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Brasília-DF.
Elaboração
Produção
APRESENTAÇÃO.................................................................................................................................. 4
ORGANIZAÇÃO DO CADERNO DE ESTUDOS E PESQUISA..................................................................... 5
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 7
UNIDADE I
ENGENHARIA DE TRÁFEGO................................................................................................................... 11
CAPÍTULO 1
SISTEMA NACIONAL DE TRÂNSITO............................................................................................ 11
CAPÍTULO 2
ELEMENTOS DO SISTEMA DE TRÁFEGO..................................................................................... 18
CAPÍTULO 3
POLOS GERADORES DE VIAGENS............................................................................................ 38
CAPÍTULO 4
PESQUISA “ORIGEM-DESTINO”................................................................................................. 43
UNIDADE II
NOÇÕES DE PROJETO GEOMÉTRICO................................................................................................... 45
CAPÍTULO 1
PROJETO GEOMÉTRICO.......................................................................................................... 46
UNIDADE III
SINALIZAÇÃO VIÁRIA............................................................................................................................. 57
CAPÍTULO 1
SINALIZAÇÃO VERTICAL........................................................................................................... 59
CAPÍTULO 2
DISPOSITIVOS AUXILIARES......................................................................................................... 66
UNIDADE IV
O PAPEL DA ENGENHARIA DE TRÁFEGO NA PREVENÇÃO DE ACIDENTES............................................... 70
CAPÍTULO 1
ACIDENTES DE TRÂNSITO......................................................................................................... 70
CAPÍTULO 2
EDUCAÇÃO DE TRÂNSITO........................................................................................................ 76
REFERÊNCIAS................................................................................................................................... 88
Apresentação
Caro aluno
Conselho Editorial
4
Organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa
A seguir, uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos Cadernos de
Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Praticando
5
Atenção
Saiba mais
Sintetizando
Exercício de fixação
Atividades que buscam reforçar a assimilação e fixação dos períodos que o autor/
conteudista achar mais relevante em relação a aprendizagem de seu módulo (não
há registro de menção).
Avaliação Final
6
Introdução
O ser humano tem a necessidade de se deslocar para poder desempenhar as atividades
que fazem parte do seu quotidiano. Para que a qualidade de vida das pessoas não
diminua por limitação de acessibilidade aos bens e serviços que necessitam é necessário
garantir que os deslocamentos sejam realizados com qualidade, rapidez, comodidade e
segurança, considerando as características físicas e psíquicas do ser humano.
»» Engenharia;
»» Educação;
»» Fiscalização.
7
Figura 1. Pilares dos sistemas de tráfego que interagem entre si.
»» Características do tráfego
»» Operação do tráfego
8
›› conhecer os tipos de sinalização e formas de controle a serem adotados
para determinadas situações;
»» Planejamento de tráfego
»» estudo da circulação;
»» controle semafórico;
»» fiscalização;
9
»» manutenção da sinalização;
»» monitoramento do tráfego;
»» impactos do desenvolvimento;
»» problemas de segurança;
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ENGENHARIA DE UNIDADE I
TRÁFEGO
CAPÍTULO 1
Sistema nacional de trânsito
11
UNIDADE I │ENGENHARIA DE TRÁFEGO
Compete ao CONTRAN:
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ENGENHARIA DE TRÁFEGO│ UNIDADE I
13
UNIDADE I │ENGENHARIA DE TRÁFEGO
›› das JARI;
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ENGENHARIA DE TRÁFEGO│ UNIDADE I
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UNIDADE I │ENGENHARIA DE TRÁFEGO
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ENGENHARIA DE TRÁFEGO│ UNIDADE I
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CAPÍTULO 2
Elementos do sistema de tráfego
O homem
A capacidade que um condutor de veículo possui de processar informação é limitada
pelo estado emocional e físico do condutor, uma vez que os órgãos sensoriais precisam
de atenção e tempo para distinguir diferentes ações e tomar decisões. O condutor
apenas consegue se concentrar numa determinada situação, ainda que receba outros
estímulos.
O comportamento humano possui variáveis mais complexas, uma vez que suas reações
são formadas pelas seguintes variáveis:
»» personalidade;
»» quadro econômico-social;
»» herança cultural.
O condutor de um veículo recorre aos sentidos para dirigir. A visão é o sentido mais
importante, pois é a principal fonte de informação do condutor.
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ENGENHARIA DE TRÁFEGO│ UNIDADE I
O homem apenas possui uma visão nítida dos objetos, com detalhes e cor, a partir do
seu campo visual. Como um sistema de alerta, a visão periférica é responsável por captar
a detecção de movimentos inesperados. A velocidade de deslocamento do observador
diminui o seu campo visual. Assim sendo, quanto mais velocidade, mais se restringe o
campo de visão periférica do condutor.
A aptidão que um condutor tem para assimilar a informação visual do ambiente que o
rodeia, depende essencialmente do estado do seu sistema visual, que pode ser aferido
através da sua acuidade visual. A acuidade visual é uma medida clínica da capacidade
que um indivíduo possui de distinguir formas e detalhes podendo ser corrigida através
do uso de óculos ou lentes de contato.
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UNIDADE I │ENGENHARIA DE TRÁFEGO
Além disso, todos os candidatos deverão se submeter ao teste de visão cromática, pois
devem ser capazes do reconhecimento das luzes semafóricas em posição padronizada,
prevista no CTB.
