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Brasília-DF.
Elaboração
Produção
APRESENTAÇÃO.................................................................................................................................. 5
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 8
UNIDADE I
COMPORTAMENTO ATIVO SOBRE TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO.................................................. 11
CAPÍTULO 1
ESTRATÉGIAS ORGANIZACIONAIS............................................................................................. 11
CAPÍTULO 2
ESTRUTURAS ORGANIZACIONAIS ............................................................................................. 19
CAPÍTULO 3
COMPORTAMENTO: VISÃO DO PRESENTE E DO FUTURO........................................................... 25
UNIDADE II
DESENVOLVIMENTO INDIVIDUAL E ORGANIZACIONAL............................................................................ 34
CAPÍTULO 1
NÍVEIS DE APRENDIZAGEM....................................................................................................... 35
CAPÍTULO 2
IMPACTOS DO TREINAMENTO ................................................................................................. 44
CAPÍTULO 3
PLANEJAMENTO ORGANIZACIONAL........................................................................................ 49
UNIDADE III
GESTÃO DO CONHECIMENTO.............................................................................................................. 56
CAPÍTULO 1
GESTÃO DO CONHECIMENTO: SUCESSO ORGANIZACIONAL .................................................. 56
CAPÍTULO 2
DISSEMINAÇÃO DO CONHECIMENTO ATRAVÉS DA MOTIVAÇÃO.............................................. 60
CAPÍTULO 3
SUSTENTABILIDADE DO PROGRAMA ........................................................................................ 64
UNIDADE IV
GESTÃO COM OLHAR EM COMPETÊNCIAS........................................................................................... 79
CAPÍTULO 1
PENSAMENTO SISTÊMICO........................................................................................................ 80
CAPÍTULO 2
INOVAÇÃO E TREINAMENTO.................................................................................................... 88
CAPÍTULO 3
COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL .................................................................................. 92
REFERÊNCIAS................................................................................................................................. 106
Apresentação
Caro aluno
Conselho Editorial
5
Organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa
A seguir, apresentamos uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos
Cadernos de Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Atenção
6
Saiba mais
Sintetizando
7
Introdução
Olá Caro(a) Aluno(a), bem-vindo(a) à disciplina Treinamento e Desenvolvimento.
Dando início aos conceitos aqui abordados, você terá a oportunidade de refletir sobre a
relevância desse processo no âmbito organizacional. Entenderá, também, a importância
de a empresa mudar sua mentalidade, normalmente mecânica, para a orgânica, em
que as pessoas, seus conhecimentos técnicos e seus comportamentos auxiliam na
manutenção da vantagem competitiva.
Este estudo demonstrará que gerir indivíduos que se integram, por meio de ações de
treinamento e desenvolvimento, permite aos indivíduos atenderem suas expectativas e
as da organização.
Essa reflexão deve considerar vários fatores, entre os quais questões políticas, econômicas
e sociais; concorrência e competitividade de mercado; velocidade e disponibilidade
das informações, além de questões internas como pessoas, infraestrutura, recursos
financeiros e tecnológicos.
Bons estudos!
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Objetivos
» Aplicar as formas de desenvolvimento para controle das atividades
laborais.
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COMPORTAMENTO
ATIVO SOBRE UNIDADE I
TREINAMENTO E
DESENVOLVIMENTO
CAPÍTULO 1
Estratégias Organizacionais
Refletindo sobre esses aspectos, é possível entender a extrema relevância dos programas
de treinamento e desenvolvimento nas organizações, pois têm por objetivo fazer com
que as pessoas compreendam a estratégia e a apliquem em suas atividades e funções,
gerando resultados para o negócio.
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UNIDADE I │ COMPORTAMENTO ATIVO SOBRE TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO
Vimos que um único produto pode passar por vários processos e ser utilizado de
várias formas, o que exige conhecimento diversificado e diferenciado. Considerando
essas informações é possível dizer que as estratégias e os processos de treinamento e
desenvolvimento podem ser os mesmos para os dois tipos de negócios?
As empresas são diferentes por vários aspectos, como cultura organizacional, objetivos
e metas a serem alcançados, recursos, capacidades internas, dentre outros.
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COMPORTAMENTO ATIVO SOBRE TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO │ UNIDADE I
O que deve ser considerado é que o dinamismo decorrente das decisões e ações
impactam diretamente nos processos de treinamento e desenvolvimento, seja para
adequar o novo profissional à empresa seja ainda para preparar o profissional interno
para as novas oportunidades organizacionais (FIALHO, 2006).
Veja a seguir o exemplo da empresa “Seu Pet Feliz e Cheiroso” que demonstra a
influência desses aspectos:
» Ambiente interno
» A missão é o objetivo pelo qual a empresa foi criada, por que ela existe, o
que ela faz (CHIAVENATO, 2010). Por exemplo, quais produtos fornece,
a quem e para que servem esses produtos.
A empresa Seu Pet Feliz e Cheiroso, atualmente, trabalha apenas para o mercado
nacional e tem como missão fornecer produtos para animais de estimação de pequeno
porte, com a finalidade de estimular seu desenvolvimento, sua interação com as pessoas
e garantir o bem-estar animal.
» Ambiente externo
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UNIDADE I │ COMPORTAMENTO ATIVO SOBRE TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO
Visão é aonde a empresa deseja chegar em um determinado tempo. Por exemplo, definir
sua posição no mercado e o prazo para atingir esse objetivo.
Visto que cada vez mais as empresas estão submissas a um controle econômico, temos
um exemplo: a empresa “Meu Melhor Amigo Pet Shop” vislumbra a oportunidade de
exportar seus produtos, definindo-a como estratégica. Sendo assim, em sua declaração
de visão, determina o prazo de cinco anos para tornar-se reconhecida no mercado
mundial como fornecedora de produtos para animais de estimação de pequeno porte.
Legislação, tributação de cada país, classificação dos produtos, emissão de notas fiscais, escritórios próprios
Processos administrativos
e/ou distribuidores.
Processos de marketing Idiomas, cultura dos países (animais sagrados), tipo de embalagem, divulgação.
Normas e procedimentos internacionais, embalagens, matéria-prima exigida e/ou proibida, validade, processo
Processos de qualidade
de troca.
Processos produtivos Etapas operacionais com foco em construção de manuais dentro das rotinas.
Processos logísticos Classificação dos materiais no estoque por país, transportes disponíveis por país.
Pós-Venda (atendimento ao
Idioma, dúvidas, procedimento de troca.
cliente)
Observe que o quadro trouxe muitas ações que precisam ser pensadas de acordo com
cada processo da organização. Dessa maneira, todas as ações devem ser transformadas
para desenvolvimento de um programa por determinado período de tempo, onde
possa tornar-se reconhecida nos mercados que foram definidos. Sendo assim, ao gerir
pessoas, as estratégias devem ser definidas de forma que permitam o alinhamento entre
os colaboradores e as organizações.
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COMPORTAMENTO ATIVO SOBRE TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO │ UNIDADE I
» ARH:
› era industrial;
› ênfase operacional;
› tipo de trabalho;
› trabalho isolado.
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UNIDADE I │ COMPORTAMENTO ATIVO SOBRE TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO
» Gestão de pessoas
› era da informação;
› ênfase tática;
› trabalho mental;
› criatividade;
› colaboração.
› era do conhecimento;
› ênfase estratégica;
› trabalho intelectual;
› inovação;
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COMPORTAMENTO ATIVO SOBRE TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO │ UNIDADE I
Para Gil (2014), a verdadeira gestão de pessoas consiste em unir os desafios do mercado
ao da organização e das pessoas, ou seja, propiciar o alinhamento estratégico que associe
os objetivos da empresa e também dos indivíduos que nela trabalham. Portanto, esses
programas são considerados de alta performance para o desenvolvimento de equipes e
pessoas em sua síntese.
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UNIDADE I │ COMPORTAMENTO ATIVO SOBRE TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO
O termo treinamento e desenvolvimento faz parte do meio dos negócios, mas será que
eles têm o mesmo significado? Ou são conceitos diferentes? Vimos que a empresa precisa
pensar no presente e no futuro, então, como o programa treinamento e desenvolvimento
pode auxiliar?
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CAPÍTULO 2
Estruturas Organizacionais
Por outro lado, é uma relação perigosa por vários aspectos, entre os quais:
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UNIDADE I │ COMPORTAMENTO ATIVO SOBRE TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO
É preciso um equilíbrio. Muitas vezes a empresa, por vários fatores, não consegue
formalizar um plano de carreira, o que pode gerar desmotivação, falta de interesse,
falta de comprometimento. Quando a estratégia é conhecida pela organização nos seus
diversos níveis, operacionais, táticos, estratégicos e diretivos, isso permite que as pessoas
visualizem o presente e o futuro. Outro aspecto importante é a proximidade da gestão
desses profissionais para reconhecer e conhecer suas potencialidades e interesses.
