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e Logística em Alimentação
Brasília-DF.
Elaboração
Produção
APRESENTAÇÃO................................................................................................................................... 4
INTRODUÇÃO...................................................................................................................................... 7
UNIDADE I
PLANEJAMENTO DE SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO................................................................................... 9
CAPÍTULO 1
CONTRATOS, PRODUTOS E CLIENTELA....................................................................................... 9
CAPÍTULO 2
PLANEJAMENTO, CONTROLE DE PRODUÇÃO E GERENCIAMENTO DE CARDÁPIOS.................... 13
UNIDADE II
CADEIA DE SUPRIMENTOS E LOGÍSTICA................................................................................................ 32
CAPÍTULO 1
GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS.................................................................................... 32
CAPÍTULO 2
LOGÍSTICA APLICADA AO NEGÓCIO DE ALIMENTAÇÃO E O CONTROLE DE RECEBIMENTO DE
MERCADORIAS...................................................................................................................... 35
UNIDADE III
PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE REFEIÇÕES......................................................................................... 43
CAPÍTULO 1
CICLO PDCA......................................................................................................................... 43
CAPÍTULO 2
GESTÃO DE PROCESSOS: SISTEMAS DE CONTROLE DE PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE REFEIÇÕES
DE ACORDO COM O TIPO DE SERVIÇO. ORDENS DE PRODUÇÃO E CONTROLE DE PROCESSOS.... 47
CAPÍTULO 3
AVALIAÇÃO DOS SERVIÇOS PELO USUÁRIO............................................................................. 74
UNIDADE IV
MODELOS REPLICÁVEIS....................................................................................................................... 78
CAPÍTULO 1
MODELOS REPLICÁVEIS.......................................................................................................... 78
REFERÊNCIAS..................................................................................................................................... 85
Apresentação
Caro aluno
A proposta editorial deste Caderno de Estudos e Pesquisa reúne elementos que se entendem
necessários para o desenvolvimento do estudo com segurança e qualidade. Caracteriza-se pela
atualidade, dinâmica e pertinência de seu conteúdo, bem como pela interatividade e modernidade
de sua estrutura formal, adequadas à metodologia da Educação a Distância – EaD.
Pretende-se, com este material, levá-lo à reflexão e à compreensão da pluralidade dos conhecimentos
a serem oferecidos, possibilitando-lhe ampliar conceitos específicos da área e atuar de forma
competente e conscienciosa, como convém ao profissional que busca a formação continuada para
vencer os desafios que a evolução científico-tecnológica impõe ao mundo contemporâneo.
Elaborou-se a presente publicação com a intenção de torná-la subsídio valioso, de modo a facilitar
sua caminhada na trajetória a ser percorrida tanto na vida pessoal quanto na profissional. Utilize-a
como instrumento para seu sucesso na carreira.
Conselho Editorial
4
Organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa
Para facilitar seu estudo, os conteúdos são organizados em unidades, subdivididas em capítulos, de
forma didática, objetiva e coerente. Eles serão abordados por meio de textos básicos, com questões
para reflexão, entre outros recursos editoriais que visam a tornar sua leitura mais agradável. Ao
final, serão indicadas, também, fontes de consulta, para aprofundar os estudos com leituras e
pesquisas complementares.
A seguir, uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos Cadernos de Estudos
e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Praticando
Atenção
5
Saiba mais
Sintetizando
Exercício de fixação
Atividades que buscam reforçar a assimilação e fixação dos períodos que o autor/
conteudista achar mais relevante em relação a aprendizagem de seu módulo (não
há registro de menção).
Avaliação Final
6
Introdução
Pela definição do Council of Logistics Management, em Ferraes Neto e Küehne Júnior (2002, p. 40)
logística é a parte do gerenciamento da cadeia de suprimentos que planeja, implementa e controla
o fluxo e armazenamento eficiente e econômico de matérias-primas, materiais semiacabados e
produtos acabados, bem como as informações a eles relativas, desde o ponto de origem até o ponto
de consumo, com o propósito de atender às exigências dos clientes.
Existem diversos tipos de organizações, sejam privadas ou públicas, que se utilizam dos serviços
logísticos, como empresas manufatureiras, empresas de transporte, empresas alimentícias, forças
armadas, serviços postais, distribuição de petróleo, transporte público e muitas outras. A atividade
logística está inserida em diversos pontos da organização e sua correta aplicação se faz necessária
para o bom andamento das atividades. Atualmente as organizações são desafiadas a operar de forma
eficiente e eficaz para garantir a continuidade de suas atividades, o que as obriga a desenvolver
vantagens em novas frentes de atuação. As demandas necessárias pelo aumento da complexidade
operacional e pela exigência de maiores níveis de serviço pelos clientes se contrapõem ao anseio
por preços declinantes. A logística, por sua vez, tem sido uma das maneiras mais frequentes
utilizadas para vencer esses desafios, ou seja, reside na sua capacidade de evoluir para responder as
necessidades advindas das profundas e constantes mudanças que as organizações estão enfrentando
o modo como a logística vem sendo aplicada e desenvolvida, no meio empresarial e acadêmico,
denota a evolução do seu conceito, a ampliação das atividades sob sua responsabilidade e, mais
recentemente, o entendimento de sua importância estratégica. Em seu estágio mais avançado,
está sendo utilizada para o planejamento de processos de negócios que integram não só as áreas
funcionais da empresa, como também a coordenação e o alinhamento dos esforços de diversas
organizações na busca por reduzir custos e agregar o máximo valor ao cliente final. Nisto, tem
sido dado o nome de gerenciamento da cadeia de suprimentos (supply chain management), que
consiste no estabelecimento de relações de parceiras, de longo prazo, entre os componentes de uma
cadeia produtiva, que passarão a planejar estrategicamente suas atividades e partilhar informações
de modo a desenvolverem as suas atividades logísticas de forma integrada. Assim, melhoram o
desempenho conjunto pela busca de oportunidades (cadeia de suprimentos, produção e logística),
implementado em todo o ciclo, e pela redução de custos para agregar mais valor ao cliente final
(RACINE, 2013).
Objetivos
»» Ensinar como a logística e o gerenciamento da cadeia de suprimentos, bem como
sua inter-relação integram os conceitos dos sistemas de qualidade com o propósito
de atender as necessidades e expectativas do cliente, agregando valor aos produtos
e serviços da organização.
7
»» Fornecer elementos para o entendimento da inter-relação entre logística e
gerenciamento da cadeia de suprimentos.
8
PLANEJAMENTO
DE SERVIÇOS DE UNIDADE I
ALIMENTAÇÃO
CAPÍTULO 1
Contratos, produtos e clientela
Nesse capítulo, abordaremos o processo desde a elaboração inicial, até a final (quando chega ao
cliente) do produto final, por meio da cadeia de entrada, processo e saída.
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UNIDADE I │ PLANEJAMENTO DE SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO
10
PLANEJAMENTO DE SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO │ UNIDADE I
»» rupturas em processos.
»» não apenas fazer coisas diferentes, mas fazer coisas “de forma diferente”;
11
UNIDADE I │ PLANEJAMENTO DE SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO
Enfim, entende-se que no processo de produzir, tem de ser lembrado(a): a realidade da manufatura
discreta, os atuais setores líderes em inovações e altamente competitivos, a realidade não tão
distante assim do futuro de outros setores. Assim, compreende-se que o futuro da fábrica passa
necessariamente pela gestão da cadeia de suprimentos e pelos processos logísticos e sem a exatidão
dessa primeira linha de frente, não será capaz de se produzir e consequentemente de se ter o produto
final e finalmente a clientela.
Obs.: Esse capítulo foi basicamente elaborado de forma direta e indireta por meio das informações
de Pires e Musetti (2000). A referência completa se encontra no fim dessa apostila.
12
CAPÍTULO 2
Planejamento, controle de produção e
gerenciamento de cardápios
Para melhor explanação, utilizou-se nesse capítulo, como base de referência, o “Manual do
preparador e manipulador de alimentos”.
Gêneros alimentícios
A ficha de preparação garante que os nutrientes dos alimentos sejam preservados
durante a preparação, que a apresentação do prato seja agradável, que não haja
nem desperdício nem falta de alimentos, além de garantir o equilíbrio nutricional
das refeições?
Os cardápios dos Programas de Alimentação são planejados de acordo com orientações técnicas,
recomendações nutricionais por faixa etária, hábitos alimentares locais, safra de alimentos,
orçamento e custo, condições do local de preparo e de distribuição das refeições e capacidade de
abastecimento do mercado (estoque). O planejamento de cardápios é fundamental na produção
de refeições equilibradas para uma pessoa, uma família ou outro grupo de pessoas. No caso de
Programas de Alimentação, o planejamento de cardápios deve ser realizado por uma equipe técnica
que fará as adaptações necessárias a cada grupo (escolares, idosos, pacientes internados, etc.),
para que seja atendido com aquela alimentação. O planejamento de cardápios garante refeições
balanceadas nutricionalmente e, a partir dele, se estabelece toda a rotina do serviço de alimentação.
Os cardápios podem ser planejados para diferentes tipos de refeições: desjejum, almoço, lanche,
jantar ou ceia. Cada refeição deve conter um alimento de cada grupo da pirâmide alimentar.
