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Equipe EAD
@ VIRTUAL
Equipe EAD
REITORIA
Profª. Ms. Cristina Nitz da Cruz
COORDENAÇÃO GERAL
Ricardo Teodoro Martins
ASSESSORIA PEDAGÓGICA
Sandra Regina Pinto Pestana
DESIGN INSTRUCIONAL
Samira Santana Dias
REVISÃO TEXTUAL
Equipe EAD
Aricinara Porto O’Farrell
SUPERVISÃO DE TUTORIA
Keila Gerude Ferreira Botelho
DESIGN GRÁFICO
João Mário Chaves Júnior
presentaçã
Apresentação
Olá estudante! Seja bem-vindo (a)
Apresentação
organizando os conteúdos em quatro módulos e da seguinte forma:
Módulo I: Nesse módulo vou apresentar os seguintes conteúdos: Con-
ceitos e Fundamentos da Gestão de Pessoas, abordando o contexto,
o conceito e os objetivos da Gestão de Pessoas, as pessoas como par-
ceiras da organização, os aspectos fundamentais da moderna Gestão
de Pessoas; O processo de Gestão de Pessoas, a estrutura do órgão de
Gestão de Pessoas e as responsabilidades do Departamento de Recur-
sos Humanos; O Planejamento Estratégico de Gestão de Pessoas, onde
vou apresentar a missão, os valores, a visão, os objetivos e as estratégias
organizacionais. E o Planejamento Estratégico de Recursos Humanos.
Módulo II: Nesse módulo vou trabalhar os seguintes conteúdos: O Re-
crutamento de Pessoas, abordando os conceitos, tipos, prós e contras
do recrutamento interno e externo; O currículo, com a apresentação de
conceitos, tipos, partes integrantes e dicas de elaboração de currículo;
A seleção de pessoas, onde vou tratar dos conceitos, modelos, critérios
de seleção, técnicas e instrumentos de seleção.
Módulo III: Nesse módulo vou apresentar: a Avaliação de Desempe-
nho abordando os conceitos, objetivos, questões orientadoras, métodos
tradicionais e modernos de avaliação de desempenho, assim como a
Ética nesse tipo de avaliação; As Recompensas Organizacionais, tratan-
do dos conceitos, tipos e componentes da remuneração, assim como do
desenho do sistema de remuneração, conceitos e objetivos da adminis-
tração de salários e pesquisa e política salarial.
presentaçã Módulo IV: Esse refere-se ao último módulo e nele vou abordar os se-
guintes conteúdos: O Treinamento, as condições para a aprendizagem, o
desenvolvimento das pessoas e o da organização e as técnicas de treina-
mento; Os tipos de aprendizagem; os instrutores, aprendizes e técnicas;
além de outros aspectos relevantes ao treinamento.
Bons estudos!
APRESENTAÇÃO.....................................................................................................03
Sumário
2. Processo de Gestão de Pessoas................................................................................10
3. Planejamento Estratégico de Gestão de Pessoas: Missão, valores, visão,
objetivos e estratégia organizacional...........................................................................13
3.1. Planejamento Estratégico de Recursos Humanos.............................................16
ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM.............................................................................20
1. Recrutamento de Pessoas.........................................................................................22
2. O Currículo: Conceitos, tipos e partes integrantes de um currículo..................26
3. Seleção de Pessoas: Conceitos, modelos, critérios e técnicas de seleção...........28
ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM.............................................................................35
MODULO III - AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO
1. A Avaliação de Desempenho...................................................................................38
1.1. Métodos tradicionais e Métodos modernos de avaliação de Sumário
desempenho....................................................................................................................42
1.2. A Ética na Avaliação do Desempenho..................................................45
2. Recompensas Organizacionais.................................................................................46
2.1. Recompensas financeiras e não-financeiras..........................................48
2.1.1. Tipos de salários ...........................................................49
2.2. Desenho do Sistema de Remuneração...................................................52
2.2.1. Conceitos e objetivos da administração de salários.....55
2.2.2. Pesquisa e Política Salarial.................................................55
ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM.............................................................................58
MODULO IV - O TREINAMENTO
1. Treinamento ................................................................................................60
1.1. Treinamento, Desenvolvimento das pessoas e Desenvolvimento
organizacional............................................................................61
1.2. Técnicas de Treinamento.................................................................62
2. Aprendizagem......................................................................................................63
2.1. Instrutores, Aprendizes e Técnicos................................................64
2.2. Outros Aspectos do Treinamento....................................................65
ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM.........................................................................67
REFERÊNCIAS........................................................................68
Sumário
Sumário
Módulo
Fundamentos da
Gestão de Pessoas
OBJETIVO:
Inicialmente é necessário considerar o contexto da Gestão de Pessoas e nesse sentido observa-se que
as organizações são formadas por pessoas que interagem em grande parte do tempo e sendo assim, as orga-
nizações dependem delas para alcançarem o sucesso.
As pessoas dependem das organizações nas quais trabalham para atingir seus objetivos pessoais e
individuais. De outro lado, as organizações dependem das pessoas diretamente para produzir seus bens e
serviços, atender seus clientes, competir nos mercados e atingir seus objetivos globais e estratégicos.
Dessa forma, existe uma relação de reciprocidade, onde cada uma das partes depende da outra. As
organizações podem ser hospitais, indústrias, universidades, lojas, prestadoras de serviços, etc. Sua estrutura
pode ser grande, média ou de pequeno porte.
Em relação ao conceito de Gestão de Pessoas, Chiavenato (2004) considera que consiste em uma área
muito sensível à mentalidade que predomina nas organizações. Ela é muito contingencial e situacional, pois
depende de vários aspectos, como a cultura que existe em cada organização, da estrutura organizacional
adotada, das características do contexto ambiental, do negócio da organização, da tecnologia utilizada, dos
processos internos e de uma infinidade de outras variáveis importantes.
Na atualidade, as organizações estão ampliando sua visão e atuação estratégica. Nesse contexto, o
processo produtivo da organização depende de alguns parceiros para que se concretize na sua totalidade.
Veja abaixo a contribuição de cada um destes parceiros:
• Os acionistas e investidores contribuem com capital de risco e investimentos;
• Os empregados contribuem com trabalho, esforço, conhecimentos e competências;
• Os fornecedores contribuem com matérias-primas, serviços, insumos básicos e tecnologias;
• Clientes e consumidores contribuem com compras, aquisição e o uso de bens e serviços;
Cada parceiro está disposto a continuar investindo seus recursos na medida em que obtém retorno e
resultados satisfatórios de seus investimentos. Observe abaixo:
• Os acionistas e investidores esperam retornos de lucros e dividendos;
• Os empregados esperam retornos de salários, benefícios, retribuições e satisfação;
• Os fornecedores esperam lucros e novos negócios;
• Clientes e consumidores esperam retornos de qualidade, preço, satisfação e valor agregado.
Nesse sentido, as organizações devem escolher como tratar as pessoas, se é como parceiros ou como
recursos da organização. Os colaboradores podem ser tratados como recursos produtivos das organizações:
os chamados recursos humanos.
Como recursos humanos, os empregados são isolados nos cargos onde cumprem horários rigidamen-
te estabelecidos, preocupam-se constantemente com as normas e regras, são subordinados a chefes e fiéis
à organização, dependem da chefia e são alienados em relação à organização, a ênfase é na especialização e
são apenas executores de tarefas.
Os colaboradores como parceiros da organização são agrupados em equipes, as metas são negociadas
e compartilhadas, são preocupados com os resultados e focados no atendimento e satisfação dos clientes,
estão vinculados à missão e visão da organização e mantém interdependência com colegas e equipes, são
participativos e comprometidos com a organização, são éticos e responsáveis e a ênfase é no conhecimento.
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Curso de Graduação em Administração a Distância
Dessa forma, observa-se nitidamente a real importância das organizações, de uma forma geral,
adotarem a prática de tratar os colaboradores como parceiros da organização visando assim um melhor
desenvolvimento de suas atividades.
A moderna Gestão de Pessoas fundamenta-se nos seguintes aspectos:
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Gestão de Pessoas
No seu trabalho, cada administrador desempenha as funções de planejar, controlar, organizar e dirigir.
A Administração de Recursos Humanos - ARH tem o objetivo de ajudar no desempenho dessas funções,
considerando que o administrador não desempenha essas funções sozinho, mas através das pessoas que
formam a equipe.
Nesse sentido, a ARH refere-se às políticas e práticas necessárias para administrar o trabalho das pes-
soas, tais como:
• Análise e descrição de cargos e modelagem do trabalho;
• Recrutamento e seleção de pessoal e admissão dos candidatos selecionados;
• Orientação e integração de novos funcionários;
• Administração de cargos e salários;
• Incentivos salariais e benefícios sociais;
• Avaliação do desempenho de pessoas;
• Comunicação aos funcionários;
• Treinamento e desenvolvimento de pessoas;
• Higiene, segurança e qualidade de vida no trabalho;
• Relações com empregados e relações sindicais;
A gestão de pessoas é um conjunto de processos dinâmicos que interagem entre si. Podemos notá-los
abaixo:
1. Processo de agregar pessoas: são processos de inclusão de novas pessoas na organização,
podendo ser chamado também de provisão de pessoas, e está incluso recrutamento e seleção;
2. Processo de aplicar pessoas: são os processos utilizados para desenhar as atividades que as
pessoas irão desempenhar na organização, incluindo a orientação e o acompanhamento do seu
desempenho;
3. Processo de recompensar pessoas: são processos que visam incentivar as pessoas e sa-
tisfazerem suas necessidades individuais mais elevadas. Incluem recompensas, remunerações,
benefícios sociais, etc;
4. Processo de desenvolver pessoas: consiste no processo utilizado para capacitar e incre-
mentar o desenvolvimento profissional e pessoal das pessoas, incluindo treinamentos, gestão
do conhecimento, etc;
5. Processo de manter pessoas: processo que tem a finalidade de criar condições ambientais
e psicológicas satisfatórias para as atividades das pessoas. Incluem a administração da cultura
organizacional, clima, higiene, entre outros;
6. Processos de monitorar pessoas: processos utilizados para acompanhar e controlar as
atividades das pessoas e verificar resultados. Incluem banco de dados e sistemas de informações
gerenciais.
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Curso de Graduação em Administração a Distância
Nesse contexto e diante do exposto acima, o órgão de gestão de pessoas tem a seguinte a estrutura:
• Admissões: É o departamento responsável pelas admissões. É ele quem aprova todas as so-
licitações, aplica testes e entrevista candidatos. Os gerentes de linha recebem uma lista limitada
de candidatos por posição para que possam fazer a escolha final;
• Diversidade da Força de trabalho: Cabe ao DRH assegurar a composição da força de tra-
balho, mantendo certa diversidade de pessoal;
• Remuneração: É o DRH que estabelece os níveis salariais para cada cargo com base em clas-
sificação de cargos e pesquisa de mercado em companhias similares;
• Avaliação de Funcionários: Os gerentes de linha preenchem os formulários de avaliação do
desempenho dos seus subordinados enquanto o DRH analisa os resultados e solicita aos geren-
tes que justifiquem suas avaliações quando muito altas ou muito baixas;
• Treinamento: O DRH conduz os programas de treinamento aos funcionários, incluindo
relações humanas, administração da qualidade e o uso de pacotes de softwares de computação;
• Pesquisas de Atitudes: Cabe ao DRH a condução de pesquisas anuais solicitando aos fun-
cionários que avaliem como se sentem em relação ao seu trabalho, ao gerente, ao salário e às
condições ambientais da organização.