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ENGENHARIA DE TRÁFEGO│ UNIDADE I
A visão periférica é a primeira a se perder com o avanço da idade. Esta visão não permite
distinguir formas, mas é sensível a movimentos e ao brilho. Por isso, a sua obstrução
diminui a capacidade do ser humano de avaliar a velocidade em que se encontra e de
manter a direção do movimento. Quanto maior a velocidade, menor a visão periférica2.
»» idade;
»» cansaço do condutor;
»» acuidade visual;
»» audição na percepção;
»» complexidade;
»» distração;
2 A visão periférica é a capacidade do indivíduo de enxergar pontos a sua frente e ao redor do seu campo visual, ou seja, é aquela
que se forma na periferia da retina. Tratando-se de uma visão com poucos detalhes, onde o indivíduo percebe a presença dos
objetos e movimentos, mas sem muita nitidez.
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UNIDADE I │ENGENHARIA DE TRÁFEGO
»» exame de sangue;
Além do que foi exposto, também poderão ser utilizados prova testemunhal, imagem,
vídeo ou qualquer outro meio de prova em direito admitido.
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ENGENHARIA DE TRÁFEGO│ UNIDADE I
O Veículo
Foi criada uma unidade veicular padrão possibilitar estudos de tráfego. Esta unidade é
simbolizada pela unidade de carro de passeio (UCP). Assim sendo, todos os veículos são
convertidos por meio de fatores de conversão apropriados.
Esta resolução estabeleceu que todos os veículos produzidos a partir de janeiro de 2014,
nacionais e importados, somente serão registrados e licenciados se dispuserem do ABS.
Já a Resolução no 509 de 2014 dispõe sobre a obrigatoriedade do uso do ABS ou do
sistema de frenagem combinada das rodas, nas motocicletas, motonetas, triciclos e
quadriciclos.
23
UNIDADE I │ENGENHARIA DE TRÁFEGO
A via
A velocidade máxima permitida para a via, onde não existir sinalização regulamentadora,
é regimentada da seguinte forma:
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ENGENHARIA DE TRÁFEGO│ UNIDADE I
›› Nas rodovias:
›› Nas estradas:
Expressas ou de Transito
Deslocamentos de Longa Distancia
Rápido
Vias Urbanas
Vias Rurais
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UNIDADE I │ENGENHARIA DE TRÁFEGO
Contudo, como meio o ambiente não pode ser controlado, a atuação do engenheiro de
tráfego é procurar promover medidas de prevenção para lidar de forma segura com
condições adversas, como acidentes, incêndios, inundações, neblina, chuva, granizo,
neve, nevoeiro, dentre outros; as quais dependem da localização da via.
Volume de tráfego
Define-se volume de tráfego ou fluxo de tráfego como o número de veículos que passam
por uma seção de uma via, ou de uma determinada faixa, durante uma unidade de
tempo. É expresso normalmente em veículos/dia (vpd) ou veículos/hora (vph).
Este volume, que melhor representa a utilização ou serviço prestado pela via, é usado
para indicar a necessidade de novas vias ou melhorias das existentes, estimar benefícios
esperados de uma obra viária, determinar as prioridades de investimentos, calcular
taxas de acidentes, prever as receitas dos postos de pedágio, dentre outros.
À média dos volumes de veículos que circulam durante 24 horas em um trecho de via é
dada a designação de Volume Médio Diário (VMD). Ele é computado para um período
de tempo representativo, em média, de um ano.
Para todos esses casos a unidade é veículos/dia (vpd). O VMDa, ou simplesmente VMD,
é o de maior importância. Os demais são geralmente utilizados como amostras a serem
ajustadas e expandidas para determinação do VMD.
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ENGENHARIA DE TRÁFEGO│ UNIDADE I
Para analisar as variações do fluxo de tráfego durante o dia, adota-se a hora para
unidade de tempo: Volume Horário (VH): número total de veículos trafegando em uma
determinada hora.
O tráfego é composto por veículos que diferem entre si quanto ao tamanho, peso e
velocidade. O conhecimento da composição dos volumes é essencial pelas seguintes
razões:
»» projetos geométricos;
»» projetos de interseções;
Uma das características mais importantes do fluxo de tráfego é sua variação generalizada:
varia dentro da hora, do dia, da semana, do mês e do ano.
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UNIDADE I │ENGENHARIA DE TRÁFEGO
O volume de veículos que passa por uma seção de uma via não é uniforme no tempo.
A comparação de contagens de quatro períodos consecutivos de quinze minutos, mostra
que são diferentes entre si. Essa variação leva ao estabelecimento do Fator Horário de
Pico (FHP), que mede justamente esta flutuação e mostra o grau de uniformidade do
fluxo, onde:
O valor FHP é muito utilizado nos estudos de capacidade das vias. Adota-se
normalmente o intervalo de 15 minutos, porque intervalos maiores podem resultar em
subdimensionamento e períodos substanciais de saturação.
O FHP varia entre 0,25 (fluxo totalmente concentrado em um dos períodos de 15 minutos)
e 1,00 (fluxo completamente uniforme). Valores próximos a 1,00 são indicativos de
grandes volumes de tráfego.
