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LEGISLAÇÃO APLICADA AO

GEORREFERENCIAMENTO DE IMÓVEIS
RURAIS
UNIDADE IV
PRÁTICA E NORMAS ESPECÍFICAS
Elaboração
Márcio Felisberto

Revisão
Tatiana Reinehr

Produção
Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração
SUMÁRIO

UNIDADE IV
PRÁTICA E NORMAS ESPECÍFICAS...................................................................................................................................................5

CAPÍTULO 1
GEORREFERENCIAMENTO NA PRÁTICA................................................................................................................................ 5

CAPÍTULO 2
3A NORMA TÉCNICA DE GEORREFERENCIAMENTO DE IMÓVEIS RURAIS............................................................. 12

PARA (NÃO) FINALIZAR.................................................................................................................................20

REFERÊNCIAS.................................................................................................................................................21
PRÁTICA E NORMAS
ESPECÍFICAS
UNIDADE IV

CAPÍTULO 1
GEORREFERENCIAMENTO NA PRÁTICA

Quando se está diante de uma situação que requer o georreferenciamento de um


imóvel rural, algumas dúvidas podem surgir, sendo bastante frequente aquela
que diz respeito às técnicas ou estratégias de levantamento de dados a serem
utilizadas.

O levantamento de dados pode ser realizado em 1 ou em 2 dias, a depender do


tamanho da propriedade a ser georreferenciada e da facilidade/dificuldade em se
obter os seus dados e os dados dos confrontantes. Assim, no 1 o dia, recomenda-
se rastrear os dados da base, percorrer o perímetro da propriedade e locar os
marcos nesse mesmo perímetro. Recomenda-se também providenciar os dados
dos confrontantes. Caso não seja possível obter todas essas informações em um
único dia, deve-se reservar mais um dia para finalizar essa tarefa.

Algumas recomendações práticas:

» leve a campo 3 ou 4 marcos a mais do que se planejou inicialmente, pois há


chances de o proprietário se esquecer de indicar algum marco, você pode
aplicar essa regra aos demais equipamentos também;

» tire alguns minutos no dia anterior para apresentar a área a ser georreferenciada
para a sua equipe, utilizando, por exemplo, o Google Earth, para que todos
possam visualizar a área a ser medida e tentar encontrar “pontos cegos”;

» obtenha as coordenadas de todos os vértices confrontantes a fim de fechar


a poligonal da propriedade a ser georreferenciada;

» verifique, em campo, os dados das propriedades confrontantes que já foram


georreferenciadas, pois a responsabilidade por esses dados é do profissional
que está realizando a medição. Assim, se o Incra realizar uma auditoria
e solicitar esses dados, o profissional tem a obrigação de fornecê-los sob

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UNIDADE iv | Prática e normas específicas

pena de ter a sua licença suspensa (por um período de 90 dias a 2 anos,


conforme a gravidade da conduta) ou mesmo cassada.

Outra dúvida que pode surgir é quanto ao local de implantação dos marcos
quando se está diante das seguintes situações:

» Córregos: imóveis rurais cuja matrícula consta que o centro de um córrego


seria o limite da área.

» Divisas de propriedade: imóveis cujo perímetro é delimitado por cercas ou


mourões nas mudanças de ângulo, isto é, no vértice.

Na primeira hipótese, poderia fazer sentido fixar o marco no centro do córrego.


Mas isso não é recomendado porque, com qualquer enchente, o marco pode
ser arrancado. Consequentemente, recomenda-se a sua colocação em um local
seguro, como a sua barranca, o mais próximo possível do córrego.

Na segunda hipótese, quando a locação de marcos geodésicos acontecer em vértices


de divisa de propriedade com cercas no local, aconselha-se colocar o vértice no
lado do mourão, ligeiramente para dentro da propriedade georreferenciada,
como se segue:

Figura 3. Vértice no lado do mourão.

Fonte: https://adenilsongiovanini.com.br/blog/georreferenciamento-de-imoveis-rurais-2/.

Dessa forma, os arames da cerca não impedirão a locação do marco e será possível
obter os dados a partir do receptor do Sistema Global de Navegação por Satélite
(receptor GNSS).