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UNIDADE I │ PLANEJAMENTO DE SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO
Após a escolha dos alimentos e da forma de preparo (cozido, assado, ensopado, etc.), define-se a
quantidade necessária para cada pessoa (porcionamento). Em seguida, calcula-se a quantidade de
nutrientes (carboidratos, proteínas, gorduras, ferro, sódio, cálcio, fósforo, vitamina A, vitamina B1,
vitamina B2, niacina, vitamina C) e fibras de cada refeição para ver se atendem às recomendações
nutricionais de cada faixa etária. Se a quantidade de nutrientes estiver abaixo ou acima do
recomendado, a refeição estará desequilibrada. Neste caso, podem-se modificar os alimentos, a
forma de preparo ou o porcionamento para que se tenha uma refeição equilibrada nutricionalmente.
Por isso, é tão importante evitar alterações no cardápio e seguir a ficha de preparação.
Que a lista de especificação de gêneros define que alimentos podem ser comprados
para a produção de refeições? Esta lista também serve para controlar a qualidade
dos gêneros que os fornecedores vendem para a Prefeitura.
Nesta fase, é determinado o período para a compra e entrega de gêneros (semanal, quinzenal ou
mensal) levando-se em consideração as necessidades do serviço e as condições físicas da área
destinada ao estoque de alimentos.
Os cardápios planejados são consultados para listar os gêneros que deverão ser comprados. É
importante seguir esses cardápios para garantir refeições variadas, balanceadas nutricionalmente
e dentro do orçamento previsto.
Em seguida, é determinado o número médio de cada refeição, de acordo com a aceitação do cardápio
e a necessidade do serviço, podendo variar em cada refeição. Esta variação evita o desperdício ou a
falta de gêneros.
A partir da quantidade de cada gênero necessária por pessoa (per capita) e do número médio de
refeições é elaborado o pedido de compras. Por exemplo:
Deve ser feito um controle semanal de estoque (entrada e saída de gêneros); cardápios planejados e
realizados; pedidos de compras e número médio, anotando possíveis eventualidades.
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PLANEJAMENTO DE SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO │ UNIDADE I
Recepção de alimentos
Esta etapa visa receber os alimentos adquiridos pela unidade de acordo com as condições exigidas.
»» definir um local fixo para recepção de gêneros, de preferência com bancada de aço
inox, balança e tanque com esguicho;
Existe uma maneira fácil para saber se o ovo está fresco? Coloque o ovo em um copo
com água. Se o ovo flutuar ele está velho, se afundar está fresco.
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UNIDADE I │ PLANEJAMENTO DE SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO
Embalagens Condições
Saco ou a vácuo. Sem furo, sem rasgo e com lacre.
Para alimentos congelados. Devem ser fechadas, sem formação de cristais de gelo; a presença de água dentro da embalagem é sinal de
recongelamento.
Latas. Íntegras, não amassadas, sem ferrugem e não estufadas.
Para produtos fracionados. Fechadas, com identificação e data do fracionamento e da validade.
Qualquer tipo. Presença de dados como: nome do produto, fabricante, classificação, composição, peso ou volume, datas de
fabricação ou de validade, carimbo da Inspeção Sanitária e SIF (Serviço de Inspeção Federal).
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PLANEJAMENTO DE SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO │ UNIDADE I
Estocagem de alimentos
Esta etapa visa armazenar e controlar a entrada e a saída dos alimentos em estoque.
›› ausência de ralos;
›› estrados vazados para sacarias, revestidos com fórmica e com pés protegidos por
canoplas; afastados da parede 10cm e elevados do piso 15cm;
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UNIDADE I │ PLANEJAMENTO DE SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO
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PLANEJAMENTO DE SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO │ UNIDADE I
Refeições
Não devemos congelar alimentos que já foram descongelados? Além de prejudicar
o valor nutritivo do alimento, favorece a contaminação deles.
Pré-preparo: esta etapa visa modificar os alimentos para serem preparados, por meio de seleção,
higienização, escolha e corte dentre outras operações que preparam para o cozimento.
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UNIDADE I │ PLANEJAMENTO DE SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO
8. evitar o uso de materiais de madeira ou usar somente até que comece a ficar
escurecido ou até soltar farpas. Estes materiais são mais porosos, o que favorece a
contaminação dos alimentos.
12. lavar em água corrente, com sabão, as embalagens impermeáveis e as latas antes
de abri-las.
13. evitar o pré-preparo de véspera. Nos casos em que for inevitável, armazenar os
gêneros em recipientes com tampa, em refrigerador, o menor tempo possível.
14. retirar da embalagem original os alimentos industrializados que não tenham sido
utilizados totalmente e colocá-los em recipiente adequado e identificado. Após a
abertura da embalagem original do gênero, perde-se imediatamente o prazo de
validade do fornecedor. Observar, na embalagem, as orientações do fornecedor
sobre o prazo de uso após a abertura.
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PLANEJAMENTO DE SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO │ UNIDADE I
Preparo: esta etapa visa preparar os alimentos para o consumo, tornando mais fácil a digestão,
melhorando o sabor e aspecto, propiciando também a eliminação da ação dos microrganismos por
meio da cocção.
2. o cozimento deve ser em panelas tampadas, com exceção dos alimentos que contêm
enxofre, como repolho, couve-flor, nabo etc.;
4. levar ao fogo somente panelas cheias, pois panelas vazias ficam abauladas;
6. evitar o mínimo de manipulação dos alimentos já prontos; para servir pães, biscoitos
e produtos de confeitaria, utilizar pratos, guardanapos e recipientes descartáveis.
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UNIDADE I │ PLANEJAMENTO DE SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO
Distribuição: esta etapa visa oferecer os alimentos para o consumo imediato, sob controle de
tempo e de temperatura para evitar a contaminação e deterioração dos alimentos:
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PLANEJAMENTO DE SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO │ UNIDADE I
Higiene pessoal
O fumo faz mal a saúde? Este hábito é um fator de risco para várias doenças
como câncer, problemas de coração, etc. Que o hábito de fumar pode provocar a
contaminação dos alimentos? Isto pode acontecer por vários motivos: aumento do
risco de contato dos alimentos com a saliva, pois o indivíduo toca a boca ao fumar;
contaminação pela tosse ou espirro provocado pelo ato de fumar; queda de pontas
de cigarros e cinzas nos alimentos.
Escovar os dentes após as refeições, tomar banho diariamente, vestir roupas limpas, entre outros,
são cuidados gerais de higiene importantes para a saúde de todo cidadão.
As pessoas que manipulam alimentos devem ter atenção especial com a higiene. Algumas partes do
corpo (orelhas, nariz, boca, olhos), principalmente mãos e cabelos, possuem grande quantidade de
bactérias. Espirrar, tossir, assoar o nariz ou tocar nos alimentos sem lavar as mãos, aumenta o risco
de contaminação do ambiente e dos alimentos.
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UNIDADE I │ PLANEJAMENTO DE SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO
A higienização correta das mãos deve ser realizada em local próprio para esse fim, com pia, local
para sabão, escovinha de unha, local para toalha de papel e lixeira com tampa. As mãos devem
estar isentas de ferimentos e lesões, caso contrário, devem ser solicitadas dedeiras ou luvas à prova
d’água, de cor viva para cobrir os ferimentos. As unhas devem estar aparadas e sem esmalte.
Os cabelos devem estar limpos, penteados e presos, sendo necessário o uso de protetores, tais como:
lenço, touca, gorro ou boné, que os cubra completamente. Os protetores devem ser colocados antes
de vestir a roupa de trabalho e, depois disso, não devemos tocar nem pentear os cabelos. Evitar
barba e bigode ou mantê-los sempre aparados.
Todos os manipuladores devem usar roupas de proteção limpas, laváveis e de cores claras. Caso
sejam usadas sobre as roupas de rua, as roupas de proteção devem cobri-las totalmente. No quadro
7, apontou-se a higienização correta das mãos.
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PLANEJAMENTO DE SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO │ UNIDADE I
1. lavar as paredes, azulejos, portas e maçanetas das diversas áreas, diariamente, após
o expediente, com bastante água e sabão;
3. retirar as tampas dos ralos, durante a lavagem do piso, para limpeza das canaletas
de drenagem;
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UNIDADE I │ PLANEJAMENTO DE SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO
4. retirar resíduos do chão com auxílio de pá; o chão não deve ser varrido para não
levantar poeira;
5. lavar, diariamente, o piso de toda área, esfregando com detergente e água quente,
secando-o bem em seguida;
7. lavar as pias e tanques, diariamente, com saponáceo clorado e água quente, enxaguar
e secar;
Alguns desses seres vivos são úteis aos homens como, por exemplo, para a fabricação de iogurte,
cerveja, vinho e alguns medicamentos.
Outros fazem muito mal à saúde podendo levar até a morte. Eles podem ser encontrados em toda
parte, preferindo lugares sujos e úmidos.
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PLANEJAMENTO DE SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO │ UNIDADE I
1. Ter todo cuidado com o alimento cozido, pois, se for contaminado depois do preparo,
não haverá outra chance para eliminar os micróbios.
6. Mexer nos alimentos prontos sempre com utensílios ou com as mãos protegidas
por luvas.
10. Usar estrados ou bancadas para apoiar recipientes com alimentos, evitando o
contato direto com o chão.
A higiene dos alimentos significa cuidado com os alimentos para que possam ser consumidos sem
causar danos à saúde. As principais doenças relacionadas à contaminação de alimentos são a cólera,
a febre tifoide, as verminoses, a hepatite e as toxinfecções alimentares.
Assim, os benefícios de uma boa higiene são a saúde e a satisfação dos funcionários e comensais
com alimentação e ambiente mais saudáveis. Os cuidados com a higiene evitam prejuízos que vão
desde insatisfação dos comensais e desperdício de alimentos até intoxicações alimentares que
podem gerar epidemias e morte.
