Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Formação de Equipes
Brasília-DF.
Elaboração
Helenita Fernandes
Arquiléia Itair Peixoto Gonçalves
Produção
Apresentação................................................................................................................................... 4
Introdução...................................................................................................................................... 7
Unidade i
Motivação......................................................................................................................................... 9
Capítulo 1
Conceitos de Motivação.................................................................................................. 10
Unidade iI
Liderança........................................................................................................................................ 17
Capítulo 1
Conceitos de Liderança................................................................................................... 18
Capítulo 2
Estilos de Liderança.......................................................................................................... 20
Unidade iII
Equipes............................................................................................................................................. 24
Capítulo 1
Conceitos de Equipe.......................................................................................................... 25
Capítulo 2
Formação de Equipes........................................................................................................ 27
Capítulo 3
Equipes de Alto Desempenho............................................................................................. 28
Capítulo 4
Administração de Conflitos............................................................................................ 30
Referências..................................................................................................................................... 35
Apresentação
Caro aluno
A proposta editorial deste Caderno de Estudos e Pesquisa reúne elementos que se entendem
necessários para o desenvolvimento do estudo com segurança e qualidade. Caracteriza-se pela
atualidade, dinâmica e pertinência de seu conteúdo, bem como pela interatividade e modernidade
de sua estrutura formal, adequadas à metodologia da Educação a Distância – EaD.
Pretende-se, com este material, levá-lo à reflexão e à compreensão da pluralidade dos conhecimentos
a serem oferecidos, possibilitando-lhe ampliar conceitos específicos da área e atuar de forma
competente e conscienciosa, como convém ao profissional que busca a formação continuada para
vencer os desafios que a evolução científico-tecnológica impõe ao mundo contemporâneo.
Elaborou-se a presente publicação com a intenção de torná-la subsídio valioso, de modo a facilitar
sua caminhada na trajetória a ser percorrida tanto na vida pessoal quanto na profissional. Utilize-a
como instrumento para seu sucesso na carreira.
Conselho Editorial
4
Organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa
Para facilitar seu estudo, os conteúdos são organizados em unidades, subdivididas em capítulos, de
forma didática, objetiva e coerente. Eles serão abordados por meio de textos básicos, com questões
para reflexão, entre outros recursos editoriais que visam a tornar sua leitura mais agradável. Ao
final, serão indicadas, também, fontes de consulta, para aprofundar os estudos com leituras e
pesquisas complementares.
A seguir, uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos Cadernos de Estudos
e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Praticando
Atenção
5
Saiba mais
Sintetizando
Exercício de fixação
Atividades que buscam reforçar a assimilação e fixação dos períodos que o autor/
conteudista achar mais relevante em relação a aprendizagem de seu módulo (não
há registro de menção).
Avaliação Final
6
Introdução
“Na longa história da espécie humana (e do gênero animal,
também) prevaleceram os indivíduos que aprenderam a colaborar
e a improvisar com mais eficácia.”
(Charles Darwin)
Basta assistirmos aos noticiários para nos espantarmos com pessoas que matam, destroem etc., em
contra partida, nos mesmos noticiários, ficamos comovidos com pessoas que auxiliam ao próximo de
maneira voluntária e que até arriscam a própria vida por alguém que nem mesmo conhece.
No cotidiano das empresas, a pressão pela competição desenfreada é grande. Ao mesmo tempo, um
chamado a colaboração é colocado como desafio de líderes e equipes.
Essas, e muitas outras, são questões que inquietam estudiosos e grandes líderes (mundiais e
empresariais).
A proposta desta disciplina é refletirmos a respeito da MOTIVAÇÃO humana, o impacto que esta
pode vir a ter na formação e manutenção das EQUIPES e da importância da LIDERANÇA frente a
esses desafios.
Objetivos
»» Compreender e comparar os aspectos fundamentais das diversas teorias de
motivação.
7
8
Motivação Unidade i
A motivação humana tem sido um dos temas mais estudados e debatidos nas práticas organizacionais.