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Pode ocorrer também que exista um mourão na divisa, isto é, que lá esteja “cada
uma das estacas mais grossas às quais se fixam horizontalmente as varas mais
finas de uma cerca” (Dicionário Oxford). A solução recomendada é a mesma:
coloque os marcos levemente para dentro da propriedade georreferenciada.

Imagine agora que se esteja diante de colocação de marcos em parcelas encravadas,


isto é, parcelas sem acesso a vias públicas 12. Isso pode ocorrer em dois contextos:

» uma propriedade de um terceiro encravada dentro do imóvel georreferenciado;

» uma área de posse, que pode ser tanto do proprietário do imóvel


georreferenciado quanto de um terceiro.

Em qualquer caso, recomenda-se a produção de dois guias perímetros na planilha


OpenDocument 13 (planilha ODS): na primeira guia, informam-se os dados do
perímetro externo, na segunda, os dados do perímetro interno.

Estando definidos os passos, técnicas ou estratégias de levantamento de dados a


serem adotados no georreferenciamento de um imóvel rural, passa-se a analisar
as ferramentas a serem utilizadas em processos de georreferenciamento de
imóveis rurais. As mais empregadas são:

» software de tratamento de dados: software da família CAD, amplamente


conhecido como AutoCAD 14 - computer aided design ou desenho auxiliado
por computador;

» software de geoprocessamento: utilizado na análise espacial, como o ArcGIS


(Aeronautical Reconnaissance Coverage Geographic Information System)15
e QGIS (Quantum Geographic Information System) 16. Com eles é possível
produzir Shapefiles (formato popular de arquivo contendo dados geoespaciais
em forma de vetor utilizado em SIGs), mapas técnicos e temáticos e plantas
para topografia cadastral;

12 A definição de imóvel encravado pode ser encontrada no Código Civil, no artigo no art. 1.285, como se segue: “O dono do prédio que
não tiver acesso a via pública, nascente ou porto, pode, mediante pagamento de indenização cabal, constranger o vizinho a lhe dar
passagem, cujo rumo será judicialmente fixado, se necessário” (BRASIL, 2002).

13 É possível abrir e salvar arquivos no formato de arquivo de Planilha do OpenDocument (.ods), usado por alguns aplicativos de planilha,
como o OpenOffice.org Calc e o Google Docs – Vide: https://support.microsoft.com/pt-br/office/use-o-excel-para-abrir-ou-salvar-uma-
planilha-no-formato-planilha-opendocument-ods-c7114baa-f08a-49eb-aefd-f5d61ed347cd.

14 Um software do tipo CAD é utilizado principalmente para a elaboração de peças de desenho técnico em duas dimensões (2D) e para
criação de modelos tridimensionais (3D) por profissionais da arquitetura, design de interiores, engenharia civil, engenharia geográfica,
entre outros.

15 Trata-se de uma família de software cliente, software de servidor e serviços de sistema de informações geográficas (SIG ou GIS, em
inglês) on-line baseado em linha de comando para manipulação de dados. Disponível em: https://en.wikipedia.org/wiki/ArcGIS.

16 Corresponde a um software livre com código-fonte aberto, multiplataforma de sistema de informação geográfica voltado à visualização,
edição e análise de dados georreferenciados. Disponível em: https://qgis.org/pt_BR/site.

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» GPS tracker pro 17: por meio de localização via GPS, permite a exibição de
um mapa com a posição exata das pessoas cadastradas em seu círculo. O
mapa pode ser exibido em vários formatos: DXF (Drawing Interchange
Format ou Formato de Intercâmbio de Desenho) 18 para AutoCAD, shapefile
para o Arc ou QGIS, ou ainda Kmz para o Google Earth;

» Google Earth Pro: possibilita a visualização de imagens 3D, a criação de


mapas e tours guiados, além de permitir salvar as imagens obtidas 19;

» softwares específicos de tratamento e ajustamento de dados geodésicos e


softwares topográficos, como o GPS2RINEX: permitem calcular as áreas
de uso do solo para um mapa, sendo muito utilizados em processos de
Licenciamento Ambiental 20; ou ainda o PPP (Posicionamento por Ponto
Preciso);

» IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística): serviço totalmente


on-line e gratuito que permite o pós-processamento de dados GNSS (Global
Navigation Satellite System ou, em português, Sistema de Navegação por
Satélite) para a obtenção de coordenadas seguras no sistema;

» SIRGAS (Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas): sistema de


referência geodésico, resultado do levantamento de dados por uma rede de
estações GNSS de alta precisão.