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Gestão de Pessoas
O gerente tem a responsabilidade linear e direta pela condução de seus subordinados. Dessa visão
destaca-se os seguintes aspectos:
Centralização / descentralização das atividades de Recursos Humanos
O conceito básico de que administrar é uma responsabilidade de linha e uma função de staff em áreas
de ARH, com pouca participação gerencial das demais áreas.
Prós
1. Descentralização de todas as decisões e ações de RH nos gerentes de linha;
2. Desmonopolização das decisões e ações de RH;
3. Adequação das práticas de ARH às diferenças individuais das pessoas;
4. O órgão de RH torna-se consultor interno dos gerentes de linha;
5. Focalização no cliente interno;
6. Favorece a administração dos gerentes e equipes.
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Curso de Graduação em Administração a Distância
Contras
1. O órgão de RH perde suas fronteiras e limites, tornando-se aberto e receptivo;
2. Os especialistas de RH se dispersam entre as unidades estratégicas;
3. Perda da visão de conjunto das práticas de RH;
4. Necessidade de terceirização das atividades burocráticas.
As organizações não funcionam ao acaso, elas interagem com o meio ambiente, dependem de outras
organizações e lutam contra outras para manterem seus mercados e domínios.
A estratégia é condicionada pela missão organizacional, pela visão do futuro e pelos objetivos princi-
pais da organização. O único integrante racional e inteligente da estratégia organizacional é o elemento hu-
mano: a cabeça e o sistema nervoso da organização, o cérebro do negócio, a inteligência que toma decisões.
Missão
As organizações existem para realizarem alguma coisa, tendo uma missão a cumprir. Missão significa
uma incumbência que se recebe e representa a razão da existência de uma organização. Significa o motivo
pelo qual a organização foi criada e para que ela deve servir. Uma definição da missão da organização deve
responder a três perguntas básicas, que são:
• Quem somos nós?
• O que fazemos?
• E por que fazemos o que fazemos?
Em resumo, a missão funciona com o propósito orientador para as atividades da organização e para
aglutinar os esforços dos seus membros, servindo para clarificar e comunicar os objetivos da organização,
seus valores básicos e a estratégia organizacional.
Nesse sentido, cada organização tem a sua missão específica e esta deve traduzir a filosofia dessa or-
ganização, que é geralmente formulada por seus fundadores.
Valores
Valor é uma crença básica sobre o que se pode ou não fazer, ou sobre o que é ou não importante. Os
valores constituem crenças e atitudes que ajudam a determinar o comportamento individual.
Os valores organizacionais decorrem de certas pressuposições básicas – como pressuposições sobre
a natureza humana – que funcionam como o núcleo da cultura organizacional. Essas pressuposições provo-
cam uma forte tendência à conformidade nas pessoas e funcionam como princípios políticos de consistência
que dão direção, integridade e autodisciplina entre as pessoas.
Nesse sentido, a cultura da organização é importante na definição dos valores que orientam a organi-
zação e seus membros.
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Gestão de Pessoas
Veja no quadro abaixo, os 12 valores básicos que servem como alicerce para uma administração bem
sucedida:
Lei e Ordem A organização adota o valor da lei e da ordem: a justiça deve prevalecer.
Visão
A visão é a imagem que a organização tem a respeito de si mesma e de seu futuro. Essa imagem es-
tabelece uma identidade comum quanto aos propósitos da organização para o futuro, a fim de orientar o
comportamento de seus colaboradores quanto ao destino que a organização deseja construir e realizar.
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Curso de Graduação em Administração a Distância
A missão e a visão proporcionam os elementos básicos para a definição dos objetivos globais e a for-
mulação da estratégia organizacional. A estratégia organizacional, por sua vez, funciona como o meio para
realizar a missão e alcançar os objetivos organizacionais decorrentes da visão da empresa.
Objetivos Organizacionais
É um resultado desejado, que se pretende alcançar dentro de um determinado período. Sabemos que a
visão organizacional se refere a um conjunto de objetivos desejados pela organização. Daí a denominação de
objetivos organizacionais para diferenciá-los dos objetivos individuais desejados pelas pessoas para alcançar
proveitos pessoais.
Segundo Chiavenato (2004), os objetivos devem atender a seis critérios, que são:
• Ser focalizado em um resultado a atingir e não em uma atividade;
• Ser consistente, ou seja, precisa estar amarrado coerentemente a outros objetivos e demais
metas da organização;
• Ser específico, isto é, bem definido;
• Ser mensurável, ou seja, quantitativo e objetivo;
• Ser relacionado com um determinado período, como dia, mês e número de anos;
• Ser alcançável, isto é, os objetivos devem ser perfeitamente possíveis.
Estratégia Organizacional
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Gestão de Pessoas
A estratégia parte dos objetivos estratégicos da missão e da visão que pretende realizar e é balizada por
dois tipos de análise. De um lado, a análise para verificar as oportunidades que devem ser aproveitadas e as
ameaças que devem ser evitadas. Trata-se de um mapeamento ambiental para se saber o que há no entorno.
Por outro lado, uma análise para fazer o levantamento das habilidades e capacidades da empresa que
precisam ser aplicadas plenamente e de seus pontos nevrálgicos que precisam ser corrigidos ou melhorados.
A estratégia organizacional representa a maneira pela qual a empresa se comporta perante o ambiente
que a circunda, procurando aproveitar as oportunidades potenciais que rondam os seus negócios.
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Curso de Graduação em Administração a Distância
Chiavenato nos mostra que existem vários modelos de planejamento de Recursos Humanos. Alguns
são genéricos e abrangem toda a organização, enquanto outros são específicos para determinados níveis ou
unidades organizacionais, como por exemplo:
Vale ressaltar que há dois fatores que intervêm no Planejamento de Recursos Humanos, são eles: O
absenteísmo e a rotatividade de pessoal.
O ABSENTEÍSMO
As ausências dos colaboradores ao trabalho provocam certas distorções quando se refere a volume e
disponibilidade de força de trabalho, considerando que a ausência são faltas ou atrasos no serviço. O absen-
teísmo é a sua principal consequência. O oposto do absenteísmo é a presença. Ele se refere ao tempo em
que o funcionário está disponível para o trabalho.
17
Gestão de Pessoas
O absenteísmo constitui a soma dos períodos em que os funcionários se encontram ausentes do tra-
balho, seja por falta, atraso ou algum motivo interveniente.
Observe abaixo como calcular o índice de absenteísmo:
Numero de pessoas /
dias de trabalho perdidos por ausência no mês.
Índice de absenteísmo =
Número médio de empregados
x
Nº de dias de trabalho no mês
Esta fórmula reflete o número de dias de ausência dos empregados. Mas como ficam as ausências por
atrasos de minutos ou horas?
Algumas empresas preferem transformar os dias em horas, para incluir faltas e atrasos. Observe o
quadro abaixo:
Total de Pessoas /
Horas Perdidas
Índice de absenteísmo =
Total de Pessoas /
Horas de Trabalho
ROTATIVIDADE DE PESSOAL
A rotatividade de pessoal é o resultado da saída de alguns funcionários e a entrada de outros para
substituí-los no trabalho. As organizações sofrem um processo contínuo e dinâmico de negentropia, ou seja,
para poderem manter sua integridade e sobreviver.
Nesse sentido, a rotatividade refere-se ao fluxo de entradas e saídas de pessoas em uma organização,
ou seja, as entradas para compensar as saídas de pessoas das organizações.
Cada desligamento quase sempre corresponde à admissão de um substituto como reposição. Isso sig-
nifica que o fluxo de saídas (desligamentos, demissões e aposentadorias) deve ser compensado por um fluxo
equivalente de entradas (admissões) de pessoas.
Existem dois tipos de desligamento, um por iniciativa do funcionário e o outro por iniciativa da or-
ganização. O primeiro ocorre quando um funcionário decide por razões pessoais ou profissionais encerrar
a relação de trabalho com a organização, podemos observar em situações como essa a insatisfação com o
trabalho bem como as inúmeras alternativas atrativas que o mesmo visualiza fora da organização.
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Curso de Graduação em Administração a Distância
O segundo tipo de desligamento ocorre quando a organização decide desligar funcionários, seja para
substituí-lo por outros mais adequados às suas necessidades, seja para corrigir problemas de seleção ina-
dequada, seja para reduzir sua força de trabalho, as mudanças efetuadas no desenho dos cargos provocam
transferências, recolocações, compartilhamento de tarefas, redução de horas de trabalho e demissões de
funcionários.
Vale ressaltar a existência de algumas variáveis internas e externas, como por exemplo, a situação de
oferta e procura do mercado de Recursos Humanos, a conjuntura econômica, as oportunidades de emprego
no mercado de trabalho, entre outras.
Essas variáveis são obtidas mediante as entrevistas de desligamento feitas com os funcionários que
se desligam da organização e após a efetivação do desligamento para evitar qualquer compromisso pessoal.
A entrevista de desligamento é realizada por um especialista em RH ou gerente de linha e abrange alguns
aspectos, de acordo com Chiavenato (2004):
• Motivo que causou o desligamento;
• Opinião do colaborador sobre a gerência, os colegas e a empresa;
• Opinião sobre o cargo, horário de trabalho e condições de trabalho;
• Opinião sobre o salário, benefícios sociais e oportunidades e progresso;
• Opinião a respeito do relacionamento humano, moral e atitude das pessoas;
• Opinião a respeito das oportunidades existentes no mercado de trabalho.
Dessa forma, a entrevista de desligamento utiliza um questionário simples para obter os dados a fim
de serem registrados e tabulados para efeito de estatísticas sobre as opiniões a respeito de:
1. Salário
2. Tipo de trabalho
3. Benefícios sociais
4 Quantidade ou programação de trabalho
5 Oportunidades de crescimento
6. Relacionamento com outros gerentes
7. Relacionamento com outros colegas
8. Reconhecimento pelo trabalho
9. Tipo de supervisão recebida
10. Condições ambientais de trabalho
11. Condições psicológicas de trabalho
12. Treinamento e desenvolvimento.
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Gestão de Pessoas
ATIVIDADES DE APRENDIZAGEM
01. Na sua concepção como você vê uma organização que trata seus colaboradores como parceiros? Até que
ponto isso é benéfico?
02. Quais são os principais objetivos da Gestão de Pessoas?
04. Qual das responsabilidades do Departamento de Recursos Humanos você considera mais importante?
Comente.
