
MECÂNICA
56
CAPÍTULO 1
Introdução à climatização mecânica
Ao contrário do que ocorre com a climatização natural, não depende das condições
climáticas exteriores. É indispensável em:
57
UNIDADE III │ CLIMATIZAÇÃO MECÂNICA
Segundo Torreira (1976), climatizar certos locais, não é apenar procurar conforto, o que
é essencial, mas garantir uma necessidade de salubridade (higiene). “Um bom ‘clima’,
no caso do ambiente hospitalar, acelera a cura dos doentes e intensifica a potência do
trabalho dos indivíduos.”
De acordo com o tipo de contaminação do recinto, a ventilação mecânica pode ser local
exaustora ou geral diluidora:
58
CAPÍTULO 2
Tipos de instalação
Figura 32.
Circulação do ar na distribuição
para baixo e para cima: a
entrada e saída de ar ficam
próximos. O ar é introduzido e
retirado no recinto pela parte
superior.
Sistema de distribuição
cruzada: insuflamento
horizontal do ar a velocidades
elevadas pela parte superior do
recinto. Indicado apenas para
pequenos ambientes.
59
UNIDADE III │ CLIMATIZAÇÃO MECÂNICA
Sistemas gerais
Plug-in
Os sistemas do tipo Plug-in compreendem aqueles que utilizam unidades que reúnem
o evaporador, o compressor, o dispositivo de expansão e o condensador juntos, dentro
do gabinete da unidade, ou seja, é um circuito frigorífero completo pré-montado e
ajustado. Nesse sentido, ele é caracterizado por necessitar apenas de uma abertura em
uma das paredes laterais.
Sistema central
Esse sistema é indicado para grandes projetos por causa do seu alto custo, sendo que,
em longo prazo, são mais eficientes no uso de energia. É muito fácil identificar esse
sistema, pois utiliza um conjunto de máquinas de grande porte.
Esse sistema utiliza bastante ao ar dutado. Este, inclusive, juntamente com a rede de
dutos, deve ser projetado no projeto executivo, caso contrário as obras serão extensas.
60
CLIMATIZAÇÃO MECÂNICA │ UNIDADE III
Aparelho de janela
Sua instalação compreende uma abertura na parede voltada para o ambiente externo,
preferencialmente no centro da parede de menor largura. Para instalação, é necessária
uma abertura na parede voltada para o ambiente externo, e essa orientação (na parede
de menor largura) busca uniformizar a temperatura interna do ambiente. Aconselha-se
uma altura média de 1,70m. Sempre que possível, deve ser colocado um ponto de dreno
para água condensada.
Fonte: <https://www.unicaarcondicionado.com.br/ar-condicionado-janela-fontaine-12000-btus-eletronico-frio-110v.html>.
61
UNIDADE III │ CLIMATIZAÇÃO MECÂNICA
TUBULAÇÃO DE AR
REFRIGERADO EVAPORADOR
CONDENSADOR
AR
CONDICIONADO
amb.1
amb.2
DRENO
Esse sistema leva esse nome porque possui um ou mais de uma unidade. São silenciosos
e econômicos. Em áreas comerciais, o sistema split é utilizado em prédios antigos que
precisam passar por processo de climatização mecânica. Alguns empreendimentos
também adotam a utilização de minicentrais de pequeno porte (multi-splits), podendo
ter duas ou mais evaporadoras com apenas um condensador.
Conforme Lamperts, Dutra e Pereira (2014), esse tipo de aparelho (splits) consegue
atender espaços sem paredes voltadas para o exterior, pois possui as unidades
evaporadoras e condensadoras separadas, podendo estar distanciadas até 30 metros
entre si. As principais vantagens desse tipo em relação aos de janela é o baixo nível de
ruído e a possibilidade de condicionar espaços interiores sem paredes externas. Quanto
às desvantagens, são basicamente o custo mais elevado e a manutenção mais complexa,
que requer profissionais especializados.
62
CLIMATIZAÇÃO MECÂNICA │ UNIDADE III
Fonte: <https://www.dufrio.com.br/ar-condicionado-split-hi-wall-springer-midea-9000-btus-frio-220v-42maca09s5.html>.
Multi-split
Figura 37. Esquema do funcionamento de uma central multi-split.