Ela é o efeito de gerar coisas, motivos, sentidos ou razões para fazer com que o ser humano seja mais
feliz em suas relações. É o mecanismo que estimula, caracteriza e antecipa fatos. Um conjunto de
motivos gera um conjunto de ações (motivo + ação = motivação).
A palavra motivação vem do latim movere, que significa “mover”. A motivação nas organizações pode
ser descrita como o desejo de exercer altos níveis de esforço em direção a determinados objetivos
organizacionais, tendo como condição a satisfação de necessidades. Assim, ela está relacionada a
alguns aspectos.
9
Capítulo 1
Conceitos de Motivação
Conceitos
»» “Conjunto de fatores psicológicos (conscientes ou inconscientes) de ordem
fisiológica, intelectual ou afetiva, os quais agem entre si e determinam a conduta de
um indivíduo” (Dicionário Aurélio).
»» “Motivado é aquele cujo interesse foi despertado para uma atividade ou ação”
(DICIONÁRIO MICHAELIS).
Ciclo Motivacional
O ciclo motivacional corresponde à trajetória das forças que o indivíduo mobiliza até alcançar
o objetivo final. Representa a sequência de eventos que tem início com a identificação de uma
necessidade, e finaliza com a satisfação. Essas etapas voltam a se repetir sempre que uma nova
necessidade é despertada.
Ciclo Motivacional
NECESSIDADE
IMPULSO OU PULSÃO
RESPOSTA
10
Motivação │ UNIDADE I
Segundo essa teoria, as necessidades humanas começam pelas mais baixas/básicas: as fisiológicas
e as de segurança, e somente a partir da satisfação dessas necessidades, os indivíduos estariam
motivados para a satisfação de outras mais complexas.
Conforme as necessidades da base são satisfeitas, o interesse do indivíduo vai progredindo, até
alcançar o topo da pirâmide.
NECESSIDADES NECESSIDADES DE
SECUNDÁRIAS AUTORREALIZAÇÃO
NECESSIDADES
DE ESTIMA
NECESSIDADES
PRIMÁRIAS NECESSIDADES
SOCIAIS
NECESSIDADES DE
SEGURANÇA
NECESSIDADES
FISIOLÓGICAS
11
UNIDADE I │ MOTIVAÇÃO
Necessidades fisiológicas – fome, sono, evitar da dor, desejo sexual etc. A satisfação dessas
necessidades domina o comportamento humano. As necessidades de segurança surgem após
satisfeitas as necessidades fisiológicas.
»» Quando uma necessidade de nível mais baixo é atendida, essa necessidade deixa de
ser motivadora.
12
Motivação │ UNIDADE I
Frederick Herzberg fez sua teoria baseada no ambiente externo e no trabalho do indivíduo. Para
esse autor, a motivação das pessoas depende de dois fatores.
Teoria ERC
A teoria proposta por Clayton Alderfer é definida em três níveis: existência, relacionamento e
crescimento.
»» Na Teoria ERC, as necessidades não têm que se satisfazer por ordem correlativa.
13
UNIDADE I │ MOTIVAÇÃO
(CHIAVENATO, 2005).
A Teoria das Necessidades Aprendidas defende que essas três necessidades são aprendidas e
adquiridas no decorrer da vida, como resultantes da experiência de vida de cada um. O resultado
dessa aprendizagem leva as pessoas a desenvolverem padrões de necessidades que afetam seu
comportamento e desempenho.
Teoria X e Y
Para Douglas Mac Gregor, autor da Teoria X e Y, o trabalho exprime uma necessidade de
responsabilidade. O autor considera que a necessidade de responsabilidade e a realização pessoal
são as principais motivações do ser humano em situação profissional.
Mac Gregor defende que existem apenas duas concepções do homem no trabalho denominadas
Teoria X e Teoria Y.
