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Brasília-DF.
Elaboração
Produção
APRESENTAÇÃO.................................................................................................................................. 5
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 8
UNIDADE I
RECRUTAMENTO E SELEÇÃO................................................................................................................. 11
CAPÍTULO 1
RECRUTAMENTO INTERNO E EXTERNO..................................................................................... 11
CAPÍTULO 2
SELEÇÃO DE PESSOAS............................................................................................................ 15
UNIDADE II
MODELAGEM DE CARGOS E GESTÃO DE CARREIRAS........................................................................... 21
CAPÍTULO 1
MODELAGEM DE CARGOS..................................................................................................... 21
CAPÍTULO 2
GESTÃO DE CARREIRAS........................................................................................................... 24
UNIDADE III
REMUNERAÇÃO, INCENTIVOS E BENEFÍCIOS......................................................................................... 28
CAPÍTULO 1
SISTEMA DE REMUNERAÇÃO................................................................................................... 28
CAPÍTULO 2
INCENTIVOS E BENEFÍCIOS...................................................................................................... 32
UNIDADE IV
AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO.............................................................................................................. 40
CAPÍTULO 1
FUNDAMENTOS DA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO................................................................... 40
CAPÍTULO 2
METODOLOGIAS DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO................................................................. 44
UNIDADE V
HIGIENE E SEGURANÇA DO TRABALHO................................................................................................. 48
CAPÍTULO 1
HIGIENE DO TRABALHO........................................................................................................... 48
CAPÍTULO 2
SEGURANÇA DO TRABALHO.................................................................................................... 53
UNIDADE VI
RELACIONAMENTO COM FUNCIONÁRIOS, EMPREGADOS E SUAS ENTIDADES REPRESENTATIVAS............. 58
CAPÍTULO 1
RELACIONAMENTO COM EMPREGADOS................................................................................. 58
CAPÍTULO 2
RELACIONAMENTO COM ENTIDADES REPRESENTATIVAS DOS EMPREGADOS............................. 62
UNIDADE VII
CONSULTORIA E SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM RECURSOS HUMANOS................................................ 68
CAPÍTULO 1
PAPEL DO CONSULTOR INTERNO DE RH................................................................................... 68
CAPÍTULO 2
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM RH......................................................................................... 73
REFERÊNCIAS................................................................................................................................... 95
Apresentação
Caro aluno
Conselho Editorial
5
Organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa
A seguir, apresentamos uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos
Cadernos de Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Atenção
6
Saiba mais
Sintetizando
7
Introdução
A área de gestão de pessoas é estratégica em uma organização, pois é por meio dela que
colaboradores são recrutados e selecionados, ou seja, as pessoas que posteriormente
irão atender às demandas dos clientes, preparar para estes produtos e serviços, bem
como elaborar e desenvolver estratégias para o crescimento da organização, passam
pelo processo seletivo por eles elaborado e que visa continuamente encontrar a pessoas
certa para o cargo.
Objetivos
»» Apresentar diferentes abordagens e atuações da área de gestão de pessoas.
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10
RECRUTAMENTO E UNIDADE I
SELEÇÃO
CAPÍTULO 1
Recrutamento Interno e Externo
11
UNIDADE I │ RECRUTAMENTO E SELEÇÃO
12
RECRUTAMENTO E SELEÇÃO │ UNIDADE I
III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável
uma vez, por igual período;
VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas
portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão;
13
UNIDADE I │ RECRUTAMENTO E SELEÇÃO
Quadro 2. Recrutamento com base em cargos versus recrutamento com base em competências.
14
CAPÍTULO 2
Seleção de Pessoas
Selecionar é convidar para fazer parte, é escolher dentre os candidatos de uma vaga,
aquele que a ocupará. Uma organização pode vir a ter inúmeros prejuízos caso não
desenvolva com excelência o recrutamento e seleção, se por exemplo contrata uma
pessoa que não possui o perfil para o atendimento ao público, esta poderá prestar um
serviço não satisfatório ao cliente, o que pode gerar impactos negativos na rede social
do cliente e da própria organização.
Um episódio como este impacta negativamente durante anos a empresa, pois o registro
fica disponível na internet, o que pode fazer com que continuamente, mesmo passado
meses e até anos do ocorrido, ainda perca clientes em razão da ação do gerente, pois
basta uma simples consulta ao nome de uma organização para saber os comentários e,
por vezes, a nota que foi atribuída a ela por pessoas que tiveram contato com os serviços
ou produtos oferecidos.
Dessa maneira, torna-se importante que, antes que seja realizado o processo de
recrutamento e seleção, a organização saiba o perfil que deseja para cada cargo, ou
seja, tenha conhecimento sobre quais competências, habilidades e atitudes são as
necessárias e as desejadas.
(home office) ainda é comum que as pessoas convivam mais com as pessoas do seu
ambiente de trabalho do que com seus familiares.
Uma pessoa que trabalhe de oito às dezoito, considerando que more longe do trabalho
e que em sua cidade seja comum engarrafamentos, poderá ficar, por dia, duas horas no
trânsito, então... Somando as dez horas em função direta com o trabalho (oito horas
de trabalho e duas horas de almoço); com as duas horas em função do trânsito; com
oito horas de sono, darão vinte horas, com isto restaram apenas quatro horas para
demandas como convívio familiar, afazeres domésticos entre outros.
Sendo esta a realizada de diversas pessoas, passa-se muito tempo convivendo com as
pessoas com quem se trabalha. Quando a relação é saudável, levantar praticamente
todos os dias para encontrar e conviver por horas com as mesmas pessoas, pode passar
até desapercebido, pois torna-se comum, já se a relação é desconfortável torna-se
pesaroso e isto pode impactar negativamente na produtividade, na comunicação, na
proatividade e no desejo de bater e superar metas.
É preciso ter atenção e zelo também com a cultura e com o clima organizacional. A
cultura está diretamente correlacionada ao jeito da organização de ser, aos seus hábitos,
costumes, práticas. Já o clima é a forma como as pessoas se sentem quando estão na
organização.
O clima pode ser mutável, assim como o humor de uma pessoa, ou seja, ele é diretamente
afetado pelas ocorrências, fofocas, demandas, cobranças, ações e interpretações do
dia a dia. Já a cultura demora mais a mudar.