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COMPORTAMENTO ATIVO SOBRE TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO │ UNIDADE I
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UNIDADE I │ COMPORTAMENTO ATIVO SOBRE TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO
Na sequência serão apresentados casos práticos. Por meio de análise dos casos, serão
apresentadas estratégias de treinamento e desenvolvimento adotadas por empresas,
visando à manutenção da vantagem competitiva.
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COMPORTAMENTO ATIVO SOBRE TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO │ UNIDADE I
Case
Vamos apresentar como case e exemplo uma instituição empresarial do ramo de
alimentos processados (anônima), criada em 2000, que passou por mudanças
significativas, mas teve como base o atendimento aos clientes.
Atualmente trabalha com sistema de franquias, conta com vinte lojas e uma equipe de
400 funcionários (LIMA; NIELSEN; CARVALHO, 2014).
Há ferramentas sendo aplicadas que geram informações relevantes que podem ser
utilizadas pela gestão para elaboração do plano de T&D (tecnologia e desenvolvimento)
e também para a gestão de pessoas, como é o caso da pesquisa de clima aplicada. O
programa de T&D está focado em reduzir erros e defeitos, o que pode levar a empresa
a uma sucessão de decisões que provoquem a perda da vantagem competitiva
(O´DONNELL, 2013).
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UNIDADE I │ COMPORTAMENTO ATIVO SOBRE TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO
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CAPÍTULO 3
Comportamento: visão do presente e
do futuro
Antes de começar este estudo, reflita: como você se comporta e atua na faculdade, no
trabalho, na prática esportiva, na relação com os amigos? Considera-se competente
diante dos diversos papéis que representa em sociedade?
De acordo com Nascimento (2014, p. 28), ser competente “é estar habilitado aos
objetivos que persegue – ou, simplesmente, alcançar os resultados pretendidos”.
Portanto, a competência é a demonstração de que temos capacidade para realizar algo
ou alguma coisa e consiste no CHA (como é conhecido no ambiente de negócios), que
combina Conhecimento (saber), Habilidades (saber fazer) e Atitudes (saber ser) frente
ao contexto no qual o indivíduo está inserido.
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UNIDADE I │ COMPORTAMENTO ATIVO SOBRE TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO
Conhecimen COMPETÊN
Habilidade Atitude
to CIA
Quando se trata das relações de trabalho, não apenas o indivíduo é responsável pela
competência, mas também a empresa deve reconhecê-la, acompanhá-la, avaliá-la,
possibilitando seu desenvolvimento.
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COMPORTAMENTO ATIVO SOBRE TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO │ UNIDADE I
Então, qual o papel do indivíduo e da organização para não apenas atender, mas
também superar as expectativas geradas nos ambientes e nas relações promovidas pela
dinâmica organizacional?
Cada indivíduo é responsável indireto pela sua formação e carreira, porém é importante
destacar que as empresas contribuem para que este desenvolvimento tenha uma
aceleração sobre o ele. Assim, ao pensar em sua vantagem competitiva, é preciso
desenvolver estratégias que lhe permitam garantir sua sustentabilidade no mercado
de trabalho. As necessidades do mercado exigiram agilidade no preparo dos recursos
humanos no que se refere ao conhecimento, o que trouxe novas demandas ao setor de
ensino, como formações técnicas e tecnológicas (ANTONELLO, 2005).
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UNIDADE I │ COMPORTAMENTO ATIVO SOBRE TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO
Quando esses interesses não convergem – por vários fatores, que podem ser internos ou
externos à organização – este profissional pode se colocar aberto ao mercado ou, ainda,
ser disponibilizado pela empresa. Independentemente da decisão a ser tomada pela
empresa ou pelo colaborador, há uma lacuna que precisa ser atendida pela organização
para gerar resultados similares ou melhores (ANTONELLO, 2005).
Estratégia organizacional
As formas diretas de apresentar o conhecimento são específicas de cada profissional que
deve ser considerado um recurso único e valioso, contanto que não se torne obsoleto e
desnecessário, o que impacta diretamente nos resultados da empresa.
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COMPORTAMENTO ATIVO SOBRE TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO │ UNIDADE I
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UNIDADE I │ COMPORTAMENTO ATIVO SOBRE TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO
Sendo assim, podemos considerar que este seja um dos motivos pelos quais as sensações
de futilidade, falta de valor individual e alienação passaram a caracterizar o contexto
histórico atual (SILVA, 2011).
Com base nessa perspectiva, surgem as seguintes questões: você considera que as
pessoas, atualmente, têm buscado o desenvolvimento humano?
Podemos destacar que esta é uma pergunta subjetiva, pois cada indivíduo possui um
comportamento específico que irá refletir dentro de suas ramificações profissionais.
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COMPORTAMENTO ATIVO SOBRE TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO │ UNIDADE I
Assim, podemos identificar que, ao longo dos anos, vários estudiosos tentaram
compreender o porquê de tanta diversidade e, a partir de seus estudos, fizeram algumas
constatações. Em um primeiro momento, os pesquisadores acreditavam que existia
uma base física que justificava as diferenças, tornando-as inalteráveis e inevitáveis.
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UNIDADE I │ COMPORTAMENTO ATIVO SOBRE TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO
Pensemos sobre os seguintes fatos: um dos jogadores de golfe mais famosos que já
existiu, Ben Hogan, era desajeitado e desordenado na infância; Darwin e Tolstói
eram alunos medianos na escola; a fotógrafa Cindy Sherman, conhecida como uma
das maiores artistas do século XX, não conseguiu ser aprovada no primeiro curso de
fotografia pois foi considerada sem habilidades e desenvolvimento, fato este que foi
totalmente modificado e comprovado com o passar do tempo.
Além disso, os bebês não se preocupam em errar e serem humilhados pelas outras
pessoas, ou seja, eles andam, caem, levantam-se e continuam a se esforçar até
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COMPORTAMENTO ATIVO SOBRE TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO │ UNIDADE I
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DESENVOLVIMENTO
INDIVIDUAL E UNIDADE II
ORGANIZACIONAL
Para o gestor de sucesso, é a predisposição em assumir riscos que, às vezes, são
previsíveis e, outras vezes, incalculáveis. O negociador de sucesso deve sair do caminho
comum e ser audacioso sem ser imprudente e irresponsável. Deve ter consciência de
que, muitas vezes, é necessário seguir um caminho desconhecido e perigoso e que, sem
essa coragem, é muito difícil destacar-se dos demais. Claro que tudo depende de onde
a pessoa quer chegar e qual a motivação que tem para isso. Há os que preferem seguir
sem surpresas e sem ambição. Outros preferem ser surpreendidos em vez de viver em
uma previsibilidade que pode ser enfadonha.
Geralmente, as habilidades em treinamento são consideradas no processo de seleção
de pessoas, uma vez que habilidades técnicas são essenciais para que o profissionais
estejam aptos para suas tarefas. Assim, anteriormente em suas contratações, as
empresas priorizavam pessoas os hard skills, ou seja, aquelas pessoas que possuíam o
conhecimento técnico referente à função que exerceriam; no entanto as organizações
contemporâneas têm percebido a necessidade de considerarem, também, as soft skills,
para alcançarem funcionários integrais, capazes de exercer suas funções com excelência
(ZANELLI; SILVA, 2008).
Um dos marcos da evolução do homem foi o desenvolvimento de habilidades para
acumular conhecimento e, posteriormente, aplicá-los e compartilhá-los com os
demais seres humanos, dando origem ao que denominamos cultura. A partir dessas
potencialidades, os seres humanos evoluíram significativamente para o melhor
desempenho de suas atividades.
Faz parte da natureza humana transformar o conhecimento a partir de novas
descobertas, que possibilitam melhor compreensão acerca dos fenômenos que nos
cercam. Por exemplo: nos primórdios do estudo entendia-se que a Terra era plana.
Somente depois, descobriu-se que ela é redonda.
Por meio de um livro o autor comunica suas ideias, opiniões e argumentos. A sua
leitura permite conversar com o autor. Para o leitor, os livros são uma das principais
ferramentas de aquisição e consolidação de conhecimentos.
As organizações precisam de profissionais que contemplem tanto hard skills quanto
soft skills (ZANELLI, SILVA, 2008). Desse modo, é possível desenvolver ambos os tipos
de habilidades. Além das naturezas diversificadas dos dois tipos, como mencionado
anteriormente, uma das características mais marcantes que os diferenciam é a
capacidade de comprovar as habilidades.