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UNIDADE I │ PLANEJAMENTO DE SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO
Utensílios
Para garantir uma perfeita higienização, é preciso:
2. lavar os utensílios e louças com detergente neutro, enxaguar com água quente e
higienizar com hipoclorito de sódio (1 colher de sopa de hipoclorito para 1 litro de
água). Caso a lavagem seja manual, a secagem deverá ser ao natural, evitando-se o
uso de panos;
5. guardar utensílios como panelas, copos e xícaras com a base para cima, evitando o
contato da parte interna com poeira e insetos;
Equipamentos
Para garantir uma perfeita higienização, observe as orientações para cada equipamento.
Fogão
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PLANEJAMENTO DE SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO │ UNIDADE I
»» Deixar que o degelo ocorra naturalmente, sem uso de material pontiagudo ou faca.
»» Limpar, semanalmente, por dentro e por fora, com esponja ou pano umedecido em
solução de bicarbonato de sódio (1 colher de sopa de bicarbonato de sódio para 3
litros de água morna).
Acessórios de limpeza
1. Lavar bem com água quente e detergente as vassouras, esfregões, escovas, pás de
lixo, panos de chão e outros usados na limpeza. Deixar secar. Guardá-los em local
limpo e seco.
Não é permitido o uso de serragem ou qualquer outra substância nos pisos, pois
Segurança no trabalho
De modo geral, passamos a maior parte do dia no ambiente de trabalho e nos locomovendo entre
a casa e o trabalho. Por isso, as condições de trabalho oferecidas e as condutas individuais são de
grande importância para garantir a saúde do trabalhador.
Ambiente de trabalho
A unidade de trabalho deve garantir:
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UNIDADE I │ PLANEJAMENTO DE SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO
5. treinamentos;
Condutas individuais
Ao trabalhador compete:
10. fazer uso de uniforme completo e dos equipamentos de proteção individual, evitando
roupas muito largas ou muito justas, bainhas descosturadas, roupas molhadas ou
sujas, mangas compridas e punhos soltos, deixando os bolsos livres de materiais
que possam causar acidentes;
11. evitar o uso de calçados de lona, sandálias ou sapatos de salto alto, utilizando
calçado seguro, fechado, com solado resistente e antiderrapante;
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PLANEJAMENTO DE SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO │ UNIDADE I
15. só fumar em local adequado e apagar o cigarro antes de jogá-lo fora, em lugar
próprio, nunca fazendo uso do chão;
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CADEIA DE
SUPRIMENTOS E UNIDADE II
LOGÍSTICA
CAPÍTULO 1
Gestão da cadeia de suprimentos
O problema aparece também em produtos completamente novos, inovadores, nos quais os modelos
prontos não podem ser aplicados e exigem, assim, novas soluções. Por exemplo, projetar uma nova
fábrica na China: os produtos seriam entregues para os clientes, após a fabricação, em 6 semanas
(por navios). O problema: não se considerou que ambientes salinos podem enferrujar os produtos.
Embora, neste caso, a questão de mudar o tipo de transporte não seja colocada em discussão
(pois multiplicaria o custo por 10), é preciso levar em consideração os fatores inerentes ao tipo de
transporte e acondicionamento (COELHO, 2010, p. 4).
Para maiores informações sobre a situação dos portos no Brasil e no mundo veja Portos
mais movimentados no Brasil e no Mundo <http://www.logisticadescomplicada.
com/logistica-portuaria-os-portos-mais-movimentados-do-brasil-e-do-mundo/>
32
CADEIA DE SUPRIMENTOS E LOGÍSTICA │ UNIDADE II
Para mais detalhes do transporte de cargas no Brasil, veja Custo Brasil – situação
do transporte de cargas <http://www.logisticadescomplicada.com/custo-brasil-
situacao-do-transporte-de-cargas/>
Vários níveis de planejamento também podem (e devem) ser considerados: estratégico, tático e
operacional. Trata-se de conhecer sua própria rede de distribuição já existente com os controles
de estoques sendo utilizados e de iniciar uma primeira estratégia de coordenação da entrega dos
produtos, iniciada antes mesmo da sua fabricação. Além disso, devem-se utilizar os modelos de
tomada de decisão baseados em programação linear e modelos de transporte, que tornam mais
evidentes os custos e as interdependências entre as etapas. Passamos, por fim, para as fórmulas
e cálculos complicados que um software especializado (ERP) se encarregará de gerir no dia-a-dia
(COELHO, 2010, p. 5).
Por exemplo, se um equipamento for enviado por via marítima existe outro problema: o de
transbordo. Essas plataformas são usadas apenas para receber produtos e redirecioná-los. Existem
momentos em que ocorrerão gargalos (e outros momentos em que haverá falta de produtos) nesses
centros de distribuição. Este é o problema do equilíbrio dos fluxos. Esse balanço garante que todo
o fluxo que entra é igual ao que sai. Estas plataformas não produzem e não consomem produtos,
apenas encaminham. No entanto, é possível utilizar este ponto de redistribuição como um produtor
se, por exemplo, ele embala o produto, aplica um rótulo ou termina uma etapa de montagem
(COELHO, 2010).
33
UNIDADE II │ CADEIA DE SUPRIMENTOS E LOGÍSTICA
parceria forem às relações com seus fornecedores e clientes, maiores as chances de ter todos
envolvidos e comprometidos no processo de oferecer o melhor produto ao mercado (COELHO,
2010, p. 7).
34
CAPÍTULO 2
Logística aplicada ao negócio
de alimentação e o controle de
recebimento de mercadorias
Para Ballou (2006, p. 29), a logística deve ser entendida a partir de uma visão sistêmica na qual:
A gestão da cadeia de suprimentos incorpora uma abordagem sistêmica, busca integrar e otimizar
as cinco áreas da logística: armazenamento, transporte, inventário, processamento de pedidos e
agrupamento de lotes. A otimização isolada de uma área pode comprometer a cadeia de suprimentos.
Por exemplo, um armazém central único reduz os custos de estocagem, mas pode aumentar os
custos de transporte.
Para Fleury et al. (2000), o SCM é a vertente mais rica do pensamento logístico e está relacionado ao
esforço de coordenação dos canais de distribuição por meio da integração de processos de negócios
que interligam seus diversos participantes.
A cadeia de suprimentos representa uma rede de organizações, por meio de ligações nos dois
sentidos, dos diferentes processos e atividades que produzem valor na forma de produtos e serviços
que são colocados nas mãos do consumidor final (CHRISTOPHER, 2002, p.13).
Segundo a perspectiva de Ballou (2006), materiais e informações fluem tanto para baixo quanto
para cima na cadeia de suprimentos. O gerenciamento da cadeia de suprimentos (SCM) integra
as atividades logísticas de transportes, distribuição, armazenagem, produção e suprimentos com o
objetivo de conquistar uma vantagem competitiva sustentável.
35
UNIDADE II │ CADEIA DE SUPRIMENTOS E LOGÍSTICA
Fundado em 1934, em Videira no meio-oeste de Santa Catarina, por duas famílias de imigrantes
italianos, o armazém de secos e molhados Ponzoni, Bradalise & Cia seria o negócio que daria origem
à Perdigão. Atualmente, a Perdigão possui 14 unidades industriais de carne situadas nos estados de
Santa Catarina (cinco), Rio Grande do Sul (duas), Paraná (uma) e Goiás (quatro), Brasília/DF (uma),
Mato Grosso (uma), além de duas unidades industriais de soja, três unidades industriais de lácteos/
sobremesas e sete fábricas de ração. A empresa tem a maior rede de distribuição de congelados e
refrigerados do país, a qual é constituída de 17 (dezessete) centros de distribuição próprios, 7 (sete)
terceirizados e 12 (doze) pontos de cross docking (CARVALHO, OLIVEIRA, JAMIL, 2007, p. 7).
36
CADEIA DE SUPRIMENTOS E LOGÍSTICA │ UNIDADE II
interno, 850 clientes no mercado externo e receita bruta de R$ 6,1 bilhões em 2006. A companhia
atua na produção e abate de aves, suínos e bovinos e no processamento de produtos industrializados,
elaborados e congelados de carne, além da fabricação de linhas de massas prontas, tortas, pizzas,
folhados, vegetais congelados e margarinas. Em abril de 2007, a empresa ingressou no segmento de
comida para animais domésticos. A carteira de produtos é composta por mais de 400 itens que são
comercializados sob as marcas Perdigão, Chester, Apreciatta, Toque de Sabor, Turma da Mônica,
Batavo, Borella, Perdix, Confiança, PetCare entre outros. Segundo Perdigão (2006), a missão da
empresa é participar da vida das pessoas, oferecendo alimentos saborosos, de alta qualidade e a
preços acessíveis, em qualquer lugar do mundo (CARVALHO, OLIVEIRA, JAMIL, 2007, p. 8).
37
UNIDADE II │ CADEIA DE SUPRIMENTOS E LOGÍSTICA
é um armazém cuja principal missão é realizar a gestão de estoques dos produtos para distribuição.
Entre suas atividades principais, podem ser citadas a movimentação de materiais, armazenagem,
administração de produtos e informações, processamento de pedidos e emissão de notas fiscais e, em
alguns casos, embalagem e colocação de etiquetas.