Entre os uniformes da Marinha do Brasil, por exemplo, está um de cor branca. Diversos
militares ao longo de sua história utilizaram este uniforme e até hoje, em desfiles, por
exemplo, é possível vê-los com seus uniformes impecavelmente brancos. Mantê-los
assim, faz parte da cultura e das normas da Marinha do Brasil, bem como do jeito de
ser e de se manifestar.
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RECRUTAMENTO E SELEÇÃO │ UNIDADE I
A entrevista costuma ser muito utilizada. Visa conhecer um pouco mais sobre a
trajetória do candidato, vida pessoal e perspectivas profissionais. O roteiro da
entrevista depende do objetivo que se pretende. Ele pode conter tanto perguntas
fechadas quanto abertas onde o entrevistado possui mais espaço para desenvolver
suas respostas.
Há também a dinâmica de grupo onde por meio de jogos são testadas habilidades
como: negociação, comunicação, relação interpessoal, liderança. Já no psicodrama, por
meio, por exemplo, do desenvolvimento de uma peça de teatro, o candidato expõe seus
sentimentos e valores.
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UNIDADE I │ RECRUTAMENTO E SELEÇÃO
*Fonte: BLOG RH. Como usar gamification para recrutar funcionários talentosos. Redação.
Home. Geral.Disponível em: <http://blogrh.com.br/como-usar-gamification-para-recrutar-
funcionarios-talentosos/>
18
RECRUTAMENTO E SELEÇÃO │ UNIDADE I
na mesma noite saber dançar tango de forma profissional. Ele pode querer, mas não
terá competência, em razão de não ter treinado, entre outros fatores, a habilidade,
coordenação, bem como as atitudes que são necessárias ao dançarino.
Competências essenciais da
Explicações das Competências essenciais da organização.
organização
Valor percebido pelos clientes Deve permitir à empresa agregar valor de forma consistente e diferenciada a seus clientes.
Deve diferenciar a empresa de seus competidores. Precisa ser algo percebido pelo mercado como
Diferenciação entre concorrentes
específico da marca, do produto ou da própria empresa.
Deve abrir as portas do futuro para a empresa. Ela precisa não só ser a base para os produtos/serviços
Capacidade de expansão
atuais, mas que também possa sustentar novos produtos/serviços.
São as competências que cada unidade organizacional ou departamento deve construir e possuir para servir
de base às competências essenciais da organização. Assim, cada uma das diversas áreas da organização
Competências funcionais
– marketing, produção/operações, finanças, RH, tecnologia – precisa construir competências específicas e
próprias de sua especialização.
São as competências que cada gerente ou executivo precisa construir e desenvolver para atuar como gestor
Competências gerenciais
de pessoas.
São as competências que cada pessoa deve construir e desenvolver para atuar nas unidades ou atividades
Competências individuais
da organização.
19
UNIDADE I │ RECRUTAMENTO E SELEÇÃO
»» O candidato tende a não mentir, pois deve citar um fato que realmente
ocorreu.
Tanto o processo de seleção por cargos quanto o processo de seleção por competências,
primam por contratarem a pessoa certa para o cargo certo, porém, na seleção por
competência há uma maior preocupação se o candidato possui conhecimento, bem
como as habilidades e características para ocupar o cargo, ou seja, saber fazer e saber
ser.
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MODELAGEM DE
CARGOS E GESTÃO UNIDADE II
DE CARREIRAS
CAPÍTULO 1
Modelagem de cargos
De acordo com Zenker, Locoselli (2014, p. 58) “a modelagem organizacional deve estar
em conformidade com os planos dos gestores, padrões culturais, forças econômicas,
políticas e sociais que afetam a organização”. Para que haja um sucesso no processo de
modelagem de cargos é preciso que haja sucesso na estrutura organizacional, ou seja,
que o que se quer, onde e como atingir os objetivos estejam claramente definidos.
Nesta ótica o colaborador é pensado de uma forma mecanicista, ou seja, como uma
das peças da engrenagem e como tal, não há neste modelo um olhar humanista, que
compreende e se preocupa, por exemplo, com os fatores psicológicos dos colaboradores.
Um bom gestor, por exemplo, precisa ter além de um bom conhecimento, que pode ser
construído por meio do acúmulo de diplomas, habilidades, ou seja, que saiba no dia a
dia como transformar os objetivos das organizações, que foram pensados, estruturados,
e isto também requer saber ter atitude, pois um gestor, via de regra, possui um papel
de liderança e a forma como um líder age, ou deixa de agir, influencia seus liderados.
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MODELAGEM DE CARGOS E GESTÃO DE CARREIRAS │ UNIDADE II
23
CAPÍTULO 2
Gestão de carreiras
A palavra carreira tem vários significados, mas é um termo que pode ser
definido como um caminho a ser trilhado – é a trajetória profissional
e pessoal de cada indivíduo. Falar de carreira e das escolhas que cada
pessoa faz ao longo de sua vida é retornarmos ao caminho percorrido
desde o autoconhecimento e como consequência a compreensão do
outro, até à autorrealização. Oswaldo (2011, p. 127).
Para realizar adequadamente a gestão da carreira, seja por parte do planejamento das
organizações, ao oferecerem por exemplo o plano de carreira, cargos e salários, seja por
parte do próprio indivíduo que traz para si a responsabilidade de criar e desenvolver
sua trajetória profissional, é necessário considerar, nos dois casos, o ambiente externo,
ou seja, as interferências no mercado de trabalho da situação econômica, da oferta e da
demanda de trabalho e trabalhadores, pois as exigências mudam quando o mercado de
trabalho está ofertando ou demandando trabalho.
24
MODELAGEM DE CARGOS E GESTÃO DE CARREIRAS │ UNIDADE II
As etapas para a gestão de carreira de acordo com Queiroz; Leite (2011, p. 28) são:
“autoconhecimento; oportunidades e ameaças; objetivos e metas; formulação de
estratégias; implementação das ações e controle”.
25
UNIDADE II │ MODELAGEM DE CARGOS E GESTÃO DE CARREIRAS
Quadro 7. Carreira em Y.
26
MODELAGEM DE CARGOS E GESTÃO DE CARREIRAS │ UNIDADE II
Cada escolha estratégica implica em diferentes impactos nas organizações. Optar entre
Carreira baseada em cargos e carreira baseada em competências implica em escolher,
principalmente qual o objetivo principal e o final, bem como o que se espera de retorno
sobre o investimento.