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CAPÍTULO 1
Níveis de Aprendizagem
Muitos livros motivacionais, de autoajuda, que abordam assuntos como os dez segredos
das pessoas mais bem-sucedidas do mundo, costumam lotar as prateleiras das livrarias
e podem apresentar muitas dicas interessantes e úteis. Porém, na maioria das vezes, são
apenas listas de conselhos que não têm relação entre si, como: “acredite em você!” ou
“assuma mais riscos!”. Ao lermos esse tipo de material, passamos a admirar as pessoas
que conseguem realizar tais feitos; mas nunca é deixado explícito de que forma se pode
alcançar tais conquistas.
Também é possível constatar as diferenças nas ondas cerebrais das diferentes formas
de treinamento. Estudos foram realizados com pessoas de alto controle de atividades
distintas, no laboratório da Universidade Columbia. Essas pessoas foram submetidas
a algumas perguntas difíceis e, na sequência, recebiam o feedback, enquanto os
pesquisadores observavam as ondas cerebrais que indicavam se os indivíduos estavam
atentos e interessados.
Desse modo, os leitores sentem-se inspirados e motivados por alguns dias, no entanto,
após certo tempo, voltam ao estado inicial.
Uma das ideias equivocadas é pensar que as pessoas são passíveis de comprovação, elas
têm peso maior nas organizações (THOMPSON; STRICKLAND, 2008). Na verdade,
ambos os tipos de habilidades são essenciais para o bom desempenho do profissional.
Imagine uma situação em que a empresa contrata um funcionário que tem um currículo
repleto de formações que o habilitam, plenamente, para sua função; no entanto, com
o passar do tempo, a empresa percebe que o profissional não se relaciona bem com
os funcionários, é inflexível e rude, além de causar um clima organizacional de total
hostilidade. Certamente, esse profissional não será bem-visto pelos diretores.
As competências brandas não costumam se opor às duras. Quanto mais pessoas
se elevam na carreira, mais relevantes se tornam as competências brandas, para se
alcançar o desempenho almejado, desde o início da carreira profissional.
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UNIDADE II │ DESENVOLVIMENTO INDIVIDUAL E ORGANIZACIONAL
Disciplina Característica
Domínio pessoal Autoconhecimento, crescimento e aprendizado pessoal, capacidade do indivíduo de criar e gerar resultado.
Modelos mentais São conceitos e ideias que estão enraizados e influenciam na forma de pensar e agir dos indivíduos.
Visão compartilhada Quando todo o grupo percebe a importância do que está sendo feito pela empresa, quando os indivíduos passam a ver as
coisas pela mesma perspectiva, que é transmitida pela liderança.
Aprendizagem em equipe Quando os esforços individuais são coordenados para uma mesma direção, assim a equipe amplia sua capacidade de
ideias e ações.
Pensamento sistêmico Consiste na integração entre a teoria e a prática, entre os indivíduos, suas equipes, seus processos, seus recursos, todas
as ações são vistas de forma integrada.
Assim, o aprendizado deve ser individual para que o grupo em que está inserido possa
contribuir com suas experiências e controles de suas ações. Na visão de Dutra (2011),
este controle deve ser gradual, conforme apresenta o quadro a seguir.
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DESENVOLVIMENTO INDIVIDUAL E ORGANIZACIONAL │ UNIDADE II
Conforme o que foi apresentado e delimitado aqui dentro deste estudo, uma
das possibilidades é incluir o comportamento humano dentro do capital
social e até mesmo dentro das atividades de desempenho para o controle das
especificidades de cada indivíduo como fonte de negociação e controle das
atividades laborais.
Desse modo, as competências positivas das pessoas dentro das organizações são
passíveis de estimulação e desenvolvimento, ou seja, à medida que ocorrem novas
estimulações e novos olhares acerca de determinados fenômenos, o cérebro humano
se transforma e se desenvolve. Nesse sentido, a Psicologia Positiva tem se tornado uma
das abordagens mais importantes da Psicologia nos últimos anos, contribuindo para as
transformações humanas.
Robbins e Judge (2014, p. 350) definem cultura organizacional como ‘um sistema de
significados compartilhado e mantido pelos membros e que distingue a organização de
outras organizações”. Os autores citados descrevem sete características que permitem
identificar a essência da cultura organizacional, apresentadas no quadro a seguir.
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UNIDADE II │ DESENVOLVIMENTO INDIVIDUAL E ORGANIZACIONAL
Como exemplo podemos citar que o juiz não sabe quais são os interesses ocultos,
mas os imagina devido à experiência que tem. Se houve traição, uma das partes pode
estar tomada pelo ódio e não consegue ter o discernimento necessário para raciocinar.
Se uma das partes entender que a outra está agindo com falta de lisura, pode haver
uma discussão que não está relacionada com a separação, e sim com o sentimento de
vingança.
Programas de treinamento
A área organizacional, progressivamente, tem demonstrado interesse em temas
da Psicologia Positiva, como felicidade nos locais de trabalho, capital psicológico
positivo, segurança psicológica, realização de trabalho com significado, virtuosidade
organizacional, dentre outros.
Nesse sentido, destacamos que a empresa precisa do profissional que passou por
uma formação especializada e daquele que tem facilidade em aprender e transmitir o
conhecimento a outras pessoas.
1 Pequenos mamíferos que, de uma maneira geral, possuem uma grande taxa de metabolismo e por isso precisam comer o
tempo todo.
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UNIDADE II │ DESENVOLVIMENTO INDIVIDUAL E ORGANIZACIONAL
À medida que a sociedade, gradativamente, caminha para um cenário cada vez mais
virtualizado e desprovido de afeto, as pessoas almejam, cada vez mais, um vínculo
pessoal e, por isso, têm buscado maneiras de se desenvolverem. Nesse sentido, os
estudos sobre os mindsets2 podem auxiliar essas pessoas a alcançarem um maior
desenvolvimento humano (CASTRO et al., 2008).
Slack e Lewis (2008, p. 204) afirmam que “as empresas que são capazes de transformar
suas organizações em fontes de vantagem competitiva são aquelas que podem aproveitar
vários programas de melhoria”.
2 Mentalidade, se refere a uma predisposição psicológica que uma pessoa ou grupo social tem para determinados pensamentos
e padrões de comportamento, referindo-se ainda à maneira como nações inteiras se conduzem ideologicamente.
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DESENVOLVIMENTO INDIVIDUAL E ORGANIZACIONAL │ UNIDADE II
Tipo de
Contribuições
melhoria
Melhoria de Mudanças que ocorrem nas tarefas e atividades da empresa. Podem ser caracterizadas por pequenas melhorias, como é o caso
processo da alteração de um procedimento, ou por grandes melhorias. Exemplo: a instalação de um equipamento para ampliar a capacidade
produtiva. Exige desenvolver a capacidade de operação dos profissionais e de adaptação ao novo processo.
Melhoria de Mudança principal e drástica na forma da execução de uma operação. Exemplo: apontamento de produção feito de forma manual.
inovação São instalados softwares de gestão e os apontamentos passam a ser integrados com outras áreas da organização. Exige o
treinamento da equipe tanto no software, quanto na mudança de comportamento para alimentar o sistema.
Melhoria contínua Abordagem que sugere melhorar o desempenho, ampliando a quantidade e a qualidade, de forma a trazer vantagens que permitam
à empresa identificar ações visando atender às necessidades dos clientes internos e externos. É preciso criar esta prática na
organização para que os profissionais consigam enxergar oportunidades atuais e potenciais.
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UNIDADE II │ DESENVOLVIMENTO INDIVIDUAL E ORGANIZACIONAL
Devido aos inúmeros escândalos de corrupção ao redor do mundo, bem como seus
impactos sociais e econômicos, presenciamos, cada vez mais, abundantes reflexões
globais sobre os temas integridade e transparência nas condutas das pessoas. Assim, o
termo compliance tem sido mencionado, frequentemente, nos meios de comunicação e
dentro das organizações.
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DESENVOLVIMENTO INDIVIDUAL E ORGANIZACIONAL │ UNIDADE II
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CAPÍTULO 2
Impactos do Treinamento
O processo de negociação
As pessoas comparam-se às demais para evidenciar se são tratadas de maneira justa.
O que torna mais complicada essa situação é o papel do sujeito ou a situação específica
em que há a comparação. Assim, o que é escolhido como referência exerce um papel
essencial na teoria da equidade.