Processados todos os dados e elaborados todos os mapas, plantas e memoriais


descritivos com os dados do georreferenciamento do imóvel rural correspondente,
o próximo passo é registrar o processo de Georreferenciamento no Sistema de
Gestão Fundiária (SIGEF 21). Este corresponde a um sistema, desenvolvido pelo
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), destinado à
gestão de informações fundiárias (do uso e posse) relativas aos imóveis rurais no
Brasil. “Por ele são efetuadas a recepção, validação, organização, regularização e
disponibilização das informações georreferenciadas de limites” desses imóveis”22.
Conforme informações do próprio SIGEF:

17 Disponível em: https://www.techtudo.com.br/tudo-sobre/gps-tracker-pro.html.

18 Trata-se de uma representação binária ou ASCII de um arquivo de desenho utilizado para compartilhar dados de desenho entre
outros programas CAD. Disponível em: https://knowledge.autodesk.com/pt-br/support/autocad/learn-explore/caas/CloudHelp/
cloudhelp/2018/PTB/AutoCAD-Core/files/GUID-D4242737-58BB-47A5-9B0E-1E3DE7E7D647-htm.html#:~:text=Um%20arquivo%20
DXF%20(drawing%20interchange,desenho%20entre%20outros%20programas%20CAD.&text=%C3%89%20poss%C3%ADvel%20
converter%20um%20arquivo,salvando%2Do%20no%20formato%20DWG.

19 Disponível em: https://www.google.com/intl/pt-BR/earth/versions.

20 Disponível em: https://www.italiatopografia.com.br/softwares-para-topografia/

21 Disponível em: https://sigef.incra.gov.br.

22 INCRA. Site oficial. Disponível em: https://sigef.incra.gov.br.

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Para solicitar seu cadastro ou ter acesso às funcionalidades


correspondentes ao seu perfil, é necessário acessar o sistema
utilizando seu certificado digital cadastrado no gov.br.

Para isso, clique no botão “Entrar com gov.br” e faça o login


utilizando o seu certificado digital.

Consulte Cadastro com o certificado de pessoa física do cidadão


na FAQ do Login Único gov.br. (INCRA - SIGEF).

Mas o que fazer em caso de se constatar que há algum erro em dados constantes
do processo de georreferenciamento já enviado ao SIGEF. Nesse caso, basta
registrar um requerimento de retificação (correção) no próprio SIGEF.

Após a certificação expedida pelo Incra, será imprescindível a sua apresentação


(e registro) no Cartório de Registro de Imóveis competente, isto é, no mesmo
cartório onde está registrada a matrícula do imóvel.

Uma vez realizado o registro em cartório, é possível que venha a ocorrer também
a necessidade de retificações (correções). Há hipóteses em que o próprio
profissional do registro realizará a correção de ofício, isto é, independentemente
de requerimento do proprietário. Pode envolver casos como: incorreções no
nome do proprietário ou de seu cônjuge, alterações no logradouro (exemplo,
mudança no nome da rua onde se localiza o imóvel georreferenciado ou um dos
imóveis lindeiros) ou desmembramento em imóvel lindeiro, sendo necessário
acrescentar as informações do novo confrontante.

Existe ainda a possibilidade de retificação de área por procedimento sumário


(mais rápido e mais simples). Isso ocorre toda vez que se constatarem erros nos
dados tabulares da propriedade, como: distância, mudança de ângulo de deflexão
ou de coordenadas. Nessa hipótese, o tabelião solicitará a presença do agrimensor
que realizou as medições a fim de confrontar os dados registrados com aqueles
colhidos pelo profissional e constantes de seus documentos (normalmente a
planta e o memorial descritivo).