06. Pesquise e escreva sobre a missão de uma organização de seu interesse, verifique se a organização
trabalha dentro de seus anseios por objetivos.
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Módulo
II
RECRUTAMENTO DE
PESSOAS
OBJETIVO:
1. RECRUTAMENTO DE PESSOAS
A primeira fase do processo de agregar pessoas é o recrutamento e por isso torna-se necessário
compreender o seu significado. O recrutamento de pessoas refere-se ao processo pelo qual a organização
atrai candidatos no Mercado de Recursos Humanos – MRH, para abastecer seu processo seletivo. Funciona
como um processo de comunicação: a organização divulga e oferece oportunidades de trabalho ao MRH.
Nesse sentido, o recrutamento age sobre as fontes fornecedoras de Recursos Humanos no mercado,
influenciando-as e sendo influenciado por elas. As fontes são os locais onde encontramos as pessoas que
procuram uma oportunidade de emprego. Essas fontes podem ser:
O banco de talentos da empresa;
Universidades;
Sindicatos;
Associações de classe (CRA, CREA, CRO, etc.);
Agências governamentais (SINE);
Agências de intercâmbio (CIEE);
Consultorias de recolocação de pessoas;
ONG´s, entre outras;
O mercado que devemos conhecer muito bem antes de iniciar qualquer processo, é constituído das
pessoas que buscam oportunidades de trabalho e das tendências das relações de trabalho entre empregados e
empregadores. Essas relações podem ser formais (com contratos regulamentados pela CLT – Consolidação
das leis do trabalho) ou informais (quando não regidos pela CLT). Há também as novas formas de relações
de trabalho como as cooperativas e associados.
O mercado de trabalho pode apresentar uma tendência a oferecer um maior número de oportunidades
para pessoas com um nível mais elevado de qualificação ou, ao contrário, para as que têm menor qualifica-
ção. A elaboração de uma análise do mercado de trabalho exige o conhecimento do número de ofertas de
oportunidades de trabalho por setores, os perfis dos candidatos, o nível salarial por categorias e principal-
mente, da região onde se pretende realizar o recrutamento, que pode ser um estado, um país, um conjunto
de países que formam um bloco econômico, como no caso do Mercosul ou mundial.
O recrutamento é uma forma de relacionamento com a sociedade e com os empregados da organiza-
ção. Sendo uma atividade de divulgação, ela é também uma ação de Marketing e Endomarketing, porque irá
divulgar não só uma vaga, mas oportunidade de trabalho e a imagem da empresa junto ao público interno
e externo.
GLOSSÁRIO
Marketing é um processo social por meio do qual pessoas e grupos de pessoas obtêm aquilo de que
necessitam e o que desejam através da criação, oferta e livre negociação de produtos e serviços de valor
com outros. O conceito contemporâneo de Marketing engloba a construção de um satisfatório relaciona-
mento a longo prazo no qual indivíduos e grupos obtêm aquilo que desejam e necessitam. O marketing se
originou para atender as necessidades de mercado, mas não está limitado aos bens de consumo e é também
amplamente usado para “vender” ideias e programas sociais.
Endomarketing é uma atividade do marketing, batizada em 1990 por Saul Bekin em seu livro “Fun-
damentos do Endomarketing”. “Endo”, originário do grego, significa posição ou ação no interior, ou seja,
“movimento para dentro”. Endomarketing é portanto, um conjunto de ações de marketing institucional
dirigida para o público interno (colaboradores, fornecedores, acionistas, vendedores, clientes).
22
Curso de Graduação em Administração a Distância
O tipo de recrutamento, interno ou externo, será definido como função da estratégia da empresa e das
condições do mercado. Uma ou outra modalidade oferece vantagens e desvantagens que devem ser analisadas
em conjunto com o solicitante considerando as questões apresentadas anteriormente e as condições financei-
ras da empresa e o número de candidatos a serem recrutados.
O recrutamento interno atua sobre os candidatos que estão trabalhando dentro da organização, para
promovê-los ou transferí-los para outras atividades mais complexas ou mais motivadoras.
O recrutamento é considerado externo quando a divulgação é dirigida ao público externo, quando o
objetivo é trazer pessoas de fora da organização para participarem do processo seletivo. Isto é, quando divul-
gamos a oportunidade internamente, com o objetivo de encontrar no conjunto de trabalhadores da empresa,
alguém que tenha o perfil para essa nova oportunidade.
Logo após a organização decidir que processo vai aderir e qual a fonte vai utilizar, torna-se necessária
a escolha dos meios mais adequados para a divulgação de forma a obter o retorno desejado, utilizando os
recursos que a organização dispõe.
Os meios de recrutamento disponíveis são:
Anúncios em jornais e revistas especializadas ou comerciais: a construção do anúncio é im-
portante, devemos sempre ter em mente como o candidato interpreta e poderá reagir ao anúncio;
Cartazes em locais estratégicos: é um tipo de recrutamento de baixo custo e com razoável
rendimento e rapidez;
Contato com consultorias especializadas ou recolocação;
Convênio com agências especializadas: podem servir de intermediários para fazer o recruta-
mento;
Convênios com universidades, escolas, sindicatos e associações de classe: algumas orga-
nizações promovem sistematicamente palestras e conferências utilizando recursos áudio-visuais,
como vídeos institucionais e criar uma atitude favorável entre os candidatos em potencial;
Pedido de indicação de empregados: a organização solicita de seus colaboradores indicação de
candidatos (amigos, vizinhos e parentes);
Utilização do banco de talentos da organização: o arquivo é feito de acordo com suas quali-
ficações mais importantes, por área de atividade ou por cargo e se baseia no curriculum vitae ou
nos dados de proposta de emprego;
Anúncios através da internet e intranet;
Rádios locais e nacionais.
Vale ressaltar que um meio não pode simplesmente ser considerado melhor que o outro, sem uma aná-
lise de todo o contexto. Vejamos a seguir os exemplos:
• Uma pequena empresa autorizada para consertos de aparelhos eletrônicos precisa de um estagi-
ário, como não tem muita disponibilidade financeira para contratação de serviços especializados
e sua cidade não tem um Centro Integrado Empresa Escola (CIEE), optou por utilizar o Serviço
Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAI como fonte e meio de recrutamento.
• Uma multinacional que está ampliando seus negócios e precisa de um profissio-
nal altamente especializado para trabalhar em uma de suas unidades em outro país utili-
za seu departamento de marketing para desenvolver uma bela campanha para divulgar a
oportunidade em revistas especializadas internacionais.
Você escolheria as mesmas estratégias? Discuta com seus colegas, qual a melhor solução.
Atenção!
23
Os métodos escolhidos em ambos os casos foram acertados para a situação, considerando que utilizar
o Departamento de Marketing para desenvolver uma campanha é muito adequado e amplia a interação entre
os departamentos da organização.
Podemos observar pelos exemplos que nem todas as organizações possuem um Departamento de
Marketing e nesse caso, podem optar por meios que não exijam a elaboração de um anúncio, mas se deseja-
rem isso poderá ser realizado, desde que ele tenha as seguintes características:
• Atraia a atenção dos candidatos, para que os mesmos leiam a divulgação;
• Desperte o interesse dos candidatos em conhecer o trabalho da empresa;
• Crie o desejo de candidatos em fazer parte da equipe;
• Provoque uma ação: diga como fazer para se candidatar.
Hoje as empresas já estão optando por um pré – currículo padronizado através da internet, incluindo
um espaço para auto – avaliação dos candidatos e utilizam suas próprias páginas de divulgação e envio de
email ou links em páginas utilizadas pelo seu público-alvo.
A empresa poderá optar por uma divulgação que não indique o seu nome, porém, esse dado não in-
valida os demais. Desconhecer o nome da empresa não é a mesma coisa que desconhecer o que a empresa
deseja e oferece como contrapartida.
O processo seletivo começa bem antes do Recrutamento e do preenchimento da Requisição de Pes-
soal e os elementos que servem de base para esse processo são: a missão, a visão e os objetivos estratégicos.
Esse processo em si pode ser apresentado da seguinte forma:
1. Planejamento: verificação das necessidades de pessoas para atender ao estabelecimento no
planejamento estratégico de recursos humanos;
2. Preenchimento da Requisição de Pessoal – cargo, função, atividade (características do cargo),
características pessoais e profissionais (conhecimentos, habilidades e atitudes);
3. Análise do Mercado de Trabalho (MT);
4. Análise quanto ao tipo de recrutamento: interno ou externo;
5. Elaboração da divulgação em conjunto com o Departamento de Marketing;
6. Execução;
7. Recebimento dos currículos, das fichas padronizadas ou de e-mails.
Curso de Graduação em Administração a Distância
Prós
1. Melhor aproveitamento do potencial humano da organização;
2. Motivação do desenvolvimento profissional dos atuais profissionais;
3. Incentivo à permanência e à fidelidade dos funcionários à organização;
4. É ideal para situações de estabilidade e pouca mudança ambiental;
5. Não requer socialização organizacional de novos membros;
6. Probabilidade de melhor seleção, pois os candidatos são bem conhecidos;
7. Menor custo financeiro.
Contras
1. Pode bloquear a entrada de novas ideias;
2. Facilita o conservantismo e favorece a rotina atual;
3. Mantém quase inalterado o patrimônio humano da organização;
4. É ideal para empresas burocráticas e mecanísticas;
5. Funciona como um sistema fechado e de reciclagem contínua.
Prós
1. Introduz sangue novo na organização: talentos habilidades e expectativas;
2. Enriquece o patrimônio humano, pelo aporte de novos talentos;
3. Aumento do capital intelectual;
4. Renova a cultura da organização e a enriquece com novas aspirações.
Contras
1. Afeta negativamente a motivação dos atuais colaboradores;
2. Reduz a fidelidade dos funcionários ao oferecer oportunidades a estranhos;
3. Requer a aplicação de técnicas seletivas para escolha de candidatos externos. E isto significa
custos operacionais;
4. Exige esquemas de socialização;
5. É mais custoso, oneroso, demorado e inseguro que o recrutamento interno.
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Gestão de Pessoas
O termo Curriculum Vitae vem do latim e quer dizer: “resumo da vida”. Assim, o currículo nada
mais é do que um breve relato da vida profissional, que informa as habilidades e experiências anteriores e
atuais, com o objetivo de apresentar o candidato ao mercado de trabalho, além de abrir espaço para novas
oportunidades.
Ter um currículo é muito importante, pois ele não apenas ajuda você a se apresentar às empresas às
quais está se candidatando, como também o possibilita a:
• Organizar sua vida profissional, para poder falar dela;
• Tornar mais claras suas ideias e aquilo que dirá nas entrevistas;
• Orientar as empresas nas quais se candidata sobre o que é mais importante sobre você mesmo
e mais importante ainda, sentir-se um profissional moderno e atualizado.