TUBULAÇÃO DE AR
EVAPORADOR
REFRIGERADO
CONDENSADOR
DRENO
Fonte: <https://www.leveros.com.br/ar-condicionado/multi-split-parede>.
63
UNIDADE III │ CLIMATIZAÇÃO MECÂNICA
Expansão
Ambientes
De acordo com alguns técnicos, o sistema Self ou Self-Contained (tudo contido em uma
só máquina) é o mais eficaz dos mecanismos de climatização mecânica Isso porque é
capaz de reunir a condensadora e a evaporadora em um único gabinete, sendo capaz de
promover o resfriamento de um pavimento inteiro.
Figura 40. Exemplo de um equipamento de self-contained (para seu funcionamento, é preciso estar acoplado a
dutos de distribuição).
Fonte: <https://www.searcon.com.br/ar-condicionado-self-contained/tuiuti>.
64
CLIMATIZAÇÃO MECÂNICA │ UNIDADE III
»» self com condensação a água, que requer uma linha alimentadora de água.
RETORNO FAN‐COIL
REFRIGERAÇÃ
ÁGUA
GELADA AR COND.
CONVECÇÃO
CHILLER FORÇADA
A água gelada que sai do sistema é distribuída pelo edifício dentro de tubulações.
Em cada andar existe uma ou mais máquinas (fan-coil). Por dentro do fan-coil, além
de tubos em forma de serpentina, há um ventilador que joga o ar por essas tubulações.
65
UNIDADE III │ CLIMATIZAÇÃO MECÂNICA
Fonte: <https://firmadearcondicionado.com/industrial/instalacao-fancoil/>.
Esse ar perde calor, fica frio e é conduzido à rede de dutos espalhada pelo escritório.
Entre as vantagens do sistema central está a concentração da grande carga elétrica no
chiller, o que dispensa tomadas especiais em outros pontos da edificação. Ele é o mais
adequado para projetos que preveem o insuflamento de ar pelo piso ou o chamado “teto
frio”, geralmente utilizado em shoppings.
Sistema VRV
66
CLIMATIZAÇÃO MECÂNICA │ UNIDADE III
VAV
O sistema VAV é usado em uma variedade de locais, incluindo lojas de varejo, auditórios,
espaços de escritórios e algumas casas maiores. É recomendado para projetos em que
há possibilidade de abrigar salas fechadas.
Cortinas de ar
Figura 45. Esquema de funcionamento de uma cortina de ar.
AMBIENTE INTERNO AMBIENTE EXTERNO
bandeira de ar
AR QUENTE
AR FRIO
AR LIMPO E
INSETOS E IMPUREZAS
CLIMATIZADO
A cortina de ar deve ser instalada em ambientes com grande fluxo de pessoas, geralmente
em locais que possuem portas automáticas ou que ficam com a porta sempre aberta.
No caso do ônibus, a cortina funcionará somente enquanto as portas estiverem abertas
para os passageiros. Apesar de ser mais comum em ambientes comerciais, pode ser
instalada em casa.
Fonte: <http://www.komeco.com.br/blog/consumidor/cortina-de-ar-o-que-e-e-quais-as-vantagens-deste-equipamento.html>.
67
UNIDADE III │ CLIMATIZAÇÃO MECÂNICA
Câmaras frigoríficas
Figura 47. Câmara frigorífica.
Fonte: <http://www.cotanet.com.br/camaras-frigorificas/camara-frigorifica-pequena>.
Por mais controverso que seja seu uso, é um aparelho de refrigeração indispensável em
determinadas condições climáticas, e, em escritórios e prédios comerciais, é necessário
cautela e prudência na hora de discriminar o tipo escolhido.
68
CAPÍTULO 3
Estudos de caso
Lojas
Figuras 50 e 51. Exemplo de climatização mecânica em lojas.
69
UNIDADE III │ CLIMATIZAÇÃO MECÂNICA
Bares e restaurantes
Figuras 52 e 53. Exemplos de climatização mecânica em bares e restaurantes.
Na cozinha desses ambientes, é essencial o uso de sistemas de exaustão, que, para fins
de cumprimento das normativas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa),
acontece preferencialmente por meio de exaustão artificial.