Mas há também a situação que requer a retificação por procedimento ordinário,


toda vez que a correção puder resultar em prejuízo aos confrontantes. Nesse caso,
deve-se dar a oportunidade de eles se manifestarem, e a retificação somente se
realiza com sua anuência (concordância). Normalmente essa anuência é realizada
por meio de comunicado escrito (carta de anuência), constando as coordenadas
dos vértices de confrontação, assinada pelos confrontantes interessados, devendo
sua firma (assinatura) ser reconhecida em cartório a fim de que possa produzir

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UNIDADE iv | Prática e normas específicas

efeitos perante terceiros. Dessa forma, a anuência se torna inequívoca. Ressalta-se


que o processo (requerimento) de retificação deve ser documentado com a planta,
o memorial descritivo, a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), bem
como qualquer outro documento que possa auxiliar na elucidação das dúvidas,
como fotos, imagens de satélite, contratos, entre outros (GIOVANINI, 2018).

Importante lembrar dos prazos para a realização do georreferenciamento dos


imóveis rurais, previstos no art. 10 do Decreto n. 4.449/2002. Esses prazos
variam conforme a sua extensão, da seguinte forma:

Tabela 1. Prazos para a realização do georreferenciamento dos imóveis rurais.

Área do Imóvel Prazo de carência para o georreferenciamento


De 25 a menos de 100 hectares 20/11/2023
De 0 e menos de 25 20/11/2025
Fonte: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2002/d4449.htm.

Os imóveis com dimensões de 100 ou mais hectares já tiveram o seu prazo de


carência vencido. Mesmo assim, conforme dispõe o art. 10, § 2 o, do Decreto n.
4.449/2002, é fundamental a realização do georreferenciamento sob pena de o
proprietário do imóvel não conseguir realizar os seguintes atos registrais, até
que seja feita a identificação do imóvel na forma prevista nesse decreto:

I - desmembramento, parcelamento ou remembramento; (Incluído


pelo Decreto n. 5.570, de 2005)

II - transferência de área total; (Incluído pelo Decreto n. 5.570,


de 2005)

III - criação ou alteração da descrição do imóvel, resultante de


qualquer procedimento judicial ou administrativo. (Incluído pelo
Decreto n. 5.570, de 2005)

Em conclusão, pode-se vislumbrar uma série de situações em que o agrimensor


se deparará na prática da realização do georreferenciamento. Por isso é tão
importante conhecer o procedimento passo a passo e saber como contornar e
superar os problemas ao longo do processo.

Neste capítulo, ressaltou-se a importância de algumas técnicas ou estratégias de


obtenção de dados, tendo-se ainda apontado algumas recomendações práticas
que podem fazer a diferença entre o sucesso e o fracasso de um procedimento
de georreferenciamento. Incluíram-se ainda recomendações para a implantação
dos marcos, indicações de ferramentas a serem utilizadas na obtenção dos dados

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Prática e normas específicas | UNIDADE iv

do imóvel rural georreferenciado e dos imóveis confrontantes, bem como na


elaboração dos mapas, plantas e memoriais descritivos. Finalmente, explicou-se
o procedimento do registro do processo de Georreferenciamento no Sistema de
Gestão Fundiária (SIGEF), junto ao INCRA, e ainda a possibilidade de se proceder
a retificações (correções) tanto no SIGEF quanto no Cartório de Registro do
imóvel submetido a georreferenciamento.

Após essas dicas práticas, importa analisar a 3ª Norma Técnica de


Georreferenciamento de imóveis rurais, que informa as condições para execução
dos serviços de georreferenciamento, como se verá no capítulo a seguir.

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CAPÍTULO 2
3A NORMA TÉCNICA DE GEORREFERENCIAMENTO DE
IMÓVEIS RURAIS

A 3 a Norma Técnica de Georreferenciamento de Imóveis Rurais (3ª NTGIR) prevê


as condições para execução dos serviços de georreferenciamento de imóveis rurais,
em conformidade com o que dispõe a Lei n. 6.015/1973 (art. 176, § 3 o e § 4 o; art.
225, § 3 o) após modificações inseridas pela Lei n. 10.267/2001. Inicialmente
traz algumas definições que merecem destaque:

Precisão posicional absoluta: refere-se à precisão posicional


relacionada à vinculação com o Sistema Geodésico Brasileiro
(SGB), prevendo, portanto, a propagação das covariâncias a partir
dos vértices do mesmo.

Profissional habilitado para execução de serviços de


georreferenciamento: profissional devidamente habilitado
para assumir responsabilidade técnica dos serviços de
georreferenciamento de imóveis rurais, em atendimento ao
parágrafo 3 o do artigo 176, da Lei n. 6.015, de 1973.