As rodovias de acesso a áreas de lazer apresentam seus volumes de pico nos fins de
semana, de sexta-feira a domingo. As rodovias rurais mais importantes apresentam
variação semelhante, mas menos acentuadas. Já nas vias urbanas a predominância das
idas e voltas aos locais de trabalho faz com que os picos de tráfego se concentrem nos
dias de semana, de segunda a sexta-feira, das 6 às 9 horas, das 12 às 15 horas e das 17
às 20 horas.
Velocidade
O atraso de uma viagem pode ser calculado reduzindo do tempo real de viagem o tempo
ideal de viagem. Estudos de velocidade são úteis para verificar se há excesso de demanda
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ENGENHARIA DE TRÁFEGO│ UNIDADE I
Densidade
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UNIDADE I │ENGENHARIA DE TRÁFEGO
Capacidade (C) é uma variável de oferta que corresponde ao máximo fluxo que pode
normalmente atravessar uma seção ou trecho de via, nas condições existentes de
tráfego, geometria e controle, em um determinado período (unidade de C = veíc/h).
Ou seja, a capacidade de uma via é definida em termos do fluxo máximo que ela possa
acomodar, como mostra a Figura 3.
Para aumentar a capacidade de uma via é necessário melhorar suas condições. Uma via
com volume de utilização próximo à sua capacidade gera congestionamentos, baixas
velocidades e estressa o condutor.
»» geometria da via;
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ENGENHARIA DE TRÁFEGO│ UNIDADE I
»» condições locais;
»» composição de tráfego;
»» controle de tráfego;
»» tipo de pavimento;
»» acidentes;
»» fatores climáticos;
»» Desastres naturais.
As ações de engenharia de tráfego que podem interferir na capacidade de uma via são:
»» alteração de circulação;
»» regulamentação de estacionamento;
»» melhoria do pavimento;
»» faixas reversíveis.
Em vias de fluxo ininterrupto os valores da capacidade são maiores, uma vez que não
apresentam elementos fixos que causam interrupção do tráfego.
O conceito de nível de serviço está relacionado com medidas qualitativas que caracterizam
as condições operacionais dentro de uma corrente de tráfego e sua percepção pelos
motoristas e passageiros, ou seja, com a representação da operação do tráfego e a sua
qualidade.
O Highway Capacity Manual (HCM) define capacidade como a máxima taxa de fluxo
horária na qual pessoas ou veículos podem atravessar um ponto ou uma seção uniforme
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UNIDADE I │ENGENHARIA DE TRÁFEGO
de uma faixa ou via, durante um dado período de tempo, sob as condições existentes da
via, do tráfego e dos controles de tráfego (TRB, 2010).
Para analisar a capacidade das vias, o HCM (TRB, 2010) utiliza seis níveis de serviço,
de A a F, sendo que o nível de serviço A representa as melhores condições e o nível
F representa as piores. Cada nível de serviço representa uma variação das condições
operacionais e da percepção dessas condições pelos usuários. A seguir são descritas as
condições de operação correspondentes a cada nível de serviço:
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ENGENHARIA DE TRÁFEGO│ UNIDADE I
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UNIDADE I │ENGENHARIA DE TRÁFEGO
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ENGENHARIA DE TRÁFEGO│ UNIDADE I
Há diferença entre vias de múltiplas faixas e vias de duas faixas, uma em cada sentido:
a ultrapassagem nas vias de duas faixas. Em razão disso, o HCM (TRB, 2010) classifica
as vias para efeito de análise da capacidade e volumes de serviço (níveis de serviço), nos
seguintes tipos:
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UNIDADE I │ENGENHARIA DE TRÁFEGO
Figura 10. Fluxograma para análise de segmentos básicos de freeways de um projeto de engenharia de tráfego.
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ENGENHARIA DE TRÁFEGO│ UNIDADE I
Figura 11. Fluxograma para análise de segmentos básicos de freeways de um projeto de engenharia de tráfego.
<http://www.detran.df.gov.br/servicos/engenharia.html>
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CAPÍTULO 3
Polos geradores de viagens
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ENGENHARIA DE TRÁFEGO│ UNIDADE I
Os impactos sobre a circulação ocorrem quando o volume de tráfego nas vias adjacentes e
de acesso ao polo gerador de tráfego se eleva de modo significativo, devido ao acréscimo
de viagens gerado pelo empreendimento, reduzindo os níveis de serviço e de segurança
viária na área de influência.
Tal situação produz muitos efeitos indesejáveis, tais como: congestionamentos, além
do aumento dos custos operacionais dos veículos utilizados, deterioração das condições
ambientais da área de influência do polo gerador de tráfego, a partir do aumento dos
níveis de poluição, da redução do conforto durante os deslocamentos e do aumento do
número de acidentes, comprometendo a qualidade de vida dos cidadãos, conflitos entre
o tráfego de passagem e o que se destina ao empreendimento e dificuldade de acesso
às áreas internas destinadas à circulação e ao estacionamento, com implicações nos
padrões de acessibilidade da área de influência imediata do empreendimento.
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UNIDADE I │ENGENHARIA DE TRÁFEGO
Segundo o Denatran (2001), para a avaliação prévia dos impactos do polo gerador de
tráfego deverá ser apresentada uma avaliação prévia, tecnicamente fundamentada,
dos prováveis impactos do empreendimento na circulação viária, contemplando os
seguintes aspectos:
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ENGENHARIA DE TRÁFEGO│ UNIDADE I
»» avaliação dos impactos nos serviços de transporte coletivo e/ou táxi e/ou
transporte escolar em operação na área de influência do empreendimento;
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UNIDADE I │ENGENHARIA DE TRÁFEGO
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CAPÍTULO 4
Pesquisa “origem-destino”
Para tanto, a área de interesse deve ser dividida em áreas internas de análise de forma
que as viagens podem ser marcadas por zonas de origem ou zona de destino.