O sistema monitora a temperatura dos produtos em cada veículo e também contribui para
a segurança no transporte de cargas, pois se um veículo modificar o percurso sem informar
a mesa de operações, o sistema bloqueia o veículo e trava as portas do baú com alta pressão,
minimizando a possibilidade de extravio de cargas. Paralelamente à implantação de sistemas de
informação, a empresa investiu no aperfeiçoamento da estrutura administrativa, construindo o
Cento de Serviços Compartilhados Perdigão (CSP). O CSP visa atender todas as filiais e as UPs
(Unidades Produtoras) em qualquer ponto do Brasil, concentrando assim as atividades de apoio
aos principais processos da companhia. Por meio da informatização de todo o fluxo informacional
da empresa, o CSP viabiliza projetos como o Atendimento Total Perdigão (ATP), que permitiu
ampliação dos canais de vendas, melhor gestão de estoques, redução das perdas por prazo de
validade e melhor planejamento da demanda para o mercado externo. Todas as áreas estratégicas
da empresa estão interconectadas pelo sistema de gestão empresarial SAP/R3.
38
CADEIA DE SUPRIMENTOS E LOGÍSTICA │ UNIDADE II
Para o desenvolvimento do estudo de caso, uma observação participante das atividades logísticas
se fez necessária para entender a gestão de informações da área. Nesse sentido, um mapeamento
da cadeia de distribuição da empresa foi necessário, sendo que a filial Contagem (MG) serviu como
base para as observações do grupo de pesquisa.
Partindo das unidades produtoras (UPs), nas regiões Sul e Centro-Oeste do Brasil, as carretas saem
carregadas diretamente para o centro de abastecimento de todas as filiais, localizado na cidade
de Rio Verde (GO). Desse centro, os produtos são distribuídos em outros veículos de acordo com
a necessidade de cada filial ou região geográfica. Os veículos (carretas) abastecem todas filiais,
nos mais diversos pontos do país, num prazo máximo de três dias, mesmo para as mais distantes
filiais, como a filial Manaus (AM). Os veículos são monitorados pelo sistema AutoTrack, conforme
explicado anteriormente.
Ao chegar em cada filial, dentro do tempo estipulado e controlado pela mesa de operações, os
veículos são descarregados por uma equipe de armazenagem, que por sua vez, alimenta os sistemas
SAP/R3 e o módulo contábil do WMS até no máximo 17 horas de cada dia. Após a descarga, o
motorista é informado por meio de um computador de bordo (acoplado em cada veículo) para
qual destino deverá seguir. Enquanto isso, os pedidos estão sendo integrados no sistema por toda
a equipe comercial de cada filial de vendas. Às 17 horas, acontece o fechamento diário do fluxo de
pedidos e vendas. Após esta etapa, o funcionário especializado responsável por toda distribuição de
cada filial faz a preparação e o processamento de pedidos para a roteirização.
A roteirização ou gestão de rotas consiste em alocar pedidos e produtos, por meio do software
Roadnet, em veículos para distribuição em toda região geográfica que compete a filial. A gestão
das rotas define toda a movimentação da filial, determinando o tipo e a prioridade de cada rota, a
ordem e forma que o Centro de Distribuição irá operar e como a equipe de armazém deve proceder
para efetuar o carregamento. Tal atividade gera informações de cunho fiscal como impostos na
emissão de notas fiscais e também alimenta indicadores de distâncias, destinos, tempo por percurso,
devoluções e custos de cada entrega por rota.
A alocação propriamente dita é responsável por desencadear todo fluxo de informações e atividades
operacionais dos CDs (Centro de Distribuição) da empresa. A alocação começa na gestão de rotas que
é iniciada a partir da captação dos pedidos. A gestão de rotas é executada por um técnico logístico que
por meio de estratégias define qual tipo de veículo, que volume, qual destino, qual distância, qual a
prioridade e que rota com a melhor relação de tempo e percurso deverá ser seguida. A partir disso, todo
um processo de atividades e de informações no armazém e no sistema de transporte é desencadeado.
A roteirização é muito importante por ser a função que inicia todo o ciclo informacional da filial no
quesito entrega/cliente. O carregamento começa às 21h30min, por meio de relatórios e romaneios
de carga (documento que contém todos os dados totalizados da carga, produtos, volume, peso, data,
valor e notas fiscais), gerados após a roteirização. A equipe noturna de carregamento se orienta
nas questões de volumes/capacidade, vida útil dos produtos, posicionamento nos endereços de
armazenagens e temperatura. Às 06h30min, a equipe de transporte (entregadores) está a postos com
todas as informações necessárias: rotas, veículo, peso, destino, localidades, tempo de permanência
em viagem, temperatura média a ser mantida no veículo, janela de horários, agenda de atendimento
de clientes, listas de prioridades e documentos fiscais, entre outras.
39
UNIDADE II │ CADEIA DE SUPRIMENTOS E LOGÍSTICA
Durante o dia, os mais diversos tipos de problemas acontecem e interferem no rendimento das
entregas, desde a manutenção ou engarrafamento nas vias de transporte, passando por falhas nos
sistemas de clientes ou devoluções, até erros de vendedor, gerando gargalos logísticos. É neste
ambiente que uma boa gestão de informações se faz necessária, no sentido de diminuir as incertezas
na cadeia de distribuição.
Três sistemas de informação foram avaliados pela equipe técnica da empresa: Roadnet, Roadshow
e BR Express. Por meio da adoção de um sistema de roteirização, pretendia-se agrupar os pedidos,
diminuindo o número de rotas e possibilitando otimizar o tempo. Para avaliar os sistemas,
simulações foram feitas com dados da filial São Paulo.
Segundo os estudos efetuados pela empresa na adoção da nova ferramenta de gestão de informações
para a logística, o Roadnet foi escolhido como a melhor ferramenta por possuir a melhor
documentação e por se adaptar à infraestrutura de TI da empresa. Aprovada a compra do software,
restava apenas implantá-lo em alguma filial.
Inicialmente a ideia seria começar pelas filiais menores, para servir como base. No entanto, foi
escolhida a filial de Marau – RS que se encontrava com um aumento gradativo de sua carteira de
clientes, e necessitava de maiores tecnologias para melhorar o atendimento e aumentar o volume
em vendas.
Utilizando o Roadnet como ferramenta de roteirização, é possível fazer melhores rotas, com
economia de custos baseados em uma malha geográfica de distribuição otimizada, com redução de
quilometragem, combustível e tempo, considerando horários mais recomendáveis para descarga,
horários de livre circulação e aproveitando melhor a capacidade de armazenamento dos veículos.
40
CADEIA DE SUPRIMENTOS E LOGÍSTICA │ UNIDADE II
Para facilitar a roteirização, pode-se gerar um mapa e com o mouse encaixar rotas próximas e adicionar
veículos para a entrega. O conjunto de informações de clientes como localização, manutenção e seus
pedidos compõem as sessões ou zonas de roteirizações. O objetivo de formar essas zonas é que nelas
são impostos os limites, como maior quantidade de entrega e peso permitido por rotas. Feito isso,
o Roadnet automaticamente irá criar rotas de acordo com o informado, restando à pessoa que irá
roteirizar escolher se deve modificar as rotas ou não, adicionando ou removendo entregas.
No caso da Perdigão, é difícil separar a gestão das informações logísticas do uso do sistema de
informação para gestão de rotas. Segundo levantado por Lucas Jr. (2006), há que se perceber
que as organizações que aproveitam a TI para desenvolver estruturas inovadoras apresentam
desafios aos administradores responsáveis por suas operações em andamento, reiterando a
necessidade de integração de disciplinas táticas dentro de um foco estratégico, formulando metas
e ações passíveis de apoio tecnológico. Constatou-se que a adoção de uma ferramenta de gestão
de informações voltadas para a logística trouxe benefícios financeiros tangíveis para a empresa,
bem como benefícios para a qualidade do trabalho operacional e da gestão logística. A empresa
estudada ganhou em velocidade dos processos, na qualidade nos serviços prestados, na veracidade
das informações que disponibiliza na cadeia de suprimentos, além da diminuição de incertezas
para tomada de decisão.
Conforme pode ser constatado no estudo de caso, o conceito de logística migrou de um nível
operacional para um patamar estratégico. Mudanças nas expectativas dos clientes ou na localização
geográfica continuamente transformam a natureza dos mercados, que, por sua vez, geram restrições
que alteram o fluxo de mercadorias dentro das empresas. Mudanças tecnológicas e mercados
emergentes abrem novas formas de organizar, adaptar e otimizar o fluxo de matérias-primas,
produtos semiacabados, produtos acabados, peças de reposição e materiais reciclados. O objetivo
41
UNIDADE II │ CADEIA DE SUPRIMENTOS E LOGÍSTICA
da logística é fazer com que os consumidores tenham bens, serviços e informações onde e quando
quiserem, bem como nas condições físicas que desejarem.
42
PRODUÇÃO E
DISTRIBUIÇÃO DE UNIDADE III
REFEIÇÕES
CAPÍTULO 1
Ciclo PDCA
O ciclo PDCA é um método que visa controlar e conseguir resultados eficazes e confiáveis nas
atividades de uma organização. É um eficiente modo de apresentar uma melhoria no processo.
Padroniza as informações do controle da qualidade, evita erros lógicos nas análises, e torna as
informações mais fáceis de entender. Pode também ser usado para facilitar a transição para uma
cultura de melhoria contínua (AGOSTINETTO, 2006).
O PDCA representa o ciclo eficiente na resolução de problemas, ou seja, realizar melhorias por
etapas e repetir o ciclo de melhoria várias vezes (SHIBA, 1997).