Sistema Geodésico Local (SGL): é um sistema cartesiano


composto de três eixos mutuamente ortogonais (e, n, u), onde o eixo
“n” aponta em direção ao norte geodésico, o eixo “e” aponta para
a direção leste e é perpendicular ao eixo “n”, ambos contidos no
plano topográfico, e o eixo “u” coincide com a normal ao elipsoide
que passa pelo vértice escolhido como a origem do sistema.

Identificação do imóvel rural: a identificação do imóvel rural


se dá por meio da correta descrição dos seus limites, conforme
parágrafo 3 o do artigo 176 da Lei n. 6.015, de 1973.

Área: o cálculo de área deve ser realizado com base nas coordenadas
referenciadas ao Sistema Geodésico Local (SGL). A formulação
matemática para conversão entre coordenadas cartesianas
geocêntricas e cartesianas locais está definida no Manual Técnico
de Posicionamento.

Credenciamento: para requerer certificação de poligonais


referentes a imóveis rurais, em atendimento ao que estabelece
o parágrafo 5 o do artigo 176, da Lei n. 6.015/1973, o profissional
deve efetuar seu credenciamento junto ao INCRA. Somente está
apto a ser credenciado o profissional habilitado pelo Conselho

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Prática e normas específicas | UNIDADE iv

Regional de Engenharia e Agronomia (CREA), para execução de


serviços de georreferenciamento de imóveis rurais.

Procedimentos para credenciamento: para que o profissional


efetue seu credenciamento, deverá preencher formulário eletrônico
pelo qual envia certidão expedida pelo CREA, conforme modelo
estabelecido na Decisão PL0745/2007, do Conselho Federal de
Engenharia e Agronomia, ou outro instrumento vigente à época.
Neste ato, o profissional receberá o código de credenciado,
conforme item 3.3 Codificação do vértice.

Responsabilidade técnica: nos serviços de georreferenciamento


de imóveis rurais, o credenciado assume responsabilidade técnica
referente à correta identificação do imóvel em atendimento ao
parágrafo 3 o do artigo 176 da Lei 6.015, de 1973, observando: a)
a exatidão de limites; e b) as informações posicionais de todos
os vértices de limite.

Gestão da certificação: a gestão da certificação tem por


finalidade trazer segurança para as informações certificadas e
operacionalizar o processo de certificação, conforme detalhado
em ato normativo próprio, contemplando:

a) desmembramento/parcelamento; b) remembramento; c)
retificação de certificação; d) cancelamento de certificação; e)
análise de sobreposição; e f) sanções ao credenciado.

Entre as alterações mais relevantes, podem-se citar a gestão da certificação por


meio digital e a possibilidade de utilização de novos métodos de posicionamento
que trazem agilidade e facilidade nas medições, como o sensoriamento remoto para
limites naturais (rios, encostas, montanhas) e a eliminação da obrigatoriedade
da implantação de marcos físico em alguns casos.

Assim, têm-se as seguintes inovações:

» Sistema de coordenadas: coordenadas geodésicas (latitude, longitude


e altitude).

» Cálculo de área por meio do sistema geodésico local.

» Implantação de marco: passa a ocorrer em limites consolidados a critério


do agrimensor.

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UNIDADE iv | Prática e normas específicas

» Precisão posicional: covariâncias a partir dos vértices, com valores de


precisão posicional a serem observados para os vértices definidores, variando
conforme os seguintes casos: existindo limites artificiais (cercas, estradas,
muros etc.), há tolerância de diferenças de até 50 centímetros (melhor
ou igual a 0,50 cm). Já para situações de medições que envolvam limites
naturais (rios, grotas, linhas de cumeada etc.), admitem-se distorções de
até três metros (melhor ou igual a 3 m). Por fim, no que tange aos limites
inacessíveis (por exemplo, áreas brejeiras ou de pântano), permite-se uma
variação de até 7,5 metros (melhor ou igual a 7,5 m). Esse ponto é detalhado
no manual de posicionamento.

» Posicionamento por sensoriamento remoto: possibilidade de utilização


de acordo com a precisão do produto e o tipo de feição levantada (natural
ou artificial).