Estudos apontaram que pessoas que sentem iniquidade positiva, ou seja, consideram
que são bem pagas, aumentam a qualidade e a quantidade do trabalho. Por outro lado,
as pessoas que sentem iniquidade negativa, acreditando que são mal pagas, reduzem
o esforço no trabalho para compensarem a ausência de recompensa, o que mostra que
estarão menos motivadas para o trabalho futuramente (PONTES, 2000).
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DESENVOLVIMENTO INDIVIDUAL E ORGANIZACIONAL │ UNIDADE II
ter sido doador no passado o faz acreditar que, no futuro, a empresa retribuirá seus atos
sociais de ajuda, se ele passar por situações problemáticas em sua vida.
Técnicas ou comportamentos
Os programas de treinamento e desenvolvimento têm por finalidade o alcance
dos objetivos estratégicos da organização, ou seja, uma oportunidade para que os
colaboradores obtenham conhecimentos, aprimorem habilidades e cultivem atitudes
que atendam às necessidades presentes e futuras (GELBERT, 2008). O caminho deve
ser construído pensando nas necessidades atuais e nas estratégias que sustentem o
negócio em longo prazo.
Podemos citar algumas formas que elaboram o comportamento dentro das empresas:
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UNIDADE II │ DESENVOLVIMENTO INDIVIDUAL E ORGANIZACIONAL
Quadro 8. Delimitações
Vantagens Limitações
Ganho em competitividade e em qualidade. Mobilização de recursos.
Identifica os pontos fortes e fracos das pessoas e da organização como um Dificuldades de gerir modismos.
todo.
Capacita as pessoas da organização. Resistência originada por quem “sabe tudo, sabe muito”.
Aumenta a lucratividade da empresa. Dificuldades para que as pessoas visualizem seu próprio crescimento.
Racionaliza procedimentos e desenvolve pessoas. Incerteza quanto à continuidade do programa.
Aumenta a produtividade. Dificuldade no remanejamento de pessoas.
Propicia um clima organizacional saudável. Pessoas que adquirem competências essenciais além das exigidas.
Reduz desperdícios e retrabalho. Dificuldade de outplacement (recolocação no trabalho).
Há, também, as barreiras causadas pelas conotações. Sabemos que as palavras possuem
implicações variadas, de acordo com seu idioma. Por exemplo, negociações realizadas
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DESENVOLVIMENTO INDIVIDUAL E ORGANIZACIONAL │ UNIDADE II
Análise organizacional
Resultados da pesquisa de clima, para melhorar e entender o contexto organizacional.
Relatórios gerenciais e estratégicos.
Observações feitas por clientes externos.
Relatórios do serviço de atendimento ao cliente (SAC).
Relatório periódico.
Determinação da missão, visão, valores e objetivos estratégicos.
Análise da área de Recursos Humanos
Número de colaboradores.
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UNIDADE II │ DESENVOLVIMENTO INDIVIDUAL E ORGANIZACIONAL
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CAPÍTULO 3
Planejamento Organizacional
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UNIDADE II │ DESENVOLVIMENTO INDIVIDUAL E ORGANIZACIONAL
Os fatores determinantes de sucesso ou fracasso são inúmeros. Vale lembrar que, por
trás de cada fator exposto, estão pessoas que devem ser preparadas e alinhadas aos
objetivos estratégicos para que o planejamento atenda a realidade organizacional.
Tomada de decisão
Para refletir sobre um programa completo que atenda um grupo abrangente de
necessidades, pense num programa de desenvolvimento de lideranças. Módulos
sugeridos: Gestão de pessoas; Avaliação de Desempenho e Comunicação. Ao definir o
planejamento do seu programa, faça os seguintes questionamentos conforme sugerem,
Marras e Tose (2012, p. 156).
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DESENVOLVIMENTO INDIVIDUAL E ORGANIZACIONAL │ UNIDADE II
Com a intensificação do êxodo rural, uma vez que as pessoas iam cada vez mais para as
cidades por conta da oferta de trabalho nas indústrias, houve o aumento da população
urbana e utilização da energia elétrica aplicada na iluminação das residências, das ruas
e das próprias fábricas (RABAGLIO, 2010).
Assim, a partir dessa revolução surgem novos hábitos, que vão designar uma nova
forma de organização da sociedade, com a criação de uma classe absolutamente
dedicada a produzir lucros e uma nova ideologia, que tem como principal característica
o individualismo (KIM, 1993). O homem que trabalhava e interagia com outros homens,
com os objetos, e com a natureza, passa pelo processo de hierarquia, no qual poucos
dão as ordens e muitos obedecem, em um processo de produzir para o empreendedor,
deixando de trabalhar junto com sua família.
O tempo não está mais sob o seu controle e passa a determinar sua vida. O ritmo de
trabalho intensifica-se para acelerar o processo de produção Agora os operários passam
a trabalhar de forma frenética, tudo pela busca incessante do lucro dos patrões e
para conseguir melhores condições de vida. As jornadas de trabalho ficam maiores,
passam de 12 horas, chegando até a 18 horas diárias. Com um salário muito pequeno,
a oportunidade de obter melhores rendimentos é por meio de jornadas maiores para o
aumento da produtividade.
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UNIDADE II │ DESENVOLVIMENTO INDIVIDUAL E ORGANIZACIONAL
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DESENVOLVIMENTO INDIVIDUAL E ORGANIZACIONAL │ UNIDADE II
Aspectos Características
Autonomia A autonomia se destaca em diferentes situações. Definição por parte do aluno do melhor horário e local; o estudo é realizado
de acordo com seu ritmo e estilo de aprendizagem. Público-alvo: predominantemente adulto. Autoaprendizagem: baseia-se em
materiais que facilitam a mediação do conhecimento e a autoaprendizagem.
Comunicação A comunicação é o diferencial da educação à distância, é mediada e pode ocorrer de forma síncrona ou assíncrona. A
comunicação é essencial para contato entre o professor e o aluno. Dispersão geográfica: as turmas de ensino à distância
costumam ter alunos ou profissionais em diversos locais. Flexibilização: há flexibilidade de acesso, local de estudo, horário. Larga
escala: é possível disponibilizar para um grande número de pessoas.
Processo tecnológico Os aspectos tecnológicos são extremamente importantes em virtude das características da educação on-line. Mediatização: a
tecnologia usada para facilitar a comunicação multidirecional e conteúdos que são usados como mecanismos de contato. Custos
decrescentes: como permite atender vários públicos, em larga escala e diferentes localidades, isso reduz os custos.
Tomada de decisão
Outro momento que também faz parte do processo de treinamento é a tomada de
decisão. É necessário entender que está na hora de fechar o negócio e, de preferência,
espera-se que ele seja bom para ambas as partes. É importante lembrar que, se o negócio
for bom para todos, há uma grande chance de a negociação acontecer novamente por
muito tempo e diversas vezes. Por isso, fatores como experiência e perspicácia são
extremamente importantes para perceber o momento adequado para iniciar e finalizar
a negociação.
Há inúmeros casos em que as decisões são postergadas por um tempo muito longo,
causando, assim, a desistência por uma das partes. Em outros casos, há muita indecisão
de um ou mais envolvidos, e a negociação se arrasta até uma das partes desistir.
Cada vez mais se torna primordial controlar a continuidade dos negócios para que,
no final da negociação dentro da tomada de decisão, fique uma boa impressão.
Se for diferente, pode ser que seja a primeira e última vez que as partes estejam
dispostas a negociar. Há situações em que o negócio está praticamente fechado,
mas como ninguém tomou a iniciativa de fazer isso, aparece uma variável que
não foi lembrada, e então a negociação começa novamente. Há vários relatos de
negociações que já estavam praticamente encerradas e, no último minuto, tudo
foi desconstruído, para fazer o controle das atividades.
53
UNIDADE II │ DESENVOLVIMENTO INDIVIDUAL E ORGANIZACIONAL
Outra definição das tarefas do departamento de marketing é ser o elo entre o mercado
consumidor e a organização, compreendendo, por meio da interação com o produto e o
consumidor, o mercado como um todo.
Fonte: https://pixabay.com/pt/photos/dados-computador-empres%C3%A1rios-2899902/.
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DESENVOLVIMENTO INDIVIDUAL E ORGANIZACIONAL │ UNIDADE II
O público-alvo de seu produto precisa ser analisado, identificado e trabalhado para que
seja fidelizado. Primeiramente, é necessária a correta compreensão deste alvo para uma
posterior avaliação da possibilidade de expansão com o objetivo de atingir outro perfil
consumidor.