Antes de tudo, é preciso ter em mente alguns requisitos essenciais a um currículo (Oliveira, 2004. p
206). São eles:
Sério – É aquele currículo que transmite uma imagem de profissionalismo e confiabilidade,
tanto pelas informações que contém e pela forma como é redigido, quanto pela maneira como
é entregue ou encaminhado à empresa;
Claro – É aquele que não dá informações confusas, mas sim aquelas que todos conseguem
entender imediatamente. Traz informações bem organizadas, numa ordem que permite a quem
o pega logo achar o que está procurando;
Honesto – É aquele que diz a verdade, não tenta enganar. Evite, de todas as maneiras, incluir
no seu currículo informações falsas, exageradas ou mentirosas;
Objetivo – É o que evita dar informações confusas, mas concentra-se naquelas que interessam
à empresa.Traz informações de fatos de sua vida profissional e não suas opiniões sobre eles.
Possuindo no máximo duas páginas;
Leve – É aquele agradável de ler, impresso em letras de tamanho e formato satisfatórios, sem
possuir excessos;
Limpo – É um currículo sem erros de digitação ou de gramática, de impressão ou ainda rasurado,
corrigido à mão ou com corretivo;
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Curso de Graduação em Administração a Distância
Dados Pessoais: Devem vir logo no início do currículo com as seguintes informações: nome,
nacionalidade, endereço, telefone (convencional, celular e recado) e e-mail. A Idade ou estado civil
não são obrigatórios, a não ser que sejam exigidos pela empresa. Evite colocar número de documentos,
raça, religião ou filiação partidária;
Objetivo Pretendido ou área de atuação: Neste item procure ser específico, pois normalmen-
te as empresas têm muitos currículos para analisar e quanto mais direcionado for o seu, mais
fácil de ser selecionado;
Escolaridade: Nesta etapa você irá colocar sua formação acadêmica e demais cursos de pós-
graduação, caso não a tenha informe apenas a conclusão do tipo de ensino que você realizou
(fundamental, médio ou técnico);
Experiência Profissional: Descreva neste item sua experiência profissional, não esquecendo
de especificar suas atribuições de forma resumida;
Outros Cursos e Atividades: especificar cursos e atividades que estejam relacionados à sua
formação.
Ao elaborar seu currículo, é necessário adequá-lo à vaga pretendida: Fale para cada empresa exatamen-
te o que ela quer ouvir.
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Gestão de Pessoas
Use palavras - chave: Use palavras específicas da sua área para ressaltar sua experiência e
especialização;
Seja realista: Saiba ressaltar os seus pontos fortes sem parecer exibicionista;
Equilibre suas competências: Sempre relacione competência aos resultados que você já
obteve em experiências anteriores;
Revise: Ao acabar de escrever, revise, revise, revise. Erros de português e digitação são
imperdoáveis, tanto no papel quanto na web;
Não se preocupe, isso não é problema. Além das informações básicas, há muitos dados importantes
sobre você que podem ser colocados no currículo, tornando-o mais atraente para o mercado e destacando
suas capacidades. Assim se você não tiver experiência profissional, pode seguir as seguintes dicas:
• Se você trabalhou ou trabalha em empresa da família, coloque esta informação, mesmo que
não esteja dentro de sua área de atuação, pois ter um bom relacionamento e manter contato com
o público são habilidades importantes para qualquer empresa;
• A prática de esportes radicais pode sugerir que você é um profissional com espírito de lide-
rança, tomada de decisão e pró - atividade. Portanto, vale indicar qual o esporte praticado e há
quanto tempo pratica;
• Você já fez ou faz algum trabalho voluntário? Se a resposta for sim, agregou valor, pois hoje a
responsabilidade social é muito valorizada pelas empresas;
• Relacione os grupos e associações que você faz parte. Pode ser o grupo de jovens da igreja ou
grêmio de faculdade. Isso denota seu interesse em fazer parte de um grupo social;
É importante salientar que a decisão final é e sempre será responsabilidade gerencial. O profissional
de Recursos Humanos atuará como um assessor, como um consultor interno, orientando o gerente na rea-
lização de excelentes entrevistas, uso de indicadores e oferecendo seus serviços de especialista em aplicação
e avaliação a partir das ferramentas utilizadas para tal fim: testes, dinâmicas de grupo, testes situacionais etc.
A melhor maneira de conceituar seleção é representá-la como uma comparação entre duas variáveis:
de um lado, as características do cargo a ser preenchido (requisitos que o cargo exige de seu ocupante) e de
outro lado, as características do perfil dos candidatos que se apresentam para disputá-lo.
A primeira variável é fornecida pela descrição e análise do cargo, enquanto a segunda é obtida por
meio de aplicação das técnicas de seleção.
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Especificações do Características
cargo ou desejadas
competências
desejadas
Após a comparação entre as características exigidas pelo cargo ou competência desejadas e as carac-
terísticas oferecidas pelos candidatos, pode acontecer que vários destes apresentem condições aproxima-
damente equivalentes para serem indicados para ocuparem a vaga. O órgão de seleção não pode impor ao
órgão requisitante a aceitação de candidatos aprovados no processo de comparação.
Aqui, a seleção se apresenta como um processo de decisão e escolha, no qual destacamos:
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Gestão de Pessoas
Modelo de
C V
Colocação
Um candidato para uma
vaga
c
Modelo de
Seleção c V
Vários candidatos para uma
vaga c
c V
Modelo de
Classificação c V
Vários candidatos para
várias vagas c V
Vale ressaltar que a identificação e a localização das características pessoais do candidato exige sensi-
bilidade. Essas características individuais estão relacionadas com três aspectos principais:
1. Execução das tarefas em si: a tarefa a ser executada exige características como: atenção
concentrada, atenção dispersa, aptidão numérica, aptidão verbal, entre outras.
2. Interdependência de outras tarefas: a tarefa a ser executada depende de outras tarefas para
iniciar ou terminar, e exige certas características ou aptidões humanas como: atenção dispersa e
abrangente, facilidade de coordenação entre outros.
3. Independência com outras pessoas: a tarefa a ser executada exige contatos com pessoas,
estejam elas situadas acima, lateralmente ou abaixo na hierarquia da organização. Assim, a tarefa
pode exigir características pessoais como: colaboração e cooperação com outras pessoas, facili-
dade em trabalhar em equipe entre outros.
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Curso de Graduação em Administração a Distância
As técnicas de seleção, por sua vez, permitem um rastreamento das características pessoais do candi-
dato através de amostras de seu comportamento. Uma boa técnica de seleção deve ter alguns atributos como
rapidez e confiabilidade.
A entrevista de seleção é um processo de comunicação entre duas ou mais pessoas que interagem
entre si e no qual uma das partes está interessada em conhecer melhor a outra.
De um lado, o entrevistador ou entrevistado ou candidato. O entrevistado se assemelha a uma caixa-
preta a ser desvendada. Aplica-se a ela determinados estímulos (entradas) para se verificar as suas reações
(saídas) e, com isto, estabelecer as possíveis relações de causa e efeito ou verificar seu comportamento diante
de determinadas situações.
São necessárias duas providências para melhorar o grau de confiança e de validade da entrevista: me-
lhor construção do processo de entrevista e treinamento dos entrevistadores.
O processo de entrevistar pode proporcionar maior ou menor grau de liberdade para o entrevistador
na condução da entrevista, que pode ser estruturada e padronizada ou pode ser inteiramente livre. As entre-
vistas podem ser das seguintes formas:
a) entrevista totalmente padronizada: tipo de entrevista planejada e organizada para ultrapassar
as limitações dos entrevistadores;
b) entrevista padronizada apenas nas perguntas: o entrevistador se baseia em uma listagem de
assuntos a questionar e colhe as respostas ou informações do candidato;
c) entrevista diretiva: o entrevistador precisa elaborar as perguntas de acordo com o andamento
da entrevista para obter o tipo de resposta ou informação requerida;
d) entrevista não-diretiva: o entrevistador corre o risco de esquecer ou omitir alguns assuntos ou
informações. É uma técnica criticada pela sua baixa consistência devido ao fato de não se basear
em um roteiro ou itinerário previamente estabelecido.
Já em relação ao treinamento dos entrevistadores vale considerar que esses entrevistadores geralmente
começam com entrevistas totalmente padronizadas. Com alguma experiência no assunto, o esquema muda
para entrevistas padronizadas apenas quanto à perguntas ou questões a serem formuladas ou para entrevistas
diretivas.
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Gestão de Pessoas
Prós
1. Permite o contato face a face com o candidato;
2. Proporciona interação direta com o candidato;
3. Focaliza o candidato como pessoa;
4. Permite avaliar o comportamento do candidato.
Contras
1. Técnica altamente subjetiva e forte margem de erro e variação;
2. Nem sempre o candidato se sai bem na entrevista;
3. Difícil comparar vários candidatos entre si;
4. Exige treinamento do entrevistador;
5. Exige conhecimento a respeito do cargo e suas características básicas.
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Curso de Graduação em Administração a Distância
A seguir destacamos alguns tipos de testes muito utilizados como subsídios às entrevistas e provas
tradicionais, visando um conhecimento mais amplo. Esses testes são:
Testes Psicológicos
Os testes psicológicos constituem uma medida objetiva de uma amostra do comportamento no que
se refere à aptidões da pessoa. Os testes de uma pessoa são comparados com padrões de resultados em
amostras representativas para obter resultados em percentis.
GLOSSÁRIO
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Gestão de Pessoas
Testes de Personalidade
Esses testes constituem uma integração de traços pessoais, uma mistura, um todo organizado. São
denominados psicodiagnósticos quando revelam traços gerais de personalidade em uma síntese global, e
quando pesquisam determinados traços ou aspectos de personalidade são chamados de específicos.
Testes de Simulação
Teste muito usado nos cargos que exigem relacionamento interpessoal, como os cargos de direção,
gerência, supervisão, entre outros.
A simulação promove retroação e permite o autoconhecimento e a auto-avaliação. Devem ser
acompanhados por psicólogos ou especialistas no assunto.
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Curso de Graduação em Administração a Distância
ATIVIDADES DE APRENDIZAGEM
10. Na sua concepção, qual a técnica de recrutamento externo é mais eficiente e eficaz? Por quê?
12. Os testes psicológicos são eficientes dentro de um processo seletivo? Por quê?
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Módulo
III
AVALIAÇÃO DE
DESEMPENHO
OBJETIVO:
1. A AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO
O desempenho humano no cargo é extremamente contingencial, isto é, algo que pode suceder ou
não, pois varia de pessoa para pessoa e de situação para situação, uma vez que depende de inúmeros fatores
condicionantes que influenciam poderosamente.
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Curso de Graduação em Administração a Distância
A avaliação de desempenho deve proporcionar benefícios para a organização e para as pessoas. Para
tanto, ela precisa atender as seguintes linhas básicas:
1. A avaliação deve cobrir não somente o desempenho no cargo ocupado, como também o
alcance das metas e objetivos;
2. A avaliação deve enfatizar o indivíduo no cargo e não a impressão a respeito dos hábitos
pessoais observados no trabalho;
3. A avaliação deve ser aceita por ambas as partes: avaliador e avaliado;
4. A avaliação do desempenho deve ser utilizada para melhorar a produtividade do indivíduo
dentro da organização, tornando-o mais bem equipado para produzir com eficácia e eficiência.