O ciclo PDCA criado por Deming é uma poderosa arma usada na gestão da qualidade. Segundo
Deming (1990), este método de controle é composto por quatro etapas, que produzem os resultados
esperados de um processo. As etapas do PDCA são:
4. Action (Ação): transformar o plano que deu certo na nova maneira de fazer as coisas.
Campos (1992), diz que o controle de processos deve ser executado de acordo com o método
PDCA, demonstrado na figura 8, para atingir as metas necessárias para sobrevivência
da empresa.
43
UNIDADE III │ PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE REFEIÇÕES
Planejamento (P)
Planejar é escolher um curso de ação e decidir adiantadamente o que deve ser feito, em que
sequência, quando e como. O bom planejamento procura considerar a natureza do futuro em que as
decisões e as ações de planejamento visam operar, bem como o período corrente em que são feitos
os planos (MEGGINSON, 1986).
Pode-se garantir que da correta estruturação do planejamento depende o sucesso de todo o processo
de implantação e implementação do Sistema ou Programa da Qualidade (PALADINI, 1997).
para que os programas possam ser usados para aumentar as oportunidades de serem atingidos os
futuros objetivos e metas, isto é, aumentar as chances de tomar melhores decisões hoje que afetarão
o desempenho de amanhã.
Diz ainda que existem duas razões para planejar: (1) “benefícios protetores”, resultantes das chances
reduzidas de errar na tomada de decisão e (2) “benefícios positivos”, sob a forma de maior sucesso
em atingir os objetivos organizacionais. Dentro dessa fase, a coleta de dados é fundamental para
identificação e observação do problema.
44
PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE REFEIÇÕES │ UNIDADE III
De acordo com a Gestão pela qualidade na segurança pública (2007), deve-se indicar na fase de
planejamento as providências a serem tomadas relativas às oportunidades e necessidades de melhorias,
metas/objetivos, revisão do processo, controles e medidas, responsabilidades, cronograma, etapas de
implantação e necessidades de recursos.
Coleta de dados
Coleta de dados consiste em levantar-se dados para verificar a importância de cada item com base
em dados e não na simples opinião de cada um. Esta tarefa pode ser feita por qualquer pessoa, desde
que devidamente instruída (FALCONI, 1996).
Uma das etapas mais críticas do processo de solução de um problema, ou de pesquisa, de uma forma
geral, consiste na coleta de dados, pois se não for realizada corretamente comprometerá toda a
análise de informações (OLIVEIRA, 1996).
Da maneira mais sistemática possível deverão ser coletados os dados, pois, muitas vezes, refazer o
trabalho é uma tarefa impossível ou de custo proibitivo (OLIVEIRA, 1996).
Todas as ações devem ser tomadas sobre as causas fundamentais e não sobre os efeitos, ou seja, o
plano de ação consiste no estabelecimento das contramedidas às causas principais (FALCONI, 1996).
Todo plano de ação deve ser estruturado para permitir rápida identificação dos elementos necessários
à implementação do projeto (OLIVEIRA, 1996).
Utiliza-se o plano de ação para orientar a solução de problemas, priorizar ações, designar responsáveis
e verificar o cumprimento de tarefas (FIEG; SENAI, 2002).
A implementação de sistemas de qualidade numa empresa é um processo que deve ser analisado
para cada caso. Cada organização tem suas características próprias e o sistema deve adaptar-se ao
45
UNIDADE III │ PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE REFEIÇÕES
»» atuar primeiro nas áreas com custos de não qualidade mais altos;
»» criar uma auditoria interna para reavaliar, medir e revisar periodicamente o plano
de ação.
Verificação (C)
Esta etapa consiste em verificar se o planejado foi consistentemente alcançado por meio da
comparação entre as metas desejadas e os resultados obtidos. Normalmente, usam-se para isso
ferramentas de controle e acompanhamento (MARSHALL, 2006).
A ação corretiva exige análise periódica de falhas na qualidade por produto, por tipo de falha e por
fornecedor (CHAVES, 1997).
A análise de falhas específicas pode exigir avaliação do sistema de qualidade para prevenir
recorrências da mesma falha (CHAVES, 1997).
(*) Esse capítulo foi baseado na obra de: ALENCAR, Joana França de. Utilização do ciclo PDCA
para análise de não conformidades em um processo logístico. Monografia do curso de
Engenharia de Produção da Universidade Federal de Juiz de Fora, 2008. Demais informações
encontram-se nas referências.
46
CAPÍTULO 2
Gestão de processos: sistemas de
controle de produção e distribuição
de refeições de acordo com o tipo de
serviço. Ordens de produção e controle
de processos.
- a Resolução SS no 38 de 27/02/96; e
Anexo Único
1. Objetivo
47
UNIDADE III │ PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE REFEIÇÕES
2. Âmbito de aplicação
3. Responsabilidade técnica
- capacitação de Pessoal;
Os estabelecimentos que:
48
PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE REFEIÇÕES │ UNIDADE III
Existem dois tipos de controle de saúde que devem ser realizados para os
funcionários dos estabelecimentos:
1 - O Ministério do Trabalho por meio da NR-7 determina a realização do
PCMSO - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional, cujo objetivo
é avaliar e prevenir as doenças adquiridas no exercício de cada profissão, ou
seja, problemas de saúde consequentes da atividade profissional. Este controle
deve ser realizado por um profissional médico especializado em medicina
do trabalho, devendo ser realizado exame médico admissional, periódico,
demissional, de retorno ao trabalho e na mudança de função.
2 - O controle de saúde clínico exigido pela Vigilância Sanitária, que objetiva
a saúde do trabalhador e a sua condição para estar apto para o trabalho,
não podendo ser portador aparente ou inaparente de doenças infecciosas ou
parasitárias.
Para isso devem ser realizados os exames médicos admissionais,
periódicos, dando ênfase aos parâmetros preconizados neste regulamento,
acompanhados das análises laboratoriais como: hemograma, coprocultura,
coproparasitológico e VDRL, devendo ser realizadas outras análises de
acordo com avaliação médica.
A periodicidade dos exames médico-laboratoriais deve ser anual.
Dependendo das ocorrências endêmicas de certas doenças, a periodicidade
pode ser reduzida de acordo com os serviços de Vigilância Sanitária e
Epidemiológica locais.
Qualquer tipo de controle de saúde do trabalhador que contemple o controle
de saúde clínico e desde que comprovado com os respectivos laudos, estará de
acordo com este Regulamento, não sendo necessária, neste caso, a Carteira
de Saúde.
Deve-se enfatizar que, o que garante a segurança do produto são os
procedimentos adequados pertinentes aos itens 15 a 26 deste manual.
Não devem manipular alimentos, os funcionários que apresentarem feridas,
lesões, chagas ou cortes nas mãos e braços, ou grastrenterites agudas ou
crônicas (diarreia ou disenteria), assim como, os que estiverem acometidos de
infecções pulmonares ou faringites.
A gerência deve garantir que os funcionários nessas situações, sejam afastados
para outras atividades, sem prejuízo de qualquer natureza.
5. Controle da água para consumo
A água utilizada para o consumo direto ou no preparo dos alimentos deve ser
controlada independente das rotinas de manipulação dos alimentos.
49
UNIDADE III │ PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE REFEIÇÕES
* a cada 6 meses
O gelo para utilização em alimentos deve ser fabricado com água potável, de
acordo com os Padrões de Identidade e Qualidade vigentes.
8. Visitantes
50
PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE REFEIÇÕES │ UNIDADE III
9. Estrutura/edificação
9.1. Localização:
9.2. Piso:
Deve ter inclinação suficiente em direção aos ralos, não permitindo que a
água fique estagnada. Em áreas que permitam existência, os ralos devem ser
sifonados, e as grelhas devem possuir dispositivos que permitam o fechamento.
9.3. Paredes
51
UNIDADE III │ PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE REFEIÇÕES
As portas devem ter superfície lisa, de cores claras, de fácil limpeza, ajustadas
aos batentes, de material não absorvente, com fechamento automático (mola
ou similar) e protetor no rodapé. As entradas principais e os acessos às câmaras
devem ter mecanismos de proteção contra insetos e roedores.
9.6. Iluminação:
9.7. Ventilação:
O conforto térmico pode ser assegurado por aberturas de paredes que permitam
a circulação natural do ar, com área equivalente a 1/10 da área do piso.
52
PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE REFEIÇÕES │ UNIDADE III
ventilação adequada com janelas teladas. Essas áreas não devem se comunicar
diretamente com a área de manipulação de alimentos ou refeitórios.
9.9. Vestiário:
9.10. Lixo:
O lixo não deve sair da cozinha pelo mesmo local onde entram as matérias
primas.
Não deverá existir dentro das áreas de preparo de alimentos, caixa de gordura
ou de esgoto.
53
UNIDADE III │ PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE REFEIÇÕES
Esta área deve ser adjacente ao refeitório, comunicando-se com este por meio
de guichê para recepção do material usado.
Área para recepção das matérias primas, contendo quando possível, pia para
pré-higiene dos vegetais e outros produtos.
54
PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE REFEIÇÕES │ UNIDADE III
A área deve estar localizada acima do piso da área total da cozinha, com visor
que facilite a supervisão geral do ambiente e das operações de processamento.
55
UNIDADE III │ PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE REFEIÇÕES
Esta área é exclusiva para higienização de material de limpeza e deve ter tanque
provido de água fria e quente.
Deve existir lavatórios exclusivos para higiene das mãos. Quando não houver
separação de áreas deve existir pelo menos uma pia para higiene das mãos,
em posição estratégica em relação ao fluxo de preparações dos alimentos,
torneiras dos lavatórios acionadas sem contato manual.
Não deve existir sabão antisséptico para higiene das mãos nas pias utilizadas
para manipulação e preparo dos alimentos, devido ao alto risco de contaminação
química dos alimentos.