Supermercados
Figuras 54 e 55. Exemplo de climatização mecânica em espaços com grandes vãos, como supermercados.
70
CLIMATIZAÇÃO MECÂNICA │ UNIDADE III
Fonte: <http://www.aisberg.com/en/photogallery/supermarketingeorgia>.
Deve-se ter muito cuidado para não provocar um hiper-resfriamento nas áreas de
circulação próximas aos balcões e expositores frigoríficos. Com o dimensionamento e a
disposição devida dos climatizadores no ambiente, é possível evitar tal fenômeno.
Academias
Mesmo em espaços nos quais a intenção é suar a camisa, é possível prever um sistema
de climatização assertivo. Para espaços como academias, salas de dança ou lugares onde
há atividades que exigem muito de nosso metabolismo é importante haver uma forma
71
UNIDADE III │ CLIMATIZAÇÃO MECÂNICA
de garantir a saída do ar quente. Essa exaustão pode acontecer por aberturas que, por
pelo menos algum período do dia, sejam abertas ou por exaustores mecânicos, desde
que não sejam ligados no horário de funcionamento desses espaços. Uma boa opção é
a compatibilização entre climatização passiva e mecânica com equipamentos à base de
resfriamento.
Fonte: <https://www.dufrio.com.br/blog/ar-condicionado/ar-condicionado-em-academias-o-que-voce-precisa-saber/>.
72
CAPÍTULO 4
Eficiência energética
Assim, a meta é que esse aumento venha acompanhado de esforços que minimizem
as emissões de gases de efeito estufa por meio da promoção de ações de eficiência
energética e da substituição de equipamentos de tecnologia obsoleta por dispositivos
inovadores, a fim de remediar a aceleração das mudanças climáticas.
Nesse limiar, além do foco global pela produção de energias renováveis, sociedade
e cidade energeticamente sustentáveis produzem mais energia limpa e consomem
menos. Torna-se, então, um grande desafio contemporâneo associar o uso de edifícios
que foram construídos até o final do século XX, período de abundância na produção de
energia por baixo custo, com a temática da eficiência energética.
Muito do que se tem construído no parque edificado brasileiro não atende à demanda
de desempenho ambiental exigida dos tempos atuais. Além disso, muitas alterações
inadequadas incidiram sob esses prédios pela necessidade do mercado em dar vazão
aos novos usos. Concomitantemente, a adaptação desses espaços às novas tecnologias
e mudanças marcantes na composição de muitas edificações foram drásticas – por
exemplo, a instalação de equipamentos de condicionamento de ar ineficazes como dos
tipos SPLIT e VRFs (Fluxo de Refrigerante Variável), que potencializa o poder de alto
consumo energético.
73
UNIDADE III │ CLIMATIZAÇÃO MECÂNICA
Além disso, geralmente por causa da falta de gestão de recursos para manutenções
preventivas e processos de retrofit regular nas últimas décadas, a maioria dos edifícios
não possui equipamentos e sistemas com tecnologias de última geração, energeticamente
mais eficientes.
Lamberts, Dutra e Pereira (1998) entendem que a modernidade exigiu que a tríade da
arquitetura de Vitruvius (firmitas, utilitas e venustas) fosse elevada a um polígono de
quatro pontas no qual o quarto elemento se dá pela eficiência energética. Os autores
sustentam que, nesse meio, a eficiência energética pode ser entendida como um atributo
inerente à edificação representante de seu potencial em possibilidade de conforto
térmico, visual e acústico aos usuários por meio de um baixo consumo energético.
É a condição de, energeticamente, fazer-se mais com menos.
Vamos exemplificar:
74
ACÚSTICA UNIDADE IV
CAPÍTULO 1
Conforto acústico e natureza do som
Conforto acústico
Conforme já discutido, a ideia de conforto é algo abrangente e complexo, contudo
sempre relacionada ao bem-estar do usuário. Assim sendo, podemos entender o
conforto acústico como o estado de equilíbrio sonoro em um ambiente no qual é
possível desenvolver as atividades fins para as quais ele foi projetado (ou se dispõe a
servir) com a manutenção da qualidade de entendimento auditivo e preservação da
saúde sonora. Investir em revestimentos acústicos é investir em saúde e bem-estar
dos usuários dos espaços.