27
REMUNERAÇÃO,
INCENTIVOS E UNIDADE III
BENEFÍCIOS
CAPÍTULO 1
Sistema de remuneração
28
EMUNERAÇÃO, INCENTIVOS E BENEFÍCIOS │ UNIDADE III
De acordo com Chiavenato (2014), há nove critérios que devem ser levados em
conta em um plano de remuneração. São eles: Equilíbrio interno versus equilíbrio
externo; Remuneração fixa ou remuneração variável; Desempenho ou tempo de
casa; Remuneração do cargo ou remuneração da pessoa; Igualitarismo ou elitismo;
Remuneração abaixo do mercado ou acima do mercado; Prêmios monetários ou prêmios
não monetários; Remuneração aberta ou remuneração confidencial; Centralização ou
descentralização das decisões salariais.
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UNIDADE III │ REMUNERAÇÃO, INCENTIVOS E BENEFÍCIOS
Critérios A Critérios B
Equilíbrio interno Remuneração externa
Remuneração fixa Remuneração variável
Ênfase no desempenho Ênfase no tempo de casa
Remuneração do cargo Remuneração da pessoa
Igualitarismo Elitismo
Remuneração abaixo do mercado Remuneração acima do mercado
Prêmios monetários Prêmios não monetários
Remuneração aberta Remuneração confidencial
Decisões centralizadas Decisões Descentralizadas
No que se refere a equilíbrio interno versus equilíbrio externo envolve observar tanto
internamente a equidade entre o que é oferecido quanto o que o mercado oferece. Analisar
esta questão é importante, dentre outros motivos, para não perder colaboradores
talentosos em razão da remuneração recebida, pois escolher remunerar abaixo do
mercado pode implicar em incentivar o desejo de migrar para uma organização que
remunere melhor.
Decidir entre utilizar somente remuneração fixa ou a mesclar com a variável também
é uma escolha estratégica que pode ajudar a atrair e manter pessoas talentosas em
seus cargos. Assim como escolher critérios entre ênfase no desempenho ou no tempo
dedicado à organização no plano de remuneração.
Os prêmios também podem ser incentivadores, assim como a escolha entre monetários
e não monetários como jantares e viagens. Dar preferência a um modelo igualismo a
um elitismo é uma forma de englobar mais colaboradores dentro de um mesmo plano
ao invés de ter diferentes formas de remuneração em razão da hierarquia do cargo.
Comentar ou saber a remuneração de colegas de trabalhado pode ser algo aberto, não
sigiloso, transparente ou confidencial, onde procura-se evitar que seja conhecido na
organização o quanto os colaboradores recebem. Veja no Quadro Critérios para definir
a construção de um plano de remuneração, diferentes formas de trabalhar um plano de
remuneração.
30
EMUNERAÇÃO, INCENTIVOS E BENEFÍCIOS │ UNIDADE III
31
CAPÍTULO 2
Incentivos e benefícios
Desenvolver um plano de incentivo requer muita atenção, pois precisa levar em conta a
saúde financeira da organização, bem como o que o mercado oferece aos colaboradores,
e o que traria de benefícios.
32
EMUNERAÇÃO, INCENTIVOS E BENEFÍCIOS │ UNIDADE III
33
UNIDADE III │ REMUNERAÇÃO, INCENTIVOS E BENEFÍCIOS
§ 2º Para os efeitos previstos neste artigo, não serão consideradas como salário as
didático;
seguro saúde;
VI – previdência privada.
VII – (VETADO)
Para que um gestor possa cumprir as determinações das leis brasileiras, ele precisa
conhecê-las, e para que um trabalhador saiba quais são seus direitos e deveres legais, é
preciso também conhecer as leis que regem a relação de trabalho. Na Consolidação das
Leis Trabalhistas, no artigo sétimo constam alguns dos direitos que os trabalhadores
urbanos e rurais possuem.
34
EMUNERAÇÃO, INCENTIVOS E BENEFÍCIOS │ UNIDADE III
....
35
UNIDADE III │ REMUNERAÇÃO, INCENTIVOS E BENEFÍCIOS
Diferentes tipos de gerações são atraídos por diferentes tipos de benefícios, por essa
razão torna-se importante que seja verificado continuamente se o que é oferecido ainda
é atraente ou se é preciso fazer alterações.
Oferecer benefícios pode auxiliar tanto uma organização a atingir suas metas, como
a traçar metas de desempenho, também pode ajudar a identificar e reconhecer
os melhores colaboradores, alinhar os objetivos organizacionais às práticas
organizacionais, e a estimular o trabalho em equipe ou a competitividade. Tudo
dependerá do que se pretende atingir e quais serão as melhores estratégias a serem
adotadas.
Veja o caso dos benefícios apresentados nas 150 melhores empresas apresentados por
Tatiana Sendin na revista VOCÊ S/A1.
São Paulo - Dizem por aí que o dinheiro não traz felicidade nem é fator
determinante para um profissional decidir entre ficar e mudar de emprego.
Por outro lado, os benefícios que vão além do contracheque, como a
licença-maternidade de seis meses e o horário flexível de trabalho, parecem
ter um efeito oposto.
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EMUNERAÇÃO, INCENTIVOS E BENEFÍCIOS │ UNIDADE III
Nas melhores, essa porcentagem sobe para 95%. Elas ganham do mercado
também no quesito assistência odontológica — 83% delas concedem esse
benefício versus 80% das listadas na pesquisa do Insper/Hays. Quando o assunto
é previdência privada, as melhores para trabalhar dão de lavada.
Hoje, mais de 67% delas mantêm um plano para seus funcionários. Nas
companhias analisadas pelo Insper/Hays, apenas 52% fazem essa oferta. Em
algumas empresas listadas no Guia, os benefícios são tantos que o pessoal até
se esquece de todos. É o caso da Eternit, fabricante de caixas-d’água e telhas,
onde o time contabiliza 30 itens no pacote — ou 38, se forem considerados os
brindes e as festinhas regulares.
Não é à toa que os funcionários das “Melhores Empresas para Você Trabalhar”
deram nota 88,0 à afirmativa “a companhia atende adequadamente minhas
necessidades de saúde e outros benefícios”. Além do padrão Mais do que
benefícios tangíveis ou de prateleira, as empresas listadas neste Guia se destacam
por oferecer práticas que vêm garantindo a seus funcionários um trabalho com
mais qualidade de vida.
São ações que não entram no pacote de remuneração, mas que podem valer
muito mais do que dinheiro. Cerca de 30% delas, por exemplo, permitem que
seus empregados trabalhem remotamente — prática que apenas 23% das
empresas oferecem, segundo a pesquisa Insper/Hays.