A área a ser estudada deve ser definida por uma linha limite, denominada de linha de
contorno ou cordão externo. As viagens originadas dentro e fora da linha de contorno
são determinadas através de pesquisas domiciliares ou em locais pré-determinados.
»» produção e consumo;
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NOÇÕES DE
PROJETO UNIDADE II
GEOMÉTRICO
Um projeto geométrico pode ser definido como um projeto de novas vias para o
atendimento de volumes esperados de tráfego a velocidades adequada e também como
modificações em projetos de vias existentes e interseções, para aumentar capacidade
ou segurança.
O projeto geométrico deve ser adequado para um volume futuro estimado em curto e
médio prazo, para o tráfego diário e a hora de pico, para determinadas características
de veículos e velocidade de projeto.
»» consistente;
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CAPÍTULO 1
Projeto geométrico
Projeto básico
Eventualmente, podem ser identificadas restrições não consideradas anteriormente,
exigindo adaptações na diretriz de traçado. O resultado desta fase deve ser um traçado
consolidado sob o ponto de vista das características geométricas dos alinhamentos
horizontal e vertical e da seção transversal.
Para os segmentos onde esta análise indicar a necessidade de alterações, devem ser
propostas soluções para adequação dos parâmetros geométricos selecionados.
Tal estudo deve necessariamente incluir travessias urbanas, interseções e
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NOÇÕES DE PROJETO GEOMÉTRICO │UNIDADE II
Projeto executivo
Após aprovação do projeto básico, o projeto executivo deve ser elaborado seguindo
as mesmas recomendações e os mesmos parâmetros estabelecidos na fase anterior.
A diferença substancial entre essas duas etapas está no grau de detalhamento, tendo
em vista que o objetivo principal nesta fase é o desenvolvimento do projeto final de
engenharia, permitindo a determinação dos quantitativos e do orçamento da obra com
a máxima precisão possível e o fornecimento de todos os elementos e informações
para a implantação da obra. Além das plantas e perfis, devem ser elaboradas seções
transversais e notas de serviço de plataforma acabada correspondentes, bem como
detalhes que se julguem relevantes e que permitam ao construtor a execução das obras
projetadas.
A altura admissível para os veículos condiciona o gabarito vertical sob redes aéreas e
viadutos, túneis, sinalização vertical e semáforos.
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UNIDADE II │NOÇÕES DE PROJETO GEOMÉTRICO
A grande variedade de veículos existentes conduz à escolha, para fins práticos, de tipos
representativos, que em dimensões e limitações de manobra, excedam a maioria dos
de sua classe. A estes veículos é dada a designação de veículos de projeto, os quais são
definidos como veículos, cujo peso, dimensões e características de operação servirão de
base para estabelecer os controles do projeto de rodovias e suas interseções.
No caso dos veículos articulados, em que oito ou doze pneus são dispostos em dois ou
três eixos conjugados, o eixo traseiro é o eixo central, no caso de tandem3 triplo, e é a
reta paralela aos dois outros eixos, passando pelo seu centro, no caso de tandem duplo.
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NOÇÕES DE PROJETO GEOMÉTRICO │UNIDADE II
Para fins de projeto é útil conhecer a trajetória da face externa do pneu dianteiro
externo, incluindo-se essa linha nos gabaritos elaborados. A trajetória do ponto externo
do balanço dianteiro é determinada a partir da curva definida pelo centro do eixo
dianteiro, em função da largura da frente do veículo e de sua distância ao eixo dianteiro.
Quanto à trajetória da face do pneu traseiro do lado interno da curva, pode ser
determinada pelos seguintes processos: observação de veículos reais; utilização de
modelos em escala reduzida e métodos matemáticos.
Alinhamento horizontal
Além disso, o encontro de curvas circulares, continuamente, faz com que o motorista
tenha mais atenção e tira a monotonia da viagem. Contudo, o estabelecimento de uma
curvatura adequada com relação à velocidade de projeto, bem como com relação à
superelevação, é de fundamental importância no projeto de curvas horizontais, para
garantir a segurança e o conforto dos usuários da via.
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UNIDADE II │NOÇÕES DE PROJETO GEOMÉTRICO
Para atingir este objetivo, deve-se partir dos dados de topografia e lançar arcos básicos
de circunferência com desenvolvimento longo, conectando-os com tangentes curtas e
espirais de transição. O número de curvas de desenvolvimento reduzido deve ser tão
limitado quanto possível.
Curvas circulares simples que se sucedem em sentidos opostos devem estar separadas
por extensões curtas em tangente, a fim de permitir adequada transição de superelevação.
Alinhamento vertical
Por sua vez, o alinhamento vertical é o projeto da via em perfil, sendo constituído por
greides5 retos concordados dois a dois com curvas.
De acordo com Da Silva (2003), greide é a linha gráfica que acompanha o perfil do
terreno, sendo dotada de uma certa inclinação, que indica quando do solo deve ser
cortado ao aterrado. A distância vertical entre um ponto qualquer do greide e um ponto
correspondente no terreno é denominada de cota. Quando o greide estiver acima do
ponto correspondente do terreno, a cota vermelha é positiva ( + ), indicando aterro.