Teoria X – visão autoritária e hierárquica das pessoas. Nessa abordagem, o estilo de direção é
fundado na hierarquia e no comando.
»» As pessoas não gostam de trabalhar e o evitarão, sempre que estiver ao seu alcance.
14
Motivação │ UNIDADE I
O Monge e o Escorpião
... e assim continuamos nossa estrada “Monge e discípulos iam por um estrada e,
quando passavam por uma ponte, viram um escorpião sendo arrastado pelas águas.
O monge correu pela margem do rio, meteu-se na água e tomou o bichinho na mão.
Quando o trazia para fora, o bichinho o picou e, devido a dor, o homem deixou-o
cair novamente no rio. Foi então à margem, tomou um ramo de árvore, adiantou-se
outra vez a correr pela margem, entrou no rio, colheu o escorpião e o salvou.
Voltou o monge e juntou-se aos discípulos na estrada. Eles haviam assistido à cena
e o receberam perplexos.
– Mestre, deve estar doendo muito! Por que foi salvar esse bicho ruim e venenoso?
Que se afogasse! Seria um a menos! Veja como ele respondeu à sua ajuda! Picou a
mão que o salvara! Não merecia sua compaixão!
15
UNIDADE I │ MOTIVAÇÃO
Após a leitura...
Exercícios
I – Responda:
II – Compare a Teoria das Necessidades de Maslow com a Teoria dos Dois Fatores de
Herzberg identificando os principais pontos em comum nas duas teorias.
III – Complete:
( ) Necessidade de Afiliação
( ) Necessidades Sociais
16
Liderança Unidade iI
A motivação e a liderança são temas muito estudados e comumente em conjunto. Isso devido
a liderança nas organizações pressupõe a busca de resultados por meio de outros. O que podemos
concluir que não seja uma tarefa das mais fáceis.
17
Capítulo 1
Conceitos de Liderança
“(...) libertar as pessoas para fazerem o que se exige delas de maneira mais
eficiente e humana possível” (Max De Pree).
Existem inúmeros conceitos para esse conceito que estimula teóricos e práticos desde que o mundo
é mundo. Uma palavra perpassa todos eles: influência. Essa influência pode ser:
Pode ser conseguida por intermédio do poder (instituído) e/ou da autoridade (reconhecida
espontaneamente). Talvez a grande questão seja: a liderança é inata ou pode ser aprendida? Vamos
entender um pouco mais com a ajuda das teorias existentes.
Teorias Tradicionais
Teoria dos Traços – entende a liderança como resultado de uma combinação de traços, enfatizando
qualidades intrínsecas do indivíduo. Em outras palavras, para essa teoria, que teve força até os anos
1940, a liderança é inata, não havendo a possibilidade de aprendizado, o que hoje não é compactuado
pelos estudiosos do tema.
Teoria Contingencial – defende a noção de que não existem estilos de liderança universalmente
adequados e para esses teóricos a liderança é aperfeiçoada.
18
Liderança │ UNIDADE II
Teoria Transacional – prega a existência de uma troca (política, psicológica, econômica etc.) entre
o líder e o liderado, enquanto ambos acreditarem que isso irá beneficiá-los, ou seja, uma transação.
Teoria Transformacional – aqui o líder procura motivos potenciais nos liderados, no sentido
de satisfazer necessidades; percebe os liderados como “pessoa integral” e a responsbilidade do
relacionamento é mútua. Líder e liderados aprendem juntos nas situações diárias. Admite-se que,
nesse caso, a liderança pode e deve ser aprendida e aprimorada no dia a dia.
Teoria da Atribuição – passa-se pela questão de que o reconhecimento da figura do líder passa
pelo consentimento do grupo, este será o resultado de um sem número de opiniões individuais
contemporizadas para que determinado indivíduo seja rotulado como líder. Nesse caso, o líder
desenvolverá sua percepção sob a perspectiva dos liderados, fortalecendo sua relação com o grupo
em sintonia com o modelo de atribuição de sua liderança. Deve então dirigir seu comportamento
para a ênfase nas tarefas e nas pessoas e manter uma imagem de consistência.