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UNIDADE III │ REMUNERAÇÃO, INCENTIVOS E BENEFÍCIOS
meses para suas funcionárias (dois a mais do permitido por lei). E os pais estão
ganhando espaço nessa política também.
No Google, por exemplo, o novo pai pode ficar em casa um mês, recebendo
o salário-base integralmente. Na Accenture, os empregados têm a opção de
trabalhar meio período no escritório e meio em casa até o filho completar 1 mês
de vida. E na TenarisConfab, eles podem trabalhar um dia da semana em casa até
o filho completar 2 anos.
»» Quase 40% das 150 melhores empresas oferecem ajuda para o estudo
de idiomas. A Accenture vai além: subsidia até as aulas de mandarim.
38
EMUNERAÇÃO, INCENTIVOS E BENEFÍCIOS │ UNIDADE III
Outro fator a ser verificado é a escolha dos benefícios não obrigatórios. É preciso
analisar e preferencialmente pesquisar, por meio, por exemplo, da aplicação de um
questionário para identificar, não na visão do gestor, mas na visão dos colaboradores,
quais benefícios consideram mais estimulantes e qual a ordenação destes.
Ciente das preferências dos colaboradores, que podem variar de filial para filial ou até
de departamento para departamento é possível estruturar um planejamento que possa
vir a tender melhor as expectativas.
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AVALIAÇÃO DE UNIDADE IV
DESEMPENHO
CAPÍTULO 1
Fundamentos da Avaliação de
Desempenho
40
AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO │ UNIDADE IV
III - equipe de trabalho: conjunto de servidores que faça jus a uma das
gratificações de desempenho de que trata o art. 1o, em exercício na mesma
unidade de avaliação;
41
UNIDADE IV │ AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO
§ 2o Além dos fatores mínimos de que trata o § 1o, o ato a que se refere o caput do
art. 7o poderá incluir, entre os fatores mínimos a serem avaliados, um ou mais
dos seguintes fatores:
II - capacidade de autodesenvolvimento;
IV - relacionamento interpessoal; e
V - flexibilidade às mudanças
BRASIL. Decreto nº 7.133, de 19 de março de 2010.
Marras (2012, p.5) apud Dutra (2004) descrevem que a avaliação de desempenho e de
potencial possibilitam:
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AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO │ UNIDADE IV
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CAPÍTULO 2
Metodologias de Avaliação de
Desempenho
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AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO │ UNIDADE IV
Escalas Gráficas O método consiste num formulário de dupla entrada, no qual as linhas representam os fatores que estão sendo avaliados e as
colunas os graus de avaliação. Os fatores correspondem às características que se deseja avaliar em cada empregado. Cada fator
é definido de maneira clara, sintética e objetiva. Os graus de variação, por sua vez, indicam quão satisfatório é desempenho do
empregado em relação a cada um dos fatores.
Escolha Forçada Consiste em avaliar o desempenho dos indivíduos mediante a escolha de frases que descrevem seu desempenho individual. O
avaliador recebe formulários organizados em blocos de duas ou quatro frases. Em cada bloco, ele deverá forçosamente escolher
uma ou duas que melhor se aplicam ao desempenho do empregado avaliado.
Distribuição Forçada Consiste em colocar os empregados de determinada categoria em grupos e avaliá-los segundo determinado padrão. Este
padrão poderá ser, por exemplo: 10% inferior, 20% médio inferior, 40% médio, 20% médio superior e 10% superior.
Avaliação por É desenvolvido a partir da comparação periódica entre as metas fixadas para cada empregado e os resultados efetivamente
resultados alcançados.
Avaliação Participativa por Neste método é estabelecido entre gestor e o colaborador as metas a serem alcançadas. Com base no acordado é
Objetivos possível realizar contínuo monitoramento que tenha como pauta o resultado obtido versus o esperado e contínuos
feedbacks.
Avaliação 360º ou Circular Esta modalidade de avaliação permite que o avaliado, além de realizar uma autoavaliação, receba um feedback de
gestores, colegas de trabalho, subordinados, fornecedores e clientes.
Avaliação de Competências Identificam-se as competências conceituais (conhecimento teórico), técnicas (habilidades) e interpessoais (atitudes)
necessárias para que haja um desempenho esperado.
45
UNIDADE IV │ AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO
que, como e quando medir, bem como que estejam ligados aos processos empresariais
e focalizados no cliente interno ou externo.
Efeito Halo (generalização) tendência de nivelar o julgamento de uma pessoa por cima ou por baixo. O avaliador generaliza um aspecto do
desempenho, bom ou ruim, e aplica para todos os quesitos.
Leniência o avaliador apresenta-se pouco rigoroso na avaliação atribuindo, geralmente, notas muito altas nos itens avaliados por
minimizar os erros do avaliado. Também denominado de indulgência, condescendência ou complacência.
Excesso de rigor o avaliador apresenta-se muito rigoroso na avaliação, atribuindo, geralmente, notas muito baixas nos itens avaliados
por maximizar os erros do avaliado.
Obstáculos políticos entraves relacionados à distorção das informações por interesses políticos, na busca da manutenção de uma boa
imagem própria ou do setor, por exemplo.
Tendência central o avaliador não assume valores extremos na avaliação por medo de prejudicar os fracos e assumir responsabilidade
pelos excelentes, marcando sempre valores medianos para não se comprometer.
Recenticidade (falta de o avaliador atém-se apenas aos últimos acontecimentos; a avaliação fica viciada, pois situações recentes de erros ou
memória) acertos interferem exageradamente na avaliação.
Avaliação congelada (força de o avaliador mantém o mesmo padrão de avaliação, avaliando o funcionário do mesmo jeito e com os mesmos
hábito) conceitos em todas as avaliações.
Falta de Técnica o avaliador age apenas pelo bom senso por desconhecer as técnicas de avaliação e as técnicas utilizadas na rotina de
trabalho do funcionário avaliado.
Desvalorização da avaliação o avaliador não considera a avaliação algo importante e a desvaloriza; esta atitude compromete a fidedignidade das
notas e o resultado do processo avaliativo.
Unilateralidade o avaliador valoriza aspectos que apenas ele julga importantes, dando maior atenção a esses itens na avaliação.
Falsidade o avaliador distorce ou oculta propositalmente dados sobre o julgamento do avaliado, objetivando favorecê-lo ou
prejudicá-lo.