Em média, os seres humanos são capazes de escutar sons com frequências que vão de
20 [Hz] e 20000 [Hz], o que implica uma faixa com variação de cerca de 1.000 vezes.
Sons com frequências baixas são entendidos como sons graves (como o bumbo de uma
75
UNIDADE IV │ ACÚSTICA
Som musical simples
Ruído
Fonte: <http://www.fec.unicamp.br/~luharris/galeria/ic042_05/TIDIA-ae_TopicoA_mat-apoio_S03_C-Acustico.pdf>.
Existem diversas fontes de ruído que interferem no ambiente e conforto acústico das
edificações. Podemos classificá-las como:
Familiarizados com essa primeira análise acústica, vamos fazer agora imaginar uma
situação na qual o estado de conforto sonoro não é alcançado. O que fazer nesse caso?
76
ACÚSTICA │ UNIDADE IV
Você pode estar se perguntando se a segunda e a terceira estratégia não são semelhantes.
Perceba: quando falamos em alterar o percurso da transmissão sonora, estamos falando
de inserir barreiras já que, conforme vamos estudar adiante, o som tem a capacidade de
se deslocar por onde houver espaço. Já quando alteramos a acústica do espaço, estamos
falando de trabalhar o isolamento ou tratamento acústico do ambiente.
Para prosseguir, precisamos entender um pouco mais sobre a natureza do som, seu
comportamento e peculiaridades.
A natureza do som
Existem várias maneiras de se estudar cientificamente o fenômeno sonoro. Todas
elas estão interligadas, mas cada uma enfoca em um aspecto específico do fenômeno.
77
UNIDADE IV │ ACÚSTICA
As ondas sonoras são do tipo longitudinal, que se propagam por uma série de
compressões/descompressões em um meio, normalmente o ar (o som não se propaga
no vácuo, ele precisa de um meio sempre). As ondas transversais são usualmente
encontradas nas vibrações de partes de certos instrumentos musicais, como nas
membranas (instrumentos de percussão) e cordas.
O movimento forçado das partículas forma padrões de ondas e, portanto, permite que
o som seja deslocado pelo ar. Esse movimento de onda permite que o som ou ruído seja
difratado, propague e se curve como qualquer outro movimento ondulatório, motivo
pelo qual pode ser ouvido dobrando esquinas ou atravessando pequenas frestas em
uma edificação.
A onda sonora tem uma característica muito própria: a difração. Difração acústica (ou
sonora) é a capacidade que uma onda tem de contornar obstáculos. A dimensão do
orifício por onde a onda passará deve ser da mesma ordem de comprimento da onda
para que isso aconteça. Por isso, no caso de uma difração sonora, diz-se que um orifício
pode variar de 1,7cm a 17m para que ocorra a difração do som.
78
ACÚSTICA │ UNIDADE IV
Diapasão Partículas de ar
A onda sonora é caracterizada pela sua frequência (f), que corresponde ao número de
vibrações por segundo (medida em hertz, Hz), e pelo seu comprimento de onda (λ),
que é a distância entre a crista de uma onda e a da seguinte. A relação entre f, λ é a
velocidade do som (v) é: Onda sonora v = λf
Efeitos sonoros
A propagação do som pode ocasionar uma série de efeitos que vamos destrinchar abaixo:
Reflexão
79
UNIDADE IV │ ACÚSTICA
recinto é conhecido reverberação. Tal efeito causa uma continuação sonora mesmo
após terminada sua emissão.
Outro fenômeno que pode acontecer devido à reflexão do som é o eco. A principal
diferença entre ele e a reverberação é o tempo que o som leva até ser refletido e retornar
a quem ouve. Enquanto na reverberação o som é percebido como prolongamento ou
continuidade, como se a emissão não tivesse terminado, no eco a percepção é de novas
emissões sonoras, ou seja, repetição da emissão.
Refração
Refração é o nome dado ao fenômeno que ocorre quando as ondas mudam de meio de
propagação, alterando sua velocidade. Um exemplo de refração do som é quando a onda
sonora incide na água, meio material mais denso que o ar. Nessa situação, de refração
sonora, a onda aumenta de velocidade e se afasta de seu comportamento normal.