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Gestão de Pessoas
O Gerente
Na maior parte das organizações, cabe ao gerente a responsabilidade de linha pelo desempenho dos
seus subordinados e pela sua constante avaliação e comunicação dos resultados. Nessas organizações, se
avalia o desempenho do pessoal e do próprio gerente ou supervisor, com a assessoria do órgão de RH que
estabelece os meios e os critérios para que a avaliação possa acontecer.
O Indivíduo e o Gerente
Se avaliação do desempenho é uma responsabilidade de linha e se o maior interessado nela é o próprio
funcionário, uma alternativa interessante é a aproximação das duas partes. O envolvimento do indivíduo e
do gerente na avaliação é uma tendência muito forte. Nessa alternativa, o gerente funciona como gerente
de guia e orientação, enquanto o funcionário avalia seu desempenho em função da retroação fornecida pelo
gerente.
O gerente fornece todos os recursos ao funcionário – orientação, treinamento, aconselhamento,
informação, equipamentos, metas e objetivos a alcançar – e cobra resultados, enquanto o funcionário fornece
o desempenho e resultados e cobra recursos dos gerentes. Um intercâmbio no qual cada um contribui com
algo para a obtenção de resultados.
A Equipe de trabalho
Nessa modalidade, é a própria equipe de trabalho que avalia o desempenho de cada um de seus
membros e programa com cada um as providências necessárias para a sua melhoria. A equipe se torna
responsável pela a avaliação de desempenho de seus participantes e define seus objetivos e metas à alcançar.
A Avaliação de 360°
Recentemente, surgiu mais uma novidade que consiste na avaliação de 360º, na qual a avaliação de
desempenho é feita de modo circular por todos os elementos que mantêm alguma interação com o avaliado.
Nesse sentido, participam da avaliação o chefe, os colegas e pares, os subordinados, os clientes internos
e externos, os fornecedores, enfim, todas as pessoas ao redor do avaliado, em uma abrangência de 360º graus.
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Curso de Graduação em Administração a Distância
A avaliação feita pelo entorno é mais rica por produzir diferentes informações vindas de todos os
lados e funciona no sentido de assegurar a adaptabilidade e o ajustamento do funcionário às variadas deman-
das que ele recebe do seu ambiente de trabalho ou de seus parceiros.
Todavia, ficar na berlinda ou na passarela recebendo um verdadeiro tiroteio de todos os lados não
é nada fácil para o avaliado. Este se torna muito vulnerável se não tiver a mente aberta e receptiva para o
sistema.
O Órgão de RH
Trata-se de uma alternativa muito comum em organizações mais conservadoras, mas que está sendo
abandonado pelo seu caráter extremamente centralizador, monopolizador e burocrático.
Nessa alternativa, o órgão de RH assume totalmente a responsabilidade pela avaliação do desempenho
de todas as pessoas da organização.
Quase sempre, as informações sobre o desempenho passado das pessoas são obtidas com cada gerente
e processadas e interpretadas, gerando relatórios ou programas de providências que são coordenadas pelo
órgão de RH.
Como todo processo centralizador, as regras e normas burocráticas quase sempre tiram a liberdade e
a flexibilidade das pessoas envolvidas no sistema. Além do mais, apresenta a desvantagem de trabalhar com
médias e medianas e não com o desempenho individualizado e singular de cada pessoa, trabalhando no
genérico e não no particular. E provoca uma forte tendência à padronização do desempenho das pessoas, na
tentativa de eliminar suas diferenças individuais.
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Gestão de Pessoas
Avaliar o desempenho de um grande número de pessoas dentro das organizações utilizando critérios
de equidade e de justiça e, ao mesmo tempo, estimulando as pessoas, não é tarefa fácil.
Por esta razão, muitas organizações constroem seus próprios sistemas de avaliação ajustados às carac-
terísticas peculiares do seu pessoal. Há uma variedade de métodos para avaliar o desempenho humano, esses
métodos podem ser dos seguintes tipos: tradicionais ou modernos.
Métodos Tradicionais
1- Escalas Gráficas
É um método baseado em uma tabela de dupla entrada: nas linhas estão os fatores de avaliação do
desempenho. Os fatores de avaliação constituem os critérios relevantes ou parâmetros básicos para ava-
liar o desempenho dos funcionários. O primeiro passo é a escolha e definição dos fatores de avaliação do
desempenho que servirão como instrumento de aferição e comparação do desempenho dos funcionários
envolvidos.
Os fatores de avaliação constituem comportamentos e atitudes selecionados e valorizados pela
organização. Assim, os funcionários que mais os ostentam são aqueles que desempenham melhor as suas
atividades, não importando exatamente qual o cargo que ocupam.
Assim, se uma organização escolhe o conhecimento do cargo como um fator de avaliação, ela está
sinalizando a todos os funcionários a importância e o realce que dá a esse aspecto.
O método das escalas gráficas avalia o desempenho das pessoas através de fatores de avaliação
previamente definidos e graduados. Para tanto, utiliza um formulário de dupla entrada, no qual as linhas
horizontais representam os fatores de avaliação do desempenho, enquanto as colunas verticais representam
os graus de variação daqueles fatores. Os fatores são previamente selecionados e escolhidos para definir em
cada pessoa as qualidades que se pretende avaliar.
Prós:
1. Facilidade de planejamento e de construção do instrumento de avaliação;
2. Facilidade na comparação dos resultados de vários funcionários;
3. Proporciona fácil retroação de dados ao avaliado;
Contras:
1. Superficialidade e subjetividade na avaliação do desempenho;
2. Limitação dos fatores de avaliação: funciona como um sistema fechado;
3. Avalia apenas o desempenho passado;
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Curso de Graduação em Administração a Distância
Definidos os fatores de avaliação, o segundo passo é a definição dos graus de avaliação para definir as
escalas de variação do desempenho em cada fator de avaliação. Geralmente utilizam-se três, quatro ou cinco
graus de variação (ótimo, bom, regular, sofrível e fraco) para cada fator.
O método das escalas gráficas reduz as opções de avaliação aos graus de variação dos fatores de
avaliação, o que limita as possibilidades do avaliador. É também muito criticado quando reduz os resultados
da avaliação a expressões numéricas através de tratamentos estatísticos ou matemáticos para proporcionar
valores objetivos para avaliação das pessoas. É o caso em que os graus recebem valores numéricos, como
ótimo = 5, bom = 4, regular =3, sofrível = 2 e fraco = 1.
2 - Escolha Forçada
Para eliminar a superficialidade, a generalização e a subjetividade – aspectos característicos do método
da escala gráfica – surgiu o método da escolha forçada. Esse método consiste em avaliar o desempenho das
pessoas através de blocos de frases descritivas que focalizam determinados aspectos do comportamento.
Cada bloco é composto de duas, quatro ou mais frases. O avaliador deve escolher forçosamente
uma ou duas frases em cada bloco que mais se aplica ao desempenho do funcionário avaliado. Ou então,
escolher a frase que mais representa o desempenho do funcionário e a frase que mais se distancia dele. Daí,
a denominação escolha forçada.
3 - Pesquisa de Campo
É um dos métodos tradicionais mais completos de avaliação do desempenho. Baseia-se no princípio da
responsabilidade de linha e da função de staff no processo de avaliação do desempenho. Requer entrevista
entre um especialista em avaliação (staff) com os gerentes (linha) para, em conjunto, avaliarem o desempenho
dos respectivos funcionários.
Daí o nome pesquisa de campo. A partir da entrevista com cada gerente, o especialista preenche um
formulário para cada funcionário avaliado. O método se desenvolve em quatro etapas: entrevista de avaliação
inicial, entrevista de análise complementar, planejamento das providências e acompanhamento posterior dos
resultados.
5 - Listas de Verificações
É um método de avaliação de desempenho baseado em uma relação de fatores de avaliação a serem
considerados (checklist) a respeito de cada funcionário. Cada um desses fatores de desempenho recebe uma
avaliação quantitativa.
A lista de verificação funciona como uma espécie de lembrete para o gerente avaliar todas as
características principais de um funcionário. Na prática, é uma simplificação do método das escalas gráficas.
Diante do exposto, sobre os tipos de métodos tradicionais usados pelas organizações, vale considerar
que há muitas críticas em relação a esses métodos tradicionais de avaliação de desempenho, pois eles
apresentam certas características ultrapassadas e negativas.
São métodos geralmente burocratizados, rotineiros e repetitivos, que tratam as pessoas como sendo
homogêneas e padronizadas. Além do mais, são autocontidos, pelo fato da avaliação funcionar como fim e
não como meio. Falta-lhes liberdade de forma e de conteúdo.
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Gestão de Pessoas
Nesse sentido, as organizações estão buscando novos métodos mais participativos e impulsionadores
de avaliação. A preocupação atual é desenvolver métodos capazes de dirigir os esforços das pessoas para
objetivos e metas que sirvam ao negócio da empresa e aos interesses individuais das pessoas, na melhor
forma possível de integrar objetivos organizacionais e objetivos individuais, sem conflitos e reforçando a
colocação de que a avaliação do desempenho não é um fim em si mesmo, mais um importante meio para
melhorar e impulsionar o comportamento das pessoas.
As limitações dos métodos tradicionais de avaliação de desempenho têm levado as organizações a
buscarem soluções criativas e inovadoras a partir de métodos modernos de avaliação do desempenho, que se
caracterizam por uma colocação totalmente nova do assunto: auto - avaliação e auto - direção das pessoas,
maior participação do funcionário em seu próprio planejamento de desenvolvimento pessoal, foco no
futuro e na melhoria contínua do desempenho.
Métodos Modernos
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Curso de Graduação em Administração a Distância
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Gestão de Pessoas
No entanto, é possível evitar que esses erros éticos comprometam a qualidade do processo de avaliação
de desempenho. Para isso, a organização precisa tomar alguns cuidados, tais como: adotar políticas e procedi-
mentos, assegurando que esses sejam conhecidos e compreendidos por todos os colaboradores que serão ava-
liados; instituir um mecanismo que permita aos funcionários pedir revisão das políticas e dos procedimentos
de avaliação em vigor; adotar critérios avaliativos objetivos, baseados na avaliação das ações do profissional e
dos resultados alcançados por ele, bem como definir que a avaliação de desempenho seja registrada por escrito
e fundamentada em fatos - comportamentos do funcionário e resultados obtidos por ele - também registrados.