Projeção (subjetividade) o avaliador atribui (projeta) ao avaliado qualidades e defeitos que são próprios do avaliador. Outro erro é o de
semelhança que ocorre quando o avaliador considera mais favoravelmente as pessoas com as quais ele se
assemelha.
46
AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO │ UNIDADE IV
A demora na entrega de um serviço pode impactar, por exemplo, que todo esforço
estratégico feito pela equipe de marketing e de vendas resulte ao final na imagem que
presta um serviço ruim. É possível compreender que a soma da avaliação de desempenho
dos colaboradores dê a avaliação de desempenho da organização, pois do presidente
aos estagiários, todos devem estar envolvidos em atingir os objetivos organizacionais.
47
HIGIENE E
SEGURANÇA DO UNIDADE V
TRABALHO
CAPÍTULO 1
Higiene do Trabalho
48
HIGIENE E SEGURANÇA DO TRABALHO │ UNIDADE V
49
UNIDADE V │ HIGIENE E SEGURANÇA DO TRABALHO
CAPÍTULO V
50
HIGIENE E SEGURANÇA DO TRABALHO │ UNIDADE V
III - adotar as medidas que lhes sejam determinadas pelo órgão regional
competente;
Cada atividade possui determinado tipo de risco, sendo que o grau das exigências
está diretamente correlacionado ao grau de risco da organização, podendo ser de um
51
UNIDADE V │ HIGIENE E SEGURANÇA DO TRABALHO
Para o autor Moraes (2014, p. 442), o controle das condições de risco para a saúde e
melhoria dos ambientes de trabalho envolve as seguintes etapas:
Ter e manter trabalhadores com saúde tanto física quanto mental é importante para
que afastamentos não possam inibir profissionais de desenvolverem, com maestria,
seus trabalhos. É primordial que gestores tenham zelo por cada vida contratada e que
estimulem os colaboradores a desenvolverem suas atividades de forma segura.
52
CAPÍTULO 2
Segurança do Trabalho
Tanto a organização deve zelar pela saúde dos colaboradores, como estes precisam
cooperar para que sua própria saúde não seja comprometida, pelo fato, por exemplo,
de não utilizarem equipamentos de proteção individual fornecidos pela organização.
Pois mesmo que fora do local e do horário de trabalho, são considerados acidentes de
trabalho os acidentes que ocorrerem em função de ordem ou na realização de um serviço
a pedido de alguma autoridade, de forma que mesmo que não haja um pedido formal,
ou seja, mesmo que a pessoa realize uma prestação de serviço por vontade própria na
53
UNIDADE V │ HIGIENE E SEGURANÇA DO TRABALHO
Art. 19. Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço
de empresa ou de empregador doméstico ou pelo exercício do trabalho dos
segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei, provocando lesão corporal
ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente
ou temporária, da capacidade para o trabalho, exigindo atenção médica para a
recuperação.
Art. 21. Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para efeitos desta Lei:
I - o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja
contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da
sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica
para a sua recuperação;
54
HIGIENE E SEGURANÇA DO TRABALHO │ UNIDADE V
IV - o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de trabalho:
55
UNIDADE V │ HIGIENE E SEGURANÇA DO TRABALHO
56
HIGIENE E SEGURANÇA DO TRABALHO │ UNIDADE V
17.3.1. Sempre que o trabalho puder ser executado na posição sentada, o posto
de trabalho deve ser planejado ou adaptado para esta posição.
17.3.2. Para trabalho manual sentado ou que tenha de ser feito em pé, as
bancadas, mesas, escrivaninhas e os painéis devem proporcionar ao trabalhador
condições de boa postura, visualização e operação e devem atender aos
seguintes requisitos mínimos: a) ter altura e características da superfície de
trabalho compatíveis com o tipo de atividade, com a distância requerida dos
olhos ao campo de trabalho e com a altura do assento; b) ter área de trabalho de
fácil alcance e visualização pelo trabalhador; c) ter características dimensionais
que possibilitem posicionamento e movimentação adequados dos segmentos
corporais.
17.3.2.1. Para trabalho que necessite também da utilização dos pés, além dos
requisitos estabelecidos no subitem
17.3.2, os pedais e demais comandos para acionamento pelos pés devem ter
posicionamento e dimensões que possibilitem fácil alcance, bem como ângulos
adequados entre as diversas partes do corpo do trabalhador, em função das
características e peculiaridades do trabalho a ser executado.
17.3.5. Para as atividades em que os trabalhos devam ser realizados de pé, devem
ser colocados assentos para descanso em locais em que possam ser utilizados
por todos os trabalhadores durante as pausas.
Fonte: Brasil. Ministério do Trabalho e Emprego.
57
RELACIONAMENTO
COM
FUNCIONÁRIOS, UNIDADE VI
EMPREGADOS E
SUAS ENTIDADES
REPRESENTATIVAS
CAPÍTULO 1
Relacionamento com empregados
O dono de uma padaria, por exemplo, não consegue abrir uma filial e expandir seus
negócios, sem contar com novos colaboradores. E é por meio da forma que eles
atendem os clientes que será formada a imagem da empresa e mensurada a qualidade
do atendimento.
58
RELACIONAMENTO COM FUNCIONÁRIOS, EMPREGADOS E SUAS ENTIDADES REPRESENTATIVAS │ UNIDADE VI
Identificação e caracterização de um
programa típico de relacionamento com
empregados
Quanto mais uma organização conhece seus colaboradores, melhor poderá
desenvolver suas estratégias. Sun Tzu, o grande estrategista de guerra e filósofo
chinês, autor do famoso livro de estratégia de guerra - A Arte da Guerra, chamava a
atenção para a necessidade de conhecer a si mesmo.
Conheces teu inimigo e conhece-te a ti mesmo; se tiveres cem combates a travar, cem
vezes serás vitorioso. Se ignoras teu inimigo e conheces a ti mesmo, tuas chances de
perder e de ganhar serão idênticas. Se ignoras ao mesmo tempo teu inimigo e a ti
mesmo, só contarás teus combates por tuas derrotas. A Arte da Guerra - Sun Tzu.
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UNIDADE VI │ RELACIONAMENTO COM FUNCIONÁRIOS, EMPREGADOS E SUAS ENTIDADES REPRESENTATIVAS
Fatores Desenvolvimento
Comunicação a organização deve comunicar e explicitar a sua filosofia aos funcionários e solicitar deles sugestões e opiniões sobre assuntos
do trabalho. A comunicação deve ser de mão dupla: ida e volta.