Ressonância
Nos teatros antigos e nas igrejas da idade média, encontram-se cavidades chamadas de
vasos acústicos. Nos teatros, esses ressonadores servem para amplificar a voz dos atores.
80
ACÚSTICA │ UNIDADE IV
Nas igrejas, tinham uma função de absorção, contribuindo para atenuar a reverberação
na região de baixas frequências (a frequência de ressonância desses vasos é da ordem
de 200 Hz).
81
CAPÍTULO 2
Normativas
82
ACÚSTICA │ UNIDADE IV
Essa parte da ABNT NBR ISO 3382 especifica métodos para a medição do tempo de
reverberação em salas comuns. Ela descreve o procedimento de medição, o dispositivo
necessário, o número de posições de medição requerido e o método para avaliar os
dados e apresentar o relatório de ensaio.
83
UNIDADE IV │ ACÚSTICA
mortos na cidade de Santa Maria, Rio Grande do Sul. Ter prudência ao projetar
é entender as muitas variáveis envolvidas no processo. O conforto ambiental é
uma delas, mas a segurança do usuário é primordial!
84
CAPÍTULO 3
O projeto acústico: técnicas e materiais
Materiais acústicos
Figura 60. Funcionamento de materiais isolantes ou de tratamento acústico.
Energia dissipada
Energia transmitida
Fonte: <http://portalacustica.info/materiais-acusticos-o-que-sao/>.
85
UNIDADE IV │ ACÚSTICA
Lã de rocha: material feito de fibras de rocha basáltica e outros minerais, sendo mais
denso que a lã de vidro. Também oferece ótima absorção sonora, isolamento térmico e
elevada resistência ao fogo, sendo utilizado como base em sistemas corta-fogo.
Lã de pet: material produzido a partir de fibras de poliéster, sendo mais leve que as lãs
minerais. É muito utilizado para absorção sonora na forma de mantas e painéis, mas,
por ser um produto mais sensível ao calor, não deve ser utilizado em sistemas corta-fogo.
Painéis refletores
Fonte: <https://www.ugreen.com.br/acustica/>.
Painéis refletores ou placas acústicas são estruturas fixadas diretamente no teto, forro
ou laje de um ambiente. São muito usados em intervenções pós-obra ou quando não há
possibilidade de implantação de um forro falso (devido ao pé direito reduzido do local).
86
ACÚSTICA │ UNIDADE IV
Fonte: <https://www.vibrasom.ind.br/produtos-acusticos/nuvem-acustica.html>.
Nuvens acústicas são estruturas pendentes e geralmente esféricas que podem causar
perturbações sonoras importantes ao atuar como espelhos acústicos, concentrando as
ondas sonoras refletidas. São painéis horizontais suspensos por cabos de aço fixados no
teto, encontrados em diversos modelos.
Portas acústicas
Figura 63. Portas acústicas.
Fonte: <https://www.vibrasom.ind.br/produtos-acusticos/103/portas-ac%C3%BAsticas-detail.html>.
87
UNIDADE IV │ ACÚSTICA
Uma porta acústica funcional faz com que o som fique do lado de fora do ambiente;
não deixa nenhum ruído sair. Pode estar associada às saídas de emergência desde que
também com tratamento acústico e em alinhamento com as normas de segurança de
combate a incêndio.
Piso acústico
Figura 64. Exemplo de instalação de sistema de piso acústico.
Piso flutuante
Fonte: <https://www.vibrasom.ind.br/produtos-acusticos/piso-acustico.html>.
88
ACÚSTICA │ UNIDADE IV
Paredes acústicas
Figura 65. Exemplo de parede acústica com lã mineral como preenchimento.
Fonte: <http://www.biola.com.br/isolamento-termico-e-acustico-quais-sao-melhores-opcoes/>.
Uma boa dica é associar o isolamento acústico e térmico. Muitas vezes um mesmo
material possui características interessantes para ambas as condições de conforto
ambiental.
Barreiras acústicas
Figura 66: Exemplo de barreira acústica em rodovia.
Fonte: <http://www.speeddry.com.br/preco-barreira-acustica>.
89
UNIDADE IV │ ACÚSTICA
Fonte: <https://www.vibrasom.ind.br/produtos-acusticos/visor-acustico.html>.