Quando o greide estiver abaixo do ponto correspondente do terreno, a cota é negativa
( - ), indicando corte. A Figura 14 ilustra o perfil de projeto de uma estrada, com suas
respectivas cotas e greide.
5 Greides são linhas de declividade uniforme que tem como finalidade substituir as irregularidades naturais do terreno,
possibilitando o seu uso para fins de projeto (MINOP,2015).
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NOÇÕES DE PROJETO GEOMÉTRICO │UNIDADE II
Por outro lado, trechos extensos e sem curvas verticais devem ser analisados do ponto
de vista das condições operacionais decorrentes, para desencorajar velocidades altas.
Deve-se também evitar curvas verticais côncavas em trechos de corte, a não ser que se
possa garantir drenagem adequada.
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UNIDADE II │NOÇÕES DE PROJETO GEOMÉTRICO
deve ser adotado de modo a assegurar que os condutores não sofram limitações
visuais diretamente ligadas às características geométricas das rodovias e para que
possam controlar seus veículos a tempo, seja para imobilizá-los, seja para realizar ou
interromper uma manobra de ultrapassagem, se necessário.
De acordo com o DER/SP (2005), em projetos de rodovias, é importante que que o efeito
tridimensional da combinação dos elementos básicos do traçado, tangentes e curvas
dos alinhamentos horizontal e vertical, harmonize a implantação da rodovia com a
paisagem e proporcione boas condições operacionais e de segurança, levando em conta
fatores dinâmicos, psicológicos e estéticos, dentro de custos razoáveis de construção.
Convém destacar que o traçado, em planta e perfil, deve integrar-se ao meio ambiente,
harmonizando-se com a paisagem e aumentando a atratividade cênica de rios, formações
rochosas, parques e outras estruturas.
Rampas
Rampa é a declividade longitudinal da pista. Seu valor geralmente é dado pela tangente
do ângulo com o plano horizontal, expressa em percentagem. Eventualmente pode
ser mais adequado estabelecer a declividade máxima de rampa em função da classe
funcional da via, da velocidade de projeto adotada ou do tipo de ocupação no entorno
da via (DER/SP, 2005).
Curvas verticais
Curvas verticais são aquelas utilizadas para concordar dois greides retos. Tais curvas
podem ser côncavas ou convexas. O critério básico a ser considerado no dimensionamento
das curvas verticais côncavas e convexas é o da distância de visibilidade necessária,
conciliando com o da máxima aceleração centrífuga admissível e o do comprimento
mínimo absoluto (DER/SP, 2005).
Curvas de transição
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UNIDADE II │NOÇÕES DE PROJETO GEOMÉTRICO
Seção transversal
Canalização
Interseções
As interseções são pontos de conflito, tanto entre veículos, quanto entre veículos e
pedestres. O alinhamento e greide das vias interceptantes devem, portanto, permitir
aos usuários discernir e proceder as manobras necessárias para passar pela interseção,
com o máximo de segurança possível. Dessa maneira, o alinhamento deve ser o mais
reto e o greide o mais plano possível.
A combinação da curvatura horizontal e vertical das vias nas interseções deve permitir
uma adequada distância de visibilidade. Curvas horizontais de pequeno raio seguindo
curvas verticais agudas são, portanto, indesejáveis.
6 Acréscimo total de largura proporcionado às pistas em curvas, de forma a considerar as exigências operacionais então
decorrentes, crescentes com a curvatura, e assegurar um padrão adequado de segurança e conforto de dirigir (DNIT, 2010).
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NOÇÕES DE PROJETO GEOMÉTRICO │UNIDADE II
O raio da curva deve ser dimensionado visando atender às necessidades dos veículos
que realizam as manobras de conversão, especialmente os de maior porte, evitando que
eles invadam as outras faixas.
Ilhas são áreas definidas entre faixas de tráfego. São projetadas para auxiliar no controle
do movimento dos veículos, podendo, ainda, servir de refúgio para os pedestres. Visam
a minimização dos conflitos, a melhoria da fluidez e o aumento da segurança do tráfego.
As ilhas se dividem em:
»» ilhas de canalização;
»» ilhas divisórias;
Rotatórias
As rotatórias são interseções não semaforizadas onde o tráfego que entra na interseção
circula numa só direção, em torno de algum tipo de ilha central, antes de atingir a
aproximação de saída.
55
UNIDADE II │NOÇÕES DE PROJETO GEOMÉTRICO
Superelevação
Para cada velocidade diretriz considerada existe um valor de raio para o qual a aceleração
centrífuga é tão pequena que pode ser desprezada, tratando-se o trecho como se fosse
em tangente, seja porque o valor teoricamente seria muito pequeno, seja por questões
de aparência ou por implicarem desnecessariamente em mudança do sentido da
declividade transversal da pista.
Para possibilitar a drenagem das águas pluviais, a seção transversal da pista em tangente
é dotada de declividade transversal, seja em um único sentido, seja em dois sentidos, a
partir da linha de coroamento. A declividade mínima de uma pista superelevada deve
ser igual à declividade transversal fixada para uma seção normal em tangente.