Configuração das áreas de preparação dos alimentos, de modo que o fluxo seja
linear, sem cruzamento de atividades entre os vários gêneros de alimentos. Se
não houver áreas separadas para os vários gêneros, deve existir no mínimo
um local para pré-preparo (produtos crus) e local para preparo final (cozinha
quente e cozinha fria), além das áreas de retorno de bandejas sujas e lavagem
de utensílios, evitando a contaminação cruzada, devendo o manual de boas
práticas garantir a qualidade higiênico-sanitária dos alimentos.
11. Equipamentos
12. Utensílios
13. Móveis
56
PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE REFEIÇÕES │ UNIDADE III
* banho diário;
* cabelos protegidos;
* maquiagem leve;
15.2. Uniformização:
15.3.1. Frequência:
* chegar ao trabalho;
* utilizar os sanitários;
* fumar;
57
UNIDADE III │ PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE REFEIÇÕES
* pegar em dinheiro;
15.3.2. técnica:
* lavar com sabonete líquido, neutro, inodoro. Pode ser utilizado sabonete
líquido antisséptico, neste caso, massagear as mãos e antebraços por pelo
menos 1 minuto;
* tocar o corpo;
* manipular dinheiro;
* fumar;
58
PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE REFEIÇÕES │ UNIDADE III
• Diário:
• Semanal:
• Quinzenal:
* estoque; estrados.
• Mensal:
• Semestral:
* reservatório de água.
OBS.:
59
UNIDADE III │ PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE REFEIÇÕES
* enxágue;
* enxágue;
OBS.: quando utilizar álcool 70%, não enxaguar e deixar secar ao ar.
Iodóforos: 25 ppm
Álcool 70%
60
PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE REFEIÇÕES │ UNIDADE III
Para o preparo destes gêneros, deve ser realizada a higienização completa que
compreende:
* frutas, cujas cascas não são consumidas, tais como: laranja, tangerina, banana
e outras, exceto as que serão utilizadas para suco;
* frutas, legumes e verduras que irão sofrer ação do calor, desde que a
temperatura no interior atinja no mínimo 74ºC;
* ovos inteiros, tendo em vista que devem ser consumidos após cocção
atingindo 74ºC no interior.
18. Diluições
- 10ml (1 colher de sopa rasa) de água sanitária para uso geral a 2,0 - 2,5% em
1 litro de água ou 20ml (2 colheres de sopa rasas) de hipoclorito de sódio a 1%
em 1 litro de água.
* álcool a 70%:
61
UNIDADE III │ PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE REFEIÇÕES
19.1. Recebimento:
* alimentos não devem estar em contato direto com papel não adequado
(reciclado, jornais, revistas e similares), papelão ou plástico reciclado;
62
PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE REFEIÇÕES │ UNIDADE III
19.2. Armazenamento:
63
UNIDADE III │ PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE REFEIÇÕES
19.3. Congelamento:
Etapa na qual os alimentos que sofreram cocção devem atingir 55ºC em sua
superfície, para serem levados à refrigeração.
64
PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE REFEIÇÕES │ UNIDADE III
19.6. Refrigeração:
19.7. Reconstituição:
19.8. Pré-preparo/preparação:
65
UNIDADE III │ PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE REFEIÇÕES
19.8.2.Dessalgue:
Etapa na qual as carnes salgadas são submetidas à retirada do sal sob condições
seguras:
19.9. cocção:
Entre os diversos métodos de cocção, ressalta-se a cocção por fritura, que deve
atender aos seguintes requisitos:
* os óleos e gorduras utilizados nas frituras não devem ser aquecidos a mais
de 180ºC;
* o óleo deve ser desprezado sempre que houver alteração de qualquer uma das
seguintes características: sensoriais (cor, odor, sabor, etc.) ou físico-químicas
(ponto de fumaça, pH, peroxidase, etc.). Podem ser utilizados testes físico-
químicos comerciais rápidos, desde que comprovada a sua qualidade e eficácia;
19.10. Reaquecimento:
Etapa na qual os alimentos quentes devem ser mantidos a 65ºC ou mais, até o
momento da distribuição; e os alimentos frios devem ser mantidos abaixo de
66
PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE REFEIÇÕES │ UNIDADE III
19.12. porcionamento:
distribuição:
Etapa na qual os alimentos estão expostos para o consumo imediato, porém sob
controle de tempo e temperatura para não ocorrer multiplicação microbiana
e protegidos de novas contaminações, devendo serem seguidas as seguintes
condutas e critérios para distribuição de alimentos quentes e frios:
• Alimentos quentes:
• Alimentos frios:
19.14. Sobras:
São alimentos prontos que não foram distribuídos ou que ficaram no balcão
térmico ou refrigerado. Somente podem ser utilizadas sobras que tenham
sido monitoradas. Alimentos prontos que foram servidos não devem ser
reaproveitados.
• Sobras quentes:
67
UNIDADE III │ PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE REFEIÇÕES
• Sobras frias:
20.1.congelamento:
20.2. refrigeração:
68
PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE REFEIÇÕES │ UNIDADE III
- carne bovina, suína, aves e outras e seus produtos manipulados crus: até 4ºC
por 72 horas;
- sobremesas, frios e laticínios manipulados: até 8ºC por 24 horas, até 6ºC por
48 horas ou até 4ºC por 72 horas;
- maionese e misturas de maionese com outros alimentos: até 4ºC por 48 horas
ou até 6ºC por 24 horas.
OBS.: Outras preparações podem seguir outros critérios, desde que sejam
observados: o tipo de alimento e suas características intrínsecas (Aa, pH, etc.),
procedendo-se ao estudo da “vida de prateleira” por meio de análise sensorial,
microbiológica seriada e se necessário físico-química.
• Técnica de colheita:
* retirar o ar e vedar.
• Quantidade da amostra:
* mínimo de 100g
69
UNIDADE III │ PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE REFEIÇÕES
• Armazenamento:
* por 72 horas sob refrigeração até 4ºC ou sob congelamento a -18ºC. Líquidos
só podem ser armazenados por 72 horas sob refrigeração até 4ºC.
Os ovos podem estar contaminados com Salmonella sp., tanto na casca como
na gema. Existem medidas de controle que devem ser realizadas na indústria,
porém a qualidade sanitária das preparações à base de ovos nas empresas
fornecedoras de alimentos pode ser garantida com os seguintes procedimentos:
23.2. Na utilização
23.3. Na preparação
• ovos pasteurizados;
• ovos desidratados;
70
PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE REFEIÇÕES │ UNIDADE III
• ovos cozidos.
* preparações quentes;
24. Transporte
71
UNIDADE III │ PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE REFEIÇÕES
Suas hastes devem ser lavadas e desinfetadas antes e depois de cada uso.
26. Registro das medições realizadas
Objetivos
72
PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE REFEIÇÕES │ UNIDADE III
O sistema de refeições transportadas se caracteriza pela distância entre os locais de produção, das
preparações de um cardápio e de distribuição dela. Tal sistema permite o fornecimento de refeições
onde não há estrutura apropriada para sua produção. A distribuição pode ser feita individualmente,
os chamados “marmitex” ou a granel. Embora não haja estudos sobre esse tipo de segmento do
mercado, observa-se o referido sistema torna-se uma realidade nacional, utilizado tanto nos grandes
centros urbanos como em locais afastados e de difícil acesso.
O controle de qualidade das refeições transportadas compreende desde a aquisição de matéria prima
até a distribuição das preparações do cardápio. Estas, além de estarem em condições higiênico-
sanitárias satisfatórias para a prevenção de toxinfecções alimentares, são apresentadas de forma a
atender as expectativas sensoriais dos usuários.
A UAN A produzia refeições para distribuição no próprio local, tinha localização próxima à UAN
B e capacidade de produção para um volume adicional de refeições, portanto passou a distribuí-
las. A CVS-6 de 10/03/1999 dispõe, como um dos critérios para o controle higiênico-sanitário, que
alimentos quentes possam ser mantidos à temperatura mínima de 65ºC, pelo tempo máximo de 12
horas, a 60ºC pelo tempo máximo de 6 horas ou abaixo de 60ºC por 3 horas. Os alimentos, quando
ultrapassarem esses prazos, devem ser desprezados.
73
CAPÍTULO 3
Avaliação dos serviços pelo usuário
Um estudo de caso de Silva, Frota, Lopes, et. al. (2012), no modelo para avaliar a qualidade do
serviço de alimentação no Hospital Universitário Getúlio Vargas.
Como destaca Proença (1997, apud BLOM e FARIA 2007), a produção da alimentação coletiva é
diferente de outros processos produtivos, pois todos os produtos produzidos pela UPR são diferentes
a cada dia, o que torna difícil a organização da produção.
O setor de serviços de alimentação é bastante amplo e segundo a ABIA (2011), abrange oito
subcanais de distribuição, divididos em dois grupos: serviço público ou institucional que
envolve os canais ligados ao governo (postos de saúde, presídios, merenda escolar) e serviços
privados que engloba as redes de fast food, bares, restaurantes comerciais, hotéis, empresas de
refeições coletivas.
Além disso, Schilling (1998, apud MORIMOTO; PALADINI 2009) destaca que no serviço de
alimentação, as falhas humanas no atendimento ou a falta de cortesia da copeira poderão impedir
que um cardápio tecnicamente elaborado e com excelente apresentação, não tenha o desempenho
previsto e desejável, interferindo na aceitação da alimentação pelo paciente. Neste sentido,
instrumentos que avaliem o nível de satisfação dos pacientes hospitalizados em relação ao serviço de
alimentação podem oferecer subsídios para melhorar a qualidade do serviço (COLOÇO, HOLANDA
E PORTERO-MCLELLAN, 2009).