Antecâmara
Figura 68. Exemplo de antecâmara para fins acústicos.
Fonte: <https://www.vibrasom.ind.br/produtos-acusticos/portas-acusticas.html>.
A antecâmara é uma “sala” que é colocada entre o ambiente mais ruidoso e o ambiente a
ser protegido desse som. Ela receberá no mínimo duas portas de acesso, e, quando uma
for aberta, a outra deve estar fechada.
90
ACÚSTICA │ UNIDADE IV
Jateamento acústico
Figura 69. Jateamento de celulose.
Fonte: <http://www.speeddry.com.br/jateamento-celulose>.
Forros acústicos
Figura 70. Forro monolítico.
Fonte: <https://www.slideshare.net/kely23/forros-kely>.
91
UNIDADE IV │ ACÚSTICA
Baffles
Figura 71. Baffles acústicos no teto.
Fonte: <http://www.audium.com.br/noticia/baffles-acusticos/>.
Eles são elementos suspensos, leves e que funcionam como um pergolado, porém estão
disponíveis com algumas opções de modulações e alturas. Já que os baffles não são
colados no teto, a manutenção se torna muito mais eficiente e simples. Também não há
necessidade de construir um forro para colocá-los, eles podem aproveitar a estrutura
existente como subestrutura de sustentação. De qualquer forma, é possível criar uma
estrutura auxiliar, que também serve de decoração do ambiente. Eles são pendurados
ou aparafusados, permitindo alternar cores, tamanhos e modelos.
92
CAPÍTULO 4
Estudos de caso
Para finalizar nossa unidade sobre o ambiente acústico, veremos dois estudos de caso
comerciais.
Fonte: <http://www.maai.com.br/projeto/el-negro-lago-sul/>.
Projeto desenvolvido por Guto Requena, esse espaço corporativo utilizou uma planta
de masterplan e provocou o tratamento acústico por formas inusitadas: volumes de
iluminação; escolha de elementos de decoração que acabam servindo como aparador e
impedem a reverberação; aplicação de tecidos em divisórias nas salas de reunião e nos
estofados de alguns mobiliários.
93
UNIDADE IV │ ACÚSTICA
Fonte: <https://egrspaces.squarespace.com/studio-sol>.
94
Referências
ABNT NBR 15.215:2005 Dispõe da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT,
quanto a Iluminação Natural. Disponível em: <https://www.abntcatalogo.com.br/
sebrae/>. Acesso em: 26 jul. 2019.
BROWN, G. Z. DEKAY, Mark. Sol, vento & luz: estratégias para o projeto de
arquitetura. trad. Alexandre Ferreira da Silva Salvaterra. 2. ed. Porto Alegre:
Bookman, 2004.
COSTA, Ennio Cruz da. Ventilação. São Paulo: Edgard Blücher, 2005.
EDWARDS, Brian. O Guia Básico para Sustentabilidade. São Paulo: G. Gili, Ltda,
2013. 226 p.
95
REFERÊNCIAS
VOORDT, Theo J. M. van Der.; VAN WEGEN, Herman B. R. Arquitetura sob o olhar
do usuário. São Paulo: Oficina de Textos, 380 p. Tradução: Beatriz de Medina. 2013.