As taxas máximas de superelevação utilizadas nas rodovias são controladas por quatro
fatores: condições climáticas (frequência de chuvas); condições do terreno (plano,
ondulado, montanhoso); tipo de área (rural, urbana); e frequência de veículos muito
lentos, cuja operação possa ser prejudicada por taxas de superelevação muito elevadas.
56
SINALIZAÇÃO UNIDADE III
VIÁRIA
Sinalização é o conjunto de processos de comunicação visual ou sonora, pelo qual
a autoridade de trânsito regulamenta, adverte ou indica o uso da via, tornando as
operações de trânsito mais seguras, ordenando os fluxos dos veículos e de pedestres e
permitindo o aumento da capacidade de vazão das vias públicas.
»» ser o mais visível possível, mesmo sob condições adversas impostas pelas
intempéries;
»» não ser dispersiva, que não haja acúmulo de informação no mesmo local,
desviando a atenção do motorista;
»» não ser agressiva, isto é, que não cause o acidente caso o veículo se choque
com ela.
57
UNIDADE III │SINALIZAÇÃO VIÁRIA
58
CAPÍTULO 1
Sinalização vertical
»» Sinalização de Regulamentação.
»» Sinalização de Advertência.
»» Sinalização de Indicação.
A sinalização vertical é classificada segundo sua função, que pode ser de:
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UNIDADE III │SINALIZAÇÃO VIÁRIA
60
SINALIZAÇÃO VIÁRIA│ UNIDADE III
»» Placas de identificação:
›› placas de pedágio.
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UNIDADE I │ENGENHARIA DE TRÁFEGO
›› placas diagramadas.
»» Placas educativas
Sinalização horizontal
De acordo com a Resolução do CONTRAN no 160 (CONTRAN, 2004) que aprova o
Anexo II do Código de Trânsito Brasileiro, a sinalização horizontal é um subsistema
da sinalização viária que se utiliza de linhas, marcações, símbolos e legendas, pintados
ou apostos sobre o pavimento das vias. Têm como função organizar o fluxo de veículos
e pedestres; controlar e orientar os deslocamentos em situações com problemas de
geometria, topografia ou frente a obstáculos; complementar os sinais verticais de
regulamentação, advertência ou indicação. Em alguns casos específicos, tem poder de
regulamentação.
A sinalização horizontal:
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SINALIZAÇÃO VIÁRIA│ UNIDADE III
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UNIDADE III │SINALIZAÇÃO VIÁRIA
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SINALIZAÇÃO VIÁRIA│ UNIDADE III
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CAPÍTULO 2
Dispositivos auxiliares
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SINALIZAÇÃO VIÁRIA│ UNIDADE III
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UNIDADE III │SINALIZAÇÃO VIÁRIA
·· defensas metálicas;
·· barreiras de concreto;
·· dispositivos antiofuscamento.
›› painéis eletrônicos;
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SINALIZAÇÃO VIÁRIA│ UNIDADE III
›› cones;
›› cilindro;
›› balizador móvel;
›› tambores;
›› fita zebrada;
›› cavaletes;
›› barreiras;
›› tapumes;
›› gradis;
›› bandeiras;
›› faixas.
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O PAPEL DA
ENGENHARIA
DE TRÁFEGO NA UNIDADE IV
PREVENÇÃO DE
ACIDENTES
CAPÍTULO 1
Acidentes de trânsito
São responsáveis por acidentes, além do fator humano, o veículo, a via, o meio ambiente
e os fatores institucionais e sociais:
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O PAPEL DA ENGENHARIA DE TRÁFEGO NA PREVENÇÃO DE ACIDENTES │ UNIDADE IV
Ainda que os acidentes de trânsito sejam eventos complexos devido às suas muitas
variáveis e fatores que podem influenciá-los, muitos são previsíveis e resultam de um
conjunto de circunstâncias e eventos, que podem ser estudados e identificados a fim de
permitir intervenções para evitar ou diminuir suas consequências (MOTTA et. al, 2011).
Segundo a Lei no 9.503 (BRASIL, 1997), compete ao órgão máximo executivo de trânsito
da União, o Denatran, organizar as estatísticas de trânsito, estabelecer o padrão de
coleta das informações e promover sua divulgação, a qual, de acordo com a Resolução
no 208 do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN, 2006), deve ser realizada através
do Registro Nacional de Acidentes e Estatísticas de Trânsito (RENAEST).
O Denatran elabora seus anuários estatísticos a partir dos dados enviados pelos órgãos
de trânsito que, de maneira geral, baseiam-se nos boletins de ocorrência lavrados pela
polícia, ou seja, contabilizam apenas as mortes “in loco”. Ressalta-se que os dados do
Denatran estão aquém da realidade, sendo uma das principais razões o não registro por
vários órgãos de trânsito das chamadas mortes posteriores, que são aquelas em que as
vítimas falecem até 30 dias após a ocorrência dos acidentes.
A atual legislação brasileira estabelece que é função dos órgãos públicos municipais e
estaduais a coleta de dados de acidentes de trânsito (BRASIL, 1997). Essa diversidade
de origens gera dificuldades para a obtenção de dados na forma e qualidade definidas
pelo Renaest.
Além disso, ainda que muitos municípios brasileiros já tenham assumido esta nova
responsabilidade, antes a cargo do poder público estadual, vários outros municípios
encontram-se sem preparo para lidar com as mudanças exigidas. Verifica-se no Brasil
a ausência de padronização na coleta e tratamento dos dados dos acidentes pelos
municípios e frequentemente a não utilização dos procedimentos estabelecidos pelo
Renaest.