Para Souza (2004, apud GUERRA 2009), o paciente deve ser o foco da política de qualidade
alimentar e nutricional nas instituições hospitalares. A alimentação hospitalar lançada como
elemento essencial é parte dos cuidados hospitalares oferecidos aos pacientes, agrega qualidades e
funções que atendem não só às necessidades nutricionais e higiênico-sanitárias, como também às
necessidades psicossociais deles.
Segundo Berry e Parasuraman (1992, apud COSTA e COSTA 2003), existem cinco dimensões gerais
que influenciam na avaliação da qualidade do serviço do cliente. Estas dimensões estão apresentadas
no quadro 8.
74
PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE REFEIÇÕES │ UNIDADE III
Satisfação do cliente
“Um produto ou serviço de qualidade é aquele que atende perfeitamente, de
forma confiável, de forma segura e no tempo certo, às necessidades do cliente”
(CAMPOS, 2006, p.1).
A satisfação é alcançada quando o cliente faz uso de um produto ou serviço, que proporciona o
atendimento de suas reais necessidades. Pois como destaca Campos (2006), que não há como
satisfazer o cliente, se os serviços não forem adequados às suas necessidades, e se o atendimento
não estiver previsto na própria definição da missão da instituição.
Segundo Kotler (2000), qualidade é o total dos atributos e características de um produto ou serviço
que interferem na sua capacidade de satisfazer necessidades perceptíveis ou implícitas. Assim,
a satisfação consiste na capacidade de percepção de cada cliente e esta percepção tende a variar
75
UNIDADE III │ PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE REFEIÇÕES
de cliente para cliente, pois fatores como nível intelectual, cultura, nível social, são valores que
contribuem para a variação da percepção de qualidade.
Não obstante, no setor de alimentação observa-se a preocupação com a qualidade e a procura pela
satisfação de seus clientes, porém os atributos da qualidade de uma refeição, tais como: aparência
dos pratos, quantidade, temperatura, tempero, sabor, e prazo de validade adequado, higiene,
atendimento, local adequado, são bens tangíveis e intangíveis e segundo Kotler (2000) devido ao
grande grau de intangibilidade deste serviço é que sua percepção tende a variar muito.
A avaliação da qualidade em serviço é fundamental e como destaca Johnson (1999, apud COLENCI,
HERMOSILLA; RODRIGUES 2002), é necessário uma metodologia de análise do serviço, pois caso
contrário os recursos empregados pela organização pode estar sendo subtilizados, uma vez que o
cliente poderá não visualizar o valor agregado ao serviço.
De acordo com Paladini (1997), pela sua importância, a avaliação da qualidade deve ser bem
elaborada, pois existe uma necessidade de se considerar a avaliação da melhoria da qualidade
também em termos de atividades indiretas de suporte. Esta avaliação se justifica pelo fato de as
ações destinadas à melhoria da qualidade de atividades indiretas repercutirem nos resultados do
processo produtivo e nas relações diretas com os clientes.
Por outro lado, existem deficiências no serviço que podem estar relacionadas com falta de material
e pessoas. É como destaca Esperidião e Trad (2006) o sentido fundamental ao se teorizar no campo
da avaliação dos serviços de saúde é, sobretudo, o de buscar converter os conceitos em estratégias,
critérios e padrões de medição, a fim de contribuir para a produção de medidas úteis que auxiliem na
tomada de decisão e subsidiem aperfeiçoamentos no âmbito dos serviços. A utilização dos conceitos
se torna importante na medida em que permitem representar aspectos da realidade, por meio de
construções lógicas estabelecidas de acordo com um quadro teórico de referência.
76
PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE REFEIÇÕES │ UNIDADE III
importância, mas também a que se preocupar em satisfazer o cliente nas suas necessidades diversas
como um ambiente agradável e informações sobre o cardápio.
Enfim, após análise de diversos modelos é essencial que o serviço encontre a ferramenta necessária
para medir e avaliar a qualidade de seu serviço.
77
MODELOS UNIDADE IV
REPLICÁVEIS
CAPÍTULO 1
Modelos replicáveis
É inegável que as constantes mudanças dos cenários, estão tornando o processo de criação de
estratégias muito árduo. Está cada vez mais difícil elaborar e implementar uma estratégia que possa
conduzir a organização ao sucesso.
Chris Zook (2012), criador dos modelos replicáveis, afirma que em suas pesquisas descobriu que
setenta por cento dos executivos acreditam que a melhor estratégia consiste em perceber a mudança
de cenários e ajustar-se a ela com muita rapidez. Por outro lado, sessenta e quatro por cento afirmam
que é preciso ganhar grande velocidade para adiantar-se em relação aos concorrentes.
Zook e Allen (2012, p. 5), afirmam em seu livro que, “[...] a simplicidade, o foco e o domínio da arte
da mudança contínua, quase sempre, levam a melhor em relação às estratégias de mudança radical
e de reinvenção constante”.
Identifica-se, portanto, que os modelos replicáveis são uma forma de simplificar a complexidade do
mercado. Por meio deles, é possível replicar, em cenários semelhantes, os melhores desempenhos
da organização. Contudo, para o alcance desse objetivo, é fundamental que toda a organização
conheça e compartilhe as estratégias, além de compreender a diferenciação da empresa.
De acordo com Zook e Allen (2012), as complexidades e as rupturas são as “assassinas silenciosas” do
crescimento lucrativo. Afirmam ainda, que descobriram em suas pesquisas que o sucesso duradouro
não tem a ver com a escolha do mercado que a empresa atua, mas, com o projeto estrutural de uma
empresa e com o aproveitamento do poder da melhoria e da adaptação contínua.
Deste modo, percebe-se que a busca pelo sucesso empresarial deve estar pautada na simplicidade.
Quanto mais simples forem as estratégias, mais se fortalecerá o aprendizado e as vantagens
competitivas da organização.
Ainda segundo Zook (2012), para a criação de um modelo replicável é preciso que se identifiquem
os diferenciais da empresa. Com base nestes diferenciais, definem-se os princípios não negociáveis
e, por último, adotam-se medidas de monitoramento e aperfeiçoamento deste modelo. Vejamos a
seguir todas estas etapas.
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MODELOS REPLICÁVEIS │ UNIDADE IV
Diferenciação do Core-Business
O Core Business ou, numa tradução para o português, o “principal negócio” das empresas deve
estar sempre sobre muitos olhares, deve ser bem cuidado, pois, em geral, é ele que transmite a
credibilidade e a viabilidade do negócio. Nesta teoria dos Modelos Replicáveis, assim como em
várias outras publicações dos meios de comunicação, defende-se que o core business das empresas
deve ser diferenciado.
Zook e Allen (2012) afirmam que a diferenciação é a essência da estratégia, a causa da vantagem
competitiva e por sua vez, a principal vertente de lucratividade. Acredita-se, portanto, que no atual
cenário mercadológico, realmente ganha-se dinheiro sendo diferente da concorrência.
De acordo com Zook e Allen (2012), ter clareza e simplicidade em torno do que garante a
singularidade da empresa e de seu modelo de negócio são os elementos fundamentais para a boa
estratégia e constituem a essência dos Modelos Replicáveis. Em outras palavras, para ter um negócio
diferenciado, é preciso ter estratégias simples, claras e fáceis de executar.
Zook e Allen (2012, p. 40), afirmam, ainda, que “a diferenciação é o vaso que contém as joias da coroa
da empresa. Ganhar dinheiro em um negócio depende da conquista de superioridade competitiva
por meio dessas diferenças”. Assim sendo, percebe-se que o mercado está disposto a gastar com
quem é diferente, traz novidades para suprir os desejos do cliente.
Zook e Allen (2012, p. 41), escrevem, também, que “as empresas se diferenciam dos concorrentes
de três maneiras: superioridade da economia de custos, singularidade dos atributos dos produtos e
controle de posição relevante em um sistema econômico maior”.
Para confirmar esta teoria da diferenciação, Zook e Allen (2012), apresentam uma análise de indicadores
de desempenho de 200 empresas do banco de dados da Bain & Company. Pode-se perceber que 93%
dos 20% com melhor desempenho, possuem alguma forma de diferenciação no seu core business, o
que acaba gerando vantagens competitivas. Essa diferenciação foi identificada com três vezes mais
relevância do que nos 29% com pior desempenho. O gráfico 1 ilustra o resultado desta pesquisa.
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UNIDADE IV │ MODELOS REPLICÁVEIS
Ainda conforme Zook e Allen (2012), em um estudo realizado, foram entrevistados executivos e clientes
de diversos setores, questionando-lhes até que ponto seus produtos e serviços eram diferenciados. Os
resultados foram surpreendentes, pois, embora 80% dos executivos acreditassem que suas ofertas
eram altamente diferenciadas, somente cerca de 8% dos clientes reconheciam esta diferenciação.
Desta forma, percebe-se que todo o trabalho de diferenciação do core business das empresas, somente
será válido se os clientes reconhecerem e aceitarem estes produtos. De nada adianta acreditar na
diferenciação de um negócio que não tem o reconhecimento de seu público alvo. Porém, isso não
quer dizer que o esforço das organizações em buscar sua diferenciação é em vão. Na verdade, este
trabalho é essencial, pois, sem esta busca, não haverá possível diferenciação.