Também é necessário tomar outros cuidados para que o processo tenha resultados satisfatórios. Dentre
esses, encontram-se medidas como: definir que a avaliação de desempenho e os fatos que a fundamentaram
sejam comunicados ao colaborador; fixar prazo razoável para que o profissional examine a avaliação e seus
fundamentos; estabelecer um mecanismo de apelação, ou seja, permitir que o colaborador recorra a uma ins-
tância decisória independente da primeira, caso considere o resultado injusto e por fim, estabelecer que todas
as avaliações ou uma amostra representativa delas, seja revisada por um mesmo grupo ou comissão de pessoas,
de preferência externo à organização, para garantir sua consistência e assegurar que todos sejam avaliados da
mesma forma.
2. RECOMPENSAS ORGANIZACIONAIS
Todo e qualquer colaborador não investe seu esforço sem esperar algum retorno, as pessoas trabalham
nas organizações em função de certas expectativas e resultados. Elas estão dispostas a se dedicarem ao trabalho
e às metas e objetivos da organização desde que isso lhes traga algum retorno significativo pelo seu esforço e
dedicação.
Em outros termos, o engajamento das pessoas no trabalho organizacional depende do grau de
reciprocidade percebido por elas: na medida em que o trabalho produz resultados esperados, maior será esse
engajamento.
Daí, a importância em projetar sistemas de recompensas capazes de aumentar o comprometimento das
pessoas nos negócios da organização.
De acordo com Chiavenato (2004), a atividade organizacional pode ser visualizada como um complicado
processo de conversão de vários recursos através de um sistema integrado capaz de proporcionar saídas ou
resultados. O processo de conversação requer uma combinação ótima de entradas como esforço humano,
tecnologia, matérias-primas, capital, etc., em um conjunto de trabalho para produzir um resultado desejado. O
elemento humano é parte vital e imprescindível dessa atividade.
Os economistas costumam visualizar três fatores de produção – recursos naturais, capital e trabalho, que
quando são reunidos e combinados por uma adequada administração, geram mais capital ou riqueza.
Para quem conhece a teoria de sistema, isso representa um fenômeno sinergístico ou emergente
sistêmico. O capital ou riqueza que se cria é repartido entre as partes envolvidas na sua geração: uma parte,
em forma de custo, passa aos fornecedores (que proporcionaram as matérias-primas ou equipamentos,
os proprietários de máquinas, equipamentos ou edifícios alugados, etc.); a outra, em forma de juros (para
aqueles que emprestaram o dinheiro à organização); a outra parte, em forma de dividendos (para aqueles que
forneceram o capital de participação ou de risco para o negócio); e enfim, outra parte, em forma de salários
(aos funcionários e encargos sociais decorrentes).
Assim, cada recurso produtivo tem o seu custo e o seu benefício, seu investimento e seu retorno. É o
emergente sistêmico ou efeito sinergístico que faz com que o benefício seja maior do que o custo e que o
retorno compense o investimento efetuado.
As recompensas oferecidas pela organização influenciam a satisfação dos seus parceiros. Cada parceiro
está disposto a investir com seus recursos individuais na medida em que obtém retornos e resultados dos
seus investimentos. Em função de suas características sistêmicas, a organização consegue reunir todos os
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Curso de Graduação em Administração a Distância
recursos oferecidos pelos diversos parceiros e alavancar seus resultados através do efeito sinergístico. Com
esses resultados, torna-se possível um retorno maior às contribuições efetuadas e manter-se a continuidade
do negócio.
O salário pago ao cargo ocupado constitui somente uma parcela do pacote de compensação que as
empresas costumam oferecer aos seus empregados. A remuneração geralmente é feita através de muitas
outras formas além do pagamento em salário: uma considerável parte de remuneração total é constituída em
benefícios sociais e de serviços sociais, que constituem custos de manter pessoal.
A remuneração abrange todas as parcelas do salário direto, com todas as decorrências do salário indireto.
Em outros termos, a remuneração constitui tudo quanto o empregado aufere direta ou indiretamente com
consequência do trabalho que ele desenvolver em uma organização. Portanto, a remuneração é gênero e o
salário, espécie.
De acordo com Chiavenato (2004) a Remuneração é o pacote de recompensas quantificáveis que um
empregado recebe pelo seu trabalho e inclui três componentes: remuneração básica, incentivos salariais e
remuneração indireta/benefícios.
A maioria das empresas tem como componente principal da remuneração total a remuneração básica ou
salário fixo, como é mais comumente denominado. Este corresponde ao pagamento concedido ao profissional
em função do desenvolvimento das suas atribuições, ou melhor, pela venda de seus serviços.
Mas no segundo momento, podemos assim dizer, que existe também os incentivos salariais que é a parcela
concedida ao funcionário em face dos resultados estabelecidos sobre diversas formas: bônus institucional,
comissão, participação nos lucros e resultados, stock option (plano de ações), phantom stock (plano de ações
fantasias), short term programs (campanhas), long term programs (programas de longa duração), dentre
outros.
Um terceiro componente são os benefícios, que são concedidos através de programas (ajuda educação,
seguro de vida, transporte subsidiado). Desta forma a remuneração total equivale ao pagamento que um
funcionário recebe pelo seu trabalho.
As organizações, para atingir os resultados dependem da sua força produtiva que são os seus profissionais
e os incentivos salariais que é uma importante ferramenta para o alcance de metas empresariais e de motivação.
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Gestão de Pessoas
Segundo Chiavenato (2004), o salário é a remuneração em dinheiro recebida pelo trabalhador pela venda
de seu trabalho.
Vemos através das opiniões de alguns economistas importantes como Marx, por exemplo, que define
salário como “o valor da força de trabalho que corresponde ao mínimo necessário à formação e preservação
do trabalhador”.
Muitas pessoas não conseguem entender que, se há inflação, isto é, aumento de preços dos produtos, o
salário perde o “poder de compra” e tem o seu valor diminuído em termos reais. Vamos então entender essa
questão, conceituando salário nominal e salário real.
Salário Nominal é o salário monetário, ou seja, a soma em dinheiro que o trabalhador recebe pelo seu
trabalho realizado, normalmente por hora, dia ou mês. Por exemplo, se você trabalha e recebe no final do mês
uma quantia de R$ 500,00, este é o seu salário nominal. Com esse dinheiro você consegue comprar, diversos
produtos para atender às suas necessidades, como transporte, alimentação, entre outros. Devemos apenas
atentar que, no decorrer do tempo, esses bens têm um preço diferente e geralmente cresce à medida que o
tempo passa. O bem real é o mesmo, porém seu preço pode ser diferente.
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Curso de Graduação em Administração a Distância
Embora o salário nominal seja reajustado periodicamente (em geral a cada ano), o crescimento mais
rápido dos preços dos bens resulta numa queda do poder aquisitivo, ou seja, do salário real.
Salário Real é o poder aquisitivo do salário nominal, ou seja, salário real é quanto você consegue com-
prar em bens e serviços com o seu salário. Acontece que se houver um aumento nos produtos e serviços e
o seu salário não acompanhar este crescimento automaticamente seu salário sofre uma defasagem de igual
proporção à porcentagem do aumento. Neste caso, o custo de vida subiu mais que o seu salário.
Verifica-se então que quando os índices de inflação, que refletem os aumentos dos preços, é mais ele-
vado que o seu reajuste salarial, então há uma queda no salário real. Para melhor entendermos o raciocínio,
o leitor deve observar a tabela abaixo, cujas colunas simulam salário nominal, o custo de vida e o salário real.
Nesse exemplo hipotético, constante na tabela acima, obtemos o salário real, dividindo o salário no-
minal pelo custo de vida e multiplicando o resultado por 100. Pelo exemplo da tabela, o salário real diminuiu
em 1,3% entre 2006 e 2007; isso porque o salário nominal aumentou menos que o custo de vida de 2006
para 2007.
O salário real é o salário nominal deflacionado, isto é, eliminando o efeito da inflação sobre os preços.
Desse modo temos grandezas diferentes em termos nominais e reais, considerando que quando não elimina-
mos os efeitos do crescimento dos preços, teremos o salário nominal, e quando forem eliminados os índices
inflacionários teremos salário real.
Muitos não percebem, ou percebem tarde demais, que a inflação está “corroendo” o seu poder aquisi-
tivo. Não percebem que o salário nominal (monetário) permanecendo constante (sem aumento) e os preços
subindo, o salário real está caindo.
É por isso que os sindicatos representativos das classes trabalhadoras lutam por reajustes salariais, a
fim de manter essa correspondência entre o salário nominal e seu poder aquisitivo, ou seja, o salário real.
Resumo da ópera: Se o seu salário nominal aumentou menos do que a inflação medida pelo custo de vida,
você teve, em termos reais, diminuição salarial e não aumento.
Há também o salário mínimo, que é a menor remuneração permitida por lei para trabalhadores de
um país ou ramo de atividade econômica. Sua fixação significa uma intervenção do Estado no mercado de
trabalho, ou como ocorre em muitos países, resulta de negociações coletivas entre empregados e emprega-
dores.
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Gestão de Pessoas
O salário por unidade de tempo apresenta, para Pla Rodriguez, os seguintes inconvenientes:
a) é impreciso, porque remunera da mesma forma qualquer classe e quantidade de trabalho, tan-
to o trabalhador mais ativo e hábil, como o incapaz, ambos recebendo a mesma coisa;
b) é injusto, não só porque remunera igualmente esforços desiguais, como também porque se o
trabalhador aumenta o esforço, o empregador beneficia-se com um preço de custo diminuído,
sem que o trabalhador participe dessa vantagem;
c) não favorece o rendimento porque o trabalhador não tem interesse no resultado.
Apesar da inexistência dessa rigorosa reciprocidade entre trabalho e ganho, o salário por tempo, se-
gundo Guidotti, passa por uma sensível evolução, realizando, por assim dizer, um valor médio, acrescentan-
do que “as normas do direito positivo italiano provam que o sistema mais comum, poder-se-ia mesmo dizer
basilar da retribuição, é o tempo”. Também no Brasil o mesmo ocorre, sendo de se notar, pelos processos
judiciais, que esse sistema apresenta menores problemas jurídicos, evitando os inconvenientes das médias
que precisam ser encontradas na remuneração oscilante.
O salário por resultado assemelha-se à empreitada, em que se visa um resultado, entretanto nada
impede que no contrato de trabalho o empregado perceba salário por essa forma. É comum a adoção desse
procedimento em um serviço de natureza manual.
Nessa modalidade de salário, não se leva em conta o tempo gasto na consecução do serviço, mas sim
o próprio serviço realizado, independentemente do tempo despendido. A unidade de obra é que será levada
em consideração para o cálculo do salário.
A Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, admite que a remuneração seja fixada em unidade de
obra, visto que em seu art. 483, alínea “g” mostra que é possível o pagamento por peça, porém o empregador
não poderá reduzir o trabalho do empregado, de forma a afetar sensivelmente a importância dos salários, o
que acarreta a rescisão indireta do contrato de trabalho.
Como se verifica no art. 142, § 2º, da CLT, é possível que o salário seja fixado por tarefa. O salário por
tarefa é uma forma mista de salário, que fica entre o salário por unidade de tempo e de obra. O empregado
deve realizar durante a jornada de trabalho certo serviço que lhe é estabelecido pelo empregador. Termina-
do o referido serviço, mesmo antes do fim do expediente, pode o empregado se retirar da empresa, pois já
cumpriu suas obrigações diárias.