As diferenças de idade, gênero, classe social e nível cultural são determinantes para a
identificação do alvo das organizações. Tudo isso somado à localização (praça), em que
os produtos serão ofertados e consumidos, faz com que esse trabalho seja complexo,
mas de vital importância para o sucesso.
Atualmente, o acesso a informações é amplo, fazendo com que o mercado não busque
apenas determinado produto ou serviço, mas uma solução para suas necessidades.
55
GESTÃO DO UNIDADE III
CONHECIMENTO
CAPÍTULO 1
Gestão do Conhecimento: sucesso
organizacional
Esse nível está relacionado a uma série de processos de negócios e de rotinas, que
gerenciam a interação entre os recursos organizacionais. Esses recursos são as bases
das competências e os inputs dos resultados empresariais.
56
GESTÃO DO CONHECIMENTO │ UNIDADE III
Fonte: https://pixabay.com/pt/photos/executivo-neg%C3%B3cios-finan%C3%A7as-3461933/.
Cada dia mais, a gestão de serviços vem se fazendo importante e necessária para as
organizações. Afinal, não basta oferecer algo que atenda às necessidades e aos desejos
dos consumidores, é preciso gerir todo o processo, desde a sua criação até a sua execução.
Além disso, é preciso pensar na forma de venda e entrega dos serviços aos consumidores,
o que pode ser feito pela própria empresa ou de modo terceirizado. Diante desse
cenário, questiona-se: como a imagem da organização no mercado e a entrega de valor
ao consumidor podem ser influenciadas pela gestão de processos, de estratégia e de
estrutura organizacional e pelas pessoas?
57
UNIDADE III │ GESTÃO DO CONHECIMENTO
Aspectos (fontes de
Conhecimento gerado
conhecimento)
Tecnologia Patentes, processos, produtos e serviços.
Informação Conhecimento de clientes, fornecedores, concorrência, oportunidades e pesquisas.
Habilidades e competências Desenvolvidas pelos colaboradores, ou seja, quando o colaborador consegue aplicar os conhecimentos, habilidade e
competências adquiridos. Exemplo: treinamento para operar uma máquina ou equipamento.
Inovação Solução de problemas em equipe, comunicação, gestão de conflitos, desenvolvimento de inteligência competitiva.
Stakeholders (partes Envolvidos de maneira sistêmica no negócio da organização. Quando a empresa como um todo está integrada e
interessadas) alinhada para o alcance dos objetivos estratégicos, todos conhecem as diversas ações que estão sendo praticadas
pela empresa.
58
GESTÃO DO CONHECIMENTO │ UNIDADE III
59
CAPÍTULO 2
Disseminação do Conhecimento
através da Motivação
Cabe também salientar que não são as organizações que aprendem, mas as pessoas
que as compõem. Ou seja, é por intermédio dos indivíduos que os conhecimentos são
construídos, desenvolvidos, e mantidos, ou transferidos. Uma pessoa que sai, leva
consigo uma série de competências e capacidades, que se não forem transferidas para
outra pessoa, deixarão a organização desprovida.
60
GESTÃO DO CONHECIMENTO │ UNIDADE III
Definir gestão do conhecimento é uma tarefa árdua e complexa. Para tanto, comecemos
definindo aquilo que não se trata de gestão do conhecimento, embora comumente seja
confundido.
Ela não é:
Oprime e Lizarelli (2010), baseados nos estudos de Bessant et al. (2001), descrevem
os níveis de maturidade da melhoria contínua apresentados no quadro a seguir.
Para complementar as informações, inserimos no quadro a estratégia de gestão do
conhecimento que permite concretizar o nível da melhoria.
61
UNIDADE III │ GESTÃO DO CONHECIMENTO
» avaliações de desempenho;
» relatórios de auditoria;
» pesquisa documental.
62
GESTÃO DO CONHECIMENTO │ UNIDADE III
63
CAPÍTULO 3
Sustentabilidade do Programa
Martins et al. (2012, p. 75) descrevem que “quando falamos de indicadores, devemos
saber que eles são utilizados para mensurar o sucesso e o fracasso de algo que
planejamos e implementamos”. Dentre os indicadores que podem servir de base para
mensurar o retorno sobre os programas de treinamento e desenvolvimento os autores
ainda definem:
» melhorias sugeridas/funcionários;
» retenção de pessoas-chave;
» absenteísmo médio.
64
GESTÃO DO CONHECIMENTO │ UNIDADE III
Cabe ressaltar que ainda existem indicadores específicos voltados aos programas de
treinamento e desenvolvimento que devem complementar o grupo de indicadores
dispostos pela organização.
Por sua vez, um produto sem especificidades quanto ao perfil consumidor possui
atributos que podem ser destacados e explorados de acordo com as circunstâncias.
Como exemplo podemos utilizar um veículo de passeio: podemos destacar a potência,
autonomia e algumas outras características técnicas, quando quisermos focar no perfil
masculino.
Fonte: https://pixabay.com/pt/photos/mercedes-benz-tipo-220s-limusine-2584369/.
65
UNIDADE III │ GESTÃO DO CONHECIMENTO
precisa ser transmitida de forma detalhada ao departamento de produção para que seu
processo de fabricação seja reavaliado, por exemplo.
Ainda no exemplo acima, talvez uma nova abordagem seja necessária, ou talvez o
problema se resolva com treinamento e capacitação do departamento comercial. Para
isso, será necessário acionar o departamento de Recursos Humanos para prover a
capacitação, ou para contratar novos profissionais para a área.
Por fim, o importante é que as oscilações no mercado sejam rapidamente levadas aos
demais departamentos para uma tomada de decisão ágil.
Dessa forma, a visão da empresa, no que tange a transformação, torna-se mais completa
e abrangente. É na produção que encontraremos os maiores esforços para obter um
bem ou serviço mais competitivo no mercado, bem como as melhorias no processo de
fabricação, nos materiais e insumos aplicados, na produtividade e na qualidade são
ações que proporcionarão melhores custos.
Indicadores
Os balizadores relacionados aos indicadores permitem que as empresas possam
determinar o caminho a ser alcançado através de parâmetros que permitam definir
ações, mobilizar recursos, comprometer pessoas, realizar vendas, faturamento. Os
indicadores permitem uma análise minuciosa das informações e das pessoas no ambiente
organizacional para a tomada de decisão, em relação aos vários departamentos ligados
a essas áreas.
66
GESTÃO DO CONHECIMENTO │ UNIDADE III
67
UNIDADE III │ GESTÃO DO CONHECIMENTO
Custódio (2015, p. 39) complementa que os indicadores devem ser também classificados
por:
Costa Júnior (2012, p. 21-23) descreve os tipos de indicadores abaixo. Nos programas
de treinamento e desenvolvimento esses indicadores podem representar a falta ou
qualidade de um programa de treinamento e desenvolvimento:
68
GESTÃO DO CONHECIMENTO │ UNIDADE III
Como o gestor se utiliza de indicadores gerados por outros setores para avaliar sua
equipe ao cruzar as informações com seus subordinados, identificou-se que parte dos
problemas estavam relacionados à sua equipe e outra parte, não.
69
UNIDADE III │ GESTÃO DO CONHECIMENTO
para que os próximos projetos possam auxiliar a identificação do que contribuiu para
que as etapas do projeto ficassem de acordo.
O gestor acompanha o dia a dia do colaborador, o que permite uma visão ampla sobre
a participação efetiva, ou não, deste profissional no ambiente de trabalho, conforme
ilustra a figura abaixo.
Fonte: https://pixabay.com/pt/photos/escola-de-idiomas-equipe-estagi%C3%A1rios-834140/.
O sucesso da gestão está vinculado a sua equipe e aos seus resultados, portanto treinar
e, desenvolver torna-se peça fundamental no processo interativo entre a gestão e sua
equipe. A identificação das necessidades passa por um processo de conhecimento
profundo dos potenciais e limitações dos profissionais.
70
GESTÃO DO CONHECIMENTO │ UNIDADE III
Mas, na realidade, esse é um processo muito complexo que envolve uma infinidade de
pessoas e ferramentas. Por isso, é importante estudar os processos de comunicação,
como ocorrem e quem são os atores participantes. Da mesma forma, é fundamental
entender a segmentação diferentes públicos, de acordo com os interesses mútuos entre
eles e as organizações, além dos objetivos do planejamento de comunicação.
Assim, diante desse cenário, surge a seguinte questão: no cotidiano, em quais situações
podemos identificar os processos comunicacionais?
71
UNIDADE III │ GESTÃO DO CONHECIMENTO
Essa comunicação mercadológica pode utilizar tanto os meios on-line como os off-line.