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UNIDADE IV │ O PAPEL DA ENGENHARIA DE TRÁFEGO NA PREVENÇÃO DE ACIDENTES
A segunda fonte que contabiliza as mortes causadas por acidentes de trânsito no Brasil
é o Ministério da Saúde, que por meio do DATASUS, elabora as estatísticas de óbitos
decorrentes de acidentes de trânsito a partir da documentação do Sistema Único de
Saúde (SUS). Este sistema contabiliza as mortes por meio da declaração de óbito das
pessoas atendidas em estabelecimentos de saúde. Ressalta-se que os dados do DATASUS
também não são consistentes, devido basicamente a duas razões: a primeira é que
muitos dos acidentados admitidos em hospitais não são identificados como vítimas
específicas de acidentes de trânsito, mas como de acidentes em geral; a segunda é que
muitos mortos em acidentes não são encaminhados aos hospitais.
A terceira fonte que contabiliza as mortes causadas por acidentes de trânsito no Brasil é
a Seguradora Líder dos Consórcios do Seguro DPVAT, um seguro obrigatório que auxilia
as vítimas de acidentes de trânsito ou seus parentes no caso de óbito. As indenizações
do DPVAT são pagas independentemente da apuração da culpa, da identificação do
veículo ou de outras apurações, desde que haja vítimas, transportadas ou não. Essa
fonte divulga a quantidade de seguros pagos anualmente, por região, por faixa etária e
por tipo de veículo.
Convém destacar que o DPVAT não é uma fonte precisa, pois nem todos os casos de
morte por acidentes de trânsito geram pedidos de indenização junto às seguradoras
do DPVAT. Muitos brasileiros ignoram seu direito de receber indenização em caso de
morte, invalidez permanente e despesas médicas e hospitalares de vítimas de acidentes
de trânsito. Outra questão a ser considerada é que o DPVAT indica a quantidade anual
de processos de indenizações, que muitas vezes inclui também ocorrências de anos
anteriores.
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O PAPEL DA ENGENHARIA DE TRÁFEGO NA PREVENÇÃO DE ACIDENTES │ UNIDADE IV
Figura 17. Tendências dos indicadores mortes anuais por acidentes de trânsito com base nos dados do
80000
Mortos em Acidentes de Trânsito
70000
60000
50000
40000
30000
20000
10000
0
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
Para complicar ainda mais a incerteza destes dados, cabe salientar que desde
2008, o site do Denatran informa que os dados do sistema Renaest estão
passando por manutenção e não disponibiliza mais os dados de acidentes
(DENATRAN, 2015).
Por outro lado, o país carece de investimentos para atender a elevada demanda de
infraestrutura no setor de transportes, problema que é agravado pelo crescimento
populacional. Em março de 2015, a população brasileira ultrapassou 203 milhões
de habitantes (IBGE, 2015a) e estima-se que em 2060 excederá 218 milhões (IBGE,
2015b). Nos últimos 45 anos, a população brasileira subiu 125% em relação aos 90
milhões de habitantes da década de 1970.
Outro tema que necessita de atenção são as demandas por transporte coletivo,
as quais vêm caindo nas duas últimas décadas devido à expansão da mobilidade
fortemente apoiada no transporte individual, sobretudo nos automóveis e
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UNIDADE IV │ O PAPEL DA ENGENHARIA DE TRÁFEGO NA PREVENÇÃO DE ACIDENTES
Figura 18. Evolução dos passageiros transportados por mês no sistema de ônibus urbano em algumas das
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O PAPEL DA ENGENHARIA DE TRÁFEGO NA PREVENÇÃO DE ACIDENTES │ UNIDADE IV
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CAPÍTULO 2
Educação de trânsito
Após vinte e cinco anos, a Lei no 5.108 (BRASIL, 1966) instituiu um novo Código
Nacional de Trânsito, onde foi possível encontrar as primeiras referências ao tema,
ainda que em apenas três artigos:
Cabe salientar que no Código Nacional de Trânsito de 1966 a palavra educação aparece
duas vezes; o termo campanhas educativas, quatro vezes; a palavra aprendizagem, duas
vezes. Assim, o tema educação aparece em um total de oito vezes (ALMEIDA, 1999
apud DENATRAN, 2015b).
Passados mais trinta e seis anos, foi sancionada a Lei no 9.503 (BRASIL, 1997), que
instituiu o atual Código de Trânsito Brasileiro (CTB). O atual CTB possui um capítulo
com seis artigos sobre o tema Educação para o Trânsito, além de citar a palavra educação
trinta vezes. De acordo com Almeida (1999 apud DENATRAN, 2015b), ao todo, o tema
educação aparece quarenta e nove vezes, considerando termos como aprendizagem,
campanha educativa, especialização, nível de ensino, currículo de ensino, currículo
interdisciplinar, escola pública, dentre outros.
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O PAPEL DA ENGENHARIA DE TRÁFEGO NA PREVENÇÃO DE ACIDENTES │ UNIDADE IV
Os principais artigos do CTB atual relacionados com educação são descritos a seguir:
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UNIDADE IV │ O PAPEL DA ENGENHARIA DE TRÁFEGO NA PREVENÇÃO DE ACIDENTES
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O PAPEL DA ENGENHARIA DE TRÁFEGO NA PREVENÇÃO DE ACIDENTES │ UNIDADE IV
·· I – rádio;
·· II – televisão;
·· III – jornal;
·· IV – revista;
·· V – outdoor.