Teoria da Liderança Carismática – está ligada ao processo dinâmico de atendimento das necessidades
dos liderados. O líder carismático é aquele que é visto como um agente de mudanças porque conduz
seus liderados a transcenderem interesses pessoais na realização de determinada ação em prol do
sucesso do grupo. O líder transformador e o líder carismático assemelham-se, pois inspiram liderados
a no alcance das metas do grupo sem esquecer das necessidades de desenvolvimento individuais.
Talvez a resposta para essa pergunta tenha variações que dependerá da pessoa e do
seu estilo.
O estilo que adotamos está diretamente relacionado aos nossos valores, ou seja, a
nossa forma de ver o mundo.
Como o cerne dos nossos estudos é a liderança, vamos ver alguns dos seus principais
estilos estudados.
19
Capítulo 2
Estilos de Liderança
Lasissez-Faire ou Liberal – Na tradução do francês significa “deixai fazer, deixai ir, deixai passar”.
Cronograma
Liderança Autocrática Liderança Democrática Liderança Liberal
de Trabalho
As diretrizes são debatidas e Total liberdade para a tomada de decisões
Tomada de Apenas o líder decide e fixa as diretrizes
decididas pelo grupo que é grupais ou individuais, com participação
Decisões sem qualquer participação do grupo.
estimulado e assistido pelo líder. mínima do líder.
O próprio grupo esboça
O líder determina providências para a A participação do líder no debate é limitada,
providências e técnicas para atingir
Programação execução das tarefas, uma por vez, na apresentando apenas alternativas ao
o alvo com o aconselhamento
dos Trabalhos medida em que são necessárias e de
técnico do líder. As tarefas ganham
grupo, esclarecendo que poderia fornecer
modo imprevisível pra o grupo. informações desde que solicitada.
novos contornos com os debates.
A divisão das tarefas fica a critério
O líder determina qual a tarefa que Tanto a divisão das tarefas quanto a escolha
Divisão do do grupo e cada membro tem
cada um deverá executar e qual seu dos colegas ficam por conta do grupo. Com
Trabalho companheiro de trabalho.
liberdade de escolher seus próprios
absoluta falta de participação do líder.
colegas.
O líder procura ser um membro
O líder não faz nenhuma tentativa de avaliar
Participação O líder pessoal e dominador nos elogios normal do grupo. É objetivo e
o curso das coisas. Faz apenas comentários
do Líder e nas críticas ao trabalho de cada um. estimula com fatos, elogios ou
quando perguntado.
críticas.
Situacional – Na liderança Situacional muda-se de estilo de acordo com a pessoa com quem trabalha
e com a situação, podendo o líder dar direção, apoio ou delegar quando necessário.
Coaching – Oferece orientação com metas claras e objetivos mensuráveis, reconhece o potencial
e desenvolve as competências de sua equipe, está junto para desenvolver e alcançar as metas, se
comunica de forma aberta.
20
Liderança │ UNIDADE II
2) Correlacione as colunas.
a) Vá até lá, diga ao João para mandar as pessoas conversarem no corredor e depois
volte aqui e me informe.”
b) “O barulho na ante sala está incomodando, o que você acha que podemos fazer?”
c) “O barulho lá fora está nos incomodando, quer, por favor, tomar uma providência?”
21
UNIDADE II │ LIDERANÇA
5) Identifique um filme (do cinema) em que pode ser visto o estilo de liderança
Coaching. Justifique.
Liderança Criativa
(Rogerio Martins)
Além do importante papel do líder nas equipes de trabalho, Rickards e Moger também consideram
importantes as estruturas “benignas” da equipe de trabalho que devem ampliar as atividades
individuais e grupais, sob as diversas contingências da organização. Essas estruturas “benignas”
são representadas pelos sete fatores abaixo relacionados, que para Rickards e Moger distinguem
equipes com elevado potencial para criatividade:
1. Plataforma de Entendimento
2. Visão Compartilhada
3. Clima
Membros da equipe confiam uns nos outros e dividem uma abordagem positiva e
acolhedora que estimula a criatividade em situações de trabalho.