Além disso, como as marcas estão relacionadas a empresas, a comunicação institucional
também deve ser trabalhada para criar um maior espectro de possibilidades para
o consumidor, pois as extensões de linha e marca podem pegar carona em uma
comunicação organizacional bem planejada e executada.
A fonte pode ser pré-julgada pelo emissor, que pode considerar a pessoa como
interessante ou antipática apenas observando seus gestos e maneira de se vestir. Isto
pode constituir uma barreira de comunicação posteriormente.
72
GESTÃO DO CONHECIMENTO │ UNIDADE III
A intenção da comunicação será criada pelo emissor de acordo com os objetivos traçados
para como a comunicação será idealmente recebida pelo receptor. Para tanto, podemos
ter como objetivos persuadir, informar, amedrontar, educar etc.
Fatores do T&D
O sucesso dos programas de treinamento e desenvolvimento dependem de diversos
fatores-chave de sucesso, como orientação para as tarefas. Joia e Costa (2007, p. 612-617)
os apresentam como dimensões voltadas ao processo construtivo e do comportamento
descritas no quadro a seguir.
Dimensão Característica
Orientação dos objetivos A orientação dos objetivos pode variar de acordo com o que se quer atingir, pode ser objetivo (atendimento médico de
emergência) ou genérico (aprender a apreciar a arte moderna).
Orientação das tarefas Apresentar o contexto do aprendizado para adultos é de extrema importância. Nesse sentido, as tarefas devem ser tanto
voltadas aos conceitos técnico-científicos, quanto através de percepção e autenticidade do aluno. Ou seja, devem ser
assimiladas no contexto prático.
Fontes de motivação A motivação é um fator essencial no processo de aprendizagem e pode variar entre completamente extrínseca (vindo de
fora do ambiente de aprendizado) até totalmente intrínseca (integralizada ao ambiente de aprendizado).
Papel do professor/instrutor Deve apresentar estratégias variadas, didáticas e facilitativas, ou seja, tanto deve apenas expor quanto atuar como um
facilitador do processo de ensino e aprendizagem.
Aprendizado colaborativo Esta dimensão refere-se à estratégia de trabalho entre os pares, pequenos grupos e até grandes grupos.
Sensibilidade cultural O processo de aprendizagem sofre influência dos aspectos culturais que devem ser internalizados pelos participantes.
Flexibilidade estrutural Deve adequar-se às necessidades existentes.
73
UNIDADE III │ GESTÃO DO CONHECIMENTO
O que se observa no quadro anterior é que a motivação é essencial para o sucesso dos
programas de treinamento e desenvolvimento e estão relacionados à continuidade e
ao comprometimento. Portanto, quanto maior o nível de motivação, melhores serão
os efeitos de um programa tanto no processo de aprendizagem individual quanto no
processo de transferência que afeta os resultados do grupo.
O mesmo vale para o departamento de produção, uma vez que quase todo o gasto
envolvido na transformação está concentrado nesse departamento. Para iniciar esse
entendimento, é importante conhecer alguns conceitos. Primeiramente, saber as
definições para gasto, despesa, investimento e custo:
74
GESTÃO DO CONHECIMENTO │ UNIDADE III
» Custo indireto – gastos com itens que não estão diretamente atrelados
ao processo de produção, mas também são necessários para a ocorrência
da transformação. Como exemplo, existe o aluguel ou impostos das
instalações prediais, salários do pessoal de gestão da fábrica, manutenção
e depreciação de equipamentos etc. Para esses custos, são utilizadas
fórmulas de rateios para serem devidamente apurados no processo de
produção.
75
UNIDADE III │ GESTÃO DO CONHECIMENTO
Para que uma boa gestão de custos aconteça, é necessário o conhecimento detalhado dos
produtos e dos processos da organização. Para a área financeira, essas informações são
mais palatáveis, mas, uma vez estratificadas e disponibilizadas para a produção, cabe
ao gestor do departamento de produção administrá-las para obtenção dos melhores
resultados.
76
GESTÃO DO CONHECIMENTO │ UNIDADE III
O que se pratica, seja correto ou não, do outro lado do globo, em segundos já está
disponível aqui pelo uso de tecnologias. O fluxo de informações é intenso e a necessidade
de estar devidamente conectado é imperativa. Os métodos tradicionais de gestão de
pessoas estão sendo rompidos rapidamente e novas práticas precisam ser adotadas
para modernizar o processo de RH.
77
UNIDADE III │ GESTÃO DO CONHECIMENTO
Ao concluirmos este estudo, esperamos que você esteja apto para liderar sua equipe,
pois a responsabilidade e a participação da gestão são fundamentais nos programas de
treinamento e desenvolvimento. Cabe ao gestor, através de uma participação ativa no
processo de acompanhamento, identificar as necessidades para atender as demandas
do mercado e do negócio, assim como detectar as potencialidades e deficiências de sua
equipe.
78
GESTÃO COM
OLHAR EM UNIDADE IV
COMPETÊNCIAS
Desde a metade do século XX, a formação de profissionais para trabalhar com equipes,
com olhares mais generalistas e atuações interdisciplinares é objeto de estudo de muitos
pesquisadores.
79
CAPÍTULO 1
Pensamento sistêmico
Sem a ciência o homem não teria realizado tantas conquistas claramente observadas na
sociedade. A ciência possibilita a criação de objetos físicos, de sistemas de comunicação,
transporte, saúde e educação, de novas tecnologias, além de ajudar a compreender o
funcionamento do mundo a nossa volta, a organização da sociedade. Por outro lado, a
ciência também é capaz de fornecer recursos que favorecem a destruição do planeta.
Desse modo, a ciência proporciona muitos benefícios, mas também malefícios para a
humanidade.
Com isso, “Pode-se afirmar que um dos fatores determinantes para a dificuldade
de analisar os fenômenos sociais é que esses sistemas incluem um componente
que os diferencia dos fenômenos naturais: o ser humano” (RIBEIRO, 2006, p. 85).
Assim, na análise de fenômenos sociais, dificilmente podem ser estabelecidas
leis; no máximo, apenas tendências. Os problemas sociais são diferentes dos
80
GESTÃO COM OLHAR EM COMPETÊNCIAS │ UNIDADE IV
81
UNIDADE IV │ GESTÃO COM OLHAR EM COMPETÊNCIAS
Quanto aos subsistemas, é possível afirmar que todo sistema é composto por elementos
que são identificados de maneira independente uns dos outros, ou seja, embora façam
parte do sistema, os elementos têm identidades próprias. No que se refere às relações,
elas são dinâmicas entre os elementos e permitem que o sistema seja mais do que
apenas a soma das partes de seus elementos constituintes.
Desse modo, a identificação deles na prática cotidiana pode se tornar um grande desafio
para muitos profissionais. Primeiramente, devido à variedade de detalhes envolvida, até
mesmo, nos sistemas mais simples, como os utilizados no dia a dia. Em segundo lugar,
devido à dificuldade para se definir as fronteiras, os propósitos etc., que contemplam
aspectos muito subjetivos. Portanto, não é possível atribuir propósitos e fronteiras aos
sistemas, como se eles fossem elementos objetivos da natureza.
82
GESTÃO COM OLHAR EM COMPETÊNCIAS │ UNIDADE IV
Fonte: https://pixabay.com/pt/photos/sucesso-curva-seta-ligue-desativar-2917048/.
A função dos técnicos é tentar desequilibrar essa variedade a seu favor, ou seja, ele
treina seus jogadores para que a variedade de seus artilheiros seja melhor que a defesa
do time adversário. Além disso, treina seus zagueiros para que reduzam a variedade do
ataque do outro time. Nesse contexto, a função do juiz é diminuir a variedade proibida,
pois, para aumentar a variedade de seus times, os jogadores podem utilizar estratégias
desleais, cometendo faltas.
83
UNIDADE IV │ GESTÃO COM OLHAR EM COMPETÊNCIAS
Fonte: https://pixabay.com/pt/photos/humanos-observador-exposi%C3%A7%C3%A3o-2944065/.
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GESTÃO COM OLHAR EM COMPETÊNCIAS │ UNIDADE IV
Essa abordagem tem cinco pressupostos básicos que, a partir de sua inserção, passaram
a direcionar o pensamento científico. No que se refere à decisão, a abordagem sistêmica
clareia e organiza as percepções, favorecendo análises mais adequadas das alternativas
e avaliações mais precisas das consequências.
Nesse sentido, a ciência mensura, analisa e comprova, mas, para isso, despedaça,
fragmenta e disseca. Para a ciência, o processo decisório é um atributo humano, advindo
da racionalidade.