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UNIDADE IV │ O PAPEL DA ENGENHARIA DE TRÁFEGO NA PREVENÇÃO DE ACIDENTES
·· III – multa de 1.000 (um mil) a 5.000 (cinco mil) vezes o valor da
Unidade Fiscal de Referência (Ufir), ou unidade que a substituir,
cobrada do dobro até o quíntuplo, em caso de reincidência.
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O PAPEL DA ENGENHARIA DE TRÁFEGO NA PREVENÇÃO DE ACIDENTES │ UNIDADE IV
Com todas essas mudanças, é necessário que o Brasil coloque em prática a sua
própria legislação, principalmente em relação à implementação de soluções
de projetos de engenharia de tráfego que previnam e reduzam o impacto de
acidentes e também de ações educativas de trânsito, que envolvam a rede
nacional de ensino.
Convém destacar que a educação não serve apenas para a sociedade, mas,
principalmente, para a mudança social de diversos atores. Assim sendo, a
educação para o trânsito é imprescindível para reduzir o número de acidentes
de trânsito do país e transformar o espaço público de deslocamento em um
espaço de melhor convívio.
No entanto, a educação para o trânsito ainda não tem sido tratada com
a importância que deveria ter. Faz-se necessário o aperfeiçoamento dos
conteúdos programáticos relativos à educação para o trânsito principalmente
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UNIDADE IV │ O PAPEL DA ENGENHARIA DE TRÁFEGO NA PREVENÇÃO DE ACIDENTES
Senhor motorista
Respeite os pedestres
Valorize a vida
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O PAPEL DA ENGENHARIA DE TRÁFEGO NA PREVENÇÃO DE ACIDENTES │ UNIDADE IV
Isso é um perigo
Brincadeira é especial
O jeito é
O jeito é
Primeiro a consciência
A Engenharia de Tráfego é essencial para garantir que a circulação do sistema viário seja
realizada com o máximo de segurança. Segundo De Souza (2010), de um modo geral,
as intervenções da engenharia de tráfego envolvem três grandes áreas que vão desde o
planejamento urbano, o planejamento de transportes e o planejamento da circulação.
As pessoas perdem cada vez mais a educação e o respeito no trânsito. Muitas vezes
o motorista do veículo acha que possui mais direito à circulação do que os ciclistas e
pedestres. É preciso que ocorram mais campanhas de qualidade no rádio e na televisão
para conscientizar a sociedade sobre os direitos do cidadão, a fim de evitar discussões
e violência no trânsito.
Por fim, é preciso de ponderação para verificar como prevenir e reduzir as lesões e
mortes no trânsito em determinados contextos, a fim de evitar resolver essas questões
por meio de uma limitação significativa da mobilidade. As abordagens para alcançar a
redução dos acidentes de trânsito necessitam de um levantamento preciso e da análise
destes dados, para então sejam criadas soluções preventivas, voltadas à conduta dos
indivíduos.
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Para (não) Finalizar
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PARA (NÃO) FINALIZAR
Ressalta-se não ser racional a tendência brasileira dos tomadores de decisão de apenas
acompanhar o crescimento da frota expandindo o sistema viário. Assim sendo, conclui-
se que os problemas de congestionamento não podem ser resolvidos pela construção de
novas rodovias, pois elas encorajam mais carros a transitar, além de minar o transporte
público, que, diferentemente, deveria ser fortalecido e modernizado.
A fluidez e a velocidade atuais nas principais vias brasileiras podem afetar a economia,
uma vez que o custo do aumento da frota incide sobre o frete e, consequentemente, no
preço da mercadoria. Segundo Neto et al. (2009), as perdas econômicas do Brasil devido
a problemas de trânsito podem chegar a dezenas de bilhões de reais ao se considerar a
produtividade perdida devido aos congestionamentos.
Estima-se que os motoristas e passageiros do mundo todo gastam dois bilhões de horas
em congestionamentos a cada ano. Isto se traduz em US$100 bilhões em perda de
produtividade e em US$20 bilhões em desperdício de combustível (FROST; SULLIVAN,
1995 apud NETO et al., 2009).
Diante de tudo que foi exposto neste curso, a fim de evitar os graves impactos negativos
descritos dos congestionamentos, reforça-se a necessidade de formação de profissionais
capazes de realizar projetos de engenharia de tráfego com competência.
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PARA (NÃO) FINALIZAR
Desta maneira, atividades educativas de trânsito eficazes são aquelas que podem ser
desenvolvidas por meio de situações reais significativas e contextualizadas para ativar
a capacidade de raciocínio dos motoristas, ciclistas e pedestres.
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Referências
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REFERÊNCIAS
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REFERÊNCIAS
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REFERÊNCIAS
IEA. Transport, Energy and CO2. Paris: International Energy Agency, 2009.
MOTTA. Renata Almeida; DA SILVA, Paulo Cesar Marques; JACQUES, Maria Alice
Prudêncio. Análise de indicadores de segurança viária nos níveis local,
estadual, nacional e internacional transportes públicos. Revista no 128, Ano
33, 2o Quadrimestre, 2011.
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REFERÊNCIAS
WHO; World bank. World report on road traffic injury prevention. World
Health Organization. Genebra: The World Bank, 2004.
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