4. Resiliência
22
Liderança │ UNIDADE II
5. Ideias Próprias
As ideias que recebem maior atenção são aquelas percebidas como as que receberão
mais apoio pelos membros da equipe.
6. Ativação em Rede
»» Baseia-se na confiança.
»» Inova.
»» Corre riscos.
»» Focaliza pessoas.
O que você pode destacar no texto acima e como vê a liderança associada a criatividade
nas organizações?
23
Equipes Unidade iII
“Eu sou parte de uma equipe. Então, quando venço, não sou eu
apenas quem vence. De certa forma, termino o trabalho de um
grupo enorme de pessoas.”
(Ayrton Senna)
Essas questões assombram líderes que entendem a importância de uma equipe estruturada para um
trabalho de destaque, para um verdadeiro diferencial competitivo.
O convite é para refletirmos a respeito dessa difícil, mas possível, convivência entre o individual e o
coletivo, entre o indivíduo e a equipe.
24
Capítulo 1
Conceitos de Equipe
É certo que a equipe é um grupo, mas será que todo grupo pode ser considerado equipe?
“Grupo são todas as pessoas que vão ao cinema para assistir ao mesmo filme.
Elas não se conhecem, não interagem entre si, mas o objetivo é o mesmo:
assistir ao filme. Já equipe pode ser o elenco do filme: todos trabalham juntos
para atingir uma meta específica, que é fazer um bom trabalho, um bom filme”
(Suzy Fleury).
25
UNIDADE III │ EQUIPES
Carreira Baseada em cargos e em tempo de serviço. O funcionário ganha projeção à medida que adquire mais habilidades.
Execução de Uma área ou pessoa é eleita para levar adiante As equipes multidisciplinares, formadas por pessoas de diversos setores,
projetos um projeto. assumem o projeto.
Tomada de Todas as decisões operacionais são de As decisões sobre detalhes do dia a dia do funcionário são tomadas por
decisão responsabilidade do supervisor. ele mesmo. A autonomia acelera os processos e aumenta a produtividade.
Remuneração Baseada em cargos, tempo de serviço e
Baseada nas habilidades que agregam valor aos produtos da empresa.
fixa formação.
Remuneração Participação nos resultados proporcional às metas alcançadas, variável
Não há participação nos resultados.
variável pelo time ou ao cumprimento de projetos individuais.
A comunicação é truncada, pois há dificuldade
Estímulo à comunicação aberta entre todos os níveis. A Internet tem sido o
Comunicação de transmissão das informações entre os
veículo mais utilizado e as reuniões viraram hábito diário.
departamentos.
Diminuição da competitividade. As promoções são baseadas
Crença de que a competição interna gera lucros
Competição nas habilidades adquiridas e, muitas vezes, só acontecem com o
para a empresa.
consentimento do grupo.
“A equipe combina os talentos dos indivíduos para gerar algo mais do que é
possível com cada indivíduo tomado em separado” (Brian Clegg, Paul
Birch)
26
Capítulo 2
Formação de Equipes
Para entendermos a formação de uma equipe, é preciso lembrar que, assim como existem as
necessidades do indivíduo, existem as necessidades da equipe.
O estudioso Schutz ensina-nos que existem três necessidade interpessoais básicas na formação de
uma equipe.
1. Inclusão – cada membro procura seu lugar, por meio de tentativas para encontrar e
estabelecer os limites de sua participação no grupo.
Certamente, essa divisão é didática, pois, segundo Schutz, a ordem pode se alterar e a fases podem
se repetir.
Quando bem trabalhadas em sua formação, as equipes podem vir a ter alto desempenho.