Outrossim, conforme Zook e Allen (2012), regras não negociáveis são os princípios adotados para
converter as estratégias em decisões e em ações consistentes. A clareza destas regras aumenta o foco
e a simplicidade das estratégias, transformando-a em regra prática de comportamento e proibição.
Zook e Allen (2012) afirmam, ainda, que a eficácia na tradução da estratégia em comportamento e
em mentalidades é a grande oportunidade de melhoria para muitas empresas. Em uma pesquisa
realizada, puderam identificar que o principal vetor da lealdade e do comprometimento dos
empregados é a crença nos valores da equipe de gestão e na estratégia organizacional.
As mais valiosas regras não negociáveis devem ser duras e objetivas em vez de brandas e vagas, é o
que definem Zook e Allen (2012). Eles completam escrevendo que elas mudam os comportamentos,
afetam as decisões, definem as recompensas, moldam a cultura e até orientam o recrutamento.
Conclui-se, portanto, que a essência das estratégias precisa estar ligada diretamente a toda linha de
frente das empresas, e em alguns casos até com os clientes. Deste modo, a criação de algumas regras
não negociáveis é uma excelente forma de alinhar todo o time de colaboradores.
Segundo Zook e Allen (2012, p. 111), “a essência e o poder desse princípio estrutural dos Modelos
Replicáveis, são a capacidade de gerenciar melhor os riscos da adaptação em vez de apenas estimular
a tomada de mais riscos”. Isso ocorre, pois, o processo de adaptação às mudanças de mercado deve
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MODELOS REPLICÁVEIS │ UNIDADE IV
acontecer com muita rapidez. Contudo, apesar da velocidade é fundamental monitorar e gerir cada
passo a ser dado.
Entretanto, Zook e Allen (2012) afirmam, ainda, que sem dúvidas, o aprendizado é o menos
desenvolvido dos três princípios estruturais dos Modelos Replicáveis entre todas as empresas.
Porém, trata-se de uma nova fonte, cada vez mais importante, de vantagem competitiva em
muitos setores.
Em uma pesquisa apresentada em seu livro, Zook e Allen (2012), afirmam que dos 377 executivos
globais questionados em março de 2011, mais de dois terços afirmaram que a capacidade de adaptação
é fator cada vez mais importante para a criação de vantagens competitivas em seus setores. Mais
da metade dos entrevistados disse que o ritmo da mudança estava tornando muito mais difícil a
adaptação da empresa e a execução adequada da estratégia. Os executivos também declaram que
as empresas que consideravam suas principais concorrentes hoje, não seriam as mesmas daqui a
cinco anos.
Conclui-se, portanto, que incentivar o aprendizado nas organizações, é uma forma de contribuir com
a busca por vantagens competitivas. Ter uma equipe altamente comprometida, alinhada e treinada
não é das tarefas mais fácies. Porém, é fundamental para a aplicação dos Modelos Replicáveis nas
empresas, atingindo assim, o sucesso duradouro.
»» Os Modelos Replicáveis não são uma forma de execução de tarefas repetitivas como
um robô. Trata-se da essência de uma empresa, que exige avaliação constante, mas,
que também precisa de alguma consistência para impulsionar o aprendizado.
»» Não é uma lista sem fim de tarefas, entregue a todos os colaboradores de linha de
frente. Essa forma de replicabilidade elimina o feedback, além de ser desmotivadora
e inanimada. Os Modelos Replicáveis procuram sempre criar liberdade, mas, dentro
de uma estrutura pré-definida.
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UNIDADE IV │ MODELOS REPLICÁVEIS
Além de todos estes citados acima, Zook e Allen (2012), afirmam, ainda, que Modelos Replicáveis
não estão ligados a monotonia, desmotivação, negligência ou excesso de automatismo. Porém,
em contrapartida, estes itens citados são as causas básicas da dificuldade de desenvolver bons
Modelos Replicáveis.
Tetra Pak
A Tetra Pak, uma das principais empresas de embalagens alimentícias do mundo, é um grande
exemplo de Modelos Replicáveis, pois, cresceu adaptando sua fórmula e reaplicando-a, de
forma consistente e lucrativa. Em seu core, encontram-se alguns poucos atributos singulares,
que determinam seu apelo aos clientes e que impedem a replicação pelos concorrentes,
quais sejam:
Essas três características coroam a Tetra Pak com vantagens competitivas capazes de mais do que
compensar seus custos.
Faber-Castell
A Faber-Castell, líder mundial em lápis e, fundada em 1761, em Stein na Alemanha, é outro grande
exemplo da aplicação prática dos Modelos Replicáveis. A primeira grande inovação da empresa,
depois de descobrir como colocar grafite em um tudo de madeira, foi o lápis hexagonal, que não
rola das mesas. Na sequência, a Faber-Castell replicou seu sucesso com as novas cores, lápis
com propriedades ambientais e até a inclusão de pequenos pontos de borracha que facilitam aos
usuários segurarem o produto. Vale lembrar que a Faber-Castell é uma empresa familiar e está
na oitava geração.
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MODELOS REPLICÁVEIS │ UNIDADE IV
NIKE
Inovar é a nossa natureza Pense em algo em que ninguém pensa, construa algo que ninguém constrói ou melhore algo que
já existe. Mais leve, mais rápido, mais forte, maior, menor, mais divertido. Torne-o ótimo. Isso é o que
fazemos melhor.
NIKE é empresa Nós a denominamos NIKE Inc., e ela vive em muitos mundos: produtos, esportes, média,
entretenimento, estilo de vida e varejo. Nossa posição nos leva a liderar em todas essas áreas.
NIKE é marca Nós a chamamos de Swoosh. Uma pequena asa. Inspirada pela deusa grega da vitória, esse traço
simples é o símbolo de nossa liderança global em produtos esportivos e em atitudes. A marca NIKE é a
nossa incubadora de grandes pesquisas, projetos e desenvolvimento.
Simplifique e avance A vida é curta demais e a competição é rápida demais para perdermos tempo com debates infrutíferos
e com nuances gratuitas. Quanto mais honestos e objetivos formos uns com os outros, mais rápido
avançaremos e melhor trabalharemos.
O consumidor decide Para alcançar os consumidores, mantemos o diálogo aberto, compartilhando ideias e insights em
ambos os sentidos para compreender a variedade infinita de nossas visões culturais e para garantir que
os consumidores compreendam a NIKE. O dia em que se assume o cliente como algo certo é o dia em
que se perde o cliente.
Seja uma esponja Curiosidade é vida. Presunção é morte. Olhe ao redor. Abra seu coração e mente, e você abrirá o futuro.
Há grandes ideias por aí como diamantes na poeira. As melhores são as que você vê com o canto dos
olhos.
Evolua imediatamente Pegamos a visão glacial da evolução e a derretemos com um maçarico. Ampliamos o que é bom e
mudamos o que não é. Estamos em movimento perpétuo. Gostamos do sucesso. Amamos o impulso.
Somos melhores quando somos esguios e lépidos. Fazemos a infindável história da NIKE.
Faça o certo Abrace a verdade. Seja transparente. Procure a diversidade. Promova a sustentabilidade. Esses valores
são parte do que somos. Nosso sucesso depende deles.
Domine os fundamentos Não há substituto para a dedicação prioritária ao trabalho árduo. O empenho em superar e o foco
absoluto nos processos são raízes do desempenho superior.
Estamos na ofensiva. Sempre. Nossa tarefa é sermos ofensivos e seguirmos o plano de jogo que nós mesmos desenvolvemos.
Influenciamos. Lideramos. Não precisamos do que não conseguimos liderar.
Lembre-se do homem O nome dele é Bowerman. Em alemão, significa “construtor”. Ele fez mais para moldar o atletismo e
a NIKE em todo o mundo, que quaisquer outras três pessoas juntas. O espírito dele ainda inspira a
mudança em todos os cantos da NIKE.
Hoshi Ryokan
A Hoshi Ryokan, a empresa mais velha ainda em atuação, fundada no Japão no ano de 718,
atualmente é gerenciada pela 46a geração da família Hoshi.
Ela é um case dos Modelos Replicáveis, pois tem seu core business bem definido. Especializada em
estalagens, a Hoshi sempre esteve concentrada em seu nicho específico, que evoluiu aos poucos,
desde a sua fundação.
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UNIDADE IV │ MODELOS REPLICÁVEIS
Louis Vuitton
A Louis Vuitton é uma das marcas mais desejadas pelos clientes de todo o mundo. Seu Modelo
Replicável consiste em ostentar uma mistura de desenho clássico com moderno, disponibilizados
em suas próprias lojas e caracterizados pela excelência na qualidade e na customização. Na última
década, a marca cresceu em pouco mais que 10% ao ano, com margens operacionais acima de 40%,
superando todos os concorrentes.
Scania
Com sede na Suécia, a Scania, principal fabricante de caminhões pesados no mercado europeu,
nos 15 anos anteriores à crise financeira, teve suas receitas ampliadas em cinco vezes, para cerca
de US$13 bilhões. Esse crescimento se deu devido ao reforço do seu core no mercado europeu de
caminhões pesados.
Ela alienou seu negócio de aviação, deixando de lado o mercado americano. Além disso, expandiu
continuamente sua base central de clientes na Europa Ocidental, assim como os serviços oferecidos
a esses clientes. Feito isto, a Scania replicou este modelo nos países de alto crescimento da Europa
Ocidental e de outros mercados emergentes. Como resultado de todo este processo, o preço de suas
ações triplicou entre anos de 2000 e 2010.
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REFERÊNCIAS
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melhoria contínua e desempenho: o caso de uma empresa de autopeças. Tese de Mestrado,
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