Cooperação a organização deve compartilhar o processo decisório com os funcionários para obter cooperação e comprometimento.
Proteção o local de trabalho deve oferecer bem-estar às pessoas do ponto de vista físico e proporcionar um ambiente agradável do
ponto de vista psicológico. As pessoas devem sentir que seu local de trabalho é agradável e seguro.
Assistência a organização deve responder às necessidades especiais de cada funcionário dando-lhes suporte e apoio para atender às suas
expectativas.
Disciplina e conflito a organização deve ter regras claras para lidar com a disciplina e a resolução de possíveis conflitos.
A razão da existência de punições justifica-se, muitas vezes, por ser ela a barreira que
impedirá o desenvolvimento de práticas e ações que não estejam em conformidade com
o que seja compreendido ou desejado como normalidade. No Quadro Procedimentos
de disciplina são apresentados procedimentos que a organização deve adotar no que se
refere às ações disciplinares.
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RELACIONAMENTO COM FUNCIONÁRIOS, EMPREGADOS E SUAS ENTIDADES REPRESENTATIVAS │ UNIDADE VI
Formas Métodos
Comunicação das regras e dos Os funcionários devem ser avisados a respeito das regras e dos padrões da companhia e das consequências da
critérios de violação. Cada pessoa e cada supervisor devem compreender perfeitamente as políticas e os procedimentos de
disciplina.
desempenho
Documentação dos fatos O executivo deve registrar as evidências que justifiquem a ação disciplinar. Elas devem ser documentadas para
evitar qualquer dúvida, subjetividade ou arbitrariedade. Se o problema é atraso, os cartões de ponto ou de presença
são necessários. Gravadores podem registrar um roubo. Uma testemunha ocular pode fundamentar um caso
de insubordinação. Toda pessoa deve ter a oportunidade de refutar a evidência e apresentar documentação em
autodefesa.
Resposta consistente à O funcionário deve sentir que a aplicação da disciplina é consistente, previsível e sem qualquer discriminação ou
violação das regras favoritismo. Isso não significa que todos os funcionários devam ser tratados exatamente da mesma maneira. Um
funcionário com vários anos de casa e excelente folha de serviços que viola uma regra pode ser punido mais
brandamente do que um novo funcionário que violou a mesma regra. Mas, se dois recém-admitidos violaram a mesma
regra, deverão ter a mesma punição.
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CAPÍTULO 2
Relacionamento com entidades
representativas dos empregados
O objetivo das entidades representativas dos empregados, como os sindicatos, deve ser
sempre o de representar os interesses dos empregados, o artigo oitavo da Constituição
Federal dispõe sobre a livre associação tanto profissional quanto sindical.
CAPÍTULO II
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RELACIONAMENTO COM FUNCIONÁRIOS, EMPREGADOS E SUAS ENTIDADES REPRESENTATIVAS │ UNIDADE VI
Art. 611 Convenção Coletiva de Trabalho é o acordo de caráter normativo, pelo qual
dois ou mais Sindicatos representativos de categorias econômicas e profissionais
estipulam condições de trabalho aplicáveis, no âmbito das respectivas representações,
às relações individuais de trabalho.
Já a Lei 13.467/2017, conforme Pontelo; Cruz (2018) incluiu o artigo 507-B, que trata de
poder tanto o empregado quanto o empregador, estando ou não o contrato de trabalho
em vigência, firmar quitação anual de obrigações trabalhistas perante o sindicato dos
empregados da respectiva categoria. Também foi incluído que no termo deverão estar
discriminados as obrigações sobre esta quitação anual. A referida Lei também alterou os
art. 578, 579, 582, 583 e 587, que tratam da autorização prévia e expressa para desconto
e recolhimento de contribuições sindicais.
Entre as normas legais está a Consolidação das Leis Trabalhistas, onde constam
direitos e deveres de empregados e empregadores. Nas normas contratuais constam
regulamentos, circulares e resoluções e nas normas convencionais, constam acordos e
convenções coletivas.
Diferentes tipos de relações trazem diferentes tipos de conflitos. De acordo com a Lei
nº 9.307 de 23 de setembro de 1996, artigo primeiro, as pessoas capazes de contratar
poderão valer-se da arbitragem para dirimir litígios relativos a direitos patrimoniais
disponíveis, sendo que de acordo com o artigo segundo, a arbitragem poderá ser de
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UNIDADE VI │ RELACIONAMENTO COM FUNCIONÁRIOS, EMPREGADOS E SUAS ENTIDADES REPRESENTATIVAS
direito ou de equidade, a critério das partes. A Lei também prevê que as partes poderão
escolher as regras de direito que serão aplicadas na arbitragem. No Quadro Conceitos
de Arbitragem é possível conhecer algumas definições.
Autor Conceito
Carlos Alberto A arbitragem é um mecanismo privado de solução de litígios, através do qual um terceiro, escolhido pelos litigantes, impõe a sua
Carmona decisão, que deverá ser cumprida pelas partes.
René David A arbitragem é uma técnica que visa a dar a solução de uma questão, que interessa às relações entre duas pessoas, por uma ou
mais pessoas – o árbitro ou árbitros que detêm os seus poderes de uma convenção privada e julgam com base nessa convenção,
sem serem investidos desta missão pelo estado.
Charles Jarroson A arbitragem é a instituição pela qual um terceiro resolve o litígio que opõem duas ou mais partes, exercendo a missão jurisdicional
que lhe é conferida pelas partes.
De acordo com o artigo 7º, inciso XXVI da Constituição Federal, está entre os direitos
dos trabalhadores urbanos e rurais, o reconhecimento das convenções e acordos
coletivos de trabalho. Já o parágrafo primeiro do artigo 611 da CLT descreve que é
facultado, ou seja, permitido, mas não obrigatório que os sindicatos representativos
de categorias profissionais celebrem acordos coletivos com uma ou mais empresas da
correspondente categoria econômica, que estipulem condições de trabalho, aplicáveis
no âmbito da empresa ou das acordantes respectivas relações de trabalho.