27
Capítulo 3
Equipes de Alto Desempenho
Para entender uma equipe eficiente, pode-se fazer o caminho contrário e ver como seria uma equipe
ineficiente:
Ineficiência
Benefícios de atingir a meta não divulgados Baixo com rometimento Falta direção e orientação
Um exemplo bastante conhecido de todos os brasileiros foi a derrota do Brasil na Copa do Mundo
contra a França em 2006. Ninguém questionava as grandes estrelas individuais do time, nem a
competência técnica do treinador, contudo, não houve equipe. Nesse exemplo esportivo, os
problemas listados no quadro acima podem ser facilmente visualizados na prática.
28
Equipes │ UNIDADE III
Por outro lado, uma equipe de alto desempenho será o resultado de vários fatores bem ajustados
- a importância de alguns desses fatores foi vista no conteúdo, como motivação e liderança. Além
desses, outros fatores como valores, práticas, decisões, comportamentos, atitudes, comunicação
etc., fazem com que uma equipe possa se tornar de alto desempenho.
Segundo Eugen Pfister, as equipes de alto desempenho possuem sete características básicas.
Perbe-se claramente a forte relação existente entre cada uma dessas características, além disso, pode-
se aferir que são todas habilidades que podem ser aprendidas. Ou seja, a dinâmica de uma equipe de
alto desempenho é constituída por consenso (clientes, metas, valores), de diferenças (capacidades
individuais) e de indivíduos que reconhecem seu valor dentro da equipe e que reconhecem o valor
da equipe para cada um.
A equipe passa então a ser conjunto, uma gestalt própria, que se soma de forma equilibrada.
Segundo o mesmo modelo do exemplo dado anteriormente, pode-se utilizar o time de futebol
pentacampeão da Copa do Mundo de 2002, como parâmetro comparativo. Os craques eram
motivados, tinham uma liderança apoiadora e união de equipe. As sete características listadas
referentes a uma equipe de alto desempenho eram facilmente identificadas.
Levando para o lado empresarial, as equipes muitas vezes são as mesmas, mas em momentos
diferentes, podem ser ineficazes ou de sucesso. É importante que exista uma atenção especial para
as suas fases de formação, características individuais, lideranças e um especial cuidado no que se
refere ao desenvolvimento. Assim, poderão ser administrados mais facilmente os possíveis conflitos,
tornando-os saudáveis.
29
Capítulo 4
Administração de Conflitos
É importante pensar na diferença entre duas palavras que muitas vezes se utiliza como sinônimos
no dia a dia: CONFLITO x CONFRONTO.
A palavra conflito se origina do latim conflictu, que ocorre quando duas (ou mais) pessoas divergem
de opinião e querem que uma delas prevaleça sobre a outra. Já a palavra CONFRONTO, que é
derivada do verbo confrontar, e que tem origem do francês front (parte frontal da cabeça, face),
ocorre quando duas (ou mais) pessoas partem para a tentativa de anulação ou eliminação o outro.
O conflito pode estar associado a algo negativo como confusão, tumulto, desordem, mas também
pode ser uma oportunidade de desenvolvimento e aprendizagem. Para essa quebra de paradigma
poder acontecer é preciso buscar resposta para a seguinte pergunta: “como surgiu o conflito?”
É senso comum entender o conflito como manifestação natural dos seres humanos que se dá nos
momentos de divergência de opiniões e podem envolver os mais diferentes aspectos como: definição
de papéis, tempo, dinheiro, relacionamentos, disputas de poder, religiões, estilos de vida etc.
30
Equipes │ UNIDADE III
Também é senso comum entender que o conflito ocorre em qualquer campo de atuação dos seres
humanos: trabalho, escola, família.
Porém, não faz parte do senso comum entender que é viável aprender com essas situações, desde
que sejam resolvidas de forma eficaz, buscando soluções conjuntas.
Talvez uma das maneiras mais claras de se visualizar o lado positivo do conflito seja a frase do escrito
Nelson Rodrigues “toda unanimidade é burra.” Se todos pensam da mesma maneira, certamente,
não haverá conflitos, porém, também não haverá mudanças nem desenvolvimento.