<http://ecotempclimatizacao.com.br/portfolio/ar-condicionado-belo-horizonte-
savassi/>
<http://elloconstrutora.com.br/vida-longa-aos-cobogos/>
96
REFERÊNCIAS
<http://portalacustica.info/materiais-acusticos-o-que-sao/>
<http://projeteee.mma.gov.br/implementacao/isolamento-termico/?cod=asp>
<http://warlleydeus.blogspot.com/>
<http://www.aisberg.com/en/photogallery/supermarketingeorgia>
<http://www.audium.com.br/noticia/baffles-acusticos/>
<http://www.biola.com.br/isolamento-termico-e-acustico-quais-sao-melhores-
opcoes/>
<http://www.brandanidecore.com.br/ambientes/espelho-espelho-meu-a-beleza-
refletida-na-agua/>
<http://www.climafrio.com.br/climatizacao-comercial.php>
<http://www.construcaotelhados.com.br/acabamento-de-telhado/acabamento-para-
telhado-colonial/acabamento-de-telhado-beiral-valor-alphaville>
<http://www.maai.com.br/projeto/el-negro-lago-sul/>
<http://www.natuebrisa.com.br/como-funciona>
<http://www.paulistaimpermeabilizadora.com.br/empresa-de-impermeabilizacao-para-
laje-zona-norte-abcd-zona-oeste-zona-leste-zona-sul-interior-litoral-de-sao-paulo>
<http://www.speeddry.com.br/preco-barreira-acustica>
<http://www.speeddry.com.br/jateamento-celulose>
<http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/06.063/436>
<https://casaeconstrucao.org/projetos/parede-de-vidro/>
<https://ecotelhado.com/sistema/ecoparede-jardim-vertical/>
<https://icehousebrasil.com.br/projetos-climatizador-evaporativo/climatizacao-
para-restaurantes.html>
<https://icehousebrasil.com.br/projetos-climatizador-evaporativo/climatizacao-
para-home-centers.html>
<https://www.archdaily.com.br/br/804790/casa-semi-enterrada-eneseis-
arquitectura>
97
REFERÊNCIAS
<https://www.bbc.com/portuguese/internacional-38970141>
<https://www.dufrio.com.br/blog/ar-condicionado/ar-condicionado-em-academias-
o-que-voce-precisa-saber/>
<https://www.iau.usp.br/laboratorios/lca/wp-content/uploads/2018/01/cap2-rolim-
relat%c3%b3rio-final.pdf>
<https://www.linkedin.com/pulse/resfriamento-e-aquecimento-geot%C3%A9rmico-
solo-%C3%A9-usado-na-nilson/>
<https://www.pingodoce.pt/servicos-loja/restaurante/>
<https://www.rsdesign.com.br/espaco_arquiteto/arquitetura-bioclimatica-desafios-
sustentaveis/>
<https://www.slideshare.net/kely23/forros-kely>
<https://www.tripadvisor.com.br/Restaurant_Review-g635892-d2177195-Reviews-
La_Pergola-Santa_Susanna_Catalonia.html>
<https://www.ugreen.com.br/acustica/>
<https://www.vibrasom.ind.br/produtos-acusticos/nuvem-acustica.html>
<https://www.vibrasom.ind.br/produtos-acusticos/103/portas-ac%C3%BAsticas-
detail.html>
<https://www.vibrasom.ind.br/produtos-acusticos/piso-acustico.html>
<https://www.vibrasom.ind.br/produtos-acusticos/visor-acustico.html>
<https://www.vibrasom.ind.br/produtos-acusticos/portas-acusticas.html>
<https://www.vivadecora.com.br/pro/arquitetura/arquitetura-vernacular/>
<https://www.vivadecora.com.br/pro/arquitetura/o-que-e-brise/>
<https://www.searcon.com.br/ar-condicionado-self-contained/tuiuti>
<https://www.webarcondicionado.com.br/saiba-tudo-sobre-vrv>
<http://www.cotanet.com.br/camaras-frigorificas/camara-frigorifica-pequena>
<http://www.komeco.com.br/blog/consumidor/cortina-de-ar-o-que-e-e-quais-as-
vantagens-deste-equipamento.html>
98
REFERÊNCIAS
<https://sistemavrv.com.br/o-que-e-vrv-ou-vrf/>
<https://www.unicaarcondicionado.com.br/ar-condicionado-janela-fontaine-12000-
btus-eletronico-frio-110v.html>
<https://firmadearcondicionado.com/industrial/instalacao-fancoil/>
<http://climaxengenharia.com.br/ar-condicionado-para-industria/>
<https://icehousebrasil.com.br/projetos-climatizador-evaporativo/climatizacao-
para-supermercados.html>
<http://arquitetandonanet.blogspot.com/2010/03/teto-com-agua.html>
<http://astrorei.blogspot.com/2011/11/parede-de-trombe.html>
<https://mondoarq.wordpress.com/2015/07/24/papo-na-laje-fachadas-01/>
<https://climatizacaolumertz.com.br/2017/04/27/o-que-e-cortina-de-ar/>
<http://www.vaievemdavida.com.br/noticia/casa-de-praia-elevada-tem-praca-
coberta/>
99