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RELACIONAMENTO COM FUNCIONÁRIOS, EMPREGADOS E SUAS ENTIDADES REPRESENTATIVAS │ UNIDADE VI
VI - regulamento empresarial;
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UNIDADE VI │ RELACIONAMENTO COM FUNCIONÁRIOS, EMPREGADOS E SUAS ENTIDADES REPRESENTATIVAS
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RELACIONAMENTO COM FUNCIONÁRIOS, EMPREGADOS E SUAS ENTIDADES REPRESENTATIVAS │ UNIDADE VI
Nas organizações a palavra negociação possui grande relevância, pois é por meio dela
que diferentes tipos de acordos possam ser realizados tanto internamente, entre com
colaboradores, quanto externamente com clientes, fornecedores e governo.
O negociador precisa ter habilidade técnica, ou seja, ter conhecimento para saber
utilizar diferentes métodos e ferramentas; habilidade humana para conseguir entender,
compreender e trabalhar com as pessoas e habilidade conceitual para desenvolver todo
um planejamento.
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CONSULTORIA
E SISTEMAS DE
INFORMAÇÃO UNIDADE VII
EM RECURSOS
HUMANOS
CAPÍTULO 1
Papel do consultor interno de RH
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CONSULTORIA E SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM RECURSOS HUMANOS │ UNIDADE VII
Metáforas Definições
Parceiro estratégico O consultor interno participa do desdobramento das estratégias organizacionais assessorando os líderes sobre a necessidade
de adequações das competências individuais as estratégias organizacionais, e ao mesmo tempo, sua própria atividade
endossa a aplicação da atuação estratégica da área de gestão de pessoas.
Especialista administrativo O consultor interno promove a melhoria contínua dos processos e atividades rotineiras da área de RH, atendendo
prontamente as demandas do cliente interno por meio da simplificação dos processos, redução de tempo e custos, e
eliminação de desperdícios.
Defensor dos O consultor interno envolve-se com a realidade e o trabalho cotidiano da área que auxilia, dispondo de mecanismos capazes
funcionários: de ouvir, responder e encontrar maneiras de atender exclusivamente as demandas dos indivíduos da sua unidade de negócio,
que passam ter mais confiança na área de gestão de pessoas.
Agente de mudança: O consultor interno facilita os processos de mudança, de modo a intervir junto as pessoas, assessorando e criando um
vínculo de confiança, estabelecendo relações saudáveis e ao mesmo tempo, aumentando a possibilidade de superar
objeções e reduzir a resistência proporcionada.
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UNIDADE VII │ CONSULTORIA E SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM RECURSOS HUMANOS
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CONSULTORIA E SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM RECURSOS HUMANOS │ UNIDADE VII
Fonte: Silva (2013, p. 172) Apud Teixeira et al. (2005); Mancia (2010), Lacombe (2011) e Orlickas (2012).
A forma de atuação de um gestor define melhor o seu papel, que pode ser o de consultor
interno ou o de gestor de pessoas. De uma forma geral, a diferença entre os dois é que
o consultor interno possui uma visão e uma atuação mais abrangente, mais sistêmica.
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UNIDADE VII │ CONSULTORIA E SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM RECURSOS HUMANOS
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CAPÍTULO 2
Sistemas de Informação em RH
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UNIDADE VII │ CONSULTORIA E SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM RECURSOS HUMANOS
De forma que o avanço tecnológico mudou a forma com que diferentes profissionais,
como os da área de comunicação, medicina e engenharia, desenvolvem suas atividades.
Na área de gestão de pessoas não foi diferente, a utilização por exemplo do banco de
dados, permite o armazenamento de dados, por meio do qual diversos mapeamentos e
ações estratégicas podem ser realizadas, bem como um acesso maior dos colaboradores
a dados como os referentes à folha de pagamentos, o que acaba levando a um
autoatendimento.
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CONSULTORIA E SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM RECURSOS HUMANOS │ UNIDADE VII
Ter dados é importante, mas saber utilizá-los é ainda mais importante, justamente
por isto é necessário saber transformá-los em indicadores confiáveis, para que,
utilizando conhecimento de matemática e estatística o gestor tenha condições de
elaborar boas e adequadas estratégias.
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UNIDADE VII │ CONSULTORIA E SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM RECURSOS HUMANOS
Com base nas informações contidas, a organização pode fazer uma triagem dos
interessados, utilizando desta forma, o banco de dados para auxiliá-la a encontrar a
pessoa certa para o lugar certo.
Desta forma, a utilização do banco de dados na área de gestão de pessoas é como uma
ferramenta, que assim como uma faca, possui inúmeras utilidades, cujo objetivo estará
diretamente relacionado à forma como utiliza os dados.
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CONSULTORIA E SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM RECURSOS HUMANOS │ UNIDADE VII
toda a organização. Embora o ERP tenha suas origens nos sistemas de planejamento
de produção, o escopo das ofertas de ERP se expandiu em meados dos anos 1990
para incluir outras funções de back-office, como gerenciamento de pedidos,
gerenciamento financeiro, gerenciamento de ativos e recursos humanos. A variedade
de funcionalidades dos sistemas ERP expandiu-se nos últimos anos para incluir mais
aplicativos, como automação de marketing, comércio eletrônico, vendas e sistemas
de cadeia de suprimentos. Exemplos comuns de sistemas ERP disponíveis incluem
Oracle, Baan, PeopleSoft e SAP R/3.
O ERP pode ser definido como um sistema multidimensional integrado para todas as
funções, baseado em um modelo de negócio para planejamento, controle e otimização
global (recursos) de toda a cadeia de suprimentos, usando estados de tecnologia de TI
que fornece serviços de valor agregado a todas as partes internas e externas.
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UNIDADE VII │ CONSULTORIA E SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM RECURSOS HUMANOS
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CONSULTORIA E SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM RECURSOS HUMANOS │ UNIDADE VII
Uma grande vantagem de usar uma aplicação de ERP é que a informação é inserida
apenas uma vez, sendo disponibilizada em toda a empresa. Portanto, os sistemas ERP
podem reduzir bastante a margem de erro criada pelas informações que são inseridas
por diferentes funcionários em muitos bancos de dados diferentes. O ERP padroniza
os processos de fabricação e as informações de RH, além de integrar dados financeiros,
para que as vendas e as contas tenham os mesmos números. O SAP R/3, que na verdade
é o principal sistema de ERP, facilita a integração de informações entre sistemas de
informação individuais e diferentes, reduzindo o custo da informação e aumentando
seu valor. Um pacote de ERP ajuda a focar nas competências essenciais e funciona como
um veículo para transferir as melhores práticas e desenvolvimentos nos processos de
negócios e na TI.