O art. 7º, alínea “c”, da Lei nº. 605/49 estabelece que, se o empregado trabalha por tarefa, o repouso
semanal remunerado é considerado equivalente ao salário correspondente às tarefas efetuadas durante a
semana, no horário normal de trabalho, dividido pelo número de dias de serviços efetivamente prestados
pelo empregado.
Os salários, variando muito, contribuirão de diferentes maneiras para a construção de significados para
o trabalho. Obviamente, os que alcançaram melhor remuneração tendem a conferir um sentido positivo ao
trabalho, ainda que esse não seja o único eixo definidor desses significados.
Podemos constatar que a geração dos formados em 1996 encontra-se menos satisfeita com os salários:
em parte porque, com menor tempo de mercado, ainda não tiveram o mesmo número de oportunidades
que os formados em 1986. Por outro lado, é importante destacar que, se na década de 80 inúmeras empresas
vinham à escola profissionalizante arregimentar trabalhadores antes mesmo da conclusão do curso, quando
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Curso de Graduação em Administração a Distância
esses eram encaminhados, com frequência, para postos de supervisão, hoje, muitas vêm substituindo os
operadores de máquinas por técnicos, enxugando os postos de supervisão e substituindo chefias interme-
diárias, antes exercidas por técnicos, por trabalhadores com formação superior. Assim, a média salarial dos
formados em 1986 é de 14,7 mínimos enquanto a média dos salários dos formados em 1996 está na faixa
de 6,8 mínimos.
A média geral dos salários dos entrevistados é de 8,7 salários mínimos ou 1,5 salários mínimos ne-
cessário, o que corresponde a um valor aquém de suas expectativas: “ter casa própria, carro bom, escola
particular para os filhos e viagem de férias”. Esse é um dos fatores que os impele para o curso superior, o
que vemos acontecer somente depois de alguns anos como técnicos no mercado. O fato de não se encami-
nharem para a universidade imediatamente após a conclusão do curso técnico (a média geral é de ingresso
na universidade 6 anos após a conclusão do curso técnico) comprova sua esperança inicial de alcançarem o
padrão de vida desejado com o diploma de técnico.
Os salários configuram-se então como fator de desconstrução do significado positivo inicialmente
construído para o trabalho como técnico de nível médio, na grande maioria, ainda que não na totalidade dos
casos investigados. Observa-se também um aumento da relevância desse fator, na segunda geração investi-
gada.
Os salários dependem de vários fatores internos (organizacionais) e externos (ambientais) que os
condicionam fortemente. A definição dos salários é complexa e envolve decisões múltiplas, pois os fatores
internos e externos são interrelacionados e exercem efeitos diferenciados sobre os salários. Esses fatores
atuam independente ou harmonicamente uns com os outros, no sentido de elevar ou baixar os salários.
Geralmente, as decisões a respeito dos salários são tomadas levando em conta todo o conjunto dos fatores
internos e externos, que forma o composto salarial.
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Gestão de Pessoas
Exemplos:
Nos Estados Unidos, 5% dos empregados são remunerados com valores variáveis. No Japão, o
percentual sobe para 20%;
A Apple Computer adota a remuneração flexível para obter vantagens para a empresa e para os
funcionários, pois eles preferem salários baixos em troca de ações da companhia. Vale ressaltar que muitos
deles ficaram milionários na década de 1980;
Os gerentes de lojas da Wal-Mart trabalharam durante anos em troca de salários baixos e ações da
companhia e não se arrependem disso.
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Curso de Graduação em Administração a Distância
Outras formas usam prêmios por sugestões de redução de custos, bônus pelo atendimento perfeito ou
pagamento de mérito baseado nas avaliações do desempenho. Algumas organizações oferecem remuneração
contingencial por tempo de casa que proporciona um salário em função do cargo, acrescido de um valor
adicional pelos anos de trabalho na casa.
A progressão de salários também pode ocorrer nas promoções dentro da organização. Na verdade, a
cultura organizacional é que vai definir qual a ênfase a escolher.
5. Igualitarismo ou elitismo
A remuneração pode incluir o maior número possível de funcionários sob o mesmo sistema de
remuneração (igualitarismo) ou pode estabelecer diferentes planos conforme os níveis hierárquicos ou
grupos de funcionários (elitismo).
No sistema igualitário, todos os funcionários fazem parte do mesmo sistema de remuneração e os
planos de participação nos resultados fixam a mesma porcentagem para todos os funcionários, do topo até
a base da organização.
Já o sistema elitista é utilizado por organizações mais velhas, bem estabelecidas no mercado e pequena
competição. O elitismo reforça a tradicional hierarquia da organização.
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Gestão de Pessoas
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Curso de Graduação em Administração a Distância
Em uma organização, cada cargo tem o seu valor individual. Somente se pode remunerar com justeza
e equidade o ocupante de um cargo se conhecer o valor desse cargo em relação aos demais cargos da orga-
nização e a situação de mercado.
Como a organização é um conjunto integrado de cargos em diferentes níveis hierárquicos e em dife-
rentes setores de especialidade, a Administração de Salários é um assunto que abarca a organização como
um todo, repercutindo em todos os seus níveis e setores.
Assim sendo, pode-se definir Administração de Salários como o conjunto de normas e procedimentos
que visam a estabelecer e/ou manter estruturas de salários equitativas e justas na organização.
Essas estruturas de salários deverão ser equitativas e justas com relação:
1. Aos salários em relação aos demais cargos da própria organização, visando-se, pois, ao equi-
líbrio interno desses salários.
2. Aos salários em relação aos mesmos cargos de outras empresas que atuam no mercado de
trabalho, visando-se, pois, ao equilíbrio externo dos salários.
O equilíbrio interno (ou consistência interna dos salários), é alcançado por meio de informa-
ções internas obtidas através da avaliação e classificação de cargos, assentadas sobre um prévio
programa de descrição e análise de cargos.
O equilíbrio externo (ou consistência externa dos salários) é alcançado por meio de informa-
ções externas tidas através da pesquisa de salários. Com essas informações internas e externas,
a organização define uma política salarial normalizando os procedimentos a respeito da remu-
neração do pessoal.
Essa política salarial constitui sempre um aspecto particular e específico das políticas gerais de orga-
nização.
O sistema de remuneração deve ser desenhado para atingir vários objetivos:
1. Atrair e reter talentos na organização;
2. Motivação e comprometimento do pessoal;
3. Aumento da produtividade e qualidade no trabalho;
4. Controle de custos laborais;
5. Tratamento justo e equitativo às pessoas;
6. Cumprimento da legislação trabalhista;
A pesquisa salarial baseia-se em amostras de cargos que representam os demais cargos da organização
e em amostras de empresas que representam o mercado de trabalho.
Para não precisar trocar informações a respeito de todos os cargos, torna-se necessário selecionar os
cargos de referência ou cargos amostrais (benchmarks jobs).
55
Gestão de Pessoas
Da mesma forma, para não precisar trocar informações com todas as empresas do mercado, torna-se
necessário selecionar as empresas amostrais.
Os critérios para seleção das empresas amostrais são:
1. Localização geográfica: Empresas que operam na mesma área territorial da organização;
2. Ramo de atividade: Empresas que atuam no mesmo ramo de negócio da organização;
3. Tamanho: Empresas do mesmo tamanho ou características da organização.
4. Política salarial: Empresas cuja política salarial (mais ousada ou mais conservadora) seja
interessante para a organização.
A seguir, monta-se um questionário de pesquisa salarial, contendo os cargos amostrais e suas respectivas
descrições e análises (para melhor comparação dos cargos de uma empresa para outra) e um espaço, onde
se colocam os salários individuais que a empresa pesquisada está pagando. Outras informações básicas são
coletadas no questionário, como a data de dissídio coletivo ou de reajustes salariais, benefícios concedidos (e
sua transformação em reais) etc.
Como a pesquisa salarial envolve custos operacionais, tempo para coleta, triagem, tabulação dos dados
e cálculos das médias e medianas, muitas empresas preferem recorrer à consultoria de RH para comprar suas
pesquisas.
Essas organizações – como a Arthur Andersen, Hay, Coorpers & Lybrand etc. – fazem continuamente
pesquisas semestrais sobre um amplo conjunto de cargos com uma amostra de empresas pesquisadas.
Os resultados são apresentados em manuais e vendidos no mercado.
Sobre os salários pesam os encargos sociais. Para cada real pago de salário, a organização precisa
recolher os encargos sociais correspondentes ao governo. Esses encargos são o conjunto de obrigações
trabalhistas que devem ser pagas pelas empresas mensal ou anualmente, além do salário do empregado.
Incluem-se entre os encargos sociais os depósitos feitos no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
(FGTS), o percentual da empresa devido ao Instituto de Administração da Previdência e Assistência Social
(IAPAS), o seguro de vida e o 13º salário. De um modo geral, esses encargos acarretam para a empresa uma
despesa mensal a mais em relação ao salário de cada empregado.
As taxas e contribuições, como as que financiam o Sesi, Senai, Sebrae, Incra e o Salário Educação
constituem tributos que representam quase 5% do total da folha de salários, dependendo do ramo de
atividade da empresa. Só o salário educação representa 2,5% sobre a folha de pagamento.
Há um forte desejo da sociedade de reduzir os encargos sociais, como forma de garantir mais empregos
formais na economia e tornar esses custos mais compatíveis com o que existe no exterior.
Para desenvolvermos uma Política Salarial precisamos entender que a mesma é um conjunto de
decisões organizacionais tomadas a respeito de assuntos relacionados com a remuneração e benefícios
concedidos aos funcionários.
56
Curso de Graduação em Administração a Distância
O objetivo principal da remuneração é criar um sistema de recompensas que seja equitativo tanto para
a organização como para os funcionários. Uma política salarial deve atender simultaneamente a sete critérios
para ser eficaz, como vemos em Chiavenato (2004):
1. Adequada: A compensação deve distanciar-se dos padrões mínimos estabelecidos pelo gover-
no ou pelo acordo sindical;
2. Equitativa: Cada pessoa deve ser paga proporcionalmente de acordo com seu esforço, habili-
dades e capacitação profissional;
3. Balanceada: Salário, benefícios e outras recompensas devem proporcionar um pacote total de
recompensa que seja razoável;
4. Eficácia quanto a custos: Os salários não podem ser excessivos, em função do que a organi-
zação pode pagar;
5. Segura: Os salários devem ser suficientes para ajudar os empregados a sentirem-se seguros e
ajudá-los a satisfazer as suas necessidades básicas;
6. Incentivadora: Os salários devem motivar eficazmente o trabalho produtivo;
7. Aceitável para os empregados: As pessoas devem compreender o sistema de salários e sentir
que ele representa um sistema razoável para eles e também para a organização.