Sentimentos como raiva e medo, são vivenciados por pessoas que se envolvem em conflitos.
Maria Tereza Maldonado, em seu livro “O Bom Conflito”, coloca que sentir raiva é inevitável,
mas existem meios aceitáveis de expressá-la. A psicóloga diz que existe a “boa raiva” que ajuda a
lutar pelos objetivos, a encarar os desafios e a administrar o sentimento, assim, entende-se que
é preciso que o indivíduo aprenda a tomar conta do seu sentimento de raiva antes que ela tome
conta dele.
Nas palavras da autora: “individualmente, a energia da raiva nos ajuda a batalhar pelo que
queremos, a ser ousados e destemidos para correr riscos. A energia da raiva é um dos componentes
da perseverança”. Pode-se, então, sugerir que o controle consciente da raiva é um facilitador na
administração dos conflitos.
Além desse equilíbrio pessoal das emoções e sentimentos, é preciso também cuidar do diálogo,
da comunicação.
Segundo Bendler e Grindler,“o significado da sua comunicação é a resposta que você obtém. Se
você não está obtendo a resposta que deseja, mude o que estiver falando, ou fazendo.” Para tanto, é
preciso saber ouvir atentamente e também saber fazer perguntas estimuladoras do diálogo.
Algumas formas de treinar a escuta ativa que irá facilitar a comunicação e a solução adequada
dos conflitos:
»» seja aberto e receptivo com sua expressão corporal (pesquisas mostram que 55% do
processo comunicativo está relacionado aos gestos e expressões);
31
UNIDADE III │ EQUIPES
Evitar ou negar o conflito torna-se uma atitude perigosa e destrutiva, pois vai, aos poucos
(algumas vezes rapidamente) minando os relacionamentos e a confiança entre as pessoas. Para
relacionamentos interpessoais saudáveis os acordos e concessões são importantes.
Os problemas e conflitos de uma equipe devem ser administrados adequadamente para que não
se desintegre.
6. Cite as conexões que podem ser feitas da entrevista indicada a seguir com o que
foi estudado neste capítulo
32
Equipes │ UNIDADE III
corporativo/2006/18/RESOLUCAO-DE-CONFLITOS-ENTRE-FUNCIONARIOS-E-
COLABORADORES-E-A-AMPLIACAO-DO-DEBATE-DE.htm>
Que conexões podem ser feitas da entrevista com o que foi estudado neste capítulo?
Ouça a entrevista do consultor Luiz Felipe Cortoni na CBN acerca do tema: “O trabalho
em equipe nas organizações deve ser entendido pela complexidade que envolve a
estrutura das empresas e os conflitos cotidianos”, link: <http://cbn.globoradio.globo.
com/programas/mundo-corporativo/2005/08/20/O-TRABALHO-EM-EQUIPE-NAS-
ORGANIZACOES-DEVE-SER-ENTENDIDO-PELA-COMPLEXIDADE-QUE-ENVOLVE-A.
htm>
33
Para (não) finalizar
Desejamos que o estudo desta disciplina possa contribuir para seu desenvolvimento profissional
e pessoal.
(Mário Quintana)
SUCESSO!
34
Referências
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas
organizações. Rio de Janeiro: Campus, 1999.
CLEGG, Brian e BIRCH, Paul. Trabalho em equipe – motive e energize sua equipe já. Rio
de Janeiro: Qualitymark, 2002.
MASLOW, Abraham Harold. Psicologia humanista e a hierarquia das necessidades. In: Cloninger
SC. Teorias da personalidade. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
PFISTER, Eugen; e PERLAS, Jorge. Janelas para o futuro. São Paulo: Casa de Qualidade, 1995.
REGATO, Vilma Cardoso. Psicologia nas organizações. Rio de Janeiro: Ed. Rio; 2005.
35