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UNIDADE VII │ CONSULTORIA E SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM RECURSOS HUMANOS
A administração de pessoal, como a maioria das profissões, está sendo desafiada por
vários fatores que afetam as práticas tradicionais. Alguns dos desafios específicos
incluem:
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CONSULTORIA E SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM RECURSOS HUMANOS │ UNIDADE VII
Os gerentes de RH geralmente sentem que suas necessidades são uma reflexão tardia na
seleção e no design dos sistemas (ou seja, as necessidades das áreas financeira, de folha
de pagamento e de compras são prioritárias). Como alguns sistemas de gerenciamento
financeiro fornecem apenas a funcionalidade da folha de pagamento, os gerentes de
RH geralmente os consideram inadequados e criam soluções personalizadas usando
planilhas ou aplicativos de bancos de dados. Tais esforços podem satisfazer as
necessidades do RH central, mas os dados não são acessíveis a outros departamentos, o
que, por sua vez, leva à proliferação de sistemas departamentais adicionais.
Sistemas caseiros
Seja utilizado sozinho ou em conjunto com um sistema central de RH, há inúmeras soluções
de software projetadas para funções de administração de pessoal especializadas, como
rastreamento de candidatos, planejamento de compensação/benefícios, resultados de
habilidades/treinamento/testes, tempo e atendimento e gerenciamento de risco, entre
outras. Estes sistemas são tipicamente mais baratos do que soluções domésticas, mas
apresentam outros problemas. Um problema principal está relacionado à redundância
na entrada de dados e incapacidade de suportar o uso em toda a empresa.
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UNIDADE VII │ CONSULTORIA E SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM RECURSOS HUMANOS
Assim como alguns fornecedores de software fornecem soluções apenas para as funções
de gerenciamento financeiro, existem muitos fornecedores que fornecem apenas
a solução de Sistemas de Informações de Recursos Humanos (recursos humanos,
benefícios, folha de pagamento, tempo e trabalho) sem componentes financeiros. Essas
soluções são diferentes de “independentes”, porque abrangem uma gama mais ampla de
funções de RH. Os problemas associados a essas soluções, no entanto, são semelhantes
- falha em vincular dados financeiros e de RH e inacessibilidade por outros usuários.
Em resumo, para a maioria das organizações hoje (especialmente aquelas sem sistemas
ERP), os desafios e demandas da função de RH levaram a uma gama de soluções
de software que, na melhor das hipóteses, atenderam às necessidades de usuários
individuais e departamentos, mas ficou aquém de um nível empresarial.
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CONSULTORIA E SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM RECURSOS HUMANOS │ UNIDADE VII
Recursos Tecnológicos
Integração
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Segurança robusta
Fluxo de trabalho
Facilidade de uso
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UNIDADE VII │ CONSULTORIA E SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM RECURSOS HUMANOS
Alguns dos componentes de eRH dos principais sistemas ERP permitem o uso da
Internet para reduzir os custos de transação. Por exemplo, embora os aplicativos
de emprego possam ser baixados de vários sites da organização, os solicitantes
geralmente devem devolver o aplicativo e os documentos relacionados por correio
normal. Capacidades em sistemas modernos permitem submissões on-line. Mesmo
para as jurisdições que fornecem a capacidade de enviar um aplicativo on-line, os
dados normalmente não são enviados diretamente para o sistema de eRH, mas são
reinseridos por um funcionário da organização.
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CONSULTORIA E SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM RECURSOS HUMANOS │ UNIDADE VII
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UNIDADE VII │ CONSULTORIA E SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM RECURSOS HUMANOS
Dado que a maior parte dos gastos da organização local está relacionada aos custos
de pessoal, o eRH deve aplicar novas tecnologias e métodos (por exemplo, por meio
de autoatendimento ou um dispositivo de coleta de tempo) para coletar e avaliar de
maneira econômica as informações de tempo / trabalho do funcionário. Os módulos
de tempo e mão de obra são ingredientes-chave para o estabelecimento de recursos de
contabilidade de custos do setor público.
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CONSULTORIA E SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM RECURSOS HUMANOS │ UNIDADE VII
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O eRH pode ser uma ferramenta poderosa para auxiliar na tarefa de avaliar o
desempenho organizacional. Um dos principais aspectos do Balanced Scorecard
é a perspectiva “interna”, que envolve a avaliação das organizações com base nas
considerações dos funcionários.
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Business Intelligence
Para iniciar o projeto a tempo, várias atividades devem ser realizadas no site da
organização. Planejamento de instalações, projeto do ambiente técnico, gerenciamento
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CONSULTORIA E SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM RECURSOS HUMANOS │ UNIDADE VII
Este fator de risco refere-se ao erro de cálculo sobre a abordagem usada para distribuir
o software. Embora uma implementação de seis meses do “big bang” (ou seja, todos
os módulos colocados em produção de uma só vez) possam diminuir a duração total
do projeto, também é uma abordagem irrealista para muitas organizações grandes e
complexas, dado que as organizações lutam para adequarem-se os projetos de pessoal.
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UNIDADE VII │ CONSULTORIA E SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM RECURSOS HUMANOS
Alguns sistemas ERP são mais difíceis de projetar e configurar do que outros sistemas.
Infelizmente, os sistemas complexos são geralmente mais integrados - o que é uma
vantagem para a funcionalidade, mas uma desvantagem para o risco.
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Referências
ARELLANO, Eliete Bernal.; CESAR, Ana Maria R. V. C. Org. Gestão de Pessoas: nas
empresas contemporâneas brasileiras. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017.
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REFERÊNCIAS
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REFERÊNCIAS
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GIL, Antônio Carlos. Gestão de pessoas: enfoque nos papéis profissionais. 1 ed. 10
reimpr. São Paulo: Atlas, 2010.
ONO, Mauri Serji. Como criar estratégias para empresas de classe mundial in Conselho
Estratégico. Luis Augusto Lobão Mendes; Mauri Serji Ono (organizadores). Saraiva.
São Paulo: 2017.
ONU. Depressão afeta mais de 300 milhões de pessoas e é doença que mais
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de-300-milhoes-de-pessoas-e-e-doenca-que-mais-incapacita-pacientes-diz-oms/>.
Acesso em: 08 set. 2018.
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REFERÊNCIAS
SENDIN, Tatiana. Benefícios fazem toda diferença nas 150 melhores empresas.
Revista S/A Você. Disponível em: <http://exame.abril.com.br/revista-voce-sa/
edicoes/18402/noticias/um-pedaco-do-paraiso>. Acesso em: 28 set. 2018.
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