57
Gestão de Pessoas
ATIVIDADES DE APRENDIZAGEM
01. Fale sucintamente sobre a Avaliação de Desempenho ressaltando sua importância para as organizações
modernas.
04. Comente sobre a avaliação 360º. Opine sobre a mesma, identificando sua aplicabilidade nas organizações.
07. Descreva seu entendimento sobre a Avaliação participativa por objetivos (APPO).
13. Na sua concepção, quais os fatores internos que podem interferir positivamente ou negativamente na
composição do salário?
15. Descreva sobre remuneração fixa e variável. Onde verificamos com mais frequência a remuneração
variável?
58
Módulo
IV
AVALIAÇÃO DE
DESEMPENHO
OBJETIVO:
1 TREINAMENTO
Entretanto, para que um treinamento seja feito com sucesso, é necessário que haja uma programação
prévia de todos os aspectos envolvidos em tal processo. É neste ponto que a seleção de métodos e técnicas
de treinamento torna-se uma necessidade.
Nesse sentido, é preciso que haja condições para que a aprendizagem possa acontecer.Na figura a
seguir você identificará quais as condições essenciais ao processo.
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Curso de Graduação em Administração a Distância
Vale ressaltar que há condições internas e as externas. As condições internas são as capacidades pré-
existentes no treinando no momento da aprendizagem, tais como: O conjunto de habilidades iniciais, isto
é, as experiências adquiridas pelo treinando até o momento da aprendizagem; e a motivação, que pode ser
definida como uma disposição do indivíduo para entrar em uma situação de aprendizagem.
As Condições Externas são as várias maneiras pelas quais o ambiente exerce seu efeito sobre o
treinando.
61
Gestão de Pessoas
O treinamento ganhou grande força nos últimos tempos no segmento empresarial e de recursos
humanos, tanto industrial como comercial ou prestador de serviços.
O treinamento destaca-se a cada dia, quando inserido em um contexto de uma empresa que deseja
que seus funcionários tenham o maior aproveitamento possível das técnicas e metodologias desenvolvidas e
utilizadas pela própria empresa.
Em relação ao desenvolvimento das pessoas, deve-se considerar que é necessária a realização do
levantamento das necessidades de treinamento para que seja possível a obtenção de um diagnóstico das reais
necessidades da empresa no que diz respeito ao treinamento, a fim de que ela possa investir corretamente.
Quanto ao desenvolvimento organizacional, destaca-se a preocupação correta e constante em manter
suas informações internas em mãos de pessoas que saibam efetivamente usá-las, tanto de forma correta
(eficiente) quanto de forma abrangente e inteligente (eficaz), sempre que necessário e sem que haja algum
realojamento de pessoal para isso. Preocupando-se também correta e constantemente em manter seus
funcionários preparados e prontos para utilizarem as mais modernas ferramentas de desenvolvimento de
planos, projetos e sistemas, ferramentas de apoio ao trabalho normal e ferramentas de auxílio.
Existem várias técnicas de treinamento e elas devem ser escolhidas e selecionadas de acordo com os
resultados desejados, o perfil dos treinadores e treinandos, o tempo de duração do programa, enfim, todos
os pontos e aspectos relevantes ao mesmo.
Ao decidir sobre uma estratégia de treinamento, o técnico ou instrutor deve estar consciente das
dificuldades, características e utilidades específicas de cada técnica. Também deve ter em mente que existem
técnicas mais ou menos adequadas, dependendo do ambiente em que o treinamento será realizado.
Também é necessário salientar que um sistema de treinamento difere dos sistemas educacionais,
na medida em que visa, ao final, que todos os aprendizes tenham um rendimento total, isto é, todos os
selecionados para o treinamento deverão alcançar os mesmos resultados previamente estabelecidos.
Alguns pontos podem ser observados na seleção de uma técnica de treinamento:
• A técnica deve ser a que mais se identifica com as condições de desempenho exigidas pelo
objetivo;
• A técnica deve dar oportunidade ao aluno de demonstrar um desempenho bastante semelhan-
te ao que ele deverá ter quando estiver executando realmente a técnica da qual ele foi treinado;
• A técnica deve permitir ao aluno dar o maior número possível de respostas relevantes em um
único tempo.
Os pontos relacionados acima são muito úteis na seleção da técnica, mas não devem ser seguidos
sempre à risca. Não há uma fórmula mágica para se selecionar uma técnica, o bom senso deve imperar
quanto à essa seleção.
Para que esse treinamento obtenha os resultados esperados, é necessário que ele seja feito com total
envolvimento das partes que o comporão, tanto de um lado como de outro. O desenvolvimento de um sistema
de treinamento deve ser planejado e ambientado de forma que, durante seu curso, todas as informações (ou
o maior número possível delas) sejam efetivamente transferidas e assimiladas pelos aprendizes.
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Curso de Graduação em Administração a Distância
2. APRENDIZAGEM
Robert Gagné, no livro “Como se realiza a aprendizagem” de 1971, identifica e descreve oito tipos de
aprendizagens, analisando cada tipo, suas características e mostrando os melhores caminhos para facilitar a
obtenção da eficiência desejada.
1 - Aprendizagem de Sinais
O aprendiz aprende a dar uma resposta geral e difusa a um sinal. O estímulo condicionado deve
preceder ao incondicionado, num intervalo de tempo bastante curto. Para haver fixação do reflexo, deverá
haver repetição, e isto deve ser levado em consideração na escolha da técnica.
3 - Aprendizagem de Cadeias
Uma cadeia pode ser entendida como a conexão de um conjunto de associações, tanto operacionais
quanto verbais. O ensino de cadeias pode ser feito de duas formas:
Começar pelo início;
Começar pelo último elo.
Em ambos os casos, também se exige o uso da repetição para que o aprendiz fixe a cadeia.
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Gestão de Pessoas
6 - Aprendizagem de Conceitos
Aqui, o aprendiz deve dar uma resposta comum à uma variedade de estímulos diferentes. A discrimi-
nação e a generalização tem importância fundamental.
7 - Aprendizagem de Princípios
Princípios são cadeias de conceitos que constituem o que geralmente se denomina de conhecimento.
Representam todas as relações possíveis de existir entre os conceitos. Somente quando o aprendiz for capaz
de identificar os conceitos é que aprenderá os princípios. O ensino de princípios está relacionado com as
instruções verbais através da evocação dos conceitos que o compõem.
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Curso de Graduação em Administração a Distância
Além destes itens, outro ponto de fundamental importância é que os treinandos devem ter consciência
de que serão treinados, como serão treinados, por quem serão treinados e o que isso trará para eles.
Sem a cooperação total por parte dos treinandos, não há programa nem instrutor que consiga os
resultados desejados.
Um bom treinador é aquele que monta uma forma de ensinar os treinandos que possibilite aos mes-
mos desenvolver todas as suas aptidões, alcançando o máximo de aprendizagem possível.
Obviamente, antes de iniciar o processo de treinamento, os treinandos devem ser selecionados tendo
como base os pré-requisitos mínimos necessários para que o treinamento não seja feito em vão.
Se os treinandos são funcionários já admitidos anteriormente, então o programa de treinamento deve
ter como base os conhecimentos já adquiridos anteriormente pelos próprios funcionários.
Além de todo o exposto em relação ao treinamento, vale considerar a relevância de outros aspectos
nesse processo, tais como:
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Gestão de Pessoas
População-alvo
A população-alvo deve ser considerada sob dois ângulos diversos: o quantitativo e o qualitativo.
Quantitativamente, é possível que a população varie de um até várias dezenas. Obviamente, o número
de treinandos é muito importante para a escolha das técnicas utilizadas.
Se são em número pequeno (até cinco), as técnicas individuais são mais aconselhadas. Entretanto, se
o número de treinandos for maior, o uso das técnicas grupais é mais indicado.
Desenvolvimento de Pessoal
A seleção de uma técnica requer ainda uma análise qualitativa dos treinandos. É fundamental que os
treinadores conheçam as características básicas de seus alunos, para que as técnicas corretas possam ser pas-
sadas e realizadas sem que haja um número grande de rejeições por parte dos treinandos.
Instrutores
A seleção e principalmente, a aplicação de técnicas de ensino dependem ainda dos treinadores.
Não adianta haver uma análise detalhada dos objetivos, uma descrição completa dos treinandos e uma defi-
nição dos tipos de aprendizagem relevantes, se não houverem treinadores preparados para a aplicação dessas
técnicas.
Os instrutores precisam ter conhecimentos detalhados e habilidades desenvolvidas sobre as técnicas
que utilizam. Isso é imprescindível.
Tempo
Muito embora não se deva condicionar o programa de treinamento à duração, pois o que importa
é alcançar os resultados desejados, o dia-a-dia impõe condições ao treinador, fazendo com que ele deva
sujeitar-se às urgências externas. Nem sempre o problema de treinamento pode esperar por um programa
cuja preparação seja demorada. Há ocasiões em que o treinador deve sacrificar certos objetivos e aspectos
para alcançar outro imediatamente, e isto significa usar técnicas cuja preparação e aplicação não demandem
muito tempo.
Custos
Ao selecionar as técnicas de treinamento que serão utilizadas, não se pode esquecer dos custos que es-
sas técnicas acarretarão. Os fatores tempo, instalações, equipamentos e materiais estão intimamente relacio-
nados às técnicas e atuam diretamente sobre os custos, de modo que um programa de treinamento poderá
ser mais ou menos custoso, de acordo com as técnicas utilizadas.
Os estudos de custos / benefícios são muito importantes, e devem ser impreterivelmente feitos antes
do início do treinamento, para avaliar o impacto dele sobre a empresa. É preciso considerar os objetivos e
decidir sobre os investimentos necessários para as técnicas, para que o retorno previsto possa efetivamente
ser obtido.
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Curso de Graduação em Administração a Distância
ATIVIDADES DE APRENDIZAGEM
01. Você considera importante a ferramenta do Treinamento para a organização atingir os objetivos desejados?
“ ... Não adianta haver uma análise detalhada dos objetivos, uma descrição completa dos treinandos
e uma definição dos tipos de aprendizagem relevantes, se não houverem treinadores preparados
para a aplicação dessas técnicas.”
09. Pesquise em um organização de seu interesse como se daria um processo de treinamento, desde a
identificação da necessidade ate o produto final, e em seguida explane-o.
10. Descreva sobre a importância de um bom processo de treinamento, quais consequências o mesmo traz
para a organização sob a ótica de vários benefícios.
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Gestão de Pessoas
REFERÊNCIAS
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas. 2a ed. rev. e atual. Rio de Janeiro: Campus/
Elsevier, 2004.
http://www.equestiona.com/Avaliacao_de_Desempenho.asp
http://www.ogerente.com.br/rh/textos/rh-textos-avaliacao_desempenho_humano.htm
http://www.serhcm.com/noticia/42/gestao-de-pessoas-avaliacao-de-desempenho
http://www.fecap.br/Portal/Arquivos/Graduacao_Rev_Estudante_On_Line/Moura2.pdf
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