A constatação de que apenas o ser humano tem capacidade de tomar decisões fez com
que, na concepção científica, a decisão fosse compreendida como um processo lógico
e racional, e a capacidade de tomada de decisão, um atributo para as pessoas, com
capacidade plena de usar sua inteligência e racionalidade. O tema decisão foi discutido
85
UNIDADE IV │ GESTÃO COM OLHAR EM COMPETÊNCIAS
pelas diversas teorias do comportamento humano, sendo que todas elas se referem ao
homem como um “animal racional”, composto por mente, corpo e razão.
René Descartes já acreditava que os seres humanos possuíam uma “sede de alma”, e
Allan Watts enfatizava que o homem é um ego envolto de pele e que ele (o homem) é o
seu próprio corpo.
Assim, a intuição passa a ser estudada como parte do processo de decisão, uma vez
que a inabilidade de analisar as alternativas e as suas consequências e a constatação
de que a decisão não é processada por meio de fases conscientes e ordenadas exigem a
presença de processos heurísticos para a resolução dos problemas.
O ócio criativo não significa ficar com o corpo parado ou executar determinada ação
corporal que não seja obrigatória; antes, representa o trabalho mental que ocorre
quando estamos com o corpo físico parado e/ou dormindo. Ociar não é sinônimo de
não pensar, mas de não pensar em regras obrigatórias e predeterminadas, de não se
sujeitar aos percursos da racionalidade e de não ser incomodado pelo cronômetro.
86
GESTÃO COM OLHAR EM COMPETÊNCIAS │ UNIDADE IV
Fonte: https://pixabay.com/pt/photos/potenci%C3%B4metro-do-l%C3%A1pis-l%C3%A1pis-de-cor-2097599/.
O ócio criativo está sujeito a regras diferentes, pois é o alimento das ideias e a matéria-
prima para o cérebro humano. Da mesma forma que a indústria utiliza matérias-primas
como aço e carvão, transformando-os em elementos duráveis, o cérebro também
necessita de ócio para transformar as ideias em produtos criativos.
Na sociedade contemporânea, o direito ao lazer tem se transformado em uma necessidade
para a obtenção de saúde mental, o que garante a maior produtividade dos funcionários,
cujas médias no índice de expectativa de vida têm aumentado, prolongando, assim, sua
vida no trabalho.
Cada vez mais, pesquisas médicas enfatizam a importância das atividades de lazer
para diminuir o estresse da vida cotidiana, em especial, em cidades grandes, de forma
a reduzir os efeitos nocivos que esses ambientes podem causar em relação à saúde a
ao trabalho. Sendo assim, as próprias organizações incentivam seus funcionários a
realizarem atividades recreativas, que, muitas vezes, ocorrem no próprio espaço das
empresas, como festas, churrascos, campeonatos de futebol (cujos treinadores são
contratados pela própria empresa), colônias de férias (em geral, realizadas nos fins de
semana) etc.
A tendência atual é o incentivo a esportes radicais, que podem estimular as qualidades
exigidas dos funcionários, possibilitando às organizações enfrentarem os desafios tanto
no mercado interno quanto no externo.
Esses esportes incentivam a criatividade, a iniciativa e a colaboração entre os membros
da equipe, qualidades necessárias para um time de coragem, inovação, ousadia etc.
Gradativamente, as organizações percebem que funcionários felizes são mais produtivos
e que as atividades prazerosas tornam essas pessoas mais satisfeitas consigo mesmas e,
consequentemente, mais dispostas para o trabalho.
87
CAPÍTULO 2
Inovação e Treinamento
Na verdade, na maioria das pessoas, há dois tipos de priorização que competem com as
demais variáveis:
No entanto, nossa sociedade tem mudado muito e, ultimamente, cada vez mais, as
pessoas valorizam o lazer, a liberdade e o exercício do prazer, em detrimento das demais
atribuições, especialmente, as pessoas que pertencem a uma classe socioeconômica
mais elevada, pois elas podem optar pelo ócio criativo.
Esse tipo de escolha faz muito sentido para artistas, profissionais autônomos, cientistas
etc., mas não para aqueles que passam muitas horas dentro de um ônibus no trajeto de ida
e volta do trabalho, ganhando baixos salários, e em empregos que são, frequentemente,
ameaçados pela crise econômica nacional.
Nesse contexto, são comuns os casos de pessoas que preferem ter menores salários
e trabalhar apenas meio período, para cuidarem de aspectos da vida que consideram
ter maior valor. Há, ainda, pessoas que, ao chegarem na faixa dos 40 anos, resolvem
abandonar uma carreira estabilizada (porém estressante), para desfrutarem de
atividades que sonharam durante toda a vida. Desse modo, a possibilidade de
priorização de tarefas pautadas no prazer, e não na urgência e na utilidade, não pode
ser precocemente descartada.
88
GESTÃO COM OLHAR EM COMPETÊNCIAS │ UNIDADE IV
Criatividade e inovação
A criatividade e a inovação são um assunto de grande importância para o universo
corporativo. Diante das inúmeras transformações diárias no mercado de trabalho,
dentre elas novos produtos e serviços, mudanças tecnológicas etc., as empresas que
pretendem sobreviver precisam estar atentas a essa nova realidade.
O êxito para que alguém crie algo ou não depende de a pessoa estar motivada, disponível
e bem orientada sobre as implicações do problema que está enfrentando. Por exemplo,
talvez, apenas um matemático competente tenha a capacidade de confrontar um
problema de álgebra, de maneira criativa, e de obter êxito ao resolvê-lo, mas isso se
deve ao fato de que esse matemático tem pleno conhecimento e interesse pelo assunto
e se sente motivado para isso.
De modo similar, outras pessoas resolvem problemas de maneira criativa nas áreas em
que têm maior domínio, como no trânsito, no futebol, na política etc.
89
UNIDADE IV │ GESTÃO COM OLHAR EM COMPETÊNCIAS
Ao longo dos anos, teorias como essas, centradas no sujeito, foram perdendo espaço para
as teorias sistêmicas, as quais destacaram que as soluções criativas não são processos
isolados, mas dependem de inúmeros fatores inter-relacionados.
Inovar representa ter ideias novas, criar novos produtos ou reorganizar os antigos, de
maneira original. A inovação envolve criatividade para despertar essas ideias, a fim de
causar impacto tanto no lançamento de novos produtos quanto no aprimoramento ou
na otimização dos já existentes. Para isso, devem ocorrer mudanças, é preciso correr
riscos, mexer com os costumes e trocar o hoje pelo amanhã.
Com base na análise da psicóloga e professora Mara Sampaio, descrita por Ribeiro
(2006), uma pessoa que é funcionária ou proprietária de uma empresa ou colaboradora
de qualquer instituição precisa desenvolver um comportamento empreendedor diante
da vida, ou seja, ter predisposição para agir, de maneira criativa e inovadora, em seu
ambiente, desenvolvendo valores para si e para a comunidade em que vive.
A empresa que tem profissionais com esse perfil pode se sentir privilegiada, pois pessoas
intraempreendedoras, mesmo que não sejam proprietárias de seu próprio negócio, são
inovadoras, criativas e têm iniciativa prática para desenvolver projetos eficazes nas
empresas em que trabalham.
90
GESTÃO COM OLHAR EM COMPETÊNCIAS │ UNIDADE IV
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CAPÍTULO 3
Comportamento Organizacional
Fonte: https://pixabay.com/pt/photos/as-pessoas-que-procuram-no-laptop-5069842/.
Fenômeno do desempenho
Uma organização prospera ou fracassa em decorrência das decisões de seus líderes. Eles
são impelidos a tomar decisões a todo momento acerca de questões como estratégia da
organização, estrutura, aquisições, produtos/serviços, mercado, tecnologias e pessoas.
A tomada de decisão ocorre no intervalo entre a identificação do problema com o
levantamento e monitoramento de informações sobre o desempenho organizacional e
92
GESTÃO COM OLHAR EM COMPETÊNCIAS │ UNIDADE IV
São índices financeiros clássicos (tradicionais) e que são utilizados para mensurar o
desempenho, como o retorno sobre o patrimônio líquido, retorno sobre o ativo, retorno
sobre vendas, lucro por ação, entre outros. São indicadores que têm sua utilidade, mas
não refletem a qualidade do trabalho da empresa na implementação de sua estratégia.
Indicadores financeiros dão a base para o primeiro tipo de Desempenho Organizacional,
o “Financeiro”.
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UNIDADE IV │ GESTÃO COM OLHAR EM COMPETÊNCIAS
O ato de negociar faz parte da vida das pessoas em todos os momentos e é comum haver
conflitos nas mais diversas esferas sociais, causados por mal-entendidos, interpretações
equivocadas, falhas na comunicação etc.