Ressalta-se que a aplicação da 3ª NTGIR deve ocorrer em conjunto com as regras


constantes do Manual Técnico de Limites e Confrontações e do Manual Técnico
de Posicionamento, ambos publicados pelo Incra, como se verá a seguir.

1. Manual técnico de limites e confrontações


O Manual Técnico de Limites e Confrontações traz normas complementares
para a aplicação da 3ª NTGIR. Contém uma série de definições relevantes para
seu entendimento e sua consequente aplicação, mas também prevê orientações
voltadas à identificação e descrição dos limites dos imóveis rurais.

Uma das recomendações de destaque é a identificação da confrontação tendo


como foco o bem imóvel, deixando em segundo plano considerações relacionadas
ao confrontante e ao proprietário. Isso é reflexo da alteração promovida no
conceito de imóvel rural: o seu conceito passa a ser o mesmo previsto na Lei de
Registros Públicos (Lei n. 6.015, de 31 de dezembro de 1973), afastando a noção
contida no Estatuto da Terra (Lei n. 4.504, de 30 de novembro de 1964).

Com efeito, considera-se imóvel rural, para fins de serviços de georreferenciamento,


aquele objeto do título de domínio – constante em documento que formaliza a
aquisição da sua titularidade, sendo o mais comum a escritura de compra e venda
do imóvel – ou aquele passível de titulação – área pública ocupada por particular,
incluída em ação de regularização fundiária promovida por órgão público, e

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Prática e normas específicas | UNIDADE iv

área particular sobre a qual é exercida a posse para fins de reconhecimento de


usucapião. Isso resulta na aproximação dos procedimentos de certificação e de
registro de imóveis.

Quanto à sua estruturação, o manual divide-se em sete capítulos, que contemplam:


definições relevantes em torno das suas orientações; orientações para a identificação
e descrição dos limites dos imóveis rurais; identificação da confrontação, tendo em
conta o bem imóvel; procedimentos em casos de alteração de parcela certificada;
e importância da guarda de todo o material que venha a subsidiar a identificação
dos limites e confrontações do imóvel 23.

2. Manual de posicionamento
Assim como o Manual Técnico de Limites e Confrontações, o Manual de
Posicionamento é parte integrante da 3 a NTGIR. Esse manual contém instruções
acerca da possibilidade de utilização de novos métodos de posicionamento;
menor detalhamento de especificações técnicas pelo credenciado; utilização do
Sistema Geodésico Local (SGL) para o cálculo de área; formulação matemática
para cálculos utilizando topografia clássica; e possibilidade de utilização de
métodos de posicionamento por sensoriamento remoto.

Organizado em 10 capítulos, contém previsões sobre: métodos de posicionamento


permitidos nos serviços de georreferenciamento de imóveis rurais; possibilidade
de obtenção de coordenadas a partir de bases cartográficas; métodos passíveis
de serem aplicados no posicionamento de vértices de limite e vértices de apoio;
compatibilidade entre métodos de posicionamento e tipos de vértices; formulações
matemáticas para conversão de coordenadas geocêntricas para locais; cálculo
das grandezas área, distância e azimute; importância da guarda de todo material
que subsidiou a obtenção das coordenadas e das precisões dos vértices 24.

Aplicação de métodos de posicionamento

Acerca dos métodos de posicionamento, determina-se que as coordenadas


dos vértices de interesse são determinadas a partir de um ou mais vértices de
coordenadas conhecidas.

Importante notar que a sua aplicação pode ocorrer por meio de inserção de retas
ou de posicionamento de geometria analítica.

23 INCRA. Manual técnico de limites e confrontações: georreferenciamento de imóveis rurais. Brasília: Incra, 2013.

24 INCRA. Manual técnico de posicionamento: georreferenciamento de imóveis rurais. Brasília: Incra, 2013.

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UNIDADE iv | Prática e normas específicas

De acordo com o método de interseção de retas, o posicionamento acontece de


forma indireta. Assim, para minimizar erros (relacionados a área, distância,
azimute), é importante atribuir o valor da altitude nos vértices.

Segundo o método de posicionamento amparado em geometria analítica, os vértices


são definidos em função da sua caracterização em campo e, consequentemente,
de acordo com a forma de posicionamento (direto/inverso). Maiores detalhes
merecem ser estudados no próprio manual.