Por isso, a necessidade de se ter muito cuidado com os preconceitos e juízos de valor. Se
diariamente, no convívio familiar e com amigos, as relações podem ficar estremecidas
por motivos que às vezes são desconhecidos, em negociações não é diferente, e os erros
e acertos podem levar ao sucesso ou ao fracasso.
O diálogo sempre é a solução para os problemas, desde que seja feito de forma cordial,
sincera e desprovida de sentimentos negativos. Geralmente, as pessoas que buscam
o diálogo encontram solução para seus problemas, desde que seja isso que estejam
buscando. Se os ânimos estão exaltados e o ambiente está igual a uma panela de pressão
que pode explodir a qualquer momento, o melhor é parar, dar um tempo e voltar
quando as pessoas estiverem serenas. Não é possível chegar a uma solução adequada
com intempestividade.
É importante, também, levar em consideração que nem todos os conflitos são negativos,
tendo em vista que muitas vezes são úteis e necessários. Dependendo do conflito, pode
haver um crescimento de todos os envolvidos no processo de negociação. Muitas vezes
as pessoas que estão em uma zona de conforto precisam passar por situações incômodas
para mudar.
Tais situações são conflitos construtivos, uma vez que podem estimular a criatividade e
possibilitar o surgimento de novas ideias. Já o conflito negativo é destrutivo e causa um
mal-estar tão grande que nenhuma negociação resiste a ele.
O entrelaçamento entre conflito e poder explica o grau de complexidade que pode existir
em alguns tipos de negócios, principalmente quando estão envolvidas organizações de
grande porte investindo valores expressivos. Assim, a forma de poder que um gestor
utilizará depende da percepção que ele tem do outro negociador e varia durante todo o
processo da negociação.
Fonte: https://pixabay.com/pt/photos/stress-desespero-fardo-2379631/.
95
UNIDADE IV │ GESTÃO COM OLHAR EM COMPETÊNCIAS
O poder constrangedor está relacionado a ameaças e punições que fazem com que o
negociador ceda com receio de ser penalizado. O poder compensador é usado de maneira
justamente inversa: a proposta do outro lado é aceita com a constatação de que haverá
recompensa. Já o poder condicionador se baseia em crenças e costumes: o negociador
acredita que a negociação deve seguir o caminho do bom senso. Há situações em que
a única ou a melhor maneira para se resolver o conflito é por meio da mediação ou da
arbitragem.
96
GESTÃO COM OLHAR EM COMPETÊNCIAS │ UNIDADE IV
No cerne dos projetos estão as pessoas, que devem ser corretamente selecionadas,
orientadas, conduzidas, desenvolvidas, reconhecidas e recompensadas. A gestão de
pessoas em projetos apresenta muitos pontos em comum com a gestão de pessoas nas
organizações, porém, duas características a fazem ainda mais desafiadora: o caráter
temporário dos projetos, com seus ciclos de vida rápidos, em que a equipe de projetos
muitas vezes é flutuante; e o nível de autoridade do gerente de projetos, que pode variar
bastante de acordo com a estrutura organizacional adotada. Em estruturas matriciais, a
autoridade do gerente de projetos é compartilhada com outros gerentes e, em estruturas
funcionais, o gerente de projetos não possui autoridade formal frente a sua equipe.
Fonte: https://pixabay.com/pt/photos/reuni%C3%A3o-de-neg%C3%B3cios-reuni%C3%A3o-neg%C3%B3cios-5395567/.
[Para Refletir]
97
UNIDADE IV │ GESTÃO COM OLHAR EM COMPETÊNCIAS
Dedicar esforços para formar e gerir equipes de alta performance revela o cuidado
com capital humano e com o seu potencial. Esse cuidado é revertido em aumento
de capacitação e em motivação para o trabalho, características fundamentais para
o atendimento dos objetivos planejados. Em linhas gerais, segundo Ribeiro (2006),
para se corrigir o caminho para a gestão/condução junto a programas/projetos em que
estejam envolvidas equipes, engendra-se no estabelecimento a implantação de ações
como:
98
GESTÃO COM OLHAR EM COMPETÊNCIAS │ UNIDADE IV
Aquisições
Partes
interessad Qaulidade
as
Tempo Riscos
Projeto
Inicialização
Planejamento
Execução
Monitoramento e
controle
Encerramento
Recursos
Escopo
humanos
Comunicaç
Custos
ão
Integração
99
UNIDADE IV │ GESTÃO COM OLHAR EM COMPETÊNCIAS
Ferramentas gerenciais
O mercado empresarial é dinâmico e muito diversificado. Para cada ramo de atividade
e cada perfil empresarial, há um perfil de colaborador adequado à organização. As
melhores práticas adotadas no segmento de tecnologia de informação, por exemplo,
não necessariamente serão bem-sucedidas no segmento de construção civil. A relação
inversa também é válida e absolutamente verdadeira.
100
GESTÃO COM OLHAR EM COMPETÊNCIAS │ UNIDADE IV
Essa prática não está alinhada com a contratação das pessoas certas para os lugares
certos. Talvez 50% estejam contemplados, ou seja, é a pessoa certa, mas para o lugar
errado.
101
UNIDADE IV │ GESTÃO COM OLHAR EM COMPETÊNCIAS
que estejam muito claras quais as competências que precisam ser atingidas para sua
evolução na organização.
O líder pode e deve auxiliar seus liderados a alcançarem esse conhecimento e também
o desenvolvimento almejado. Ao longo de nossa carreira profissional, desenvolvemos
habilidades e competências que nos qualificam para o alcance de determinados
objetivos. Cada vez mais, porém, somos demandados a responder de forma imediata a
novos desafios que sequer imaginávamos que poderíamos enfrentar. Algumas práticas
podem auxiliar o líder nesse processo, como o Mentoring.
102
GESTÃO COM OLHAR EM COMPETÊNCIAS │ UNIDADE IV
Fonte: https://pixabay.com/pt/photos/id%C3%A9ia-trabalho-em-equipe-pensamento-3085367/.
Da mesma forma, a criação de valor trata de buscar a solução vantajosa para ambas as
partes e pode ser classificada como o resultado de uma boa preparação. Somente pode-
-se criar valor se houver uma boa preparação.
Outra questão que nem sempre é bem gerenciada é o tempo. Administrar o tempo é
primordial para o sucesso ou para o fracasso da negociação. É comum os negociadores
permanecerem em uma zona de conforto quando sabem que o tempo não é um problema.
Então, à medida em que ele vai passando e a negociação não avança, períodos de tensão
podem aparecer. Por essa razão, administrar o tempo é fundamental. Indivíduos que
estão sob pressão tendem a não raciocinar com a serenidade que deveriam.
Muitas vezes, a pressão faz com que a decisão seja um desastre. Por isso, na preparação,
é importante estimar quanto tempo o treinamento pode demorar e o que deve ser feito
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UNIDADE IV │ GESTÃO COM OLHAR EM COMPETÊNCIAS
Portanto, administrar bem o tempo não é uma tarefa tão simples como parece. Com
a maturidade e a experiência, as pessoas aprendem que um dos conhecimentos mais
importantes da vida é acostumar-se a considerar que o tempo tem prazo de validade. É
preciso se dar conta de que ele não é infinito, por isso deve ser bem gerenciado, seja o
tempo para negociar, para trabalhar ou para o lazer.
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GESTÃO COM OLHAR EM COMPETÊNCIAS │ UNIDADE IV
counseling, a reflexão gera um plano de ação. É importante ressaltar que essas etapas
podem ocorrer simultaneamente.
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Referências
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e Desenvolvimento: gestão e estratégias. 6. ed. São Paulo: Pearson Education do
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3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
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de Janeiro: Best Seller, 2008.
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ZARIFIAN, P. Objetivo Competência: por uma nova lógica. São Paulo: Atlas, 2001.
Figuras
Figura 1: O autor, 2020. Adaptado de Nascimento, 2014.
Figura 4: https://pixabay.com/pt/photos/dados-computador-
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REFERÊNCIAS
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Figura 8: h t t p s : / / p i x a b a y . c o m / p t / p h o t o s / s u c e s s o - c u r v a - s e t a - l i g u e -
desativar-2917048/. Acesso em: 31 out. 2020.
Figura 9: h t t p s : / / p i x a b a y . c o m / p t / p h o t o s / h u m a n o s - o b s e r v a d o r -
exposi%C3%A7%C3%A3o-2944065/. Acesso em: 31 out. 2020.
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