De todo modo, deve-se ter em mente que os métodos de posicionamento


apresentados em conjunto com as técnicas de execução devem garantir a precisão
da posição de acordo com a aplicação do vértice.

Métodos de posicionamento e tipos de vértices

A 3ª edição da NTGIR define alguns padrões de precisão em função dos tipos de


limites. Assim, caso se esteja diante de um limite artificial, deve-se buscar um
padrão de precisão melhor ou igual a 0,50 m. Caso se trate de limite natural, o
padrão almejado é aquele melhor ou igual a 3,00 m. Finalmente, em se tratando
de limite inacessível, busca-se alcançar o padrão melhor ou igual a 7,50 m.

Pode-se concluir que a 3ª NTGIR facilitou o trabalho do agrimensor no sentido


de inovar os métodos de identificação dos limites e das confrontações. Passou
a levar em conta primordialmente o bem imóvel e suas características (tirando
o foco do proprietário e do confrontante) e a informar os procedimentos para
alteração de parcela certificada, ressaltando ainda a importância da guarda de
todo o material que venha a subsidiar a identificação dos limites e confrontações
do imóvel (normas detalhadas no Manual Técnico de Limites e Confrontações). A
norma contém, ainda, instruções acerca da possibilidade de utilização de novos
métodos de posicionamento, permitindo a utilização do Sistema Geodésico Local
(SGL) para o cálculo de área, além da formulação matemática para cálculos por
meio da topografia clássica e métodos de posicionamento por sensoriamento
remoto. Assim, tornou o procedimento de georreferenciamento mais preciso,
confiável e dinâmico.

3. Conclusão geral
Neste estudo, apresentaram-se algumas das principais normas relacionadas ao
georreferenciamento e alguns procedimentos práticos em torno dele.

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Prática e normas específicas | UNIDADE iv

Inicialmente, descartou-se a importância do serviço notarial e registral prestado,


administrativamente, pelos notários e registradores, com o objetivo de dotar
os atos jurídicos de publicidade, autenticidade, segurança e eficácia, inclusive
o registro imobiliário que torna pública a aquisição de imóveis. Isso faz com
que se gere um rastro de todas as transações em torno do imóvel, ou seja, uma
cadeia sucessória do imóvel.

Observou-se que a finalidade essencial dos registros públicos é trazer segurança


para os negócios do mercado imobiliário, mas também para a fiscalização em
torno da regularização da posse, do recolhimento de impostos (IPTU ou ITR)
ou da fiscalização do cumprimento da função social da propriedade urbana.

No que tange à estrutura fundiária no Brasil, foram destacadas a sua formação


e estruturação inconsistentes, isto é, sem a observância de elementos técnicos
definidores do contorno da unidade territorial. Isso veio a resultar na ausência
de rigor no encaixe da medição na geometria das propriedades vizinhas e,
consequentemente, um registro do memorial descritivo nos serviços de registro
de imóveis por vezes frágil, inconsistente e incoerente.

Isso gera uma série de problemas na administração da posse, destacando-se a


ocupação irregular pelos chamados “posseiros”, dificultando a concretização da
função social da terra e, até mesmo, prejudicando a geração de riqueza para o
próprio país.

A fim de viabilizar o cumprimento de todas essas exigências, sobretudo o


aproveitamento racional adequado e a utilização adequada dos recursos naturais
disponíveis na propriedade rural, surgem importantes instrumentos de promoção
do ordenamento territorial, com destaque para a Regularização Fundiária, o
Recadastramento dos Imóveis Rurais e o Registro Público Administrativo.

A partir da Nova Lei de Registros Públicos n. 10.267, ocorreram grandes avanços


na área fundiária brasileira, com destaque para a obrigatoriedade de o Serviço
de Registro de Imóveis repassar ao Incra todas as alterações ocorridas nas
matrículas imobiliárias.

A exigência da especialidade passa a ser atendida de uma forma que lhe


confere qualidade. Isso porque as informações de rumos/azimutes e as
distâncias não podem mais ser utilizadas para a descrição imobiliária, mas
sim as coordenadas georreferenciadas.

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UNIDADE iv | Prática e normas específicas

Com efeito, possibilita-se:

» a melhor identificação do imóvel, evitando ou, ao menos, dificultando


fraudes de dupla titulação;

» o referenciamento entre registros e mapas cadastrais;

» a interligação dos dados registrados com outros registros territoriais.

Paralelamente, chamou-se a atenção para a Lei n. 10.931/2004 (artigo 59), que


veio a regulamentar definitivamente a alteração dos registros imobiliários de forma
administrativa, inclusive em perímetros urbanos, contribuindo sobremaneira com
a celeridade nos processos de regularização fundiária e ordenamento territorial.

Diante dessas alterações legislativas, conclui-se que o poder público tem envidado
esforços no sentido de promover uma gestão territorial mais coerente e eficaz,
sobretudo a partir do conhecimento da situação ocupacional dos imóveis que
integram a estrutura fundiária nacional.

Ao longo dos estudos, foi possível ainda concluir que:

» os registros públicos no Brasil possuem um papel primordial na garantia


dos direitos inerentes à propriedade e à posse e nas limitações quanto ao
seu exercício, tanto em relação a imóveis particulares quanto a públicos;

» a grilagem de terras é um problema que remonta à edição da Lei de Terras


de 1850, momento em que se deu tratamento às terras devolutas, aquelas
que não eram ocupadas por ninguém; isto é, que não estavam habitadas,
apossadas, aproveitadas, consideradas, portanto, incultas;

» o latifúndio corresponde, em regra, à expressão da opressão ou de concentração


de terras e da consequente dominação no setor rural expressa por meio da
monocultura e da economia de exportação; assim, lutar contra essa situação
significa combater a fome e defender a liberdade e a democracia, além da
busca da solidariedade.

Feitas essas considerações, foi possível compreender uma série de situações em


que o agrimensor se deparará na prática da realização do georreferenciamento, e a
importância de conhecer o procedimento passo a passo e saber como contornar e
superar os problemas ao longo do processo. Nesse sentido, ressaltaram-se algumas
técnicas ou estratégias de obtenção de dados, bem como algumas recomendações
práticas para o sucesso de um procedimento de georreferenciamento. Incluíram-se
ainda recomendações para a implantação dos marcos, indicações de ferramentas

18
Prática e normas específicas | UNIDADE iv

a serem utilizadas na obtenção dos dados do imóvel rural georreferenciado e dos


imóveis confrontantes, bem como na elaboração dos mapas, plantas e memoriais
descritivos. Finalmente, explicou-se o procedimento do registro do processo de
Georreferenciamento no Sistema de Gestão Fundiária (SIGEF), junto ao Incra,
e ainda a possibilidade de se proceder a retificações (correções) tanto no SIGEF
quanto no Cartório de Registro do imóvel submetido a georreferenciamento.

Após essas dicas práticas, foi analisada a 3ª Norma Técnica de Georreferenciamento


de Imóveis Rurais (3ª NTGIR), que contém as condições para execução dos
serviços de georreferenciamento. Pode-se afirmar que a norma facilitou o trabalho
do agrimensor no sentido de inovar os métodos de identificação dos limites e
confrontações. A 3ª NTGIR possui, ainda, importante papel em informar os
procedimentos para alteração de parcela certificada, ressaltando a importância
da guarda de todo o material que venha a subsidiar a identificação dos limites
e confrontações do imóvel (normas detalhadas no Manual Técnico de Limites
e Confrontações).

Finalmente, apontou-se que essa norma contém também instruções acerca da


possibilidade de utilização de novos métodos de posicionamento, permitindo
a utilização do Sistema Geodésico Local (SGL) para o cálculo de área, além
da formulação matemática para cálculos por meio da topografia clássica e de
métodos de posicionamento por sensoriamento remoto. Assim, conclui-se que o
atual aparato legislativo nacional tem contribuído para tornar o procedimento
de georreferenciamento mais preciso, confiável e dinâmico.

19
PARA (NÃO) FINALIZAR

Recordando que estudamos, de forma introdutória, diversas normativas referentes


a registros, regulamentações e procedimentos técnicos, faz-se agora necessário
um reforço maior. Dessa forma, dirija-se à biblioteca e leia as leis que foram
disponibilizadas para complementar os estudos.

20
REFERÊNCIAS

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